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INVENTÁRIO

FLORESTAL
E
LAUDO
DE
AVALIAÇÃO
JUÍZO DA VARA FEDERAL
CIRCUNSCRIÇÃO DE LAGES - SC

AUTOS : 0000.0000.000000-0

REQUERENTE:
DISPERTA S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO

REQUERIDO:
UNIÃO FEDERAL E OUTROS

Perito Nomeado

ENGº AGRº
CREA no 0000
Rua Almirante Kaneko,48
00000-000 – São Paulo – SP
e-mail:

ENGº …………………………………………………………………… CREA


00000-000 - Rua Almirante Kaneko, 48 - Fone(00) 0000-0000 / 9999-9999 – São Paulo – SP
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1
OBJETO

Tem o presente laudo pericial, a finalidade específica de


oferecer a este Douto Juízo, em razão de sentença, informações qualitativas e
quantitativas dos recursos da floresta existente no imóvel objeto, visando obter
o volume estimado das essências inventariadas, bem como, estabelecer os
valores mercadológicos praticados para o imóvel como um todo.

PROPRIETÁRIO

É proprietária do imóvel a empresa DISPERTA S/A


INDÚSTRIA E COMÉRCIO, inscrita no CGC/MF 00.000.000/0001-00,
representada por Normélio Disperta, brasileiro, casado, industrial, Carteira de
Identidade Nº 000000 SSP/PR, CPF Nº 000.000.000-00, residente à rua
Coronel Pedro Manaus,665 na cidade de Pedreiras-MG.

REGISTRO DO IMÓVEL

Conforme Certidão de Registro de Imóveis da Comarca de


Curitibanos, exarada pela Oficial em 29/03/1999, fls. 34 dos Autos, o imóvel
objeto está transcrito sob nº 20.800, fls. 200 , do liv. 3 “C”.

DENOMINAÇÃO

O imóvel objeto é denominado e conhecido na região por


“FAZENDA DA RAIZ”.

LOCALIZAÇÃO

Está localizado no Planalto Catarinense, município de


Ponte Alta-SC, distando por cerca de 45 km de sua sede municipal e de 12km
de Otacílio Costa  sentido  Rodovia SC-470, município vizinho e mais
próximo da propriedade, sendo que destes, 3 km pela SC - 425 asfaltada e 18
km por estrada macadamizada transitável com qualquer tempo.

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ÁREA GLOBAL
Conforme levantamento topográfico efetuado pela Autora,
às fls. 51 dos autos, o imóvel objeto possui área global de 1.405,50 hectares
predominantemente constituídas por floresta de característica primária,
conforme distribuição assim especificada:

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA DOS Área em


AGREGADOS A TERRA NUA hectares %

Maciço Florestal 896,6303 63,79

Mata de preservação permanente 188,4094 13,41

Reserva legal projetada 290,4603 20,67

Outras 30,0000 2,13

TOTAL 1.405,5000 100,00

Conforme determina a LEI N.º 4.771 – DE 15 DE SETEMBRO DE


1965, em seu artigo 2º (ANEXO IV), foram consideradas áreas de preservação
permanente no imóvel objeto, as florestas e demais formas de vegetação
natural que estão nela situadas ao longo dos cursos d’água dos Arroios do
Rancho do Rio Quente, da Encharcada, seus efluentes e outros sem
denominação, cuja largura mínima apresentou ser inferior a 10 metros, bem
como, em nascentes, olhos d’água dispersos, nas encostas com declividade
superior a 45º, indicados no mapa em anexo.
A área de reserva legal prevista no código florestal
destinada a constituir uma reserva de recursos florestais (madeira, frutos,
sementes, folhas, resinas e etc...) passível de manejo para garantir sua
sustentabilidade com objetivos de conservação dos recursos naturais e
econômicos, que ainda não foi averbada a margem da matrícula do Registro de
Imóveis, foi projetada neste trabalho em 290,4603 hectares e que representa
20,67% do imóvel como um todo. Está indicada na planta em anexo a título
ilustrativo e conseqüentemente poderá ser revista, mas carece de aprovação
do órgão ambiental.

CONFRONTAÇÕES

Ao Norte – Com terras pertencentes a Henry Roma, Aparecido Moraes,


Sucessores de Felipe Gorki e Serra Geral;
Ao Sul – Com o Arroio da Encharcada, terras da empresa Olincraft Papel e
Celulose e Jonas Vinagre de Souza;
Ao Leste – Com terras de sucessores de Felipe Gorki, João Carnevalli, Jaco
Nius e Batista Pires;
Ao Oeste – Com terras de Vilmar Casella, Jonas de Macedo, Fazenda Guatá e
sucessores de Érico Mendes.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO IMÓVEL

a) DOS SOLOS
Conforme classificação da EMBRAPA efetuada em
setembro de 1979, tratam-se de solos com característica de terra roxa
estruturada distrófica, com horizonte “A” proeminente, com textura muito
argilosa, fase floresta subtropical perenifólia, com relevo fortemente ondulado a
montanhoso, com excelente fertilidade natural, graças a uma precipitação
média anual que se situa entre 1.300 a 2.400 mm.

b) DO RELÊVO
Como se pode verificar na cópia da aerofoto estampada no
ANEXO II, o imóvel de maneira geral apresenta topografia íngreme em todas
suas encostas, característica esta predominante da serra geral e situa-se entre
600 a 1.300 m de altitude, segundo classificação da EMBRAPA. O quadro de
distribuição topográfica do imóvel abaixo discriminado ilustra a sua real
formação:

TOPOGRAFIA Área em %
hectares

Plana a
Levemente Ondulada 70,275 5

Ondulada 562,200 40

Fortemente Ondulada 773,025 55

TOTAIS 1.405,500 100

c) DA FLORESTA
O maciço florestal do imóvel objeto é revestido em quase
toda sua globalidade por mata densa de difícil acesso. De acordo com a
Resolução nº 04 de 04/05/1994 do CONAMA a floresta inventariada é definida
como sendo ombrófila densa com estágio avançado de regeneração (ANEXO
III).
Como se poderá verificar adiante no diagnóstico do
presente inventário, ela agrega espécies nativas raras e abundantes em
concentrações de considerável biodiversidade. Além do que é um ecosistema
raro que guarda em seus valores intrínsecos um real significado histórico,
ecológico, social e cultural não só para a região de abrangência, como
também, para o estado como um todo e o país.
Foi vistoriada e amostrada aleatoriamente conforme
indicado nos ANEXOS I e II e classificada por espécie e por código individual
para facilitar os trabalhos de coleta com base nas essências mais ocorrentes
na mata atlântica da região. As espécies que se destacaram e ocorrentes na
amostragem estão indicadas na cor vermelha.
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CÓDIGO NOME NOME CIENTÍFICO CÓDIGO NOME NOME CIENTÍFICO
VULGAR VULGAR
01 açoita-cavalo Luchea grandiflora 43 guamirim-chorão Calyptranthes strigipes
02 amoreira Maclura tinctoria 44 guamirim-ferro Calyptranthes lucida
03 araça Myrcia glabra 45 guaraperê Clenthra scabra
04 araçá-do-mato Campomanesia 46 guatambu Aspidosperma
guazumaefolia macrocarpum
05 baga de tucano Cytharexyllum myrianthum 47 imbira Rollinia silvatica
06 baguaçú Talauma ovata 48 Ingá feijão Inga marginata
07 bracatinga Mimosa scabrella 49 ingazeiro Inga uruguensis
08 branquinho Sebastiana schottiana 50 ipê-amarelo Tabebuia alba
09 bugreiro Litthraea brasiliensis 51 ipê-roxo Tabebuia avellanedae
10 cafezeiro do mato Casearia sylvestris 52 jaboticaba Myrciaria trunciflora
11 camboatá Cupania vernalis 53 jerivá Arecastrum
romanzoffianum
12 canela Ocotea sp 54 juvevê Fagara kleinii
13 canela imbuia Ocotea porosa 55 laranjeira-do-mato Sloanea guianensis
14 canela-amarela Nectandra lanceolata 56 leiteiro Peschiera fuchsiaefolia
15 canela-pinho Ocotea catharinensis 57 leiteiro Brasimopsis lactescens
16 canela-preta Ocotea catharinensis 58 licurana Croton urucurana
17 canela-sassafraz Ocotea olerata 59 louro pardo Cordia trichotoma
18 canela-veado Helietta apiculata 60 mamica de cadela Fagara rhoifolia
19 61 maracanã Lonchocarpus
capororoca Repanea ferruginea guilleminianus
20 carne de vaca Roupala sp 62 maria mole Styrax leprosus
21 caroba Jacarandá cuspidifolia 63 maria preta Maba incontas
22 carvalho Euplassa cantareirae 64 miguel pintado Mataiba elaeagnoides
23 cataia Drimys brasiliensis 65 olandi Calophyllum brasiliensis
24 caúna Ilex taubertiana 66 palmiteiro Euterpe edulis
25 caxeta Chrysophyllum gonocar 67 pau andrade Croton celtidifolius
26 cedro Cedrela fissilis 68 pau-d’óleo Copaifera trapezifolia
27 cinamomo-gigante Melia azedarach 69 pau-jacaré Piptadenia gonoacantha
28 cinzeiro Hirtella hebeclada 70 pau-mandioca Didymopanax
angustissimum
29 congonha Ilex dumosa 71 peroba-vermelha Aspidosperma olivaceum
30 cortiça Annona cacans 72 pessegueiro bravo Prunus sellowii
31 erva-mate Ilex paraguariensis 73 pimenteira Capsicodendron dinisii
32 espinheira santa Maytenus elicifolia 74 pinheiro Araucaria angustifolia
33 eucalipto Eucalyptus sp 75 pinheiro americano Pinus sp
34 figueira Fícus guaranítica 76 pitangueira Eugenia uniflora
35 garajuva Securinega guaraiuva 77 sabugueiro Sambucus australis
36 garapuvu Shizolobium parahyba 78 sapopema Sloanea garckeana
37 goiaba Psidium guajava 79 tanheiro Alchornea glandulosa
38 guabiroba Campomanesia 80 timbó Ateleia glazioveana
xanthocarpa
39 guaçatunga Banara parviflora 81 vacum Allophyllus edulis
40 guamirim Calycorectes duarteanus 82 vassourão Bastardiopsis densiflora
41 guamirim branco Myrceugenia sp 83 Vassourão branco Eupatorium sp
42 guamirim vermelho Myrcia sp 84 Vassourão vermelho Dodonaea viscosa

METODOLOGIA EMPREGADA

Para a realização deste inventário foi efetuada amostragem


aleatória em 24 (vinte e quatro) pontos sorteados ao longo do dossel em área
de 20,00 x 25,00 m (500,00 m2) cada uma, totalizando em 12.000,00 m2 de
área efetivamente amostrada. As amostras foram monitoradas por satélite
através de equipamento GPS PROMARK-2 ASTECH geodésico de precisão
milimétrica, cada qual com sua coordenada geográfica todas indicadas nos
ANEXOS I e II, onde as espécies catalogadas tiveram a mesma probabilidade
de participar da amostra.

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Foram relatados 487 indivíduos vivos de 30 espécies
diferentes, desconsiderando indivíduos com diâmetro inferior a 15 cm e
aqueles em falência.
A metodologia adotada neste estudo consistiu na
realização de diversas atividades preconizadas pela Legislação Ambiental
Federal através do seu Conselho Nacional do Meio e Ambiente – CONAMA em
sua Resolução nº 04/94, de 4 de maio de 1994 (ANEXO III) e do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA em
sua Portaria Interinstitucional nº 01/96, de 04 de junho de 1996 (ANEXO V),
quais sejam:

a) PROCEDIMENTOS

1. Vistoria preliminar autorizada pela Autora para verificação da envergadura


dos trabalhos que seriam desenvolvidos na elaboração do inventário
florestal;
2. Elaboração de proposta para execução dos trabalhos periciais;
3. Aprovação do orçamento e conseqüente início dos trabalhos;
4. Reunião com Assistente Técnico da Autora no imóvel objeto e contato por
telefone com o Assistente Técnico da Ré;
5. Aquisição de fotografia aérea efetuada pela empresa Cruzeiro do Sul em
1996, através da 5a Diretoria de Levantamento do Exército do Rio de
Janeiro - RJ, detentora dos direitos de revenda daquele material, visando
identificar o maciço florestal de forma ampla,
6. Identificação da propriedade em aerofoto, na escala 1:60.000 reduzida para
a escala 1:20.000 (este material foi estrategicamente copiado em papel
adequado para ser juntado aos Autos);
7. Identificação das divisas do imóvel objeto, monitoradas com GPS com apoio
de marco do IBGE localizado à cerca de 6 km as margens da SC - 425 em
frente a Fazenda Pena Verde;
8. Pré-classificação das áreas dos maciços florestais passíveis de manejo
sustentado e das áreas de preservação permanente ao longo dos arroios,
riachos e córregos existentes no imóvel;
9. Projeção estimada da área de Reserva Legal a ser aprovada pelo órgão
ambiental;
10. Amostragem da floresta em áreas de 500,00 m2 (20 x 25) escolhidas
aleatoriamente com DAP ≥ 15 cm, demarcadas em suas extremidades com
tinta brilhante na cor amarela e laranja (FOTOS ANEXO VI);
11. Produção de material pictórico (mapa) com a indicação dos pontos
amostrados e suas coordenadas geográficas. Vide monitoramento
geográfico nos ANEXOS I e II;
12. Produção de fotografias (10 x 15) cm geradas na execução dos trabalhos
de campo (ANEXO VI);
13. Geração de informações quantitativas e qualitativas;
14. Visitas a madeireiras de influência na região de abrangência para obtenção
de informações mercadológicas no comércio de essências nativas (ANEXO
VII);
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15. Visitas as Prefeituras Municipais de Otacílio Costa, Ponte Alta, Sindicatos
Rurais e escritórios regionais da EPAGRI nos municípios citados, bem
como, na INCEPA e EPAGRI em Florianópolis (ANEXO VIII);
16. Contatos com corretores imobiliários, proprietários rurais, fazendeiros,
comerciantes, auxiliares e peões (ANEXO VIII);
17. Geração de um relatório com as estatísticas obtidas no diagnóstico,
contendo informações atualizadas acerca da realidade florestal do imóvel
objeto.

b) CÁLCULOS

b.1) DO VOLUME

Para cálculo do volume da madeira comercial ( V )


expresso em metros cúbicos (m3) foi utilizada a fórmula do diâmetro assim
caracterizada:

V (m3) = 0,00007854 x (DAP)2 x A x FA


Onde:

DAP = Diâmetro à altura do peito (1,30 m) expresso em


centímetros;
A = Altura comercial expresso em metros;
FA= Fator de aproveitamento relacionado à proporção
aproveitável do tronco aqui considerado 0,6 para folhosas e 0,7 para araucária;
0,00007854 = Constante

b.2) DA ÁREA BASAL (AB)

Para o cálculo da área basal individual expressa em metros


quadrados (m2) foi utilizada a fórmula:

AB = 0,00007854 x DAP x DAP

b.3) DA ANÁLISE ESTATÍSTICA/ha

b.3.1) Volume médio em m3

V = ∑n xi
i =1 n
Onde:

∑n xi = Somatória do volume encontrado nas amostras


n = número de amostras

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b.3.2) Expurgo

Eliminação de 30% acima e abaixo da média


volumétrica encontrada nas amostras.

( 0,70 < xi > 1,30 )

b.3.3) Média Saneada

Com a eliminação das amostras destoantes foi


efetuada a correção através da somatória dos indivíduos considerados através
da fórmula:

xi” = ∑ xi’
n

b.3.4) Desvio padrão da média

s = SQ ∑n (xi-x)2
I =1 n-1

b.3.5) Intervalo de confiabilidade da população a 95%

IC = xii’’ + tp x __s__
n −1
Onde:
xi” = média saneada
tp = tabela de student
s = desvio padrão da média
n = número de amostras aceitas

b.3.6) Análise Fitosociológica


Para o encontro dos resultados
fitosociológicos foram utilizadas as seguintes fórmulas:

b.3.6.1) Abundância Absoluta e Relativa

Ab = _____ni______
Unidade de área
e,
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AR =__ni__
N

Onde:
Ab = Abundância absoluta
AR = Abundância relativa
ni = número de indivíduos da espécie
N = Número total de indivíduos amostrados/hectare

b.3.6.2) Freqüência Absoluta e Relativa

e,

FAb =_np_ FR = _FAb


nt FAt
Onde:
FAb Frequência Absoluta
FR Frequência Relativa
Np Número de Parcelas onde Ocorreu a Espécie
nt Número Total de Parcelas Amostradas
FAb Frequência Absoluta de cada Indivíduo
FAt Somatória da Freqüência Total dos Indivíduos

b.3.6.3) Dominância Absoluta e Relativa

DoR = _gi_
DO = ______gi______ git
Unidade de Área
e,

Onde:
DO Dominância Absoluta
DoR Dominância Relativa
gi Área Basal de cada Espécie
git Somatório da Área Basal Total dos Indivíduos

b.3.6.4) Índice do Valor de Importância - (IVI)

Para a indicação do índice do valor de


importância do maciço florestal (IVI) foi considerada a somatória dos índices
encontrados nos sub índices anteriores representado pela fórmula:

IVI = AR + FR + DoR

c) LOCOMOÇÃO, MATERIAIS e APOIO

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Para o desenvolvimento dos trabalhos de campo foi
utilizado veículo automotor que nos permitiu chegar em todos os extremos da
propriedade, 1 (um) aparelho GPS geodésico de precisão milimétrica, planta
topográfica, trena, régua, fita métrica e diamétrica, tinta fosforescente especial,
máquina fotográfica, fichas de campo, prancheta, facão, foice e auxílio de 2
(dois) foiceiros experientes e conhecedores do imóvel objeto e principalmente
da mata como um todo.
PESQUISA MERCADOLÓGICA
O signatário visitou as empresas madeireiras abaixo
relacionadas nos municípios vizinhos, mas apenas, logrou êxito na obtenção de
valores formais para o comércio de araucária reflorestada que servirá de base
para definir os valores das espécies inventariadas, pelas razões adiante
apontadas:

VALORES EM R$/m3
NO MATO EM PÉ
EMPRESA MUNICÍPIO COMÉRCIO PARA ARAUCÁRIA OBSERVAÇÃO
Serrarias Coifa de Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
Palmas S/A
Compensados Pinho Ltda Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
Laminados Serrados Ltda Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
Exportação e Comércio Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
de Madeiras Leopar Ltda
Serraria Pinus Ltda Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
Lamina Pinus Comercial Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
Laminadora Ltda
Gemasa Comércio de Otacílio Costa Pinus e outras 40,00/m3 Desde que autorizadas pelo
Madeiras Ltda no mato em pé IBAMA estuda
Mellissa Industria de Otacílio Costa Pinus e outras 50,00/m3 Desde que autorizadas pelo
Madeiras Ltda no mato em pé IBAMA estuda
Araucária Sul Ltda Otacílio Costa Pinus Nenhum Não comercializa nativas
Kerbbes S/A Florestal Otacilio Costa Pinus e Araucária 75,00/m3 Desde que autorizadas pelo
no mato em pé IBAMA estuda
Madeireira Olibra Ponte Alta Pinus e outras 50,00/m3 Desde que autorizadas pelo
no mato em pé IBAMA estuda
Brimann Industrial Ltda Curitibanos Pinus e Araucária 75,00/m3 De Desde que autorizadas
no mato em pé pelo IBAMA estuda
Madeiras Grená Indústria Curitibanos Pinus e Araucária 120,00/m3 Desde que autorizadas pelo
e Comércio Ltda no mato em pé IBAMA estuda
Madeiras Martizza Curitibanos Pinus e Araucária 145,00/m3 Desde que autorizadas pelo
no mato em pé IBAMA estuda
VALOR MÉDIO
TOTAIS DO m3 PARA R$ 79,00
ARAUCÁRIA
NO MATO EM

É de se ter presente, que o mercado madeireiro da região


de abrangência do imóvel objeto, ao longo das últimas décadas desenvolveu
atividades exclusivamente voltadas à exploração da espécie pinus sp (pinheiro
americano), em razão do que a exploração e comercialização de outras
espécies, inclusive as nativas, passaram a residir num mercado informal.
As áreas de florestas nativas, abundantes em décadas
passadas, com destaque nos anos entre 1950 e 1970, deram lugar a
volumosos projetos de reflorestamento com dedicação quase que exclusiva do
pinheiro americano, secundado pelo plantio de eucalipto e a araucária.

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Tais fatos deram-se pela desordenada exploração das
espécies nativas, que resultou coibida pela forte legislação florestal baixada
com o fito de não se extinguir, ao menos reduzir o desmatamento incontrolável
que vinham sofrendo nossas florestas.
Por força da legislação citada, alterada em julho/89
(ANEXO IV), verificou-se uma verdadeira evasão das espécies nativas no
mercado formal da região, tanto pela expressiva redução na sua quantidade
quanto pelo fato de sua comercialização requerer específica autorização dos
organismos governamentais competentes, o que nem sempre era possível ser
obtida.
Assim face às exigências legais aplicadas a espécie e a
implantação de diversos projetos de reflorestamento de grandes áreas de
terras com a espécie pinheiro americano, que determinaram drástica redução
no abate e comercialização de espécies nativas, desde então na região de
abrangência do imóvel avaliando, não há negociações envolvendo espécies
nativas no mercado formal.
Diante de tais fatos somente cabia ao “expert” recolher as
informações possíveis, que possibilitassem ao Douto Juízo o conhecimento dos
fatos que determinarão razões de decidir, deixando, desde logo claro que não
se encontram informações fidedignas formais mercadológicas que possibilitem
oferecer valores unitários comprovados, por espécie nativa, condizentes com a
sua real valoração atual.
Pelos contatos efetuados com “experts” do ramo industrial,
este Perito concluiu que os valores a serem aplicados as espécies
inventariadas devam ser avaliadas partindo-se com base no valor praticado
para a araucária encontrado anteriormente, a razão de R$ 79,00/m3 no mato
em pé. Sobre estes valores atribuiu os seguintes índices de correlação:

VALOR BASE
DA ÍNDICE DE VALOR POR
ESPÉCIES ARAUCÁRIA CORREÇÃO m3
EM m3 NO PARA A NO MATO EM
MATO EMPÉ ESSÊNCIA PÉ
Pinheiro brasileiro 79,00 1,00 79,00
Canela Imbuia 79,00 1,10 86,90
Canela-preta, Canela Amarela,
Canela sassafraz, Canela 79,00 0,70 55,30
veado e Cedro
Guamirim vermelho,
Guaraperê, Pessegueiro 79,00 0,40 31,60
bravo, Caúna e Sapopema
Bracatinga, Guaçatunga,
Guamirim Branco, Guamirim 79,00 0,20 15,80
ferro
Todas as demais para
aproveitamento de lenha 79,00 0,10 7,90

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DIAGNÓSTICO DO INVENTÁRIO FLORESTAL

Considerando os elementos antes obtidos nas análises


fitosociológica e estatística concluo que:
- trata-se de dossel classificado como sendo de uma floresta ombrófila
densa de difícil acesso, pois não há estradas internas no maciço que
permitam sua incursão com veículo automotor. As estradas
existentes encontram-se em estado precário, sem conservação;
- a vegetação é classificada como sendo primária em estágio
avançado de regeneração, face possuir área basal média acima do
estabelecido pelo CONAMA em sua resolução Nº 04/94 (ANEXO III);
- a área considerada para fins de exploração florestal sustentada é da
ordem de 896,6303 hectares e os indivíduos de maior
representatividade na ordem do Índice do Valor de Importância (IVI)
encontrada foram:

Colocação Nome Comum IVI Classificação


Clímax
1º Canela-preta 30,54 Troncos duros e pesados
2º Canela imbuia 23,27 Climax
Troncos duros e pesados
3º Canela amarela 23,11 Secundária tardia
Tronco e madeiras leves
4º Cedro 22,31 Secundária tardia
Tronco e madeiras leves
5º Guamirim 21,04 Clímax
vermelho Troncos duros e pesados
6º Vassourão 19,72 Pioneira
branco Troncos e madeiras leves
7º Pessegueiro 18,07 Clímax
bravo Troncos duros e pesados
Obs.: Com exceção do Vassourão branco, estas espécies se apresentam em estágio de sucessão
adiantado e são caracterizadas por crescimento lento, mas ciclo de vida longa.

- a área de reserva legal projetada de 290,4603 hectares que


representa 20,67% a ser averbada a margem da matrícula, foi
apenas projetada para fins da elaboração deste inventário, todavia,
poderá ser remanejada pela Autora se assim o entender;
- a área de preservação permanente foi calculada sobre a indicação
de todas aguadas, nascentes e riachos indicados na planta de fls. 51
dos autos e reformulada em planta no (ANEXO I);
- o volume de 271,97 m3 por hectare encontrado na amostragem está
perfeitamente compreendido dentro dos limites de confiabilidade
indicados na análise estatística, quais sejam: 230,22 e 320,94 m3/ha;
- agrega uma fauna rica de valor intrínseco inestimável, que assim se
encontra em razão de sua preservação exemplar;
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12
- os valores adotados para avaliação das essências que compõe a
floresta nativa, em razão da falta de informações mercadológicas
para as espécies encontradas no imóvel objeto, foram estabelecidas
através de índices pré-estabelecidos, por grau de importância, a
partir dos valores atribuídos ao pinheiro brasileiro (Araucária
angustifólia), que vem sendo negociado em média a R$ 79,00/m3
pelas empresas madeireiras da região.
- através de indagações a pessoas idosas moradoras na região,
informaram que a mata objeto, não sofreu qualquer tipo de
exploração nos últimos 40 anos, e, isso ficou bem caracterizado na
incursão na mata efetuada por este Perito.

METODOLOGIA AVALIATÓRIA
a) PARA A TERRA NUA

Conforme preconiza a Norma Brasileira–NBR-14.653-3, para


avaliação de glebas rurais, utilizei o MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE
DADOS DE MERCADO, com o campo de arbítrio definido e determinado pelo
intervalo de confiabilidade de 80% (oitenta por cento) da tabela "t" de Student,
em caráter de avaliação “NORMAL”.
Com o intuito de corrigir as possíveis distorções havidas
nos imóveis pesquisados, todas amostras, sem exceção, receberam tratamento
de homogeneização e foram transpostas para uma “situação paradigma”,
abaixo definida:

"ÁREA RURAL COM TOPOGRAFIA ACIDENTADA, COM VOCAÇÃO PARA A


EXPLORAÇÃO MADEIREIRA, LOCALIZADA A CERCA DE 10 KM DA RODOVIA
ASFALTADA SC-425 QUE LIGA A BR-282 A SC-470, PARA VENDA À VISTA".

FATORES DE TRANSPOSIÇÃO

Para transpor os elementos pesquisados para a “situação


paradigma”, antes enunciada, os fatores elegidos para corrigir as possíveis
distorções comumente encontradas, foram assim definidos:

Fator de Fonte
Para corrigir as informações que não se caracterizam por
transações efetivamente realizadas é praxe utilizar 10% (dez por cento) de
quebra nas ofertas, vez que, a barganha é sempre praticada antes da
concretização do negócio. Para as opiniões fornecidas por “experts” da área
agro-pastoril é comum opinarem sem uma fundamentação adequada,
induzindo o pesquisador a valores desconexos, motivo pelo qual, estabeleci o
fator de 20% (vinte por cento) para suprir esta possível disparidade. Assim:

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13
TIPO FATOR
Transação/ Declaração 1,00
Oferta 0,90
Opinião 0,80

Fator de Localização
Para transpor as amostras pesquisadas para a situação
paradigma, considerei fatores diferenciados, pois quanto mais próximos das
rodovias asfaltadas e da sede do município, mais elevado são seus valores no
mercado imobiliário. Assim:

Localização Com Relação à Sede do Município – FATOR


Ponte Alta - SC
até 10,00 km 0,70
de 10,01 até 15,00 km 0,80
de 15,01 até 20,00 km 0,90
Acima de 20,01 km 1,00

Fator de Relevo
Para relevos destoantes ao estabelecido para a situação
paradigma utilizei índices diferenciados para cada classe com o objetivo de
corrigir as possíveis distorções das amostras pesquisadas no fator topografia,
assim estabelecida:
CLASSE FATOR
Plano a Levemente ondulado 0,70
Ondulado 0,80
Fortemente Ondulado 1,00

Fator de Atualização
Para corrigir os valores históricos oriundos das
negociações pesquisadas e efetuadas no passado utilizei o CUB/SC como
fonte de correção, por considerá-lo mais adequado para o presente caso.

PESQUISA

Para a composição da pesquisa dos valores de terras, este


Perito visitou a Prefeitura Municipal de Ponte Alta e a de Otacílio Costa, em
suas Secretarias da Agricultura, a Epagri, Sindicatos Rurais e de
Trabalhadores Rurais, o ICEPA em sua sede Florianópolis, proprietários de
imóveis lindeiros da área objeto, vizinhos não proprietários e corretores
imobiliários que são raros naquela região (ANEXO VIII).
Deste conjunto de informações selecionei 22(vinte e duas)
amostras, caracterizadas no quadro a seguir discriminado:

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FONTE/DATA ÁREA VALOR VALOR ≅
N DA TIPO RELÊVO EM TOTAL
POR
INFORMAÇÃO ha EM
ha
REAIS
Carlos Souza Gallo Transação 50% Plano
01 Morador vizinho do imóvel objeto Out/2001 50%Ondulado 200,00 520.000,00 2.600,00
Carlos Souza Gallo Opinião 50% Plano
02 Morador vizinho do imóvel objeto Set/2003 50% Ondulado 2,42 2.500,00 1.033,00
Wilton Alves Neto-Corretor Oferta 80% Plano
03 (000) 0000.0000 Set/2003 20% Ondulado 121,00 250.000,00 2.066,00
Wilton Neto-Corretor Oferta 70% Ondulado
04 (000) 0000.0000 Set/2003 30% F. ondulado 36,3 60.000,00 1.652,89
Wilton Neto-Corretor Oferta 75% plano
05 (000) 0000.0000 Set/2003 25% ondulado 244,00 380.000,00 1.557,38
Wilton Neto-Corretor Opinião Dirigida para a
06 (000) 0000.0000 Set/2003 área da Autora 2,42 2.000,00 826,45
Wilton Neto-Corretor Oferta 80% plano
07 (000) 0000.0000 Set/2003 20% ondulado 480,00 270.000,00 562,50
Tab/valores Terras de 1a
08 Secretaria da Agricultura de Ponte Alta-SC Set/2003 Ponte Altinha 2,42 3.000,00 1.239,67
Tab/valores Terras de 2a
09 Secretaria da Agricultura de Ponte Alta-SC Set/2003 Ponte Altinha 2,42 2.000,00 826,45
Tab/valores Terras de 3a
10 Secretaria da Agricultura de Ponte Alta-SC Set/2003 Ponte Altinha 2,42 1.500,00 619,83
Tab/valores Terras de 4a
11 Secretaria da Agricultura de Ponte Alta-SC Set/2003 Ponte Altinha 2,42 1.000,00 413,22
12 Sindicato Rural de Ponte Alta-SC Opinião 50% Plana
Set/2003 50%ondulado 2,42 3.500,00 1.446,28
13 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Declaração 50% campo
Otacílio Costa Set/2003 50% ondulada 1,00 2.500,00 2.500,00
14 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Declaração 50% mata nativa
Otacílio Costa Set/2003 50% f. ondulada 1,00 1.500,00 1.500,00
15 Roberto Souza Costa Declaração 20% plana
Set/2003 80% f. ondulada 1,00 1.748,00 1.748,00
16 Prefeitura Municipal de Otacílio Costa Certidão P/qualquer tipo de
Set/2003 área 2,42 5.000,00 2.066,12
Roger Heiniks Transação 40% plano
17 Morador vizinho da Autora Set/2002 40% ondulado
20% f. ondulado 144,00 269.040,00 1.868,33
18 Roger Heiniks Oferta 30% plano
Morador vizinho da Autora Set/2003 70% ondulado 17,00 60.500,00 3.558,82
19 Jose Andrade Opinião 100% fortemente
Morador vizinho da Autora Set/2003 ondulada 2,42 1.000,00 413,22
20 ICEPA Pesquisa P/campo e
Sede Central Set/2003 reforestamento 1,00 1.500,00 1.500,00
21 ICEPA Pesquisa P/terra de 2a
Sede Central Set/2003 1,00 2.160,00 2.400,00
22 ICEPA Pesquisa P/terra de 1a
Sede Central Set/2003 1,00 2.100,00 3.000,00
Obs.: Correção pelo CUB/SC

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15
PLANILHA

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16
ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS AMOSTRAS

Com os resultados obtidos através da homogeneização,


descrita na página anterior, efetuei a análise estatística, assim demonstrada:

MÉDIA ARITMÉTICA

x' = 27.161,45
22

x' ≅ R$ 1.235,00/hectare

Desprezando os valores inferiores e superiores a 30%


conforme determina a NBR 8799/85 para o expurgo das amostras destoantes,
teremos:

0,70 ≤ R$ 1.235,00 ≤ 1,30 ≅ R$ (865,00 ≤ 1.235,00 ≤ 1.605,00) / hectare

Descartadas as amostras de números 01, 02, 06, 07, 09,


10, 11, 15, 16, 18, 19, 21 e 22 por estarem acima e abaixo dos limites
aceitáveis pelo intervalo de confiabilidade, teremos:

MÉDIA SANEADA

x” = 10.824,92 ≅ R$ 1.203,00/hectare
9

DESVIO PADRÃO DA AMOSTRA

s ≅ R$ 246,00/hectare

INTERVALO DE CONFIABILIDADE (IC)

Fórmula: IC = x’’ + tp x __s__


n −1
Onde:
"tp" Student = 1,38 (tabela)
s = 246,00 e
n = 9
Assim:

IC = 1.203,00 + 1,38 x 246,00


8

IC = 1.203,00 + 1,38 x 246,00


2,83
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17
IC = 1.203,00 + 120,00

IC ≅ R$ ( 1.083,00 e 1.323,00 ) / hectare

RESUMO DO VALOR POR HECTARE DA TERRA NUA

INTERVALO
DE REAIS
CONFIABILIDADE (IC) (R$)/hectare
LIMITE INFERIOR 1.083,00
VALOR PROVÁVEL 1.203,00
LIMITE SUPERIOR 1.323,00

AVALIAÇÃO
Aplicando as quantidades e os valores anteriormente
definidos teremos:

a) PARA A TERRA NUA

ÁREA Limite Valor Limite


TOTAL DO Inferior Provável Superior
UNIDADE IMÓVEL x x x
AVALIANDA OBJETO 1.083,00 1.203,00 1.323,00
( hectares ) R$ /ha R$ /ha R$ /ha
FAZENDA DA
RAIZ 1405,50 1.522.157,00 1.690.817,00 1.859.477,00
Obs.: Os valores foram arredondados.

DIAGNÓSTICO
DOS VALORES DA TERRA NUA
De acordo com os resultados obtidos através da
homogeneização das amostras e o conseqüente tratamento estatístico
realizado, verificou-se que 80% (oitenta por cento) das áreas rurais que
possuam as características estabelecidas para a “situação paradigma” serão
negociadas com valores que oscilarão entre R$ 1.083,00/ha e R$ 1.323,00/ha,
com valor provável de R$ 1.203,00/ha, ou seja, apenas 10% (dez por cento)
para menos e 10% (dez por cento) para mais dos imóveis que estiverem à
venda no mercado da região, terão seus valores negociados a menor ou a
maior daqueles encontrados. Todavia, concluo que para o presente caso, por
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tratar-se de área íngreme na quase totalidade de sua extensão, deva-se aplicar
o valor encontrado no Limite Inferior de R$ 1.083,00/ha (hum mil e oitenta e
três reais por hectare) que no entendimento deste Perito, melhor representa a
valoração real da terra nua, que em seu todo representa R$ 1.522.157,00 (
hum milhão quinhentos e vinte e dois mil e cento e cinqüenta e sete
reais).

b) PARA AS ESSÊNCIAS FLORESTAIS


3
N N VOLUME EM R$/m
3
Í O O m e/ou e/ou
T M M METRO R$/ VALOR
E E E STÉREO DA METRO GLOBAL
M VULGAR CIENTÍFICO ESPÉCIE STÉREO EM REAIS (R$)
2.711,68
1 Araça Myrcia glabra 7,90 21.422,00
2 Bracatinga Mimosa scabrella 1.132,76 15,80 17.898,00
3 Branquinho Sebastiana schotiana 3.818,07 7,90 30.163,00
4 Camboatá Cupania vernalis 2.967,06 7,90 23.440,00
5 Canela-amarela Nectandra lanceolata 21.308,63 55,30 81.358,00
6 Canela-imbuia Nectandra megapotamica 37.347,30 86,90 3.245.480,00
7 Canela-preta Ocotea catharinensis 26.784,85 55,30 1.481.202,00
8 Canela-sassafraz Ocotea pretiosa 396,12 55,30 21.905,00
9 Canela veado Helietta apiculata 1.097,09 55,30 60.669,00
10 Capororoca Repanea ferruginea 818,72 7,90 6.468,00
11 Carne de vaca Roupala sp 9.371,32 7,90 74.033,00
12 Cauna Ilex taubertiana 1.116,02 31,60 35.266,00
13 Cedro Cedrela fissilis 29.011,96 55,30 1.604.361,00
14 Erva Mate Ilex paraguariensis 6.178,25 7,90 48.808,00
Campomanesia
15 Guabiroba xanthocarpa 5.478,59 7,90 43.281,00
16 Guaçatunga Banara parviflora 1.308,82 15,80 20.679,00
17 GuamirimbBranco Myrceugenia sp 8.462,37 15,80 133.705,00

18 Guamirim vermelho Myrcia sp 10.694,83 31,60 337.957,00


19 Guamirim ferro Calyptranthes lucida 190,14 15,80 3.004,00
20 Guaraperê Clenthra scabra 4.941,46 31,60 156.150,00
21 Imbira Rollinia silvatica 26.427,96 7,90 208.781,00
22 Ingazeiro Inga uruguensis 1.105,71 7,90 8.735,00
23 Mamica de cadela Fagara rhoifolia 225,95 7,90 1.785,00
24 Olandi Calophyllum brasiliensis 780,95 7,90 6.170,00
25 Pessegueiro bravo Prunus sellowii 6.453,64 31,60 203.935,00
26 Pinheiro Araucaria angustifolia 4.506,96 79,00 356.050,00
27 Sapopema Sloanea garckeana 24.794,38 31,60 783.502,00
28 Tanheiro Alchornea triplinervia 613,36 7,90 4.846,00
29 Timbó Ateleia glazioveana 13.123,37 7,90 103.675,00
21.201,00 7,90
30 Vassourão Branco Eupatorium sp 167.488,00
TOTAL
9.292.216,00
Obs.: Os volumes das madeiras consideradas para lenha, foram transformados em metro stéreo,
ou seja, 1 m3 = 1,48 metro stéreo.
Os valores finais foram arredondados.

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QUADRO RESUMO DA AVALIAÇÃO

Compondo o conjunto de bens indenizáveis do imóvel


objeto fica abaixo demonstrada a avaliação global do mesmo

UNIDADE AVALIANDA TERRA ESSÊNCIAS TOTAL EM


NUA FLORESTAIS REAIS
FAZENDA DA RAIZ 1.522.157,00 9.292.216,00 10.814.373,00
Importa a presente avaliação para o imóvel, em sua
composição global, em R$ 10.814.373,00 ( dez milhões oitocentos e catorze
mil e trezentos e setenta e três reais).

RESPOSTAS AOS QUESITOS DA AUTORA

01. Qual a área total da propriedade?


Resposta: Conforme planta indicada no ANEXO I a área planimetrada do
imóvel é de 1.405,50 hectares.

02. Qual a tipologia da vegetação, e quantificação por hectare de cada


tipologia existente?
Resposta: Mata densa primária em estágio avançado de regeneração em toda
sua extensão. A distribuição física dos agregados a terra nua estão
discriminados às fls. 3 do laudo.

03. Qual a área total de preservação permanente e de reserva legal?


Resposta: Respectivamente 188,4094 e 290,4603 hectares. Para maiores
detalhes vide esclarecimentos às fls. 3 do laudo.

04. Excetuando áreas de preservação permanente e reserva legal,


qual é a área que restaria para a efetiva utilização pelo
proprietário, ou seja, a área para aproveitamento?
Resposta: 896,6303 hectares.

05. Nessa área aproveitável, qual é a tipologia da vegetação?


Resposta: Mata nativa densa em toda sua globalidade.

06. É hoje permissível a supressão dessa vegetação e a sua


substituição por maciços homogêneos?
Resposta: A resposta é positiva desde que atendidas as determinações
estabelecidas na íntegra pelo Decreto 750 de 10/02/1993 (ANEXO IV) e pela
Portaria Interinstitucional Nº 01 de 04/06/1996 (ANEXO V).

07. De quando data a aquisição da área pelo atual proprietário?


Resposta: Conforme Certidão de Registro de Imóveis da Comarca de
Curitibanos, exarada pela Oficial Perfidia Maria Parola em 10/03/1999, fls. 40
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20
dos Autos o imóvel objeto está transcrito sob nº 20.009, fls. 289 , do liv. 3 Ÿ” e
foi adquirido na data de 19/9/1968.

08. Por ocasião da data da aquisição da fazenda pelo atual


proprietário, a legislação facultava o corte e aproveitamento de
madeira e aproveitamento das terras para fins de implantação de
reflorestamento?
Resposta: Sim, vez que, o código florestal em sua Lei de Nº 4771 data de
15/09/1965. (ANEXO IV).

09. Qual é o volume de madeira existente das formações arbóreas


naturais da área aproveitável?
Resposta: 243.616,43 m3, conforme descrição detalhada na síntese dos
resultados às fls. 43 do laudo.

10. Qual é o atual valor de mercado da madeira em pé dessas


formações arbóreas naturais?
Resposta: R$ 9.292.216,00 (nove milhões duzentos e noventa e dois mil
duzentos e dezesseis reais). Vide avaliação das essências florestais às fls.
52 do laudo.

11. Se os estoques de madeira fossem industrializáveis (serrados e


laminados) pelo próprio proprietário, qual o volume de produtos
fabricados?
Resposta: Prejudicado.

12. Qual o valor total dos produtos?


Resposta: Prejudicado.

13. Qual o valor da terra nua por hectare da propriedade, sem


computar os valores das formações florestais?
Resposta: R$ 1.522.157,00 (hum milhão quinhentos e vinte e dois mil e
cento e cinqüenta e sete reais). Vide avaliação e diagnóstico da terra nua às
fls. 51 do laudo.

14. Qual o valor total da propriedade?


Resposta: R$ 10.814.373,00 (dez milhões oitocentos e catorze mil e
trezentos e setenta e três reais). Vide resumo da avaliação global às fls. 52
do laudo.

RESPOSTAS AOS QUESITOS DO RÉU

01. Se pode o expert caracterizar a tipologia florestal, estabelecendo


percentuais (área)?
Resposta: Estas informações estão contidas às fls. 3 e 4 do laudo.

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02. Se pode o expert discriminar as áreas de propriedade: floresta
nativa, reserva legal, preservação permanente, área agrícola e
reflorestada e infra-estrutura?
Resposta: Vide descrição às fls. 3 do laudo.

03. Se pode o expert indicar as espécies comerciais existentes? a) Se


pode, ainda, indicar o valor econômico que se pode atribuir as
mesmas?
Resposta: As espécies estão indicadas na síntese dos resultados às fls. 43
do laudo, todavia, face a sua diversificação, elas foram classificadas para fins
industriais e para forno às fls. 45 do laudo.
a) Quanto aos valores atribuídos para as essências para indústria e para
fornos, vide comentários no item pesquisa mercadológica e suas
considerações às fls. 44 e 45 do laudo.

04. Se pode o Sr. Perito, descrever, resumidamente a estrutura


florestal (em seus estratos)?
Resposta: Ficou caracterizado na amostragem que 84% dos indivíduos vivos
coletados possuem altura comercial para corte entre 3,1 e 8,00 metros, 13%
com altura superior a 8,1 metros e apenas 3% possuem altura inferior a 3,00
metros.Vide descrição detalhada por espécie na análise fitosociológica às
fls. 41 do laudo.

05. Considerando a legislação ambiental vigente *(Leis 4.771/65,


7803/89, 6938/81, Dec. 750/93, Resoluções CONAMA, Port. Inter
001/96, etc...) e, ainda a conservação dos recursos naturais, da
estrutura da floresta e suas funções e manutenção da diversidade
biológica, seria possível a exploração da floresta de forma
sustentada? a) Quais as espécies e em que intensidade? b) Seria
possível estabelecer um valor para o produto dessa exploração?
Resposta: Sim.
a) As espécies consideradas clímax que apresentam em sua estrutura arbórea
troncos duros e pesados como a canela imbuia, a canela preta e o guamirim
vermelho e as secundárias tardias como a canela amarela e o cedro
poderiam ser exploradas em forma de manejo sustentado, todavia, careceriam
de um plano de manejo e de um relatório de impacto ambiental (RIMA),
amparado e fiscalizado pelos órgãos ambientais, que definiriam os percentuais
a serem efetivamente explorados, e, que, se seguidos à risca, não
comprometeriam sua preservação natural e a sua biodiversidade.

b) No presente caso, devido à suspensão provisória exarada pela FATMA em


seu ofício de Nº 20413 de 29/11/1999, às fls. 90 dos Autos, deixando a Autora
impossibilitada de explorar a mata como um todo, os valores estabelecidos
que alcançaram a ordem de R$ 9.292.216,00 (nove milhões duzentos e
noventa e dois mil duzentos e dezesseis reais), contemplaram as essências
inventariadas no imóvel objeto, todas com DAP (diâmetro a altura do peito)
acima de 15,00 cm, para exploração no mato em pé.

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22
ENCERRAMENTO
Este Perito espera haver prestado as informações
suscitadas por esse douto juízo e dá seu Laudo Pericial por concluído, ficando
a sua inteira disposição para outros esclarecimentos que se fizerem
necessários.
Este laudo foi composto por 23 páginas que foram
enumeradas e dos ANEXOS I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII.
De São Paulo para Otacilio Costa (SC), 27 de Outubro de 2008.

São Paulo (SP), dd/mm/aaaa

__________________________________
Engº Agrº
CREA
PERITO

De acordo:

______________________________ _________________________________
Engº Engº
Assistente Técnico da Ré Assistente Técnico da Autora
CREA CREA

ENGº …………………………………………………………………… CREA


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