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COMPOSIÇÃO VISUAL:
A LINGUAGEM NO ANÚNCIO 1+1=3
Publicidade e Propaganda
8º Semestre
COMPOSIÇÃO VISUAL:
A LINGUAGEM NO ANÚNCIO 1+1=3
8º Semestre
ABSTRACT
The present monograph work is a brief bibliographic review about how the
advertising creativity uses the text/image combination to generate and target the
message meanings and the care what the brands need to have in your management.
COMPOSIÇÃO VISUAL:
A LINGUAGEM NO ANÚNCIO 1+1=3
RESUMO
O presente trabalho de monografia consiste em uma breve revisão
bíbliográfica sobre como a criatividade em propaganda utiliza a combinação
texto/imagem para gerar e segmentar os significados da mensagem e que cuidados
a marca deverá ter em sua gestão.
Introdução......................................................................................................... 09
Capítulo I – Os fatores de influência no consumidor........................................ 11
1.1 Cultura........................................................................................................ 11
1.1.1 Valores.................................................................................................... 13
1.2 Classe social.............................................................................................. 13
1.3 Grupos de referência.................................................................................. 14
1.4 Família........................................................................................................ 14
1.5 Papéis do homem e da mulher.................................................................. 15
Capítulo II – A 16
comunicação.............................................................................
2.1 Signo.......................................................................................................... 16
2.1.1 A relação triádica do signo...................................................................... 16
2.2 Cores.......................................................................................................... 20
2.2.1 Significado psicológico das cores........................................................... 23
2.2.2 As cores no universo publicitário............................................................. 25
2.2.3 As cores aplicadas à criatividade publicitária.......................................... 27
2.3 Marca e Logotipo........................................................................................ 28
Capítulo III – Criação publicitária...................................................................... 30
3.1 Título........................................................................................................... 30
3.2 O texto........................................................................................................ 31
3.2.1 Formas de texto....................................................................................... 31
3.3 Estereótipos................................................................................................ 33
3.4 Fotografia................................................................................................... 33
3.4.1 Sensibilidade........................................................................................... 35
3.4.2 Composição............................................................................................. 35
3.4.3 Dramatização e perspectiva.................................................................... 35
3.4.4 Luz e forma.............................................................................................. 36
3.4.5 Processo de criação da foto-publicitária................................................. 36
Capítulo IV – A relação dos elementos da composição visual......................... 39
4.1 Os formatos................................................................................................ 39
4.2 Analisando o 1+1=3................................................................................... 40
Capítulo V – Evento.......................................................................................... 43
5.1 Classificação dos eventos.......................................................................... 44
5.1.1 Por abrangência...................................................................................... 44
5.1.3 Para demonstração ou exposição........................................................... 44
5.1.4 Por categoria e função estratégica......................................................... 44
5.1.5 Por sua 44
dimensão....................................................................................
5.1.6 Pelo perfil de seus participantes............................................................. 45
5.1.7 Por tipo de adesão.................................................................................. 45
5.1.7.1 Eventos fechados................................................................................. 46
5.2 O local........................................................................................................ 46
Capítulo VI – Branding – A importância do posicionamento de marca............ 48
6.1 Eficácia na propaganda focada em branding............................................ 50
Capítulo VII – Campanha – Revanche: Abaixo a ditadura da moda................ 52
7.1 Briefing....................................................................................................... 52
7.2 Planejamento de campanha....................................................................... 53
7.2.1 Tropa de Choque.................................................................................... 54
7.2.1.2 Video – Viral......................................................................................... 54
7.2.1.3 Hot Site – MKT de relacionamento...................................................... 55
7.2.2 Evento..................................................................................................... 55
7.2.3 Pós evento............................................................................................... 57
7.2.3.1 Padrão Visual....................................................................................... 57
7.2.3.2 Lojas – PDV.......................................................................................... 57
7.2.4 Cronograma e orçamento....................................................................... 58
Considerações finais........................................................................................ 60
Bibliografia........................................................................................................ 61
Anexo I............................................................................................................. 62
Anexo II............................................................................................................ 63
Anexo III – PRÉ-EVENTO................................................................................ 64
Anexo IV – EVENTO........................................................................................ 70
Anexo V – PÓS-EVENTO................................................................................ 71
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INTRODUÇÃO
1.1 – Cultura:
A cultura é um fator relacionado à variantes locais, as características, de um
grupo de indivíduos. “(...) a cultura pode ser definida como a acumulação de valores,
crenças, costumes, conhecimento, conceitos, preferências e gostos passados de
geração para outra dentro de uma sociedade.(...)” (SAMARA; MORSCH, 2005, p.
55)
Esses valores evoluem através de símbolos significativos (que serão
abordados no capítulo a seguir) e que ajudam as pessoas a se comunicar, se
integrar em meio a sua sociedade. A cultura pode ser dividida também em dois
componentes: elementos abstratos (valores, idéias, religião, etc.) e os elementos
materiais (ferramentas, livros, monumentos, etc).
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Dessa mesma forma, tais valores têm efeitos inevitáveis sobre os indivíduos
quando irão atender seus desejos e necessidades de consumo, como se os valores
culturais fossem parcialmente transferidos para a avaliação dos produtos.
Então, da mesma forma que a cultura nos influência no que comer, vestir e
fazer, também influi no desenvolvimento, promoção, distribuição e apreçamento dos
produtos. Uma tendência notada pela influência da cultura ocidental nos produtos
fast-food, como as redes Habib’s e Mc’donalds, assim também como as linhas de
produtos congelados e pré-preparados. SAMARA e MORSCH (2005) acrescentam
ainda que a marca Sadia, por exemplo, teve um crescimento em sua linha de pratos
prontos de quase 100% de 1997 a 2001, e os principais consumidores são as
mulheres. Outros produtos e serviços surgiram dessa necessidade, como bancos 24
horas, lojas de conveniência e os próprios shoping centers, que abrem nos fins de
semana.
Nessa mesma intenção anglicana, de aproveitar o tempo ao máximo,
utilizando-o com efetividade também surgem produtos desde o extinto vídeo cassete
com hora programada, até o mercado multimilionário das TV’s digitais, que permitem
que o consumidor escolha o horário que quer assistir o programa, independente da
programação do canal, assim como as TV’s com HD interno, que permitem a
gravação da programação na própria TV.
Além disso, o brasileiro também adotou como hábito as academias e o estilo
de vida saudável, desde produtos saudáveis com baixo índice de colesterol, até
cervejas light e não alcoólicas apresentam números crescentes no mercado.
Podemos analisar, de forma geral, três naturezas da cultura:
Aprendizado – A cultura é passada pelo processo em que o indivíduo aprende
as normas culturais da sociedade (Socialização).
Introdução – Valores da sociedade pelos quais somos doutrinados, aceitando-
os juntamente com suas normas e correndo o risco da desaprovação e punição
social, sendo um dos principais elementos demonstrativos desse elemento, a arte.
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1.1.1 – Valores
São os componentes mais fortes de uma cultura ou de uma sociedade. Os
valores culturais ou sociais são aqueles partilhados por grupos de pessoas,
enquanto os pessoais, às metas e ao comportamento do indivíduo. Temos valores
crescentes em alteração na nossa sociedade, como preocupação com a saúde,
preocupação com o meio ambiente, entre outros, que motivam os consumidores a
comprar e utilizar cada vez mais produtos relacionados à esses valores.
1.1.2 – Subculturas:
As subculturas definem-se por grupos que dentro de uma cultura, exibem
padrões particulares de comportamento dentro da mesma cultura. Os indivíduos
orgulham-se e defendem sua ascendência e sua posição baseadas em sua
subcultura. Um exemplo de subcultura amplamente explorada ultimamente pelo
mercado são as subculturas étnicas. A indústria de beleza procura segmentar suas
linhas de produtos, editoras lançam publicações especializadas, etc.
È fundamental que entendamos as subculturas, os valores e a cultura de uma
nação para desenvolver estratégias mercadológicas.
valorizar a imagem, e crer que os produtos e sua posse manifestarão seu nível de
consumo. Dão valor à família e a produtos que enriqueçam o convívio familiar.
1.4 - Família
A família é englobada dentro dos grupos de referência, porém, tamanha a sua
influência no consumidor e sua participação social na vida do indivíduo, a instituição
familiar torna-se um “filtro” com os valores e as normas de todo nosso ambiente
social. Ela é o grupo de referência primário, e que considera seus membros como
pessoas são ligadas por sangue/ casamento. Existem laços de afeto criados e além
da residência, um senso comum de identificação.
Uma série de fatores de mercado é definido pela família. Inicialmente,
fazemos parte de uma família de orientação, que é a família em que nascemos;
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CAPITULO II - A COMUNICAÇÃO
2.1 - Signo
Para produções não só no âmbito de comunicação visual, mas para qualquer
do escopo de comunicação, a idéia do signo como definição de representações aos
interlocutores já é regra, em uma noção geralmente simplista de que o signo
simplesmente é uma “coisa” que representa “algo” para “alguém”.
Na verdade, o signo por se definir dessa forma de fácil compreensão, deixa
de se definir como algo abstrato, restringindo o numero de aplicações a que ele se
enquadra.“(...)O equívoco que parece mais renitente é aquele que está na idéia de
que o signo necessariamente representa alguma coisa para alguém(...)”
(SANTAELLA, 1995, p. 22).
Seguindo a linha de raciocínio de Santaella, esse alguém não necessita ser
um ser humano, existente, palpável. Essa explicação como está fora simplesmente
para diminuir o nível de abstração da explanação, por Pearce seu precursor, não
conseguir se fazer compreensível pelos que eram seus contemporâneos.
aquilo que o signo transmite, seu significado, meaning; e a idéia que ele provoca,
seu interpretante.
Para nosso uso em comunicação, e especificamente em comunicação visual
na publicidade, entenderemos da seguinte forma: o signo defini-se por uma “coisa”
relacionada à uma segunda “coisa”, sendo essa seu objeto, com respeito à uma
qualidade, de tal modo a trazer uma terceira coisa, seu interpretante, para uma
relação com o mesmo objeto, e isso de maneira que traga uma quarta “coisa”, a
representação, para uma relação com aquele. Essa é a relação dos elementos de
significante perfeito (meaning) na comunicação visual que abordaremos nas
próximas páginas, explanando de que forma podemos manipula-los para conseguir
obter o resultado pretendido para o processo de comunicação atingir o nível
proposto (1+1=3).
2.2 - Cores
As cores que enfeitam os lugares, produtos e imagens, aparentam apenas a
função de enfeitar, porem, vão muito além disso, elas influenciam cada sensação ou
atitude desencadeando grandes fenômenos psicológicos.
As empresas já tendo o conhecimento das técnicas, utilizam dessa
ferramenta para gerar certa atitude no consumidor.
Historicamente é certo dizer, de acordo com Calanzans (2006), que os gregos
eram acianoblépticos, isto é, não enxergavam a cor azul, e a antropologia cultural
mostra que todos os povos começaram as manifestações artísticas com as cores
quentes, como vermelho (610 nanômetros) e laranja (590nm) com pinturas
corporais, cerâmicas dos tupis brasileiros, arte colombiana e africana, entre outras.
Com a evolução da civilização e o afastamento com a natureza, houve o
surgimento das cores frias como o verde (535nm), azul (460nm) e violeta (400nm).
A cor é luz, que é medido pelo comprimento de onda:
COR
Ultravioleta ---
Violeta 380-450
Azul 450-500
21
Verde 500-570
Amarelo 570-590
Laranja 590-610
Vermelho 610-760
Infravermelho ---
Todo esse trajeto da cor causa a fome, sede ou excitação sexual, agindo
sublinarmente.
O azul (tempo de 0,06 segundos) corresponde a ondas curtas, tendo efeito
calmante, o vermelho (0,02 seg) ondas longas, causando agitação, no caso do
amarelo-vermelho (0,01 seg) ativa as funções do metabolismo, despertando a fome.
Irene T. Franckowiak apud Calanzans, dá como exemplo o “McDonald´s” que
é uma companhia que usa as cores como uma ferramenta estratégica, Ela sendo
uma empresa que visa o lucro na alta rotatividade dos clientes, utiliza as cores
vermelho e amarelo para despertar a fome, comprar mais que o desejado e
rapidamente sair da lanchonete, “O cliente, sem saber, sente-se inquieto, com
pressa e sem disposição para curtir por mais tempo o local”, diz Irene.
Depois de pesquisas ela concluiu que as cores intensas aumentam a
circulação sanguínea e aumentam a força muscular.
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[...] o uso da marca com cores definidas pode estar sujeito ao processo de
mudanças em função da moda, mas, na realidade, essa influência é muito
relativa. A marca, em geral tem a finalidade de causar impacto e fazer
memorizar um nome, uma vez memorizada, deve constituir o pedestal de
uma promoção de venda.[...]
O tempo, lugar e moda são fatores que influenciam ao nível de atenção da cor
no anuncio.
Na realização de uma peça publicitária entra toda uma técnica da psicologia
publicitária, que se fundamenta principalmente no processo da atenção.
Despertar a atenção de um indivíduo entra toda uma técnica da psicologia
publicitária, que se fundamenta principalmente no processo da atenção.
O que mais interessa ao criador publicitário é uma comunicação direta com o
consumidor, chamando inesperadamente sua atenção por um detalhe motivacional,
como a cor, que se fixa e se faz memorizar o mais rápido possível.
A atenção de uma pessoa normalmente se fixa sobre um objeto de 2 a 10
segundos. O tempo, bastante curto, deve ser convenientemente apreciado e
considerado. O criador publicitário deve procurar, através de um detalhe
interessante, prolongar a atenção do receptor. Isso provocara um maior espaço de
tempo para a mensagem que está sendo transmitida proporcionando uma maior
liberdade e oportunidade de criação na arte do anuncio.
Nossa vista é limitada a distinguir muitos detalhes ao mesmo tempo, por isso
é aconselhável que se coloque uma media de três detalhes motivacionais, para não
haver dispersão da atenção. Com poucos detalhes fica mais fácil de criar um centro
focal de atenção.
A cor que é utilizada na própria marca tem significado somente quando
colocada no contexto da mensagem entre todas as cores que formam a peça
publicitária ou a embalagem de um produto.
A marca geralmente formada por iniciais, se colorida, confere um toque de
confiança e credibilidade, porem é preciso dar à marca, por meio de cores
adequadas, a luminosidade que mercê em seu reduzido espaço, pois na realidade
ela é a essência do principal que oferecemos ao público consumidor.
As relações simbólicas que determinadas faixas sociais estabelecem no uso
de certas cores são variantes que devem ser altamente consideradas, como também
deve ser analisado o nível de retenção que elas procuram alcançar.
O anúncio de alta qualidade requer matizes suaves e de poucos contrastes,
às vezes monocromático, usando apenas as discriminações tonais. Os de caráter
dramático tendem a afazer uso dos valores de contrastes mais violentos, embora os
próprios contrastes de cores são determinados pela sintaxe que rege o uso da cor.
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Violeta: entristece o ser humano, não sendo, portanto, muito bem visto na
criatividade publicitária.
Cinza: indica discrição. Para as atitudes neutras e diplomáticas o cinza é
muito usado em publicidade.
Preto: pouco recomendável em publicidade. Uma peça com muitos detalhes
em preto deixa o ser humano geralmente frustrado.
Tendo em vista todo o estudo físio-sócio-psíquicas comprovando a influência
das cores no ser humano. Trazendo a tona comportamentos e atitudes que ficam
intrínsecas no comportamento do consumidor, fica comprovado que as cores, em
suas corretas utilizações podem beneficiar a empresa com resultados positivos. Seja
ela usada em mídias impressas ou televisiva. O estudo do comportamento humano
é benéfico para a bons resultados de uma marca.
3.1 - Título
A primeira mensagem captada pelo receptor é o título, é ele que seduz o leitor
para o acompanhamento do texto. O título pode ser direto, selecionando o leitor,
informando sobre o produto, tema focado, expõe uma vantagem, ou prometendo um
beneficio. Ou ele pode ser indireto, provocando a curiosidade, despertando o
interesse para a leitura do texto.
O seu uso é recomendado tanto nos casos diretos ou indiretos.
Conteúdo do título: Para elaborar um título que possa complementar o
conteúdo do texto é importante que o emissor se coloque na posição do leitor, para
que não haja conflitos de interpretações.
De acordo com Sant`Anna, (1999, p. 160) “em média, cinco vezes mais
pessoas lêem o título do que as que lêem o corpo do texto”, uma mudança de título
pode fazer uma diferença de 10 para 1 às vendas.
Sant`Anna indica a elaboração de 10 a 20 títulos para um único anúncio e
selecionar o que mais se encaixa no conceito do anúncio.
O título é o chamariz que irá captar os leitores interessados no produto que
está sendo anunciado. É preciso ter cautela na escolha para que o título não exclua
os leitores em potencial pelo seu produto.
Todo título deve apelar para o interesse do leitor, prometendo um benefício ou
curiosidade.
O foco em novas notícias no título, tais como, o lançamento de um produto ou
o melhoramento de um velho produto, é um elemento de bastante influencia sobre
os leitores.
Já sendo citado anteriormente, a quantidade de pessoas que lêem somente o
título é cinco vezes maior do que as que lêem o corpo do texto, sendo assim, é
importante que ao menos, as pessoas que só lêem o título saibam a marca que está
sendo anunciada.
Pesquisas concluíram que títulos longos de 10 ou mais palavras vendem mais
mercadorias do que títulos curtos, pois é possível incluir as promessas do produto
nos próprios títulos.
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O título deve ser um convite ao leitor para a leitura do texto, sendo ele um
representante da redação que o seguirá. É preciso evitar títulos com trocadilhos,
humor, ou palavras com significado negativo.
3.2 - O Texto
A delimitação do tema é o primeiro passo necessário para a criação do texto.
Determinando o tema é preciso escolher de que maneira o assunto será
desenvolvido no texto, se será de forma direta ou indireta e se em linguagem
racional ou emotiva.
O texto será uma continuação à idéia contida intrínseca no título.
É nesse contexto que “[...] O anúncio não é uma peça literária que tem por fim
deleitar, distrair ou dar uma sensação de beleza. Visa um fim prático: implantar uma
idéia ou vender um produto.” (SANT’ANNA, 1999, p..161) O redator precisa da
intuição de um vendedor persuadindo e conduzindo o leitor à leitura completa do
texto, dando um valor subjetivo ou psicológico ao produto ou serviço anunciado.
O processo ideal para a elaboração de um texto é o seguinte:
“a) Roteiro – Determinado o tema, estabelecida a forma de apresenta-lo
(Direta ou Indireta) e o seu desenvolvimento (Racional ou Emotivo), faça um
roteiro do que pretende dizer, isto é, dos argumentos, dos fatos que devem
figurar no texto, ou da seqüência da história que ai contar. Escreva
rapidamente para não perder o fio, deixando para o fim as emendas e
correções. Procure dizer tudo em poucas palavras, mas sem sacrificar a
clareza. Depois, leia em voz alta, e faça as correções necessárias. Fortifique
os pontos fracos, torne claro os duvidosos, risque as repetições ou o que
estiver a mais, Torne a ler e veja então o efeito.
b) Unidade – Procure dar ao texto unidade, isto é, mantê-lo dentro da idéia
ou tema que o inspira. Para isso evite digressões e não tente encaixar
muitas idéias, a não ser que as subordine à principal, a que constitui o tema.
Se o produto tem aspectos que vale a pena mencionar, ponha em relevo o
principal, o que constitui o tema, e deixe os demais em segundo plano,
mencionando-os, no final, ou fazendo uma lista dos mesmos, colocando-os
ao lado do texto principal”. (SANT’ANNA, 1999, p. 161).
(CARRASCOZA, 1999, p.40) em exemplo na frase: “deixa seu cabelo com a cor
mais bonita que ele poderia ter”, “você vai ficar mais bonita até em pensamento” cita
também o final do texto fazendo um convite à ação “Experimente Soft Color”.
As funções de linguagem são recursos de persuasão utilizado em grande
escala pelo universo publicitário.
3.3 - Estereótipos
O estereótipo é a imagem já consagrada nos códigos visuais das pessoas ou
culturas. Impedindo-as de questionar o que está sendo comunicado.
Carrascoza (1999, p.41) exemplifica um código visual estereotipado como
“[...]uma mulher bonita, de avental, remete a uma zelosa dona-de-casa [...]” e
também no código lingüístico “[...]a união faz a força, ser mãe é padecer no
paraíso[...]”
Com base nesses paradigmas das pessoas que os estudos de
comportamentos quanto à cor, sons, imagens são feitos.
O universo publicitário, assim como o jornalístico, utilizam-se da substituição
de nomes deliberadamente para desassociar uma possível imagem negativa que
aquela palavra pode causar.
Ilustrando os casos de substituição de nomes CARRASCOZA (1999, p. 42)
cita: “substitui-se capitalismo (palavra desgastada) por livre iniciativa, domínio
empresarial por globalização, anos por primaveras, etc”
É a sensibilidade do redator publicitário que dará o sucesso para o texto.
3.4 - Fotografia
A arte de se expressar, não fica somente a cargo da redação ou títulos
interessantes que captam a atenção do observador. Uma imagem vale mais que mil
palavras é a expressão usada por milhares de pessoas ao longo dos anos. Porem
não é bem assim, a importância das imagens ou fotografias tem seu espaço
reservado na publicidade e trabalhando em conjunto com a redação potencializam
ainda mais a força da expressão nos meios de comunicação. Ao concluir um retrato
de uma nobre senhora, Michelângelo ouviu com desdém: “Não gosto. Não está
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parecido”, “Madame, daqui a 500 anos ninguém mais saberá quem é a senhora!”
retrucou ele.
A força das palavras estão intrínsecas em seus conceitos, porem elas podem
ser muito prolixas e têm interpretações diferentes, sendo, o seu significado, mudado
com o passar do tempo. Tendo traduções e mudanças de significados de cultura
para outra.
As imagens representam um papel mais direto e emocional. Passa-se séculos
e a mesma imagem produzida no passado, continua transparecendo o mesmo
significado. Sua matéria prima pode se deteriorar, mas ainda assim não mudam de
sentido.
Cesar (2003, p. 2009) em referencia à imagem destaca que “Por causa dela,
o mundo sorri, chora, idealiza, sonha. A moda, por exemplo, desvenda a beleza. É
entendida e cobiçada apenas pelo visual, pedaços de pano recortado”
A mesma imagem que nos emociona, nos transmite com fidelidade a
realidade dos fatos, ou como na publicidade, do produto. Considerando que na
propaganda, inúmeras vezes que as imagem são enfeitadas e disfarçam a realidade
do produto. E por causa dela, a imagem, que a propaganda ganhou tanta força
persuasiva no mundo dos negócios.
Fotografia nada mais é que a escrita da luz, “foto” significando a luz e “grafia”
a escrita. O mais importante nada mais é que a luz numa fotografia. Quando ela foi
descoberta pensaram que seria bruxaria de tão perfeitas que elas representavam a
realidade. Hoje, com o avanço da tecnologia, a foto capta em milionésimos de
segundos, detalhes que passariam despercebidos a olho nu. Tudo isso graças aos
sistemas de iluminações, máquinas e lentes especiais que fazem dela uma imagem
apaixonante. Cesar (2003, p. 211) lembra a importância da fotografia no universo
familiar; “Não há quem não possua uma foto de família, recordação no papel que o
seguirá pelo resto da vida”.
Na publicidade a fotografia alem de fazer com que o consumidor lembrem das
empresas anunciante, ela faz com que eles desejem seus produtos. Para que isso
aconteça a escolha da imagem certa pelo diretor de arte precisa ser perfeita,
analisando-a sob todos os aspectos que possam contribuir ou prejudicar a
campanha.
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3.4.1 - Sensibilidade
A sensibilidade e a observação detalhista é de extrema importância para o
fotógrafo ou diretor de arte. De nada vale um profissional com vasto conhecimento
técnico se essas duas características não forem postas em ação.
Quanto mais se observa, mais sensibilidade é obtida em uma imagem, um
lugar, uma pessoa ou um objeto. No momento da captação da fotografia é preciso
observar com muita atenção nos detalhes, extrair tudo o que está acontecendo no
momento, formar uma imagem original e criativa em sua cabeça para depois
fotografar.
[...] dê carinho à sua idéia. Se não ignora-la e não trata-la como apenas mais
uma foto, conseguirá um resultado original e, por vezes, invejável.[...].
(CESAR, 2003, p.211).
3.4.2 - Composição
Os diferentes pontos de vistas dos fotógrafos é o que diferencia o resultado
final das fotografias. Um mesmo cenário pode transmitir diferentes idéias
dependendo da composição focada por cada fotógrafo, formas, linhas, cores e
importância das cores são os elementos da composição da foto. Para compor uma
fotografia Cesar (2006, p. 212) relata que é preciso fazer perguntas como:
“[...] o tema principal está definido? Existe um ponto de atração, algo que os
olhos percebam primeiro? O que está em segundo plano faz sentido? Não
existem detalhes que desviem a atenção? O enquadramento permite que os
olhos fiquem na área de maior interesse na foto? O peso das imagens na
foto está em proporções aceitáveis? Existe equilíbrio ou a imagem ‘pesa’
mais para um lado do que para o outro?[...]”
4.1 – Os Formatos
- (1+1=1) – Redundante: É o formato mais simples, quando a imagem
apresenta a mesma mensagem pelo título. Por isso, a soma desses dois elementos
é uma única mensagem. São anúncios que baseiam-se na repetição, geralmente
voltado para o público com menor nível cultural. Acredita-se que possa ser uma
forma ineficaz, pois com a repetição excessiva da mensagem, a peça acaba ficando
chata e desinteressante.
Porém, em alguns casos, o uso dessa forma expositiva da idéia pode ser
importante quando a mensagem necessita ser passada de forma simples, e, nesse
formato (1+1=1) o impacto seria muito maior, e sem rodeios para o interlocutor.
“Ao criá-lo, o publicitário deve ser capaz de imaginar o que passa pela
cabeça da pessoa que o observa pela primeira vez. Com esse
conhecimento, o redator deve propor uma espécie de conversa, uma
interlocução muda e atemporal com o consumidor; assim, pode estabelecer
uma verdadeira relação entre este e o anúncio”. (FIGUEIREDO, 2005.)
Assim, para poder ser provocativo, ou seja, fazer o consumidor pensar sobre
o assunto, que haja uma interatividade, o sentido não poderia ser completo na sua
exposição, ou seja, nesse aspecto o anúncio desse tipo falham para essa proposta.
Peças desse tipo geralmente costumam trazer mensagens extremamente
simples, classificando nessa composição os anúncios de varejo, classificados, hard
40
sell em sua maioria, aonde a argumentação do anúncio fica preso ao que, se for
atraente ao consumidor, será ou o preço muito atraente, ou o produto excepcional.
Portanto, podemos considerar que a função do anúncio desse tipo é
unicamente informativa. Dessa forma, deve-se ter muito cuidado ao optar por esse
tipo de anúncio, pois com a concorrência muito acirrada e os produtos cada vez mais
parecidos, pode se tornar ineficaz, sendo que a propaganda deve muito mais do que
informar.
- (1+1=2) – Completo: Nesse formato, a relação entre os dois elementos é de
interdependência para a mensagem, ou seja, o titulo tem a mensagem completada
pela imagem, e a imagem por sua vez, pelo título. Então, há uma participação por
parte do interlocutor de conectar essas duas partes da mensagem para que se
complete e que idéia seja compreendida.
Dessa forma, um universo de elementos podem se completar e se harmonizar
para compor, não só o anúncio, mas o conceito em torno da marca ou produto. O
fundo, a textura, cenários, personagens, tipografia, diagramação, a mensagem
implícita ou explícita no texto são combinados entre si.
-(1+1=3) – Além : É o engedramento das mensagens da forma mais criativa.
Dá-se dessa aritmética pois a imagem já passa uma mensagem por sí, o texto
também traz uma mensagem em si, mas a mensagem do texto é distinta da
mensagem da imagem. Então, o consumidor tem a compreensão de três
mensagens distintas, a do texto, a da imagem e a terceira, resultado da união do
texto e da imagem, gerando uma nova idéia, principal para a composição da
mensagem do anúncio.
CAPITULO V - EVENTO
De acordo com Melo Neto apud Martin (2003) qualquer evento pode ser
considerado um fato, um acontecimento que gera sensação ou então uma notícia.
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5.2 - O local
A seleção do local a ser realizado o evento deve se basear de acordo com o
publico do evento, tendo em vista a infra-estrutura básica e adequada para o evento
com salas de reuniões, sanitários, estacionamento, área de circulação, espaço para
eventos paralelos, água, luz, etc. O espaço deve ser compatível com a quantidade
de participantes prevista para o evento.
As características de cada evento é o que irá ditar quais são os requisitos
básicos para a estrutura e organização.
A atenção aos seguintes pontos devem ser feita rigorosamente, pois no
desfalque de algum deles o evento pode se tornar num fracasso. Podemos destacar
os seguintes pontos: acessibilidade (facilidade de acesso a aeroportos, estações de
trem, rodovias, etc); Estacionamento próprio (capacidade de vagas o suficiente para
o evento); serviços de transportes públicos e privados (ônibus, trem, táxi);
sinalização externa e interna do local; entrada principal (com fácil acesso
comportando o numero previsto de participantes); facilidades (pronto-socorro,
hospital, lojas de conveniência, etc).
De acordo com MARTIN (2003) os empreendimentos situados na proximidade
de aeroportos, rodoviárias, estações de trens são perfeitas cedes para um evento. O
autor cita lugares onde é de costume o uso do espaço para eventos: Centro de
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CAPÍTULO 7
CAMPANHA:
REVANCHE: ABAIXO A DITADURA DA MODA.
7.1 - Briefing
Nome: Revanche Modas
Categoria: Confecção / Estilismo;
Imagem: Marca Jovem
Principais diferenças: Preços acessíveis e boa qualidade.
Pontos positivos: A qualidade de matéria prima usada em seus produtos,
associada ao design de suas roupas, proporcionam um ótimo custo x beneficio para
seus consumidores, além da marca possuir recursos produtivos próprios, o que
facilita novas criações.
Pontos negativos: Marca ainda não muito conhecida pelo público, falta de
publicidade.
Ameaça: A crise mundial que afetou todas as áreas faz com que as pessoas se
preocupem menos com moda, principalmente as classes mais baixas, que precisam
de dinheiro para outras áreas.
Oportunidade: Condições de parcelamento e outras facilidades faz com que cada
vez mais pessoas acabem pagando mais por algo que supostamente tenha mais
qualidade..
Missão e valores e o que pretende alcançar em termos estratégicos para seu
negocio: Proporcionar roupas e acessórios de qualidade para o publico jovem
agregados a um ótimo visual de suas peças.
MERCADO:
Tamanho do mercado: População paulistana
Potencial e segmentos: moda casual / moda jovem
Principais mercados: Centro São Paulo / Zona Leste / Grande São Paulo
CONSUMIDOR:
Quem consome: Publico Jovem de 15 a 25 anos
Como: Compras em shoppings, centros comerciais.
Influências: Amigos, qualidade da roupa.
Perfil de consumo: Público de classe social B e C, em geral estudantes
preocupados com sua imagem, freqüentadores de centro comerciais como shopping
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centers que iniciam sua preocupação com o que podem estar vestindo.
Comprador/influenciador: O público jovem, ao procurar uma identidade social
acaba se espelhando uns nos outros moldando, por vezes mimeticamente, os
hábitos de consumo.
MARCA
Preferência/aceitação/imagem: Os consumidores em sua maioria ainda a
consideram como uma marca do dia a dia, usando para completar o visual em
muitos casos, mais raramente como peça principal.
PREÇOS:
Em relação a concorrência direta: Mais alto.
Em relação a concorrência indireta: Preço abaixo da concorrência indireta
Reação do consumidor: Satisfação com o custo x benefício dos produtos
RAZÕES DE COMPRA
Motivação:
Racional: Ótimo custo x beneficio
Emocional: Visual das roupas constrói uma imagem de um ícone importante na
sociedade tal como se estivesse usando roupas de grifes caras e internacionais
7.2.2 - Evento
Após o embasamento teórico adquirido com pesquisas sobre o assunto, o
melhor canal para o aprimoramento do branding da marca será a produção de um
evento. Captando a atenção do publico alvo assim como de profissionais da área de
moda e celebridades em geral.
O evento tem uma proposta interativa para os convidados havendo total
contato com os produtos da empresa Revanche. Tendo em vista o foco da
campanha que é “Abaixo a ditadura da moda” o evento será uma continuação da
idéia já estabelecida, valorizando a individualidade e a personalização dos
vestuários.
Cada participante terá a oportunidade de produzir suas próprias roupas em
uma espécie de Self-Service de roupas, haverá um stand com uma seqüência de
repartições, no primeiro espaço terá a matéria prima das roupas, contendo panos de
diversos tipos e cores para o convidado escolher, após feito a escolha, costureiras
que estiverem trabalhando no evento recortarão um pedaço de pano e passarão a
malha para o próxima etapa, agora o convidado terá que escolher o tipo de corte ou
modelo para sua peça. Na terceira etapa será oferecido estampas e/ou patches para
a inserção na peça, na quarta etapa a costureira produzirá o modelo já escolhido
pelo participante do evento e, finalizando, na quinta etapa será feito a embalagem
das roupas.
Essa proposta será um meio tangível para que o publico assimile a
preocupação da marca em seu conceito de moda, tirando a massificação do sistema
de produção de roupas. Além dessa proposta haverá a necessidade da contratação
de um profissional da área para a palestra explicando o conceito da Revanche e as
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terceirizado de alfaiataria, para ajustes que permitirão que todas as peças possam
se tornar únicas e completamente adaptadas ao consumidor.
Todos s gerentes serão treinados novamente para o novo padrão de gestão e
atendimento, repassando o material aos seus demais funcionários. Não é só
importante que eles saibam o porquê da reformulação da marca, mas que sejam
conscientizados de sua participação no trabalho de marca e comunicação, incluindo-
o como parte fundamental desse processo de ‘engrenagem empresa-consumidora”.
Ainda nesse mesmo foco, as lojas deverão iniciar o acompanhamento de
seus clientes cadastrados no mailing, questionando por exemplo se os ajustes
ficaram bons, enviando informativos de novas coleções e promoções, novas peças,
parabenizando o cliente e dando descontos na data de seu aniversário, entre outras
iniciativas de relacionamento com o consumidor.
O site também será re-adequado ao novo padrão visual, contendo agora um
espaço livre para os usuários postarem suas criações, com contests (concursos
premiados) freqüentes, com espaço aberto também para comentários, como um
mural digital, permitindo não só o acompanhamento do perfil de consumo, mas
criando um espaço digital de convívio e relacionamento entre os consumidores.
Conseqüente de tais iniciativas, a marca ganhará personalidade e simpatia a
longo prazo, não somente com o trabalho de comunicação aplicado, mas sim com
uma nova conceituação administrativa que deve der seguida à partir dessa
campanha, partindo que a marca alcance com a elevação de valores, o
posicionamento objetivado no quadro de referência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das Cores. São Paulo: Edgard Blucher, 1987.
MARTIN, Vanessa. Manual prático de eventos. São Paulo, Editora Atlas, 2003.
MELLO, Derli. Fotografia Publicitária. Entrevista concedida à Luciano Kenji
Rizzatto Urano. Mogi das Cruzes, 14 mai, 2008.
SANTAELLA, Lucia. A teoria geral dos signos. São Paulo: Ática, 1995.
TYBOUT, Alice M.,CALKINS Tim. Branding. São Paulo: Editora Atlas, 2006.
62
ANEXO I
1+1=1:
1+1=2:
1+1=3
(FIGUEIREDO, 2003)
63
ANEXO II
PEÇAS DA BENNETON
(TOSCANI, 2003)
64
ANEXO IV - EVENTO
71
ANEXO V - PÓS-EVENTO
72
73
74
75