Vous êtes sur la page 1sur 4

1. Festa de S.

Sebastião em Alturas do Barroso

Em Alturas do Barroso realiza-se anualmente, no dia 20 de Janeiro, a Festa em honra


de S. Sebastião. Reza a lenda que esta festa se começou a fazer por causa de uma peste
que há muitos anos atrás matou muito gado. Prometeram então, os habitantes da
aldeia, festejar anualmente o S. Sebastião, advogado contra a fome e a peste. Esta festa
é organizada por mordomos (4 ou 5 vizinhos) num sistema de rotatividade pelas casas
da aldeia. Antigamente, era hábito darem pão e vinho para as pessoas comerem. Há
aproximadamente 15 anos começaram também a oferecer feijoada ao final da tarde e
desde então para cá a sua dimensão e a sua fama tem vindo a crescer. Antes da
realização da festa, os mordomos andam pela aldeia a recolher a contribuição que
cada uma das casas queira oferecer, desde o fumeiro à carne de porco (pé e peito) e
dinheiro com o qual se compram vários alimentos como arroz, feijão, pão e vinho. Os
preparativos para a festa começam uma semana antes. Preparam-se as loiças, o
espaço, a lenha e a comida. No dia 20, ainda de madrugada, na ampla sala do edifício
da sede de Junta de Freguesia, numa lareira construída para o efeito, começa a
confeccionar-se a refeição comunitária que consistirá em feijoada, arroz, pão e vinho.
De manhã, por volta das 10:30h realiza-se uma missa em honra de S. Sebastião, no
final da qual se faz uma procissão, com o andor de S. Sebastião a desfilar pelas
principais ruas da aldeia até ao local da festa. Entoam-se cânticos e orações pedindo a
protecção do Santo ou agradecendo pelas benesses concedidas. Chegados ao local da
festa, o padre procede à bênção da comida, em especial do pão que mais tarde vai ser
distribuído pelos fiéis “… que depois o comem ou o dão aos animais para ficarem
livres de doenças”. O andor com o Santo é colocado numa mesa à entrada da sala,
onde, como patrono, preside à refeição. Depois inicia-se a refeição comunitária. À
entrada da sala os mordomos pedem esmolas às pessoas que em fila aguardam a sua
vez de entrar. Cada um que lá vai tem direito a um prato de feijoada, a pão e vinho.
Também há broas a vender.

2. Festa de S. Sebastião em Cerdedo

A Festa em honra de S. Sebastião, a 20 de Janeiro, em Cerdedo, é muito antiga, como o


certifica o Abade em 1758, e caracteriza-se pela sua dimensão intimista. Mantém as
características genuínas de uma manifestação religiosa comunitária onde praticamente
só os moradores da freguesia e alguns dos seus “filhos” emigrados que por essa altura
vêm à terra venerar o Santo e cumprir com os seus votos, se juntam pelas oito da
manhã na igreja em torno do pároco para celebrar a missa da festa. Após esta, parte
em cortejo processional em direcção à casa do Juiz. Este, com o Santo no regaço, segue
atrás da cruz, acompanhado por todos. O pároco, uma vez chegado, benze e abençoa
sucessivamente o pão, a carne e o vinho, delicadamente expostos em cestos e
tabuleiros, sob a presença do Santo venerado. Cá fora, no logradouro da casa ou na
eira, dispõe-se a mesa coberta com toalha branca e na cabeceira, numa outra mesa
pequena, coloca-se o São Sebastião que vai presidir à refeição comunitária. A mulher
do mordomo aparece com tabuleiros de pão cortado em fatias, logo atrás surgem as
vizinhas com travessas de carne de porco (peito) cortada em bocados. E, num
movimento rápido e partilhado, um traz o vinho, outro os copos, outro os guardanapos
de papel. Entretanto os devotos iniciam a refeição. Equipados com uma navalha ou
uma faca pegam numa fatia de pão centeio, um pedaço de carne e vão degustando
enquanto se trocam opiniões sobre o quotidiano da aldeia. Um ou outro vai entretanto
pagar a esmola ao Santo que, alheio a tal burburinho, vela pelos seus devotos.
Animam-se os comensais e vai-se terminando a refeição com um pouco de aguardente
ou vinho do Porto, mimos com que o mordomo não deixa de presentear os seus
concidadãos e amigos. Ao lado de grandes cestos de carvalho é doado a cada romeiro
um quarto de broa (cerca de um quilo) que, em casa, será partilhado por toda a família
e até animais. O pão santo – a mezinha – ajudará a proteger todos aqueles que o
comem. É hora do Leilão e o Sr. Gomes, que ambiciona ter quem lhe suceda em tarefa
tão nobre e também tão alegre, lá sobe as escadas até ao pátio para do alto “cantar” o
lanço mais alto para um peito de porco, uma orelheira ou meia dúzia de chouriças. Faz
isto há mais de vinte anos. As broas de centeio, enormes, são licitadas avidamente, com
alegres escaramuças, pela cerca de meia centena de convivas e devotos, todos
irmanados no continuar da tradição.
3.Festa de S. Sebastião em Vila Grande (Dornelas)

http://sitioseestados.blogspot.com/

Todos os anos, no dia 20 de Janeiro, realiza-se aquela que é umas das mais importantes
festas de cariz comunitário: a Mezinha de S. Sebastião ou a Festa das Papas, como era
inicialmente conhecida. As origens desta festa perdem-se nos tempos, diz a memória
popular que aquando das invasões francesas, o povo de Vila Grande avistou os
soldados a passar numa estrada, a estrada velha, perto das aldeias do Couto de
Dornelas e sabendo que por onde passavam, saqueavam tudo, imploraram a protecção
divina. Pegaram na imagem de S. Sebastião, saíram com ele à rua, levaram-no até à
torre da igreja e prometeram ao Santo que todos os anos realizariam uma festa em sua
honra se as tropas não descessem até às aldeias. Eis que o milagre se deu, as tropas
seguiram e o povo, agradecido, cumpriu a promessa. A organização desta festa,
refeição comunitária, está a cargo dos mordomos, inicialmente os 9 maiores lavradores
da aldeia de Vila Grande que eram tinham mais posses, num sistema de rotatividade
entre eles. São os mordomos, com a ajuda de familiares e amigos, que arranjam e
preparam a comida servida na refeição comunitária (pão, carne e arroz). Dada a
dimensão desta festa, tudo tem que ser preparado com muita antecedência. Por altura
do Natal, andam pelas casas das aldeias da freguesia a recolher os cereais (centeio e
milho) para fazer as broas. Em Janeiro, recolhem os restantes donativos: carne de
porco (essencialmente peito e queixadas) e dinheiro para comprar o arroz. Além de
procederem à recolha destes produtos, arranjam lenha para cozerem as broas e para
cozerem os alimentos; e procedem à moagem dos cereais em dois moinhos locais. A
comida é confeccionada na “Casa do Santo”, construída para o efeito. Tem uma
cozinha com uma lareira, um forno grande e uma sala para armazenar as broas.
Durante cerca de cinco dias e cinco noites cozem as centenas de broas que vão ser
distribuídas ou vendidas no decorrer da festa. No dia 19 à meia-noite acendem o lume
na lareira da “Casa do Santo”, à volta do qual dispõem mais de 20 potes de ferro com
a carne partida aos bocados, a cozer. No dia 20, assim que toca o sino para a missa,
colocam-se os potes com o arroz a cozer. Finda a missa, seguem em procissão com o
Santo até à “Casa do Santo”, onde o padre procede à bênção do pão, da carne e do
arroz. Pode então iniciar-se a distribuição da comida. Na principal rua da aldeia, ao
longo de centenas de metros, estão colocados os bancos de madeira, cobertos com
alvas toalhas de linho – a mesa – onde será colocada a comida: broa e dois pratos de
madeira, um com carne outro com arroz. Esta refeição é para todas as pessoas que a
ela acorram. Pratos e talheres cada um leva os seus, assim como a bebida para
acompanhar tão salutares alimentos. Entretanto, o mordomo percorre a mesa dando o
S. Sebastião a beijar e recolhendo as dádivas que cada romeiro queira oferecer ao
Santo. Dizem que, por ser benzida, esta comida tem propriedades curativas; de tal
forma que as broas podem-se guardar muito tempo que não criam bolor. Tais são os
benefícios que lhe atribuídos, que muitos são os que levam pedaços, senão mesmo
broas inteiras, para casa, para comer ou dar aos animais para que não padeçam de
maleita nenhuma.

4. Festa de S. Sebastião em Viveiro (S. Salvador de Viveiro)

A celebração ao S. Sebastião em Viveiro não tem uma data fixa pois a sua realização
depende da disponibilidade do pároco. Esta festa conta com a presença das pessoas da
aldeia a quem é distribuído pão e vinho. É cada uma das casas da aldeia que, num
sistema de rotatividade, anualmente organiza a compra e distribuição do pão e do
vinho, ou seja, é o mordomo que compra o pão e o vinho com que enche o pipo da
festa, um pipo que anda à roda pelos mordomos. Nesse dia celebram uma missa e
sermão em honra de S. Sebastião. Finda a missa juntam-se no largo e procedem à
distribuição do pão e do vinho entre os fiéis

in http://www.cm-boticas.pt/turismo/Festas_e_Romarias/fr.html

Vous aimerez peut-être aussi