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CRIMES CONTRA A HONRA EM LEIS


ESPECIAIS

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18.1 LEI DE IMPRENSA

A Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a liberdade de


manifestação do pensamento e de informação, chamada Lei de Imprensa, definiu vários
crimes cometidos através dos meios de informação e divulgação – jornais e outras
publicações periódicas, serviços de radiodifusão e noticiosos –, dentre eles a calúnia, a
difamação e a injúria (arts. 20 a 22), cominando penas mais severas que as previstas nas
correspondentes normas do Código Penal.

Além das penas mais severas, outras normas conferem, aos crimes contra a honra
definidos na Lei de Imprensa, tratamento diferenciado, mais rigoroso. Algumas diferenças
merecem ser destacadas.

Na calúnia, não se admite a exceção da verdade contra os Presidentes da República,


do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, os ministros do Supremo Tribunal Federal,
chefes de Estado ou de Governo estrangeiro, ou seus representantes diplomáticos.

Há difamação na publicação ou transmissão de fato delituoso também quando seu


autor já tiver cumprido a pena a que foi condenado, a não ser quando justificada por
interesse público.

Também é punível a difamação e a injúria contra a memória de pessoa morta.

Tratando-se, portanto, de crime contra a honra cometido através dos meios de


comunicação de massa – jornais, periódicos, revistas, imprensa, enfim, rádio e televisão –,
aplica-se a lei especial.

18.2 LEI DE SEGURANÇA NACIONAL


2 – Direito Penal II – Ney Moura Teles

A Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983, que define os crimes contra a segurança


nacional e a ordem política e social, definiu no art. 26 o seguinte tipo legal de crime:
“caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos
Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou
fato ofensivo à reputação”. A pena é de reclusão, de um a quatro anos.

À primeira vista poderia parecer que, diante dessa norma, todo e qualquer crime
contra a honra do Presidente da República ou de qualquer dos demais titulares das funções
mencionadas no dispositivo constitua crime contra a segurança nacional, afastando, assim,
a incidência das correspondentes normas do Código Penal. Não é assim, felizmente.

O art. 2º da mesma lei esclarece que quando o fato estiver previsto também no
Código Penal, como é o caso da calúnia e da difamação, sua incidência dependerá da
motivação e dos objetivos do agente, bem assim da ocorrência de lesão, real ou potencial, a
pessoa dos chefes dos poderes da União. Em outras palavras, só haverá calúnia ou
difamação punidas pela Lei de Segurança Nacional se o agente agiu com motivação política
e com o fim de causar lesão à honra do cargo, e desde que tenha havido efetivo dano ou,
pelo menos, possibilidade de lesão à honra da autoridade.

18.3 ESTATUTO DO IDOSO

A Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 – o Estatuto do Idoso –, definiu, no art.


105, a seguinte conduta típica: “exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação,
informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso”. A pena é detenção
de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.

Idoso é quem tem idade igual ou superior a 60 anos.

Referida lei entra em vigor 90 dias após sua publicação, ocorrida no DOU de 3-10-
2003.

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