FEAD Curso: Psicologia Disciplina: Psicopatologia Geral 5.

Perodo 2 sem / 2011 Professora: Cristiana Miranda Ramos Ferreira

FRAGMENTOS CLNICOS

CASO 1 I.D.: A.S.M, 77 anos , solteira, do lar, catlica e residente no interior de Minas Gerais. Q.P.: Zoeira no ouvido. H.M.A.: Familiares informam que h 3 dias a paciente est apresentando comportamentos estranhos: no dorme noite, andando o tempo todo bastante inquieta, portanto e durante o dia queixa sonolncia e tira uns cochilos em horrios pouco habituais. Alm disso, Ela est vendo umas coisas estranhas, por exemplo, desse que tem uma mina dgua na sala l de casa. Ontem a levamos ao Dr. Fulano e logo depois da consulta ela perguntou o que tnhamos achado daqueles papis coloridos enrolados no brao dele, mas no havia nada!!! Ontem ainda cismou que os meninos (sobrinhos) estavam para a rua e por isso ela no poderia dormir: deveria esper-los e ralhar com eles. Isso j eram 3 horas da madrugada e os meninos, na verdade estavam viajando, como era do conhecimento dela. Cismou tambm que havia abelhas em sua cabea e em sua cama. Neste momento a paciente interrompe o relato da sobrinha e lhe pergunta: Foi voc que varreu o quarto hoje pela manh? Reparou na quantidade de abelhas mortas? Voc est precisando tirar aquelas aranhas da parede. Est horrvel. A paciente j apresentou quadros semelhantes em 2 outras ocasies, quando estava febril, em conseqncia de infeco do trato urinrio. Desta vez, tambm apresentou febre no primeiro dia e tambm foi feito diagnstico de I.T.U., mas a paciente mantm o quadro atual apesar da febre j ter cedido. A.S.M faz uso relativamente freqente de Diazepam usando quando est nervosa ou com insnia. Ontem noite as sobrinhas lhe deram um comprimido de Diazepam (5mg), sem prescrio mdica e curiosamente observaram que, ao invs de ficar calma e dormir, ela ficou mais agitada, inquieta e preocupada com as vises.

Fonte: Caso apresentado pela Dra. Maria Aparecida de Morais e Souza s/referncia.