Vous êtes sur la page 1sur 3

ÉTICA E PROFISSÃO

Entrevista com prof. André Fernandes do SENAI São Paulo:

1-Nome e área de atuação:


Meu nome é André Luiz Fernandes sou Professor de Design e Artista Plástico

2-Quais são os principais valores éticos de um profissional da moda?


Eu acho que todo trabalho deve ser íntegro e original. Deve partir de um estudo, de um
conceito, de uma proposta que o próprio profissional, ou o aluno, ou quem for
desenvolver, vá atrás das respostas que estarão envolvidas nesse projeto. Deve-se tentar
evitar o excesso de baldeação de preço, tentar ser justo, tentar trabalhar junto com as
associações como a ADG (associação de designer) e daí por diante. Critério ético é fazer
um trabalho que não seja um plágio, que não seja copiado de nenhuma fonte, que seja
influenciado, mas não copiado.

3- Qual o papel da moda na formação da opinião de uma sociedade?

O papel da moda é fundamental. Se tomarmos como exemplo a época de 1800 mais ou


menos, durante a Revolução Francesa, é bem claro como a moda influencia uma
sociedade em seu comportamento. É fundamental, pois nascemos quase vestidos!

4- Os atuantes dessa área têm consciência de que em sua profissão existe um papel
ético-social? Como a ética é tratada no meio profissional?

Pode-se considerar esse meio profissional novo, principalmente aqui no Brasil. Então
ainda não se tem muito estudo sobre a ética profissional, pois ainda há migração de
profissionais de outras áreas como artes plásticas e arquitetura para o meio da moda.
Mas agora com as escolas e institutos e com a formação dos profissionais, acredito que
haverá mais preocupações em relação á esse tema.

5- Você já participou de alguma iniciativa sócio-ambiental envolvendo seu


trabalho?
Sou um estilista que sempre gostou de trabalhar com materiais alternativos, mas nunca
fui fechado somente á esse tema. Quando estou trabalhando em um projeto, procuro
usar materiais parados em estoque, materiais alternativos e trabalhar com sociedades
alternativas, no caso do litoral, com os Ribeirinhos, onde existe diversos artistas, que
desenvolvem muitos trabalhos.
Então essa consciência já vem de dentro de mim, e por sinal, fiz uma participação
recentemente na USP falando sobre essa consciência ecológica, pois há uma forte
tendência de que a diferenciação da moda brasileira seja baseada na sustentabilidade, na
reciclagem e no reaproveitamento de materiais.
Ainda que sejam fatos que vieram á tona agora, não são novos. Esse movimento surgiu
logo após a Revolução Industrial.

6-Qual a perspectiva para o mercado da moda no Brasil?

A melhor possível, pois está crescendo a cada dia. Profissionais estão se formando, os
cursos sendo concorridos e as pessoas querendo passar no vestibular de moda. O
mercado está cada vez mais se profissionalizando, e o que se espera é o crescimento
contínuo.
Da década de 90 pra cá, se fizermos uma análise, o número de cursos de moda
cresceram. Hoje há mais de 80 escolas de moda no país e muito mais ferramentas do
que antes, e acho que isso está numa crescente cada vez maior.

7- Você se sente realizado com o trabalho que faz?

Muito realizado. Sempre fiz o que eu gosto e acredito nisso desde os 12 anos idade,
quando comecei profissionalmente a costurar para amigos e para confecções de
uniformes escolares. Sempre achei meu trabalho muito gratificante e por isso continuei
com isso até hoje.

8- Você já vivenciou ou presenciou situações de plágio de trabalhos?

Sim, diversos. È muito nítido para nós que estamos sempre buscando informações lendo
e folheando cadernos de tendências, os Tradebooks ; revistas nacionais e internacionais.
Assim fica muito mais fácil perceber quando aquele artista traz algo que não é dele,
como dizem alguns, “que está reinventando a roda”, e é bem claro que isso prejudica o
trabalho.

Vous aimerez peut-être aussi