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TROVADORISMO: AS RAÍZES MEDIEVAIS

SÉCULO XII – MEADOS SÉCULO XIV


Feudalismo
Momento Histórico – Idade Média
Igreja $
Literário
Acompanhamento musical
Poesias – Cantigas Trovador: homem, músico, nobre
Jogral / Menestrel
Segrel
LÍRICO-AMOROSA
Cantigas de amor Cantigas de amigo
2. Origem: provençal 1. Origem: ibérica
3. Eu-lírico: masculino 2. Eu-lírico: feminino
4. Ambiente: palácio 3. Ambiente: popular
5. Tema: amor cortês 4. Tema: saudades do amigo
(Namorado)

Coita: sofrimento amoroso


Refrão
Mia dama
Paralelismo
Mia senhor
CARACTERÍSTICAS DA CANTIGA TROVADORESCA
Non chegou, madre, o meu amigo,
e oje est o prazo saido!
Ai, madre, moiro d’amor!

Non chegou, madre, o meu amado,


e oje est o prazo passado!
Ai, madre, moiro d’amor!

E oje est o prazo saido!


Por que mentiu o desmentido?
Ai, madre, moiro d’amor!

E oje est o prazo passado!


Por que mentiu o perjurado?
Ai, madre, moiro d’amor!
LINGUAGEM DAS CANTIGAS
QUANTO À FORMA QUANTO AO CONTEÚDO
Estrutura simples, de fácil
• Na produção lírica, temas como

memorização; amor e saudade;

•Repetição de palavras e versos Na produção satírica, crítica de


inteiros; costumes.

•Presença constante do refrão;

Textos escritos em galego-


português.
SATÍRICAS
Cantigas de Cantigas de
Escárnio maldizer
1. Crítica indireta – 1. Crítica direta
pessoa satirizada – pessoa
não é identificada satirizada
2. Ambigüidades, geralmente é
trocadilhos identificada

3.Ironia 2.Linguagem
chula, vulgar
3. Zombaria
Ai dona fea! Foste-vos queixar
porque vos nunca louv’en meu trobar
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
CONCLUINDO
CANTIGAS DE AMIGO CANTIGAS DE AMOR
Eu lírico feminino;
• •Eu lírico masculino;

Presença de paralelismos;
• •Ausência do paralelismo;

Predomínio de musicalidade;
• •Predomínio das idéias;

Assunto: lamento da moça;


• •Assunto: coita amorosa do eu
lírico perante uma mulher
Amor natural e espontâneo;

idealizada e distante;
Ambientação popular ou urbana
• •Amor cortês;
Influência da tradição oral ibérica.
• •Ambientação das cortes;
•Forte influência provençal.
NOVELAS DE CAVALARIA
cavaleiro – honra/ lealdade

Herói
Ideais cristãos

Ciclos: Carolíngeo, Bretão ou Arturiano.


-A demanda do Santo Graal
-Tristão e Isolda
PROSA MEDIEVAL
SÉCULO XIV
Geralmente escritas por autores
desconhecidos, as novelas de
cavalaria narram aventuras
heróicas de cavaleiros andantes.

Temas: * aventuras fantásticas;


* cavaleiros lendários e
destemidos;
* batalhas sangrentas
travadas em nome de Deus e do
amor de uma donzela.
OS HERÓIS MODERNOS

O filme Indiana Jones e


a última Cruzada, de
Spielberg, e as revistas
em quadrinhos são
exemplos do interesse
do homem
contemporâneo pela
cultura medieval.
DICAS DE FILMES
TRISTÃO E ISOLDA
AS BRUMAS DE AVALON
O REI ARTUR
CORAÇÃO DE CAVALEIRO
O NOME DA ROSA
LANCELOT – O PRIMEIRO CAVALEIRO
HUMANISMO: A SEGUNDA ÉPOCA MEDIEVAL
SÉCULO XV

Desde o desaparecimento dos


trovadores, as cortes
portuguesas passam a viver
um reflorescimento cultural,
que marca a transição entre o
Trovadorismo e o
Renascimento do século XVI.
Portugal amadurece e prepara-
se, com o advento das
navegações, para dar seu
maior salto histórico.
PRODUÇÃO LITERÁRIA

• Prosa: as crônicas históricas de Fernão Lopes

• Poesia: poesia palaciana, recolhida no


Cancioneiro Geral

• Teatro: a dramaturgia de Gil Vicente


A POESIA PALACIANA: O ENCONTRO
ENTRE O VELHO E NOVO
A poesia palaciana
apresenta alguns poemas de
forma fixa:
• Vilancete: um mote de dois ou
três versos e uma glosa de sete
• Cantiga: um mote de quatro ou
cinco versos e uma glosa de oito
a dez
• Esparsa: uma única estrofe com
número de versos que varia
entre oito e dezessete
Cantiga, partindo-se

Senhora, partem tão tristes


Meus olhos, por vós, meu bem,
Que nunca tão tristes vistes
Outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
Tão doentes da partida,
Tão cansados, tão chorosos,
Da morte mais desejosos
Cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
Tão fora de esperar bem,
Que nunca tão tristes vistes
Outros nenhuns por ninguém.

João Roiz de Castelo Branco (século XV)


GIL VICENTE:
RETRATO E CRÍTICA
MODALIDADES TEATRAIS:
• Os mistérios: encenações de
episódios bíblicos;

• Os milagres: episódios da
vida de santos;

• As sotties: peças cujas


personagens, por serem
loucas, tinham a liberdade de
dizer verdades desagradáveis
ao público
CARACTERÍSTICAS

Gil Vicente preocupa-se em


retratar o homem em sociedade,
criticando-lhe os costumes e
tendo em vista reformá-los.
Trata-se de uma obra
moralizante.
Nenhuma classe social
escapa à sátira de Gil Vicente:
o rei, o papa, o clérigo, a
mulher adúltera, etc.
CLASSICISMO
SÉCULO XVI
No final do século XV, a
ciência questionava dogmas
religiosos, comprovara-se que
a Terra era redonda, o
comércio expandia-se.
Esse processo de
mudanças, que se estendeu
até o final do século XVI, é
chamado de Renascimento
que marca o fim da Idade
Média e a transição para a
Idade Moderna.
RENASCIMENTO E CLASSICISMO

A literatura renascentista caracteriza-se


por imitar as obras de escritores da
Antiguidade clássica greco-latina; por isso
é chamada de Classicismo. Portanto,
Classicismo do século XVI é a expressão
literária do Renascimento, que envolveu
artes, ciência e cultura em geral.
A LINGUAGEM DA POESIA CLÁSSICO-
RENASCENTISTA
• Expressão das idéias e dos sentimentos do homem do
século XVI;
• Busca pelos modelos greco-latinos e pelo espírito
aventureiro reinante à época das navegações;
• Medida nova;
• Soneto;
• Oitava-rima;
• Culto ao paganismo;
• Idealização amorosa;
• Racionalismo;
• Universalismo;
• Nacionalismo;
• Formas de inspiração clássica: écloga, elegia, ode, epístola,
epitalâmio
LUÍS DE CAMÕES

Poeta que melhor traduziu


os anseios do homem
português renascentista.
Soube conciliar seus
estudos de cultura clássica
com as ricas experiências de
suas viagens pelo Oriente, o
que lhe permitiu escrever Os
lusíadas.
http://www.educarede.org.br/educa/biblioteca/
.cfm?pagina=interna&id_livro=210
POESIA ÉPICA
As aventuras e os
feitos heróicos dos
portugueses foram
narrados na epopéia Os
lusíadas.
Liderados por Vasco
da Gama, os lusos
lançaram-se ao mar
numa época em que
ainda se acreditava em
monstros marinhos e
abismos.
A ESTRUTURA

A obra apresenta
1102 estrofes, 8816
versos, todos
decassílabos em oitava-
rima, organizadas em 10
cantos (cada canto
corresponde a um
capítulo) que constituem
3 partes.
• Introdução: (dezoito estrofes do Canto I)

• proposição: apresentação;

invocação: invoca as Tágides (ninfas do


rio Tejo);

dedicatória: oferece o poema a D.


Sebastião, rei de Portugal.

• Narração: (da estrofe 19 do Canto I a


144 do Canto X)

• Epílogo: (estrofes 145 a 156 do Canto X)


CONCÍLIO DOS DEUSES – I, 20-41

Como primeiro
grande episódio o
Concílio dos Deuses – a
reunião olímpica para
decidir o futuro dos
lusitanos
INÊS DE CASTRO – III, 118-135
Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar uma donzela,
Fraca e sem força, só por ter sujeito

História de Inês de O coração a quem soube vencê-la).

Castro, a que foi rainha A estas criancinhas tem respeito,


depois de morta. Pois o não tens à morte escura dela;
Esse episódio carrega Mova-te a piedade sua e minha,
em si uma grande carga
Pois te não o move a culpa que não tinha
lírica e dramática,
principalmente, porque a
própria Inês possui voz e diz
a seus algozes:
O VELHO DO RESTELO – IV, 90-104

O episódio que se dá na
saída das naus de Vasco da
Gama em 1497. Na hora da
partida dos marinheiros
surge um velho na praia que
vocifera sentenças. Fala dos
desastres da jornada.
As palavras do velho
são como que o pensamento
das pessoas mais humildes.
O GIGANTE ADAMASTOR – V, 37-60

O Gigante
Adamastor é a
representação mitológica
do tenebroso Cabo das
Tormentas. Ao chegar
perto do cabo, Vasco
percebe formar-se uma
nuvem negra no céu, tão
perigosa que toda a
tripulação e mesmo ele, o
bravo capitão, homem
corajoso e inabalável,
sente medo.
POESIA LÍRICA: A POÉTICA DO
CONFLITO
Influenciado pela
lírica medieval
portuguesa e pela italiana
dos séculos XIV a XVI,
Camões produz uma
obra identificada como
medida velha (tradição
medieval), e como
medida nova (inspiração
no Humanismo e
Renascimento).
Cantiga alheia
Na fonte está Lianor
lavando a talha e chorando,
às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?

1 2 3 4 5 6 7
P o s t o o p e n s a m e n t o n e l e,
porque a tudo o Amor a obriga,
cantava; mas a cantiga
eram suspiros por ele.
Nisto estava Lianor
o seu desejo enganando,
às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?
O rosto sobre uma mão,
os olhos no chão pregados,
que, do chorar já cansados,
Algum descanso lhe dão.
Desta sorte Lianor
suspende de quando em quando
sua dor; e, em si tornando,
mais pesada sente a dor.
(...)
POESIA LÍRICA: TEMAS
 O amor e a mulher – neoplatonismo
(idealização do amor / emoção-razão)
Amor sensual

 A natureza confidente (jogo de cor,


luz, relevo, som / locus amoenus)

 A degradação dos costumes


(hipocrisia, poder, contradições)

 O ideal de aurea mediocritas (vida


simples – imitação do poeta grego
Horácio)
Figuras de linguagem
 Antíteses
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um Deus que chora
 Hipérboles
...apareceu um homem, metido numa infinita sobrecasaca...
 Metáfora
Mas vejo aquela cujo olhar são pirilampos
 Paradoxo
Dor, - tu és um prazer! (...)
Ó morte, - tu és o viver!
 Prosopopéia
As casas espiam os homens...
Camões morre
em 1580,em total
miséria.
Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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