ORAÇÃO DA MANHÃ – SÁBADO

Aspectos a transmitir:
 Introdução ao tema: Dar as mãos, dar a vida
 Bom Samaritano
 “Sujar as mãos”

Textos:
- “Água”
- “Cristo não tem mãos”

Material: Livro guião de orações, áudio e música ambiente

Cântico inicial:

Introdução: Dar as mãos dando vida ao outro, principalmente àquele que mais tem
necessidade. Dar mais de nós mesmos. Aceitar o desafio de cumprir o compromisso e
desprendermo-nos de nós mesmos para ir ao encontro do outro oferendo-lhe a vida que
levamos nas mãos, pela acção concreta de ajuda ao outro que sofre.

Leitura: texto “água”:

Um jovem que participava numa corrida através do deserto, perdeu-se na imensidão das
dunas e rochedos. Não perdeu a coragem e continuou a marcha.
Passado algum tempo de caminhada incerta, o sol e a sede começaram a atormentá-lo.
Perdeu as forças.
O jovem desanimou e encostou-se a um rochedo situado no cruzamento de quatro
caminhos. O jovem apenas clamava: “Água!!!”.
Passou um médico, examinou-o e disse:
- Jovem, lembra-te que o teu organismo necessita de pelo menos dois litros de água por
dia!
Passou um cientista que lhe explicou as qualidades da água e o milagre das moléculas
que se uniam para formar um elemento tão útil.
Passou um sacerdote que lhe fez um sermão acerca do facto de que a água é importante,
mas nem só a água é importante na vida.
Passou um bêbado que lhe mostrou uma garrafa de licor, garantindo-lhe que era melhor
que a água.
Todos passaram e se afastaram nos seus todo-o-terreno, levantando nuvens de pó.
O jovem permaneceu lá a gritar com a voz cada vez mais fraca: “Água!”.

Nos caminhos do mundo não faltam pessoas a pedir por socorro. Umas têm fome de
pão e sede de água. Outras porém, necessitam de carinho e de afecto. Outras de razões
de viver. Há jovens à espera de bons samaritanos.

Momento de silêncio – Todos conhecem a parábola do Bom Samaritano. O que faltou

nesta história, tanto da parte do jovem, como da parte das outras personagens, para que
se igualasse à parábola do Bom Samaritano? E nós? Como é que nós agimos nas nossas
vidas quando passamos pela dificuldade/sofrimento dos outros? Teremos nós medo de
“sujar as mãos”?
Leitura: “Cristo não tem mãos” (Com imagens)

Cristo não tem mãos:

Tem só as nossas mãos
Para fazer o Seu trabalho hoje.

Cristo não tem pés:

Tem só os nossos pés
Para guiar os homens nos Seus caminhos.

Cristo não tem lábios:

Tem só os nossos lábios
Para falar aos homens de hoje.

Cristo não tem meios:

Tem só a nossa ajuda
Para conduzir os homens para Si.

Nós somos a verdadeira Bíblia

Que as pessoas ainda lêem!
Somos a última mensagem de Deus,
Escrita em obras e palavras.

Comentário: Raoul Follereau é um exemplo de como ser “Bom samaritano” nos dias
de hoje… e como ser as mãos de Cristo… vive pelos leprosos, vive para dar as suas
mãos aos leprosos, dando-lhes Vida. Hoje iremos tê-lo presente na nossa tarde.
Deixemos que com ele aprendamos a colocarmo-nos ao serviço dos nossos irmãos para
que possamos dar testemunho de Deus diante daqueles que vierem ao nosso encontro.
Não seremos nós também leprosos, não os leprosos no sentido da palavra, mas os
leprosos de espírito? Daremos nós as mãos ao outro para o amparar, teremos nós medo
de contaminar ou ser contaminado?

Oração: “Senhor, eis os Teus leprosos” (alguém lê pausadamente)

Senhor, eis os Teus leprosos,

Mãos ausentes e rostos tumefactos,
Os repelentes, os repelidos, os imundos,
Que carregam, como Tua Cruz,
Toda a miséria do mundo.

Senhor, eis os Teus leprosos,

Mãos ausentes e rostos tumefactos.

Senhor, eis os verdadeiros leprosos,

Os egoístas, os cruéis,
Os que vivem em águas mortas,
Os instalados, os medrosos,
Aqueles que nada fazem da vida.

Senhor, eis os verdadeiros leprosos:

 Aqueles que Te crucificaram.

Oração Final:

Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, vimos pedir-te a paz, a sabedoria, a força.
Queremos olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor; ser pacientes, compreensivos,
mansos e prudentes; ver além das aparências os Teus filhos como Tu mesmo os vês e,
assim, não ver senão o bem em cada um. Que só de bênçãos se encha o nosso espírito.
Que sejamos tão bondosos e alegres, que todos que passarem por nós sintam a Tua
presença. Reveste-nos da Tua beleza, Senhor, e que no decurso deste dia, nós Te
revelemos a todos.

Cântico final: