Vous êtes sur la page 1sur 1

A Bruxa Da Aldeia

Em frente da loja do Sr. Meyer, numa casinha pintada de amarelo no meio de um jardim cercado por grades, morava a bruxa da aldeia, a velha menina Stefanie Kohn. Dizia-se que no arranjava marido por ser feia, pois nada constava dum qualquer noivo morto na penltima guerra ou doena, nem de leviandades da prpria Stefanie que tivessem afastado os pretendentes. De resto, era bruxa. E quem que queria casar com uma bruxa? Magricela, sempre de preto, de cabea achatada, cabelo oleoso e olhos esbugalhados: foi assim que Stefanie Kohn se me gravou na memria. Ao mesmo tempo que os meninos escarneciam dela, temiam-na. O av explicava-me que ela no era bruxa, mas uma boa velhinha que, alm do mais, pertencia nossa gente e por isso eu nunca devia participar em brincadeiras de mau gosto. Numa tarde, estava eu a brincar com um grupo de meninos no terreiro da igreja, quando Alfred, o filho do padeiro, props fazermos uma visita bruxa. Corremos pela rua abaixo. Eu bem queria ficar para trs, mas contra a minha vontade fui correndo com os outros, que, chegados casa da bruxa, comearam aos gritos: Bruxa m! Bruxa m! Sai c para fora! Mostra-te gente! Senti-me miservel. No abri a boca. Desejava estar longe, muito longe, e no entanto fiquei como que pregada ao cho. A bruxa saiu de casa limpando as mos molhadas ao avental. Canalha infernal!, ralhou. Se no se pem daqui para fora E pegou na vassoura encostada s grades, agitando-a no ar. Recumos uns passos. Depois Ina cobrou nimo: Esto a ver? Esto a ver? A vassoura! meia-noite voa na vassoura! Para o Blocksberg! Uuuuuuu!, gritou Alfred. Nesse momento algum passou na rua e dispersou-nos com modos enrgicos.
ISE LOSA, O Mundo em que Vivi.

Vous aimerez peut-être aussi