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De puno, em direção a Machupichu

Fiquei tanto tempo em Puno que já me sentia Inca. Deixei meu afazer de ciclotaxi (foto), para
seguir com os edublogeiros em direção a Cusco, Águas Calientes e, lá longe, Cuba.

Fui contente. O trabalho árduo tinha ficado para trás. Também as noites frias e muitas vezes
desabrigadas. Estava satisfeito comigo. Já arrancara minhas raízes de Corumbá. Agora escapava
das estreitas ruas de Puno em direção aos locais gloriosos de minha nova gente.

É longo e acidentado o caminho entre Puno e Machupichu. A altitude média perto dos 3000
metros também não ajuda a deixar a viagem mais curta. Mas, a paisagem é deslumbrante. É
estranho que nesta altitude, a estrada, sempre tangenciando ferrovia e rio, se desenrole por vales
verdejantes.

Dos pontos mais altos vejo, perdidas na distância e na solidão da paisagem, as casas dos que são
agora meu povo. Nunca morei assim no campo, mas adivinho a pobreza e o tempo de viver árduo
que passam. Mas também pressinto as alegrias dessa forma de existir. O ar puro. A música da
natureza. O estar sozinho que convida ao encontro consigo mesmo. A reunião dominical com os
vizinhos e, quase obrigatoriamente, amigos...

O serpentear da estrada convida ao sono. Esqueço a algazarra que os edublogueiros fazem. Como
estou só no lado do ônibus, estico-me todo em duas poltronas e durmo. Vejo o resto da paisagem
em sonhos.

Chego dormindo em Cusco. Ainda em sonho, entro na capital do Império Inca em todo seu apogeu
e sua glória. Quando acordo, não deixo de me sentir triste pelo que foi destruído. Mas, isso não
me impede de notar que, sobre o esplendor Inca, os espanhóis construiram uma bela cidade. O
centro histórico de Cusco é lindo! Faz esquecer sua periferia, pobre e feia como em toda cidade da
América Latina.

Estamos agora todos em Cusco. Ao alvorecer seguiremos para Águas Clientes. Gosto muito dos
edublogueiros, mas penso fazer um caminho diferente. Amanhã, veremos.

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