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ADAPTAÇÃO DA REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

À ADMINISTRAÇÃO LOCAL

Governo mantém quotas no SIADAP


Balanço do processo negocial com a Secretaria de Estado da
Administração Local (SEAL) Reunião de 27 de Maio de 2009
SIADAP
Alterações efectuadas ao diploma de vínculos, carreiras e
remunerações, mobilidade e extinção, fusão e reorganização de
serviços

A manutenção do inadmissível, injusto e discriminatório sistema de quotas na


adaptação do SIADAP à Administração Local mostra um governo que, mais do
que se preocupar com o bom funcionamento dos serviços e a valorização dos
seus trabalhadores, particularmente atendendo as especificidades das
autarquias locais, insiste na lógica repressiva de quem trabalha, ao serviço das
intenções de desmantelamento e de privatização dos serviços da Administração
Pública, no caso dos serviços públicos prestados pelo poder local, que mais uma
vez o governo continua a querer instrumentalizar e descaracterizar.

A larga maioria das propostas apresentadas pelo STAL que visavam atenuar os efeitos
perversos do SIADAP e adaptar este sistema às especificidades das autarquias não tiveram
acolhimento por parte do Secretário de Estado da Administração Local, que entretanto
enviou já uma nova versão do projecto de diploma respeitante à adaptação dos vínculos,
carreiras e remunerações, mobilidade e extinção, fusão e reorganização de serviços à
Administração Local (disponível para consulta em www.stal.pt), que na generalidade
mantém os objectivos iniciais, particularmente o da transposição, inadmissível e irracional,
da mobilidade especial e da bolsa de emprego público para o sector.

O processo negocial tem nova reunião agendada para o próximo dia 5 de Junho, às 10.00
horas, na qual serão novamente abordadas as matérias que têm estado em discussão.

Consulte os projectos de lei do Governo e os comentários /


propostas enviados pelo STAL em www.stal.pt
Dê-nos o seu contributo
SIADAP - Lei 66-B/2007, de 28 de Dezembro

Tema, artigo Resposta


Comentários do STAL
da proposta SEAL

Considerações Da sua apreciação, na generalidade, concluímos que não Regista os


gerais introduz qualquer alteração substancial ao teor da Lei sob comentários do
adaptação, porquanto: STAL

•Acolhe o sistema de quotas, que liminarmente rejeitamos,


apenas permitindo que a menção de relevante seja
atribuída a 25% dos avaliados, dos quais 5% podem ser
distinguidos com Excelente;
•Adopta procedimentos do SIADAP, extremamente
burocráticos, cuja aplicação é enformada por critérios
manifestamente subjectivos;
•Na referida discricionariedade integra-se, nomeadamente,
a fixação dos objectivos, tendo em conta a dificuldade da
sua adequada identificação, particularmente para
profissões caracterizadas por funções meramente
executivas ou até rotineiras, cujo desempenho depende
de múltiplas circunstâncias, endógenas ou exógenas, a
que os trabalhadores são estranhos e que, por isso,
desempenham em função de instruções casuisticamente
impostas;
•O que igualmente pode afectar a aferição do exercício
das respectivas competências.
•Não se conforma com a realidade orgânica e
condicionalismo laboral que caracteriza as Autarquias,
sobretudo a esmagadora maioria das Freguesias, pela
carência de recursos materiais e humanos que as afectam,
sendo, em bom rigor, inexequível;
•Acrescendo que, nessas Freguesias, as mesmas pessoas
podem ter de actuar como Avaliadores, como membros
do Conselho de Coordenação (aqui chamada Comissão
de Avaliação) e como decisores;
•Por outro lado, será praticamente impossível constituir aí
Comissões Paritárias, o que desde logo significa a
inexistência de um órgão, de relevante importância para
avaliação das reclamações dos trabalhadores.

Aplicação O STAL considera que devem ser incluídas as Assembleias Não aceita a proposta
Artº 2.º Distritais, bem como não deve ser protelada a adaptação às das Assembleias
Áreas Metropolitanas e às Comunidades Intermunicipais Distritais porque são
para extinguir, mas
O STAL mantém a opinião de que enquanto subsistirem as aceita a das restantes
Assembleias Distritais a adaptação da legislação lhes deve entidades.
fazer referência, a fim de serem evitados equívocos.
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Subsistemas do O STAL propõe a reformulação, em ordem a abranger Não concorda com a
SIADAP todas as entidades autárquicas, tendo em conta a previsão nossa posição, pois
Art.º 6.º do projecto de diploma de reorganização dos Serviços da houve a preocupação
Administração Autárquica, particularmente no sentido de de criar um capítulo
que as Freguesias podem constituir unidades orgânicas, específico para as
reformulação que igualmente se propõe para outros juntas de freguesia.
preceitos, como seguidamente se explicitará.

Expressão Propomos a reformulação respeitante à expressão qualitativa Não aceita


qualitativa da avaliação, no sentido de abranger todas as entidades
Art.º 11, n.º 2 autárquicas.
Distinção do O STAL propôs que fosse eliminada a quota de 20% Não aceita
mérito respeitante à distinção do mérito das unidades orgânicas.
Art.º 12.º, n.º 1
Efeitos da Consideramos que deve ser eliminada a expressão “por um O SEAL clarificou
distinção do ano”, por não fazer sentido que a mudança de posições não ser essa a
mérito remuneratórias se efectue apenas durante esse período intenção mas sim a de
Art.º 13.º temporal. De facto, tal como está redigido, poder-se-á que a mudança se
deduzir que os trabalhadores, após esse ano, voltarão à efectue naquele ano,
posição anterior, o que significaria uma ilegal redução do pelo que vão alterar a
respectivo vencimento. redacção.

Expressão da No respeitante à expressão da avaliação dos dirigentes Não aceita


avaliação superiores, propomos a eliminação do n.º 4, por estabelecer
Art.º 16.º, n.º 4 uma quota máxima de que discordamos.

Avaliação Propomos a substituição no n.º 12 da expressão «Câmara Aceite a nossa


intercalar Municipal» por «entidades em causa». proposta
Art.º 19.º
Trabalhadores Consideramos que o regime previsto no n.º 2, a), para as Considera excessivo
das freguesias Freguesias com menos de 5 trabalhadores, deve ser aplicado 60 trabalhadores, mas
Art.º 23.º a todos os trabalhadores, independentemente das respectivas irá equacionar a
habilitações e actividades e em todas as entidades proposta, bem como
autárquicas que tenham ao seu serviço menos de 60 considerar a
trabalhadores. aplicação da
avaliação curricular a
- De facto, a carência de recursos humanos dessas freguesias de
Autarquias justifica que a avaliação do desempenho se reduzida dimensão;
efectue apenas através da aplicação do parâmetro
“competências”; - Relativamente à
- Por outro lado, consideramos excessiva a imposição de, constituição de uma
pelo menos, 8 competências, conforme determina a alínea b) Comissão Paritária
do mesmo preceito, pelo que se impõe proceder à sua comum para
adequada ponderação, tendo também em conta a adaptação à freguesias de pequena
realidade autárquica do regime de competências que, para a dimensão, não foi
A. Pública, está fixado na Portaria1633/2007, de 31/12. acolhida pois
consideram que a
- Relativamente às Freguesias com menos de 10 existência da mesma
trabalhadores, em que a referida carência de meios é mais poderá trazer alguns
acentuada, entendemos que a respectiva avaliação deve conflitos e que a
efectuar-se mediante simples ponderação curricular. aplicação do sistema
não seria eficaz.
- Quanto à Comissão de Avaliação e atentas as referidas
dificuldades, consideramos não se justificar a sua
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constituição nas Freguesias com menos de 10 trabalhadores,
no pressuposto de que lhes será aplicada apenas a
mencionada ponderação curricular.

- Outro problema diz respeito à constituição da Comissão


Paritária nas Freguesias de pequena dimensão, pelo que deve
prever-se uma norma no sentido de que, para esse efeito,
seja possível a agregação dessas entidades e respectivos
trabalhadores do mesmo Concelho.
Assembleias Consideramos que faria sentido aplicar-se-lhes um sistema Compreende o
Municipais de avaliação mais simplificado, tomando por analogia o que problema mas não
Art.º 27.º acima se propôs para as freguesias com menos de dez aceita, por considerar
trabalhadores, i.e., a aplicação da ponderação curricular que a solução
proposta resolve.
Aplicação das Atenta a nossa posição de total rejeição do sistema de Respeita a posição
quotas de quotas, como atrás expusemos, requeremos que seja mas não aceita.
avaliação introduzida uma norma genérica sobre esta matéria,
estabelecendo expressamente que esse sistema de quotas não
se aplica à A. Local.
Trabalhadores Consideramos que deve ficar expressamente previsto o Concordam com a
em empresas processo de avaliação dos trabalhadores da A. Local que nossa posição, pelo
municipais e prestam serviço às empresas, em regime de cedência de que vão rever e
privadas interesse público, propondo que o mesmo se processe introduzir um ponto
através da respectiva avaliação curricular. específico.
Pessoal não O STAL considera que este é um processo muito complexo, Foi transmitido pelo
docente atendendo a que as escolas não estão inseridas nos chefe de gabinete
municípios (pessoal docente e não docente). Trata-se de que, no sentido de
duas entidades com autonomia própria – as autarquias e o clarificar esta
ministério da educação. situação, está em fase
de conclusão a
Os diplomas aplicados a estes trabalhadores conferem uma portaria que irá
grande confusão, pois, se por um lado quem tem regulamentar a
competência para avaliar é quem detém o poder hierárquico, adaptação a estes
neste caso os conselhos executivos das escolas ou trabalhadores e que
agrupamentos de escolas, por outro lado o poder disciplinar, durante o mês de
a reclamação e a homologação é atribuição da autarquia que, Junho será publicada.
por seu lado, integra a comissão de coordenação da
avaliação.
O STAL considera absolutamente indispensável a sua
participação em qualquer processo legislativo que abranja
esta matéria.
Avaliações no que concerne à avaliação dos trabalhadores das Não aceitam, por
2004 / 2005 autarquias referente a 2004 e 2005, consideramos que considerar que esse
deveria ser incluída uma norma que clarificasse os assunto já está
procedimentos tendentes à equivalência com o SIADAP e suficientemente
respectiva atribuição de pontos, que então não estava em esclarecida no art.º
vigor na A. Local, nomeadamente de que sendo o “Muito 113.º da Lei 12-A/08
Bom” a nota máxima, esta deve corresponder ao
“Excelente”.

Consulte os projectos de lei do Governo


e as propostas enviados pelo STAL em www.stal.pt
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Alterações efectuadas ao diploma de vínculos, carreiras e remunerações,
da mobilidade e da extinção, fusão e reorganização de serviços

Para além das considerações gerais já tecidas pelo STAL, particularmente de que estas
alterações não respeitam as especificidades das autarquias e a autonomia do Poder Local, o
sindicato lembrou ainda, tendo em conta as alterações que nos foram remetidas e cujo
projecto de diploma pode ser consultado em www.stal.pt:

• n.º 3 do art.º 1.º, objecto - não entendemos o porquê da aplicação às áreas


metropolitanas e comunidades intermunicipais, pois trata-se de entidades sujeitas ao
regime privado, i.e., o Código de Trabalho;

• n.ºs 3 e 4 do art.º 5.º, orçamentação e gestão das despesas com pessoal (limites ao
trabalho extraordinário) – continua a remeter para portaria governamental a definição
das categorias que podem exceder os respectivos limites, contrariamente ao proposto
pelo STAL – que tal decisão deverá caber aos respectivos órgãos autárquicos;

• art.º 7.º, alteração do posicionamento remuneratório: opção gestionária – carece


de participação dos Sindicatos;

• art.º 8.º, alteração de posicionamento remuneratório – reiteramos a nossa posição;

• n.º 2 do art.º 11.º, cedência de interesse público – foi transmitido não entendermos o
seu alcance, da mesma forma que continua sem dar resposta à questão por nós
colocada relativamente à situação específica dos trabalhadores que prestam serviço nas
empresas municipais, relembrando que estes não se encontravam em regime de
cedência especial, por não aplicabilidade à Administração Local da Lei da Mobilidade,
pelo que estes estariam em regime de requisição.

• Mobilidade especial, Art.º 14.º, âmbito - reafirmamos que há afastamento dos órgãos
deliberativos, o que não faz sentido por se tratar de uma matéria tão especifica e
delicada como é a de racionalização de efectivos.

O SEAL concordou que é necessário clarificar a situação dos trabalhadores abrangidos pela
cedência de interesse público, pelo que ficou de enviar uma proposta de uma
clarificação/solução que os salvaguarde face à suspensão do estatuto de origem destes e à
necessidade de terem um acordo escrito de cedência.

Lisboa, 28 de Maio de 2009

A Direcção Nacional do STAL

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