Reflexos de Nietzsche Um filsofo frente de seu tempo, vivendo num perodo de hipocrisia, talvez to antiga quanto a prpria humanidade.

. Este texto que escrevo sobre o pensamento de Nietzsche (1844 1900) nada tem a ver com a questo da pessoalidade de Deus, embora poderia. Quando ousou afirmar que Deus estava morto colocou em xeque os valores sob os quais sempre viveu, pois seu pai era pastor e o estudo da Bblia era uma constante no incio de sua vida, no entanto, com a maturidade e, desta vez, podendo confrontar sua realidade interna com os valores que a sociedade apresentava pode ir mais alm, e sim, arquitetar o pensamento, na contra mo da hipocrisia de sua poca e dos sculos vindouros, de que Deus est morto. Voltaire (1694 1778), disse: Se Deus no existisse, seria preciso invent-lo. Interpretando de forma livre a frase de Voltaire, penso que a existncia de Deus veio de encontro ao vazio prprio do ser humano, bem como, necessidade de algo que refreie o instinto, nada bom, do ser humano, (embora a questo do instinto fique para uma prxima vez). A morte de Deus representada a partir dos valores e dessa moralidade que fenece dia aps dia, apesar de o Estado ser laico, sua formao basicamente crist, pois a histria nos mostra que nem sempre a igreja mantivera-se distante das decises, ditos, leis e principalmente intrincada na alma de quase todos ns. Segundo pesquisas os cristos, catlicos e evanglicos, em 2011 somavam cerca 1,2 bilhes de pessoas. Se essa troca de valores tomando por bem o que mal, ou fazendo vista grossa ao que nos cerca, como por exemplo: pessoas sendo queimadas vivas por no ter dinheiro, crianas depositadas em lixeiras ou fossas, cracolndias, onde pessoas se destroem a cu aberto, e acima de tudo e o evento mais claro do que Nietzsche dizia, a supervalorizao do capital, que talvez possa estar por trs de tudo que foi elencado acima, pois a vida passou a ter um preo e esse no inestimvel, no vem sendo protegido, varia de poucos centavos a fortunas. Se esse fato marca a vinda do Cristo ou se isso apenas mais uma maneira de protelar a qualidade de vida para a morte, a exemplo do reino celestial futurista, no sei, mas que vemos um Deus agonizante ou nos termos de Nietzsche, morto, fato.