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ANTONIO MANUEL HESPANHA HISTORIA DAS INSTITUIGOES Epocas medieval e moderna 9. - BIBLIOTECA UNIVERSITARIA LEAL Tee9s0806 bos 2004 “alt mpg ean ech poi de Fo en ming te bir ses pn pcr ‘al a en er i 9 ni pt Ree 4 mem de mee ier Sv ci en he in Price PREFACIO Ete curso de histria das inttuigdesdecorre uma visdo pessoal, ndo sd do processo hstérico « dos seus reflexes Iistéra setorat do ‘ieto e das insiulces, mas também do sentido desta hitéra sectoral e, por Iso, do modo como deve ‘er expasta. Se 30 ndo soasse ata fala modesto ou se ndo Dudeste rir a ideia de que se antepunho uma interpreta Duramemte subjectiva da histéria ao rigor da descrigd de factos ‘bjectivos, este fv (qualquer lsro.) poder inttudar-se“Urna istérig dastnstiuiges™ ‘Quero._ no. entanto, explictar alguns tracos da. pré= ), colhida de Tonte anterior, de que um rei de Tartessosensinow a aricltura ao seu ovo, Me det fe poi o trabalho A nobrera eed o pov Em sete cidades (ou orden), ©) Colonzagdo entia (dominant de 1.100 aC. x0 séulo Vil 2, C3, gre (80 sé. VIE 4, C. 35a, eavaginese (a pati di até 4 deroua de Catago plot romans), oder estes Povos, sucsivamene, prosuravsmn na, Peninsula as fos dos fei, sobretudo a roid do estanho do N- da Europa: para as ontcolarem. Tundaramestabslecimentos consiros. a. parti usis“negocavam com “vs povos do ilerior. Apemgp 0s atagincses seguiram uma estatéaia de ocupagio teria, Procurande, dominar diectamente as. regi miners mals scesiveis (Huelva, Sierra Morena) e explorilas com 0 reeuso mio de_obra escrava. Todos estes povos trouxeraat para @ Peninsula e. modelo polticojuridico Gas metropols Wu, nos ‘sists limites do seu domino efetv, ag procuraram copa. 10)” Cotas le 10 a a Cy. Pennies do continent portadors da teenologla lo frr, estes poves pastares © - ti pine s suricutres nomads ieaiaram da Cataunhe © vale do Ebro prs todas ab epics da Prine, sabetolo para & meses, Ennraram em comact com on povor ihe a0 dome oma ves, fundindose com ek eats dao orig Se ‘arcades etnias ects quo: romano conecca¢ ge a8 sus fonts agrupam em pos cucu, irc ebtcos eae tat ge eta Alogi Siaonts a de Salsas Eset do Once t Neve Nis primis ahmae Sorbie + pe sen fo resp po oe, ‘Seana tu coneel © wan vans ne won sable Oe im « ae wl isa) ‘agate (pndesconederagde ia twas num aepode sem oma) A recat om Sh scion ‘oa putea fer surg nto ds pcr de tei eo ad pt “nos ee apoderado das mathors teak: os restates, dexprvils de melon mean © crop op pol ¢ Ae imeras Comendaey de grees rman a 4 Dieetos primitivos. A itloga iui imaginow 0 homem priv vsendo sum mundo. sem ee (entado de ature. na expresdo Aivulgada por vd. Rovsseat), As eiéncias “modernas que fstutam as chilzagbes prmitias {etologia ot anropologa fultura) Gomos. dele a isto oposiar se algo carateris a5 Socteddcs prmvas, iso €-4 sutode de “constant jure fade" (M, Mass). de tal modo que o dieito (consuetdinaio) Strange silo» minimon pormenors da vida Tamia. encon- Tamdose oindviduo emataniado numa ede continua de dreto ede, cscauen . Tso aconece porque, ao conetio do que hoje se passa, iio existe nenhumna separagto ene a esfera do Jiro, da moral, da Togo ey mom dagucls patcas que hoje chamamos de Sequels Odeo at fs). tcorteligiso (at fas) © & ‘tad (at os) faacn arte do mesmo mundo axiol6Beo: por ao, 0 dicto ¢ sagrado e revelado pela tradigio, os deveres Felons so jurgkamente exigives, a tradio € sanveads fe observance obrigatra. Pela mest TarRo,“legislador™ © divindode contundensse ©. mesmo seomecendo com “Ju2 © Sjacerdte™ Anda pla enna rao, acto de apa 0 ieto stl envollo em pris magica ou religiosts (sarifcos nits, {So de vente scerdotas) decor, multas Yes. cm ambit de sepredo™ TEnmbora povco se saiba sobre 0 ditéito dos povos, peninstares prsomanos. oe at conhece cortesponde & Frmgern antes aga, Referindose ao diteto de Tartesos, of escitores antigos (austnoe Esveanio)( lata gus ese povo tink lesser: fe Tes fev sido dadas por um ret lendrioe semiivino ha tas de 6.00 anos. E Plato, tcferindose «um povo que vera fo extreme ocidental do. Mediterraneo, os alanis, relala Iminilosamene o itis de aplicagio do diet, de que fia parte serifcos animals, uma efegdo ritual © uso" de estes snuisisr ate enti es 25918 hsm, Eome giana phllppcorun |. ESTAR, ‘opin 3 Eb, wots cm A GancleGal, toon de formes ae Sites. hand TM p16 3 Pere pine e seerdotas, Refre ainda que as les, que Ines teriam sido dadas por Poseidon ¢ que cram rematadas por tesveie maligdes fontra quem ts siolase, estivam gravadas numa colvna “Também as decisbes dos essjuizes eram gravadas em laminas de coro, conssgradas religionamente ‘Sobre as pitas juieas dos povos do interior nada se sie pratcamente, © modelo geral nko deve, ao entanto, ser rule diferente, salvo, porventura, quanto a0 eardetereseito do dirt, 5. Bibliograia, pstmt os cnt ee ISR Wo hist ap le sai Mad 197 8 Boas °F. Hier Ppa mk of Poin ‘ior de fspona Agar, vo Ac Outs Mangoes ‘Auninas, Os thers, Lisboa 1904, TG. E. Powest. O¥ ees iin‘ 4a Baan Pubo sie Epos Ma 1 DMFaans os Savon a Pol sho 13 u PERIODO ROMANO nea acy 1. Introduct, |A guerra com Cartago foi o incdente partir do qual 05 romanos iniciaram, em 218 1.C, a congusta de Peninsla onguista que se prolongard até a6 a. 14.C. equ se manterd Sempre inacabada nas reides setentnonais(zonas cantabvce © asta). A ocupagio romana dura ale ao ini do século quando a seqlo combinada “das invasbes_germinicas «dat Fevolas camponesas reduzem a zero 0 poder de controle do Sinda existente Império Romano do. Oden 2.0 imperlaismo romano. torments ane of romans & Espn compeede ‘eiten a caplet lami dar prs apts do eto ‘Suing pty) alan pas Ea vs) ncn om {ie clcdn 0 eracnanto Smet 0 so ie Ineo Com conseacnte soprano) oy cis a ober ‘Boom Creosote ine erty ora fe ‘ponder cate age ere po de, ‘ods de ove tereps ong e por ovo, ‘pred pltom e combs it opr man fron» ma So emanente ete ee tnpeninars poten epee esis SER SSS oi et fs are rane prs vender em sd pr cons) Tso eae EPamend c opener da etprate apical gue ft borat cxplogio nc © sce ao € spain ms \2 ‘Sun my to tthe erway en, ote ane pun» grec pseu tpi (late eater) onde se reravam 0s fn. te ‘Sn inex psn temas poli nencona. exci into 3. A Integragio da Peninsula no sistema imperialists romano. TExploragio e organizagio econdmicas. ‘ferns compile corsets asin ies pul price en ppd brs as tas eo ‘et pala cn tio, Gn mn ‘rina omen igen dr © hk “to iodo explora Peni & conti pelos Oa sls co resto ao abo asad (meant © sagan ay ey Sl nari dn ne (Wimendanene per Qe cous romana votes so tbe ana) nondtnn swab dow solos, ozs oportxment exane © JimGtamene igusmds fecoecondus opera) “Pr Reenter it ao ago dobsta pois cil tar "roromate, pope hat tamen spouses “Mogens East ubtnan aces patieonoumy 1)" sobre o apr pub Ipor coma ofr alias ds colin «mip pada her popcade oman) pan ss ‘own na sinters pri ir pes once sna ee ‘fers fan remot) CCA RS, Dede pid romano, Papa, n'a ss cee Sa Sa ne fee lente de it cam ot psn, gue Fels vrs fsderatar¢ Shera ros pops pels eas Fran lo anion apn Pa {se proprio Estado. algun tam carter permancve (emo © gosto npr. annals Irndment,sistensuedavs ssa fn Eun Feecetr de ears face boar ex pie de {S"Seencr nds mates th lence © sono) 1 iene dl a Sexp xs Prime egtiio Soom Pens Snes roast honda mites on ‘aide, donne Ale Impéro'fss fe n8.C) pace da alsa pra mat ag hai oa ‘lm oneynte dear go someting ds a ‘Skt Se mi Gn oy at pes Sis cmc ma ie Sargasso anf scrone) sac de reli lene! pra open ora nts sper sapere a ees Eran, concent ds pope ic: whe tpn Eesnadh_po om pve” dengeliboe tment lots See a cs ue ico pl € pe Sen dot Sailr pbc No cmp om omg ad tes aM. Yc, Mtr de Eyam Aur 3 Madea son Hee Sia ‘those dev satan Go tmbibo cro ol ca rnin en or ae 3 ‘ur, ster bc eso «hen ae fetnnda ana stare 6 ms 00 menor angus cr fs pe tai ce Ie nd i ue se el sen ‘ontira, Aqsa unoce yeseo Eade de mame port itil a ine eben res anc! dor "caver commequemen a ees pot Se depen 4A integraglo poltco-adminiseativa da Peninsula to Estado romanc. ‘A csieutura do Estado romano republicano era a de um Estado “pessoal” em que o feconhedimento de direitos cvs © pallticos (idedania) dependia. nto apenas do facto de se resiir fos lites peogrtieos do Estado (us sol"), mas do facto de se ter uma ligaeko gentilia ou einiea com 0 “povo romano” Gus sang) Come ot “rept 04 “hei Em contraparta, a poste da cidadania (satus citar) saranda a partiipacio, na Nida politica (res publica através de Seats “democraicos” ong, comiia, vonsiha, senais)(). ‘Assim, a patiipagda no. governo «nas insitugdes juridcas romans estava feservada 4 exlgua minora de pessoas gu, por forigem ou por concesso individual, ivessem o tuto de eves.Os festantes (salvo os alianos que gozassem do esatut intermedio Ae avn, que Tes garania ests diets cvs politicos) eam tstrangutos (eregrinn, desprovdos de direitos cvs e polis, Embora a sua situagho pudesse estar protegida ov por teatador (Goedus) ou pelo dito internacional Gus rena) ‘Quanto ao estatuto do terttorio, os fomanos marcavam também a diferensa entre o seu territrio orginal (ager aliens) © ‘on teriérios adguiidos por conguista (ager publicus popu oman) entre a cvtas romana, titular da Soberama, eas Drovinias (de pro. vincre, “para, subj”, designagio. das Stibugbes do magistrado colocado a frente os. terttrios ongustados), objecto de saberania, com um esate police. fdministrativ definido caso. por caso Ulex province). ‘A integragSo da Peninsula no Estado fomano realizouse segundo exter canones. ‘A Hispania subdividivse em provincias romanas(“}eujo rnimero e limites vararam — dependents inirecamente. do Iimperador (salvo o caso da Bétia, que dependia do. Senado) auras de sovernadares(egat, propraciores) provetientes da flasse senatria e dotados de’ argos poderesadminisrati> os. jugietrios, Tiscas'c miliares. Mais tarde (293 dC) 12 Ache do, sd, ominous Seishin str eins Shaner Se ero Meee Tanna Roan ih ia hn un Se 1 Met, k,n tina, romnot ngs reanbcra anne ¢ eae de Pen Sno Band {pe » open aque una era unde admit andy at ‘itn grovicar (nto cnc, mam un pcr fan) sk engohadat Mins ene alts se soba Speyer te Glia quando a insabildade politica do Império. desaconseihow 2 concentragio de grandes poderes nas, mios dos magi fines repionis, os poderes dos governadores slo limtador fay peouncts. agora subdiidias,sdo ttepradas em circuns- trigdes mals vastas (dioceses estas, em perfeerrae),adgultinds ‘© Império uma estrtura polities "em pirimie” que Caracteritiea dos estados fendas, No interior das provincan, © teritrio estava divide em convent, crcunserigges de cardelerjudiial, devendo 0 gover- hadoradminisar rotatvamente a justiga na capital de cada Convent (um pouso somo ins tarde 0 Yard o eorregedor na fede das comareas da sua coreigio) Mas a unidade poltico-administativa fundamental era a cidade. Teanspondo para a Peninsula os seus proprios esquemas poliicosdministrativos, of comanos consieraram os habitants {is Espana como agropados em eilade (citares, 0 que, mus Neves, representava, oma completa elo j2 que, num bom himero de csson, por detris desta designagto se encontavar Comunidades inigcnas sem qualquer expresso urbana; "idade” Sssigna, enlfo, uma comuaidade geotiiea @ que os romanos ‘econhecem idcotidade ‘0 estatuto das cidades era desgual”). Havia, desde logo, tai “idades” ow comunidades indgenas, cujos devo, deveres brganieaco interna dependiam das peripecas da sua submissto pelos romanos, oslando s sua situa entre «de edades ves fu federada, com una siuasao guranida por acto unilateral de Roms ou por tratado,« ade eiads etipenddras, submetidas to arbtio do governador da provincia, que podia Feconhecer «| Imanter (ow nfo) a¥ sos formas de mutosgaverna: 4 maior pare dels pertencia, no entanto, a exia skim categoria (na Bera Segundo Pino. 12) em 175: na Tarraconense, 428 em 472, ena isin, 37 em 45, segundo a mesma fonte) Havia, por outro lado, as" cldades de po. romano, consiuidas. por cidadlos romans (ou, pelo menes, por latinos) organizadas segundo um ‘modelo adminsrativo bastante homogéneo, embora dependente fos seus partcuares, dos estatton que lies eram coneedidos quando di sua Tundacto (ex: fex ursonensis, de Ostna ou es 1) GM. GaLsERER Unerange sm roc Sedna ‘malactana, de Malaga). Os dois tipos fundamentais de cidades Fomanas so as coldmas, fundadas de” novo. por cidadfor Tomanos, normalmente amigos soldados (ex. Sealals, Santa. rim, antes Proesdium Tulianuon,acampamento militar perma nente)€ 08 municipios ex: Felicias Tula Olispo, Lisboa, amigo asto pueromano), resultado da trnslormagao de cidades Pt “Riisteates a cujos habitants fora consedide 8 cadena Ov 4 Imtnidede. “A. partic da segunda metade do. see. 1-0, a8 somunidadesindigena assinlanrapidemente fooma mnie pal de orgaizagio(, ‘A orginizagio administativa das eidades de tipo romano era um deealgaesimplilendo ds acminisragao de Roms, como: Sais magistados ¢ oy seve conslhos. 0 conselho municipal (euria) ea constuldo ‘pelos membros da olgarqin, lol (decuriones)- Os magistrado,eetos anualmente pea bri, eram quatro. (quariorin), uns cncatregadon das tarelasplco= Administativas © finenceicas (duovie), outros da ordem ¢ abastecimento piblios fedies)..O municipio consis, assim, lum pequena repiblica gerida democraticamente, embora sta “democracia™, Como mais tarde & dos concelhor medievas foxse faseada pela predomindncia (progressivamente ransformada em rmonopétlo) da oligargua lal nos rgios muniipas de resto, Felaiva facade com que certas comunidades. indigenas fdoptaram a forma municipal deveuse precisamente ae Sirota oligaquiea, que permita que 1 arstocrcia indigena Pespetuase, sob formas agora romans, o seu poder, istalando- Senos calgos munca ‘A crise do Balxo Império, anes brevemente dessita, veia lransformar sta situagle. Os citgos.municiais, a enifo Aisputados, pastram a repeesentar um pesado fardo econémico, pols obrigavam os seus oeupantes, nfo so a custear de seu also fmuitas das despesas dos agora insolventes muniipios, como 8 Fesponder peramte 0 fisco pelos imposios que 4 clade devera gar, perante tentative de escuse dests cargos, 0 governo ental Tormoues, no sée. 1y (80 dC, Ch, 12, I, 122), 6 Pi as tsi heteditrios. © que rematou 0 processo de arsuinamenta da sligarguia cuit ‘Um outro aspecto—de resto conexo com 6 anterior ~ da imtegracto da’ Penineia no Estado romano € 0 da situagio juridiea dos seus habitantes, ou sja, doe direitos que thes ram atribuides pela constiuigho romana; direitos, tanto politicos (ig. cleger © ser eleto, ocupar cargos publics roman) como civis (vg govar da lberdade pessoal, conttr fais legitima, Ser proprietiro de bens e dspor dele). A questio do estatuto jurdico das pessoas nfo. se resmia, porttnto, & uma mers ‘tasiiagto formal ou honorific, mas era'© mode pela qual © Alieitofegulamentavao lugar’ dat. pessoas na sociedade, fhomeadamente em telagio a0. poder poltien ¢ 20s mecios de Drodugdo. Assim, st peregrius, por exempl, significa, muita Eoneretamente, estar impedido de aeeder a0 poder pollico na Sociedade romana (.é estar condenado a desempenhar nel umn papel de sdbuio} e, mais do que ito sighiicava certs cestrigbes {paserionmente bastante atennada. pelo direto.pretoro) V8 Possibilidade de adguitir ede dspor jurdicamente de ben, Ifo relerir as limitagdes concernenen 4 consttaiezo da. familia regina ‘A primeira situaydo dos peninsulates « ese respite foi, cvidentemente, muito’ desfayoravel os que ado tinham sido Fedurdos 4 sravidio, entrnvam na categoria de peregrin, 0 {qu, pelo menos alé a0 inicio do age, ta. implicava,além da ‘enegagdo de direitos polticos, nto reconhecimento de direitos Patrimoniais, ou sea, 8 expropsiagde dos seus hens, pelo menos Perante 0 dreito romano este. As proprias neceaidades Jo $Ssema écondmico romano exgiam, no enanto, um mais aberto reconhecimento da eapacidade evil cobretid, patimonal) dos peregrnt asso Fespondeu a protecgio que thes passou a ser ada pelo dreito pretério. pela que, nos Tins da Repablien, at ‘iscriminagtes que os afecavam dlziam respito sobretudo tos Aietos politicos 6 que, nis provincias, nha sobcetudo que ver com a possibiidae ve partepar na vide polico-admiisrtiva fds cidades romanas (Colonia, municipios) exercer o8 cargor ‘munieipis, aceder & propriedade romano do solo. municipal sas [Até 74 4.C.. 56 através de concesses individu ou espciain dda Gdadania ow da Tatnidade, To} possvel aoe peregrin! Peninsulares abandonar a sua condigho, Nesle ano, porem Vespasiano, visando” dar forma romana as. comunidades indlgenas ¢ permitr 0 acesso 4 cidadania romana das suas ligurquas, concede todos os peninsulares oestatuto de latinos ‘ave, na modalidade de concestio utlzada, garantia também 0 acess cidadania aos que tvessem ocupado cargos no governo dds cdades ¢ as suas famine Com into, toda 9 obgargua Indigna aseendeu rapidamente 4 cidadania romana, adguiindo © estatuto juridio, socal e econdmico correspondents. Finale seme, em 212 dC, Caracala remata 4 unifieagho do esatuto jrdico dos homens lives, eoncedendo a cidadania a todos os hhaitance do'Império. A pari dagui (eAparte 0 grupo socal dos eseraves, jem diminucdo, em como outros estatutos Socials residuais(")a Mevargulzagdo social dos individuos, Io deixa de ter certosreflexosjuriicos(* (ao contri do que hoje acontece, em ue” & desigualdade social. dos individuos corresponde a iguadade formal dos cidados perante ali ir ter obretudo ouiro ipo de reflexos, aque nos flerremos de Segui, "He vimos, a0. deserever_brevemente a sinago sécio- sconémiea da Peninsula no sc, I yu eattva longe de ext por esst altura, urn igualdade entre todos os agora eidadtos Fomanos. Se, nas cidades, adistingdo entre dccuidescpebeus se sbatera,estando quase todos iemanados na mesma pobreza, ja 4 distingdes entre as. economicamente decadentes populagdes Uurbanas ou os pequenos proprietirios curs, por um Tao, € os Fos laifunidrios por outro, eram patente. So estas difereneas Gronémiconocais re necesidade ds proteeeso dos mais cos honestiores)sentida pelos mais pobres (humors) ~ que tem reavivar ‘elhas instigdes de" submiss8o_ pessoal (eomela, ddevrio, hosplium), dando-hes, embora, um novo contetdo Surge, endo, a insliugio do. parrondio. (ou parrocinium, ©) Reem & iting emo smaien egies (arin, Centar mations, nop de ceion cargos através da qual o patrone garantia ao cliente proteegio © meso eras isengbes em face do Estado, conta a promcssa de Submissio pessoal (reveremia, de enegs dan proprits terrasse as tem (continuando a cultv-las por coasensimento do patron), de pagamento de uma renda ou de presto de serviges pessoas, nomeadamente de carter militar Com a generalicacto Ao patronato,reintrodunse a desiguatdade de estates jiicoy Dessous s6 que. agora, so vincuos de cariterorginaiamenic privado. (quise-contatual) que se substtvem as clascagdes legais (de direitopiblico) anteriores(") ‘Um outro. fendmeno de descriminago dos. estautos jusiaicos pessoais proprio do. Baixo. Imperio peninsular & 4 Iimposifo™ de estatutorprofssionais transmitidos hereditary mente. J4o encontramos no caso dos curls: mas eta tne nca para adsreverlegalmente as pessoas a cetas prides ov cargot onhece uma maior extensio —atinge os funcionioe (C. Th 3.223), os atais (C-Th, 13, 5,39) 05 saldados, os ttestos(C Tid, 7, Dye 06 colonos (CT. 8.17. 1) ee Se'o primsirofendmeno prentncinclaramente aa celagtes de cncomendagde feudal, 0 segundo antiipa regulamentagto do Trabalho e-da_producdo das corporagies medievais. Qualguer eles na ‘verdage, 0 snal de tnt novo sistema de relagbes Socais0 sistema feudal 5. Dieito © pritien juries © sistema juriico romano concedia amplos poderes de eriagdo do dicta aos magistrados encertgador a aplicr a justia (em) Roma, os pretores), As lei (legen plebiscite, senatusconsulta: mais lar, consfticiones prncipum) apenas forneciam ina meldura muito gral para a dels; 20: pretr competiaanuneie. no inisio do seu mandato ama, 0 set programa (dictum) quanto & forma de iatzpretaee splica e. esa © «sot along insta do paren ef Buaeaute ‘nou NO CM. Gracia atc Mama aha eke ce oe mol toad 1Na eaidade, era este “programs” (iu practorium)€ nfo 0 texto as leis (lus elie) 0 Werdadei dire. vgente Tso, que se. passava em Roma, pasavese também nas provincs, onde o'magistrado encarregado de aplicar a justiga (governado:) dispuoha de_poderes ainda “mais vastos para enduro process (copnti.exia orden, © que the peritia faptar 0 diet romano” os. diveitos costumes. locas, Sobretudo. quande estes tiahom atingido estadis avangados de desenvolvimento {como acontece no lnpetio Oriental, as nio ‘no Ocidenaly onde iso aconteceEgipto,Grévia pode falar ‘ae de um verdadero “dete. provincia” mesmo, na paca slisica do direito romano (130 &C. a 230 6), ‘Ao contrrio do que aconeceu com diet de Roma, que foi objec de um tratamento dogmitico esplendoroso” por geragdes de jursias,o ditto provincial —pelo menos naguilo fm que se alastava do diteito metropolitan —-merecew pouch Bstengdo ‘por parte dos jurists, talver porgue eles Ao Abundavam fora do ambiente romano, Dsl gue ae suas insttuigbes sejam eenicamente menos elaboradas(vulgarizagio, Tulgorreci, menos conceptualizadas ¢ formalstas ¢ mais proxinas, pelo. contro, dos objectivos prices que 36 Dreiendiain ober. O diretoprovinialé, neste smi, um Gieto tals "transparenie", em gue as lenses socials regular $80 tmenos obscureidas plas ‘ensGes Higieo-conceituais do sistema dogmitico do dircito. No que respeita concretamente & Peninsula, dada a inexisténei de importantes fontes de direito que Ihe sejam spetfieas("), 2 ‘pariculaidade do seu dre apents_podia Aecorter du vialidade dos direitos indigenas da atraceso que fstes pudessem ter tio sobre o ondenamento juridico roman, Isto. no acomteceu, porém. Do ponto de vista jurdico, @ romanizagio parece ter sido bastante elective, como 0 prove @ Utlizaco™ de ormas:juridicas romanas. pelos prOprios ere prin) 1) Sobre as pvtinsto do disko romano, A. CO, Droho ao “Pei algunas leis manicpas as, pars nis ces, Lees 6. Biblograa. Infrae gis ane x clog romans pode set see ie Si 9a se eee ick ia fips fe ‘vel, AH OUNeita Manguts, 3, Vensowa SEtnAO) ¢ do Sone Atancha Porte! romans tshg ase Mee sien, pao prse lai ORS. Derek pale ‘non, Fant 173 We Rint emcees ia ens oR Ven el se ts oman habe Wes. Chie Date Roma, Cara 0 ) 2.0 slstema feudal. estutura sociale econémica que vest a fstabeleer na peninsula -e que” acabamos, brevemente, de feserever corresponde Aquilo que, na Teoria das sistemas soca, ‘ostuma ser designado por "sistema feudal. Como s rata de umn Sop paar ec Ha [neat anpesson Let pamper, ne owe Peri en tipo de organizagio sovil e econémica que, substincialmente, fos vai fornecer a) moldura geval da historia. das insides durante, pelo menos. der séelos,couvém que Ihe dediquemos agora alguma atengio, tendente’s senticar os seus tapos ‘stratus bisios e define a efideia que estes teem natureza © Tungdo social do dreto e das snstiuigbes juridias, ‘Ao contririo do que acontece com a designagio de outros sintemas_econémicosocais (Tesclavagisme”, “capitalsmo"). Gesignagdo.“Teudslsma™ remete para caracteriias, gue se Situam, fo ao nivel das esiruturas econdmica Ov socal, mas £0 nivel das estruturas juridics ou politica (agos de vasalagem politica, deveresjuridicos do vassalo em relago an senhor). Iso fax com que o leudalsmo tenda esr earscterizado, predominan- femente, como um regime jurdicopollico (enZo tanto como um Sistema econdmico-soctal) c que, a chasicagho. de. certs formagdessocais hstorieas Como *feudait” (04 nfo) tenda a ser feta, dum poato de vista formal partir da presenga (ou no) de eros ts juridios «politicos ‘consderados earacterstios 2.1, 0 feudalisme enquanto sistema jurideo-polileo. Embora a perspectiva da istria tradicional — que earacte= sizao feudalism a partir dos lagos juries poios que unem © senlior a0 vassalo no nos parega se fundamental para 3 Expleagio histerice (ou sea," para a descobera da Tégiea imanente so todo do sistema feudal’ que explica as suss insttuigbespoiicas. juridicas © socials concretas), convem tsbogar os seus trapost"), ©) niteigaijrcopli sled gu deve ofandametal ‘one ie ah” pi e's Sc Semcon ane ener Bt . Siisaenh erdeachon Fea, 198) 6 8. Hist sen nd Yorn tenga tee ena) fo pifnfamene meclcada spor Mane “ Hiri ot tg Do ponto de vista jriicopolico, feudallsmo caactriaa- se pela combinapo de dois tipos de rlagdes inter-pesoais: por Un lade, © pacto de submissde pelo qual o vassalo promete Fidetidade « serigos pessoas (ama de todos 0 servgo militar) tao seu senhor(" por outro, a concesio de teras pelo senhor. fm retibugio de servgos press ow a prestae (bencilunn Iipendum), concessio. acompantada de ampla delegacho de poderes, Este concessto era incalmente uma tenéncia, preci fia precartum, tomure (Go lat tnere, deter) (°), a progresiva inispensabldade dos servgos do vasialo (nomeadamentc, dos seus servigos militares) fora translormando em definitiva © heteditiria, ao mesmo tempo que se consoidavam rela multiplos poderes. de" natureza “publica” (adminstagio da justia, Fobranga de impostos, ergunieagio. milla). Assim, para oncepgto tradicional, febdalismo exists em propre, onde Se Seriicatem concessbes tentorias pelo senhor, acompantadas da Uelegagdo de poderes soberanos, em iraco de wna promessa por pare do vassao, de fieldade ede presage de servvoe pessoas hbres. Brush tan wa Mocha Wan 199 (6 ms Prana Gs ae fen en SE Ue orcs et Bovtso de 0. Hretuhmena prs ons Jo" eal de ite i moda om 8 einen ‘ol ia econ ego He cade elrase alo de F Umuor Out oft, Uses 113 isi gi on ppc ons a ad ran Ty Ns Unpage da oe, rite, cairn atch dpe, fa ees eo ‘St ae my de “emis fora nem protests jure poh reve Ha sone Ch MUREA Soe pana “aoa e "ans Dis Ep 198 5 Perak fed! ss ‘Ao lado destas fGrmulas juries, a alta dade média sonheceu também a figura da simples “imuidade", tal era & Susgio de um domo isento outdo") da jursdiglo real ~¢ fm que, portano, cabia ao seu senor (dombus evra, Landsherr, “senhor” da tera”) o desempenho das fungSes de Soberano sem que, no.entanto. esa imunidade acarrelase brigades de presiaydo de qualgucr servigo ao soberano. Se a Sombinagio de “patronato” e “beneficio™ dew orgem 20 "Teudo™ a0 regime feudal (do ponto de vista juridco-poico) tpicn, 0 fevenvalvimento da imonidade” dew origem 40. "senhorio" fegime. mais mitigado, nomeadamente enguanto: (a) nele 10 ste uma dlegngso expresa dos Gteitos dori (regalia, dietos feais ou "dominicais) nos vassals, mas apenas uma “absenio™ do seu exercllo em cerasdreasteritoriat e () 0 vasalos 20 fstio obrigadon ao servigo do seahor (nomeadamente, 2 se1vigo fmiltar que, porteato, quando prestado, thes deve ser especa- ‘mente pago(") “Feudalismo" ¢ “senhorio™sio, no entanto, duas entidades Aitcimente distingives na realidade social politea da iade- “ivédia els ikem lado a lao. combinamse uns com ‘tra Sobretado, ets contibuem ambas pars dar forma 4 uh ‘mesmo sistema econémicosocal(') No entanto, els surpiam ¢ limpureramse na historiografia medievisiea a partir da neces dade ‘de se_distinguir~—no. plano da histriaexclsivamente jurdico-poltiea —os regimes Teudaistipicos— i, agueles em (fas ins ceutical foal, ates eninguec. 0 pote sos sahara, so pm nal igen ce alongs ot ‘Scar si ev ern em ug erg mtr, oc sei lata pen ec eae Cats maine seer anon or aie Seve esi var ot ars poe tn FS ti rie ce ‘pref flare "complenumFeudae” (MERLIN OE DOU. % Maki des eine reanizagdo poli & dominada pelo ago vassilic pel fos grandes senhores de exensos poderes mags Tose 05 regines em que, tendo-se verficado tambem uma extensa vigineia de lagos de subordinagio politieo;uriica dos Individuos. aguela pulverizasso, no topo, do poder politico nfo se venificou em 120 alto BrauCWC. ete temo en so on. tn an ema Rec soe gt ietaton bies wes oa tt" ‘ei penn funda meade ost, Pot de intr te hn era ae ‘Gea 3) one eetgnen Cpanel tata sige dct, Ep eros ext ue Monica ar eben Rca 1 hone ‘onda ay fora. Optveles. VU Be exiénee om de att in ett Cns'e Reet Ope lag a avec ding cn lao” com esa ‘Sets trcional de rears yotheu aie we rhe ‘eh iS en so dein “nba ou ‘im 2 er eam cm stem ondmancal hn. 1 ‘Sore adit {boli se este demande eho sean ds ENS roe te a Ps hh PAC Pat ments ire Pong Ed, Baro, v1 ae 2 pS ay ie i hl ime cot "Co, Rs fpostsotmparnn creme on que de aber we a ats ds sumo Domus atures Wal fcc as Wette Sani 6 anny eps tes i 8, (Cy "Sobrey caso ied pts (ends) em Portal a st go stew pam once XA Stn, Suri lode porate {ow aban em Etbeien-y ck $25 nds pn em" A, SUN a ‘wel azo vine ao Pera aoe isos 1893, Peri ek! 5 ‘ure L162), Pata ses ular ¢ repent gue Ce nt hc fe Sevigo tac oobye heedtnedade dos few. complet ‘bso dos" agy de sslagem “prt pos ge Se ‘SSaigen “arta” com omega stare dor Sos Iaguidicn re pe Hohetorcin) poe snk fea si em oc, SOF a ts ‘912, masenda soitora/ mena perspeciva de fond. € isda Tebow tm forage Le Pol ean 3 fe Fie inn tho ce ‘in por Asano Cantu, eon comin se Poe hou, a We on economic Pr on 8 Tai sine cen wot A'o met de er quia of Itarigtafia anin)® por AH. Ouivema MAnQUES xt 1 Pal bbe 720 iat og sai cat eon rms {otpsigho fot por “Wax Weber "eneeutame © orate biped oni tacoma reo bed na ago hase conara enroute Pei ado pans) code SS ace eae ttt do mitts ‘care ie pine dgingun 2a sures MO Steen, gre" prepara. sdmisitens) "60a (00 eipenlace sipeat, Scat &rae, inant x inna BENG Mer ston eu pana hn 7) 29 8 Rinse Cash Maar conden at Poel 1 Sine Manezino Gaetan a 1 22,0 leadelame como stems cconmicosoi (© que acaba de ser dito aponta para a necessidade de cncontrar im nivel diferente de anise que permita descobrie a funidade daguilo que a visdo, muitas vezes espontinea, dos historadores tem desghado por “eudalismo™, nomeadament, as realidades sociais eutopelas desde a alia dade média at is irandes revolugSes burguesas do Irdnsito do sé, XVII para 6 SAIN) De alguma forma, foi este 0 objective da historiogeaia (sobretudo, francesa) medieval e moderna, ao introduzr 2 lado de “feudalismo". 0 conceto de “regime senheria” ou *eudali- dade” (cl. supra, 2-1), eoncito que ~ coma vimes pretends Stbranger is venludades ‘my yu, apesar ds atipicdade ou falta de hides das formas juriice-poliveas Teudais, se verificow una forganizagdo ccondmics-scil caracteriada_ pela existenca. de Tagos de dependéncia econdmiea, politica e socal bascados na posse da tetra”) ig. em que a posse da tera atrbuia ao seu Tuite poder jeriico-politeos, em_que 0. propritsri.ert lambérm enor" & 0 culivador directo ert, para alem disso, “Sfervo" ov, pelo menos, “sbdito™ —, lags que embeberars toda a esirutura Social (e-ndo apenas 0 ume das flagoes judi polis ~ ou sej, a5 selagdes entre soberano e os grandes ‘assalos 'N historiografia marvista —na qual esta temtativa de agua forma se funda —encara esta questéo do. ponto de vista da “Teoria dos motos de producdo™. sintetizada por K. Marx no Precio da Contibuigdo 2 ria do economia poitea (859) (ft noua pena pemte sinds aban comics cupric Se SSR ee ses ins" Ua a Pea fd 8 “As minhas invstigaebes chesaram & conclusio de que a8 relagesjuridicas ~ bem como as formas de Fstado — no podem Ser ealendias por si mesmas nem pei pretensa evalucSo eral 4o espinto humano, mas que, pelo contaro, els redicam mas ‘ondgses de exstencia material eo eonjunto Hegel, sepuindo ‘exemple dos ingleses ¢ dos franceses do ste. XU compreende sob'a designacdo de “ociedade civil"—e que # anatomin da Sociedade esl deve ser procurada, por sua ter, na esonomia polls. Eu tina comegado.o estudo desta em Parise contnvei- ‘oem froxelas para onde tinha emigrado na segutncia de um tmandsto de expulsfo de Guizot_O resultado geal que chegue que, uma ver aur, me seviv de fio condutor dos meus fsludos pode ser ansim sinerizador na produdo soca! a ua feulténcla, os bomens eteam em relagdes_determinadas, hecessris, independents da sua vontade,relagdes de produsSo, {que corespondem a um prau determinado do desenvolvimento ‘ds suas forgas produtivas materi. O conjunto desasrelagbes ‘de produgso consti a esrutura econémica da sociedade a base ‘oncreta sobre a qual se eleva una superetrunura furidica © police equal torreypondem formas de consciénia social Aeterminadas."O modo de produczo da vida material vondiciona © processo de vida socal, polliea e intelectual em geral™("). “ee cattitdn soon, Som gue esa ng ae nl) bevel elatvameme peace cabo jn yr shade fase & ws pr do pis hn (coe pods de una on dev slur” deminer). edu te contr mass, {ate de confer iectnieloges exe naar fo, srottilpeament forename aaa epee {a anne gab 0 pnts proteoierde tenn fe eds Sinton oo produ «a us de roegfo mara et cam ea Sime pee women rg wa moo Sine dent de a ein ret 1 ue fala Mars oe encontra no plano dorama no plan das ors ilu can apres) #aproninaie deta ssa cont aco nm bu ota dts Yeoman pce Sega produc ~ i as stig A teoria dos modes de produsdo(*)(ou dos sistemas cconémices) considera como decisive ha identiieacdo de cada Imode de producto: “depen das cone (materia, nics) produ (de hens. astm Sent nda canis (enc) om romndament em rela Sete cao tt he mode de ERS rc pe fa mean ep a ato neous do: bare vein dee eta eins Seu at de wo or ron ane pt he «econ sox at "aia" sacle donne st, ‘Saxton de organara pode te ber, de ara) endo en ‘sa chen) pee sc poi © sez eel abumer ds cntoversa uncann dssen mens oh th nourecy ty cones ood de pd oh ipo hp epee, “rma eon Ge ‘it iene)" som cone ce etn [Atisstee E Bata Lite Capa c 99 a” ome ear de formar ge repens un alo Se vaca Or Semen i eas recommen no proces se pode [91 0 re pm pl eens ‘onode der ema pu on ve 1 3 Snseo qo ope E"Statn, Be Marne Line str deforma ‘elma Sans in ies ns formate ‘ovale da visa soil a unde de wan eleras € nm ona ‘at een shies col enn D4or. Me pode ‘Jorma sonnet dp ss atte eat ps Mg road pi neta eyo Sia "rate "se pe pe ce de SE ds ambr om Gn ea neva ei hosted de patter hes ous atecerthreereacoyN Pour sNt29, bun page Pei ei * (a) & tiwlardade do poder de diteegio do_processo produtivo no seu duplo aspecto (1) da propedade dos modos de Produedo « (i) da posibildade de ‘controlar 0 proceso Produtive: (8) © modo de apropriagho ¢ de repancio do excedeme social —ou'stja, da producdo. social fo. consumida. na Feprodusio do processo produtivo("). Procuremoscaracierzar, sob este ponto de v feudal ‘cra ee ane i ip de rte Mae'r key ¢ 2s tus de mae ovr to E tha fa ies Bnet The cept oes of onion. Biba crspnint ct tes en ‘nei do dvr co vores orm tun aie Egan Ae fa ont propre Ed) (9 Seinen doin tay farts nko Sulton pede tone essa rig) ae rs et ear a ee Prod (ke MORCHsb oapontn “pati” (ho ‘il ge aks “stunt relatives ton menos oases den mods de produto, clic (au ot fur spect do objeto) ho wna mea Pr seni scared mp no eto xempo, oma Sieelade tea no habbo caave © uma bisa Bo ro: use oo ue an neg eta In WR, Fae deonomiga dst ea. ‘rr moo Frome plas 16-1 sore, Pea Hae a a det hinges 221. A titularidade do poder de diresio do. processo produto. A titularidade do proceso produtivo pode ser anaisada a ois ives diferentes. Um deles¢ 0 da propriedade das meio de Dproduedo (inulaidade formal), pois 56 0 proprietirio pode ‘eeidi da ‘sua afetasdo ou nfo’ a0 processo produtivo €, 20 mmanter em enclsivo esta possibiidade de decidir acerca da UtangS0 deses meios na produgdo, dtm e\identemente urn Certo conrolo sobre agucle proceso. Outro €0 da eapacidade de [par em movimento o procesio produtvo, deo conttoar técnica € Cconomicamente (Gtularidade’ material). Os dois aspectos da Tiulaidede nem sempre coincident: por exemplo, na. produ ‘manufacureca por conta de outrem, tpiea dos alores do {aptalismo, a tttaridade formal competia ja ao capitalist, gue 720 dono dos mcios de produ e das matériasprimas, mas a fiularidade material era do abalkador, que dominava, por sis6, todo 0 proceso de fabricot 4) Tiadoridade formal Quanto 'ttiularidadé formal do proceso. produtivo (propriedade dos msios de pradugio) no MPP. todos esto Je ‘condo em que la est na milo dos senhors feudais, Es eram, ra venlade, os. detentores (lendencalmente exclusives) da Dropriedade’ da terra, 0 meio de produglo por excelénca Emhora os juristas medievais, » partir dos Comentadores. Hens Pa pecan iproauion is e Bai " i i 1a comdeand omy ao une ect de ‘imentair ct 38 m0). 2 gue se pode assent gu props ‘Sita dt eget e pofupe cnt semester no Sonne Jeo elon’ pncor"e Scns aca aa devs aa 9 ‘ret ic ep neo pou fade 00 ae ee iets dn lym soit ‘Shs ono dx mind pros c ransador do proceso comin, $C oa rink fat a tenham concebido dois tipos de lominiaon (propredade), 0 Alominum dlcerum —aue competia aos seahores edo hit uiie— que ‘competia 20 cutvador directo. 360 Primeiroenglohava os poderes econdmicos dcisivos da props fade, nomeadamente, ode entregar a terra 4 um cultvador ‘ecio ou de Ihatrar.F, na verdade, ombora os senhores feuds nfo cultvassem direcamente sendo ma poreio da terra em feral relatvamente pequena eentregusem o reso a eulivadores irectos, ces mantinham sempre um directo eminente sobre a tera, nomeadamente,o dreito de revopats concessio (tito de ‘xelosto), 2 qualquer momento ou decorcido un certo period ade tempoc, Mas, mais do que proprictrios da tera senhores feuds tendiam’'aconsituir sobre ela um monopdlio expresso na maxima do dirite feudal Trance, ple Jere ae ele) Brands das concedes reas, Gt “presrit” pelos bres de tras onquistadas, da redugio forcada ou convencional dos propre Lécios lives (alos) a0 estado de colonatg ou de serid30(" Era isto, precisamente, que Ihespermita exgir ome fetebuiglo pelo uso da terra, arena feudal (venda em trabalho — carves re renda em géncror c renda em dinheiro, qualquer desas ‘itimas’fixas ov paris), resibuigdo que a teorit do Feudalismo tem considerado preferentemente como uma forma de extorsio directa do sobreproduto (i, da parte do produto da Uunidade econdmica ao consumido na roproducio dae condiges Ae produto), mas que ert coma iremos ver —. também ¢ principalment, process através Jo ual osenhor control 9 Processoprodutivo, ig, através “do -qual asvumia a sl fitularidage materia >) Mpuaridade material E costume dizerse que, ao modo de producto feudal, 0 trabainador direto, embora no sja propriate da tera, contra, em contiapartida, © procssso_produtivo (*). Into soncdia Toud por ett "ea ati” "sine alo mprvament Upc paw), ‘na, p13) a Tak Cl ia, 17,8 oii ato pce sop do she ate Hira ds Insinises Sorresponde ma visto expontinea da realidade histrica — visio que nos apresentao cultvador directo upricultande por sa sn rel co rat deta ene roduivas por ele dominadas, Mas ignora tn outro aspect, nic ‘Reno let, ds ealdndehutoricn, Ne verede, 0 ealadsr directo ndo controle todos os elementos necesitis. para a Drodveio: desde loge, nfo controls dimensto da unidage de ‘xplorago, nio contiola a sua duragdo (Le ett impedido de fazer um cieuloecondnico a longo prazo), pode nfo controlar, epois, tipo de clr, pos pode estar sues interdigbes de cultures ou & pestagSo de uma tends em especie que 0 bviguee farer certs culos e no outros; io domina, andy Cetos ssios eruciis de produgso (como os foros, mointos.lgares fis) que estio nt pose do seahor © ue 0 eultvador dice deve obrigatoriamenteutiizar (honalidades), 0 que decerto Ihe impos eres condieionametose nemo elt no domina 9 onjunco da produgto resansl, nem mercido:. por fim nko domina o proceso de reprodugdo da sua unidage produ, ou Sein no pode asscgurar ay condigdes para a perpeluagao do seu funcionimento.nomesdamente.enguanto nie se pods aseguray dda continvidade na posse de tera (ea vivode do carter eclrto ou temporino. da sia sues). hea tay llaiade pelo cinador direst du deco sey leo anderen dro poduin, Pitino eases se modaidades de Sotto das teas: ee Ascde sobre dimensto da unidade produtiva(e ass. sobre Seige et oe inte Stee Soriano ene spl a a Sate pile ence Same Teoma eee {ene as woene Ge edo do ae weds i prdaon Bt Pesan Pea fod is suit autarcia ov dependtacia econdmica) e sobre a sua vigdacia temporal, Ao eabelecer as modalidades de rena: condiciones objectives da unidade produtva (ao tstabelecer uma tende on ‘spésie), a posibildade da sua reconstitigde ou reprodusto ve (simo do peviado econimico (a0 estabelecer montane da fenda), as disponbiidades em forge de trabelho apicadss oa Uumidade de exploragdo (ao estabelecer um rende een tadalhion Alm disso, © senor pode ainds impor outs condgées 26 Proceso progutivo,_proibinde ou impondo certs alters {sabclecendo monopdlies de Iabrico ou de vena, Pettanentey ou temporivios (8.0 elie, gue proiba a vende de vino sates fe 0 senor ter vendido seu). Como, dispondo das mates owibiidades econémisss, podia constiuirse tm monopafeta fe meios cruciais de produgho dagares,pises, premas weane ims, moinhos, foros) ou de importantes infa-estrtarsy Drodativas (cans, esiradas, obras Ue irignio, ete), Por fa scavés da producto da sus exploragso directa (Cesena "era indominicada”), ele pode introdusit no mereado Gen proderee sagricolas um elemento de controle muita inportente Em resumo, através dos mecanismos da tends feudal, 0 senhor pode controlar 0. proceso. pradutivo, cto nfo #686 nivel da economia global da regizo, como ao nivel de cade bnidade produtive. “Assim, © senhor adguite. &ttularidade Iateial o_proseso produtivo, enquanto que, 0. sulinador Aizecto a mantém de west forma apenas income , Pa om tte oue compen #dousin visto soe «per sity te dee te de Cg eLacors nexacoes nexacoes efovstens Soca rouiess *desmanctariaagio cite Sanesca er * dinate do \ “Eee sseparagto alte, * opeatiacto a fer Sate" samen ay dees ct oba . = se taal ¢ | case ae ae mons = Eom Prete stones cote ceo fern cena (cn + eases do sie Eis cian ota ee aos + tanconbizasto 40 Saran ie ESS ©) Adminisnaedo ventral ¢ local. A ctiagio do estado territorial visigético exiatu 2 formas de uma. miquioa administratva, As taetas de assessoramento do 11 no despacho dos sssuntos eorrenes eram assegurados pelo eis palatine, ‘grupados num braio colectva de carcterconsuliv (ofiam palarnu). a0 nivel” da adminstnsao local, a extrutura {dminisrativa romana, baseada nos nivleos urbanos (cuore 73's) fo} completamente subvertda por uma administragso de caricier “tertitorial,sendo 0 espago politco dividido. em ‘lucunscrigds(tvritori), egidas por um conde (comes, em que 4 dade pevdia nfo 40 wea autonomia administrativaaateior, fas também todo 0 predominio policoadministativa en felagio as ireas rufain” De-uma constelagio. de poquenas| “repiblicas” autogovernedas(stuagio que, como vimos, 4 no corresponde a0 stimo periodo da epoct anterior, 0 espaye police, passa a ser consttudo por’ wma manta de’ espages femntoriais dependents de ‘um senhor, que. combina Aualidades de teratenente com as de foncionsio ego, 6, Fontes de ditcito © priten Juridica Antes di sua facie na Gala, os visigodos regiasse por les pactadas nas assembleite populaies. A fssgto no lmperio © avibuigfo 20s (ou usurpagso pelor) sus chetes das atibuigSes| ‘dos magisirados provincais romanos habilit-os 4 promulgarem nocmasJurdias (ere) baseadas ness atibuiges, Mats tarde. ‘com a consttugio do reno vsigotico, os relsarrogam-se poderss| Tegislatvos proprios, decalcados nos dos impersdores romans, promulgando leis (ges, consturiones,susexsivamente retnidas fm eddigos (Cédigos de Burico, 475, de Leovigldo. 86, ¢ de Recesvindo ou, na sua versio medieval, Liber Juicom 658) Esta lewslgio. dos visigodos como a dos retants povos ‘grminicos-~estava fortemente ancorada na tradigdo jridica Fomana, o que, se comprova o elevado grav de romanizagao jcdiea destes'povos, explicatambem 4 faciidade da. sia Inegragdo com as populagdes hispano-romanas(""). No entamto, Teter foe AORN yu neater epeleaaicsoues ftrico na Europ seen en once ts Emenee [vedo oman. Raglan 03 0 rae wie ra & possivelmente pelo facto de a legsagfo autdnoma dos Vslgodes ndo cobrit todos oF dominios, Alasco.Il-mandow ‘ecolheto dteto vomano ainda aplieado ~-qve ea, sobrtuo, © aque se achava reunido nas compilagbes pos-linsiene (Claigor Gregoriano e Hermogeniano, ss. lciv, © Codigo Teodosiano, 438)-—numa recotha depois chamada de Mestirio de Alerico 94 Lex romana wisigothorum (S03)(") As Tontes de dieto visigdic, sobretudo o Liber Judicum ¢ Lex romana wsigoshoruny stm 8 ter grande iiportinia na tradicdo juridea europeia. 0 primeira no dominio do. dreto fonstitucional dos eines espaniis da alta idade média(™), Segunda, por fer mantido viva. tadiglo jurldicn romana © onhecides os seus textos durante o mesino peiodo (it, ate se fedescobrivm os textos do dieito romano clisio, na su veal justinianea, no se. x1), Descrevames, Finalmente, os tragos mais caracterstions do sistema de produsfo do dicito nesta €poct Em relagio ao sistema comano clissicn de produgtio do iio diferengs principal consist na insitente tentative de Impor'a lei estadual como fonte exclusiva de diet eset canoe ex dig i {mr edt reser pec ot Orsay 3 i pati nn linn ‘tara amperes dx jan sau 38 5" Em Roma gos at a0 Serpent court thr is mtnence ste Reape me ep ail ape a) 2 SERIE Ga miu se prop pt tao sore an © ania scelogo ee compet cae 0 poder ‘emel'uepiao de ier ph Owe ple dy Ainda no Baixo mpi, a uta do poder etadal conta & (comitatus ear tomar varus medida primero, « deci por va leita ruts das diveestcis downs; depo a dein amber por Vis leplativ. quai oy juntos gue podetom ser etalon gual a sua autoridade elativat) finaente ist na epoca jusinianeis a provi ods © ualgcr imerprtlo dau ao dict vigente ("9 Com » aueda do inpério « o progesivo desmoronamento da cultura “ssc, @ mansssmento dos textos juices Fomanostornowse ainda menos scesel ap comum das pesos © monopélio do conhecimento do dircito pelas oom culias"rera etl, elon tigos(")—erdbeed arbulde om Storme pode sca gue eva nt uss mags o destino don Pctos« diferendos juries, bom como, em ima ase ‘egulmenasdo da vida sol A precupayio de quebar sie ‘monopetio de poueos sobre 0 conbecinento do dca, wim crank dtc ne ei ee pci a Cal Ts 16 at see ea on (CF i i renin arr 0, seovgca 1G. Bax. Hotta de adoro pie, si Se 2 ri veo as Ae tomar mais “Wansparene", mais “certa” € mais controled (poten puriulares e pelo poder real) a actvidede dos tebunais parece ier sido a que presidu 3 edielo da generalidade dos odigos dos povos gevmlnicos(*)e,fnulmente, proibiclo de faplcagio do direito romano e, at, da iterpretagdo dourinal do Aiete visigtico De qualquer modo —como, de resto, normalmente tende a scontecer 0s jursas continaaram a dispor de um dilstad Poder na conformagio do dieto: primero porque pertenciam 3 Ease eelessticn, eo poder social oi deserto (supra, 117) Aepois, porque continusvam a intervie astivamente na via Juridica, nomeadamenteredigindo os instrumenton notarias auavés disso, conribuindo para a criagdo de tipos negocials Consuetudindfios que acabavam por se. impor” 40s. tipes onsagrados na leit) 7 Biblograta A principal bibligrafia sobte hiséria poli dos reinos _srminjoor nt peninsula enconrase ctada na nota), da pig 82 ara sinfese, os respoctivos capllulos das Nbtoras. "de Barcelos”, de" AW H. OLIVEIRA MARQUES ¢ de J. VERISSIMIO| SERRAO. bom como'o artigo Vsigodos do “Die. hist, Port fe bibliografia acta, Sobee 35 fontes do drcitovsigstico,o estado das questes € dado nos respectivos capitulo dos manuais de hstria do diito, |W clados, de G. haga Da Chie N. E. Gomes ba SILVA. O| ‘eden copnoscnn LAW 2 Comm. lat om eum rowanora ef ‘hig i curs lca haber ema TREE ne i ra nse (C9 Ch Lb. ads 759; nes poe nepcns de tage doin separa tn nnd arma” uj is) obec feyieieG aastn ov Ca Mast tt, Comin BH a das ies ‘aspect institucional aparece em L. G, VaLneaveLtan, Curso de Fistor de tas insttciones espaol. eit ‘0 Céaigo de Recestindo, hem como os anteriores, etd tstado 0s Germaniae monumienta historca também, mas 38 fe, Vol. dos Portugalie monumenta histrica (onde tem sido wanserito para outas edges vg. a dos Texios de direito isgcico, Coimbra 1923, que incluem ainde outs fonts). Exist uma edge espanhola, com os textos latin e romance do Liber jdicun (El fuer jusgo en lain castellano. Ed 68 Real ‘Academia Espanola, Madrid’ 1813). Outras fonts jriicas aa idade mdi, permitingo confrontos, em Bavxo Parapis, iempltestuall Raccota i font ghurtdihe del seoll EXT a. Co Napali 1956. M. Garcia Galo ediou, na. sun colctined Antologia de fuentes del amtiguo derecho (vol de Manual de Iistoria del dercoho espanon, siguns texton de fonts juriicas ngoticas. O mesmo se fer entre non. em Testor eit issieo, Coimbra 1916 val (05 REINOS NEO-GOTICOS OU DA RECONQUISTA (St eile meade de 0) 1. Introdusio. AN invasto mugulmans da Hispania), em TUL, marca o fim do feinavisgGtico -¢ qualquer que teaha Sido sua profundidade uma ruplurapollico-adminisrativa na maior Parte do tertirio. peninsular (7, Noe lc plan date cao una eet sutnoms 30 pesado Jo oats marmana tpn Dito lo fiue ea duet Sramsuee policoadminsatia Haase mayan ee tee arr pipe oto apie cw gue dee oar rnuon nar fart [Emingis plier ¢agmmsahus owen sta a peso: Gua in pot, st spe ane cimlopen de term oer me Tague ridcrsdanmnt noe pra proves amie, SEERA cater, oie Nett ai pea omuniades cs,» sun infisnc fl sufiente ata 0 estabdeineato © ‘Spurn Se to como "gta dpe! a Sea ESSE Pino Wee She arn de rae ‘Entre cto Mapiie modeva ty 38m). Setose nd» inoaciaqucena concen de sulenomia ji s comune mates {Bet ciao de to pvalg tin om Comuane ‘dy portly A uve Mant, Hone se Forage 31038 rtrd ta le Si ih a ‘Gout bx Svs, Minanas= sh Ine. Me WML al Singh ¥. anda Muitas questses relacionadas com esta ruptura © com a subsegusnte expansio para o sul das comunidades poliicas do forte peninsular coninuam em aberto: desde logo ade saber fae se passa nt made meridional da peninsla representa s ‘niromissfo de um elemento cultural estranho ou antes prod fa cvolueo natural das cominidades hispnicas medierrsnicis, tvolugdo, potenciada ‘embora pela invasio.de"um extrcito ‘mouro(""s depois, questées como ada ientidade rdcica e poltica dos “recongustadores" «das rales sociis ‘do. seu ‘movimento para 0 sul("). a da permanéncia da organiza Soci, econdmica ¢ adminstativa nos territrios conguistados pelos mouros,a dos contacts ene as duas comunidades, te E Itmpostante que se tena em conta que se rata de questGes Que as respostas da istoriografa tradicional nla encerraram, tas alo & aqui o lugar de-a5 teatar. Sea como fr, 0. que aqul impor reilgr & que, exe veriica um indesmentivel corte, sobretado 80s rivet police administrative, entre 0 reine visigtioo € 08 Feinos peninsulaes da reconguista,j4 nfo'€ {30 niido que, 40 vel das flagtes sociais e econdmiess (, ate, das formas juries), o mesmo corte se verique, Ou melhor jd nfo € G0 nitdo que, a no se ter verficado 2 ocupacio drabe, a situaglo Sécio-econémica da peninsula tives: vindo a ser, no fund mental, muito difereme do gue foi. No se tata de nega, em sma, que as condigdes da vida peninsular dos seus vil XI teahum foriado notasreaidades socins,econdmiess, jriicas trate, iso sim, de problematizar se ‘ais condigdes de Vida te prendem necesariamente com a oeupugso moura e«reconguists “dem movimento gral da ivilizagio europsia que, no testo da Europa (onde os mouros ‘ao chegaram), evo resultados séco-econémicos © judi pollios Tundamentalmente idénticos Slo ests consideragies que levam a propor uma funda- mental continuidade entre a realidade sciajurdca visigods © TH Ga toe pois de 1 O1NG0E Ler arabes nm jon ea ape Pe 93a nana pis a ai “oh Bape, “Ane Ee Soe. Civ 874.2 vam nee 0 vias noice dreamin m ucla dos reinos peninsulares da “reconguist”, um dos qusis € Ji Portugal, idemtidade que nio excuio rconhecimento de um ‘eta ruplura,Tormalmente marcada pela distingdo entre os Sub- Deriodon ssigdticn c neovgatco ou da recongulsta 2, Contexto econdmico © soi JH antes se sugeriu que» ocupagho mours, mesmo nos tevivios em que se verificou mals duravelmente, ado destruiu a forgunizacio socal economica e ate, administrtiva antecedent Do mesmo modo, nfo parce estar provado que a estate dos ‘rstos tenha incluido's deserificngio ermamento) de eertas onas da extrema("), Assim, toda a zont do médio, norte © fenro pennsulares esaria, 4 data da reconguist (niciada a ona oeidenal com a eampanha de Afoaso Ide Leo, em 751-4) fccupada por esparsos nicleos de camponests(antigos privat Visigodos,amtgos.colonos) a que a. derrocada do. reino © Adminisacio Wsigodos tinham Hiberado de anteriores suzera- nin, O resto das terras estara baldio ow desocupado (lerras Fseais do Estado vngOtcn ou teras de morts, deaparceios, Foragidos). © progresso para sul dos asturo-eoneses vai dat & {odo ste scervo pavimonial novos donos.Justiicando-se com os dlvetos de ocupagio (de teras Sem dono} e d= conguista (de terras com done) presria(") —, 0s tes asturorleoneses © 05 (>) Ea cere questo do “ermaiento” das tacias do Douro ¢ do ow pow ie ua ee or a FS ‘She-mediis Coemporsagued fur Durum eromevi™ Ch Aleldense, Seog SeGuu Banton Must NTS an) poder ere on st ln enon cn poy te le “acme: spore meted Main 173, 1389) TES Ars ace upto he i aa i Seu en pei) cup bred, tora sob eas Seni mm, onion ow cs «bo do meta seus companheiros de armas vio atribuirse propredade eminente de muita terase instalagdes das zonas acupadss, E com base nests aquisigSes Tondiriae. gue se constitu fou ‘econsiu) 4 grande propriedade fundidna, agora na. mdo aristocraca asturoleonesa que, asim, se substitu & aristorrcie Wsigdtica. Primero, os comes asturoseoneses (ses, Vt t X) tals tarde 0s ifanedes portugalenses (ass. Xt XII), desde 6 sée. 1X os mostirs da raiaoeidental (Lorvfo, Vacariga, Gr, Pendorada, mais tarde Santa Cruz de Coimbra e Sante Maria de Alcobaga) ~estes dtimos protegidos por familias condais ou de infangdes(")— vio, entre sie par do soberano, monopolizat #6 terrae ocupadae, 2. © monepit ould tr Este movimento para a consiuigio de um monopslio das classes feudais sobre’ terra, Longe de repreentar apenas a fexpressfo das ambigds indivduais, orresponde a eica do sistema feudal (supra, 88 3.) ea circunstna que se situam 20 nivel das elagdcs soi, 4H vimos como ao regime da excravido se substitu, a patie. do ul nose bined trv at supra, 76s. © 113 8), Ese reine, que vineulva 0 eultvadoe terra cultvada, & 0 dominamte na peninyla até ae ses. XX, allora em que virios Tactores tornam aif evtar a fuga dos servos das lebas aque estavam adsritos para outs. que Masi lst. al 3. 20 ec Dole chndoc 3 a1) eae. bt 15 “Sobre opante ces ri argues astro leven leon ean sacra pee lennon). Matos a ato et a Sn ei 3 ropiedads montis: J. MaTTOSG, Labhavy de Ponorad ces orgies & Sie“ po sot (e4h Rune fara ae Conte Oost de sts ‘Seu a Cooma ed er 0 remo ton on de coma ‘Pdessem cultivar em regime mais vantajos, Ente estes fatores Bvulla 0 progress continuo da reconguistac, portant, «continua dsponibldsde de novas tera and sem Jono onde on sets se podem fixar. A resposta das clasts feudas'¢ esta “fuga para o sul” dos servos fot-muimoda); mas ume das tentatvas foi ade fazer corresponder ao progress da recongusta 8 imediata oeypagdo ou prestria das terras congustadas, Outra fot de seabar com a” propriedade vit dlodial benta, cu Pettis, se nfo perurbava grandemente 9 controle senhorial sabre © conjunto do proceso proditive,forneca sempre um possbiidade de escape para ot mais exploradas e- porno, lmpedia que as clases senoriais ivessem a ultima palavra sobre as condigtes de explora (") A extingto da propriedade vd (8, nfo nobre) alodialisenta somegava por se fazer através da sujeigto dos propretrios no nobres (herdadores, homens bons} ao seriga militar (cavaleros- vila) e[ou as prestagdes econdmicss ue 0 acompanhavar Gossadera, morabiino, ante), tansformando assim as sae ‘eras em ‘ributras, embora estas se conservssem “alos (66, Tessem possuidas em propredade plena pelos cultvedore) Mas ‘ov movimento de" extingso da "propriedade hore continuava-se numa dinimica de abolisio dy prdpria propre. dade alodial, Esta ceansformagio da propriedade atoial em Dropriedade “vida” (em dominium directum, covtespondente 80 diteito ao foro, e dominum uti, correspondente se poder de ulivo) realizavarse por vrias formas, qu tam desde «extorsfo até compra. Uma das formas mais corents te expropragao foi, no entanto, a da doagho simples ou com reserva do ‘sufruto) 8 instituigdesreigiosas("), doagBes que, se algunas asain hls rin exace ‘i pepo a orn) "ees T= uence 7 Some a etpopiaie dee proprio slain cf, Anan cast) A enlp enim a 1 (Gh “oasis most i Pender ss Ami fom So af dtr 0. Maton, sbhaye de Pode ch ike ‘eno do mnt de Aron see ac BS da gage 0 i at ise exes representavam a manifetagio espontinea de piedade, Inuitas outas trdusiam pressdes ou exigencias dos donatiios, Indico deste kim facto creunstncia de as tras doadas a Una instuigdo numa certa epoca teem, normalmente, uma “tribuigh geogrifica harméniea,o que deixa eupor 4 exiaténcia {de uma “politica de aguisigtes” por parte do. moscito(") "Asim, por mci dot dois procestor combinados da presiria das temas Feconguistadas ©. Ga expropriapo progresiva. dos Droprietrosalodiais, ae classes fewdais consumam © monopélio {da terra,submetendo-a a toda is diversas formas de rend led. ‘O monopélio da terra fone quase exclusiva de subsistén- cian —pelar elses feuais€ como st dss antes (supra, 92 s. facto que permite 4 insiuiclo da renda feudal. Nas fontes flocumeniais, a jusieaglo. do. pagnmento da renda pelo fulivador dirsto deixa tanspareer com reativa clave que a ‘ends sigificao prego de acevo 4 disponibiidade de eras para Cultivar, embora também ja aprsentada como 0 prego da “protecgio" oo como uma manifestagao expontinea da piedade {Quase toda a terra pusa, neste sentido, a ser forcra (6,8 pagar ‘una enda ou fora‘ seaborio, sj cie-o eh um nobre ou UID Inostero), bora isto se traden em repimes dversos, quer no {que sespeita so montante da renda, quer no que toca a ‘Mabiidace do vinclojuridico de detenglo de terra tenéncta fr. fenure) pelo eulvador directo Dediquemos, agora, alguma atengfo as vias formas juridias nas qusis se conerciza esta cesio da tela monopo- lzada, pola clases fetais aos seus culivadors “li antes (cl, supra, 116 86) nos refenmos As principas formas jriica raves das quas eram ets concesstesagrrias thos colonos culivadores no petiodovisgGico as duas formas ‘ig edn nan Hee Cosi, Orman de Are "Ch Ox enndon snot ads ste o maar somes TG "popetl evade Siena sapor or cpomipet, rt miso de rons rn 4 preciria (dara € oblate). As formas ato-medivas tem sido omideradas como suas desagis, ‘uma primeira inka (eas pia da rigem) eto ainda muito lis” os traon_de-subminedoextmecconomca Jo precast: a formas mais tpcas deste pmcia nha slo oneessoes ad laborandum (oad excoendm) em guts oncesto (invial ou eoectva) de trast roves irate ‘ra feta contn "0" papamento de urn rede (Gormalmente parc) 8 promt de fella pessol) fu as concesties ad popuantum (anthem Indias 08 Colectvs) em gue era menor 9 sthds das parcelasfundras Strotendas de novo") Noma segunda linha, 4 submisdo vasseldica esbtese, fieando apenas de pe ah contra prestagier de caricet condimie por porte Go cesonario. Temas endo 4) aconeesto,vtalia ou temporiria, masa tuo precio (6 de yesiea mar haber ou de Bronto haere do preaiia fontra 0 ius heredtarom onde -eredate do proprio), de ‘ma terra eriginaramente do conedonte, sonia pagamento de ma renda(") deste tipo contaoal sears ferdce anda ran) yi san pao ovo fins bis Gain po fg ei i don an home Seo ‘moi de Aros 15 Meneses eh Dy ens o nner opines Pst, Protea, rae cose te si er ostrespr puri de i estas et cinal do ead® “Dh Pot, rss Péaamo on Penson ME Men, Lise (825. a 49 Sue ple on Nes ‘iy ior doit S18 SING he pgs te ain Ck Sener tne Inston de’ Egan, 101988) 48-78 exemple de diplomas ot jt hades Shs de Astros Dusan MH consho MP Menta ees prc ci.) anda, Pho Bucs a exprain ral et dome ‘ie sens ombun, H on Gast Breage cans eae eer th on BP Menta A pct Aged re Mii dines impreiso © flutwante decorrem, depois, a enfiteuse, 0 senso (Consignativo ¢ reserativo, 0 artendamento ea. parceria(™): ‘bya doagio com reserva do usufruto,contrato pelo qual um pequeno propritirio sodial daa ao senhor 4 sa tera, com a Pondigio et continuar a explorar trace do paamento de ums ‘era end; estamos, como se 1, perante uma devivagho da precria lata (ct, supra, 116) que dela apenas se distingue Beis ausénca. de submieso vasslsica expressa(") {} otra forma tipiea de concesto sgriria, proxima da anterior, € concessfo,precria e conta © pagamento de uma fenda, de terras compradas pelo mosteivo, concessio eita 30s Droprios vendedoretratava-se de uma frina contrat em due tim peqweno propritiio, apertado pela necesidade,procuraa onseyuir ain quantia em dinbeiro ow em generos saves da ‘Venda da su tera a um grande proprietiio,conservando, no ntanto, a posse da terra, agora na stuagdo de precarist, a troco {do pagamento de ‘uma ronda); na sua estutura asia, este eet ar hte dee deal porns, Coie Th, ‘fc run compra wed de ends: nese x "Di. st Poet" Exar ci on Sims Qt fo one Ai pure Roragal_ce 104) Oapo tp da vin tceuico' ode coseaie dessins por ue a foe se ” SE by cum hea ema a pc Wong mara Aout 35 c,d com Sade Pm) Em he Foe heeds pe al ‘ner vo Pog ane venience wh aio ‘ean ti iar ee et ior tlie er Hehe contna © mono de tows ot 2 stipe cnt, Sem comm ow formar cn contrato corresponde 4 compra de uma renda pelo grande Propretirio (ou sei, a um eenso ou Rentenkaup, 25, Tioga sno avin a a. [A partir do que acaba de ser dito & possve tenar wma tipiicagho das principan stuacées juridicas da terra durante © peviodo feudal. Fste tptieasio — que subsisira em eral valida AU a0 fim do enigo tegime—acompanha de perto a que fo tragada por Alexandre Herculano("), com base, sobretudo, nos ddados contdos nas Ingurgdes do sé. ile serve apenas como tum quidro.geral do. regime juridico da tera, sujeto a ‘esmentidas pontuas, dados a Nutuagko do proprio vocabultio| ‘das fonts, 2 dissemelhanca dos unos locas ¢ 0. carkotr Inesgotdvel dos regimes coneatuaisestabelecidos acer da tera 4) Propriedade nobre, Pertencente & nobreza ou & ‘gts, (elero. seculae, cleo regular eordens militares), a sua ‘aractersica_ principal ert de estar tsenta de tibutos a0 Fico que sf exprinia o plano juridico, pela sua sitvagho de terra “voutadas™ ou “imunes™ 1 de err em que no podiam entrar os oficiais reais ‘Os tds principals pos de propriedade nobre Sot 1) Couto — terra tornade imune por concessto expressa do rei (cata de couto), na qual se indiavam os limits geogticos ds term coutada ¢'0'Ambito da imunidade (que podin nSo se tstender todos os direitos reais, emboraesigmfiad normal ds fxpressio “couto’ correspondesse a uma iengio eral & imunidade da terra sproveitava, que ao nobre, quer aot que dele Iivesem ferras; embora estes titimos estvessom libertos apenas prin de ite ow ee ern, conn upto be tne (oe ‘iene, hr conta ot “praia” pe oie em ‘tosfo once acu porno st mao uns, Sobre arma usa, SE iti cn porns tren Me. aio Con “SE aurwson cs, Pe 8 oo ai es sis os tibutoseégios —aomeadamente da fossa {lvenw coneliaao senor do cota, Th owas —teras imunes em vinude, fo de coneesto vita mae do quadade nabre do seu senor. “un Bokerias eran imaoes co senhar ea excolido pelos propos moradores. Tras eters. c@ que ob Mignon moradors liam ewoiido um seaor.& qlem se tia encomendado (aves etna cara de incomuniasio fronma, nu sun carta, du prec ola, conerando 08 Tir suicreto prego d& eenber acu Snhor Apart do Secs Ml coroa tents reagir coma rolferaio. da propisdade nobrenomeadamente conta {buses na imstugio. de hones, "As. singuingdes™ as ‘confrmagbe™ bem como numcrosa kyla dos himes rs do" primerainuta, "documenta esa tendenca para ‘tprsado regia dn propredage nolan 1) Propredade ia regime da propridade ao aobre coresponde; ical imate, ne eato socal dos acts eulvadore A iberande {ts coresponds, mu yerdade. a, pln dos seus poderes Sobre a tena sesidio ou stung de colon, corresponde a partha dos podercs sobre o pedi enteoseahor eo cultvador, Gr vos, agulo a gue on junmas info chamar a vis do Sominio —o domino deco (porque no sistema das aes do diveto romano, proto por un aio revndcatora diet), Correspondents aos dircon do seahor(o uma parte dos fut, Suto a alnaglo, a cobrar uma. prestaga0 por ecasdo da Senda laudenfo ou da transmit por mote lunes, 3 Teaver © podio por ineumprimento das obvigngees do cotono omito)"= 0 dominio wa forgue rota apenss por a eto ld), corespondene Soe distos de cukio do elono. “a'rande subvdoho dar propiedaes vis assim, visto Sore propaedadesalodins © propredades aio alodiais Spresentando, no ean, cama das expeis as ss sb Ty opriedades alias, Fstho na poste de homens res, descendents dos pra gion, apenas obrigidOs Para com veh prestngo de srvigo miter Vorsado) sto on “avalos Sill” Sherdadores™ bu shomens bons” Ay Sua tetas to Tyres ao sentido de gue as podem aienaee avi vemente € de que sobre elas no impendem foros ow rendas a ser pagas a Sign enor’ Nolen, canon putes decree ‘ribuideio,sbsiutivas ou suis Us prestago do ser militar, nomeadamente& fosadera (ou morabiinn, exentua tmente acompanhado de aotoc tbuios ou. srvigos mare, {Sy saul Sto deus po a oad 1) Propriedades em colonia, ams teas ov pertencentes & coroa (endo chamavamse“regengor cm snd ho) ou aot Gros seahorse eotegues tcoivadore descendent dot Amigos servos adsetos ¢- que no goravam, portant, dos iMibutos: dos homens plsnamente ives, pomeadamente 0 Secvrem miltarmente a cavalo. A. caracenstca comum desas teas adeno pager fonadsta¢ de sobre cla impeaderem ‘restagoes de carder domi & roveienes da enti de 4m dominio ov proridade eminent), Dentro sa catepovia Podemse distinguir dow aubstpos ‘A propredadecuvada or colonosdesprovidos de dicts hecditrios bee tra potato, detntogs de uma pose peas preci da feta sob la dina o senor um domino ‘tase pleno,aproximand-se a situagho dos clonos& de simples trends hon documenos stay teas parce noe mente desinadas por “asai” Pagano senhor una Guat Parca (1/2 01/8) don frat Gu eure rip (red, ato, tertigo\ & ma suots fsa dos geneton tas ular Subsidiras (Rona, pores, edo) Por wee, aparece aren Sadas anvalmene "de, Joie aS. Toto por soma Tia {esa censura) ou parca caivadores nals (anioane? toy) Ese ttt regime € 0 proprio das terra em ue nfo habits colonos (ertas “ermat) e. que erm anvalnete sirbulas pels Tenciondros repos ou seaoras oy qe cas se'canddatssem,devendo os esebidos pagar ures “va fonecdente fesaone™ Du'Gasn Bast, Manano. et NIL SH Ais dene bee api 16 i as neo [A propriedae forena, fogucra ou jugadeira era culivas por colonat som drei. a transmitrem tera por herana Goreios, jusideitos, herdadores del rei, no caso. 86 Teas Jngadeiras dori, 1, "regvensss) ‘Nesta media, aproximanse das tera aosserads, dels se distinguindo, "no" entanto, pelo. carder domiaial (no {ributari) da prestagdo que pagam 30 senhor. Normalmente. © lon fosiro €-obrigado a abil a tera (a “afumegat”. ds “yoguseass vactbulo que and hoje se conserva na toponimia) sob. pena ‘de comiso. A lbetdade de vender-pode soles Timitagdes, quer decorrenes desta obrigagio de morar, quer da proibigto de sienagio a outros nobres ou eléigos (el, Ord. Af TiS Livro das lets «postures, p. 318) & parina por heranga & Possvel mas, normalmente, o pagamento da presasdo uo senor Fics encabecad mma das patel (eabece.cabeca de casa tmbora com dicta de regress em ela as restates. Astras Jngndeiras pagavam urns prestagdo fsa em proporefo a0 numero fe juntas de bois (jugos") ulzados no cultivo (gad) formalmeats, uma. quota parca Jo) viabo edo. lisho (tC Das teras em colonia (precitia ow heres) destacamese auelay suo senor (estou pleno) & 0 re. SHO 05 rexuentos, Tomando esta palara na su acepydo genera. Nles se repercue a distingio que acaba de set feita entre colonia previa e colonia hereditria. No primero cas, estamos perante os reguertas et Sonido exrictor no segunda caso. estamos em face das tsras Jeadeiras repeentas ou herdaes dele, Ese destague das eras to rei usifiense pela especialdade do seu regime,nomeadamente ‘duanto aos pivilegios dos seus caltvadores(") ‘ec de mami "eta jose (ea pi) cla 0 rei man a emis m ©) Propriedade dos concethos « bens comuns. © surgi dos concethos deu origem ao aparecimento de rovas formas de apropragio do solo ou, pelo menos, deu ums ova forma jurdia a atigussimos models soci de utlizago dda ters, ‘A primera categoria de tetas deateo dos alfozesconcelios das eras stibuldas a tuo individual, perpetuo eherediario sos sous habitantes, moiante certs conta-prestagSes contidas fo fora. A inenstencia de direto de preterncia do senior no 250" de alienagdo ‘ea frequente inexisténcia de Taudemio Sproximam estas teras da propriedade adil sujeta apenas & Sus ributrios (letras de lun privarum salvo vanone) a que antes os elerimos; embora, em alguns Toras,o seu desemho se Sproxime mais das teras enieutics, por exitrem direitos do Sor no ‘caso de Venda"). Algumas estas terra estavam jt apropriadas nests termos antes da consiuicio do. conelho, pelo que o fora se imitou a reconhece situabes pertencents & fipologi relerida nat alineas anteriores. ‘Outraeategoria era a das terras pertencentes & coroa e que sta tena continuado. a teservar para si mesmo depois a onstiuigio do. conesiho. Eram os reguengor do concelho, Sujeitos aos regimes antes referidos paras reguengos em geal ¢ ‘jor moradoresgozavam de determinados prilegos em Felao fos deveres dos Vzinhos para com 0 coneelho(”) Finalmente. "4 categoria speciiea "era a "das teras apropriadas coieeivamente pelos. concelhas, que nos foras parecer designades por "bales", "matos” e "egos" (am rentualmente dos ros enascentes, pase veios de metas e de barr) A sua propriedade € dos concehos e sobre ess impendia tim dito eolectvo de so, tradurido no dieio de apanhar Tena, de cacar e pesca, de rar gados a pasta"). No enanto deade os tempos mais euados que ese dieto das comunidades festavasujelto a Usurpugdes: ou por parte do senhor da terra (Gecotualmentetambem das oliaegtias municipal). que se Spropritva desta terrae eas dava de arrendamento ow de foro 8 See ete a sae ts arr aaa enfin, 1 Me da nies cutivadores individuais, ou dos prdprios concelhos, que os Sforavam a particulates para obter ects (rendas do verde”, {que englobavam também as rendas de pastagem pagas pelos SFiadores de fora do concelbo que tivessem neste os seus gaos a pasar). Mesmo sobre « propriedade ndivialalodialimpendia lin ircito eoletivo aos pastos, do. qual apenas estava isenta 3 Propriedade coutada, pelos Tuneiondrios concelhis ob reals Crouteires, “jules das coutadas"), a favor do proprietirio(") A historiografia slemt c, na sua esti, a historiograia cspanhola costumam dstinguir, ao tratarem dos direitos das lasses feudais, entre 0 "senhorio tertitoral”, 90 uals nglobarinm oF direitos do senhor da tera engvanto “prope tino", ¢ 0 "enhoro jrisdiconal”, no qual se compeeenderiam ff seus digits enguanto titular de poders soberamos (doados pelo re, Esta distngdo € comada do ponto de vista didactic por iso a uilizamos, Mas asus adopgio no dcixa de Fepresenar™um sco: 0 de projctar sobre 0 passido uma Aistingdo que entdo nao tinha srande sentido (s6 o tendo ganho ft época moderna, nomeadamente, com 0 pensamento polite ‘lumnisa'e revoluciondria)~a distngdo entre "propriedade” (e dlieitos “dal” decortentes) e “autordade” (e"dieitos dela ‘derivado, Tita esta resera, poderemos, no entanto, ovientar a exposigdo de acordo com esta arumasdo tradicional da materi 2) 0 “sentorio tertaria (0 que acaba de ser dito habilia-nos 2 ter uma ideia do que seria a" estrturesconémico-adminisrativa de um. dominio ‘enhoria ‘ato tine ena et HS a Tos ‘Tater fos'a& Mod, La dasa dl eine enor Ep Mote Bes "an der eps) Se button Conese, Senin hacnde fina louis one ot Cal “Mowe ne” agra) 0 rio os a reson Nfo se trative, neesaiament (0 normal era presismente © conteirio), Je tna extensho territorial continua, As actuals Teconttugdes da estrtura.gegtin, dos dominios senho- alors ante a imagem de sna conselago de unidaes furtian malar (lor quitana) ou, menor, (eases, Ieredieies, Tera) dispense por ‘uns zona trend icundante da cabs do seshori (Paaium ou paaiotuny, dal { toponimos “Pago” ¢ "Pap, embora polis dos enhort fossa de concentrar as sass unidadc aris cm torno de uns {uantos ndleos submetioe a adminiasto sconimica Gob. tao eobranga das rent) de im mordomot> ‘A ae pares, apenas uma pegicn prt desta lbs ea cxploraa ditecamente pelo senkor (eset sethoral ou tera Indomincade(, com resuro, ur a0 trabalho de esrnon mmouros (pouso umerosos), quct a um mero“ mullo Stead de abaladores stltndos(eabonos) que, sob ‘twcitocerlfra sro Moke Mid, Lisbon T06106 se Sore sy ty ee eal ar ended (PSimitao oben cama he shana R Dowa, Ee sone "©, Tad a9 cides monografias sabe dominos fandiin ao ‘ern ser ena a) eps sa clcwe penta (6 Re DURAND, te To{oas ah eno emmo, Axnanoo Caste 4 ela cronine sel th sn Como ete Dunas ota tar Sr pgeac for tarda de ordem tlgion ou idcoligien (rbd de ecravzngo de Snot cone plein ano nasa ems SESS ene ied “0 ai das nies tudo, aos dias de trabalho que ot colonos das terra foreras erm Sbrigados. a dar” periodicamente (r-corves, entre nb, eves angeran, engiras,sendo a mais vulgar a de um dia por semana ira pro. dome") (Xp vetunte esava Steibuida em “easais™ entegues, segundo a modalidades antes relerdsy (supra, [30 S61. familias de eolonos, alguns ainda igados eredtariamente & feba, 0s testantes fi livres,emboralgados a0 senior por lagos fe sasalagem pessoal (homies de Denefactoria, malades). Cada tun deste caeis estes obrigado —notese 0 carter real (6 Jnerente ao predio no to cultwador) em regra assumio por has obriagoes (res serie personae, persone servit reN(°)—a rtes prestagies em relaglo ao senor, decorrentes eas da sud (quadade de. proprietiio eminem). Desde logo, ua Prestagio ceva (dreiwas, miunas, gad) ou pars (pod bv reviddigo) mm generos ou incite: depos, a prestagdes em Serviga de varios tipon (desde asi referidasgeiras até servigos tivetses de carieter ssondunico fazer enrretos, conta lena ou mato, ete), Comn 0s tempos, as sucess partas mors caus Alo senhorio directo das tras deram origem a um parcelamento, ‘Sa sus enidade fundisrst, mas da sua fend, pelo que & mnesma. parela pagava,,(requentemente, rendas. parciias 3 Sysco copra como jos — Trequente qoe a parlha do dominio util nfo originasse uma ddinisdo da renda pelos novos prédios, antes feando um dels {cabece)obsigado ao pagamento de toda a renda 0 que ened a propriedade sisica numa menda inextricdvel de" obrigagbes Feudaist) ris Sor nn is es sor, gut er ae Sng ate ia doce nce oi ea ene as 1) mon de Penorah ps, om ea tae a sas i : 2) 0 senhoriojarsiciona Embora radique, mutas vezes, na extorsdo no abuso, 0 exeitici de distor mageststicor pelor scnhores decorre de oncessto réxia. Levados pela necesidade de premiar os seus ‘assales por servgos prestados, os res peinsulaes nfo Tes uibulam terms, come, por expressa carta, Thes concediam 0 Drvilégio de poder impedir a entrada melas dos ois répos, omeadamente dos encaregados da tributasdo, da jusiga © do Alstamento. militar, A esta terra isenta da juriadiggo.régia ‘hamatvrse, eno, cour: no tempo de D. Dinis defines o acto ‘de coutar uma terra como “escusaros seus moradores da host © Mo Tossado, do Toro e de toda a peta™ Desta isengd0. ou Iuodade"decorra, para o seahot, a possibilidade’ de se Substiuir ao rei, nfo s6 na cobranga das prestagBesineretes 20 poder real (penas peconrias,remssdes do servign mili rea, dias de trabalho em obras publics cvs ov militares, ete), como ho exericio da justia (embora, ene nos, o rel sempre tenka reservado para sla punigio de certos crimes mais graves ede qualquer modo, «justia de segunda instincia ou apelagio ea eorretcao)" ‘Do ponto de vista econémico, o senkorio jurisicionl consttia uma fonte aprecvel de rendimentos,capar de suprir Sr inulciéncias do senhorio teritoral. Habiltava o Senhora ‘obrar certos imposios (portagens, acougagens), penas pecuni- fas (its, colmash,remissdes do servigo militar Vossatetra, 8 benelciar de das de trabalho. para reparagio. dos castes Comidiva) e utiizar servis variados presiados pelos seus Vassalos Jantar e, nomeadamente, a aposentedoria, a oprimente ‘brigagdo de alojar 0 senhor ¢-0 sev sito, conta qual as ‘quinas eram continua) Alem disso, amparado pelo seu poder Polite, 0 senhor reservavare ainda © monopole (lr barn, equivalent a0 nosso “couto”, dal, dititos Panels) de certos imeios de produgio (moinhos, Tornos, prensas. lagares ou, mesmo, de" certs outras instalagdes, como pomes, Ines, on") A, HOUNEIRA Manaus, fr & it dearer Ilse in mat at ee 0 a sh i rs esa pt ao bo 1 si es ess rmereados), impondo aos seus utlizadores o pagamento de un taka irdige.lagordig)() ‘io ests Teta, entre ns, a comparagko dos montanes da renda que, por estas duis vias, advinham ao senhor feudal ‘Tendo em vista a realidadeespanhola, alguns autores pensam que 4 importincia do senhorio jurisdicional fo! tanto maior quanto hucnor erao contolo eeondmico , portanto, menor ‘era 0 proveito que, por meios puramenteecondmicos, se podia extrait Ao senhorio ‘terval ta asefedo confiemaria 0 que ants se dise sobre a fungi do jurdico e do poltico no sistema feudal (supra 101s): ‘sto €que a apropragio da renda feudal por procesosjurdico- politicos, em vex de represemtar a carateistca central do isadaliemo, representa ante 1 toa nso_consumacio (0 seu carder Incompleto)("). Dai o carter eada vez mais rotundo (is armadura juries da exploragdo feudal & medida em que 0s fundamentos ccondmicos do fendalsno se vio rompendo, 3. Governo ¢ administra. (0s rags, ates destacados, da organizacdo sociale politica os reinos da reconguista Tem inevitdves consequencias ao nel {4 organizagdo do poder poltic. Assim, uma das linhas de forga {4 organizagto potica é da limitagio do poder real, ganhando {constitu polities carastrsieae ques aprosimariam de ua repiblca™ ou coniedeagio de grandes senhores (sobretudo, entfe nos, seniors eclsisies) que no s6 eximiam largamente 6 suas ters a jurisdiglo veal (cl, sypra,38 ss.) como, Imterinham decsivamente no governo ena. adminisraglo 1 Pgh 9 ANDO EN, A rain amin (CLI. A. Comiaan, Hora de Epub. La dve medal rene Our ewe nin 9 de eye, Pgs cai Shr eta Sir seat on ria nas a eons 1s central, através da detengo de cargos palatins eda partcipagla no conseIho real (cia ‘Sova permantncia de algumas wadigtes poliieas visigodas (Gobretudo'ao gue estas tinham recebido, a0 nivel institucional ¢ Meologico, da Wadigdo politica imperil). casadas com orelexo ideolbgico do papel politico-miltar do. rei nos reinos da Feconguista, gararam a insttigdo real 0 peso politico eectivo E automo que ela fnalmente vem tere que nfo debsaed de dewenvolver nos séeulos seguints, © que acaba de ser dito reflecose, antes de mais, 20 cstatuto politico do rei Do ponto de vista doutrinal, a posgdo do rei € definida nesta lace anterior a0 recebimenia du cecolistica © d0 diet Fomano, pelos textos dos padres da lgreja (nomeadamente Santo ‘Ambrosio 340397 — Santo Agostinno 394-430 ~e S. Mar- tino de Dume ~?-879), sinetizadose relaborados por Saxro Tsiboto or Stun nas Evimotogias, cua suma acerca do dicto edo poder politico fora incuida no “ttle preiminar” da forma Valeata do Codigo Visigteo (Liber tudicun). As linbas de orga desta coneepeto doutrinal fo: (a) a idela de que 0 poder deve set fexereilo em prove de Deus ¢ dos. power (par como fofioyt"), (B) 2 ideia de que, deste modo, hi limites para 0 pode, ultapassados os qua 'o poder se wansforma em tise nia"); (e)t ideiacm parte decorrente em parte concorrens ro hil ne tee oa ee Sto be Se seal LS ds i] eam padre, Dos ainda ‘ite eda o ere Jue) “E je ee» pie obedes tau ie era to kes © ne pole wa ean que mat ar ‘Sita ito, ib emo) com a anlerires—de_ que a esituigho real patipa da Imagstade divin, ue of eis so colocads i frente dos poves pels provincia Je Be, sobretudo para svat tendcia Jo Rom para 0 peeadot" sas so, ain, a concpedesdoutinais qu et eta na base do deseo de isigs val em Portugal nal Wage ima que alorardoaghl al), htieando soreudo, 9 Sinculago do ren regrs do bom govern cao foros Jos poses (ag, testa Epca se confundem a linha sdoranc sopry 143!" com” om fron das clases feuds, vinculgho. ue Tegrimava a deposgso do rc. quando ete roeradamente se lasasie da use ofenest o diets dos vaslon(), oma aconteeeu com . Sancho I1(°). Favend com sas conrapont, it. Apis no ie pods de De, com ot ‘Sand pop masa’ Guano os ode Dos nt ci Sinn es on seer a'r oe am (od Eiichi Soe Sp Bre atte is pln en > ‘Tere Nows (180, Our (13) (Pits eaten OM sgt te ne lender Satie Rona Vena. lr lvcines eudoanalcas mL Casta 1 (2 rma), Splea 196%, SB te kn loner pag ri de ese essen Se lmaran pt real em pre deca) co Set ‘Shaul pri tLe de DAs i PACH, apes set 1 ts aoe [D.Sc tl} mao ores # dpa deal some mo ja igo Eon haps arbor #o abe Sas, 0 impr tol our preaorde Sont' grea areran conh, ‘Saad er de oo Paper mo Pa a ‘ha mma ep no fia er dom Sat Ed 9 Sposa qua! Rev quer haya fda qu ema so B, © ‘Sosa eri" Yees eve Sana Cee Cots ME 0 ros mtn eo us « amparando, portato, a supremacia do poder rea, ndo dina de stata dia do direitos hereditarios cde conguista seo rei de Portugal tinham ‘20 trono, ide que transparese de mutes {rms documentas ¢ qu. na propria ere politica de (245, € também evocada pelos defensres de D. Safcho TIC") Foi de resto. esi illima idela que legtimou 4 (rmula hereditiria de transmissio da corda que, desde 0 inicio da ronarquia portugues, foi de regra, emboraseja tambem eeto {que D. Afonso Henriques, talvez para prevenirtuuras disputes Ssrociou a0 governo, nos dtimos anos dst vida, seu ino". [Apesar de todas a5 limitaes dovtrnais ¢sécio-poitias, 0 poder Fal eva bastante dilatado, 0 que decorria da dupa posi fo rei como supremo chefe miltat'e como grande propretio terntorial. A0 re competi, nomeadament, fazer las, adminis rar a justiga suprema, cumhar a moeda (e, consequentemente, alterae 0 set valorem Felago a0 padr30 metilico)(")-exerer © padroado sobre inimeras institubeseclesistias(), digit & puerac™) Serpe vol ly 2632 SO) Sob ae mano, CaRDEsL Saran er pie isi thas op som 0 pute mis (ero u pa) en ends por fu de mode Shee tpt ign san pi eae a tce ERE ro eno Be Peco ‘> © gasoaso em, aigmlnene, 9 cote de ikon ae bs Iie 0s outros poderes que detinha derivavaos no, em rigor da Aignidade ral (ou, na terminologa da epoca, do seu "Senhora naturaP)(, mas'do conteddo dos lagor de vavalagem pelos ais alguns “dos seus sibaites” (os vasslon) Ihe esavam Specisimente vinulados. Assim, tha dreto a cobrar ceten Inibutos, de se aposentar em casa doe vasalon, et © aricter especial da relacdo vasdlicn corr, trequente- iment, o carder geral da selagfo de soberans, ciando formulas « insiuiaes hbrdas, onde no fsa claro se os poderes do tel deriva irectamente’ da sus qualidade de soberano, s¢ dum fspecial Iago. de vassalagem. Assim, ‘no caso des obigagey militates dos sites (e corespondentes poder militares do rei) nfo fica claro onde acaba 9 dever gerade euxlio mitt ¢ omega odever especial, derivado onda presagao Je “menagem= ‘ow da “compra” do sevigo mtr pelo ri atraves da soldads ou Imaravediy 9, {nba 124 1D. Sancho tyes ora een ase ‘ris, & is mean anoduvah & ala Jura secundum qed habeas ine ho ats Cala an“ Yous pur Fuatente Covigo tt spans dese et Fur ior Cts mone Toss fe erst te a, Icom fot Ste VALDEAVELLANG, Carmo de historia de fav tictones Ct, 483. Pa Aosta ‘ma dn 398 ii ii a eri” on visa "sa HG me Soer ¢ vanalagea eleva de ditingden tia absent ose Ses te sem eas Se mar or 0 reas ono de oi 52, Atos niin peti, Os ris nfo exerci, evidentements, por si, todos estes poderes. ‘Como no tempo dos vsigodos e no baixa impo romano (cacrum consistoriun), rei ea acoltada por vitosfunsioniies ‘com competéncias iterlgadas e mal definidas, a que ay Tones Ao, “feguentemente, a designagdo. de "condes" (comes ompanhiros). A importincia politica dete corpo de funcions: fios € muito reducda ainda. Com compettncia mal delnida ¢ Yotalmente dependentes “do\ rei 'desprovids. anda de. uma ltadigio burocratiea expeciatizada de Yue sejam os dctetores xchsivos, les nfo poem, enguanto eorpo, imporse nem a0 Fei, nem ‘as clases" prloiadas, As quay detest, ees foncionirios em geral pertenciam. No pago dos res portuguese os funciontios tats importantes eram:o alees-mor (igen) Portador do pendio rahe substtto do rio comando ml 8 motdomo-mor (maiordomus curiae), soperintendente da asa real e,portanto (dada a ini confusio entre pattimonio rel ¢ do reino), superntendente da adminisragio il do reno € 0 shanceler-mor, guarda dos slot reals © que, portant, super. fendin na promulgasdo das lis, cartas de privilegio ow de orale de outros documentos saides da chanesaria do. monetce, Podendo, mesmo, ter, assumige "a diregda. do expediente Jltbdicional eds"), ‘Além destes assessoravam ainda ori intervinhar, asin, ‘como confirmantes nos dacumentortGgios) os prelados, ico homens ¢nomeadamente, os “tenentes” das “terris"), militares familiares do tei que se encontravam na cBrte ambem J alguns POSE Sete 3c ls loge ee exe SSE Roe coaale PR stmt a us Maki as tinier Jetrados, como os clebreschanecler mestre Albert (desde 1142) chanceerJuliso (desde 1183), primeios representantes de uma fategoria—a dos letrados peritos em disco romano ite «annico — que vir tendo um poder eescete junto do rele Riel, que os. vsigodos tinham designado. por ofisuns polatinun (ow “aula regia), designarseea na cbete dos. tea Portugues, por cura ordinaa, de que os documentos dears lragos (conscemtbus nest palati movibus™, do, a. 1097, “eum meis barons does. a, IST, 140, 1143}(°9, Ey 1388 6 ‘romulsado 0 prineiro repimento conhecido da tant esl (ef PAHs Leg et cons | 198)(") Mais importante do que os Sraios anteriores, prineipalmente pelo papel que veio a ter na future evolugao consttuconal ¢ ‘ria rea. esiraordindria, teadcio.institocional da. ater ‘eferida colaboragdo das classes fete no governo do Estado, Embora, do ponto de vista das fungdes execidas cla nfo se dlistinguvse da etriaordiniria a no ser pelo mator numero de Dessous presentes (o que obrignva a convocatoria, especial, & tri extraordindria ceve uma fungto constitucionat mato mae importante, sendo as suas reunites a casizo paras tata oe Ima solees negicios do reine, como, vg, a feiura de i (de que nos testam vars da “ea” de Coimbra des 1211) 8 coneessio de forais, 4 programagio ds campanas military & ‘ealzasdo de acordos (concdrdias 04 voncordata) ene 9 te ¢ 0 leroy & decisho de assuntos econdmicosinanceies de intcrese tal, como a Tixagio dos prepos ou a dewalorizagio da mocds (Causbra ds mocda"), a supeema administagao da jstign oct, sue it ne ta Sr Me Mi te We ‘magnates canfemardo dos docurmceis région. cl po tine AUN J Sone a chi a re nt Mic ato (C9 Stree regmeton diwali docs rel no rl eto de roe ve em primeira istinea, aos privlegiados, quer, como tribunal de Feeutso, aes sibdites em pera ‘A citi sgn (extenordiniia) era imeprada pelos mesmos lementos que integravam 9 consciho do ree lem dio, por Senhores eelesiisticos e legos de todo 0 rsino, A estes se actescentavam 0s lepstas (homies sapentes et diced le me ‘uri’, Ie 1253) e, em certas ceases (em qe & sa presenga {ose conveniente, dada a naturers dos assuntos treat, Wk, sssunlos economicos), vidos ¢ mereadores ( mente(")e mesmo o eardeter nfo essencial de quaisquee outas ‘brigaces paniculaes(")(4)0 seu eardteetemporaho, ov sja 4 Sua nfo hereditarieded’c)0 seu cardcter no vas Resuka, asim, claro porgue € que para gene autores as doagdes ou tenneas do. ocidente peninsular se Sistinguem, no plano jurdic, dos feudos vltrarpirenaicos. Por umm lado, et. nelas mais eabatida @ obrigagio de. sevigos, homeadannte de servigos miltares: depos, eardetee vss tico no Thes era esencial por fim, © decsivamente, elas nunca Tram heredidrus, pos ainda quanto eram concesss de Juroe Ierdade, serie extveram sujetas a confrmagdo, quer "de ri 8 ‘omasa (ou ae estimaeio Go coocedente para revogar 2 const. De ee Foie ines le a eee A Vins gan i pen Cone 1s cos firs ee 39 2 es ‘partes IV; 35°00 gucinpoms ceo devee itor (ly 1 23.0), Soe var ewes Lith. Vases, tot fea Bian sh Se 8 tts ens tn ‘Sieigen cout do got seb wo ine el Wee _ rma np econ » rei, quer “por sucesso" (°), Para além do que entre nés nfo se Chegou a gerar uma pirdmie feudal, por os fei sempre terem feagido oecididamente contra a realizgio de doagdes de tipo Nassalitico por outros que nfo eles") "Alem de doagho de terra, com a3 suas rendas e drctos, 0s reis consediao anda, Irequentemente, unidaue de cetas Terra. dos senhores, través da concessio’ de imunidade, 05 Senhores cavum autorizados a imped a entrada nas suas terrae (devasaa”) dos funcioniios enatregados de exereet dietos "A forma mais comusn de concessio de imunidade era a constivigdo de um couro, através de ua carta de eouto, em que Os limites da ters tornad imane estavam espeiieados, bem Como’ confeddo da imunidade, que podia abranger todos os Sieiton seis ou apenas wma parte deles("). A imunidade da terra aprovetava, quer a0 sew senhor, quer aos que Uivsser ae anetide te cate das Goagie xn pésamos gue Nuno Alar Hii st Ne es aa nn o> IRerowio Catraso 00 AMARAL” Memana pare Btn da ea © ‘She fe rao Rs 1 Tal pt at mae ‘inmuton cove aos takes, cintas date, & hom ‘Role dns up cocci ems fara oo © saeco Con B Hens Sn Men Some nae se Mai das nies terras dentro do couto; embora ests lkimos apenss estivessem libertos dos enibuios régos (¢ indo. dos senhoriis), nomea- damente da fossadeira (se esta ndo tivesse sido concedida a0 Senhor do couto, como acontece na dougdo citada nt nota seterion, Mas as tevras senhorsis srgiram tamhém de procesos ‘expontineos de apropriacbo pela clases Tend Tsloaconteceu, desde” logo, a fase da conguista do teritrio, através da presiria Tela dicetamente pelos nobres. ‘Mas teve amhém origem na pritica dese consideraem inns fu honadas as eras onde um nabre tives ose sla (quit ‘quinta, aio), ©. que se {ol estendendo As teras onde Tossem friados os Seu fthos famadigasyou onde Ine Toscm press éneros (encensorias, paramos). E por esta via. que surgem 38 Ihonras, corespondentes. aos, manolrs ou manors da Europa Feudal, teras imines em virtue de_qualidade aabre do seu senor, independentemente de qualquer concessio réia expres: ae Do ponto de vists da salvaguarda dos ditsitos do rei, est tipo de ‘senhorio "de geragho expontinea” era muito. mais perigoso do-que as doagBes ou os coutes, que exigiam um acto fio. E, na verdade. fol através do expediente de honrat sucessivamente novas ters que os nabres prociraram, dursite fs séculos Xe XIV, aumentar os seus dominos, arredondictos¢ Imeg-os, no sentido. da tedueso. da. ter alodial cd onstitigio dos vastos senhorios que, Segundo alguns, cont {uem a caracterstia duma "segunda epoca Teudal” (ARMANDO Casino). No legue de expedicntes usados pelorfidlgos para hon novas teas —e gut se podem avalar pel letra de Ord Af, 63 — destac-se, pelo seu colori, 0 de datem de ering ‘os Seu ios, em terra sucessivas, por curto period fim de onstuient ima feta de amidigos (oh. Ord fel, 65, 1). Ina 13: pr iso evolta dtsa hone, com apes docemenat Pind oe adeteoa, 4 ha de Rew “areh at Pr Lasts ‘oat Conmenare af Satins, Ussipors Oi. Lp 3 0 rs mates a eon Este pergo de prlilerao de honras no ating apenas 0 rel. Os concelhos eos prprios nobres siamese frequentemente perante a onstituigso de honeas nas suas proprias terras(") Um segundo motivo de incurtera ey logo, ocasito de abuso relative ao regime das honras era constitutido peo facto {4e0 conleido dow direitos sentoras ser incerta, pols -embora tas tarde se tenha defendido a opinito de que, em Portugal (Contra 0 que acontecia em Castel, 0 senhorio da honra no implicva ‘como seu natural ® posse de jurisigdes(™) —a tengencia dos senhores era no sentido de dar imunidade da terra honrada 0 dibito mais vaso, ‘Nao admira, portato, “gue es nossos eis se tenham preocupedo em especial com as honras na. sua actividade Asstinada a conservar os direitos reas, log desde a ingingbes de 1220. Deposs de uma serie de inguivigoes, sentengas © Drovidéncias gerais™), 0 regime das horas € cstbeleido, © filo detinitivo, em 1343 ou 1344 5) Ths con wm paso is Oe AL, 1) em gue ae rele 0 cnn Ronee pig pl see ate pa pier coe mt mi mp praia aca et ene coma seis ane aoe ma oe “CST Eli 3 dln do ao heed 38 on 1382) ‘tinh ot ago Ss Bonen di. Mea ae wo ai des nies [A pasir de enti, s6 se mantinham como legtimas as honras comprovadas play inguircbes de 1288 (consoante 0 pedido don tdslgos) eaquelas que tessem sido consttuidas até T30S (0 que o ei thes concede um. pouco mas)", com 0s dlivitos "eImunidades que’ eno thessem("). Foi esta a regulamentaggo que Toi conlirmada nas Ordenacdes Afonsinas Aepois nas. Manuetnas (11, $0) ¢ Filipinas (2. 48)(") Resta abservar que alguns coutos © honras, como também gums vias inham 0 privilegio de escolher © seu senor, ou dentro de uma linhagem. ou sem esa limitagdo (de mor a mar). Senor ese que devi, posteriormente, ser coniemad pelo Te sts tevras recebiam 9 nome de behetrias (ou Beaas, de Ihenefactoria()-O priviépo das behetrias — de resto, entfe nos, poucas ecircunseias ds reyibes durenses —tetminam, de fact, rose (EP lai 108 abe cope cnonme Hgoow 3. P.Retno| (emis tabe ringers et TA) cnt dt de dens 90 Jno do urd et See ere wane [Guests eas aos anos fen polos gados eb sian por Quests de ees gur tanta competence iin CO a0 5 Ol 0 rio nets on eo i ro sé. X¥1(¢, 1880, dats em que a corod manda os coregedores Volar os seus foros, dando origem ao famosa "proceso. das behetrias” que s6 terminou em 1798", com a sia queima durante © terramoto) Dy 0 comeiido dos poderes senhoriis. Sanchez Albornor (em La postead ral» fossenorios, 1914) Aistingut, repeito do Ambito do poder senboral, os senhorios anteriores "ao Séc,"Xi, em que os poderes do. senhor #80. 9 ontrapartida (indistnta, paramos) da imunidade ~ ie, a Droibigao de enlada dos magistrados regis nas suas tstas—y¢ Os. posterioes a esse seco, em que. aos senhorios oo espressantente concedidos poderes agora its “rei Independentemente do" aceto da cronologin pare ovtas cea 2 sisting feta por Sancher Albornay tem © mito de "hamar a atengo para un facto de grande importnciaestraral ‘us anise do podet ~ cardeter “natural” elobal” dss relagdes de ‘poder nes comunidades Tocais da sosedade tradicional europea. Fo} sobretudo Max Weber (om Wirtschaft und Gesellschaft 1916)(") quem chamou a ateneio para o fact de ts sciedades uropeiastradicions se orsanizarem politeamente em torn da Sess" gregado amano constituido pela familia tradicional ot “familia extensa")-pai, mulher, socendentes,descendentes, ‘outros parenes vivendo em economia comum,criados © servos. IN 0 pater familas, chefe da cone (Hausherr). ow senbor (ominas)exetea sobre todos on membros da fama umm poder ‘lob gue abarcava todos os dominios da vida em comm, desde f susento, organizagio des trabalhos produtivos «. diplina domestica, até & regulamentaeho dos conflios a represenagso poltica. Era o chamado “poder evonémico” (oa seepeso ania fe “economia”, como ate de dirigir a casa [ar lkosD¢" Pa aise do ert police putea Pate Vs Vs vise nde sp" sono f torte Msc au ‘C3 td, 0. Betsven (om Last Hersh. Granaen se urrunion omeccaene Sulack, Wee {sitios poner res New Wee dr Peaung ad Sesleri ign =e 9. er mnie ‘sods trbeionu cape. Nate gur singe nN MA PEAS Esta matric das relagdes_polticas enformou todas as sociedades traticionsis europeas, podendose dir us em muitos aspectos, esteve subjacent @ toda orgaizagao soil ste 40 fim do antigo regime ainda hoje send perceptvel em zona tropeias mais isoladas, ‘Assim. 0s poderes originals dos senhoreseram os poderes slobais este Hauser? ou dominus, vlendo no espa ttriorial Por ele dominado, e ocupad pela sua familia dependentes (ok Seu eiados eserves, os seus ensirs ¢lavradores. oy seus fi Ialados. encomendados. ete, remetenda para’ rigussin terminologia altosmedieval que denota as relates de dependen- ia) Era para este acervo de poderes que oti remeia(e com que fei comtava) quando tornava imunes os terrtdries senhor gC"). Nesses “Terttévion, 0. seuhor”ehercia estes poderey Pessoalmente ou, com a extensdo dos senhorios. atrves de membros da sa casa ~ moedomos, vigiios, vores chegador ree} © progressivo conhesimento do dirio justinianew © da leislagdo dos imperadores do Sacroranpeviginlude no Corpus ‘unis medieval modificou a politica real em relagdo aos poderes dos senhores. ‘Comesa a. ganhar corpo provevelnente por intltncia do cap. Quae si regai dos Libr fewlorunn a dea se que o re €o lar natural de eeros podsts (reat dieitos Feais)(") © que a sus detenedo pelos senhores cu comunidedes subordinalos (i. qa superiorem secognoscent) 0 se exp em (Comment. 1.91 2) ale dln de anemia ein, Ekin tds Waite Ce ard onsite et Teka 3 stintandn pape cotenar do sar odoin dates f Rin Sens one ean nO We 0 reno nas resi 1s termos de uma sua concessio pelo rei. Claro que isto, num Primeiro momento, nfo vem alterarsubsiancalment a siuagso Leraeto, se porgue oe nfo tinha meios materia para exerer| eatvamente os seus ditcitos reais em todo 0 reine. Mas, | Plano ideologico-juridizo, comecou a ear estabeecid que certos Poderes, sinda que exercidos pelos senhores, pertenciam por haturea ao ri s0 por delezagio estavam na pose de outrem. ‘Se_certos_dittitos cram, por natueza, Teais ¢ $8. por elegacio.podiam estar mt poste de-outrem, 4 consequéncia logiea€ a Je que a posse destes direitos por senhores tena que ‘er provada por um documento de doacio (eventusiments, um foral ou ume senna), pelo qual se jugaria da existenca © também da extensdo dos direitos senhoriais. Embora, nos ermos do gieto comum e também do nosso drcco até aos fin do Seulo XIV, se admitsse a aguiigao dos dietos reals (e homeadamcate, das jursdiges) por wsueapito (de quarent anos, eateniia ou lipemoral, conforme os autores 08 casos) ("). “Toda a actividade dos nosos risa partir da primeira metade do se, Xi, no sentido de obrigarem dexibigdo « confirmacto dos titulos dos direitos senhoriais Cinguirigdes” © "eonlirmagdes) pressupée jd esta idea de que o¢ direitos dos senhores nBo #80 Sus dieios aatras, mas dieitos reals cuja delegaclo (Ot, pelo menos, 0 Tongo uso} ttm que ser provadss("”) 37. Os mein de yoveno. A adalat San, Vienos antes que uin dos factores de erie do Estado romano fora, prccsamente, a carencia de meios nanceios sta carenela (©) Numa snes de 35 soe judges do canto de Mors ds Maia pr vaet pre tenor © © power rage procars tr htop ern po gr a ne In 'Sbee pee dor deo ina 292 (hfe irda in se ‘Stars aie 0 ma ata € Real Seahoris™ Mona a a. a. “eign re te en, donb ears). Atcasnont Henao, Ira’ See ego atin acne cen dhotor aes hes Be decoreente da desmonetarizagdo da economia a partir do steulo Ty, continua a ser setida pelos reisalfommedives inflindo, se ro na natura do seu poder, pelo menos no modo de exereiio bas suas fungdes, ‘Uma das formas de tornear as difiuldadesfinanceiras da corba foi a descntalizagio (ou mesmo, alenasSo) de certas fangdes (defest, administagao civil, administagso juleira, fe) que, passaram a. ser cometidas aos_potentados locals (Genhotes udais,nobres€ eckesistios,e conelhos). Ito levow ue uma boa parte das despesas da corbatenha transitado do Tellpara os senflore, que as eobriam com os rendimentos das Todavia, esta descentralizao dos aus e despesas tve come contrapartda 4 concessio aos senhores¢ aos cones da fculdade de cobrarem ceeeas por meiosfscats (ow ja, come lentes do ei (do ico, ov patrimono Fel) com recurso 8 formes de coer que hoje Jrtamos de direito pablico). Os Sennores (6 08 cancels) passam, em vistude de doagdesréias 3 Aispor ds faculdade de eobrar tributes, no como proprietrios {dt tera, mes como donatdros da cord eibutos que Vio desde Sonidine e fossadera ate As mlas judiciais (coima). Para além disfo, © tetrbuindo soplementarmente estes serigos administativos dos senhores,o ei concedialhes novas ferras (estamos. quanto. a0 serigo militar, ele era especial mente feteibuido axanés de ma quanta fixa (em dinheiro os em fncron) que competia a cada nob varGo desde © nascimento {contig maraveds) Este pagamento em espécie (terras, géneros) aos. nobres cencarregados. da administagao. n80 era 0. unico. sinal da frsmonetariaagio dar finaneas reais (que decorria, segundo Simos, da desmonctarizagio da propria vida econémica). Outro thao do pagamento em pinoros dos trbotos, Quer 0 ei, quer 0s fobs, reebiam paste dos tibutos em generos— desde 1080, 38 Cotheitas (parades ou janares) que, plo menos originariameste, onsitians no dever que impendia sobre os sabdites de fornecet (>. Sobre “sti, pr todos, ARADO CASO, A aie sepenne Na P e oBE fs éneros para a mesa do res quando este se snsalase no oncelho,tibuto de que aproximava 3 apotentadora, ou direita {de ser alojado com a sua comiiva; mas fambem outros impos, come a ania, fossa € «aga bt dos awd fue utlizvam im jugo. de bois) podiam ser pags, quer em fervigas brags, quer, sobretudo, cm séneros (igo, eevada, Sino, mitho, line, Bragal)("). tatrndnio vel Joe comitirers nms wae presage 30 sar om sme ‘omaalaag sige arash de pg soe ona cel s chee © eas ei me ‘Todavia, apesar da desmonetarizagio dis finangas set am facto nos teinos allo-medicvas, ela no atingit na nosea ‘monacquia a dimensfo que ating noutros lado. Pelo contesdo dos testamentos dos nossos primeiros res sobrerudo dos de D. ‘Afonso Henriques, D. Sancho te D. Afonso Il) sabernos que ‘xistiam no errioeéio grandes quantidades de ora ammcdado, © que ado s6-€ prova de'que parte considerivel ds tribtos ea poga em moeda("). como ‘de gue a economia da. TeE80 condo agah 2 i trees fot en SRN! She Chan om bs Tenec spo or toca cone ott treo accinwas nfdee [Betdsio Cattaso.r Sousa, Mire sewage decane al pore rr Hii os anger eu, ts pen es a a amin organ i ree wi ct tpn aad nh 4650 1 a ror es a ais rt amon ho oncthos da cobranga dos Ubutos 10s (epoca 3), V. MACALIAES {Seow ‘cmos eames fh hinds 2 ioe de ono smo omen tr een ‘Snaiy de Bargomta ane Cones, eRe Asa, Ent tM at a § acerea do modo como as imitagSes a ext nivel so tommeadss ‘cina supra infutneia que estes fastos Vio tor na eareteriticn Imai salente da maquina administrative akormedeval cobre: tudo quando encarada pelo prisma de hoje) a sua ineficienca rracionalidad " Be a Ificincin que devva, sobre, da_auase completa sitet de eran nistain: doe eto rears Ror um lao, que sr ccs do. poder cere So mes Aicilmente tinham eficicla na perfeta ®. por outto, que tsp abrio aos abusone a vacoustn euro 90s Sou emuuno sein ad dso" hierar “admins his wend pat nee ontintamete os oreton'eenpedint de cone maa plano as jrgdessobrepa xa tnd a conte fo entani, absorver rtd! iene do sotens tase ‘ante pene ae a im do ago esi), conibuinds pels Conta pare note potecando hnde sso Oey > tractoaade” Qu nding decor obctude,do marae dan compet oncosents dos dhs ghee A indetnigho in nan avec, ds. proteraie dor feos specie inna nerd dos doctor fai Pats istoriner,estaeacionahdae science ote tac fonfuto ie ¢9 carter equvse day fons decwseas So ae vet Joma dos capper ts © modo como o circuit Gnanetiro— i, 0 circuito das reevtas © despests du coroa—se insce no teuito. eeond- ‘orm dao ota de Sn posts Tag 8 prio 8 Be rico —i., no etcuto dos rendimentos ¢ consumes glbais da focedade pode ser exquematizado da sepuin form: 0 rags no go de recon @ Dum modo geral — ao contro do que acontece hoje — a8 coreentes de tendimentos pagos a0 "Estado™ (no sentido lato de “corba”,“senhorios” e“eoncethos")eram muito mais importantes ddo ge as dos rendimentos pagos pelo "Estado 48, a6 “contas| Piblics” revelavamse, nesta Epoch, largamente superavtiis, Tal como fia, em geal, documentado peos testamentos dos ris 4a dinastia de Borgonhe ou pelo entesouramento (em dinheio, ‘as ow géneros) feito plas Igreas © moseios ede que sinds hoje (apestr do terramoto de 1788 ¢ das pilligens) eestam importantes. vestgios. "A importineia quantitative day somss_que, ateavés da compra no estrangeiro de produtesostematévios, cram sugadas 30 teuito economico nacional pode explicar, em parte, @ Tentidto do desenvolvimento dat forgas produtivas nacionais & fs, 0 martsmo econemico dos fine da Made media, ‘Denteo do subereuto des endimentos pagos pela eoroa, 0 sentido dominante das correntes€favordvel aos Seahorios,o que ‘drconta do pape do ei na atribuiguo do sobreproduto Sock 3s lasses feudal A paste do que fica dito é posive, agora, fazer um jaa de sonjunto sobre Tunelo gor da instancia poliea na aka idade- ‘mdi peninsular, sobreludo em Portugl ‘As linhas de forea desta funclo 20 as seguintes: 4) consi €tutelarjuridiva e poicamente 0 nronopatio enor sobre rr: onganizande a agusiao manu mitre novos teratdries Croconguista) itslando ¢ isipinando 4 a "propria pela clases feudas(prestva,confirmasso vai das restr), stabelecendo ¢ garantindo a observdncla de uma ‘rdem jridica que sasagugrdava o dominio eminent das clases feudas' sobre a terra, promovendo a integrafo de toda populagio no sistema de explorac feudal (le de 1211, PMH, bas 9K >) dor coesio a0 bloco social no poder (clases feudeish rogulanda, de forma ger, os tespctivos ctatutosjurticos¢ 05 Jdeveres €diteitos mbtuos (Fuero Viejo, conebtdas ou coneor tus com o cero), arbitrando as questoeseprocrevendo a guerra © vinganga_prvada, factores de tensdes e auto-destrigio das lasses Teas (cl, inimeros episios descritos nos “Lvs de Tinhagens"(")e, em contraponto, ls de 1211, aims. 8.6, 13), ‘grantindo a partcipagho no poder ds eases feudas (descent Fnagio' do poder, cla rei) 2) couduvar na apropriaso subsequent distibuicdo do excedemte socal pelas classes feudais: Isealidade da cord, Dartipagio. da corda, nas recitas don conclhos. Cjantare”, Perea") e sua posterior dsrbuigdo As classes feudas através de contlas, moradlas,tengas, doapbes, et E claro que sé uma andlse aprofundada —e, de esto, nem sempre ficil ou de resultados {80 lineares como os paragralor anteriores podem deixar supér pode. patentear esta fungio {eral do sisema_ politica altormedieva, Ao nivel das intengbes Ianifestas (ao nWvel mesmo da conseencia das pesoas, Inclusive dos propris beneicidios) as coisas apareciam difeentemente E ‘gue endo como agor, as formas ideolgcas (a8 concepgce ‘outrinais, reigiosas, juriicas) obscurecam o funcionamento real das instiuiges. E, embora se possam encontrar exemplos fextuais enifeando os fins do Estado com a salsagio dos intereses do rete das. classes Teudais ("para meu servigo © da minha casa", "para met seevign dos meus vassals"), a feneralidade "dos. textos, recoliendo a tadiglodoutinal Nisgotica do poder como srvigo, apresentam 0 fei-como Gefensor do. interese comum e, aié.'do interesse dos mais Ihumides fracos(* EG pte spumas sms impress € poses, Hon Gass a laa ce bons onc at Te ear olin pi oe vias noc recom i 4.0 dicta. “Ta como as insttuigdespolticosocais, 0 dirito dos teinos peninsulares da reconquista presenta caractresespectios que © Indvidualizam em rela aos direitos anteriores, nomeadamnene ‘0 estabelecido pela legisla visigtiea A grande polmica sie tem surgido ente os hstoradores desta paca Jecore, enti. & vola dt questio de saber qual proccss genético que explica & "ape om gue sinters poise perdem & contacto com 0 diteito Vsigotco eserto [Nao € esta orasito azada para desenvolver com pormenor as posigdes tomadss ao longo desta polémien, ainda hoje emt bert. Relirase, apenas, que as tess tadvionais so duas. Por tm lado, a que explca a novidade do dreito da recongusta pela Teivesetnc de priniayinstugdes gemdnar, cnsteteh hirias que, apear da leglagio romaine doef pode {eram “mantido uma sigeacia latent. ivompendo. mal so desaregou 0 poder police gue impusha a vignca do dicito legilads Por outeo,'sghe gar tates allem & rinea.netonpid tradiga juridicaromanita(”). Como. ja tem sido notado, ess. guestlo —descotando reso "0. tquematsmo "e unistraidade de_sar pos Gfes"releva de uma atiude historogfien que Se preoeupa Tras com a "geneilogi da antigo (com a pepeciva ‘acronca, com a problemi da infltacia’) do guc\com @ dag’ dos factors genticor conemporness 2 proprat insttugGes na verdad, nda aemitinds due’ o§ moon de eraynsiuigenurlicas a econguisa slo infudoy por tmdelos anteriores 0 decivo para» compresnsto do de da fecongusta€explicar lu das condigacs da pratic urdca da prtca socal da epoca, as vase plas quae ov modelos do pisado pudram tr una nova vind esr aces Por oro x Ea te ect mi ia a ies om inet lado, mesmo colocando-nos na. perspectiva “genesldgica”, & trad ignorsr o poder genttico das propriascondigdessocias © Culture da reeongusta, pols elas mesmas poderio ter sido fesponsaveis (como decerta 0 foram) por um bom nGmero Je Ineiuigdes jrlicas novas(") 4420 halo don sion de ide min pile, Caatins Inatacosn de prt joes ‘Ao coniririo do que acantese hoje (ox do que acontecera em Roma) strela de delaar uplicar 0 dirito mio estava,na ats idage media, cometidan uma categoria especilizada de pessoas elo. contrtio, o--dieto. ¢ -aphieado”-perante assembeiss omunitivts, denominads concuon ou lune, prsiddas por Iudzes, provavelmente eletos pels, povos. ‘Sao frequents, nos documentos da época, a eerEncas 20s concii(*"em alguns deles dessreve-se pormenorizadamente a ‘Sta constituigho eo su modo de funcionamento(™). Por ai podemos ter uma ideia da sua confitucio:neestomavam parte bs juzes © outros funcindrios e poteatados Toca © um grande hnimero de omens bons da regiia.expressdo que provavelmente fdsignava 0 homem livre, proprieirie de tecras(), em alguns fora constiuigda do conclu parece ter sido mas restita, TE) Ne mano seo, fndamenainens, N. E GOMES D4 SIMA. Coca He os Game Bats, frie. ck XL 26 sh A enchant Praha a, ea po Cio eco df I om pee Secreta de Mt Ses tee ce nS Con Comarca 0 reins nebo ode rsp m «pinedindo, por exemple, com uma comunidadeelesistica (*). ‘Quanto 40s jue, so provavelmente lets pelos homens bons de ene a6 pessoas mais sensatas ¢ fespetadas do local Neste sentido miltam, alo 360 facto de os julzes permanecerem fem Tungdes mesmo quando mudam os funcionitos régios Fesponsivels pela regio, como sobretudo o facto de um dos Drivigpisaparentemente mais desjado pelos povos, como ocumentam os fora da epoca, ser preckamente odo reconltcimento da sua aulonomia quanto 2 nomeagSo. dos jules ‘Aparentemente, 0 processo no decors indierentemente peranteo jue conciltum. Um powso A maneira fomana (em fue procsso se encontravadivdido em duas faes, umd Aestinada a esclareer a quest de drcto fase i we, perante f pretor—, outa destinada a averiguar a matena de facto —fase fpual idiom, prante 0 juie)o process inciav-se perante 0s Jas, 1 quem competi ientiicnr 8 questio central do ple, ale a gal devia meld prov, e deviiv acerca dos metos de prova a ullizar (prova por averguacées— por exguisa” ob Pnguisa. por juramento por firma-—ob por combate Jdieial— por repro)". So ent, e agora perenteoconctum a ‘Quem era comunicada 2 formula judicaria do jiz se produc & Drove que era apreciada pubieamente, Esta. biparticio do Proceso, sugerida’ por algumas fontes("), deve Basease ma Ree Ba atctactemade 2 tF de Gina (5, Co ak 3, (i, Moet fe Stay tata in 0 Sac i ge ean imposibilidade ov incomenitcia de se uatarem dos pontos taf téenizos do. sistema jurlico (dtiniglo da questo jfidlcamente diva, regime’ de prova, cic) numa astmblela muito vasa e-com conecmentonimtedon do diceto mais téenic. Ete diet nos eteitos limites em que Gina Vigencia, Srarconkeedo apenas de algumas pessoas de cullura mn poco Superior ou mai vodadas nas lider freoes(™) que, por iso Into, seriam ehitas jules esta gusldad, poparevam 0s lets ara dcesdo. pop. © ieto invocado nestes_jugamentos populares era sobretudo, 0 direio consutudiarioTocat(eadiant, capitulo fobre as fontes de divello), ov aja, © que correspondia 0 Sentiment comunitirio de justigat®), Dai o aptgo dos povor ou ses propos foros ea esitenca gue ocresam imponigho G0 dreto ren) ‘Alm Gos tribunais cain, exis o tribunal da cOrte como se vit ari 40 Gesrever_ a competncs Wncionamentodacira.sépia—asseworava. ren sa stribugdo de’ apicar a justia ‘rial da cre coincid iiilnente com a propia tia rg nas sas sess Se designava, no entanto, e200 ‘igang ata ape conto rs. Pratt On" ty ons penne bern a ie Pa ae 9 “Cora dt Beja (PAE Legere cH 73) 70 fr recctaer do Conn deve pac afd cosh do cog et 0 ro mtn rei 1s eos) membro com a fonsdo especial de julgar os pleitos que a la subissem (sobvjuze) tendo ete cargo adgutido, parti do inicio do. séeulo Nil, certa estabilidage. A competenca do tribunal da corte era’ muito vasta, pois se emenia que 48 sribuigfes. jurisdiconais do “tei'nko” deviam ter limites fonstituindo sum tempo Uma prerogative real e um dzeto fundamental dos sbditos. Por iss recorrem justin eal pessoas de todas ‘as condigdes —ordens militares, mostiros, oncelhos, cavaletosevilbes —,algumas movendo asbes contra 4 corda (que por vezes as per, como acontece em aeebes Tmovidas, jt no sé. xi, pelos mosteiras de Arouca e Cell nova}("). Alguns sibditon no emtanto, gocam do ditcte de Ttgar apenas perante este tribunal (pobre, clrgos — 6 até a0 se. Ni, data em que se insti o foro clesisico —, funefonaion "ios. norios). A poueo ¢ pouco, as praxes segundo ts quis @ sevisio era tomuada esabzam-se, constituindo autenicas Teyros te dre: plena dsponibiidade e descrcionariedade da oedem fe juizo subsitulse a sua fixider ¢ jursdicionalizagio, ste Process, no entanto,s6 se completaré no seco XIV, jf 30 Inuéncia do direto processualromano-andnico, De sllentan a importincia que a admssbiidage de routs para ibnal eal teve na unifieaglo de dri, Sis Jon. A primeira caracteistica do dicto peninsular (e portant, tumbé portguts) da aka idade mide £0 seu" conde? ‘onsuetudindrio(=), 'A vigacia dos costumes insitiraa 0 préprio condiciona- smo da reconguista, ao dear isoladas eentegucs asi mesmas as pequenas comunidades, sobretudo naguelas zona onde 0 ~15 Sabet. como. em perl sabe uname a i ga iat pening em gue it exert Liefacwn ¢ aptares ae) ‘Re GaaerwGntton Manu de bstra del secon se So v6 Mal at tinier proprio estabelecimento da lgistao vsigitica fora presirio, ome no N. © NO. peniasular Assim, 1 vgincia do costume, antes de ser uma deviso ou uma concessio. do rei, eran onsequénciainevitivel da vida que ot poderes tem que ‘eatar("). pois, se nfo 0 fierem, terko que contar ome deciida FeaegBo dos povos, de que um texto ctado por Game Barros oferece uma desengSo garda striae. 6). de gic gin ote lS piu seam i ning ment do etn tS jeis (oy ugady eee como onge de eta ena os sna Solo, Sea coe ‘eet pir se bom sma ou abese( “a pracus pi os ‘Satine aor homes Dome). ‘Case Sbetade fan Grecian cone der ores trae nos as to Coma te Uso (Lag cone 19) soma oe Hole snp” ne 1 Hon Gata amon Wisse oS) fice Se ear ona exemple: 0 ron to vigten nas and peve ae came (et nom, we “Logn once. ps ee Sti dts vt sf ae : (C5 Par ere 8 fro acl rent pro arbi do (7 sora 1 us very, erm apts the ont ao Se ldage aural Gu a wae Stack mit Ae Wd 98,0 9 Me ar s costumes, orignariamente ors, foram sendo progressic vamente reducidos a exert, ou por iniiativa partela ou por ‘casio da sta conlirmagio pelo Senhor da tera, Ente no, ees fencontramse fixados, quer’ nos farais("), quer tos Joros e costes mueipas("): estes tims consttuem teportoron, fm ger bastante mals longose de Ambito mas vasto dc que os Drineiros, do. dieito consuetudiniio. local Sobtetude, nos Alominios do direito eximinal © processual, ‘A’ progressiva, uniticasio ‘sbio-polies ¢ jursdsional (womeadamente a erescente importincis do tibunal da corte ‘como instincia de recurso de mbit nacional) do terrtério Portuguts mio péde deixar de influr sobre a vigenca do deta sonsuetudindri, mesmo nesta fase. Por ‘vm: lado, hi wma fendéncia para a generliagio de eertos costumes. ea constitigdo—de certo ndo muito prevace Ue certos costumer ris ("costume he de todo 0 reino..", Costumes de Santen, “oostume he de bei © de todo 0 reino.."("), Costumes de Beh Por outco, a teats, por parte do poder central, de corgi ¢ Fevogir os costumes que aparegam como contarios as intrence 440 Teno ¢ dos povos na iterpretagdo que Thes dava a cara”, ‘A partir de D. Afonso Il die, 0 entanto, um importante ‘asso no sentido de promover slegislagdo tel: na pret cis fextaordingris do. seu reinado {e, tale, 4” primeira cia soi tas one adaaa ot ee gh Alon i. 255 em au noes aout nds oes m Mi as stig extaoidinéria portuguesa") promulga-se uma série (cerca de 30) de actos legislativos de aplcagdo gel, cabvindo lm vasto dominio de) materia (relagbes iprejaEstado, publicizagio. da Jusga, grants dos vildos, regulamento de cargos paatinos, fe) No se tata, evidentements, de un "codigo" {multe mehos fo sentido moderne da paves), mas-0 presmbulo que anecede 8 sie de leis, na sua versio quatrocentista, poe um indubitavel Yeeméncia no carieter inovador ¢ fundamental deste corpo leaslativo. Ouira caracerstic do direito atto-modiovs era 4 das suas pluralidade, conerenzagaoe diperaio, caractevisica que 3 ope 0 moderno ideal de unkade, generale serail do oje em dia, o direito € (ou pretend ser: (a) uma ordem Anica, ¢ iste tem origem na unidade do Estado modlerno, (5) uma fordem genérica e absteacta, 0 que decorre di igualdade dos tidadiosperante a Ie () urna ordem sistematca,o ue tanto & ‘xigido pela. necesidade de_seguranga © prevsibildade dos Feacydes Jurdiss, como pelos ideas sstematizadores © con cital-constrtivos da dogmtica jurtdica. Nada dst se pasa como dite da alta Wade media nit esa a fam‘ ser dn Spots nies questo de ute gu oat opr ne See ae ae Sowiieam inet seen eae Stora, Broo ae oral oa (es tog e 0°) Sobre isda ca de 21, tN. E, Gones 98 Siva, ci Ste 2B ©. SasenteAtsonne, La cae ep eh Besoin om hc a) ssenlo erent 6 Bean Guo Oona kat 8 se Teen Ebates 0 rior nico on de recon » Mas, mais do que iss, o dieto alko-medieval nfo tina um Ambito nacional, como jf vimos ao falar dos costumes. Cada tetra regiase por um dieto proprio, baseado nos uses locis Aimos terrae os precedents dos juzes di tera, as eartas de privigio(")concedidas pelo senhor. Direto que, ele proprio, fio. consti "uma ordem jurdica completa ¢exaustiva, Amparando-se,frequeniemente, no dreito dat zonas vzinhas, © ‘iritorégiorespitava ester ordenamnentosjuridios locals e para a remetia (requentemente("), uma das promessas inserida na formula dos juramentos reais cra justamente a de guardar os foros. costumes do reina(”) Depois, o earicerespetal (por oposcio a geral) do disco ‘era teforeado poo facto de haver normas de aplcagio especies 2 cada grupo Soc, caracteriado quer pela sua TungSo Socal, ‘quer pela ua provenignca regional ios quam aon hobo Gt opa 1) Ei pri ia rn mo at [cose sn favorie do qe o atsrmente io. Ae an ‘Srey oa are ore arcade co CPX pn mi Gt Bw aa ae 6 ns 9 far 9 1232 394" mas ene td ut. oy chs eB, Mos on A Cato be Ss BAGS Sie lt fen, por oa. Ga 1) "te Porat for apc! da abr: prc er sito © pio ie cin eB Aloe en le PMs re ay Do ponte. de vista socioligico, esta pulverizasdo dos estates tia explicase pelo papel activo des aves juridica © politico na conformagio das elas eoonbamicas c socials (ef, Tupra, TOL a TOG). Assim, ¢ em conteaparida, ab tensbessocais ‘maniestanvse diretamente sob a forma de tosBesjurdicas: as Tatas (ente plebes e nobres) em torno do estatuts juridico da terra € do diretotibutdrio. as lutas (entre nobres ea Ire) em tom a sevidio edo direito de asi, ay as (entre pebous e Ira) em torn, por exemplo, da uaura. Do ponto de vista iMeoldyio, pulverisagio dos esatutos pessoal dbigy, no 36 8 onside ume tora poliea qu lime adesiguaidade dos Sdadios perante © poder, mas também 2 revsio da dout juridiaromana aceea da generlidade como. caracteristica hormal (Sendo eseneal das les, evlando-se agora a dela de “ler particule 0% “priviegio" > Seca eva sop Sem gen quae SSA be donuts on una Soe {Eig Crete porters ver mim ni ceognae a0 ‘ec mtr dn ste “oor oe eater tan” le at. in YA Pe, Skstolibono defo pe am le pares apr patra inane arent 8) Sore acer eel dopa pe Pol at an hf Wann Ws i cermin bh juan (ct pr 26 nom Sam um ete sice-cteal Gurameaie diene ate {oo Sven uina peop sch alma ta ae il ent eros Sout. 2 proibsio do focopetamrate casa de outer — ‘eat st gi) a ea Set he pam ho yo re pate . (© principal sobre a8 fones de. ditcito neste period ficou ‘to no capitulo anterior. Alem do costume, das ears. de Privlgio (nomeadamente os frais, concordat certs de out) da legislgdo regia (sobeetudo a parr de D. Afonso ID, pou mas consti direltoem vigor enre nds, No emant, US Feterencas devern anda, et fla. ‘Uma, ao Cliigo Vsigéico,eajo conhecimento ns 2008 reaguesa aparece documentado até a0 inicio do seulo Xi Se iretrencia que hes fet em lguns documentos ragurem Sma simples rotind ov manifestagio de erudigfo sem grande tance praticot")ov se, pelo contri, cle permanere como Tg pate gu emai a's os documents iin (sie Pat ite Spits ane ome.“ eh" fr go eons pins et is vel extn oe atm Smeg anacon Cat Oso bids 10 meen os invita de referéncia dotada de eficsein prtica("), & assunto ‘dscutdo. Notese, porém, «favor da segunda tse, que o Liber luaieumy er, em zonas vizinas de Espanha,o iret proprio das comunidades mogirabes(™}e que ele €relerdo, numa let do sé. Sil como senda 0 foro dos fialgos. portagoesen(”) ‘Guttas, 2 dois divcios”~0 candnivo 0 romano —que, provavelment, ainda nesta época teri comecado a infuenciar © Arete nacional ¢.a competi com ele a fegulamentaslo das Situacbes da vida. No entanto, endo a época seguinteaquela em que a su inludnea, como polos de releréncia dourinal «como stems juridicos postios, vind a ser deisva na constitu do nosso sistema jurldico, agora s6 les dediaremos uma pequena feferénci, ‘Ao primeiro —constituido _pelas normss,jurdics que regulavam internamente a organizagho ¢ disipina da Ipreja— Saprada Eseriura, “radicio™, cinones dos conclios, normas juridieas editadss pelo Papa (decrtas, nomeavamente) Ps Felerie que ele sob a forma de dispoigoes proprsy da igreja ‘spanhola (nomeadamente dos concen de Toledo e, depos de Coianga Oviedo. continuaram 2 iafluir na organizacio temporal do reino. portugues, como ja acontecera no tend Wisigotico(; mas gue, alem diso, comeya a ser conhecdo © novo direto ‘canénico “da Igreia de Roma, a0” qual se Fetere—tembrame-la agora —uma das leis da cri de 1211 fubordinando-he 0 disito ego") "Ao segundo. apenas” para referie que —esquesidas que parece’ estarem as fontesvisghticas em que cle eslava (3), Sobre infin aod endnic sbre &dis pexinaares but 1m pee pct meee por apa {Gee Sb id ar de 2 pam elas oe ae do ‘oa 0 eto cen, eve dae PR A expressamentevasado (Lex romana wisigothorum) —a influéneia fue dele eventualmente se note ji ¢imputivel, decerto, 40 nove Surto que o dircito romano-jusinianeu est, agora (ie, © pate do ste. XID, a ter'na Tilia”) 5. Biblografi. A principal biblografiaceferente a cada um dos problemas paniculates abordades no texto fot indicada em nota rest, Portanto, tragar um panorama’ da bibliogratia mais. gra. Sobre o sistema feudal, além da biblografa i Indicada, sitemrse as sinless, em poriugués, Guy FouRgun, Senhorio ¢ feudaldade na idade media, Lisboa 1978, CERM., Sobre 0 feudalumo, trad. por Lisbos. 1978 (© feudulisno peninsular, além de estar desrito no rferido apindice de LG. ve VALDEAveLLAno, esto. também nat Drincipais historias gerais eda inatituighes de Espana, das quais Salient a Mistora de Espana Alfaguara e, no capitulo. dss histrias das insituiges, at tada de LG. DE VaLDERVELLANO De citar, apenas, poltmica posiglo de 1, M. Peneo-Prenors {em Cortes de Casilla, também, no Curso de histori. del derecho espanol, Madrid 1973) acerea da carateieagi jriice- poltica do feudalismo que, segundo creio, Lem algum contacto om posigdes gue, neste capo, ficram sugeriday acerca. do Papel'do dieto-e do poder polio no seio do sistema feudal. Para Portugal, as indicagoesbibliografieasgeris podem ser cncontradas em A. H. Ouiveita Manguts, Gula do extudante de hse’ medieval portuguese, Lishoa 1964; as. especticas da historia do dircto. em A.M. Heseanna, Inirodhgdo bibligrd- fica & Wisiria do’ devo pornuguis, i ctada Descrigdessistematicas das insiuighessociais, politica € juries medievais Av HERCULANO, Historia de Portugal, vals Vine Vil) H. ps Gawa Baksos, Histria sls administaedo iblea em Povtugl nos séudon 8a XV ec 1885-1920 (0m 4 sr este vols 2 ed, (em HL yols, com actulizasdes e covregBes de T ‘Sousa Soames}, 1945-54 (os vol ye IU watam, em gral da Sonstigho politica, da adminiseagdo. central c das clases Sociass os Vols. IV Vy da papulasto ¢ do estatoto das clases populares: os vols Vi, VIle VEIL. do regime da propriedade. os Toke IX eX, day atividadesindusvale comercial o vol XI das Instuiges admiistrativase existe om indice avai desta obra fundamental, tas relerese a 1 ed, AUeASIO Re MYCHADO, Take analitco da historia la exbninisirasao plea... Lisboa 1830}, FoRrUsaro pr ALMEIDA, Hitdna de Portugal, Lisboa 19229, vols kt, Ill; M, Patt Mexéa, Organizocdo soca! « sdninisragio publica. em Misia de Portugal (ed. m0), v9 Ii etroduedo ao problems do fealigmo em Portugal, Coimbea [ioe Manertia Carano, Hlndria do direiro porta, Los 181A deserigho do sistema cconbmico« a desrio. a esa luz das inattuigdssséciovpolticas, encontrase emt A. CASTRO, A waldo ite agora, em Histrie econsiniea de Portugal {soon 188051 (em publica). Falta um manual que descrevasistematicamente as instal es juridcas medicvas, sobretudo nos sews aspectos conceituais Crdogiitisos. O que melhor compre evra fangho € a obea de M. Patio MInEA Remo sar fcdes de nstéria fo dieto portugués, Coimbra 1925, onde Se pode encontrar uma sites. fale segura, do que eno se sabia sobre oassunto. LndieagSes ‘omplementares, sem obras estrangeias sobre 0 correspore dente pesado. do dicta europey (vg. P. OURliac ¢ 1. De Macaresse. Hsoive du droit privé, Paris 1961) Jon Grusstn Induction historique. Gt 00 dspersas na obra de autores como M. Paulo MEats, ©, Baca ba Cz (sobretudo para 05 fivsitas de Tamia e s0ces6rio) eM. J ALMEIDA Costa {sobretudo pa os dccto real © de erédioy, Para uma bela Sintse dos earacters dircto curopeu nesta epoca, F. WIEACKER, Histriass cite F. CaLasso, Meshioevo del dnito, Torino 1986 ‘A ncior hstria das fonts do dicta € hoje o manual de 1, E Gows o4 Siuta. Mitra do diretio pornuguls. ef pole Lisboa 1980: motives tami, pela eeudigdo as paginas dG. Besca Da Catz, O slireio subslidno na historia do dlreito portugues, Coimbra 1975, sep. da. "Rev. port. de histéra", Sedieadas a este period ‘Ar _mais importantes coleqSes de documentos juridics, para © period S80: Port Mon. hist. Diplomata et chaytae (does 0 roo nc de reengi uss {NE 1100), Documentos medievais poraguesas, Lisbow 1940 — vale, (at 14S), Cennual do cabido da Sé lo Porto, Porto 1934 iate ao ste. SMM, Corpus conlicum. Porto 1891-1957, 6 vols {Goes do Arquivo Mun, do Porta até ao see. XIN), O Lio Preto tle Sé de Counbra, Coimbra T9T7, 3 vols, (Joe. até a século iv) além de-tites outras, inciidas sobretudo em estudos sonogriticos vl PERIODO SISTEMA POLITICO CORFORATIVO mingle so sens wenn oe, 300) 1. Conspecto econdmico-social © periodo anterior fora um periodo de expansio —de expanss0 da economia agcitia, marcada pelo movimento 3 foturaglo de novasteras, de expansio do poder senhorial que Como vimos, assentava na apropriagio das rendas Tundiias. © ‘novo periogo vai corresponder 4 wma profunda crise de ume oa ¢ otra, crise que se veri narea portuguesa, mas que ‘orresponde uma crise geral da economia. europea ‘Alinhemos, de modo muito rewimido,algems das manies- tagdes dest erst. Na sua origem. parece estarem fatores de ‘ordem socal, demogratca e climitica, comuns genealidade das resides ocdentais da Europa —dos_quais sobressii & “pose hegia” (ano de 1547 © sepuintes(") —responsivels por" um cnnvel despovoamento dos campos e_ pela diminvledo da Produgio agricola, sobveudo de cereus, Em Portugal ea oan ces Auge th ARTERY 00) HO se A Togs actulsadas em Ms HC! Com Ui etm ei #0 Cm no toa a pase mer, te Prt. His TH, “5 "Sores syle gui i oom europe ade sa. te conn an ch ori, Ce oma (inde eddy i tne Midas Ager Cambridge 1H232,¢ F PHRRON. A vs ai des sites sintomas ds crise agricola sko 0 abandono e despovoamento dos ‘ampos « 4 fuga pata as edades da populagao campones a ‘renter dos coteaise consequentesimportagso e subi do se pec, a subida gral dos pregos adurida na desvaloizaglo da ocd, et sta crise no. atngiv igualmente todos os sectores da agricultuca (muito menos da economia), nem afetou por igual todos os estes soci tse agueles que mais duramente se resentem das suas ‘onsequéncas esto as clases feudas, nomeadamente a nobsera Vivendo sobre as rendas da actividade agricola, sobretudo. da cultura de cereas. Estas rendas sio agora afeciadas — sendo parcirias ou fxas —pela quebra da produgio agricola © pelo Sthandono dis tetas, mas tambem —sendo sas pela den Tovizagio. da meeda pelo inremento da produtvidade ‘A este factor de crise csonomica da agbrecn terratenente somamese outos: fim da Reconquista —e, com ele 0 fim das Possibildades de engrandecimento da fortuna fundisia dos hobres, a pulterzacto da propredade nobre_ pelo eleito das Puskas sucesoras, 4 smpobilracao. do. domino eminente de futas teas na mo das institutes elesiastica, 0 aumento dos astos sumpmiros © miltares, A sala para esta crise geval da lasse sentria fo procurada em vrs Irentes, Na frente ccondmiea, a classes Feaghis teniam operar ums roconversio econdmisa. do se senhorio tewitorial para freas de actvidade menos sense 3 rise, como, por ‘exemple, a pecuiria ea propriedade Urbana ("}(ou mesmo 0” comérclo) asim come procuram ‘areatare ci 2) in de Parga. ts 11 sehen Wie dia afc hs edn ass Seiad me actin Sy rane" ea no sydd a a wi cen Pers sens ples capone ww comerter as rendas parciras (mais sensiveis & queda da Produgio) em rendas fvas: na frente jriica, surge institutos fendenies a evtar a pulveriagio da propriedade nobli- ria como os morgadion(™)a partir dos ineos do sé. XI) — formas tendents far de nove & terra os produtoresdirectos (Cf, nomeadamente § 6° da Lei das Sesmarias de 28 de Maio de 1385) on clectuando'o tabelamento dos saliios reais". aa frente pots, oF senhores procuram reorgur 0 seu seaorio jurisiclonal incorporandosihe direitos de cardeter magesttio homeadamente, albus jurisdicionais(”),procuram altear & fs hase de incidacia,ensertando-o agora sobre as actividades fconémicas mais dindmicas. (0 comércio ca producio fsrtsana("),tentam apossur-se do. dreto de nomeagio dos argos municipaise, asim, dvviar part 8) rendas eset Inetentes(, ‘Outro factor de crise da economia seahorial se vem. no fentanto, arescenar aos anteriores: 0-desenvohimente, sobre~ {do mas ekdades, de um sector de economia comercial (enerado a producto agtiria c. também, na. artesanal) muito mais ‘ingimico do. que 0 da economia agriria-seahora. ‘Na origem do. aparecimento deste sector organizado da ‘economia mereantil esio varios faciores, uns dees comus 4 toda # Europa ackental, osiros proprios de cada seaito. NBo& Iwi a altura de anaisardetidament a questo, endo apenas de feferi sumariamente que entre a cveunstoncas mais claramente >A brs mas ste import sobre a morass moos ou ie, bp sa anise, Een Mar TES i mmm ec Semi de Sac Citas Ea eos rae 5 a Pa com Sanoval Ht bx Gass Bathow Sidra Il 48 sinha 262 “5 Gi, tate” sore's nace do mundo ssonmo, wena no size de saphorg etora on E860 lad ee OO Ea a STC soc ‘Spvuprad ren andar ie ee 15 Hi do nin favoriveis a este surto de expansio mercantl parece contasem- se: incremento de ceria produgdcs agricola excedenir Tntensifieagho da eiculagbe interna, a integrasio. no terstio facional de zonas mugulmanas com trades. comercas, intensiicagio ‘do. coméscio externo com 0-norle 0 sil dt Europa, a prdpria crise da economia agricola © a consequente “subida de pregos,proporcinando maiors lucros aos comecian- test ow in cone praca a deol do emer te eo siumas sae & pe sovsaded {urcous, mas 0 cometoo sbtemitico, dewmvalde sobre vm i ei ae tt sm, ‘iro sve! epee, hors Compania Inds eee on ea dr da gr a). ee "a noi pao dots © aprce eras bs senate tk ei os omnis ewe at {Thore économique a noe foods sh, 58) opna go periods Peis sites ple corpratie ib oP ecdee pr eee, mona a Sata som econ os ca iA nnd dare nie do mrt ‘duty de bene ce como! pin (omen de Biro shen sears ns aire eos flo apreciated thar qt Suto ou se peuple pla suf de eee fara o nate de fodce fs peeuyaie rae par 2 Eats Sin nga un aie ty ct dn hn po nea De ponto de vst institucional, rudo isto se concretiza no sparecimento de realidades ovat, ‘ela "Ho excuso sepuinte, dedicaremes algums stensio se CEH BABIN BOHR Hd Y, Ie (} A202 om Par, tee can (C3 EV avant da Contes de 31cm Liv day is ss de ppv, 2 he 130, om Lv ty fe wn Mie as nies 2. A regulamentaso juriica da actividade economics. Ieigo “tudes ou sce emo” na compecndnds "omnia cna, al entra perme aera nde ‘atom hh aie Jc 22.1. Faemas« bition de epdamenigo replnde tease Smet eae rou pn ered. Somer : ada ee Sem ace “sont ‘Steeple sewn e ' t e {ine i tn fac de sfeats duce alnads ponds Sobre pel nti ere de aumento ‘rem ois a euler du sade cod: Pers soma ple coporave ws crt at Spat oma ees rs Se acs as bmp uta fone tern ‘gett of combos ob pe ere npn do sips tpn oe aad oe™ ‘Obit frliade prowepity pls veguamentus de seit cone 28 So he cn 0s flees dx consumidoes (nf 231s) encontramoras ‘uc 8 pant Comba) Jes om Seng fseavae bem na traigho romania eestnca de sere poticen ‘Siren Sh isons Gent me (39 CL exetaplon en H. DAGAME BAANOS Hin. V, Ie ISB 2 1x un anim oa eo de importer ea com fandeWinems =e Mo Barua wal prs oa CM. Opa Baa TEE uta toe en. 10, oe ir des sii {ota jo conto oni antagrie a tol mora ie a sage dn prs tem ct ase roto ho iat ws pons come oes” Sob gu ni 21 sto, pl mene, por Praag ra ee tn cad aie pie hee coin mean Perky sno pbtico coprave ws 2122, As corporis de motes Tah i em i om HOt tn compat a pment si tt ne “fa i dot ee see ey ison remade ane ambi rm sree pts abo gems cies ama i rena apr ea oie ‘en tvese do veriieads plo evan de mes foe ou a ‘ide ena cofves oe abbadore saranda ‘Scar wonomsn es eno a prone oma ‘Simro funn nr dn me tm cath Imersie pea efese pbio. nm abstecineta ‘Mic a Rn = nes es 8 sna nos qudros da puesto ds rus feat at erent sorte caption poco iit pe tn par nr pe Artes eg 25) 'S"ase "oda" lo Ferpetve s'engursrpmentcio ou cto. evendo 8 Prolene formals temo kere She cron de mee, Gah Rast, ‘torr sno e"PSoutes. Maiti Comporan em eg a uo tC cme Po Periods sions plies carve ™ Soe ears oe ‘lao sem. Ne opera) ow ne ane “enum oo» Sv ‘iio de feo enorme (ou Sen de desproporso inigua ene a Gta ‘esag" somal ge lem evemene (eva rasre peg ain) shaman pi” tp! lon tp Sods ser tn drt un esc» eames pie "Te Vi Tonk tran ve. Sore Taobao pensaneno jude, te port, Hem 23 Ada se ol TES" A C4R00s0 0 AMARAL, Lier isin far ef soc, Comba 148, 2 amg da ones oa ar. ‘nm: somata adeno, sobre automa Bh Ftsco, Beene spun Capt WS) 2d Pate fe 8 Bone AR ont Li 1 3 Usa 188) fom's'adO. hte, gh knee unto Mtaaramete on prin ‘se yn monte an eo ean Ie So Sct auc aoe pn (eee a. cps enna ae cr uma a eet opm Ge ep xs npn de ule lod ota SO car “jt do poo adn pot renee MA (Es doutinn comer cme atin cone creates Ser ee tee ‘Tenn bc enn — mine an por ic ada ar ag Sci Ss ims excep supra 195, Periods stoma pica eoperaie w 2 Conspectopoliicorin onal, © desenvolvimento da economia urbana e o cresimente do poder dss comunidades itadinas vem introducit um. nov Parciro no Jogo politico medieval, Os povos das cides, a Agu tepresentados policamente pcos seus senhores(y.supre 154s) voter forga para impor a sua presenga na cena politica ¢ para se Hiberiar da futela juidca da irene scab, 'No enanto, este deseo de autonomia das cidades —- depois compartihado por outs propos socais que a patie soca a futonomizandor— exprimiase. now. ters. da. sensible Politica e juridiea feudal AS sspiragdesjurdicas police das ‘dudes dos outros “corpos” que agoraemergem consistem na ‘bien do veconhesiment, por parte da coroa ou do senor feudal de certos e-determinados direitos ou enges Ciber dads", “loros, “iranguias). semeltantes aqusles de que 0 Seaor feudal ji dispunta em relagho ao sex szerano, Tetare no fim de cons, no da reivindicagso do nove modelo de representcto politica e de paricnagdo no poder, mas apenss Ja integracdo de" novos. suitor politicos (desta ver sujelios colectivos) num sistema de tlaghespoltias Id exitentes, ‘8 partir de agora, cada grupo social com poder sufeiente para isso, val procurar obler © vecoahecimento de um estate Juuldizo © politeo dierencido, ineprado por crtor ities ¢ ‘everes especiicos — aqucks direitos que 9 grupo teve forge 1 faver reconhecere adueles deveres& que nfo pode lta ‘So as cidades as entidades que primeiro ings, por esta forma, no univers poltico: ma, seguir, outros corpos abterao um esiarut javidcopolticn derenciade a corporagbes de esters (supra, 198 sas corporagtesreligisas. as univers fades e outeas stcuigdes culty ssian proto (eRe ris. 08 laviadores, os moedcites, os desembarsadore), ou 200 ii et sg mesmo celas categoria de eadcter no profssional (.2. entre ‘Roo a vidas, as amas dos expostos, OU mesmo 0s pobre) Ab contro do-que acontece hoje em que a esigual- dade social mater esta encoberta pea igualdade formal perante fie) a estaiagio social telectiase diestamente numa siraticaei juridica, 0 que tornava todo 0 teida das relagbes Soca disctamentevisivel a partir do dict, Por isso, n0_ plano polieo « juidico, a sociedade nfo resnconrara ainda Unigade que exstira no seio do Estado Fomano: pelo contro, ela tendia para uma pulverizagio em Corpos ou "etados de base regional, prfisional ov outta, ‘ada qual covrespondendo um estatutojurdio dierene © uma fms eapacidade de auto-regulamentagdo Ciurisictio, “Selb verwaltng’) No plano filosficoideoldgico, a isto correspondia uma oncepgi também "corporativa” da vida socal, €m que Secedade apurecia como” uma combinagio coereni de Vatios {rupos auibnomos e com fine particuares — Tamia 0 grupo profesional, cidade. 0 reno e, inaimente, a epublica crs Reste "curpo socal’ o individvo no tinha um lugar ov uma Mentdade sutonoma, estando “© seu statu completamente ‘dependente da sua situa cm relacdo aos grupos, ‘Claro quc esta pulerizgio do dicta eta distibuio do poder repesentam apenas uma das dinimicas que pereorrem a Sociedade tcdieval Opondo-se a si, com um txito lento mas ‘recente « partir do age XVI, erase Uma outa dinimica — a ts uniformizagi do esiatuto jurdico de todos os habitantes 40 mesmo reine eda centralizagta do poder politico —tmbée ela Explciels partir dos equibrioe do poder socal na balsa idade media © a epoca moderne a verdade,¢ a propria rise das clases feudas, descrita no nero anterior, sue a8 vai pr em difeudades para procedet ‘obranga da rend Teudal ou pata controlar uma economia que Sesdotra em expagos sucessivamente mais vastes. A fiscaidade fesl aparece entgo come uma forma substtutiva da cobranga “perféica” —chamemowlhe assim — da tenda feudal a corda, dominando tm espago esondmico mas vaso e dispondo fe um poder mais istado, cenralzaei a cobranca da renda feudal anim come se subsites em outros aspects — mii, fdminisiatvojudcial ~ a uma nobreca cada ver mais incapas td deserpenbar as suas ungSes socials orignaras), dstbuindo, Periods soma py coorave a posteriormente peas clases feudas o produto dese eobranga Gtravés de "contias, Smoradias", et), Or descobrimentos ¢0 relativo desafogo inancrro que vBo permitr& coréa potenciam finda esta dindmica centralvadora, poss liberiam a corba da Iecesidade de “comprar” com 0. reeonhecimento. de. novor Drivilégios © ausio Gnancero dos “corpos”, nomeadamente dat fades. O proprio nteresse da nova economia =nacional”(e 0 apenas “Toca ou regional) éno sentido do frtalecimento durn Poder tambim nacional, que ubata os paricularismos locals, que {isciptine 0 mercado atm nivel também nacional e que, ao plano fester, gavanta meteador colonais ov para-coloias, 'No plano do ditto edo poder, comeeaentdo a deseahar st, com iider cada vez maior a figura do “Estado absoluto™ gy lberio" dos entraves que eram posts 4 sua acgZo pelos prviegios dos eorpos ¢ das ordens —-» centrazado © nacic- bal —"ie, ‘dentiieado com ma realidade social global —¢ aplanads” (dal que a Nstriogratia e a leona polities alemls falem, a este. propésito, de "Flaschenstaat), embora 0" seu desotho aeabado no se venha a verficar anda nesta epoca, No. plano ideldgicn, a concepgia “corporativa® da Sociedade omega a ser cortoida em varios panos. Por um lad, no plano da filesofia social, pelo. proto-ndividaimo da ‘scolistica franciscana (eda “segunda excolastica” hispanics que fecolhe ose legado nos sie. NVIe AVA) que eleva o individu a ignidade de celula bisica e de Unica entdade expicativa da Soviedade; no plano da ilosoiapollics, por um novo destague Gado “is velkas” ideas da. origem diving ou individualist ontratual do. poder real que, paradoxalmente, se rematavam lambas na lgtimiagio do poder absouto dos ei, no plano do iste, pelo legade do dieto romano que propunha uma vio individualsta e-anti-corporativa a soviedade e Iransita 0s modelos institucionas do Estado autortico do baixo impérie. “Ordets”¢ "eoroa” serdo, portanto, os pols da organizasdo polis da Sociedade moderna, conferindo 40 poder paltico um fardcer “duals” ou “pactado™” gue tem sido frequentemente Gestacado. No entanto, este "duslismo™ raramente signin ruptura; ele antes exprimia eno plano institucional, organiza lianga politica entre varios grupos soca, de intreses divergentes mas alo confit, alanga que Thee perataexeluir {do ponder agucies que deles estavam separador por interests fesencialmente opostos. Nesta alanga, a “earaa” representa, dm modo geal as classes feuds radicionais, embora ateavds dela sc exprimam tambem duma forma erscente os poatos de vist do proprio corpo buroeritico (pontos de vista cuja autonomia aria de pas pura pa e que, cmire nos, nfo ests convenient hente estudaday. mas por is sfo também onsiderados oF Interesses "das eidades, de quem coroa cominiav 4 precise come fonts de tributag. Os pontos de vista "puron” dan eases feudss tradicionais est@o. ag teprescntados pels "ovdens™ privleginda (lero. nobreva). As eidades — e,dentro dela, as Eorporagdes de mesteres —sfo idas como representando © pov" as. a verdade, a administra urbana ¢ corporat est, a partie dos fins do Se. XIV, nas mon da oligargia urbana fu profesional quando no. nas da nobreza,_profundamente Tigads, entre nds, 4 economia. urbana, Eatloy atraves dos procuradores do povo, 0 que se exprime én tealidade, 0 Interesse dos grandes comerciantes ou artesios, dos motives locas ou dt nobrera rural todos estes no fundamental soidios| om as classes feudais tradiionais — seus cents, see gaantes prtectores junto do i, seun madelos no plano da sdeaogia fdas aspiagdce de ascensto socal: Exchuidas do poder poco Alocl e central esto as clases populares. feidas de intrdigbs {be desempenko dos cargos munieipais e pablcos, desempe- nando profssbes que “avitam (ofcios “mectnicos” ou "vis" ‘Avtansformagio da tradicional enumeragso. dos “estados © soradoces™ "Uelonsores", "mantenedores” — novtras mas compleuas © em que Ultimo “estado” aparece subavidid, exprime jstament esa ade de uma parte do "pave" bloco Sal no poder e1 qucbre da identiade dos seus pontos de Vs om as camadas populares exclldas do pode. Tudo sto que acaba de-ser-dito(™) pode ser expresso Drevemente no sepuinte-quadro sindptico: ‘projec risa totam nfm ci, Hem ceo ag Bry ais, Pc enc sig Sere oA aici pii dea hts Lat wl fre Wn wee Sobre oc tpn i seman 6: Po, Pe sel Re “ {ar ==: — Et mo iy as sini Nos eapitulos seguints particularzaremos, numa primei parte. as linhas de. Torga da ‘organizagdo “corporate” da Sociedade edo Estado: muma segunda pare, daremos um panorama da organiragto dos ‘iron corps (e das cores, Seu Femate poliicovstitucional) numa teresra, dsereveremos T oxgunizaclo do outro polo do poder “dualista" — 0 sminstragao ential, por fim, encerraremos com uma ide conjunto da sociedade do. poder politica, procurando surpreender a sua estruturapolticosoval Tota « BAwoeNsoN, Lines of the avons se, London 196 ad it Cb ‘bat fai 9 Ross Ma on del Corporatin bn saceade on isos, 0. GWHKE, Da seiehe Genes ‘Shen Betin TALIS fet tad ne). owsat, bad 943 (aps do “cthter" no. sufcietementepooderado” ortes bas Sco etn The prt ne Kal pie nr me ‘viel fo the mie ae fo Ream hip erase ond ‘oncom! thors stoop how Hiab PCa, Te crore po! at ofthe aan tf he act on ds Pane, cain bra ‘Kapnatomane. com. Goings (972 (rad ep Mor de lon formar ass iy ete Etre mere ‘Belrm,nomt coco turftde eum peice sm qu chown 2 Frohman sobre w mano ed Fudge Cisse Gabnia) Prat ema pic corpora xs 3. A epresentagto corporativa da socidade A representagho da Sociedade no pensamento medieval est fem muitos aspecos, nos anipodss da Mosofla © teora Socal fos ‘nosis dias. Desde 0 Sec. XVIl, 0 individualsmo tem Proposto uma imagem da sociedadecentrada no individu. Toda "cova soil se Baseou, até hi pouco tempo, numa andise das faracteriticas do ser humane indvidoa, como toda plies Social se orientou pars satifagdo dos interesses€ dos fins dos individuos. © colestivo nto adquiria naurera diferente da soma das. realidades.individuais —e,_ por isso, nfo. apresentava Tintidades préprias ~; 0 fim da soviedade no era seo a oma ‘dos fins dos se membros a uilidede geal no era senko aque revulava da soma das wlidades de cada individuo, NNio assim para peasamento socal medieval que, a0 conttio do pensamento individualist era dominad pela ida ‘de "corpo", ou seja'de organizacto supa-individual, dotada de lu finn propriq e-auto-organizada oU auto-epida em funcio esse fi, refeesherat Yalanzagia gor cones copnie e ‘sida Sec water Greco sportincomempaaen (Us ‘ourde Pi Boul) de Mane. E towne) erm rls obec police we pe mr rikine: Og repeat paras awa roa 8 oie pe doe endo dp lr Em ra pepe ‘Sntrarevolusnirio dost Mix Gobre 0 qual Fennavoo Canon. ©. ‘euamo connecrsoluionaro Parga St. 00.9 tome, Ute Ba Si nnn irs simete de Detris Feansits, eam Lastan, no “Die bi Pon ¢ Sud women Ar Sano 0 pct fest di & descrigo desta imagem da socidade que dedicaremos os proximes parigratos © pensamento social da escolistica medieval é dominado pela idcla da existéncia de uma ordem univers abrangendo 0: omens ¢ as cosas. que orientava todis as cratas para um adjective dtimo que 0 penamento erstaa ideniieass com 0 Proprio Crador. No entanto, a uniade dos objctivos ds erag80 Fo enigia que as Tungdes de cada uma das partes do todo na onseeueio deses objctivosToscmn itis. Pelo contri, @ pensameato escolsion sempre se mantevefirmeiente agarrado {dela de que cada parte do Todo coaperava de Tora siferente ha realzagbo do destino cdsmico. Por oulras palais, cada “ordem™ da efaglo—c. dentro de cada uma, dela, cada cspécie, edema da espécie humana, cada grupo ou corpo Social tera, nese destin, umn objective propo e edule 2 realizar) “Assim, a socidade seria como que tm organismo, evjo bem star geal depende do desempento avignom mas harm ico ou coerente — das tungdes (ora) don varios Oreos 08 Imembros (in cvs anes omies gu sant wnt comm favs reputanur quasi nun corpus vf tna comnts gues hinus homo. S. TOMAS, Summa Theil Ih kg. Blea. I Esta concepgdo antropomérfica da soviedade ("Yuna diversas conse- fqueneias no plano da teoria acerca do ser da socedade ¢ da Srganizagdo politica ides PN Soe ce medal a an coma Gein, Pater shor emule oe trae note Ge FW Mai SD. ‘Cimbnige0, 2 (OSes amano sci vom mos ‘eevnsin contigas em MI ALSLQLERQLE, Jean Bolin pula Uhr Parent cE Soe soap Resin Bt soca ie 82 Peridot plo compere a 1 deste logo, a ideia de que a harmonia da soccdade aio reque a sguadade dos sus membros ova ilormidade das suas Tungds; tl como aos organisms vivo, o cuir revues, pelo conttirio, dando inermutabiidade das partes edo respite pelos Seus fungio e estatuto especficox: a matureza—e tamblmn a raturea da Sociedade —~ aparece, assim, como uma ordem de oisis dspares"(")ou, dzendo\ doutro. modo. como uma Inerarguia ~ hirarguia de fngées fespiritual, militar. juiea, poddutiva), berargua de eargon® pessoas (clero, nobres, joie, restos), depois. ideia de indispensabiidade de todos os Sraios 4a sociedae , logo, 4 da impossibldade de uma adminstaga0 absolutamente centalizadar Igo monsiruors. coma ot corpo Todusido a cabeya, seis uma sociedade em que todo 0 por fstivesse_concentrado. no soberuno, a adminisiagio Socal Geveria, portanto, ser mea, deveriafepousar aa autSnomia UGursdrto) dos. corpos socias © respetar 4 sua articuagdo natural (coherent onde. daposti natura) — ene 8 cabeya Ea ma, deve exntin ono 9 hrigo. ene 0 sberana ¢ 8 ffcais cuecutivos, devem xsi istancan intermedia. epi Non Sit tia wee IH, pr A formula ¢ spade de oo a dD. Ferando rd. At 6, (C) Tena it aot errapendncs mae ope mie a Satan sr fs asses om ar es se ainda, a idela — ligada & anterior — de que cada corpo social, come cada go corporal, tem a sua propria Tonelo (offeium), de modo que a cada corpo deve ser conferida 3 biulonomia necesina para que possi descmpenar eset funglo Uebet quliter br tuo gradu debitam habere dsposiionem et ‘operationem, PIOLOMEU DE LUCA, De-rep.prine, lly 23) ‘A esta ideia de autonomia funcional doscorpos and iad, como se v8. a hein de auto-regulamentagio, que 0 pensanento Juridico medieval designou com a expresso lle ena qual tnplobou o poder de lazer les etattos(potevtas lex ae atta fondend ey dum modo mais gral, de julgar os conflitos Internos {potest lus diem) de emitir comandos (potest raeceptva. fensimeno jrica meieah. das cores Uma, omen ‘emt or ann tfc i So (ro poder de froregauentago dor copes dea, Seas pr Sa at ai oa 9, deiaagho € de M, Saou Linen alo sat, aun tS aden pote ter nts dr Stee ges op om ‘hag Se agusetoe eration 31, qu oso eo re sam coma a oa oct omnes opal a eset don wd (BN es TIS", CALASs0, Me eal ri. J Le ot Mino 195, 1° “Pop ni gna, in opal fe in Ee n I Persea como Sheol amb feeeacaneesenes rot eS rae Soe sont" onan. men fen are Periods ss plo eoperate Ea pen sr por ao eo ia evr, proce Sng un rao seer (© pen) ‘i eli unm ap is pe erie o's reo dere do sbeana neh 1d) finalmente, a ideia de que a funcio da eabeea —come summum’ movens “oo deve sera de destruir 4 sulonomia de ada’ corpo social inferior (partum corpons operate propria, PrOLOMEU DF Luca), mas a de manters harmonia ent todos es, atribuindo a cada um o lugar que the ¢ propric,garantindo ‘cada qual o seu “Toro” ou “dreto™ numa palavea,realizando @ Justi € assim & que a ralzagio da justiga ~Tialigade que 08 Jtristas © polkicos medievais conskderam’o primeira ou até 0 “nico fim Go poder politico — se acaba por confundir com & ‘mianutensdo da ordem social ¢ poltica("). esi i 38 (egy “Sed legate poset = irr goods cm dine hater, Acero Gastron. © sete de lite caren ers furl (Soe oe ens pth paresis tome de ony a9 om Seven) Catan, nf ecm lt “An Sis 10S in Ae a Na {isi tian Ais Stor se Cpe ‘rpolera gue de cone ar ebony sobre urs en mare Sar ov pes nt ton a [tees pentane, jr Vora, on) 20 Mei a nies Pers sem palin caer a Se um dos tapos da concepeio corporatva da socedade & consiuido pela ideia da iredutabildade dis partes ao todo € Pela autonomia dos corpos inerores em relagao as enidades Poliieaslabais (impérior ire universal) outro dos seus tapos 20 aminlviduatgmo: ou se 4 ideia de yue, quer para compreeasto da sosiedade, quet paras sus corecta organacto ‘ose deve partir da consieragio do individuo ealada, mas fntes dos grupos em que ele naturale ineitavelmente em vite uma sua natural eflecio sociraris) xe integra Assim, ta como {oda a teoia social da escolisicn a 30 sé, X¥ ignorau 0 individuo isolado,s6 0 considerando enguanto revestido dos ses lributos socias (ie, como pal. como clrigo, como membra de lama ‘cidade. de ‘ums comporasie ou de- ums order), assim também a teora politica eo. dircto nfo reconciam 0s inividuos como Fonte auténoma de direitos © ubrgagtis, maa ‘oie, Moe Atmaengtt Sins ion Sea ‘Sudo ow dren dc es seu ee sp seein enone Sell me hone ad shew sree ‘res conspirators domenica ~ er oro as 22 tre pm Bi set inact pro lsa, '“ropoma eo he de gover cet apenas como portadores dos direitos ¢deveresprprios do coxpo fo corpos ent ie estdo inteprados(" De tudo iso resulta uma eoncepefo social gue: (a) valorza os fendmenes grupuis ou coletivos (6) que considera 0 poder ‘como alg originafiamente reprtido (e nfo apenas deegalo ttvuido pelos pores lo Estado) por miltipis corpos soi, fda qual datade da avtonomia poli e juriicaexigia pelo Sesempenho da sua Tuneo socal, (e) que reserva a0 poder Poliico global apenas a Tungio de garantir esta autonomnia € epeificdade do estatuto soil de cada corp (lazendo use, et suum curque eibwens) © assegurando, dest forma. 8 Pas UGharmonia,coharevi) (aque apenas v8 0 individ come parte de grupos e os seus dieitor ¢ deveres com rellexos do estatuto (PToro") dos peupos em que se integra (e) e que recust a Ustingdo. propria_do.pensamento moderne, entre "sociedad civ e Estado (ou "soredade polities) ‘shad pt oa pdr is oon ue Se eae a eee eet SZ k. Nationale kononse" 131980) Lid sez E- Bocnentonbt. Der Ver SPSS Sr ga Tetouan tare IL Rnvcen lgemeine States, Stange B46 3 22 Miia da einen 3.2. camara faites dogmits ds coin A erupgdo dos corpos nos plans sci, politico «ideolgico correspondeu tambémn 0 seu reonhecimento pelo ditt, TEmbora a ideia de personlidade juidics “volectvs”, a0 Jado dade personalidad: juridica “singular, 56 teaba Sido completamente desenvolida pe pandectstis aleml dos, XIX (Heise, Savigny),o tconhecimento pelo diet dt existencia de Suletos juris ~ capanes de dietos « obrigagBes— colecivos surge no. direito medieval (embora. com rains nos. dietos Fomano germaico) ie i Snes ee Sec See Sted Se ea eee era peer ces Se poate at oe saa omrcees (emeerncn ist ase isa de serra i vrs como igs dese + 0s jurists medievns nfo podiam, de fasto ser estranos a ‘essa realidadescoleetivas que brotavam, por todo © lado, a Sociedade do seu tempo. Para a corrente dominante (Barolo, Baldo). o dieto de constituir associagdes decoria, nfo apenas 4a lei positva ou da autorizagio do soberano, mas mesmo do iret "natural C'debes sire” quod quaedanscolleia sm permissa de jure gentun (cdades, burgos, vis) querdam de Je’ civil” [soetedales mineias,associagdes de contratadores de Ped site plo eerie a Imposts, guildas comercias, ansoiagdes bancérias eas uniersidades] BARTOLO, Lect super D. (87, 22, 4h n° 5) isto apenas com a resis de que o fim vsado pela asociagio| ose justo ou conforme ao bem comum (na triples acepei de sat & solidariedade, a recreagdo ou 0 interewe pablico)("). Nesta medida, a constiugio destas assocagdes no careceria rmesino de autorizaeio do poder, tal como resulta clarmente do psso de Paulo de Castro etado na penilima nota() Proibidas, estariam as. asociagdes que’ prosseguisemn Ainalidades contrris ao bem comm, tas como as destinadas stiar ou manter monopolos (aus quais se inluiam ab aesciagdes 4e trabethadores de tipo —diriamos hoje —"sindicaP)(), a8 assciagbespolticas que perurbassem a ordem publica eaqvelas ‘que visasem criar confederagio de cidades ou de senhores Visndo a tomada do poder ‘\ orpanizasio interna e a representagio externa dos compos constituem também pontos.relevantes da Jouning. juridia enmular Pano or Castro (morta em sl Coment a D3 = 2) re mest neg : eee ce ear SS sea ees comin ors emeemncii Seve oman art emee cers EES De dl hoy et Ls, aod acy ‘Atco Laranc Comment iet oc lar fai eee, Se Seer rcaiare ie art wis et unae cs kat we ta Perids stena pice copra ais medieval, pontes que tém as suas consequtncias a0 nivel da Teoria politica global. como se vers Baseados em textos do Corpus iris) os jurists medievas delendem 1 opinilo de que os corpos, tal como os ‘enores ou os detente. so incapaves de exetee por sos seus Ait, earecendo portanto de algsém qu. & manera de tutor, prosiga€ dtenda ox seus interesses na plano externa("). Besta "Tuned (autte) do procurador (procurator. proces, odes, Siniieus, rector, abbas. oeconorun, tudes). quem sompete erin. no plano extrno, os ntereses do corpo ¢ confirma as fciberagaes_ dos seus corpos. Isto. como ja for notado(”), ‘iminut subsancialmente. se no © poder de auto-epulamen: tago dos corpo, polo menos a sux “democraticiade™ interna. ‘No plano da organiza interna, os corpos contavam, dum ‘modo geal. com uma esirutura Ingen de orgios de govern Uma assemblela geval dos seus membros (que, em ger apenas énglobava de facto uma sua tracho reststa como seremos). onsetho dliberativa restrictoe um Oreo (inasidual) executiva Svde delberagso. Quer no plano da purcipaglo na primeira, ome. no” da cleigio™ dos” segundos, a) dowiting sitimaya profundos entorses ao principio “democriicn™. Na. verdad ero da Topica de gue’ os corpos devia sua existéncia 0 facto. de estarem voludos a0" desempenho de uma. tanga (offcian) 1 partieipasto dos membros do corpo no seu govern bbedecia ao principio de que o maior poder e responsabilidad na Bsstd0 eorporativa devia caer ques que mais somabulsemn Dara o desempenho da tungio do. corpo (nelior. valentin et Senior pars), Dai que 4 parttipagio na assembleiacorporatva ¢ a capacidade para cleger eset clo. pars ox outros Stes Sequiparanvur” (C. Cae 100. § 3 el mem Me MESIIS Be EAST coxporatives competsse apenas 8 oligarquia corporativa (oigar- {uid das cidades (mctiors terrae) no caso dos corpos tert: “meses” (mas no compantetos ou ates] no caso das corporagis). Ino tradurivae na forma de organiza as elegbes fq. como veremos. se aprosimavanIrequentemente de formas fe cooptagse ou de designagdo dos novos eleios pels elitos dos 4. A concepeto,corporativa na dogmiticajordien onus don tase Ns 3 Sve" De que modo se reflectiram todos estes temas ni nosst logmitica juridiea? De'gue modo. pide esta conceptualirar ¢ fonsoldar ou ndo as formas corporativas us, também au femergiam da realidade? | teoria dos corpos soca nfo fi, deceto, wim dos temas entrais da nowss dogmitin juriica da Epoca moderna debe Ase procura um tratamiento deseavolvido. ds Tigura, da forporasao em geral(communias, colegiuny ou unversias) Ou Imesmo “dessa comunidade especial pafticularmente en videncin que efa'a cidade ow coneetho (vias, onl, omeadamente quanto aos seus poderes autOnomos de rela: No enlanto, quando estes temas aparecem, os pontos de vista dominantes‘nio slo, de modo” algun, os a teoris corporativa, mus os da leoris permssionista 4) quanto ao diteito de assocagdo — que, como vimos er considerado de direto natural pela dogiitica recente Halana ~€ agora sujeito & autorizaydo rea ndo s6 a fundagto de comunidades. ou cidades c, em eral, de ), Bastante miidainiciaimente(}, esta ligigio do estado a0 oficio vase esbatendo — sobretudo através da iela de que 0 fabal desempento. de'um ofiio social exige qualidades qu se enon naturalmente nas pessoas que, pelo sangue~ pelo exemplo dos seus mores, e pelo desjo de os supantarem, esta ligadas x0 desempenho dese ofco pela tadicZo Tamia Asim, dum esratifieagio funcional da sociedade (gue nunea desapa: ‘eeu como 16pico)passou-se a uma estratlicdgdo ereditaria ue tanto jusfica'a dcologis nobilirguica— sila de que & nobreza devemt pertencer os cargos de dircogio © comand — fomo. as adsergdes profisionais nos offeos humildes ow enosos —i, a obrigatoriedade de os hos desempenharem ot Scie dos pas ‘A ligagao “olicioestado” apenas permancee, na época moderna, em dois aspectos: por um lado, pars proibir aos noes © desempento de certs lunges sciisconsieradas vis=(o que, fem contrapartiée,dava aos nfo nobres 0 monopdlio por cites Frequentemente relamade dese fungdes [vg 0 comers) por outro lado, para petmite «ascensi socal de estos stratoe 7 ito comite o “er ji” te re por ae Peis sos ples coprive a rido tradicionais mas com poder polio (vg, 08 levados) eaves da ela de-gue 0 desempenko das suas fungSes (va 8 angie de conelho) nobiitavat” “Tambéin entre nos, 0s tdricos€ a8 leis procediam a uma hierarguizaedo social das pessoas. Embora ha outrasanterio~ res( "famosa € enumeracio dos estados eta nas Ordena des UAlonsines tl, 63. pr). decaleada. na tilogia tradicional ¢ inspirads nay Siete Purtidas (2.25, pe “defensores som hus dos es estados, que Deos quis, per que se mantevese 0 mundo, 2 bem assy como us que cayam pelo povod chimam oradors,¢ tos que lavram a terra, pet que os Homees ham de sven, © 3 tmantcem, som ditos mamtenedorce, eos que han de defender om chamsidos-delensores" Exe texto dicnos 0 elenco. dos {stad princi, jutamente dagucles que sham representa Scparada em cores Mas esta elasificaclo das pessoas podia ser mais diversii- ‘ada e, sobretudo, menos rigs. Na verdade, sia fepresenta uma Tormola de sinetizar ms suas grandes linhas (e sob o especial onto de sist da toria polis) a diveridade Gos stats furidicos'€plticos das pessoas ¢ Se enes, no. dominio da reprerentaghs et cortex ntiveram a cassifcagtotipartida ale 40 fim do antigo regine. ji em outos. panos da teaidade jrdica(dreto penal dicito fiscal, dite procesual,capact ddd jurtica) eram mito mas facetados. No plano de cada um dos ramos do direio, © mis dversts épocus Gs sua evolu, Toramse assim constiindo dissohendo. etalon pessoa coreespondentes aos pivleios adguirdos ou perdidos por ada lvupo de pessoas. Ea osclagdo felproca destesesattos que melhor nos dio balunceamento socal de cada pace, No sé. AVL. Diogo. de_Sé, no. Tractado los estados ‘vcesanicon & secular, denon mn panorama mai completo Ge cena, ages de a € de acorns Ea Hii des stig {do que era, perante a ordem morale perane 4 ordem jurdica, ‘sta pulverauedo dos estadon, 20 enumerar apartadamente Gore sstados diferentes, desde 0 real a0 religion, pastando pelo de Wiuvez, de riqueca, de pobrera, de lvrador, de mecinioy de vwlhie, de mercador e nezocianie, de erado, de mulher publi ste.("}. A dversifiagto social (ie, giersleagdo de fungdes Solas) dera origem a uma multipiidade de esatoos (seis criminals cis, polico-administatives, processus) distintos (qua teoria, vinds depois, recabre com a designagio ou conceito de "estado" Entre os juristas, no entanto, a designagio “estado” teve pouco euso("), sendo quase sempre eservade ara designar as Tris -ondens com assenfo.em cortes (assim, na designasdo de “Junta dos Tres Estados"). Para desrever © estatuto jurdico paniular das vestantes hierargias soca, 0 conceit utillzad & antes 0 de privilegio gerai("")~ isto €, em ver dese referrem a0 estado de agricul”, 0s jurists limitamse a emumerar oF “privilégios dos agricuores". 0 que se explica, pis, na verdade, Stas categoriassovais nunca consegucam alingit um estado de ftganizagio interna que ae_dotase deren pobprios © de (>, 0 eso chads encontase ou BNL (FG, 225) primer Wwe tal oh Linton 18S (45 i ue pba do Koren 156 (rade more owas pat oat suds se tesa, i Eom aes mo, M.RSt1 J Glantz Conon, Freed en 1D, ‘end is 1591989) 31:08 © Lefora se concn stone oe ‘eel, ees 6 esp 884 See eros ‘atouengtts ¢vonclinia armas 300 vets tlre ot i ans pope Periods sina plo eoerive __as representacio politica auténoma, como acontecee com as tis fadens tradcionais (lero, nobfera e povo); © que a dating © Thes dava.especficidade era, no fondo, apenas. 0 Tacto de isporem de um estatuto jurdico comum, endo qualguet forma {be organizasio interna ou de represetagdo politica cspectia “Alem dos tr estados com fepresentagdo em cares cero (09, nobreza("") © povo(")—. a aedem juries portugues A pina rmoptin do cr eam: eto separa ev corse el en de vg malta, sen dengan ember Sto ene Coste de tl ¢ su ulate cepa sn Spas rater nau bne nor rare (O.F 36), ecmpesar aon Sat Binion ge bido™” OF Hah rude oe awd oe (OF 2580. [Sobre lea porter Cle ar sbi an” ba shad Ch finds ony Co, igo clay cry, 9m ops Cracnps (ng oat "Casto de gag nan e moder), ot SEGUE ethos Tat Rn wal, em Sumo v0 Teh Sobe's ett uric da sabes, 1080 CARA, ove start nas par od Raa Kista” Be ap Dowor Hyon bre ot do te rele Rea ign Shen Compt ete Sti Pereta& Outen de nora aia de Pra th ie 1 Mi tt, a a sates‘: momen de cre cri cm po pretence ar oto {leer a repos a egeor ua Cer Rao do Pra, ‘Gace Mr, sonepsors) vg, bio Gutman Cato Fi apo’ sri aan Pt XM stand Sea (De Se {Cia Pl) rb egos poss ree recon! peal al ante cage pose de pep pede [Gera afar mara ¢de cot sgn, be 0 pres ‘espanol MA Po Commenra. 9 33) grec Se Oe ‘Sto coin tamben crs nergy co sens te press ft mci fem ge pea de rae rou, ee Sewn tegergo, deer prociadr deems de parca (si Contr a ‘Cimb 875)ot epom pen de tno nr Sota ec Or fi 1), Out prea Iii aos nodes foe Sr ecomeads ne Ores» Nabe nee Feperrohm lpn sa fe Notre em wg MASEL Towa ‘Roe geal aw ide apc x doin por tages fbi ti Sa Vi det pn a as. 26 Ma dashes chet muitos outros grupos privlegiados (i, com estatuto Special. Desde logo, no lugar mais buixo da ecala social dos homens lives, as. pessoas dev condldo vil (ou) meranicos) ov sit jaquels. que se ocupavam em teabalhos manuais. remunerados fstas pessoas ao podiam ocupar cargos concelios ou da coroa fem ‘cram admiidas nat suas elegGes; 4. sua situagio Aproximava-se da dos mouros ¢ ues depois, dos tities roves, embora nd esivessem Teridos de ceras inerdigdes como a de acesso a estudes ou a certasprofsses iberas( ‘Depois, agulo que certos autores designam por “sia do meio" ™ ou set, aqueas pessoas que desempentim profiséce ‘riginariamente consideradss como mosinias (btikeos, crur= ides, eserves, Ieitos, eeultores¢ pintors), mas que tinkam Sofrido um proceso de ascensio socal que as colocara junto da robreza ou & par de outas protssdes que cram consideradas se oan. dow ind Joo Par mmo MEL Fate (C0 adn poplar € deine por ecde —"e gue ao do Cot "no fob ote de prisnaoedeen ten ‘eee, tao ch) ces demo attr ou eerremesbevenente Ire er Mat "argu Pe tana’ce " iencingae o>, Pee gu x aes med po Ho bre visu guar Erustor GA" Passe Connell O13 Ores nas nds oo pe ae ghar dite pram bog Aaa sei fr Ser Pens ter) A a pice et ‘slarao) cous comsitues recuvam © isto de voto. aon "caos™ iGo eh 3 Ca Cn 8 Co nL Ape 8 tole dese impediotn pe Cont euneann 0 esis coms en et peor Ab nobitadoras (x profisfo da letras, vg). Acste por tn, negado por outros, o “estado do meio" & um testemunho do modo como fs motagoes social am eatoirando com as Iromliasrighdas entre i velhas ondens(), Mas os privgios estabelecidos pela ei permitem ainda estabelecer muitas outras categoria. de pessoas. Enumeramos slgumas: 2) desembargudores (ou altos funconirios equipara- os") so considerados nobres, exo ientor de fntas © de Servos pessoas, em Toro expecal(Corregedoes da cote), eto Sento de juga, podem andar em mula © trarer armas; todos tates privigio sig extensivos dy suas mulheres vilvase alguns {nomeadamente, isengio da jugads c dos encargos dos foneclhos, s gurantia de fornccimento. pelos conesihos de trabathadores bragais) aos seus casiros eriados(™) by advogados ¢ excrivies— 08 primcitos, evjo estatuto arrancova. da sua fungio de “corigir os izes impertos", ozavaen dos priviligios dos doutores(™);e, para algun, eran 1) Sobie 0 estado do meio". cf. R. BLUTEAL, Focabulrio., v ad”) annu Oe atten E Stusa Loo} Near a Mele HL (OE! era mumtror dor etuais a cone (Cina de, Spl, Doar olf, Rego, Canin da Fenn Comelo do Cat Mist uu Conca» Odense) On plein ds demure se Tle to mip © dey omen a 2 ‘coal h rade, org or deseaaradoes do or member So {Seo oe a sess tw dan beeen. Commentara. Cid 8 & U4 fas 1.38 © 30) U2 (al. 288), pA. nda (ne ie eh TB Se Sa oe opt Geet den A. Prous Ol, Sh cena ee O15) TORO PRO cia aoe no Dewmbare de’ Pag. cons. Coma 1798, 1080 asa bu Costs, Doma Supptanons wre Sy Pre 1743. 4. Bh rumesro.e br Somat Pat, Pica ae dre par pb ¢ paca Coimbra 19" Me § 2% ‘Ch. Um do paps du downs ere de expla 9 wnt gue set dma print rid ra, 0 tai): come’ eto nto ee al Sper oon nc i lr ad a ii dey esis mesmo considerados nobres; os esrvaes (ou tbeliies), como ies egios-—e, portnto, representantes do rei—sfo com Siderados (entre aés) como nobres, embora.ndo gozem do privlgio de transmit nobreza aos seus filhos (Pnobreza ener") «) lavradores— os lavradores por conta propria (ainda que em ferte arcadada) © que them princpaltoete, sobre Fendimento. das, suas terras, sio considerados. nobres pela Aouring sisentts,dispondo de muitos priviépion concedidos elas leis: ene eles, o da serem dispensados de servi mt de no serem presos por dvidas eiis , sendo lavragores cm terra nobres, 0 de estarem escusos das fats, dos servos © de alguns cargos dos concelhos(") 4) pobres—todos agucles que, em geral, susciam a iisericdia pblica (mendios,cativos e press, vivas,doentes, Imetetries,expostos) dspam de uma situagho juriéea especial fomeadamente no plano proctsual stuagio correspondente natureza da sua siuagdo econémica ¢ social podem escolher come foro o propria tribunal rego (entre ab, corregedor da ‘orie) —que, ‘em principio, melhor os protege dos_pade rosos podem apelar das sentengas sem lmitago de prtzo, as suas divas fieam suspensax enquanto. dura pobreza em Contrapatda, no sto tstemuntss iddneas(™) intr deo tasy gp: lef sceSeroniocn sis anit Pets 0” Sate ot als, On 17-48 (cee comet Neh Soe pisos es nade: OF ABT 3K: Ha Periods sons pics coeratie 2 2) mueres — também. ss mulheres gozam de um estatuto Juriico especial, que relecte a sun staugdo de descriminagdo {ainda gue dourada..) esto impedidas de agi em julzo. no podem julgar ou setvir de juzesarbiteos. nio podem ser press, io ingurslas em casa, extZo desoneradas de encargos pessoas, Sstio impedidas de allangar (pnilgio Velliano) © de fazer Aloagdes além de eorta quanta, goram de um regime mais favordvel quanto 20 erto sobre o dicto (devido a uma alegada Iimbecttas sex), devem set objecto de penas mais brandas ete. No fundo desta escala social, etio os rejeitads — deus mouros «eration ‘novos(} mais baino ainda, privades da Propria iberdade pessoal os escravos, realdade Sosal que, em Portugal, nha grande importincia(™). Esta diviio_om “estados”, cada qual cioso das. suas prerrogativay, prevedlnciae pivilgis,é muito caracterstica da Sociedade moderna em Portugal. Perdia quise totalmente a isis de ligugdo do “estado” a vfungho”, os privilégios de cada itegria social pussam a ser em geal arbivaries, repereuindo Spenas a capacdade de cada grupo socal impor a0. poder Poltico 0 econfecmento de certosprivilegos e fundando una Heologia socal hirarguiants, cyan lnkss. de fovea eran a ‘dewalorraeio do trabalho manual e asaarado e © prestio da {ea pe dite a es 1 int, moa stds tne vo geo expecton di. Poe eb acta: rine je po ea." Serie mr ~~ ie det ner nobreza de sang, das profssdes militares, dulieas depois, Iteririas neste titimo ponte, em parts, porque dss pari vam propio utc an bran oun ge Oe Em todo 0 ess, também entre nbs se vai anunciando de uma tendéncia para aivelamento social, police juridicn das pessous. Isto coresponde, como acaba de sr dio, 4 absols- fencia € anifcatismo da Tigagdo do "estado" a “lunglo™; mas também ‘aos esforgos das coroas para abuter as ordens tradiconais e para colocar na. mermo plano (Um plano tubordinado) todos os habitants do reno("). Enlre nb isto Exprimerse desde logo no plano dos usoslinguisticos,sobee= fudo das. chanclaris 1épias numa progessiva intermutabi- lidade das expessds “vapslo™ e "sObdlto™ © na equiparasdo nite “vasalo” ¢-"sibdito.natural"("), No plano juedico- “institucional, no entano, & preciso esperar pelo absolutismo iluminista para eneonirar sings decisvos de runt 5. As cidades. Aspecton socias, cond = iatuclonaet [A desergio que acabamos de empresnder da eoria comporaiva da socinade forgoce um enguadramento adequado ‘ic emoderna no pio hsv as formas plea. O. Bt plu levara a, em alguns concelhos, a aumentar 0 almero GP abvasie eos inconvenientesencontrados aa feusio Frequente das asembleias conch leva istics, entre 1332 130 (provayeimenteem 1338), de um clip de "cinco ou ses homens bon‘, mais tarde dsignados de vedores (c, depts. de ereadores)eneartegados de “falar ou de concordat em todas uel cousis que forem prole bdo vereamento da dicta vila ou lalgado™ (Regimento. dos corregedores de [340)("), OU Sei todas as matérias de administragao conelhi, desde a finangas& limotaari, nfo exclindo matrias de jstiga que Tes fossem Dresentee pon jis (eo ctado "regimeato” c, mais tarde, Ord. Af, ly 20, GA. eno, Hii, V2 Soe ae 0 jue Sos nner ss ais oso Oaken Ge ce ca nh lr cta taa ‘Guts La fiw del jer el conejo (Latn-Casill, il 117 XM, ste te Ren Cree Pen WO 2 tn ean api eo SESSRPURG to Rinna, Dinara rl Sh sorabe, Monamerso Noe, ne eas, Lion 905 1s us Hi das snes ‘Assim surge. nécleo do eoepo coleysl concelhio a au, mais tarde, se vied 4 chamar o cdmard, sabre. ual pass & Iimpendes a responsabildade maior da gestio do concen. Nas suas esses estdo presente, além dos vereadores (inicalmente ‘eis, depois repularmente dois ou tos 08 juz, os elmotact © procuralor € tesoureto do concetho, eserivies, representantes os mesteres a parti de ceria altura, ey supra, 944 55)(%, representantes de alguma enidade conoclns de rebvo (ve Coimbra, « Universidade) e eventualmente, alguns homens bons ‘especialmente convidados (") ‘A. decisio dos maiotes negécios concethios por esta assembeiarestrita nfo poe dinar de ter levantado oposigoes al jf citads sentenga comtemporizadora de D. Pero sobre & taudiéncia de alguns homens bons pela vereagio (cls supra, 243) também, a tesposta de D._Afgnso IV aos povos gue, nas ores de 1382 (ct, supra ibid, 2457), se queixavam do seee> tismo dos moves processos de_governa. muniipal(”) Tanto 0s juizes como os vereadotes exam eleitos pelo concelho dos homens bongo processo de elegio.vaiava de oncelho pata conclho:elegio directa, elegdo indiecta, cei Seguida de confimagio do seahor, do ei ou dos sous dlegndos, fu cooptagio por parte deste em rela sos cidadaos constantes de uma Ista enviada pelo concelho(") ech 3 pi rh "CSobee ne otemponines movies os manic xe 4. Pov Obamas deforma rg fs Map ue fatlns ign Lobatse Be der ap she) 0 wo, agen mat on ot ain ge ee Cc Catan ro Fe a or oe (©). CLA. Hercutan, ara VI, 240; ain em 902 io dey gun ts a at oa ei. oe Em 1391, D. Jofo 1, atendendo aos “bandos, aroides € iniizades" «1 que dava ingar a eleigho dos oficais dos con- elhos(), inaitur um sistema de escolha que ita ser seguido {quase até final do antigo regime —o sistema "dos peiours” —, Extemamisto de desgnagio pela arstoeraciaconcelhia, de soriesoe de confirmagto regia, muito favorivel 4 concenrago Go governo local na mio de muito poveos, 4 ponto de, nos Steulossepuines,haver em cada terrt-um mimeto reduzido de familias que “andavam na. governancs"(") ‘0 tereiro grupo de oficaisconcelhios era constituido pelos ‘abmotacs, caja eslera de aribugdes era, no contexto urbano, fnuito importante —assegurar 0 abastceimento da cidade (para o ‘que dispunbam eum corpo quase licial de almocreves, pexeiras, talhanes, ete), fiscalizar os pregos, verifier a8 ass, ond: ic He Sh. Now nade. Also» Magan Enis um ste ica Cnanaa (J Mt FONT RS, Oren Ge elgme tte lam shen onsite ne arlamet, et po fas fe Gomtat dae ow endorser are o boven ca it) ae ma ols de sa pur" odo fla tas mes vas fo sor det (wmeatamenc 20 re ow comes pa ‘efomaio, Eat o atoms stale ar Ord 401339. Neen, ‘t'sur'de que et tena nfo fr imarueimet egies ‘iter da count plo snr ose star somes inn ( TE, Sole Soe ana) ete mane oer So teu undo fc}, Poo Lotaanas 4 amano iowa 52 Bn dco tema el oe eo & ind Tat de push nade on Sra Mo Pe ore gee ttre, quam omer Greco fas) Cla or iia ice 2 coo En ts ce eh ge et See aor gees ene Wc che aor Ags devia se coms (es OM Ale 399. 0 i dey sis medidas, zelar pela limpeza das cides e, mis tarde, Superintender em” questoesurbanisticas, impér_tuls pela violagio das posturaselcasesantiias(). Embora provides pelo periodoextremamente curto de um més (para evita a orrupeto 0s abusos), os almotacés constitu um cargo central da administragdo concelhin, mio 48 por sua jursgao branger pontos newdlgcos da sida urbana {abusiceimento, prego, sade), mas também pelo lacto de julgarem as questbes fem reeurso("). Daj que os lugares fossem.cabigados(™) = ‘que —embora cles devessem ser provides os jules e vereadores fessanfes—o seu arrendamento pela ehmara peste sr ud importante fonte de recetas("). Pelo contri, nav épocts de crite da economia urbana ~ faa de géneros,epilemias ete. —-0 Tugar era fonte de numer incémodos e dele todos tenavam togie, ‘Alem destes magisrados electives, outros havia de nomen: #0 concelhia—o tesoureiro ¢ 0 contador, encatrepadon da Adninistrago e fscalizagio fnanevras do concen, 0 procure: dor, espécie de promotor de justia do concelho, encatregado de Fepresentar a eolectvidade municipal em tribunal 0 chanceler, tarda do selo do concslho e, portant, encrregndo de manda passa ov autenicar os documentos munca: mites outros feiss auxiares ou specilizados —porteios, vedores de tnt patna eh 2S hope oy dred amos bata cag: i wl -par gS Pepin aemienta meee mene ag Seer fare oe ica age ietieaaaanh te arnt ee a er Taw tiny rh sek ei tm Cts sei ls MMe Me tt ew a een sag a ta tee ea aera sae te obras, orretores,sacadores, pregoriros,provedores dos hospi tai, ce-(")-A disponibidade destes cargos pela ciara, que 0s podia arrendar ou vender, além de consti “uma foote Immportante de eéditos para 0 concelho, consis também, pars ‘os que andavam na "governanga, uma forma de constiaieth ‘um clientele pesos, politen © economics, 582. A imerengio bo pode entra. Apesar da autonomia administrative de que gozavam 3s comunidades. concelhas, 1 administraglo central nko estava ‘usente da crcunsriglo’ municipal, onde se exersia através dos funcionrios repos ou, no caso de terras pertencontes & ut senhordonatino, dos funcionirios senhorian ‘Numa primeira época, correspondente 4 fase em que a fdminisragdo militar hepemonizava, toda a adminstasto, © Drincipal fonciondio de liao entre 0 poder cential eos Concelhos era governador militar da zona 0 afaidermor) ou feaseleiro (catellartus, na versio ocorente nas fons latinas. Sobre este funcionéri, normalmente recrvad entre a ala nobrea, recat a responsabilidade do governo militar ~coman- dar a hose local, delendero easel, zelar pla conservagho das obras miltars,arrlar os efectivos militares (nomeadarnent, 0s estcros do conto"), mas também a responsabilidade’ Jo policiamento. local (através dos seus Tuncionitioe aux Fes—“alcades pequenos” © “quadrieros") e,iniialment, 8 propria administragso da juss por parte do rei(™) ’Ao lado deste os funciondrios encatregados da cobranga das rendas’ reais na circunsericdo do ‘concehoiicialmente 08 Imordomos, depois os almovarife, Exes funciondrios tstavaim, fm geral,cncarregados da adminniragto financera dos bens di corda (ndmeadamente, dos reguengos, dos mercados ou tendat oo aft tie bon neon Misa Caos tv lieas domo pond jus pdr sr de vena wad st gate loa canteen, ig he 1: A Ode a a as ste o ri, dos impostos reais, dleimas, rego, jugada, sss, fe), seu arrendamento, cobranga dat sus Tends (ot arrenda Imenio da sua eobranca), execugzo das dividas a cord (penhoras nomeadament), pagamento das despesas do Estado (nomead: mente, saldrios, moradias eon”), nesta tela cram ‘usilades por funcioniies subalternes (mordomos pequenos, Aiimeios,relegueios,jugadeiros, todos exts desgnados pelo home pendrco de ovencas do la. obedentais, cl. "adminis ttagio"obedencial”, supra, 139°"). Os almoxaries peestavam 1s contas do seu almoxarifado as reparies dos “contor' at fniregando o saldo fianceiro exstente("). Com a progressive autonomizacio da administagSo civil — govern civ, adminstraeio sensu set, administagio juice fia. suigitem Tneionrios que te substitulam aot alcides neste dominio. Embora a designagio se encontre em documentos Antriores—malorims, com 0 significado de delgado do senor ‘i terra ou de funcionirio judicial subskerno—, ¢ com D. ‘Afonso Hl (1254 ow 1261)(*, que surgem 08 merinhos, com fungdes de inspeec3o adminstrativa e de correigio”(inspecs80, recurso) judicuina, No. reinado segue. apatecem outros Tincioniros com a mesma dren de aibuiges, os corvegedores, ‘que acabaram por Substtir os meiniahos e por se torment numa fgura caracterisica da nossa histone administrative. ¢ jdiiria, de que a actual nomenclasura judicial sinda goarda memoria) "A compettnia dos corregedores era muito asta, pois brangia, quer “tos de justiga, quero "vereamento da tera" Inguicr da actividad dos juizesondindios te também, dos just ‘de fora), dos tabeifes e de outos funconsris lon (a st se ‘hamard mais tarde "tomar a residenca",reeber queisss contra ‘% podetosos, reprimir os “bandos” (ou partidos) loci, snd SQ tna «mosis Won Gate Boston porns Tora peal Hin. Prepardo, v1, Caines 9D; see ote at re Bt (6), soso Prono Rito (fede hr, Lib 136, Pat 2 ‘peng at a ea pe ae ve cds Period sera poli care. a inspccionaro estado das prasas de sucra¢ dos abastecimentos tichregarse de colbatn de dados sxasicor sobre 8 Teo, nfrmar as cles doe niagitrados Toei st-("), Notes, 0 tian, qae—cooo dente mat trde-—no compeis’ a0 Soregedor s apeciagio em recurso das ager jolgndae pelos Sie das tere 'As tents etre os correo (6, também, otros ois tiie) eos conecthos eam Trequets. A ques mas comm, {Ga porcxemplo, nas cores de 152,161, 191 Ht, 149 6 Se gue or coregsdoresavocavam a 9 as caat que deveriam fer julgcas pos uz locas, Mas etn) oun ade que se inometiam as cles (corte de 490), 2 de que drropivam { postras coneshin (cores de 1361)(0), 4 de que aceavam Tess das senengs don tmotaee, tC") ‘0 contolo real exci” través dou fncionirios antes referdon erm, de" qualguer modo, um contolo exterior A Cranizacto concelhin no domine da competence propria dat tmaparatrasconahiasEstar manna a sun dren acco, ers em setts dessin, como adminstag da asi ak entanto, a partir da segunda metade do século XIV veritowse uma tends progreniva paras vaso dum ecto Vries 12 em CAHN minis, ci, 1s 1 Ba af aoe conan ok Anon OFS ieee donk a ot gr romero. co pu dos Seges r coaras VI 39-908 OA GE i cp We oars ones muss Brag cada (ee 80) Mago 1 © ‘Reto netes Amt ogre Catone te BoE Messe, Macc 17, pron oun a seigoe FDA vtec connec ranted “Revs ss) SRW corer orf tebe pte aoe mary sete, sd Thar cGvaocuse sn Tas fore 9 br orbs moss tle seen ha est Nia (3 C95) 3 ee wt co, coer, ‘Stina pron pet coger Caen fresneer oara ‘poked Sot SSeS Ut WS 0) 5" Stes ce dinins not ia ,e Rookies pans ee ni os hin dominio prvlegiado desta érea _coutada_da_adminstasso onechia por um nove lipo de funciondrios régios que viia ater frande importancia nas épocas subsequentes ~ os julzes de fora {ou juzes region 6 pret pa a substituigio dos julzesordindrios (ou da ies pla ordenagac") pelos julzes defor por ear de lei de21-51049("), D. Afonso ‘os concelhos.julzes régios, cuja_ principal iribuigdo cru entgo a de tomar nota dos tesamentos, em Substiuigo dos vigiios epscopas, cua intervengio nesta ratéia se tornavaabusiva, Apesar dees inovag ter sido ‘eesbida pelos povos,sobretudo porque sobre os concelhosrecala © obrgagio de pagar aos novos funcionrios("), 0s eis no fsixaram de comtinuar 8. nomei-los, sob vir. pretextos Primeico, o de que, como forastsitos, os juzes de fora podiam julgar as questées'com mais liberdade ("?) nomeadamente em Feligdo. 20s poderosos, sob cujaatoridade estes. thtimos feeairam apés os anos do seu mandato; depois, 0 de que 8 frexcentecomplexidade do dieto torava necessiio 0 Fecurso a pessoas mais ents einformadas do que os juzes legos, lite Delos vizinhos(") ainda o de quedo aperfeigoamento da justiga firariam os conesthos mais vantagem economice do que a despesa feo sostenta dos jones repos Thes tara"): Finalmente, e de {We a clio dos jules era © motive de dscoediase da formalo ‘be bandos” ‘Assim, & partir de 1360, hit juizes de fora em Coimbra: de 1395, no Porto; no reinado de D. Fernando, 0 rei nomela os jules de Lisboa. 86 com D. Toso I, no entanto, os uires de Tord onsttuem uma mogistatura de curreia, provia, dum modo feral, em letradon. Com D. Manel’ generalzase asa (Live dae ke i, 4 EO an in cae 8 da et. 5 GF reo la os chads seamen ds cons de 36 ac erode sons pls corporat ass someagio a mais slgumas das terras do seino, syporanda a Tustade das despesas com o seu saliio. Finalmente, com D. Joo Ill, estabelesese 0 principio de que apenas letrades posam ser providos nestes Iugares("). Apart de endo, os Jigs de fort passam a distinguise dos juts da terra pea sua “lupe caraeterdiea de sorem nomeados pelo rei (por um periodo Timitado, normalmente de tues anos) © de setem pertos em dlrs. AApesar de a autonomia municipal nunca te angio, eee és, 0) deenvolvimento que confeccu em algumas areas do feniro. dt Europa, as suas lmitagdes vlo-se tornando, mals Butentes a purir do sée. XVI", en St 2, Sela int dn io fo ay tive orig dor or se Jor em Meare ner iagaece e345" ain’ emantnnooe em M. Cari a te reo bt Fn fouct mas do git rele Wolpe mons da nto Sens ennetiah er dt ah go Daldads"Novr rompers 96h 5a Decontndo” aco ‘Rime oe in as no ‘uiminatacdo local, Labos 1957; ARTUR MAGALNAES BuSTO, Na agora de Sus) Su, ate, Ataeato Vicia Besox Adare went ome sneer maces 19st ANTONIO. CanDoso BORE ‘Cols nana ie mania ee" prs at earl fata” Cant ran 80, Chavlno Pals Antonio Shon ini mip Se Sains oe Can 19 fa ao Wain “Ar. Cabet 389) 1 cs SM) ta 8) ‘Bolu pate'atmnrarie de agns conor ws Bis "0 Init ‘Gib sh adamant eC 26 Mak des einige Por outro lado, estrutura aristocrdica do governo concethio acentuise sobretido nas vlas principals; enguant {que nos concethos pobre. onde oexercicio dos eargos munteipais Consttuia um pesado mus, se gerava, em conrapartda, um movimento de fuga aos cargos concelhiosatravls da invocags emi ¢ uma escuss, leas ow abusivas Tudo isto num ambiente de aperto financiro que atingiy duramente os concelhos a. partir dos inicios do sée- XVI, em Virtude dos continuos_pedidos ‘its pela coroa a diversos Pretextos (quase sempre, para defesa da India ou do Bras, "A questio da autonomia dos concelhos era posta a viros peopésitos (0 primero dels era, deseo, o da eeigio dos magistrados ‘oncelhioe, Segundo o ditt, a0 te eabia apenas a confrmagto, través “do Desembargo do. Pago, das jstigisconcehias labora a lista dos eletos segundo 9 sistema dos peoures, esta (Cpauta") era enviade pars Lisboa, acompankada das informa: fie do eortesedor sobre cada wim dot eto, pars ser oafirmada. "Embora mio aja estudos sistemaicns sobre a {esto —difcultados por no exisrem, no fundo arquivsico do Desembargo do Pago, apuramentos de pautas anteriores 3 segunda metade do sés, Avi". opin dos autores € @ de ue, jé nos fins do sé. Xv, a escola dos magistrados municipais {fania por um sistema de cooptagio, send enviads corte 4 pautaSaida da extraceo dos pelos, mis 4 pata nical dos lepiveis, aa quel esava inluida toda a genle da governancs, fabendo entdo a0 Desembargo do Pago 0 "apuramento” (ily 4 Scolha dos eleitos)"- Em alguns casos, sabese, de certo, que fssim acontecia; © um regimento das eleigdes dos conceos de TUL. tol! subemtende que em multas eras “apuramento™ cra Feito na corte. Fr 1620, Filipe determina mesma que, quanto nso Ountinn, nnn para Kiri do mii de iho Lo THE 7 vo. ee um nee dos volume) Attest or Loceyat MS bm al ti mpl Pe ae. Ye "CV vaiumas puts, part fc tal do. aig. Yee, eo ANAT abn Reno, Enron Me 8.390 Godse sh NIGH Akan of ete ate, None? manta Peridot police opera 381, 4s cidades do 1 banco (das cores, isto 6 a8 mais importants) as Paulas Vo a Madrid para apurae™ (© Segundo era o da nomeiglo dos ofcios camatiios (eserves, texourstos, ee), ra também ponio de direito, entre nis, que a dada dos ofcios das cimaras era do ee Isto nos termos da teria de gue (0% tos. das eidades careciam da confirmagdo Teal para plenamente vidos e eficazes: entendendo os juristas que, 90 Drovimento dos oficios, embora as cdades pudeste competi ‘scolha ou designagio (elegdo") do. funcionirio ("apresen- taglo"), o acto decisive ¢ dfintivo de provimento contin na sta confirmagio peo rei (ou donatiio)™- Apesar dist, se 0 eh, normalmente,confinmasse a escotha Tia pela clara, era stat que, na. pitica, vinham a vanlagens de. proceder as ‘nomeagGes — ou sja."saisfazer clintlas ou, eventualmente, realizar dinbsiro com a sua vends. Dai'a continua Iuta dos Concelhos, paticamente desde a iade midi, para redutem © facto de confrmagio a uma mera formulidade, No seclo XVI, Porém, (porvemura no pars estabelecer ums prtica pera: ‘ada de designagdo dizeta dos ocios das chats, mas para em 280s pontinis poder satsfazer pedidos "ou, convcnitneas polities) a alirmagio de que ao rei compete a dada dos oles fomase mais frequente ¢ ectbe um conicido mals visto, ot ‘ja, 0 de que 0 ei os pode nomear direcamente, independen- Temente de apresentagio da chmara™. ‘pits teen ct dan eager so (ey ea 116806 99160 Ut, " (}, Sores neestade de contra pa ein dos aos ds orgs te umber adn, sap, Sia Soe Snel cate pesmi corn “haa orc mie Se nena 9 nS a Sn te pe) 21,4088 Pio Rist, Lae Beem ag. Cambs 1392 nd cn © pte eos cor la ra Fue’ noe Se B. a8 Mi das nies Periods ster pki crporaiva. 2 Tudo isto representa uma nova ideia acerca das relagdes entre as elmaras eo. poder eenteal,ideia que Mio pode set ‘esigde do avango das concepgdes monistas acrea do poder politico. A soncepeio segunda a qual os conesthoseram compos Politicos suionomos, dotador de um poder originisio © no Uspendente da outorga (ou da superitendenesa) regia vai cedendo Drogresivamenteo passo 4 teora da origem deezada de toda a ‘undigdo ae, como js vimos, e Vina deseavolvendo desde & ala wade més" Segundo esta aova optica, os concelhos aparecem cada Yer mais eomo detentorespreitios de um poder {Ge ies vem do ree que exe, «todo © momento, pode favocat ‘AS cicunstincias da guerra da restauracdo. vem agravat ainda mais te condigdcs da antonomia municipal. Por um lado, tr pedidos.financcirs sda coroa eas propras devasagses provocadas peas operagdes militares feduzem muitos concelhos tim miseria extrema, que les tra as bases parauma real fitonomia. Por outro lado, aparecem em cena funcionstios tltares(nomeadamente os governadores de arias) QUE, com 0 poder sus thes dio as icunstancas de pusta,tendem invade esera dar atrbuigdes dos concelhos © a dstespeltar os seus ‘cia ‘Sides & iar deysrdosomigons ga 9 ta dele sempre aro {Sco pe cara ce Moniemor em 189 camirmado em 168 UA, CR. 17) tga es, mares pte en gunn ml roy etme seo pont de aber agen devi compe Uicina't Vate dure manip cs 39) SCS ce dt iy i vinin mas Nos conceos poquenos, o ae XSI parece marcar am periodo de decadénea © despre socal dou cargos mum Spuis—-semelhante, vg, a0 que ocrters_ no bane impeno ‘eane (ct, sipro, His), provoado pela diel stuaslo fcondnica das chmaras ¢ consequent enicerapens oneas0 dor sun ofeon honorvon (Les nto remunerade) Dato alo das escnas os oes concnon, com os mais varios ‘motvon: pense "com outros ofa funds tltares,"prigio" de exmolar para. os ‘caivos, estado Celis Tendtos ds emda fai ou do const, ce Ey igumas tras, a fequencia das ers fain omy Gus nose Encontassem.pesoss dhponies para erect ov Sagas do Conecto,sobrtudo agus gue exam um numero maior de esnots por ano, como sao caro dot almotacs™ Os prileios foncdidon aon senhores para ema os sus ois, vradores, Spaniguados ou ein, ainda agravara'a sae Ianto ma jue muon senhores abusavam or scur privigpion, actor trando-s mesmo numa forma de conseguir feoshae 55, Autonom cone © de jie Ic [A historiogralia do. dirito—sobretudo entre és —tem norado quase sistematicamente 9 mundo do. dito. Weal, consuetudindrio eno erudito: ce nfo omite as referencias 08 TRA Cones do en de Pore, Lisbon 180,285 «244 aba. Bante lest Gas (‘Sobre st eens) CAMEDO, Desens 2 inde a lin, re rt mec 0 ene tet Langa ina i Im, 12 Pe 1284 Con de Mo, C2 Pee eth 1 Gl a 25 1 38 cn 9c, cman ae SS sna nti oo pi ea pan ete invocand a pose dee pve, se sheusavama Serer no conc ede 150 Fedor, 5 eabugann 10 heres sare 2 caster euro e Sepa Opie 2a whens 9 peer Soe Ss pal i is Seite Comps eae “er 0 He et ini, jiesordindtis, pelo menos uma ieiaflseada do seu modo fe agire-da importaneia do direto por ees dito em relagio 8 ide juriien global" A'ideia correntemente dada pela historigrafia das fon- tes—toda sla volada para a decrgdo das Tontes de dirito dos Itibunais ental e para os problemas doutinaseolocados a este proposito pelos jurists eruditor 0 de qu, partir do ste. XY, Ds costumes, gorse clon, tinhamn passado& categoria de Fontes te dveitotrancamentesecunsaras. Nao s6 a legislagdo real € 0 tlcsito comm repolariam fonas eada vez mais extensss da vida focal, como a dovtrna tera subordinado defintivamente 0 estune ea ei, subuttuindo sua antiga defniglo como "als Consensus popula” una ovtra que 0 fazia depender da SConsceni ef patentia regis, Quanto 28 “postu”, normas comunais de rgulamentagdo da vida local, a propria identidade ‘de designago com a normas“ésnias”esubordinadas da actual ‘Mministragdo Toe! hipercentalizadora apontava para uma sus ‘esvalorizagio enquanto objecto da historia das fons. ‘Os seculos XM XVIII teria sido, asim, uma epoca de franco predominio do diecito regio e do diteito comum, contido nas glans de AcUisio, nas opinides de Bartolo € na “opinio ‘sommnn"(. Nov plano’ da administragio da justiga, @ visto € a correspondente, A partir do sec, XIV, progtessva intervencio (da jstiga teal—-através dos juges de fora e dos correpedo~ es teria indo subtituindo as justigas autGnomas dos concelhos (6 dos senhorios, nomeadamente das honras). Com os julzes de Tora e 0s corregedores teria progredido, primeiro, 0 drcito sean! signgissmpreedas "pos MSW, em Mirae ‘Govlochan Pace 1 il eta nd pal Economy oe Mises ft) Ga dado sonra sta, senate sr go fr tut eal ng mts pet semen ‘pio ice Seer a etal SIE Eten 4 hry 9 enh es 88871, Cambrde 172 Ch aruvow, Chie justo th and 7 cen the elon weer theo 0 orphan and chery. Aen jure SS ace Se or At nr Perle tisoms pce create = legslado da corte © a praxe de jugar do tribunal rea; depois, © dieto erudite romano-comum, ja que, 2 partir de 153, ve txige—comovimos a corregedores ¢ a juacs de fore uma Tormagio universitcia em dist, Sep’ tanh Gru enenan Jo eho Pa ilo mtr de Ons evi ‘vy rts he Sd eM, 3, isto Cont sti mmonee eee Seer cua dae aaa porugurss amour de seers comers 8 ditt comb) J EES Lian nf wenn C5 Ca to td (eM, Sc. en “ano dr Quen Leotur a sugp PRE on Sean Moen 1976 18 me) “orca. i sm ol nn ne mance pro Lago 17a, MA HR, aie Periods tinea pe ceoporive a ‘wit obtago punt —Sn Lan "rho eens" cup eutn ona trae ¢ eine ep i a ee | tare duma historiogafia deste mundo juridico margins: vad das mogistaturas populates ¢, portant, vans drdus tata arequeret por um ido, win exausiva muro levamamento de fades de atguivon regions ¢ frais. por outro, um Feitura sintomal” da Meratursjuridce crit letra: may tena iguilo que ai reprinide pots pura ominoto ou pela trans Tago nas figuras do dscutt juridio dos studs — 0 ue 0 ‘gue ai aparece expresso. Por no, Hs notis que se 480 Segui Procirarso abit apenas algunas perypectvas sobre ese mando Tonorado. A idea de que 0 jute &, por necessidade, um delegado do Poder politico central tem apenas erea de duentos anos onsiiuinda 0 ‘reflexo dum pensaniento politico que. pel Primcra ver separa radialmonte soskade civil do Esiado © wa i es te reserva a ete o monopdtio do poder politico, nomeudamente, do poder de erat_o dre (por vit legislativa ou por via judicial. Em contrapartida, @ pensamento juriico « politica que domina 6 longo periofo yue a hstoriografia actual designa por SPitado de orden (Staadesiag?) concebia — como i sabemos 0 poder polio e direto como algo que radicava essencialmente fos vies "corpos” cm que Sociedade se decompunha «em que (© homens se organiavam Tamia, corporages, eidades ‘Neste contexto, 0 jul: aparece como alguém sobee quem repowsa © encargo de tealizar na prdtice — por sua inci Cacia notie) ou x podido. das partes (offeium mercene- tum) esse poder auto-egulamentador 0 juz &, poresénca, tim Turton communi» tm est compete a tare de UUimir os confltos com hase as Moras que ela propria pata 5 ftabeleeu, Eno a dekegade de um poder heteinomo © Spero como 0 te certo que a outrina do-dircito comum sobre estes problemas sin er omogincs, nem deixow de voli. E. Propresivamente fobse intvoduindo uma ideia conriia @ Shana de-que 0 poder de julgar era um atributo esencial do Soberano (reef majra)e, comesentement, que 8 jursdigio Go ule (e dos restantesofcis) io. podia ser senfo ume Jurstigie dclegada, De qualquer modo, este reconhecimento dt Itonomia jurdicional dos corps inferiones no desaparecers Ste ao fim do antigo regime e explcara muito das mnsbtuigbes judiciis de enid0C") vont, fic fe tam ts Pos) 88 “ss ° Cees ied sida no ke Nvt—"ptt ox ae ep O. 24,5) Lesion ton tt tom elem. poten, pera ioe pee pinpoint pe rp tn, pnw ie, Wa ahi gah egos aoe oy Some a naps 60 pemamento deo medial 4 oie rope. Sunt, Eimear ae mrt. Mana T9073 Ei ater pone pc mel 106108) 80 foe, um sowie pore fas 215 Perle stem ple enor ‘© desenho que aeabamos de tragarndo consisia apenas num ddevaneio intelectual dos juristasacademicos: antes corespondia 2 'tutonomia realmente vivida pelos corpos infavstatuais, nomeudamente pels cidades. E, por iso, esta coneepeio do AGieito-e do ofisio de julsue pode desenvolverse numa completa Teoria acerca das qualdades © das fungSes. do juz ‘0 ieito local ou partcular, esatvido para # pla prépria comunidade nas assomblias comonais ou eorporativas (cone, Juctae, capital), publicago por bando ou prego e, mais tarde Grentusinente redurido a exritoera wm direto que decor SGirestamente dos sentimentor comunititios acerca do jsto edo Scomeninte, um dirt intensamentevividoe- geralmente onnecido Fnapas bondde (hon, a stoic, a soins, + {ilto e abet Quanto no conicsieno do det comm ‘conehatons portage, PEDRO Banaose Commowat a fede ad ‘isinone Tel der osname or poagueen Te SEARS ts pcan, apis Trot Besa Upae Wve Hw Ee cata lepen de ssh a ve: Son Siu ge ate CRNIIL dept cons, th 31, Sto exgremies don fotos rane Tete hat povesre, nbs ok he 2” Tomie ‘nde deta SS 1 eng ge os say sabia pst eee ovals NE outs Sis Ha uote pore 28 a es sg fo din ho ai den md + Demise a Spa Ma sheer" ane, a, ete pee pd, AAs magisuaturas populares sfo muito antigas,consivindo um dos mais aetecidos privlgios concedios as comunidades locas Na verdade, 0 terum magstrado prOprio nig constitula penis uma comodidade (er jstiga ems casa} mas tambem uma fata (er justiga da cas). Eleos pelos principals vizinhos do Ingar (metores errae), os jules deveriam ser as pessoas mals senate respetadas da regido. Apesar dss, eles no julgavam Sis, nem neles repousiea toda a responsabidade da desi, ois inseuido @ proceso segundo ay panes locals (deinia 4 suesiio de dicco e-de facto, estabeleida a Tegiidade das Dares, ixados os meios de prova), a dees final era remetida Dara 0 concifn, de acordo. com um modelo biparide de ‘onganizagdo procesualtipico desta época™. Com a progressva ‘neta ron S42 Pea CHANT Rae sl fms ‘iano Mana Fagan, ro ‘mpl date nt: i Pa te cy ¥. ina Sone tear. 8 cAewor' km AC. Asana Lr Sab 8 0 ps ae malo Parl oe oe Period sna police copa Ey concessdo de cartas comunais (ors) a todo 0 territrio, & Adminstagio da jstiga inferior ficov sendo um monopdlio das Imagistraturas populares, descontande as poueas teas em qc os {izes continuavarn a sr dsignados pelos senores. E Toi esta & Ntuagio que se manteve até aos meados do ste. XVI ‘Qualquer das Ordenagdes estabelge que, onde no ower “jue de fora” nomad pelo ria justiga send aminstrada por “lees ordinivios™ escolidos pelos vzinhos (Ord. Al, 126: Man. 184; Fil, 1,8). ‘ima ver designados (¢confiemados pelo tei ou seahor da terra) oy juzes reesbem uma compeitncia bastante extens, que ‘al desde’ supeintendenca adminstrativa fiscal dos erglos locals até &administragdo da justia, Salvo nas matéras crime, fm que # competencin exclusiva da justia real (do tribunal Eenusal ou dos julzes de fora) continuava a ser muito eters, era ‘asta a jursdigho dos juizs ordindrios:julgavam em recurso a8 olagdee das postures conceit, julavam alguns Tltos crime Ufurtos de exerts, injrias verbs, datiahary uma compete feral para os feos ives, julgundo-os- mesmo em ima fostincla até cero valor” “Tambm nas aldsiae mais dstantes da sede do concelho, a8 COsdenagicsestabeleciam a existncia de jules populares, ellos pelos vizinhos (juizes pedineor ou de vinten, dices pedanes, intanar). embors com uns jursdigso bastante modeta — Jul famento as conteaveneies' Jas posturas (colmas). jursdiglo Srdiniria erm causas lvls de valor Inno endo relativas a bens erate 'A estes dois ipos de juieshaveria que arescentar 0s juies ‘no letrados dos dominios senhorais (s- infa, 300s), 552. Pepe sre © mundo rio la ‘Uma fatia muito grande da vida jsiica qutidianadecoria reste mundo das magistraturas locas. Por 880, um entendimento (2) CL Ook Ab, 2b: Man, EHP Co) Ord Mon, LAK: Oo Man, 485.0. ds histin das instiugdes stenta & pritica jundion (ef, upra I's} aoe fendimenosjurdicos de massa (et, supra 213) deve aprofundar as perspecivas sabre ee 2) 0 mbito do mundo juries loca A primeira perspectiva € a da cimensdo do mundo das rmagistaluras populates. Em meados do sé. XIV © poder real estabelece — como se ia —nalgumas terra juzes ios, a pre‘exto de melhorar a jstiga eal sf0 os "jzes de fora’, cua voeagiohavia de scr a de aplicar o direitorégio {mais tarde, 0 dreitoromano-comu) fem ver do dieto local Fortemente contstados pelos povos, 8 Js 6 fora tiveram um progteso diel até 40 sé. AVINL Ale tos mesdos do sé. Xv ao avia em Portugal ais do que was ‘quatro dezonas. de juzes de Tora, num total de mais de 800 oncclhos ¢ julgador" Em meados do se. XVH, 8 situate ontinuava a nio.ser_muito dierent — menos de 10%. dex oncelhestinham juir de fora. no iniio do sé. XVI a Situasdo" permaneeia quase”inaitrada’™ SO com 0 Estado pombaling que reprstenta em Partusal 0 Estado planficador Ao luminisme — avsitugdo se alfera snsivelmente, Nos ins do ‘Amigo Regime havia cerca de 200 juizes de fora"), 4) A soviologia do mundo jwiteo loca ‘A segunda perspectiva & a do significado socolégeo ¢ politico destas magistatuas & do diteto a que els davam Vida ~ ©) Paonia desis dara ao. Jose ANASTACO DE Xt tp ct i dts Vat VIB VP MBN MI BelMaestnats Cotta, Cader da popu do rina Laden 18 (C) Dade calidon do ceo ta aie fo yeas enn. a oe s/o en oa sss o8 pp abcde ponerse Pasa ut om he poe Pradeep cope 0 A histriografa liberal tendia a ver nos juizes populares 05 representantes mais auténticos do. tercevo estado, mum fmteipagio das mapisrturasclectivas edo juni porque se bate 2a mats radical do pensamento evolucionirio portugues apos 4 revalugho burguesn de 1820. Nas tranguas e liberdades dos fonecthose nas suas magisiraturas electvasviam exprtor com ‘A'Herculano.as rales das forms polieas revoluconiisy, Taizes que o ceatrasmo régio eo absolutsmo inham alofiado, mas que a revolugio feria vindo "regenear™- Crouse, asin, tima auréola de democraticdade ede autemicilade em tno das Imagistraturas locals que, assim. "Teram sido as imas representates dos ansior de todo 0 povo, ‘Nesta image 'Bpinal muito se perdi da erua_ verdade histdrica. Na verdade, as magintaturas populares eram reer tadas apenas entre os estratos superiors da socidade local. NZo ontando ja com as inabiltagies cletorais que_atingiam os judets, mouros ou evstdo-noves ¢ a classes wabalhadoras fimeconic mereenari"), 0 modo de ser do sistema cleto- Fal™misto de elegdo peta oligaria local de sorts —garan- tin aos meliores terrae mionopolio dos cargos judicias © Administatives eleetvos" mais ards, extabeleeesse mesmo 3 raxe de esis cargos seriam_providos.spenas em pessoas Dettencentesa familias que costumassem “andar na governana” Dri que er coonesta peo principio, de driv eda teolgia Moral, de que “meliores et nobiliores sunt clgendi ad officla publica, entendido pela doutrina come tendo um sentido social Mo ligido 4 competeacia das pessoas”, "Através destn TP) WM. A, PECAS Comment 48 19/6 te sarin 8 86 Gea co nai Tg * LO SLM A: Pe Gomenai Sad 16 a t ‘que un ds aes era obigatoriamente nob (el OA 1234S NIEOLAUC, Stee pr nat Demin spe 1 ES, tn Ses fanomlrao du apts, geo 40 ‘moira, alga 191 sabe popes dosh ele ae, x a et eg rmagistraturas,canalizava-se,afinal, © poder social ¢ politico da Suveta eamada dos potentados loca, nobres ow no nobyes Mdaqucks a que, nt historia peninsular do sé XIX, se chama ‘acigues ¢ que dominavim —enlao como mais tarde — os varios Fegistos da vida local 4 economia, leaves da sua situagdo de Inaiors proprietrios ‘muitas vezes consepuida através da Spropriagdo dos bens comunais; a vida poli através do ‘onopalio dow cargos concelhios e da protec longingua de tim nobre da corte a vida cultural eespritual, pela sus ete Tapio como clro loral, que muian vezes apresentava, n05 termos do direito. de padroado. "A prdpria aka, nobreta—e mesmo a coroa~domiava uma pare estas magsratras, pos no eam raas as trras em gue 0 principio de que 20 pov ompetia eleger eto senhor apenas confirma cedera prante tno contrrio que dava ao senhor(evenualmente ao fet ou Seu fepresentante na provincia eorregedor) 0 poder de nomeat 05 teas do coneelno ows justigas mora nio haa invetigapio que permit racar um quadro seal da siuagdo a ese respavo, no © excessivamente ousado [trina gue ts magistaturas populares davam vor sobretado 405, liters da nabrent rural (au nos vilfos possdentes 4 camino ‘la nobiltagio)e que estas a8 utlizvam — bem como a0s eatB0s ‘oncelhios © representagko em cores para manterem 0 flominio sobre a Vida local nomeadamente nos campos socal € fconomico™ Ea partir dau que pode ser melhor entendida & poldmica em toro da criagdo € estensio dos "ues defor Contra oF guais relamam as cites locas representadss em ‘orts™*mas'a favor dos quai 06 ris invocam os inersses dos Doves (spre, 283 5). Rent as 2a} Rcovay€: Laven kona ie ara, Lesion, Usipon We ommend ods de xh anomie Sida tn nnn as ete = (“Rear ds os conta a io depts das eo Sy ea ia, © ange OM MDS Pind sma pace orn mn ©) A cordem jurtdtea loca A terccra perspestva & a do leita apical pelos juss popslares ‘Como jd antes se diss, no se est hoje em condiges deter uma imagem cvacia do. que seria, quanos aos, padres de jlgamento, a actividad judicaiva dos julzes populace. Algumas Inicagdes, podemos-conhece-las das Ondonacies © de alguns Sostumes redurdos. 4 eserto anda antes ot redaegao. das Ondenag des. Segundo. ests, sabemos que os juires deviam fobservar as “ordenagic leis do reino eas posluras eordenagBes fe concer", segunda os costumes dos fins do s6e- XI, Sabemos que, no easo de lacuna do difeto costumeito ical 0 jue devia julgr segundo o bom senso". Embora as Ordenacdes tenham estabelcido outro eritrio para a integragio das laconas| tia ei segundo o qual, na falta de direito nacional (estilo da forte, contume geral ou lea, se devia liar o dita eomun {Gloss de_Acitsio, comentarios de. Bartolo, opinito. comum, Aseto candnico)" —"o certo € que este nove dvcito subside ‘io er uilizvel por juzesanafabetos ou iletrados. Assim, éde Dresumir que estes tenham continuado a recover, nos casos lexeepcionais) em que © direito local nie forncia solugio gums, 10 seu sentido de justia" Ord, Al 12820. On Fl, 15 eco de 1, 3. for ine ra ac stam eds Ecnmonana Sad sor Te) Case, on SNe Nae TaN Sen emer ran Benn ©) GE pitta 6, sca on 182, 0 dts aii {C) eto quesgam dma ci dss ge meme to deni‘ rh nnn oh poo {Pein et he im. bier toa Samo tuo" eck capo Me te oe m aie Temos. portanto, o segunte quadto de fonts 2) costumes loci, redusidos on no a escrito, cua xian e fica €atetada, ainda no sé, XV, elas peoprias ‘Ondenagdes que encarvegam os vereadores da Sua publicao pponderagho, eventual coreeydo ¢ redugio a eseto(™), ') Sposturas™, omadas' em resultado de deliberagdo do oncelno, normalmente sobre matéras diliis, sgriras, de Policia, sania: o semido da pafavea € no entanto, mais peal quer a le, quer a doutrina, apenas pdem uma restrgso 0 fbjecte “das posturas eo" de que elas alo podem set “goals” ou Soja, que tm que dist tespeto "ao prol e bom regimento da terra ') proilgios locas, concedidos pelo rei ou pelos senhores Aireitos adguridos pelo uso (estar em posse de") pranes dos trunas leas estilo Toca"). “Apesae da reacgio da cords € dos rss letrados conta 0 iret loeal 0 dveto comm e cert garantias obvidas pelos ovo" em corts © que tinham passado para as Ordenagdcs no deixavam de prtcger minimamente est dreto. Por um lado, a Moutrina do irito comum acerea das relages ene et eesatuto tra favrdvel & supremacia do ditsto local sobre 0 dirito gra, fmborsTundasse eta supremacis ju nfo na autonomia locals mas fa concesso do principe. Assim, as Ordenagées apenas exis, (quanto as postuas, que osserespeitada a forma das Ordenagbes (Ord. Fil.1.86.29) $8 pondo. quanto 20 conteido. a lisitasto ‘fo "serem prejudcias a0 povo ¢ ao bem comum™ (nada (On iA Od Mn, AST, Od lth hicnos tne que ato xe podem aque pr coun: mesmo emer vendo, portant, quanto sua conformidade com a Ii). Por futeo lado, os “poves” tinkam obtdo, ainda nas cores do se Xv", a garantie que as posturas aio podiam ser revogadas| pelos cortegedores ou por outros poderenon norma que transtou paras Ordenapéex™ ‘Claro aie, nt sua actvidade inepectiva que envolvia a brigagio, de insiruir os jules sobre a mancira de jugar os rocessos"— 0s corregedores no deinariam de incentiar os Juizes a” obedecer a0 direito da. corte (quer nacional, quer omanocomum), Fo mesmo incentive ira ds acgio superiors dos tibunas superiors que, em recurso, coeigiam ay senteneas tos julzes ordndrios segundo © padido do dicta evuito™ No tant, este encaminhamento dos julzes para o dircto da covte © {los "letradosdeparava com win obsiaculo. impostve. de Superar-—a falta de cultura juridiea Terada, ov mesmo 0 anallaetsmo, dos jue. Na verdade, nem a douttina nem as OrdenacSes, exigem a estes izes qualquer conhecimento de disto, nem sequer a aber Tere escrever" certo que, desde o século XV que o problema do analfabetismo dos ules ¢ levantado nas cores, maniestando-se ‘9 "povus" a favor da nomeagio de juizs que soubessem er SSerever™. No entanto, a regraduranteg ade. XV1e SH devia ser 2 conttiria, Ao comentar OrdenagOes, M.A. PECAS ao $6 ‘Ord Mon I 323% Ord PS signeaunene nem a (Cr spray a de que eas arent inven expresamene ne mene ‘C50: lito ram duet bras clr © 20 oo Mi des este relere § rusticitas ¢ ignoranta dos juizes ordindrios, como se felere frequentemene 0 anafabetsna. doe jules" Em 2 (3.19, um alvari vem interditar 0 aceso dos aallabetos As Imagstaturas ordindria, eonsferando preisimente 0 incon niente gue advigha da ignorancia dos juzes& adminstragia da jusiga. Mas, ainda que no analfabetos, os julzes ondinrios evan ser, na sua esmagadora maioria,ndoinciades no dieito tui, jt gue os seus magtos proventos nfo tornavam o cargo Ssacivo para um bacharel em direto” ste dtctoaplicado pelos juizes populares era deer, um dircto consevadar ou mesmo areazunte. Ov séeuion XIV € XV tinham tazdo grandes transformagées 4 vida local™ nas zonas ras abertas a0 exterior, era a influacia do sumo mereantl ooniisa, nas zonas agers, a recomposgfo das matrizes Socitisprovocadas pela introdusio de noves formas de detengto © cedenca da tera, como a eniteuse perpetuamente renovivel ‘95 morzados. Muitos costumes eposturas deviam aparecet, nos ex X¥Te Nill como desadaptada, ean muitos eas, terdo sido Eorrigidos, nos termos das Ordenagdes; outros eases, er-se-20 fncontrado formas espontineas de os renterpretar®™. Mas 0 fstado actual da imestgagto nao permite adantar muito sobre @ (Chane Th Pie Chae oa int MT easp Emin far cron carga recebodrms © lsouion¢ poe a get ‘bok nha er nom sneer (Chom PHI Le eat (etn, ‘O%ncim ae po em ts ae) Cr CI BBS SH EASY ee aie Period item police capo ns 1) Juizes, “honoratores”« lerados ‘Uma outa perspectiva completa ainda este quatro esuemé= fico sobre as magisraturas populares essa ¢ a situa dos Juizes ondndrion nas erarquias sovals loves ‘A literatura quinhentsae seiscentists no nos dé dos juies ordiniios uma imagem muito favordvel. Pode, € veto, dizer fue. dum modo gral. ea alo nos di uma visho uit favordvel fe qualquer das profssesjundieas: aos letrads, cenaurethes © pedantme © 9 Sani da jsiga mater 8 absrénca de Drakes fvmuls, aos eserives censuralnes o desespeto pels onde das putes (0 “ouvir uma cost ¢-escicver outs) ¢ 8 aRa) a (a | a ‘io tn Tost iy | | in | ata | obey | ay | Hea tio | oy | | tomy [tos | doa | er (Fone: Mappa alfaerico das povoacdes de Portal que tem Juz de primeira inrancia.. Lisboa. 1810), sSobretuda, © Biapo de Coimbra s*Sopreude, © Mowteiro de” Aleabaca Period tte pico coer Dai se pode ver que, embora a cord fos ilar da maior parce das teras em todacasprovincias(salvoem Tris-o-Montes, fm que 56-0 senhorio da Casa de Braganca abrangia 30% dos oncethos, 0 seu mor pes se veriieava no Alentejo ena Beta fnquanto que os donatiios(excluida a Casa de Braganca e casas fnexas 4 corda) legs finham um tor peso ao norte da Douro ¢ os donatéroycslesdsticos no Minho, Note-se que, nesta altura, Ji tinham sido incorporadus na jurisdic real, em 1790 1792 35 Jurisdigdes dos donatatos, pelo que © seu senhoro se limitavajé tos simples diteitos do fora. ‘A'mesma indecsh vigora para avaliagio da importincia da senda senor” ‘SEN pe nds dete serrig- Emi ‘toh mand espn sadn SD, Aan dou mode Etr-Homene ino om tod atte © a tl a ih ene Fig tit compus sac Poe the Contant com 0 1 fonts cindis em Jongtin ¥. Sho. Hie 1 304m Pa as {st eas om trio tale das een pCa 390 FO" BNE {See dane, ft ae (GG Casio strate et rina de Pipe "Anh det ag.” S96) TE se NOEL oe eal i Made 958, 188, sea ean come pai He Ble ML 38, 26 28 M.A Peas 00 aris x ies 64, Pode: amination ¢ froma dos sears Nos senhorios em gue tvesse sido doada a jursdigo, os senhores eran considerados juies perpeuos © ordinaros. No mtanto, a sua faculdede de exeteicio dessa Tungdo tava Timiteda pelo principio de que ls competia apenas arisuicdo Jmermeéda~ ox se), nem podiam lsat em primeira insnca hem podium desir em ultima. Portant, a jurisigio seahorai ro. excluin em juisdicho dos juzes das teras, «| quem Competiria seme 0 cothecimento das "acgdes novas", nem © Gireto real de aplasia (ol. OF, 14880 e TL in pr ‘0. principio do cricter_inermidiol™) “da jurisdigio senhofal ubrigava ainda t que os senores no exereessem por si justia, mas disso encarreassem Tuncionéros especialmente ‘eputados, or otores, cja insituiedo e poderes eats reglada tas: Ordenagdes (O.F ILa849\"). Os ouvidores s8o providos ‘sn tmaxime n. 12st). aru doutrioa do dito comp. que abu 28 see Meese At Puts Cancer aL ‘hom town (onc eto lpm pin potency 8 EMUC'e pun Pannen Roe Seen Jae pis tao cm {frend Cojue fr de Gomis (Gow hip lent soe Meas 'Sobues tn quo olor €or on Se Pensa (od Pedy sso pbice serie tvignalmente, devem reside na terra senhorial de_que so ‘ouvidores tendo jursdigdo sobre outasteras do mesma senhor ‘um cieulo de 10 Teguas(™) A jurisdigao dos ouvidores ra como, jf st disse, uma jursdglo de veeurso¢”) (e 30 dis apelages, as no jt dos agravos) , ainda asin, 0 em geGa0 is questdes clveis (O.F., 4594", ‘0s ouvidores cram assesorados por ofcais do mesmo tipo ddaguces que assesoravam os julzesordindion ede fora Mies, contadove, inguiridores, diatibuldorss, porteitos, cami- nheiros—. os quais eram também Postos pelby senhores da terra"), excepto. os escringes ov notion (O.Fs M55) Quanto a estes itimos. de acordo com ‘uma longs tadiglo leginitiva que jf nos elerimos, or donatarios stavam immpedidos des erar(apresentar ou confirmarh™)(0.F. lll, S's), 0 que no impedia larga peatica em contri”), 25 ‘Quinto tiga eure upto © agave desea graves loro. .2. 0 Conde de Camano [Chm Pie Hi, 0.297 ¢ OD a 0 “ sea (oto pod send an nem pacts Sunn pel ears Te: ANCE A. ScAMNG, Tecan de ofctalus aroma, Nenpa 1712 fra yt i ra, laden ne dea ini mtu cotrmap: rece, ‘sia’ Oden dapat gu gu or dont neem pis i os iinicies 7. poder central. O rei Do que antes ficou dito sabre a coneepeto corporaiva da sociedade (v. supra, 208 ss) ja decor Tundamental para 2 ‘compreensto do estatuto da faleza na nossa bub dade media € fa Wade moderna, De resto, o» fundamentos dt tcoria do poder se mantém tama evra eontnuidade com t6picos doutinas gic ja vinham de {rise aos quais nos relerimos a0 descrevero etatto do re 8 alla idade midi ctauto que, vimorlo ent, Secor em lina live das dela ¢istuigbes polis vpoies, estas por a ‘er inspradas nas Esriturs, na patsstia © em alguns eeos dos Fundamentalments, slo cscs mesmos textos que vo ex na base. das. concepeses_ pois: buixermedievas, embera 0 Elemento romano tenia ganho tina milo preponderinca, Sobre Abaro Pasfrnccano © hago de Ser (De play secon peau ren Corm fees tcoslidade pons ‘Sada per iene". Notas (Ne, Un fometean, sone ‘EXIT lr Wisma AnTono be Sia Cost Ends sb ‘aiare Pais no "Speco regu" Esboro sua fundamenasay jo. Pht eho eh i Sa HT oot Faas 2, Due ‘a nducagdo senhoral, Coimben 1978 pols. chr A. MOWeita DESK: 4 "Carta Brayes do ane D. Peo, ‘atin he anc i ea {CM au Meat, Sirs jain ch 8 dam ‘epee pe tes prey rns Resr Pend sine plo enor dados da politica quotidian obrigavam-nos a introduce fortes TimitasBes 9 operasionalidade pica dos princpiostericos da ‘origem popular do poder real ‘A primeira limitagho dizia espeto & natures do pactum subjesionis, que mos constcuiam como um acto jure toulateral de submissio, que 0 reise limtava. a acetar sem Sssumir qualquer compromisso correspondente. Outros combi faavam 0. principio. Jo. pacts subjecionis com 0 principio heredtiro, donde conclttam que o pacto se mantinha valid fenguanta.houvesse sucssoreslegtimos do primeiro soberano ‘Outros, ainda. consideravam os dirctos do rei como adquiidos por usucapito em elagdo tos poves.. Outros, finalment ntendiam como mais tarde se dard com oh teicos do poder Sbsoluto (ve. Th. Habis, 15861679) — que 0 pacto operara lime transerénia completa dos poderes da eolectvidade para © aberano, em termos Je colecividade career de legitmidade Futura para reavocar esses poderes, dsttundo o soberano ob impondo Tinites 2 sun acqho, ‘segunda limita dia respeito 20 modo como entendiam f carictervineslado ou funcional do poder ral sintetizado no brocaedo “repmum non est proper rex ed rex propterregnum" {Prouoweu pe Luca. De reginine prinipum. I, U1) ¢ de que 8 ‘questio da vinevlagio do ee lei (ving, natural, humana) era tina dts expetfengdes. Tendo embora hasido,& ste props, ‘nila e evolu, a dein mais comum era — como esereve P Mexta( —, a dos que “neeavam a0 povo qualguer dreto de resistin, Ore apenas perante Deus respondera pelos maus| teios que pratcase, pelo mau uso que firsse do sev ofleio™ E, hho que fespeta a obedi¢neia & le, a doutrina dominante nos Juvnias, se ado va eda supremacia do tei perante lei, ndo era, tio pouco, a da sis submisszo a ela, em temos juridicos (¥) ‘ouetivg), eas apenas em trmos mocais (ect) (") Foi neste imitadostermos gue Teoria da orgem popular do poder real {eve acluagio pratica em Portal 'Asit, a ieia da ofigem popular do poder esteve presente ‘na nossa tadigdo politica ejridca medieval, embora combinada S)_M. Pato MERA, Aeon pica. et, 217- ‘com a iden da sua transmissdo hereditiria, Na crise politics de 1245 (deposigio de D. Sancho II pelo Papa(). io se Irate, sinda, duma manifestagio do. poder do poxo de depdr 0 re ¢ Substi-io por outro, mas soma splicagao do principio do Primado do poder espitua da Isa sobre» poder temporal dex reinos("). No. tanto, ji na eise politica de T3825, ¢ srgumentugdo desenvolvida nas cortes de Coimbra, donde aly ‘esignado como rei de Portugal ¢ Mestre de Avity se baseeva direstamente na tela de-que 0 poder dos ris tinha. ongem popular ede que ao povo competi, estando vigo @trono por se fer extnguido a descendencia lesiina cv ina, eget MONO rei("), A mesma idela se mantém durante toda a segunde ai oo Bobo nie 6 wo per dv ena meinen ia by Met rau a i. Aor. eorgue orn ey eu te deus de Alne i coe een Sens ne Sete rai Soe fees cre © stag asa on bpesonjuron da open de'D. Sano Tl Portugal do Alguves" eA. CattsQ0 00 Auakat: Hata feenipea, ears score Ctmiva de 83.4 Les Sac” S188) 7. dinastia()e volta a ser actuada na rise de 1580 (6 Dosteriormente, nat cortes de Toa) (") ‘Menor aplcagao pritia teve a deta da limitagSo do poder real e do ditto de resstonca dos subditos no caso de abuso, pelo ei desse poder A questéo era posta, normalmente, em dues sedes. a do eto de deposi do rei que se desviasse do seus deverés © {4a Tiago do power real pela et Quanto 0 primeira aspecto, os jurists dintinguem duas spices de ilegitimidade do rei (rang aguele 20 qual Falta tile para eeinar (vans or vedo) © aguele que, ainda que tena justo titulo para reinar,atenta conta o bem comum do reine e contibui para a sua destruigho(tyrannus in exertto} no Primsiro easo (o mals fonginguo do nosso problema), acetase {ue © povo o posta depor eat, assassinar no segunda, aceite {set depasedo peas sorts geras ov por sentenga dos wibuaais, Gomo ilime temedio desde que no exista esperanca de femenda(") ea iene, 243) 1, Jon Yao Stan, ‘Silos $223; ambi Jains oe Caine Una GoNCAT VES MAAN reir 322 "o> EA oanios ANTUNES PORTUGAL Tec de do ron, Le tine 339) aorandse ey osm (fomekinens: Blatova Tare debuts 8. TOMS De rm 30. iri det hiner Quanto ao segundo aspecto, enquanto que os, ris reivindicavam para si a supeemacia em regio a leis("), of juristasdelaravam-nes, pelo" eontriioy adstritos a0 "seu umprimeato: no entante, no orden dos facos, a dus posigdes| scabavam por condier largamente. uma ver_que 08 proprios| Juistas admitiam que o cumprimenta das les tay pare 0 ¢ fapenas um dever de consstncia (ex vi dtcetiv) e nda um dever Juridico (ex v1 eoarsva}("). Nem mesmo as fis tas em eortes Dbrigavam o re, ue apenas tera que at teferir express ‘quando ay revogasse(") Em lace do que fea dito. o dnico limite efetivo dos poderes do tei era endo, 0 dos dean dos vasalos decorrentes de ontratoesiabelecd entre paricutares ou com soberano ou dé priilésio por este concedido, pois se entendia que 0 16) nio Podia moditcaressasstuagdes a ndo ser por utlidade publica manifesta ou com fundamento em erro sew mas provacado pela futra parte. Disto tratremos com maior desenvalviments no ‘capitulo segunte 8. Os dlteltos dos stibltos e as limitagdes x0 poder rel. [A concepsio corporativa da sociedade ¢ do Estado tem consequencias diversas a0 nivel institucional '® primeiea delas €'4 forme de conceher relasdes entre 0 soberano € 08 silos es ses dirttos © devers respective, NOM, ft ae, Sunt, Ads py.) Talo capa {Ch O14 2CE pe ut 0 ah pine 0 Eo ais man" smb Oe TT Fee? B.A Ponss, evans de dom 6 (7 Manuel A Pees, Common al Ounton st a promt bX, od Ot 338 reap 9.0: Wel fp. 3; B.A, ome fit, L2.e Mi. Soe utopia as fener pot cnn dye Noted Si gor Rominato oe Aloe Marae Pore i vo Mle Periods some pls coprave a Embora a causa efiionte ds sociedad fons, mesmo para a tcoria politica do Antigo Regime, um pactoesabeleido entre os individvos (actu soca), nfo eta deste acto ~ao contasto dd que hoje acontece — que arrancava a deinigdo dos dteitos © deveresrespectivoy do soberano ¢ dos sibitos, Na. verdade, onsitulda a sociedad, nfo 36 teritm fieado anindos quaisquer ventuas dtetosorigindrios dos indviduos, como eta propria Sociedade, dotada de fins globais expeficos, se emanciaria os designs ordenadores dos celebrates do. pacto socal © fexigra uma determinada ordenagio funcional dos seus mem> bros, da qual decorreriam ov dictos obrigagder rerpectivos. Assim, no eraa causa efcemte da sociedade (2,9 paco social tas 4 cows Jina (6, a Tnalidades da vida soca) 9 entdade ‘Que gerava. os dveitos de cada 1m Estas exgtncias alison da organicaco social constitu, portanto, um ordenaglo que dccorria da propria naturesa da Sociedade, ordenasio que sssignava s cada qual um estatuto Particular, integrado por um conjunto particular de dictos © Geveres. Neste termes, podia falarse da origem natural dos Siretos ¢ deveres dos indivdus, mas num sentido completa mente diferente do de hoje, Enquaato que hoje se fala de ditetes atuais dos individuos, no sentido de_diretos individuais Independents da concrete esirtura de wma sociedade istdrica Girctos “univesai) ¢ das determinaydes do ordens juridca ‘postiva (direitos “naturais” ou “supra-psitvos"), eno falava-se fe "direitos naturas” dos membros da sociedad, no sentido de Giretos que_decoriam a cada um da estrutura © fnalidades| hintricotoneretas de uma determinada sociedad © do modo de {nlepragdo dos individuos nessa sociedade (sp, como “governan=| 12", como “pal, como "nobee™ ete). Como corpo estruturado de cerio. mode e votudo a consecugio de dtcrminados fin, cada ‘ocldade tinha por maturera de asighar aos diversas indviduos| vcorpos que a compunham eras tarelas partculares, Uja fealizagio ‘ra garantida pela concessTo de certos direitos € deveres("). © Formato entre um pues tt) dea ei “Dag (6 a essa orl em crag oe 2 Hi dotting Esta_ordem natural da socidade objctvavarse na sua consttuigdetradieional, ou se na_matriz de dietos ¢ ‘brigages dos diversos membros © corpo sons transmitiga de fseragio em geracio € comida aos dieton,foron,hberdades, riléios uo eine. '\ fungdo do soberano era, entdo. a de garam esta ordem natural dos dictos e deveres (dos "olicios" socials dando @ fda um © que ecu seu (sun cuguetribuens", tela am gue nistia num plano mais tcéicoo “forerjustga" (=) ou ‘um plano. mais. pritico—o “guardar ov foros, wos © costumes! (ou “guardat os dieites, priviggios, iberdades, gags © doagbes"1(%), Esta combinaeto do dircto natural (as fnaidades natrais da sociedade) edo dieeto. positive (os prvigon, Iiberdaden, costumes) na fundamentagho. dos direitos respectivos dos Soberanos e dos sibditos & um uos tragor mas caracteristicos do pensamenco politico do Antigo Regime, Através ela esrutura Social tradicional (or foros, dicitos © Uiberdades das ondens) € legtimada come correspondent a uma realidad natural que et cima de vontade do rie dvs propras orden. A "consiuich” {no sentido dele fundamental da sociedede) € uma norma tans histica (@ uma “tradioho™ algo que ¢ transmitido) © supra voluntaristiea dai que o poder “constuinte" ot sj, 0 poder ‘de conformar jurdicamente 4 sociedade de estaboecer os diciton ¢ evertsrespetives dos seus membros — nfo ste 20 faleance dos membros dums comunidade nusn serto momento Tistrico e, consequentemente, no possa ser sxsumigo por uma ‘qualquer assmbeia. A consiuigi de umn sociedad —"eomo a 4 Lott GRAGS, Caley deen, 39. 1D M13 sestimin fe Ri ea Ba dr Pe ian _ Pein sinra pliice corre a3 to corpo mano — decors da saturn, manifeads pea tad s nfo de somal dor homers Cxpresa num pelo coming. Dal oie a. probematcn és eonstuie ho Serato poder, comttuate “come poder srdnador ‘thdametal © Sopeior no. poder lplaive diiio ni ttoho "pido. pose coquano,pemancos sta conpeto ‘Slur do cngnvaie soo © pollen Si mais tarde, nto se pues ewer que 9 pact sociatosiattnbem “deeates clans foi ae Spano scl © ao rgle polico—e quando se pan portantor a cttender que a csrutvra da sociedsde esti na Boni Sone dee miming e's itd de que cone munileogcs de vonage cmon tom Te Shine" teu “conta a cours fnmental oe Soca, coniviad, nest temas, enovagte o.pao abt nin Eso chido que ee poco potion ds nag Sire pate consume e poles ego oni em Te ftnanonat ¢ordinae {Bort fone)" ox.» pw sui: Goma “pote cit, ah: oman dr FP ats Laser SS 95 Bees” Que od se precnis param oben db a Hi des sti teatadr cosines puncte tne eee Se Lanca, dosinns 4 purest Menasha’ Cars Gee Resor due s6"poderi "esate “Sean sie «Suto ay pram pl nen fr a Sone) ens ‘smi eiffel pune pode cosa hh sat pia ‘siete ee os odoneas i, memo) Coo da Nig” em co Somat et gga gave ars tees le on eee 5), compen ora ata fers, ope apenas for pve deeper eo ata sa ria © rein po const © mc) ‘Srnec a wet at ‘sth ty aunty fain des fo ra Fete concoct ote SS apne (iy veded es Pag Cle Ee bd s 26391. € sila i shonin ia pl xv its cong eee" contrat de et oe SEES rm Sais a da unl ete seas ong Ct Cian de Bor Anno Rie dx Samer sie» Pan de 2 Re eB Cae” nr 3 ‘Cie dha 8 MP es Reet _ Period stem pl core 38 Se a consttugio da sociedade era uma ordem fondada na natural divide dat trols soi, tal como eta divisfo resolv de tradgio, 0 estaluto jurtdico-paliico de cada um era umn fstatuto concrete, conerctzagio eta que re manfetava em Siriow planos. Por um lado, 0 estauto juridico-poiico de cada. um desorria das sas fungdes objcitvas na sociedad. Correspon- tendo pelo menos teoricimente as TungOes 205 “estados, 0 fstatuto (os dveitos e dover) de cada um era, final, 0 do sad” a. que pertencat ao hava, neste sentido, direitos Individuai (Greitos do tndivduo ou do cidadZo, em ger, mas fpenas direitos corporaivas (8, direitos dos membros de um ‘corpo particula ‘Por outro lado, estando a ordem natural da sociedade manifrtada na sua traigio. hntorica € depostada no direito Postvo tradicional (costumes, foros, liberdades, privilégios). m8 fram, na pritiea, reeonhecdos dieitos que’ nfo. exivessem Contidos numa norma juridies “positive “conereta, Diritos Spatureis”"—'90. sentido de que decorriam dieetamente de comands supra-pastives e de gue eram. portant, independen- tes as ordens jurkicae concrete e” vlidos em qualquer Comunidade humiana-—nfo.swrgem no peasamento juridico- pollico do Estado de ordens,sendo apenas (ruto de conceppbes Jrdias Tundadas na conideragho de uma imutével patreza do Individuo (e nfo na eonsideraeso da dversidadee historicilade {de organizagso. juriicorpliica das comunidades. humanss eoneretas), Gee 36 is dt tines Maso eather cnerto da iia de diritos dos sibs decorre ainda da pocaedade da garaia dos ‘dts oneedidos por uma rms geal absaet que pod pelo ‘menos no plan praia, nr Grrogad, viol ou dsp flo sobeano(") Dal gue a procegio mania doy Oey {henas se obits quando ete sea du set nova doagio, uma sentenca(”). pues ‘0 Estado de ores ee, ssn, um Estado "de drcios"— i. wm Estado que reconhecia€ avant dos partcuars¢ oncretosrconecidos pl orden jure posta mas nfo un Estado "de acto" um Estado gue teconecee. em atsrat dite ertdos po pal ou ae por noms hiv de crite prepenve Tudo to erect no probs dos lntes do poder doi € o dicton don subaor em selado a0 saberano. SAS tag: do pose E muito rica © bastante lacctads a teoria tardormedieval moderna sobre a orgem eos limites do. poder seal Ela onstiuri, po iso. um eapitulo importante e complexo fauna histria Uo pensamento. polio. Na cconomia deste curso Sobretuda ‘altado para ov aspectoslastitucionais —teemos que os. Bastar com uma breve rlerenea os aspectos fiosolicoe spolics("Je de destacar sobretado ay. cunerstiagoes (ou ‘rentuaisinirmagoes) das Hein eds relagdes de poder no plano as innituigdies juries, A questio dos limites do poder fora arduamente dscuida pos juristas desde os fins a Wade Media Nina, 328 9 7) ita. Ste oon prides consi do Geel i, Soe ett, pe cms pierre Na ise da disussio cstavam of textos discordant exitentes'@ este propésito nas fontes romanistiens. Dum lado textos que proclamavam gies vontade do principe vaa come lel gus, portant, ssc est ierto a abedicnela as leis") ‘outro lado, textos gue puntiam come limite as leis © 205 rexeriptos imperiis ot itsitos dos partculres e. portanto. fordem juridies pré-eintente("). A parti daqui—e na esera fdas commentes que. 4 pasir dos iniios da Made modern, ‘omegavam a defender as Vanlagense letimidade dum poder feat sbsoleio(™)-—surgiram dus correnes. a constuglo Alogmitica dae relagdes entre 0. poder eos sbbultos. A primeira —a que aderiram alguny nomex sonantes das escolas Jridies medivais, com, vg. Baldo ® Angelo("")— defendia © {arte pleno e absolute do poder teal. Buldodefiia ese poder Ehsoluto dos reis como vin “poder pleno” ou “arbre” Hert0 fe qualquer sjigdo ede qualquer lmitacho pels normas do Aira publica Cpentudo potestats. seu abito, nll neces fat sbjesta,nulingue juris publi Hinata in Cov. tm 40, de srs. & og, [C3-342). Mas distnguia as maniestagBes do poder real a potcarasoriinarig— que se exercia em conform SiMe: com a teres poten eviraordinaria que se exetela mesmo em oposigio i lei") TN segunda corrente aly cara os jurists peninslares romeadammente, portguesen(") que. panindo da ieia de que ‘rad, port, Lindow BAD. val 3. Q. SmINNIM. THe fommdonns of eto hd a Conia 3h : interns iar ae cM Sancti as s.r al ea aa” Sa ‘rn on sn eae A pe «© poder & um afeo ede que os ris so, na terra, 0s vgirios de Deus, encarregados de governar ov povor de forma hontsa © Justa, defend 0 eaticternesesaramentelnitado do poder, ist mesmo dodo imperador, quer do. dos rei nig ‘altos 80 Impirioe de outras enidades. poliveas “gu superioren non eeogaoscent ara esta corrente dogmitica, o poder nfo pode ser exercido contra a ordem Juridica positive nem contea 0s dieitos de ferceitos A intengao das insitugdes politica era. como ji se vv 4 realizagio da justiga e, esta tambem jo. vimos— era Sonsiderada como reapeito pela ordem natural da socedade, Positvada no dicta teadiional Dai que o peinsipe vile ose Foca” se ugir conta os dtames da moral poli © do deta Postvo ou, o que €o mesmo, conta os drcitos das subditos(") sta ite correne accla. € certo, a disingSo entre potest ondinara ¢potestasextraondinaria, reconhecendo gue © Proprio im do goverao —o "bem comum a "conservagdo do Yodo" pode exigr a derrogagio do direto posit comum (através Ua sua dispensa ou do estabelecimenta. dum “dreito paricolat™ ou priilegio), das imunidades e dietos des Particulates, ou mesmo dos preccitos do dicito natural ou das fentes("). Em todo 0 caso, ainda neste caso haveria certas Timitagées ao arbi real. A primira. era a de que intengd0 do, Drinipe de uiirar a sun porestasexiraondinaria n80 se pres ia devia ansparecet abertamente Gon seus los (0b pena Je fetes, ado ov pateneando, seem impotentes contra a direito GStubelecido)("). A segunda era a'de-que no cra qualquer Imteresse publico, mus. apenas. interesses fundamentals da Sociedade “Salus. & utils publica, necessts, aut justiae failo™ {no que se no compreendins, por exempla, os meros apuros Jo tesouro("), que justiicata © recurso 8 porestas Bo Ep a on me om 1 MA, Commi ‘exaraordinaria. A terceita ra a de que, mesmo estes casos, a ‘cluagto do poder extava limitada pela equidade, pela boa fe pela recta rardo Caeguitats. recta ratio. pctate, honestitate, & Fei dats", sem o que 0 seu exerico sera equiparado a tirana, leptimando prossecugio do rei emt juz, a rebeldia & at, 0 assusinalo(") Discutido er jh se, ofenddos ov teion dos pariulares pelo exercicio de potesay extraoninara, © lesado Aevena ot nao. ser indemnizado, Este primeiro esboro, permite-nos agora, de forma mais Ere eee cis ap cat de dono wn a sin at ae drole tei naa se ir Ex Sma em oar Cammemarn. AO2391¢% a NO ane ice, tS ane a9 na os ‘cots temonertnas nto hit seodo'loniaa esate tel In as Common 1402.) 3, 3c nn sonar, Pend ima pais opie am 0s ditcitos decorretes do provimento em oficio pablico tem, na doutrina, uma prtesgfo mas efsciva do que aqucla que concedign em gra Entende 1 doutrina dominante(™)que 0 oficial provide perpewamente no aicio — a vitam ad beneplaitum (na Formula usual, “enguanto for nossa mere") nao. pode ser alastado do ofieie — mesmo do ollio concede. greta Imente — sem” ter dado causa. a iso, salva evidente ¢ Superseninte rgzio de ordem pblica, nos trmios gerais(”) Mas, mesmo para quem ado aliaha nesta proteegao mats forte de uum privilgio' meramene gratuito, o préprio conceto de "acto femunerstdrio™ adoptado sem hesitaghes neste dominio € mals lamplo do que aquele adoptado em gera, ele se incluindo no fapenas os ofiios comprados, como também os oficiosdados em remuneragdo de servigos presiados (ob bentmerita}("); com i, 4 generale dos ofiios gozaria da minima protecgio,— proteesdo dada a0 priviégio concedido per vam commactus Ou Femuneratrio) ‘Mas, neste ‘Jominio do diccito dos funcionrios, cram protegidas ‘mesmo algumas simples eapectativas — momead mente, as espetatvas dos thos quanto herdarem 0s ofc thos pais Embora a questdo fess conteavertida no plano do Aieito comum¢™), no plano do dieto patio entendiarse que @ tome ado Commemars:) poe aia as anager ton 2 tice Hl Pea in det, ats nude pe dara em On Fi, 199 (em ae se ota cst” impr rate pan em ee Ph Ei nc cide fe eS pa oe erneamen e soe? tran pro cocina "plenum" a hy, termes, 0 testo, 8 fon concn pb gto oh cone roo ce an ar, pes inane ie, ” 6 te seco wm. di dat hs cam Do'Rtann Liber aed‘ © On principe esta obvigado dar 20s flhos 06 offeios dos pais, Alesde que estes os tvessem bem Servido; em terms dea doaelo ‘estes ofcios feta 4 outrem ser considerada aula subrept ea) ste dominio dos divitos do foncionsrios constitu, asim, um dominio pivtegiado quanto a protecgio dos direitos face 40 poder; ao que no deve ser esranha cveunsancia de os jurstas Serem, cles proprio, em geal, Tuncionitios. Conta esta situaeo fe limitacio do arbitrio do" poder se encarnigou a lepslago pombalina("™ ©) A tute jurdica dos diectos dos particulars. Pode-se dizer que, n0s limites em que eram reconbesidos, 05 siretos dos particulares em relagdo 40 poder goravarn de uma futela juriiea extremamenteefican™), baseada. nos melon Jurisicionisordinirios (e no cin garantas polices ow no fontencioso administrative, como hojek"). ssa tulela deadobravare em dof momentos: antes da consumasdo do aeto do poder, através dum controlo previo ¢ licioso da"sua conformidade com o deta, « depois da su fonsumacio, tanto através da regra da nuliade uo fare dat decsbes as do poder, como através da Faculdade de oposiio Wun exceugto ‘0 conttalo ofisioso © prévio da conformidade com “as Ondenagées, ov Dieito” (O-F, 12.2) competin a0. Chancler 7), © durin cman ene nik, A VALASC, Conte tan a be. portaim 6:8 Porm De daansneace te Ta na pan Cm a on cc Sg pl wea Se cae {tet das usin Se pra embargo de nance os oncom a eqocatatorir ow agar ins CC) GLC. 2212s BALIN be 0 asm ¥ ht 320 (C) Emtora come veemor tiv 8's) spent Toe (6). Sobre em prs Cane Guaraso Vitae fo sare see ce ra de Seon te . Perio soma police compro 38 Mor do Reino. Este alto funcionéio palatino — eujs atibui (es princpaiseram ae de sclar e mandar publicar os diplomat Emanados ‘Jos Inibunais om oficais da ‘Corte — devia, 8 ‘erdade,verifiear se a8 carts @selar eram contra os direitos do fei,"ou Contra povo, ou Cleveria ov ouleaalguma pessoa, aie Th otha ou faga erder seu direto™ no caso de int aconteer, 0 CChanceler no deveria sear © publicar ss carta sem expr as suas dividas ao rei ou a0 Desembargo do Pago"). Da decisio Final do Chanester podiam os particulars less agravar para © Desembargo do Paso OF. 1211; 1.30.00 ‘Apestr de eventualmente slada' e publcada — inclusiva- mente’ por tet Sido "dspensada de patsar pelo Chancelaria” (Como fra comum, sobrewdo para Tugir a0 pagamento, dos Sieitos de chancelara) uma determinagio de poder eomraria| ‘40 “dieito expresa” € nulae pode sx a todo 0 tempo revopada (OF, LTS "Da sentenga que por dieito he nenhuma,e como ‘se nfo requere ser dela apelado, e como em tode o tempo pode ‘Sr revogada”) A dovitina dacutia 0 alcance da expresso “into expres”, nomeadamente a questdo de saber se ela inclua, pare alem das Ordenagdes e les, 0 privilegio. o reser € ‘o esilo(): mas, qualquer que fsse 0 aleanee da capresso, 0 ous ae. um enorme scince polit f @ ean du Franc onde oF montane tio fme dn preogaina Jr 3 age EERO ith "Gate M ine ce Seer cleave don purumentn) tenia simian 9 oa Cpu Rie: OF Ia a. . ‘ Comme. 111013) he 8 Manors. Dx Sn¥4 Commoner eg ran ed rere Pe 0 Hr dos is ue € ett € que no soos juies devia recusar apiagdo da Aecisio egal) do poder como 0 prtculrlsado odie opo se, metianteembargos, sua execugio. Os embatgos dean et ‘pcintads ou decamenteperaneo Desenbargo do Pays on Sob a forma de excepto, pertte 0 magstrado quem anes a deiso. do poder idm do embargo de nude or legal ra ainda uiiiado, como medida: de dle. ds stuagtes juries dos particule conta alos dn pod o embargo por bry Sapo urea. About enna na seats de tm vico-davontade do soberano,provoado au pla soneyaeao 4e faiosverdadsros relevant part tomade de deco (verum tacere) ~e estaace perante 8 brepgdo ou ps apse, 40 de. informasdes Yahas, tamer reevanee esses Ualstaen’ proponer)” Tambémn ste embargo ‘podia set Spresentado ‘quer na Chanclaa, gusr junto, do magatrado ekecuont) 0 expstieme dos embargos — mits vers suspesivos da ‘cau do acto do pode (a expe cra no dito fse 3 Jo rincipio soe et repete ou, a8 termisog: Mera. a9 prviso da excusdo préia) enagucea exordinars mene a eficicia do poder Os seus actos pot see de facta, am) coninuamente paalnados, perm qualgcr tribunal do Teno, por uma aposgdo ou um charg, Iso evou que, no Periodo do abwolisme lumina 2 tne procarado iar Sa facukade de paratsar as dterminagier do sobeano. Etre tis, 4 medida tomada fi, nomeadamente, 9 de fret 4 oe todos’ ox embargo de obrepyao ede subrepele fos aptsenados perante os tite donde emanaras providenon fimbaretda, Ov sea," perante os ibunais da Cone (a Jake amen por uma tn shag de rove Ma Cc, ou porue scl Geamest a i maa ow a8 eter fla uma Ye yt deo Cm vs Se atin pee on pa Se aan rh ne Gommemaria 12 (0.1.8) 2 Se as dint a ‘aro rao do tango, oeaiamens Sue, apes Se Pra ena pai conraig 39.10.1781), Com isto, no 56 se diminuia 0 niimero de tmbargos dado oauimento dos incSmodos edo scu custo —, Como se asegurava asa aprecingdo por tribunaispoliicamente sais controlivels(") D Conclusto. ste panorama dogmético permite-nos_sublinhar alguns teagossigniiativos, do ponto de vista juridicoe socolgieo, da Teoria moderna do” oft pablo Em primeiro lugar, ocaricter comum dos expedienes| jusisdicionais usados para a garantia dos direitos particulaes. Ao Contrria do que hoje acontce em que os diets individuals foram, sobretudo, uma tutela poliico-constimucional (nem fempre sciuivel jursdisionalmente) ou duma simples tela Administativa (/€, actusvel perante a administragto, por meio fe recursos gracisos, ou perante os tibunais adminisirativos, por meio de recursos contenciosos), os meios de delesa os Uietos particulars eran meiosjuriadiconajs comuns, actaves, fem geal perante os tibunais ordinriow {Em seyundo lugar come consequéncia do que acaba de se dizer 1 er 408 juristas — jules, adVogados ete. — (eno ‘0: lepislades ou aos politices) que eabia © papel decsivo no Sistema de protecglo de direitos. Com efeito, no havia guaisquer {truly gerais de garenia dos direitos com a quais se pudesse combater(nomeadamente por meios ao estritmentejurdicos) fe abusos da poder. Todor os direitos erampaniculares © Inividoais ©" deviant serreconheeidos. por umn ibunal. Em Shima andlse, cabin aos uizes decidir (bastante lvremente) da xisencia eextensto dos direitos dos sdbditos Isto exphicn, por xed ‘do tn Goo aA Ie probes pe ‘Avise gers cov 83.169, prbemae os mrp eyo so aos a Tekan, por tema, denindo de um feck paint Jinn oo nc tl Se Fe Ev Mak et sin tum ado, jf releride “religife da carta”—e, logo, a impor: Uncia.decisiva, numa estratégia de defsa dos direitos, do hotiri, e, por outro lado, 0. papel decisivo dos juristas na trutuea sal do anigo regime Em terceiro lugar, sistema de protcgdo dos diritos privlegiava quase exclasivamente ae stages adguridas pelos Sqrandes subdtes™ (eidades, senhores, rendcios, bang ros — numa palavra, todos’ aqueles com quem o rei tinh Felages juries esptcais de tipo contatush, Todos agueles ‘om os quais 0 rei nfo tinha relagdes deste tipo (ou sea, 0 PONO mivdo) apenas podiam contar com a sensibiidade do rel acs seus everes deontolopicos, nomeadamente, a0. dever (moral) de fume a6 es Por fim. ¢ em contrapanida, nos dominios em que a proteceio era efectiva, ela rare num grau muito elevado, uma ‘ez que 0s fesados podiam paraisar os actos reais por meio de mbargos. Este cardeterparalisante do sistema de protccedo dos ‘ieitos dos partculres tradur ainda 0 carter partnado do poder polio, tipieo da sociedade corporativa © do “Estado” de frdens. Dal que’ ndo nos devamos admirar eran feula iuminista contra os embargos econira os poderesTisealizadores do Chanceler Mot 9. 8 aden aso central. 91 musa ‘A. perspectva, tradicional — que, 20 estudar 0 poder central fentrava toa a atengdo sobre'a pessoa do re — detava perder uma serie de enloques de extraoidndvia rgueca no plane 4a explicagdoistorica, Por um lado, perdia de vista, fequentemente, que 9 “rei cm termos sociolopicos, nfo € uma pessoa, uma vontade, uma Pretensdo de poder, mat o polo onde se erstalzam ou por onde (7% para can problemi, ofndamenal ange de RAL La riot fon" fomalimo, segue eaplo Sepp 4 Pood sina police coparatvo, a se canalizam as pretenses de poder de grupos: grupos que Podiam ser, conforme. as. épocis as circunstantias, mus diversas (certos nobres da corte, of valid, os conlessores,certos funcionsris, cada wm os qusis repeesenande, para além dos sr inereseespesoais, os interesses de certs grupos ot facpBes fo pelo menos, eetasperspecuvas do que Tess o bem comm). Por outro lado, quae sempre se perdi de vista 0 estudo da dminisragdo central que, salvo nos manoais em que toda a ‘dminisiagdo ( portanio, também a ceotral) era trata Sstematiamente, entre nos quase s6 fo recordada quando se tratou de comemorar a fundagio ou tragar @ genealogia dos actuals érgios centrais da administragio (vg, 08 estudos de Virginia Rau sobre s Casa dos Contos, de Mareslo Cartano sabre o Conselho.Uiamarino, de Eduatdo Azevedo Soares sobre © Supremo Tribunal de Justia) ‘Ora oestudo da administagio central assume uma importincia anscendente, do ponto de visa da histériajuridiea eda isteria social por diversas raztes: Em primeito lugar — comecando pelo mais imediato —, 4 descrgho exavstva da extrutura e funcionamento dos orgies ‘iminisirativos da corte & indispensivel pars a liizagio dos feu arquivo que, a maior parte dos easos(excepees S80, V8 1 "corpo eronologico” do ANTT e parte do espaio do Argue ‘dos Fetes Findos, sujetos a remodelagdes moderas), conser- ‘am —e bem "a. sua organizsio original, devaleada no process bureeritico de entfo.Pelo queso e conhecimento deste etmite encontrar as poyas destjadas e seguir o eu rasto no labiinto do expediente adminstrativo. Em segundo. lugar, a organiagio buroertic,é, em si mesma, mt orma cullturl, Ela representa uma ceria imagem da Dnganivagio eda ordem, repercule uma certa hierarguia de alors, serve — conscente ou inconscientemente — cetas Dretensies de poder. Cada época tem, assim, um certo “estilo” Burocritico como tem unt certo "stl iteriro ot esttico, Embora esta historia da “argueotogia” (no sentido. gue M. Foucault &t& palvra — i¢, 0 extodo daquilo que, embora no se tena consienia disso, “etd na origem de") da administra ste ainda not seus comecos, nourse j4 hoje uma tendéncia pra procurar defini tipologas da organizacko © da aco [ndminisrativas, seguindo, até certo ponto, pstas tagadas— SMa ver mais por Max Weber = i as sini Em tereiro lugar, @ organizagho administativa. nfo: & pollica_¢-sociamenteneutras Ela serve ouproporcions ot Drojecos politics de grupos. No sistema politico modero, iso € Particularmente claro em relgio. 4 "burocaca™ grupo socal five contro seu poder com bate no seu donnie sobre fpareho da adminisragdo. Assia Nstra administrate de poca moderna hide set dominads pela preocopagto de estudat ‘ov nascimento. «desenvolvimento da boroeaca, Ou. sj 09 roves que permitiram gue um grupo soci inicamente Aesprovidos de lestimagdo social para exrero poder adquirsse ‘. prestgio socal que The" permits partir ele com as Slates feuais eno temo "do process, marginalztas em Felagio ee poder Em quarto ugar, importa saber quem ext a buocraci, Ito 4, quis eram os grupos socials onde se recrutavam os membros os ros" adminsrativs cents cau steve, del, anaicavam os seus projects polices. Isto se no parigras fnterior nos releiamen 1 um etudo socolgico tr buroeracla ‘omo forma de exeileio do poder, agora apontamos para um ‘todo sovloligice dos burorara sme Gtemores dese peer Como material exstente nd nostahstonogreay impossve evar cabo. nese momento. um sintse da situsgS0 4a administragho central trdoomedival © moderna tom exes sontomas, O que se procurou, portnto, fol apenas © tetat aliohar sigumas potas de perspecvagio estes temas, Nos altos 9.2295 nsaia-se uma deseriggoesrutural do tribunal 4a corte, votada prectsamente pare define dn sua “Torna minbatva, quer no~ plano orebico, Quer no plano Process allm ge se procurar former’ dades quanto a0 Proceso burocitico, ites. para a pesquisa arquivstea, Ne aptulo 96 estudase com maioe dette, um posco a ttle de Smosra, um ds grandes tribunals da core” 6 Deembarge do ago. ano ao Se lugar na mat sdminstaiv da Spore (dsinids pelo seu tratamento mateo polica de época © pla un competéncia, quanta ao seu processobutversticer quanto 0 ‘st lugar no aadréspoltio-nstivconale quanto caracteri so sociotbpce dos seus membros. Ecolheuse 0 Desemburg do Pago pela sua importinciapolticosocale pelo exquecineno = aque tem sido votdo, Periods stoma pce enpertve ms 92. A “toto” dos aunt (0s diversos rgfos da. administagso central vio. sendo coviginados por um processo de progressive dierencagio. Uo tribunal real (ou cura repo) dos primeira tempor da monargu, ‘Sem se pretender fazer uma desergo pormenotizada da sus evolugdo desde os fins do se. Xi at sum estratura definitva fos finas do ste. XVI, importa realear as grandes linbas de ‘exolugio bem como us concepedes que Ihessubjarem relatives & Uipologia “e hierarguia das materas que’ Jeviam subir & consideragio do tnbunal da corte”) 1 de os Gas Basa Hota desman pe eat ce sala ttowa Rime, Diets NVI end sft [peor pais coh cpt tobe etna a a as a ‘ssc int mmo Cat fan "ase Insane Lot Catvatho HOMEM, ‘Subsdion pag oN elo Seu ii re gi, Noman to Inotop ae Afoma, I “rena” 289) C0" a docunenae Picador Jone Fst, om Meranda dh Paseo d Feri Cha is pr (a esque, o fare ean g0"ANTI NGO me pte ses ote made SC ino ure {ioe Toa ti3012- agora repo, come or Mani Bratman 9 Ramen goin Co Se ce ee ny ¢ es i a iin} ou prease d comodo ¢ conse puesen spo gies ne nh por atc Cane on hana Sh ae Pipes Ordon Aon, de eo Cone ee et 36 Hii das sien madi do buna da sone fi desde muito cto infenciada por uma ceria vegeizago tpi das marae que subiam & consideragto do rei. mee Desde muito edo se dstingui, desde logo, entre matérias sis mates me, sonpondendo oe hima ih jominioeencaimente rei, pos o dro de impor peas ere comes um iciosninemment el” eat Inperian. Dest distingo vorsia distin des compete. "Por um Tad, dow moysrads platins entegns de onbvser as. causas cites. ey por obtror dow. magitradoy Sncarregados de conse causa ria’), Por su era ‘aurea "ve" day queside. crime detote uma aor Proximidade dos magistador gc as ulgavany em rao tel ou ao micieo principal do tribunal real, “ Outa diingiotempord fol eta ene petgdes “de tga” (ou "diretas) e pegs vas raga” ou hcou), As Pimeirs vsavam a apsgao do dei agente, segunes ‘avam um objetivo que ago posi scr consepudo coms Mera Alicaio do dire vigeie ou por mpl uta sa derognelo 0 dipensou por cir no dbo du de deserinaa soberano. Ao pss ae a primes podam eras pis ‘ios ondndros otneon da aplzacho do do, seundes xiglam jl uma intervene extaordinra inducted do Soverano (nomadamente, a dapensa da Ie Dat uc. se nts ‘vou, exec no ndo bale , postrorteh Biles STE ecm ay ct CH enn nd care cde “Ons spacers tattea an erate Ieee 1 () —"tanoe por ime. em A Ls De CARA fesse Se dioeearctetsen Sete ac ities oaeeeaee Perle sons pico coperive m primeira pode ser desde cedo dspensads a interveng¥o do rei e ituida uma grande autonoma pars os magistrados encarre- fndot de at despuchar,j'nassepundas se manteve por via de regra a intevengio pessoal monarea, consituindo © dominio ‘Ssencialmente “politico” ou “de governo"(™). Categoria especial ‘ds potigdes de raga era constituide elas “petigdes de graga em matdia de justiga ov sje, por aquelas petites de praca que ‘isassem a alteragao de stuagdesjridicas (emancipagio, perdi, Testimagdo, insinuagdo de doagDes, conceado. de interdictos Postesérion) ou que disesem respelto 4 stuaglo des Tuncio- fries de jusga.|A sua pronimidade em clagio aos remédios juridios. ordiniios vail Tavotecer o estabelecimento neste ‘dominio de reas uailormes de dspacho e conthibur para uma Suu maioe autonomia em elagdo ao micieo mais "politic da Atisidade dos orgies cena”) ‘Outea distingo ainda foi a que se estabeleou entre dois tipos de recteo para a coroa,—o recurso de"agravo™ Tundado fa clara e directa viglagdo do direito pelo juizrecovida; © 0 fcuso de “apelagio", fundado numa defiiente apreciagdo do aso, quer nos aspectos de dieilo quer nos apectos de facto. 0 ecurso de gyrate mais Tacimente deciivel, dado o earicter irovieiro do ero do juia © mais grave, em vista do. derespeito pela Te gue cl impliava ~~ mantevere sempre mais perto da Coroa, senda jalgndo pelos magistrador se mar hirarguia do ftibunal de corte; cm contrapatién, 0 recurso de ape flo mais teens € poitcamente ‘menos elevante — foi (2 ds exits 16 ii rn “one as ace (ob 23 tn 31/2 chem ms Ordena ‘oni: ont» inet pe ge dpa (C5 Stoned de “pee de grasa em ea ge » Ste ost pant eta, Fane el AF pene Sega rena a0 Renee ss rmdir dP Se {iv diemnurpores o pss aque omar pes de gnc qe soa Sept ean panna soe Sy" © a ai as niin faciimente deinado a auténomos(" Finalmente, atonomizowse sempre o conjunto de matérias be correo relativas& terra onde a carte se encontrav, matérae ‘que — em obeditnca 2 idea de que a jurisigio do rei devia Prefer a todas a8 juridigdes infrires pelo menos ha tea ‘onde orci pousisse — cram” avocadat dos coregedoree ‘ordindrios ("ortegedores das. comarcis) ¢ submit. 405 corregedares especiais."dacorte"(”), Tal como seeutonomizou 9 oajunto de matras relativas ao parimenio aos direitos reais {e'também da rainha), conjunte” para. que for apartado umn Iagistrado especial, normalmente liao” a cleo mais Aignticado da administragto entra), fos palatinos subalternos ¢ mais 93. A mate ttn bes, Este recorte operado as matérias © competéncas do ‘wibunal da corte origina uma certs permanéncia no que diz ‘espeito 2 un estrutura geval, permanenca que sobrvive As ‘modiicagSes conjunturis ‘Assim, nigullo que, primiivamente, era 0 tribunal indfe- renciado do rei é posivel identiiar, com v decurso do temp, alguns nileos auténomos que consttuem 0 embrdo, dos const" “ow “tibunas” epeizados da adminstaszo 4) Nicleo votado a resolusdo das quesides de grace. Sei ra terminologia de hoje, o-alleo “politico” ou “de govern’ ©} A ting apres nos citdos regiments de 136 (0b. it. SD nus Ord, 4-0 oie dey grav at, a, como sot ‘ri Man. dx pips magitrados da Casa da Supine, o esembars. ores don ares (arama). Tambl ea evant ars rb ssptecias py 'oconecimeata da ects Until ene recur at eaten jes cursos as seategas neroeias (a OM Tipe 18 (90.4, nt Matar L824 OMe, LA: L403 101d Uh At 110) As Ordinate Alois feirem tnd» preset forte ouvioss especais algns “pander” do rina (ct, tps 20) Perils soma pla eorperatio Pa ‘agucle que mas intimamenteaderia & pessoa do monarca e que ‘spunha, pornte. de uma menor autonomia de julament. Este nbcleo nfo permancces Romogeneo pois, 4 medida que ia aumentando 0 nimero de negdcion a cargo do monarea, ia Sendo mais claro que ese nfo podera ler «seu cargo despacho pessoal de todas at quesdes de grag. Assim como se maniesion Fambtm a yantagem de assignar certs funciondris permanentes para o-despacho de matérias de idéntica natureza. Iso lvou 8 {ue se tenhadesennado a tendencia para. cian ‘specilizados no dexpacho de certas pigs de pra ¢ para ct Certog cos, Ines conferir uma reativa-autonomia de despacho Eo que se pass, desde logo, com os Veadores da Fazenda, surgdos como cargo auténomo por volta de 1370 cencarrgados fle supeintender na adminstrapfo da fazenda real), E também om os Desembargadotes do Pago — ji reletidos @ parte nas Ondenagdes Aonsinas embora com wm mito este auto fhomia. de decsio(™) nas "materi de-graga que tocasem justia”, Sé_sparecem compliamente aulonomizades como Srgao (Desemhargo do Pago) nas Ordenacdes Manuelinas(™Y. a sus competenca prope ndo deixar de aumentar até aos fins 80 se M0". Sé'o remancscente das matérias de graga continua a ser Aespachado diectamente pelo soberano, auniiado quer pelos 7 OA. L faq, ¢ sree oe Nomes Dison «rnd de jig” que ens ain The competi fagravo) no matras de proce ( SIRS: sds ye ost dea ~ Ook Men 1 Eek armen 7) TAS hl 39,387 188 wo Hi das tis iis da sua asa"), quer pelos ofits de “puridade", dos unis 6 deta © ergo de purdede e, mals tide, 08 Seeretrian de despachoe). 1 Mice espectalzads mo despacho da maria dep Desc nico que constr © embrdo”dos:fturos sibunais “de justsa” du Comte (Casa da Supieagho Case Jo ive faze parte aeton subnclos ‘Um primero euida do conherimento dos aprevs, ine posios utr dos juzes do tebunal ea quer de quaaquet Stes Inlgadores dos gas se devaagravar prs core, Num primero Petioda, 0 julgameno. don agravor compet ao mice que Acspochna a. pties de pragn cm sate de utes © due Accor do facto de as pees de apravo stem comidradas fomo. aqua. gue, das peligics de niga mas" prosinas Sstvam das pies degre, Anim, ne Ordcagtes Aon, @ ‘conbecimento dos agravos € ainda do competences Desembarzadores do Pago da Cast da Justiga) Num Segundo momento. comptenci parts despasho dos ‘grays separase da" competaca’ para o' conhccem das petgdes de prava e€ comida un aubsnicko epraifcy que ‘cups hictarqia mais clevada no nei mice de son Dating voto so" diatho dos ese de jute fevehindo, ands_Gma ver, 4 Tesponsablidade © presgio ‘ibuides «esa carele de naire encalmente én Nas se» aun da regiments deter aia inn One fs E88 soos ‘gregh it ors ec de cole as a so ea eet sep fl as ltt SS ie 8m ini eh ir ote Creer F Marites, remand Leagan Hones 2 Bis Resin mor Scns desc cae gos Perks sens pio corporate a Ondenagdes Manuetins, ocupan-s desta tara os Desembarsa~ ores dos Agravon da Casa da Supticao , a nivel inferior ¢ Subordinado estes os Desembargadores dos Agravos da Cass do Give ‘Um outro sub-niceo ¢ 0 que tem a seu cargo ojugamento das apelcdes, quer dos fotos eels, quer dos feos cre. Os Iagitrados. ag inluldos — que, no seu conjunto, formam {tqulo'# que 4 poderia chamar tribunal judicial ordinrio da ‘Sorte ~~ esto normalmente dividios em dos grupos, de acordo ‘Soma ditingBoérelerida entre materi eiveise matriss crime. ‘As apeluge rime sfojlgadas por um grupo de magisrados de iterarquia prestigio superior on ouvidores. As apeagSes Geo lad. por um arupo de magia ens Imporines que dese cedo zanham uma cert autonomia em relagb ao tribunal real os sobrejuzes da Case do Ciel. Esta futonomia como jé sede, a contraartda da menor Importinci poli das matérias aqui tratadas e, também, do Carter tentco ¢ padronizvel dos olughes. Nas Ondenavdes ‘Aonsina, este grupo € constiuido pela Case do Civek™) aoe, fis Ordenapoes Manuclings, sé aumentada sua estutra Dhrosdtcac também sua. competence”) "Anda ‘um outro subsaeleo € constulde pelos magisrados ‘que devem exces as fungdes dos corregedores no lugar onde @ ‘Sree se enconta, Sion Coregedores da Crt, nas Orda es ‘Menuelinas dviddos em Corregedor do Crime da Core € éonezedor do Civel da Corte) FON es a 132. ps LI 1.5 OM ps 2p fo apie um bares mate xenon ded er trom, devo tabsitor 0 Reglor Goveradn nat sea fas © ‘odinaton (NN Cae do Cl apo Or. Afonso epee at “de 123498 (deaf, shh Nena Ongena apes ee do ‘Sau e Labo fo jelats por go ppc perctaieucromunds Sea ee de aac ibn pe Sth en son cui ea se ah Interea (oly GoM 1; 132 133)" Desembargadores don Agravos da Come (9), 0.4 uric sol pes SDL pests 01M. Later 5 - Pind sina pale camaro _ we Finalmente, outro sub-nicleo do nicleo “Judicial” € constitu pelo magistrado encarregado de jolgat a8 cousor Felaivas a fasendae aos direitos reais (ou 40s dtekos da rain). “Tal grupo ¢constivido pelo Juls dos Feitos da Coroat") pelo Ouvidor da Rainha), eu competéneia por vevescolinda com & dor Vedores da, Fazen es 3 ), sl ON a hanna Ete nde const pelo 7 y) Esco da purdae ou, als de, Chance Mor do fino a Sg ‘quem incumbi sho principal, verficagio. da Jrsdicdade a Selagem das cartas do tei € dos outros altos funcionios palatinos (excepto. dor Vedores da Fazenda — cf. A OVAW12,10%). Alem iso, 0 Chaneser tinha ainda out rules menores (pasar certdées de documentos em arauivo, atmos ove mesmo, ate es Braciosas, como 8 pastagem de cartas de tabeltes, escrivies ¢ chaneleres das omarcas ede ovtros ofciais subslternos de justica™) 4 antes se disse que nfo é a mesma a dgnidade de cada um estes mlleos. Alguns delesconservardo até tarde reminscencias (4a sua original gagdo. ao rei e da matureza regia as S035 nie aS err me ese ot (OM. L611), Também o Ouvidor das feitos da rainha aparece em qualquer POT tue aes ior i ‘coven sneurepese, do cnheinento se Meld ona etait ae Fe 4 Ong da A gu nate a eS ay aera eae ee insane ae toe eae uribuigdes: outros, pelo conto, cedo perdem os snas da sun imei eign No pimcto caso, etd 0 ncleo “polio” ou “de governo™ que, na feaidade, 3 mantém até so fm Jo nligo regime como tina "mera extemfo da peson do. soberano, sujsto en Sontaparida "a um apertado controle. por parte dst, Fundamentals, 0 mesmo se pode der dos Delmbarsido- rex do Paco, aos guais compete conhecer dos assuntoe de saga fm matéra de jusiga. Embora sempre lgados 20 nicleo mals Snobre™ da adminstragho patina (unham assento. na cmesa principal" ‘da Case da Justiga, Orde A Ll pi) foram, 10 Entanto, ganhando uma autondmia progressiva Ue julgament, Aespuchando por Si desde, pelo mcnon, at Ordenages Manuclinas "uma série de petgdes de-graga(”) © nfaer iando decisiyamente, través Wo Seu pareer (8 consula) & Seca final’) SSSINO sei, "os tribunals de_justig, os sleos_ mais presigiadan sf0 on dos magsados com competencia para Jilzament dos apravon dos fos crimes mais ve dos tos diaoroa, Sto est, de Tat, om ue tem susenfo— juntaente camo” Regedor ¢-os desembargndores do. Pago — a smest principal” da casa da justice (el O-Act.Iope.)(°).& gual 0 rei Gnd'em rege, presente, Aum nivel jd inferior se stam oF Ne Ordoes Aamo devemarpes do Psp pia eet ett eS am i ie ae iter denial fey aie oe hn tat ash erie, digtncas islets, concasie de revs spe do Senet de fins de jg ede fae, dope Shae sie Sci Copia, Bue Neer ba 1 tf aio treo ue se pode encontrar vom dstribeedo dow jules entre ae_duat ‘Spo Si ah ants (Coarse a a “Cotes de ives intitos de stra Portguesa HI (Lisboa 1750) 399 Perky sms plies crpraive as rmagisirados encarregados do juleamento dos restantes tos rime dos feitos eels por so, nfo fazem parte da “mesa Principal” da Casa da Justia e, por vezes, nem sequerjulgam em olestvo, Em contrapartide, a sua autoomia de julgamento € Completa, salva posublidade dese agravar ow apelar das suas sentenas 9A, Unk deel, [As mudangas vriicadas nesta estruura durante s séeulos xv @ XVI seguem varias linhas de Toga ima dela, a de uma progressva dverenciagdo, especial ase homogeneleagdo das competencias de cada gio — dai a'separagio, com as Ondenavdes Monuelings, dos cargos de Desembargadores do Pago e de Desembargadores dos Agravos: Gaia progtesiva concentra de toda a jursdio evel na Casi ‘do Ciel dt a porda plo ehancsier mor das suas atrbuigdes "de raga” ¢ transferinda desta para o Desembargo do Pago. ‘uma segunds linha comsste na continua diminuigdo do Ambite de materia em que ee decide pessoulmente ou através dds seus olay de confianga, Ese facto — que di progres amente a esirutura de administiagdo central 0 aspecto de uma “puocravia deserebeada” (Rk DURAND) — tesla quer da ‘Sueesia ctagio, durante todos ov seeulog XVI e NVI, de Srgdos| ‘Sspecaizados que se ocupum das vérias ctegoras de materia de aga Conselhoy da. Fazenda(") Mesa da Conscitncia © ovement. bon T1820, dando SM. Seat Si apna sbang on onde nn dine ets TIEERR aotthc tees ni oman Exar hr titi Pah er, en, oi ‘oon oral Gn, om i to ein ens Me Mi dat sien Ordens(, Conselho da India™), Conselho de Guerra), Conseino “Geral do. Santo Oficio’”), "quer “dt ancmis das ‘struturas répias de coordenagio, Na verdade.¢ patente ‘eseaulirio ene a estrutura burocritica dos varios “conslhos Fégios — dotados de um imponente aparelho burosrtico de $s 2 BUC no tia Mice om poe ene Para Ean Tenamenta Neu Dr Uo Ean rea Bp own YS ta a Cte ¢ Ones sina pr, Soo Men Derma 5 pts pad sms eee pe soa “eStemcanca” dy monel Con 2 imei a wes ae mae seep pa ain yc in Fea ovens 1 Oat 2A on 29 a) vd. “BEDC™ a8) 26890. Cagle Martial me WiNTE Le “ems Coen Ss 8 RE i) 0 conch ds inf cdo 2671404 exit em 64 hint Ind gamer ode outta helsnde Bes heen NLU © Cano debuts, Lsbos 1982; MARCELO CAEIANG, O Comet tram ete dea hr ti asia ou Yor Ina oe ono ‘roe jdm ce i ah on hn sa eas Comcha da" Guera tebe wove remcnto cm 72.12 168. ogra {Now ca Srp srs ee aerate Cae Sah i'r aig tee See oo (3) Evins weno te 0 Trl Sante Onde {flag pos regiments de 13821570 leh «716 Parana cme "Sil di” do Po Gon bapa Period soma plc create a ‘speciosa tequlamentago jurdica — a das instancias directa mente higdas ao soberano — redusidas a uns quantos secret Flos e eserves da camara real eu um vagamente regulamentado Conssiho. de" Estado e desprovides, até muito tarde, de Fegulamentagio Em todo 0 caso, auséncia de uma deseo politica centta fado se manifesta, entre ns, em tio. ako rau com em Espanta"). Part to teri contribuido vos factors. Par un Jado, a isttucionalizaczo,em 1569, do Conslho de Estado" ‘que ver substituir a aceSo pessoal do rei, do chanceler mor. do ‘Serio da puridade ou, ainda, dos valtdos (ou privados}) na Setnigho da politica geral do reine: na verdade — com a texcepedo do peiodo filipino, em que a cvordenagio da politica portuguesa esteve sobrelio a cargo dos Governadores do Reino do Conselho de Portugal em Madrid —, 0 Comselho de Estado Const um nico restrito bastante permanente de “minstos (de despacho™ que assesorava o rl nas matrias de Estado (mas Fee ar Toate nme eee Foren eee een, OL gece sre Sista Sar ta, sgn iia 1 WC al la ue ii at tiie ‘fo nas matériasordiniras ou de expedinte). Tal foi a politica fe D. Joio IV e de D, Lula de Gusmio enquanto tepente (reunia todos os dis a chamada “junta nocturna”) de D.Atonso NI cmbora agut a coordenagZ0 politica fost feta sobretuda pelo eseivio da puridade e valklo do monarss, 0. Conde de Casicio Methor —, de D. Pedro Il (que rnin teglarmente 0 chamado "Gabinet do re’) e, até cera altura, de D. Joao V, feinado em que © papel de coordenaglo omega 4 transeri-se para os seertirios de Estado(”") e depois, para utt “instro Universal de despacho", embrito dos fuuros primcce-ministros, ‘atgo gue é pela primeira ver cupado pelo clebre Cardeal Mot (De Joho da Mota © Silva), (2) Aa sects do ei so era formalcte por spt de 2s gute ect ann em (Ghat de As Srna de utd noo nn) se feels frist 3b de boy como cris do tao nator dep ‘luna huopndaFascenco Mast Thetno Oe Anneka Monat, Moma soy nite pred os se rae ewe pnt case A Rel at Se Litho” 1 Pa 1 13 a tra sae meets eigen dr Pores BL thie Pune 8) 37sec Mate Bako Et i oe | Scone Ed eet sae “OC ah fr hme Evjagr tidy de Bh. Publ Ess Pua Ege) Bos erie de at dpa ey Mai Up eins Sireketr a ra Ett mounr Reyoragtornt arpa Rm oat $n GER Net eC io ate ew Sibel “Anaales fo Sots 1a tebe FRANCOIS BLUCKE, Lint died edn Bare Lo M1 fide) 3, NO te ‘E189 82 Gs roe esti mts Pane Gene Wisin AEB nar P on Periods sams pice corre “ or outro ido, 0 acto de, donate o pide fine. 0 pao teal deer pasar por do rps de oorenag. 05 Gorernadores do rena) ¢ 0 Comelho de Pongal") ge, foment tom alguns tesrtrion gor dotador de foe fersonaidds pole ug Miguel de" Moura), Miguel de (icons Faneuco dc Lava"), Dig Soa, Franico {Meng} mpsinut olin portugues ua ceria ide SS como fr xs ani de cordenagao 9 irra ctesinamente 0 dominio das materi de Eso (0 at Sten Je govern subvaide compen doe "bana Speco), Rox tcunee onc covdnia™ ow de Spades 0 Wepacho continiva. 4 ar fo penal € iobdnmente pelo eh atrwes dos soos at pers doe "scala in don sabonais competent, Ey nese Emp “gut come vimos thangs su cxten «importante farm Ue deletes conden ca existent endo of SSjteinfatncia parle conga’ do derson {Tuna . mesmo dv dveron eretiin por Ss0ehe se deci," faba por se orar prtonsive dor peer dm Sines consiton tunandose n Pensa no fatero Se {nl 0 proven desora) A smonergua ocx asim com ‘sennto, Hira se Porro sit, 1¥231 Exe vos regiment us MeSUATa¥ dai Ada Cos. CV/248, 0. Pa CCAD, 3) acca usche de Ponagsies We 31 svt de ctu, tenn, 0 soo Frese Cat ei ry ei at Pe MoReEe spars Naso Combe cm oe pes Le fi sabes ab ole Circ de Crd Re. ei Rd iol Mowe rare pore ese, Lon TD or) M. 4 Be Conmenari 79) ned, nmin te {adds elt conto © iia CE a bear 0. a as sie uma (ansformando-se num) “polsinodia"(*, poiinodia que poteneia 0 poder politico dos junsias terd permiide sm Suficiente controle da-nobrera sobre os mecansmos do poder, ‘Uma teria linha de evolugio, estetamente relaionada com a anterior, maniestse. aa continua autonomiagio. dos consclhos em relagho ao rei, Ndo 36 em virtude da progressiva Auisgdo de independtncia decir em vine do slargamento {do ambito em que o despacho é dlintiva sem o "passe" real"), ‘mas também pela aguisgdo de importantes lacullades de auto: Fegulamento através do caritervinculatvo da propria pane dc funcionamento (estos). Esta autonomia dos -consethos em felagio. ao rei nfo. é sequer” temporada pela actividade Fsclizadore das corte que, nesta época, est 6 em profunda deeadénca. Assim, neste regime em que o ei tem ov poderee limitados no plano da teri, pelo direto do sino. no plane 44a pratica, pelos conselhos — oF "conselhos” tea poder na Drie ilimitados,j4 que a sua supremacia poia sobre v ret é companhada de um dominio’ incontolada. sobre. o.pedprio ireito (ef infra, $18 58). Seca (0 dois seguntesorganigramssnttiam a distribuigdo das ‘compeicias da administrapao central em das momentos chave (© primero, nas Ondenagoes AFonsinas (1446-7) que cultivar um processo de organizaco datado dos ukimos rinados da I Aina, O segundo, nas Ordenagder Manustinas de 1521 que (a0 nt: eceptn stam a conan saan poops qo Ha pare eter fom 0 mau atta sm esata es a 10). Dunas, at ction i= aF te Pa 69 1S et cemnee ma ines 9m Inher po efor es ou o's regs) ea co de Periods soma poli ceive a contririo do que se passa com a regulamentaglo da vero de 1SI314, ainda decaleada da das Ordenagdes Afonsins) rem ovis perspectivas de “organizagso que. serio. devsnvolvidas durante todo 0” séeulo XVI, eristalzando-se Finalmente na fstrutura que encontiaremos nas’ Ordenacies Filipinas 96 0 proc brrtin de admins cn ‘As praxes de despacho das petgdesenderegadas 208 dros dda administragho central, al como as encontramos nos fais do se. XVI, parece terem-se constituldo fundamentelmente & partir «da okima metade do séc. XIV e primeira metade do sie. E entdo. por um lado, que se estabelece a pritica de os ras da adminstrago central darem por eerito 0 seu parecer (eons, "raxio™ Tensdo"K"). O aparceimento da "consul cerita representa, 2 nosso ver, um facto de. transcendente importants ‘na historia. edminisirativa e, mesmo, na historia sa'o ponte de vista do em rela vontade © tribunal objective of pontos de vista {ou os seus pontos de vist polos). que assim tunham autonomia em relacho aos pontos de vst “politicos” do Soberano: através dela e da sus fundementagio, 6 “inibunal™ Pression o soberano no seatido de wma cela devsio, com la, onsituise uma “memoria butocriticr™ que” se import a6 ‘wibunal e ao proprio monarc, também entio que se estabelacem os pasos essenias do siteuito buroeritico, nonfeadamente, 0 despacho. por “rol” ow “ementa” — ost, 4 pratca deo el nko sina eladamente 1 despacho de cada uma das peliges, mas de ssinar apenas una lista "onde, brevemente, se enuncava ¢ seu contebdot") on aad ie et donnie an ic ts tpt sarc ad cos eeprom cae {ito eo i cnar aun pt Suet em appetites eis “tad coms lfrmagio feo pao ue i Resa © ‘pete he 51) (7, Be dpc por emena ldinyna arat mals expo «mat tipo" Wess reales pr ase tee fgets at si dos nies Por outro lado, verfcase um sensivel incremento. d process eset, ao mesmo tempo que se estabeece a estrutr Eiculada: dos autos") Nos seus ragosgeras €a seginte a estrutera dos circuitos burocriticos das petgbes nos drglos da administragio central ‘A. “Monde somo shan de deembarg ples“ t36t 2) bite das pees plo F—lersontrie compete (pees cat matin dejo pete em mat de aa th = : ' tape pei eo fn neg ds pegs uo ee Stine Sept ee et ' fewer are peo ee chaorgto pelo ecto de ‘ Snot pte Sector Cemena 1 h bos na ‘ reenter ‘ontraadecon gener seep a cha pe Pee oe on mt nt pri eo irae de poate moa a: Santee sy a SA fori cen, Jn eke ‘ 36 Misra da snes Ones mani 50) et itn sett 8 sis er compen ‘ics open (Get pla sno eco prae each rel pot i ; a i a pte ede de 123) p ein dt ian de ns, ta esata) 1 rein da aa tl ae pt in earn SRR Rete ta pn ea ps Shey mtn a (0) Atm do cctv cara ral guia dos exmbargadore do Pao doers 4 fa ets de Cova, er Oo G2 Comite eum do Owigor a Rash (05 "Os dpachats pla Cando Chel no kam Chanel Mor rind inema poi copa a 99, © Desemarge do Pag. 2) Inrodugdo. © Desembargo do Pago €, af 20 pleno desenvolvimento da figura, dos Secrearios “de Estado,” principal 6rgo da administragdo central. ‘Aliteratura da época ientfca-o de tal modo com a pestoa do proprio monatca gue ox seus membros sia considerados como | fazendo parte do corpo mistco do proprio princpe("). Ele por excelenca, o Conseho Regio, prsidido pelo proprio rit" por isso. 95 seus membros tem, automaticamene, carta de Conselheros(") gozam dos privilégios por direto comum latribuidos aos conseheiros da cdmara (constant camerali) ‘estes termes, a sua competéncia era, em pritepio, a prdpria compettaca do rei("), nomeadamente# sobretada 9 66 TVs i Pio Rao, Lane ae Dexmbarge do Pa, eh i Bale Gore (M& Pee Communes as Rep en Pale See seu per & pespsa poder rl corse ua, oA Esau ms dee ua i. ‘membros do Comeho da Fareada ¢ Jo" Cowscho. de Esta) (bi oes 15 Eovead conto dare de Panwa. Pio Rat, aye” 2th hea veagadeD. Shao 0 Deter do fo ets nena sera To de Hone ‘Sein asin set Tren ae ego tacoma (RTO ‘into Eau sei) 6a pr a sepa nt done, X79 DP tons Cote peste qoe no ode Bours Tel, em a0 Mtge dt oust Ito Dug fo Cala B:None Aare Pee, (OY C1 Pro Riso, Lay i126)? lenoneea ee pelo sob or has ‘ : eo} Pro RM, Laie AS me JORO CARVALHO, Nut (C5. M, Mewors ot Extra Pon btn. Bs 2+ 2408 tcl oP. por de eomam upras aoe pap oh ase a densi Aispensar as les"), usando da porestasextraordnaria que so 0 fei competia € que os oultos tibunais do. papo no. podiam exer) TAS. Ordenaeies (O-F.'13) € 0 Regimento de 157.1591, anexo ao seu Liv. 1(°), Festingam, no entanto, 0 dmbito dt ‘ompetencia do Desembargo do Pago, As Ordena diam, num frmola eral, este imbito como sendo 0 do dspacho "dl Drtigdes de grag, que nos for pedi, em eaust, que & Jutiga Posts foca.. que ndo seo, nem toqucm a dicts feas, endas, tributos noses” (O.F.L 3. pe). Fieavam, portamo, fora da Sompettacia do. Desembargo do Pago no 50 as ptigdes de “yragraga” (mers em privigos, honras,ofeios) — reser vadas para o despacho pessoal do rei —.e a8 matériasgerais de foverno-—feseradas também i decisio. do. soberano, cven- ualmente assesorado” por outros Grgfos palatins. ji rele~ fidos mas ainda as matéa da Pazenda—reservadas 20 Conseiho da Fazenda —'e ay matrias de justin — reservadas fs relagdes” (Casa da Suplieago, Casa do Chel e, posterior ments, relapbes do ultram Eas limitaglo da competéncia no diminua, contudo pelo menos perante a feora poliicn da epoca ~ a uignidade deste tbunal. Pos ficavarine.reservado ‘um dominio. das iatérias de ustiga, —matéris que enllo se. considera onstturem 9 eerne do minus real (¥. supra 143 s5)—e Jstamenteo dominis mss nobre.aguele cm que no se jul egundo "ay aguderas © sobiiidades do diteto, mas segundo a fsidade que’ ditada’ pela comsciénei"("). A mssio do Desembargo do Pago &, asim a de "administar um poder © vba) OP 0s edge a daa re con - nis a panels chm o que Ps {2}, Sobre os enmenin amesones spe Ope, id Period sitemaps corpo ~ jisigto absolutes, dipensando as leis tanto nas matérias Gives como erminas"("). Como veremos ods a tudes faricalres dese tnbunal lo subwumives a sts ein el 42 sun compettnc 'A propesiva sbensfo dos drgos de governo pesoal do sci — prime, no tempo dor tes Ausieas © Coucha Por cm lai depois ow sertis Estado i fomeatar um entendineto sacesvamene ras festive dt omptncia do. Desembargo do Pago. Sen ins dose. Xv inkies do see Avi se entendia a eoumerag' da conceas atibuigbes de pra eta nas Ondenaaes¢ no Regimen como placa 3 na ean caged se Nie comer interpretar pontaimente 4 enumeragio das compete Tega do: Desembargo do Payo,enendendose, omcndanente ue © Seu poder de dspensar ar les se trnga apenas aos aos onus no regimento™) 2) Comperincia Apesar de, tcoricamente, se tatar de umm dreo apenas consult do ri, sto do quer dizer que Desembargo do Pago (Jomo CaRvauna, Noa methods ret ama (© Me Misoes beast (erie lations ve he a Sd. .3.n. dente gue da comps do Bs apt gue eens finda or $431 ¢ 114 Go Regimeat ainda O.F-13.1).Também no senda de a erp aur fo occa do DP) Po Rico, (3, 8 apni de MA. Pens, Commons 17. Ad Reg Sem Pat, 2. e1"O Deemiurgs ‘t,o am eno de ‘Scripta wae ome cl gsi sees ose ‘Sqr alo perenne guar otro do pow drag Soe ee SE Satin ete peti te ‘tear pesmi do Drembure de Pago come coc ea spline he ete cma stot do cof eee ot ‘Snes a oon cpr ger om acm fevers sumas eats por” gue deg buna eras sor katt Bs Commit 2a 4H BH x Hel et hin rifo acabasse por consituir wm centro de poder reatvarnente Eutonomo em relagdo to. proprio monarea. Ele tem, em primero Togar, um dominio de competéncia scesivamente mas amplo, em que toma a deciso final ‘a inguager da epoca, em que nfo se veriia 0 “passe No restante, @ Desembargo do Pago apenss prepara os procesos para desisio real, nomeadamente através da labo- Facko de um “parecer” ov "conulta™. Mas. mesmo au, 0 seu poder de facto € mato grande. Por um lade, pode indeerit in Fimine a peigio.(resetsar"),nomeadamente quando, sobre Peticdo ionic tives recaido um indeterimento(”). Por Dutro. a sur opiniio que, pelo seu peso téenicaepoltico, nto pode deixar de repreentar una pressio muito felevane sobre o ‘ consderada pela dovtring como um tequisio esseneal fe validage das. provsdes("), Eso elem soquer esta 0 fnlcio de, pela nomeasso de desembargadores suplementate, faecr alter’ peso dos votos, pos ito estavaexpressamente proibigo pelo Regimenta(") Chote fbcnimo vt Mana pc 84 No vein de 19, < 5 pig. 38 [stano wn ares pubiado por M. PHAR Drones. B 2 Soul ce htm pug Ose n Se pi 60, fotando uma ede east “Soup Pray ai aa ea meee ir ha Pea Cumea 7M Re Periods soma pice emporio asi ‘Mesmo para além do. dominio da sua competénca, os DDesembargadores do Paco devem sisar todas a catas passadas| pelos est des da elmata teal. O fim desta vista” éo de verifeat| correspondéncia entre a carta ea ementa ou deereto real (”) mas isto nfo deisaria de constitu una ocesiio asada para ontrolar também os aspectos de fundo. A este controle acresce fguele, a que jd nos relerimos, que detiva da intervengao do Deseminargo do Paco no despacho. das dividas do. chancler sobre cats expedidas por outros 6rgios palatinos(™). so SN de an do Deni o Pgs Rep fetid amo epme das Ordena arias a ‘A competincia do Desemurzo do Pago abrange. como mos anterionment, as “matérias de graca em assunto que toque 4 justga™. A enumeragdo pontul das suas atrbuigdes — feta txtenstmente no Regimente de 1591 com menos pormenor. no ie 3 do li 1 das Ordenagdes Filipinas — contirma aguels formula geral, pois, na realiade, quase todas as aribuigies lstadis configura siuagbes de dpensa das ls geval do rein | (Cearias de prilegio"} as. gusis se juntam alguns casos de xeric daguilo @ que hoje chamariamos poder discricionrio| Ao tei arts de benecio", no uso da "jurisdigdo veluntaia” do re, san ma he aa pips ma npr 2 soto de pete — em stnes ato eee pelo aint th peed roo eno re "penis fame pra ons de cme exhdos pelo TR, 191 9.2: M.A Peas, Comment. Ad Rew Se, 5" Ch ea, 508 ‘Remnloner darn, ce 1208 13900) Fler qe Wu Seen ‘itt de perdi soi cm pedi pce x0 iis at Iie, Inmet Reg 24 23 «om aor enema ae “de Sto en aN 1) etmade eso de eva, nox cao em gue se seviesem or premoponer ds uate onde eu (O1F 95 tas pos aa ert sor dea) antral ary sabtopiie (po tes doe en et spi oon oi oom rs er ead ou epaor (ty 30 dpc auprovoprio do pao esubeido on usr on ti tn hn a iipe Teas 2 OF Sy yahoo de ees fore do pao (Rea. 9 1 atin prs on endo, tse 8 pocrateres sins cs cbr is Go ons for dapat Re om 1 cones de ameriact par se afo eee agune ovo ei eg (Ne "hope de wna prem alo oberate pstuas ‘ve poitan © coms iterating de come Ge, Ie et ees yh ved See OR e " ide tat Oren (og 14RD ik) OF i colagio du doug que slau 8 uaa cope Grcnie nen Roe DES 2) aotiaso da prow or testers Coun de dito spine en, tava as i CaN Monin nme cin anion rine itamante (O-F-a2) on * BNOS ONS edema 8 tte oe Jo os Mee sow atte Meee yaa fama «aa ‘rma ben To $89 ste Bt We abe in", Lesaco Prac Sov Tes de ‘eon ‘Uiypane 18 ive vet alata, Me Pat Went ‘gure ie eter Seite “BME I 48.3 (> Maso cto de exten oso pests» ie a ind etn ot ba cE MCR. Beene Commons hf Paik tse pice ceive 6 ‘aon uname ea do concen cima do snp inane compe eB ‘Yanagi pr 6 Gzerom demain «somber (Rg anc! 2 apna de i apelsdo pda re (Re. 2) cas de someaio de ees (Rep 50): esis, pram Conaores ena dos bons da coe (Re hao ede ast menos dept dt comaens Re ity era "dnd ton os os tose Jor Re. Dy conliasho dos juts erin 4s ns as teas eis Se ete ieee cnn ano ‘trace para se ecer 4 soc no ibs sane aa ‘oi hs SPR i ess a der pds 3 Sites de om daemon ett no “coe te met poacsrn (rat) inst kes. ti ma ae suas ssp ea aS Tar ally des stb, competi ao Desemrgo do ‘Paco som a, eo cnn de ug ete TG Aston Lore L110, et nam pandora, Usp 6) Tamblon nas eas des nde (Rep. 06) © as seat don oot (MA Plas, Cammentarg .) 8) (echo tah mts 9 a Ste «pos, 080 UD CLM A Prone, Commmara. 2 (ob 122) Bm om 24 Hi es esis an do Ciel Supa (0.1.1, compat trande ue um Ai de 24565 aon coir uri ee o> ©) Papel séeiopolitca, Com os dados dsponives, no se pode ter uma dela clara dos grupos sociolésico-pollticos que eanaliearam através do Desembirgo do Paco as suas pretenses de poder. Um estudo perfunctério das carreras dos Desembargadores do Pago que fomaram posse de 16l4 a I704(") permite apenas conc: 4) a esmagadora maiovia dos desembargadores do Pago era e_juizes dev eartera; carreira que, imiada, nos ribunas| ‘siperiores pela Casa'do Chel ¢ineuindo Uma passager pela Gans da Suplicigo (geralmente como desembargadores dos ‘gravos), terminava normalmente no. Desembarg0 do. Paco; 1) 0 nimero de desembargadores provindos do magisério universiiro no era de modo. algum dominante (estea de WSe"%. mse do ero. aGmero”daquele que tinbam fHequentade os clégios conimbricenses deS. Pedro ede S. Paulo {colégios "doutoais), sbretudo na primeira metade do sé. XVI (55 ate 1650, 405) de 1680 a 1700)(" ‘0 poucos so 0s desembargadores que chegam dtectamente 0 Desemibargo do Paco, sem terem passado por cargos jus Drévos, embora se encontrem uns quantos casos de desemb adores "politicos" ("): ee Ce TIT roe om fl sn et eC Sa rls Rm Ysa, liar eae alison Ti ede pons sian Pend inna pac corpora as 1) de acordo com of dados eristentes 1a lone, leitas © anonistas equilbravamse em némere: 2) o nbmero anual medio de nomeagbes para o Desembargo do Pago era bao (85 nomeagdes em 93 anos), correxpondendo 0 movimento” A cadéneia das bainas“naturais™ em todo 0 eas periodos de mudangas polticas profundas — como a Restau- figlo ou 0 "golpe” de. Casts Melhor — corespondem “piens" na curva das nomeagics 'A partir daqui 0 retrato “robot” quest poderiatracar seria 1 de um oraio dominado por juiesexperimentadoseburocrats, Jit nos finals das suas caretas, penetrados por um espinto de Eorpo cujo.teino comecara nos colegios universitrios de Colma; drgio caacterizado pela permanéncia do seu pessoal e pela insensiblidade da sua composieio as Mutua da poles (pelo. menos, as: menores). Mat 86 um estudo detalhado das Diografias dos desembargadores da pritica deste drplo no onjunto da politica da epoca poderé dizer se este erate € fel 8 realidad, ‘em dec eon ru Ai at fos eon por sts ncn do ANT = © nce 66 pli tr eel «im xin genta ANT Caer 21650‘ theme ado 8 ‘patito Joplin sat dem etme sao 9 Ocenasto Sogn, Pari a problemética geral da historia administrativa, tal como ficou esbogada em 9.1, PIERRELEGENDRE, Evolution des Tie sama, de 10 1648 a nee, de 2 2 Mn des esis systimer dadministration et histoire des idées: Lesemple de la pensée feancase, “Ann. Fond. Wal pet la storia amminist.”, 5(1966) 288-74. Do mesmo autor, duas obras muito estimulantes, fembora de ictura muito dificl, em que se procurarelacionar © Sema poliico-adminisrativo’ com a. problemiticn da psi: nilise:Llmour du censeur, Pacis 1977; Jour des powvois, Pats 1978. Sobre 0 contibuto weberiano, Jonaxts WINCKELMAN, ‘Max Webers histurische und sostologlche Verwaltngsfors ‘hung, “Ann. Fon. al pet la storia amminist 1(1964) 27-67 mas vale pena lr 0 proprio M. Went: is suas paginas sobye 3 burocracia (Wirschafr und Geselichalt. MLV; Ba tad. ey ‘Foonomia ¥ Socedad, Mexico 1944) Sobre a, burocraia, para além do que ficou ctado, v3 bibligratia gue indico no prelico i coletanea, em edigho, de textos sobre sistem poliico moderno (ed. Fundagdo Calouste Gulbenkiae), f4 0 estudo da administragio central portuguesa nesta época (além das obras mais partculareseadas no texto H. DX Gaus Barnes, Hutte de adminsracdo. vo Illy MARCELLO CCartano, O governo ¢ 8 adminitrado canal em “Historia da EXpansto portuguesa no Mundo” Lisboa 1940) 189-58, Jose Goncato of SANIA RITA, O gowerno centrale 0 govern loca Organismas_judiciais admimstraives com intervengdo no Uliramar A admintsiraso local, iid. 211939) 7. Fortunato DEACMEIDA, Historia axime v. V: LUISA, REBELO OA SILA, Hisiéia de Portugal... masime Vol, Ill; 3. VERlssio SERRAO, Histria.s maxime "vols. IN "e” Vz MARCELLO CAETANO, Misti, mae $618 ara indicasdesbbliogriticas sobre a histriografia europea de administragio . Siero e pubblica amminsrazione (ed. A. ‘Musi, Napol 1979, moxime p. 6238 © 321 38.com indicagho da problematica e extesa e actusizade bibiografia, ov Lo stato Inoderno (ed, E- ROI € P. ScuIER), Milano T9TI ss. 3 vol (naxime ts Print ¢ cet amber com abundante bibliogrlia, Drganizada por paises onenlagdes quanto 4 problematca, 'A revista sas important para este dominio & “Anna dela Fondazione laiana pet li sori amministative”, Milano 1964 Ss para Espanhi, sdo de consulta os (its, até agora) volumes dos “Symposia de historia dela Adminstacién” (Madrid 1970- 74, Periods nse pol canara ey 10. Os orgos de governo. As corte. Vimos, nos capitlos anteriores, alguma coisa acerca da ratureea do poder real © dos ses limites nos planos torico © opmatico. Ao descrever os tragos seals da orzaniayio foncelhia (bem come, no periodo anterior, a0. deserever 08 Poderes juridicos e politicos das classes feudal) demos uma Indicagdo. das Timitagses. do. poder real na order price Completaremos estisitimas” indiagies "com uma’ breve decrgio. do. regime poliicoconsttuconal das’ corte: ‘Como jt antes se disse (et, supra, 148 ss), ascortesdo antigo regime si0 0 resultado da evolugao da ciria regia A distingso hire uma ¢ outa aesembleia cortuma ser feta’a partir dt ‘xistencla ou no de poder de iniciativa quanto 4 apresemagio de temas de discussdo: asim, enquanto que a ciria regia apenas se Promanciasa sobre os temas que Ihe erampropostos pelo Soberano, as corts disptiem do privilégio de provocar a resposta feal a tras quests posts por qusisquer dos seus bragos Upedidos. apratamentas) Como esta linha de demarcagio ¢ fontemporinea de oviras (ga partiipagto de representaates fos concelhor nas etnies "da ciria extaordinura, “OU 0 feconhevimento di obrigatoridade da partipasho das corts na fecsio Ge euitas matenas) 0 entero de dstingto ene cia ¢ fortes eo tem sido undnime("). O que, no-entano, € just (>, M. CAE1ANo [48 conse oti de 25,95; Sus par 2 xt a ten mart porearan eet ei ke RE) Se Ges NA cay es i ae ae far de eva geist Me Patt Miata (0 pr a ea sors elm 92, Ss) von © sure orto adn prot nich, ni i et Soc ‘isa. matinee fran de apravamento pm et Sm st © tc ope a ‘Ein i i een dso ro ‘Sten pot corporate (ost de raat apne deminate2 us Mk es sie realgar € que, 10s mesdos do ssulo xi,» antga cir gia {xtraordintn eo sr integrada pr representantes dos conclhon (Posiveimente parr dak cones de Guimares de 125009) thie importncin pollzoeconémica er chda er ma dec sia ao adi a facudade deinen temas de uss 20 DrOprs tel eao ver econhesa ssa competi excise pare {ateiado de cto gssunton(omendamene 2 sbi da mecda € olangamente de novos inposte),adgore vas earls, Sutiememente itis pare que se pose lar de um Nove ‘rao poliicoconstuciona Jr sn at na slat es ct cs sae Tomcat cp leet eenecemn oe ru erincasste eel sonar ccnken seesrecae ap ie Srnec onc een a ti a nao ee eta erect nea Incl da revtag de 1D (eae dein Sine nl ann ay oS ft "an eas peat eee ees Se eee ers eee og ono sr: aud corpo cio ngmendant to a coven entra sores ut asgnse soe rae Dau Mets Sob oasun rm sora. Buin: De Pees de hind Gla thay Verano nb 9, CLT. Sous Sonia Prof "Dowor” Manat! Pao Mo soil ie anaer mdra,“R. pH MH 8. de act pat aw ene eM PERcEPRNOES Coy Periods sso pte expr 2 ‘ods tere gu, tie do stor de Dr ona ‘brie chgcoha em iowa erste asl fier re ¢ pape rumen comuiv da eos". Ua ‘aca iim in Sonn. tS Rot a mn ‘eprsettvan do onan aston regen) te ‘ino ob vege Contnooa nat carne spate” da moran sce oer) ee © pe "5? Des cll the gua mf ee " CLM. bw Gwe Banton Mint (78 _A sonar eal te princi, ete hs € mo ds ‘vaunted 3 eo Js ergo casos (Ont Ms Fi 0, A ropio inra t treestdn, {pas ts dos onto o sonia deo tom bee Penk si pic ero » Nas terras petencentes aos senbores, 0 seu represetante tatu comegou por ser o senhor da tera: com a progressiva ‘eeadeneia do poder scnhoral, estas eras vio. adyuirindo| ‘iret. de representagdo autnoma(”), facto que era. de resto, incentivad ela propria carta 'N todos estes procuradores cram passadosinstrumentos de proctragio, eitos em notari encerrando os poderes que Ihes fram conferidos, bem como 9 sentido dos votos que deviam txprimie, Deste modo, os procuradores a cores finham a sua liberdade de apresiagio e de aceio Tortemente limitada, no Sendo tais do” gue simples nincios da enlidade em nome de {Quem glam, A este tipo de delegacio de poderes se chama Iandaro tnperativo, por oposigio a0 mandato em que esto investdos os membros das asombleas representativas modernas inandato representa, conferindo liberdade de precaglo ede voto)". ‘Quanto A nobrez_¢ a0 cero, a naturera da sua representa ex cores era diferente, pols estavam al no através {be procuradores estos, mas por intermdio de certos membros hatos,cujor direitos radicavam em concessto perpétua do re. ‘Asim, mvabiidade dos procuradores dos concelhos, contra punha-se permantncia. das "bragos” do lero e di nobreza iAs corte no funcionavan em plendrio (excepto na sesso be aberura), mus por "bragos,correspondendo cada um dles 3 ‘sembleia separads de cada um dos -estados” Dentro de cada (Ci, Algo ci ed ign de mand te “beago", wm pequeno nimera de “deinidres”eleitos preparava tiais detalhadamente as qustGes, sineizava as discusses © fedigin a8 conelsbes ‘Os vesultados do trabalho das cortes cram os “capitulos”, reclamasiesapresentadar a0 rei Se dziam respeto a todo 0 fino ¢ eran apresenlados em nome de todos 0s coneelhos, ‘hamavacnnecapiulosgerais; se rexpetavamn apenas a um Braco lism especiiy se eram apresentados. apenas por cles ‘oncelhos, denominavamse particulars. Frequentemente acon fecinserem confltuais os capitulos dos vériosbrapose, até, dos ‘iris concelhos do brago popular. Na verdade,afungdo de cada um dos membros das cores era, em primeira inka, defender 0s Sus imeesses (ou privilegos) particulars © noo “ineresse sera”. Neste particular, o sentido da atvidade dos membros das Anligas cortes era. muito diferente (pelo. menos, no plano febrca,,) do sentido da actividade dos membros” das actuals fssembeias representaivas, em que cada um nto €tido como FRoreventanda pariculanmente 0 irclo clitoral que © eg tnas, Todos, cles, come fepresntando globalmente a nagio, No foi, como ise dis, sempre o mesmo 0 revo police -consttuconal das cortes. a pattr dos fins do seulonY, importncia ¢ trequéncia das suas. reunides comega a. decait fitdumente("), sto ¢ exphivel, parr de varios panos 'No plano do seu fundamento &justieagio teres (0 dieio real de contelho) a corts passam a sofier a concorrenca dos ‘rghos palatinos tiados ou desenvolides durante os séculs XY e'XV1 (Casas-da Suplicagdo ¢ uo Civ, Desembargo do Paso ‘Consetho de Estado, Conselho da Fazenda, Mesa da Conscincla © Ordens e outros, de que falaremos mais tarde). Estes — e nfo Treumecs sponta ste do seul eviepondem coo periaissgana pce coparive 38h 1s cortes— slo, a parti de agora, os conselheiros naturas do ri, 1 ponto de, coino jf vimos (supra, 418 ss), a dognntic jriicy fer pasado 2 eniender que a indispeneabllidade (psio menor ‘moral) de o ei se aconsalhar antes Ge decidir dos negicios de Estado, se refeia a estes Orgs palatinos © ndo Se cortes, 'N@ plano’ da nesessidade juridics da si convocagao, jf vimos que dela 6 se podia falar em relagio ao langamento de noves impostos, sendo certo que, ainda agus, era reconhesdo ge a extrema necesidade © urgencia podiam autora ask imposigio sem previa audincia das covtes. Ora bem, 0s séculos XV'e AVF sho agueles em que a corda adguire novasTontes de Financiamento, nomeadamente. as. decorates da expansdo Uultamaing (ines também ot empréstimos. pablics). Nesta ‘conformidade, 0 reoutso a0 voto, em corte, de novos impostos| Podia, largamiento, dspensaese, evitandove, assim, a Tein- ‘ieagdo das uruais contraparidas politics, Por fim, as cores tinham deinado de fazer sent, como Sra le paruciparzo. Na verdade, vem rlagio a outa Fort ‘= participacio politica eonhycidas no nosso antigo regime. as fortes no consttulm, agora, uma inwituigko que deste vor a fuiros esttatos soca. Os esratos representades pelos bragon do lero e da nobreca jd obtiaham peso polticn por outras formas, romeadament, pelo seu sscendents expritual ¢ cultural (caso do lero), pela sua presenga nos alios cargos paatins, pelo peso polticoradminstrativo dos seus senhoris, peas suas fungdes na iministagao militar” Quanto a0 brag popular tinbacse vind a Drocessar uma restrigio da sut representaividade em reago fos estratossoclisinlegrados no “teresiro estado” A pari da provenitncia socal dos clitores © dos requisitos exigidos 808 ‘legiveis, a “representagdo™ popular em cores parece ter caido, Progresivamente, nas. mos "de camadss. soca. (burguesia Fetrada, nobrera) que 8 dispunham de outros cessor & cena politica" womeadamente, através dos lerador © buroratas que Integram os tibunais eoficios da corte ot que exercem fungdes 4d inspeogdo ¢ controle da vida local eorregedore), Sendo assim, a5 cortes — que iniiament, tinham cores- pondido & necesidade de rier uma forma de. participagio Politics estratos ate ai alhcios & maquina do poder(”") tor TG HOA Gas Banton, Hira. 15 name, agora, num drpio politicamente redundante. Os seus aturais delensores (os poves) sos prmeiros a quelaarse das ‘espests ocasionades pelo ctvio de procuradores as cotes(")e, Finalmente, a pedit 20 rei 0 espacamento das reunides(”), A A tera cates tig en 4 antes Ficaram esbogados alguns dos tagosespetficos da teoria das cones do antigo regime, wages que a dlstinguem radicalmente das teorias represcotativas da epoca contempo- Finea(™).Importa. no eatanto, sublinhar brevemente alguns Ponts tundamentas ‘0 primeio diz respeito& teoria do poder politica subjaceate 4 institgdo das corte. 14 ats ficou dito que, quaisquer que livessem ‘sido as diseusdes teGricas, as cortes nunca foram foncebidas ents ngs. como a. sede normal, permanente. € fxelusiva do poder: embora, em épocas de suprema cri politics (oomeadamente por extingio da dinasta). © povo reasstmisse, por intcrmédio "dels, "9 poder “de dispongao “acerca ds ‘Comunidade, 0 certo € que, fora deses cats, © poder n&o era {ido como residindo na nagdo(™) (0 sequndo reporta-se to principio da unidade do poder (ou principio monérquco}: segundo as concepedes.poliieas ‘Ths en Sbctnprten 898 rupee oo vl ac, Hk tenner arr su hss 0 sus comme, Cl brea Pee sma plc oa Ea propessvamente dominates o fin da idademédia cna époce froder o poder era uno © devia set excredo por uma dea enon (nonaehiamonaaua) Io era um exo dx propea Korma de govemo do mundo 0 -rena™ du atuera Tepe por um s6;Deus(™) A pariziasdo do povo no govern tin Ent, semido, nko como tha forma” de partiha do. pode? polio, mat apenas como tma forma de" roudiner (acon. ‘Ethando,informando) oy no exerci do seu cargoes ‘Mo repoesva no arora, taro bem comune ta wade publica A unidade do poder eng, ands, gue acompetencia so feu titular Tose limita, sbrengendo iodor or megs 6 overno ¢ adminstagio dal que. nio te comprsndesre Eran” de" zonas "Oe complain, etch’ das cates (Tomeadamente,« competi lopathvayEate ay aps 3 Smpoigo de novo tnbutos exigia somo vino a Inerferenia ar cares mas, come tambon se die,» douina conserva Gus pelodrto comum, a tibvago fai parte dos gata dcorendos competncairbutra as corer de um vee Acquido,comsuctadnararent, Estamos, como settee lpodas da cris da separagto dos podcies, que atibuem aes ‘rps “repreennvor™ sone de competnes exclu, some dimen a eompténes Tegan ereiro ago di espe 8 tora da represeniagho, Nas moderns attembiias, prolece ‘tien de que al xd Fepreseatndagabalmeni a Nao, chjos inereses globus dverto pau a lterveng’ de cada tn dot deptagon al preemies’ Dal que as owas Conaiuigten desde 122 enham Sirmado 0 peinpio de que “cada depuiado € procirsdr ¢ ‘eprtetane de toda a Nato; nto 0. somene da ito gue ohgen™ (Const de HBR ari 4 ch, ainda ar 38). No Sisint nas sng corte cid im des sous membres encarava, deforma sca, on se, ‘inernes Ou 08, imerese db omunade que o cera. Asin, sea dea de repressinto do Corpo nacional oben cventulmente alma tnfugio (nome: dhamente, em (ormules como "seriga Jo bem commun dss ‘Shor, oquetobrieva sentiment de repenagtoedfesa A ners paroles (dos estado” deena ade Ge certon counk” Si comxin mina ae de “none. 0 me Mais da nies ‘r¥pos sociis patiulares). © interesse nacional, aparece, € como resutantedldtia dos inteesss particulars conta, Somptind a sine, segundo a weap depos, insttuicho rea Finalmente, quarto ago diz respeita &teoria do mandat 4 qual foi Gta anteriormente relerencia. Como contrast importa apenas referie que as nosas Constitugdes modernas ainda quando se mantinham ‘iis & construpio do. mandato poltico segundo os mokles do mandato de direto.prvado (procuragio) — reakavam 0. caricter peneico dos poderss conferidos aos seus representantes A buroeracia, Teoria do “oflelo pili Um dos pontos importantes ¢ carateristcos da. teoria jurdica do. Estado corporativo ¢ © da dogmitica do ofica Oblico, Importante porque a “emergéncia da hurocraca™ ¢ seralmente considerada como uma das notte dominantes deste Petiodo de historia do sista poltico(). Caracterstic porgue gla inn aE Noa tee ded ie eich masta marmite cake pane Set oan on me Prints Seta pnt teats IC et ee ie i a tong BTA caf aus ron Sele Wa att ae, nn a gee SSS Ste are pe Prades sitemap cope as hele se stuam, porventura, os obstéculos mais resistetes a foneentracio © monopolizario do poder pelo soberano: para {iuem se debregasobre-9 sistema police moderna, pelo menos Sobre o sislemapaliieo mademo em Porogal, & sensaqso Glominante ait do que a da autonomia jariico-poltica das brdens ou mesmo das eidades — £4 da abionomia franguss thos oficias dos corpos admiistiativos (comselhos, ebunals) e {a indisponibilidade rites da sua jurisigio por parte ds coroa ‘A teoria moderna do. ofisio pblico constitu uma sobeeposigo. por eres contlitusl, de elementos tebicos © Alogmaticos anteriores, Esta sua confltualidade interna proves), como scabi dese. dizer. de raires —dovtrnais distinta romeadamente dof reerdas divergencias da doutrina medieval quando a orgem e sede do. poder ou jurisdgio(™). Mas cla Explise também pela reevanein polities deste setor dog ti, em que aberamente se confrontavary as tse U0 fbuclutismo real” tendentes 4 transformar saberano (© 8 classe “poltica" que o ceveava ~ “com”. "alides") nos Unicos Setentoes do poder police — cas do eorporatvismo burocti- Tico tendenes a sulvaguardar para os ois (pura a "clase Duroertiea") uma grande liberdade de actuayio. ‘Nav exposigio eguate. no. procuraemos reduc sta conflivaidade interna a uma unidade fete, Mas procurse femos, 2 final fazer-um balango da “Logi” que acaba por ‘lominar o sistema doumatice, Desde logo. encontram-se na teora moderna dos ofcios eeas « sobrevivéneas da teovia feudal dos cargos publios(™) TG ste 207, Fones elias para» tort don ois, ish nies Fancast BE Ts fos fa tans os ti oe nen i da anise Io periodo feudal pico, o exerci das fungi pblicas estava a bargo dos senhores,vasalos do rei O setvigo publica a, para estes, um dos aspetos do seu dever de auulum ou de Servitium, a que estavam brigades pelo pucto de vassalagem. Em troca deste servigo (do. gual se destacava 0 militar), 0 Soberano concedes tetas. Ou, dizendo o mesmo duns out ‘mancra mais expresiva para certosaspectos 0 soberano Concedia aos seus vaselos ceras terras com a abrigagio de eles a derempenharem as tarsfas de administagdo publica (*doag80 de teras com jursdigbs Esta concepsl0 do oficio public tem implicardes diversas. Realcemor das Em primero lugar, a ideia de oficio anda estetamente ligada'h deta de fidelidade pestoal. Antes de tudo 0 mas, © ical “deve distinguirse pela sua fieldade A pessoa do oncedente (eno pela sua "competéncia" para a relizagdo da {ungao). Em contrapartida,o eet constitu também uma prova de confianga do soberano: que, a0 concedéIo, etd a "honrae™ © seu vassalo. Dagui decorre, por um lado, a ela de que © Exerico de ofiiospiblics nobilita; por outro lado, a ideia de que 0 oficial nie” ¢ um mrercenarius — 1 algudm que ddeempente cers tartar a troeo de um pagamento (mer es) mas, antes, umn honoraior — i, alguém de especial mente honrado. pelo soberano, ©, finalmente, 8 aproximagso entre ofiio « febdo (ou “titulo”, “privilego" Em segundo lugar, a concep leudal do cargo palo leva 4 que se transmita aos oficios 4 concepedo parrmonilisia que lominava a teora (e a prtiea) da doughs feudas. O-carg0 UGionan, ao qual undava indssociavelmenteligada a atribuigio de uma vantagem de natureza_patimonial (perinentia honor’) Scuba por se confundir com essa vantagem ganht asim, 3 fatureza de um valor pttimonial que imgressa no patriménio, fue se vende, que se Weiss aos herderes(”), Um e outro deste dois niles de ideis eto presents na concepgto do ‘fcio na epoca, moderns \Vatoeastt tava, Curio dt hire las hice S38 38 {C)._Sobte iso, Tomy Valitse, Oren aimee! dele Parole sso police expan Ey ‘A coneepcio de ofcio como “hora” conduz, em primeico lugar, & det — comum aos autores(") — de que 0 excreta Ae offica publica (nomeadamente, de certs ofcos, como 9 de ja) mobi, Leva, em Segundo lugar, a uma concepgto “honotiria” da administagdo publica "Honorationensverwaltung”), concep io gue se exprime em’ varios planon, Porm lado, fo destaque que’ €-dado—no conjumta das qualidades dor Dcais — nfo quel que se zeportam ao exericio. de uma Fungo (designadamente,"competneia cna") mas antes 40¢ aloes Teudalovristoeriticos da “fdelidade", “nobrera” “lim eva", “impeza de singue"(™), com que 0 objetivo. de ‘ficitneia da adminisuagto subordinado a raze de prestgio © 4 satsfagdo dos valores dominantes da idsolopa feudal(™), ‘Mas exprime'se também, por outro lado, ne paremesco Que se julga exist ent ofcio’e feudo(") e, por. ovtro, at conceituacio do rendimento dos offeios como’ um acesério a honra e no como uma rtnibuigho do trabalho"), C7 Bonet iia equ oeneci de ce ion: 04) 5 Cheese muster exgdn pnw dopa 9 cago de os obte oq pra 26 x), 2 merit da esa» ele de mourn, Iie ers nover por ekmpa 0 pda ov pvt su Cone fs (Lores Panes Caleta delat, 209 29/8} eC. 3 1s), ‘Soe ete dos la 0 Pi Ran, aoe wo Ds mu Soke ‘fo, com indian dx consti ad “Ve argumentum de ofico ad eudum st conta” ilere B.A. ron aa 5 nS wenden ‘sali (ox ois de nomen raga correspondents oma fe as fecene_Go adminsigio) «hoor er tentmaton lu leon ‘Strapon “dmntasSo honor Llane 8 a as nie Por sua ver 4 concepso patimonial dos ofsios(expr- res no. tepime. quanfo A venaidad, penhorsbiidede © ‘anise dos ols por morte dose tala. do de sows aos viru cba no ct da Pea et nei econ ‘ea {Sore lox. come, eae Svea dea te eS ta prove oe ‘elim, Conmbnese, 130, ap” n, #8, Coa, 6 topee (ao Pa ae ai cerriainmen Gis aaieh eee ae oa eG. Pra es He shone ov Cots agen Shy Se a htbocons. Dost AUvTHLF TomAs W'Watsese, Orie hanes Sobre a que {nomraiamene sore 2 probity ena pb Sesime A Min tpn Pers sions pls corporate 3° Eta ine tran ss i so sain 9 poiteosaeoigeat™ No Portwgal moderne, 0 seuime dos oficios pablicos caracerizase por vn forte acentiagdo da aateza patimonial {for oflion, boca também constitia wm bom exemplo da dstdncia cxsente na pritica nite a Tee os factos. ‘No plano do direio esrito, a vend de ofcis era peobida centre nds (OF. 196 ~ “Dos que vendem, o renuncido os Dicios sent licen, del Re") eta probigio,diigda aos Setentores dos licios, eva acompanhada de oxtra (O.F. Ts6 "Que as pessoas, que tem poder de dar offices, 0s m0 endio nem. levem dinbelto por. os dar)("). dirigila 408 Uonatrios No entant, no plano da pits, ta proiigdo no areca mjta electiva. Por sm lado, o'rei no caro concedia tos Dlcas e donatios a direto de vender, de rensnciarnoxtrem ov {de nomear socessor no oficio("). Por one lado, hava sempre & ‘Gose'a: Re Moun. a Mgrs‘ ca (23) ae te poder Lisbon ai 3: toga Fare oe 1Si6,€-20: somata, B.A “eH Wat: comeatvie, M.A. PEGA, Commer. 1.1210. Da que embors sega pra resir no stra a vehda (M.A Prk” cine, MOF 19h hen see de i es nse sildade de arendar os ofcio, Na verdade — « apesae de Scns legiaho em contrvo(") — era feqvete Gar ot ropritrios dos ois 0 nfo servasmn pestonnent (a por ‘Sarem providos em mais de um eo sess Exerlinsmsitingos Serem incompatives) ov “essen em serve), and reecber mt_pare_ do. condiments. do cargo. Vendives © frendives, of ofcios eram também penhoraveis("), pee thves e sscepuives de compropredade() eam, também, transis mort caus. Em principio, «© intereme do. soberano era no seda de. por mre Jos TRF apne oc ae to par eon hc aaa Megs BE OM. ATH OEINT « Ray fs 620 Ce Site 1711e85 260.16 9.048 F as 9. tes apa Bony a en epi i he nen {oes cbcreavam gto peso dn Oncagae ao ¢ cheno fl MA fe Comat OOo i, 1) A Sor Strventash permtese © areniamento dos ofion Coen") embors Se SESE os’ ai tents ena ee do eres 2 100) gnrnador ds Ca do Chel ex oe deo aria th 7 (0.98) BLS. 2 Male tar Guan & concep ‘ec do Stoo Gia Sime Lainie Rios Bora Ea Periods sino pl epee a propristirios,obter de novo vagos os seu ofcios; neste sentido, © diccito comum difcutava a rentncia ante mortem dos off ‘ios(")- Ene ds, no entant,tinha-se estabelecdo um costume io sentido de os fos terem direta aos ofsis dos ta_patrimoniaizacto do conesito de ofiio proce no ter lvadotodaia que se radiate a praia de 0 ‘pio rei vender os fin. Embora no plane do dro comm {© pti) se ettendsse que do havin ebstcsloslgas 8 ead Sol azo pn so srs dion do hs soe atcios dos” pus "a0" ada” das temas clog pallens Aida venalidade dos oie selhanga coe amon (Es Venda’ de ofcos¢ dignidades celatias) ergo de “mercenario" dos. ofces publics (qe seria monopole dos pos ras ios eo pon tlre) ) pase et nk ae mt eine mrt ae So ito, Frascts Gausison. Miva inaons poles ts as SEMIa) MLA: Peowy! Commemaria? (On199) Hk a? ss (°) [Geapa33.0. A Ponca! Demos. Mia 18 Se Ate Semen CHO a ee MCHA. Songer antan TH @. dae WH. ee TOs ae ‘Cocimbrzae 730, cos. 12. n 13) ¢ também o sentido da pg A Ines 9 el 72 122 cetem sem ono’ A Se 1), See ‘it poto mo doin legis So Esa dems dea fo ae hte concep ste 8 matador oison} MEO EEME fae oT 2°, Sy cmo a CL 2811170 amex pr deems Se HTS. de 14173) and ve impos wigrosmenes sonicated stn au gro" gr comunidad dor aces oe ios tomineou tA 391 A aDHN TED. Soh €) Duk Pontes De datas 26 tn os M.A ros Emon ase Ganda nts wm i et inicies impedido, no entanto, que se esabelesese ene nds uma prea de venda dos ofiios pelo proprio soberano(”) ne spn obey devine ds feos 6s fs his om de facto na excep em ego bola Sue tne eaepoae) 0 sentido politico gerald tears fendal do ofiio pabico € desfavoravel a poder seal e 20s grupos sociais que através dele Se munifetam —— somes lamene, a ata nobrera da core, donde Se reerutavam os validos e privados. De facto, a isisténcia nos ‘inclos de fdelidadee vassalagem ao sezerano nao compensa fg grave inconvenient da indinpomibiidade dos cargos publics, Sriginads pela sit inlegragio. a tala. perpetuo' e- com {9,S mnen de ein oem de ati paeds $= ds Sas fn ofn a toon ion, Be neni, evodo do doniaio stan cs G AETUT La Jorma il sure Fovkrno. 38), baer Se si do su po um bdo 9 Faculdade de disposigéo por motte — no patriménio dos seus fetentores, Mesmo muitos. do» altos cargos da administrako Central e da corte clavam herediariamente na mo de cess Famias(") Isto obniga rela transfer para oficais de Sonfianga pessoal ("de Puridade™. "da camara") — , portato Tivemente sabsituvels— as tare polticas Sobre qbe queria ter maior dominio” [Em contraparid, a estabildade de fungSes orginada pla patrimoniaizagko dos cargos terd sido." deisha para Eparecmento da dela da continidade de administracao pale Relativamente tibertos de pressbesestranhas e ticinados numa tiadigio familar de_servigo public, os ofieais_puderam consolidar asia propria autotidade perante © capricho do Imonarca.estabelecer& dela transpessal de servigo publica © Aesenvolier um corpo de regras tenes © deomolopicas qi facionaliavamo exerscio de cada cargo. Dagui sugiron personalidades que sao jd 0 exemplo do grande “estas” ou do Foe experinentado *burorata™ dos tempos modernes, como, por exemplo, Tomé Pinheiro de Veiga ¢ Francisco de Lacena Como jé antes dasemos, estas iets da natoreza “hono= riria" € "parimonial” dos cargos pibicos nfo consttuem sento ‘im dos vetores da sta Leora moderna. Destoants econfituas| fm rlagio. 4 els, surgem ours elementon doatrinaise ‘dogmtioos,bebidos Ue ontesinspiradoras diversas e supories de ftos interes. pritico-poliios te MSF BE 15.165 gee dn andere Cob si wt ‘Sloe B: Munn (L.A Deus Connemara ota} gh mi Si lie de tomar laa vei por 10 crn be (0138 ina mh de eacaormor pee a Conde Ge Redondo, ‘ssn pl nan ein (171631) 9 calor de ‘ng gs Place em hn UC. 123i samen Coe ToS! BNL rb cargo de con de in ces da pce 6 gue de fr mini Sober cage 8 St nbn wai da = erdnoa XP Comer NOt Aa eek oa sii der igen 12 A tra do cg pia som “fang ‘Uma ostearaie das concepydes moderna sobre oo & consitida pela sin do cargo pblico tomo. una “Tuneio™ {eff ov miniterium), on s34,com nm connto de drcon deveresexertives no interest bce, Esta ei to aes {er no diet romano, quer no dite cannico( mas. tebe,‘ ute decd coma sm omer oncepeto “organisa”, “antropoméria™ ov "sorporatva’ da Sociedade e do poder poico(, wm ‘Or prinipais components “deta concepedo “fonconal ~corporatva” do ofio so. (0 ei de que cada cargo pablo cts voado a eaizagho desma Cuneo, para 0 que deve ser dotado de una frig Drépria indsponivel pelo Soberano; jurado ie se hide Imanifesar na conninigao satrauadiioah do targo(") (i "tlea'de_qve_ 0 Cinconéra. ex adstcto” a0 cumprimento de. ma" miss: "devendo, portantor ter as Shulidades necssras para o-desempento desu mss: Gina ea de gue’ 0. hnctonare. € reponsivel plo ee de ele) come propose snsizaora da ade ‘heat arm eve ang cae, Nte Cr gene dene wots Seon en. rm (omin ene a ea ence do ii No x, ‘exe tent Tote Penn ve representa Yontade popula ate fl eve forma por “pig rpesentvor [3] poses ade a hen Ease See ire ral ove ice de ar magitrado" (Catt em AULD Perio sioma plo eoporsing an teélogos moras da Made Média — ao tem sentido distinguir a Jer do privigio nem ieluir a generalidade ene as earateisicas| sssenciais da ki. Assim, a Glosa, depos de dscrever a et como um precelo cOmum, ou sejay ou estabelecido. em vista da ulidade comum ou feito em comum por toda 4 comunidade” (ee. Glosa'in Dig. Ver. ad. U3. a Lex et), acrscenta ue fsta nocho (que — aotese desde jt — ndo exige a genera lade) nfo € uma delnigdo, mas apenas uma descigh, porque “atigua lex et quae lamen non est-communi™. Também TTomis (Suit thea, Tay Mae, qu. XC-NCVI insite quase eaclsivamente aa iatengdo "a0" bom comme nao 8 seneralidade de apicacho. Esta € ate geral da doutrina: 0 farictercomum da lei — gue lads reconhocem serum requsito indspensivel — tem a vers ndo com o dmbico da sua aplieagio, tas com o dmbito do seu escopo. Mas sendo assim, ale no So ‘istinguird do. privilgi, pois também ele deve ser comum a0 sentido em que a leo € id, mo sentido de procurar 0 bem cornu). ‘Ale aparece, portant, fundamentalmente eauiparada 40 privlégio. A'estutura ds comands juridicos deina nto, dese faracterizar pela genealdade. A gencraldade no desuparcce do Universo. dos preceltos jridices, mas surge como uma caracte Fiten meramente tesnicne acidemia, evja prsenga no atribul so preceito uma dignidade especial cuj falta ndo iegtima. Polo contririg- se a generaldade sigum condo tem € 0 de cenfeaquecer 0 preci Na vetdade, no sistema de confitos de Gera wm po dinning so Seng oi, em Sees Dy Splearie (0. De pas, US sf us io no implcn Ue Meg itp x comes pcos suds ida Lae es sass Sa" anh in Sorte as ier cs pan Soni. Sot 6 aa nt des einige precsitos do ondenamnento jurdico corporative, © pivlgio Prelerea le. derrogandva eo sendo por cla derrosado (a io Ar que se le aga expressa mengao ec, ainda assim, com as Timitagies antes releidas[oupro, 323), Esta estrutura particulars do ordenamento juste, cas regran de consirugia seabimoy de sabenar, eta favordvel 20 fesenvolsinenta © perpeluagho dum certo equlbcio de poder Soil e politico. Em pric lugar, el perma &ratificago pelo dirito dos estates socials privlegiados ea ransformacio em stages de Aieto das stuagies de facto decorrentes do poder sociale da Ssctuigdo como. grupos de pressio sabre 0s Orgies de poder fnomeadamente sobre a cores, Na verdade, © priilgio ou Consstia na egitimagSo juridica do abuso, da ektordo da imposicio permitidos aos magnates pea su situacao de dominio Sota ou docoria das presses e chantagens exeridas sobre 3 ‘oroa por quem tinh poder para isto Em contraparia, a enatencia do pivilgio desprotezia 05 ‘rupos sociais io priiepados, cujtsgaranlias decoreiam da ‘bservineia da le geal dai se explicande a isisténcie do brago {do povo. as corte em gue as lee sem eespeitadas em justin Sia sinisteada "com igaldade” Se tavorecia as ordens priiegadas, ete estrutura pari= culurata do ordenamento junica difeuava a consecusso dos abjectvos dacoroa quanto i reliagio da unidade pola cua Imanicsacio central seri instinggo de-uma ordem juriica entrada e pusitna, De tucto cca € 0 segundo saporto ‘doe toma. © ordenamento jurdico do Estado de Ordens sien sins mosepe trl © ge iin coc prs Poids so pico coeraie a permitia una constante usura das leis do principe, contra as {tuts a todo momento. invocavam privlegion:prvilegios pelos quite préprio principe, nov momeatos de apuro, era sponsive, politica regia de constitgdo de-um bloco de Spoio a coroa realizava-se na veedade, através da concessio Je privlgiox: man estes, num Segundo momento, iiam cons {iI como ov amigos. um obsticulo ao desenvolvimento dum fordemjuridica do re, dominada pela genealidade pela indiereneagto. En teria toga © por fim, 0 partiulaisme da ordem {uvdion moderna transforma o divi’ auma silva de precitos Sabrepostos e concortente, tornando inpossivel 0 seu dominio pelos lige, As ks gers cujo nbmero ia aumentando com ts devgnios sucssivamente mais interentores do. poder ~~ fcrecentavamese as normas locas e particulates ea tio ito 8 mniiade dos peivilgios. Uns, concedidos por ear regi, C40 Fegisto ni Chaneslaria nem sempre era feito, pesados ominagBs least" outros, ineorporados no corpo do drcto Staves de senfengs jdiias de conheeimentoresessimo. pois pena cram coleeionadss ou pos juzes que as davam ou pelos “trectamente intereeados("). sto. se possibitava toda a especie de Tries. pelor. propos. interesades. permit ainda” acs Jrstas, por ajar aor passa o reconheciment elegiimagdo ‘dos prieyos e demas direitos dos partculres ou da coroa, “igutigho dum enorme poder socisl, © partcuarismo da ordem juriicn— juntamente "com a revinuicagho dum. eardter enilica « espectiado para'o dicto— & assim um dos Taetores em ques alicerca ©. predominio dos jurists na socedade modersa("" St ben ite nr foro. qu esis lanes quasi ("Sobre into ira 817 © Aun Fomatmor uo de deine A justiga — tinham dito os juristas romanos — &. a vontade constamtee perptua de dara cada um 0 que € seu"). Esta detnigao, que estar sempre presente na reflex posterior, deixa em aberio uma questo em lorno da qual se consttuiu uma dds grandes polémieay da filosoia do dircito medieval e por Imedieval — 0 diteto-€ 6 produto da vontade ou 0 produto da asda! ‘Aposar da sia aparénci estrctamenteecolistica, a guestio sinha tm tanscendente leaner prtico. Se 0 dizeto fose 0 produto da vontade ~~ da voniade de. Deus, do tei ou do pote. (volumtarismo), o seu conteddo ers arbitra, no Sentido de gue, acima' desta vontade, no existria. qualquer ‘tdem perante a qual se pudesse eriiar a legtimidade dos comandos.juridicos. Em conteapartda, se 0 diteito fosse 0 produto da razdo (ravionaismo), ele constiuria um reprodugso Geum modelo preeistente no plano das Meise ou no plano {a realdade —, modelo perante qual 0s comands juridieos se teriam que leiimar. Volumariamo © ractonalismo constiiam ssi, at etgtasfilosbliens de duas correnes qu, fim de conta. eram dominadas por preocupagdes de natureza politic, a Drimeiraaparecendo a jstifiar posgdes de ruptura (pela via do Shsolvlamo ov da democraca) com a ofdem social © jusdiea xistente segunda sobvetodo a fundamentarattudes conse ‘adoras de salvaguarda do establshment(”) Depois dum princi peiodo do pensamento juridico modival em gue, por influencia de Santo Agostino (e de eetos {estos dat Tontcs romanas — como Dal. "Quod. prinep Placuit leges abet sigorem”), se acentuaram mais os aspectos Xoltivos do direit, a partir da escolsticatomisia(") Valse por sins Mott «pine eam aie Bt pe “s wees pip a a a om ‘iain ‘Samo Aes Peeks stems pba ceperaio as fem relevo © seu teor racional — 0 dri, antes de ser uma ontade, ¢ uma ravi, uma ordo, wma mensira. Dagui gue por tm lado, () ele exist antes e independentemente da sus vligao Por um Soberano ou uma comunidade coneretos © que, portato, le constiun um limite de vaidade aos comandosjoridicos potas pelo poder (neste sentido, o direto &, como. mos. ume “consttuigho"); © que, por outto, (b) © sed conhecimento forme ‘uma dscplina a Ser prosepuida com aunilio de um método tspecifico por um categoria especiica de intelecuais os ‘Nog poten apd pre wu soma fa otto price eto — eo nda feneuno de votes (exist tc) gu ses guns ‘scouists” enim {DE SO10, VITORIA ferme fr» henge onsen reat See Esta ciéncia do direto lo 4, no entanto, uma cigncia speculatvae apriovstiea mas antes uma cients pric, ‘bucada na observagko da natrera da soiedade ou, melhor, de cada Sociedade histérca —~ maturo rerun, "natreza ds Sas"(°)-A principal trefado jurists, na sua miso de encontrar st foto tac fat 2 au no > (CCL. Sussex Deku Cor lv stl vo ott imam ile amb, me max eg. (Oe NOU Sree mn in a ra pon ms G."Vasoute. Metre de lus. tds 29 (er aon as frelon Faanento Dist Trac dean, be 9 es wen volo span oo coterie tot {fait et oe le valeur, Para 1965, K. LattNe, Metodotona de ica do io dpa ttn 197 nde epic cma das conae ‘Wiens Maar do anon privaio ro, Ge ogc). (no, cia) dirito (ars nvenienl), 8 de auscukar a ser soa, omcadamente strats da rcolha da tradigdo juric, O direito| Ttadicional, os precedente, os exemplos histricos, constitu ftBo pontos de'apoio priviegados ~~ embora apenas provives €parcitis —do conhecimento da ordem juridiea natural da focedade, esta coneepeio.naturabtradicional do. dircito dscorrem dois facts sito importantes para a compresnsto da esrutura fo ofdenamento jurdco, 2) Racionaliyno-tenicisme, © primeira & 0 de que a revel do ditsivo exige uma discipina especiaizada, “a cargo deena categoria sco profisonal dorado ‘dena formayia tenicwmcientfics p= briat”) 0 dinevo nio esti mais na ple. dispongio do poder Police. Enbora se venha reconhever a partir do se X¥I-~ ue-© poder tm rardes que F/R jurdin desconhece (que a fade Juridica opde 4 "rarta de Estado") e ue a ontade politica pode. em cetas ocasides, sobreporse a Facionalidade dis solugdes (stat pro tatione ‘olunlas), 0 Principio qusrecothe mas sufrgios 0 de que a puocie tm na Setidade ormativa, de ve conformae com a rae porto, foo conselho des jerses ‘Tambem na ‘nosis’ doutintssncenista ¢ sctsentits se sublinnave a indspensiblidade dot jurists no esabelecimenta do diet. O- consliuat™ dos. jurstas ert equipirada. 0 “comsiltmt= dos ascmbleias feudah pitas ©, nesta altura em «que ay cortesenlram em decadéncis, os Jursias sto colocados pula doutrina no hugar ds “ordens” cm fermion de se defender {ques unierior brigagdo de ore consular ab cores ata crton Fem wa vr, Daca ma ‘wives Periods soma pics eerie a assuntos fundamentais se transforrow agora numa obrigago de Consular os jurists. nomeadameate quando se trtasse de lesa sta brigagio nfoera um mero tpico tite, pois deta se extraiam conseguenciasinsitusionis conectas. Assen. chegou- se a entender gue a mera vontade do rei, sem 0 conselho dos jurists. no ert sufiiente para err 0 dieito(™) ‘Seas colas se pussavam sissim no plano da eriagfo leislativa, muito mais Se pasvam no plano da interprctaglo © intepraci do direito. Apesar de tudo quanto antes vimios quanto fs telagdes entre © dircito. proprio e 0 direto comum ¢ 44 todos os esforgos\régios no sentido de impor 0. direito| regio come principal, os jurists — como detentores do saber {digo "sempre tiveram 1 tendéncia para. antepor asia raza” “vontade "do saberano (ow seja0 direto comum a0 Aircto proprio}. Se ndo inventendo pr complete a relagio entee © primero (em principio apenas subsiitia) eo segundo (em teoria, principal). pelo. menos arrogandose a faculdade de imterpretar 0" diveito. proprio de_acordo com os pincipios ‘acionis (14, do dicta comum(®)ou, mesme, telamando 0 diet deo detrogar no cso de cle conteaiar os dogmas fundamentas ‘da ‘onc. juridics (Céireto natural “rtio™ aus UES)" omits? (Bonaont. Poca I} e"8b1S8"t chor M.A. Peas, reuies [ed Poe) tans eee we sabe sr tn ee ea on bicep ca vee: condlarae Mb" om indeed de Snes rte te etme aa no sate “sab ye sep nr >, Sodne a magn do die sl ee de interpreta, v a Hii dos nse com base nesta stuagdo que os jurists se transtormam ‘num “guar estado" (") conceattande tis suas mos um poder Ae, controlendo toda scnieade do politico-adminsteatia, fra le propnia em boa media apenas contrive pelos proprios Juris através dos recrsoy day deesben, day “veidencas™ dos jives, i eluca doutinal)(") De testo, © proprio corpo dos jurists euidava de-defender este eardcter incontolivel dasa Pritica leando a cabo uma politica de “hermetsma. de que Focusn_pesas fundamentis 0 curiter sereto do. proceso, 3 probigdo de nfo motivar as decisdes(")e a propria manutengio Ao ati como tngua teenie. sia “teenoeracia” dos. jursias stsctou_ um continuado movimento de revalls por parte da opnido public, que «stig Sobretudo com o argumento de que eu era a forma de encobrit a pide, 4 cotrupea0, © compadrio € a incompetencia™} Mas ‘hatte Bob E tn Semple ate mies ns me Persson ple soperaive a também os princpestentaramn pr corpo liberdadeeviaora do forpo dos jurists redusiloy tanta de intrpretes submissoy 0 dicho rte ‘Os instrumcntos wlvados ploy principe foram viros, Por tum lador a prosigio de interpreta "Ve de ategrar & diet feal(™) bem como a eominagio estita de © aplicar ¢ de nto Jue contra ele"). Depo esti de temas de inspect 80s jules. nguiindo acerca da torma como curpriam Sis ‘brizages (iyicaus. "residéncian'}(™). Finalmente, UM con vole mas apertado do ening juridzo, prosurand desde a escola Ctrpar-a voi de dar prelerencia & opinido em detrimento do Texto dk ainda que est texto fose 0 dan fomtesrommanas}("). ‘No entanto, fo! sb. com 0 suminismo e. depos. com a revolugio, que os jurists perderam esta pongo de predominio, ‘rnbors alguns dle tenham conseyuido converte Ose papel © peimancece ao leme do Fslado, agora enguanto “polices”. racer tet tra aren jie eo as BER, items ie Jo Combe 1097, 4196 2 nde se “ieto she DIL ae © tj. 303 3 Prides pac carats a Entre nds parece posval dizer — na base de wim estado & certo que no ssemateo © mito smpliieador — que, no plano {is solugdesjusdieas prtieas fe ne. por veres, no dos tOpicos| teéricos avangados) — os jurnas 20 Taverdneis & coroa nos confrontes “com a. grea (enguanto Igretuniversali so Tavoravets fs classes leudas, na garantia qUe asseguram aos seus privilgios em face Ja. coroa: e. aspecto. importante — ja Salintado, em geral(") —. do lavorives a uma “patrimonal: 2acdo™ das rela siwacdes que hoe diiamos polices ow Dubletsieas 0 que permite # si aquiseto.contatual plas famadas sociis em dcensio econdmica, Por ext iim via “Teformista™ ter sido possivel uma certa mobilidade socal sem ruptura Jos quudras isolésicos e palticos do feudalismo. Os juntas garontron wo isenna, mas terdopermiido uma verte Udoninica vocal nrarsistematic, 'No plano. dow dierendos Estado-tgrejs. os juritas parece tezemse inciaado mas pura posiges relia (ol, pelo Menon, saleanas) do" que euraisas(™) >) Tradiciontim, A tdeia de gue 0 dirito ora uma citncia juntasa-se, como vamos, dela de-que direito era uma tradigao: "Do mesmo odo’ que. nas doencas, ado” se devem exporimentar novos medicamenios se se puder recover ans wihon, Jo mesmo modo — diz um dos nosios jurtus de seiscentos no se Sig natn Su ese Nw a ii as ees Adve pensar em novi leis Se se puder encontrar nay vel algun femédio part os ms da replica: © assim a moss let mand ftentar no esatutosantigos antes de Ov Taret de nove. pols & farsi ue_as ks dem ser mada embora Se" pssirn ‘mendurcinerpetar" Tibor "0 kgiskudor também recorra ao peo da nguidade para leptimar ss solugbes do diteto posto, S80 08 jurstay que’ man inst nesta fungdo. di teadigo como proceso de revelagdo do direto, O que nfo ¢ de admiar. Por tin lado, poryjue crim ox progres rain os depositaros dessa Tradigio. Se, apcsar de tudor no cata po cenico a. sas Bibuigis © "“Tuyor se nosis les" jf al estava 0 “emendar © literpretar as antigay’. Mas, por ‘outro ado. a cuneepgto ttadieonalita do corpo do diveto destalorzava decinamente © ppel'do- monatey, pos as suis novas determines term Sempre que ser confrontadus_ com as solugdes tadiionas © Satis aun iterpetagda conforme com redid (ontorme om a consttugda", hor sens (0 usta tradicional maniletavane através das diversas formas da tadigdo juridiea a tadieio doutsinal (a opinido comms dos doutorss iia communis ator) radio Jrspradencial (o “estilo” sear crue, a lead social (© costume ostauern). Ds pine comments (alasemes desewvolvidamente adian: te(()- Quinto ao estilo, pode ser brevemente earacteriado coma 2 jursprudéncia constants dos tribunais superiors (Casas. 3 Supteacdore do Cre. depos das Relates) que. para wns, iia Somente-repeito 8 ordem do proceso. enquanto. para outos tbrangis 9 propria decisio: ¢ que, na opindo dominant, no devia see co Tegem, devia ser observado durante 10 unos € ala wa rt a te a ean ka whol, Condon 14,93 6D, Wak cate rsp oh Oa 8 6 Pend ima police cave intoduzide, plo menos, por dos—ou,ssundo alguns ts — cto"). O osu: pursue, sta anise de oa ‘ontade normatva da comunidad: consentda pot pncipe & tmatraieada numa sre de ston (dos Ou mas, pata dour Is comm pratiados so Tonge dear certo pind (mo tunime der anos) {SER Stn pr sat un a saper ety nition dct lo 6 pe a Hie des inser Qual a relgdo cate este dieto tradicional ¢ 0 dieto emanado do poder politic. nomeadamente, a le? "A-opiiae comum & de que o costume cdicto esrito tem 8 mesma digndade "yue.portanto. se podem revozat ‘outusnente(") : Isto € geralmente aeste no que respeita as rlagdes entre costume « dveita com"), a porgue, neste cas, evogacto| So direo escrito (eomum) peo dreito consuetudiaio (prprio) dia ser fundamentada na repra de que 0 dicto especial Serroga 0 ger ‘no ge respeita i relages entte costume eI nacional opines ne encontram divaidas, Uns comsideram que entre os equsitos do costume no esta'a conformidade com a IC“ tr dec ans {oN Ret m9 ‘oa fei Usbo Tea eco Retanae‘Uitio Howry ents Devaney La Hn 2 ii omit M Goh Ne ots on (rc mga: 92 eo ie os Sees ares Pints ster plo corporate ws ‘Outros, em contrapartida, ou declaram que o costume cones a lei € uracional(™") ou interpetam a enumeragde das fonts de Alico. nacional eoatida nav Ordenagdes (Ord, Fil II, 6 Pr. — “ley dos nssos. Reinos, ow Sila da nossa Corte, ot Eostume etm os ditos Reines. ou em cida hum parte dlls longamente wsido tal que por dist se deva guardar.”) como fontendo uma hicyarguiragdo em que 0 cosine spares ey tereiro tus (™). Seja como for — © a despeito dos inconvenient. pric ticos(") "0 que & certo € que os autores da Epoct elereth lextos das Ordemagtin considerados derrogados. por costume conteirio(". enquanto que muitor outros, se bem je a0 ‘laramente fevogados. s80 inerpretados e apheados de aeordo| com is correntes jurisprudenciis que. sabre ele ye tivessem formado 0 que. muitas vere, no. dea de Ihe alert Sgnifiativament contedo( de prriade au wiagto drt mon his gc deteone os, ONS Boca ida posit as Oicagh ge pri as ventas sr as nis Como untes vimos, 0 ordenamento juriico corporate era estaturalmente domingo polo prinipio do particuarisno. Ito Siuer dizer que mele coesistam muliplos sub-ordenamentos Iireto.candmico. dizeto do. teino, dieto comum direitos {stattirios dan eidadss) © norms ioladas(pevlgion entre oonttuss ‘A dade do sistema jriico — i. mtegrago de todos ‘ste cements normatives numa esteutura harmonica nha nto, que ser obtidt por process que alo destrusem 3 Sonoma ¢espeifiedade decid um dos sub-ordenarents ou Drivlgpon isto porque cada um destes sub-ordenamentos_ ou Driilepos constitu grants, co frmos jridco-normalvos, Ge uma determinada sitagdo socal c politica privcgiada ‘Se hoje 0 jurata revoke os problems das. contradigdes nosmatvan(antinonts) plo sacrfeo de um dos dos pinepios (ou normas em conto, emt fungio duma ceria tabela eral de ierargu entre eles (vgs 0 mus gral preere © menos gor, 0 mais moderna revogi o mais antigo. ete). o jursta medieval € modern inka que procurar formas de-rsoWver essay contra ‘oes ue mantivesem cm vigor simulameamente, 0» pinepios fu as norms em conflt, decortendo. da anilise concteta- Hane das sitcunstnciay de eas caso (U0 cso sh fale) a referencia por-uma dels, Isto di wo dscurso juridico do antigo regime um tom mito particular, sobretudo se conlrontado com 0 discus jriico Contemporineo,largunente enformado por um soneeitualisna fe tipo lisa dominado polo principio da nfo contradgho. Na Stvdade,'@ juste do antigo repime raciocing, mio em eemos ide sora pico copra a aviomalicos mas em termos diaktivon — id, no seu dscuso, ‘argumentacio deseavolvee, nfo dedutivamente a partir dum Principio. ido como absolutamentevilido ¢ de qe © soliqa0 Juridica conereta sera uma simples exphitago, mis partir do ‘onfronto de saris pontos de vate conlituasesimaltaneamente Wigentes,cuja adequagio e umporineiaeelproca sho verieadas para cada caso concret, Nestestrmos, cada norm ow principio fem parti, um Xalor apenas prosdel, consti apenas uma suestdo quanto & Fesolugdo da questo, representa apenas tm pont evista de ‘rfoge do cisa concrete € af no momento da deis, perante tuna situagdo hstérica e coneretamente detceminada (cso por fo, portnto). que se avaliard da adeyuagle. fe logo, da ‘isbnla) de cada norma ow principio. 'A deciio jurdien 6, assim, 0 produto duma ponderuglo casusica dos princpios & norms configs. que itegeam 0 ‘rdenamento judi, proceso staves dom sev confront fm teemos dléticoaumentativos(" ‘A prelerencis.perante um cano conceto, dado a um ou ‘urro principio devoree da importancia relaiva que, ao quadro {dor valores poltcosocaise ecosuriicos du paca. ox virion prinepies e norms assumem nesse caso. A solugdo fepresenta, ssi, uma radio da" comcnno social possivl acerca dos “alores em jogo no eiso eonerto ens apheagao dm modelo de decisio imposto aebitearamente 4 conssienela socal pela legsadort) 13. 0 leeto du bisa dade midis, Carasteres ge © teor dominante do nosso curso of. supra, 1138) fer 6om que a" sus periadizagia tose semsncimente tril pela Peviodizaglo da histira do sistema politica, Se 0 curso tives Ineigido mais direeamente sobre a historia do aparlho ¢ di Pritia jridicos, os séculos NWW'e AV teria leitimamente que a Mi da nis ser comsiderados como a abertuea de uma longa paca — da tmais Tonga epoca da histria da priicaJurdien portuuesa (© ‘curopeia) —. epocs que sO ir termina. nos finals do século ‘vit, com as telormas iluminitas Cente nos, do. Marques de Poms Na verdade, os tracos may caracterticos do sistema social de eragdo e apicagio do direto durante todo o antigo regime ‘Wo estar condos, por yes anda em embrigo. na estat da Driven jridica dos Tnas da idade media, "A constuiglo de umn aparelho jrkico elarament dieren- ciado (aobretudo, em relagio 40 aparelno police e administra tivo, embora.permanecam ponton de contacto). @ progres Constuigio. de uma categoria peofisional de forstn. laboragao de um covus eeniico € dogmatic auténomo, com f consequente apurssimento de urn mods lgicondiseusivo (i Scum sistema de conceitos. de-regrs de arBumentagdo, de fete teoricis). 0 surgir — mesmo — dev uma ingvager unica, tis fo ov tages eatruturas agora em desenvoh ‘mento, ¢ que if manter uma fundamental continuidade durante ferea de meio. mileni, desefiando as rupiras, por vezes Drofundas, ovorients a outros nveis a reidade historic, Mesmo a pitica actual mantem ainda earactristicas que apareseram entio (como 8 auonomia ua protissto © do saber juriics. coma consequente fens, ainda hoje existent, ene 0 Sursta” — depositing evsacerdo. de um saber razoavelmente Hermico mas solamente poderoso —¢ 0 “lego” Na comituedo do sitema da pritica juridica_balxo- medial. conflusm viria dinémicas: una dindmiea institucional, Gina dininia politica, ums Ginimica econgmica socal, uma tindmica curt, Parece-nos, porem, que esquera explicativo nunciado na iniodugio, meiodalouca este curso permanece Si Fundomentalmente lido("). Os elementos istitlonas través dees os elementos ccondimicor-socii, passe consti fem, também aqui, a matriz na gual or resantes se vazardo © pelos quais serio condicionadas nos seus. desenvovimentos. portato, pelos clementos insitucionas da pratica jurdica Que a iiciaremos a exposico, 0) Ch, sn Be Prins ston pico copra 134, Orgs de fie oa 484 antes, aguando da deserigio das insttuigbes muniipas, foram rclerdas a principas novadadey no dominio da aplengto 4a justin a nivel Tora Els consistam, no tanto na sU3 fnlisd0 por magisrados cletox” peli populugdes (alvais, Ie © po nhamon io i da pechante aracterisiea principal da aplicagio do direito ma época anterior (Gf supra, 000 88) —. mas na progresiva (ember Teta} Inomissde do. podce real neste dominio, quer através do nomeagdo. de Tunciondiios inapecivos (os rorregedoret) quer através da nomeagho de julzes seus uses de Jord, em Substuigde dos jules da tera 2) Comexedores A nomeasdo dos cortesedores tee, até D. Afonso IV, 8 nuturera de medida estruordinira, justificando-se pelo” dscjo real de por cobro a stuagdesunornuts de neglgénela ov abuso ds juizes. de usurpasie de justica ou de alasiramento da ‘riminaidade. No entanto. a partir de D. Afonso IV. 0 cargo de orregedar adquire 9 carter de migistatura ordi, fncarregada, 0 dominio jurtdiional(", de inspeeionar © Instruir os julzs loa A ineevengio dos corregedores 1s aplcagdo pratica do direio era, no entanto,excepiona,j que 0 feu repmento. nfo. os autorinve. a avocar a6 causae di ‘ompstneia dos juzes locas, a ado ser eas eicunstancas dit ust (nomeadamente, a qualidade social dos réus) fees emer que’ ule se senisse Eoacto para. decidi(”) 1) Sette © mand jure toc fi 259 FO et gs Ste "Saeco dos mgbetra cst ai, gr, sou. € biopic 0 si dos esis A sua rodurda inervengdo directa em tarts juin" cexplica que. até muito tarde. 0 lugar de corregedor pulse ter Silo desemponhado por pesos sem Torna aries expec Hat, Nav cores de F827 de LAK ede 149, om povos podem, no entanto, que os costgedores seam nomeados cote os jurstas Teteados: ts com D. Joie TI (131.1539) se passa exit estudasuniversitiios des ito anes) para desempenho deste cargo vrekmns a si pomacdney ¢ surans o hom MA fase (Crown che af Oe 138 ek ON IRA aa an fs ah ‘uve, Mommas stew uh pret meted de Ser Parts soma plo eopenivo a ‘ino co ‘na ch moi ‘seamen. "str dn enore ic 9 6 he doa ila Disco que acaba de set dito duas ilaies provsirias se podem tfar quanto 0 impacto da acglo don correodores na Sonfiguragdo da vida juries loca, Por um lado, 0 se8 comacto| ‘Som ox problemas tGenio-eriicos era tangeneal, senda ss Imtervencao no dominio da justia pola pelos sapeston policosulministrativon( days que sua ego na oemagdo fa. vide juridica, local © na unficagho —tieamo. a nivel regional —" da ordem judaica deva ter sido mutt limitada (™) Por outro lado, 0 lato de. até muito tarde. os corregedores tefem sido mi sua maioraligos em dreito(") alem de relorear a Tlagdo anterior, suger ainda que nfo possim ter servido de SINT) Sexe dn din comin ow Meno: aie ‘ru mar Ran! sh a ae "Ske ats mo ae 8 ‘ortegedor na compiiio do Ulta acl (spre, 283) TCT Bcc tc ae i da kt pone spent en i sas mea “2 Hie dr sine anus eficizes para a penetracio na via juridca local do novo Sireito erudito que it dominava nos tribuaah da rte © que de haf muito inlucnsiava 8 legisla tal, by duces de fora Mais impacto ma vida juridica local tev, pelo contrrio, a rnomeagdo de julzer de fora, prea gus. conta i vimos (cl Supra, 258), s¢insiow ainda no 6040 i ‘Ao conttivie do yue aconteca. com os corregedores, os {izes de fora tnham dima sntervengao dtceta na vide juriica Focal pos. & scmelhanca dos juires tera, jlgavam cle proprios os feiton. No que respeta & sun formagdo itera, também parece ters estabelecido mais recacementeo principio deque era vamtjosa a sua Tormacto juridca, Ainds na primeira Sinatia (1368). encontramos um doutor em ambos os detox {doctor in wvogue sure) como juir de fora de Coimbra("). No fntanto. so. com D. Manuel 0. rimero de juzes de fora licenciados ou bacharéis se apresenta com superior a dos juzes legos (ime dos qua € nomeado em 1S1@)("). A partir de {S16 — vine e tr anos anes da le de D. Jodo II! gus exige os Dito anos de estudos juridicos para-w desempenho do caro (cl supra,” 288)-—0s. jules. de fora slo, todos els, kirdos, 1 impacto de jis lettadun no ambient ure Local no pode deitar de ter sido grande"). Com eles, teria chegado 3 Provincia 0 novo veto sudo casinada nas universidades © com estec com a no legisla tel can cle condizente¢ Pouco respetadora’ dos dietor locas costumeiros se tera Slrgado a cise dos oederamentos juridcos Toss. AD lado (6), Jowt ANAS 600 be Fut, Sa wi ds mos jes five co nomeades slg exudunen uo buchant segue tft A ‘tg Ree. Vara 28 D Joo era stages aon jes oa pta cise ivi Me a Poids sto pla enporatio a ‘estes juze, outros funcionios de justica ou pessoas ligadas 20| tribunal dominaciam, também. pelo menos algo da nova arte jusidiea: dees ve slieptaram os advozados (a que a lei de D. ‘Joo Tit exige, lamer. oito anos de estodos Juridica) © 08 lubeldes, Figure em yue a nos hintonogralajridics pouco tern atentado(")- masque. bem poder ter sido m elemento precursor di nova cultura jridica no mundo da provincia”). 11.2, Org de je sentra ‘Também a0 altel da administragfo central, o movimnto nesta épocadetetével é “camo. vimon, no scntida. de ua Progressiva espevalizagto e autonomiacio, dentro do conselho teal (ou ella, ow corte ou easa rea, ef pra, 148 88), de um Sector dedicado 308 assunton "Ue fist “no reinado de D. Afonso Ilse hola exsténcia de dm ‘wibunal supremo do-rein, distingo do convelho (polio adminisrativo-militar) do rei (et, supra, 148s). No entanto, dentro deste mesmo. tibunal, inicio Takia do. se XIV" uma nova dllerenciaeS0, 20 mesmo tempo funcional © ferrtorial do. Uibunal da cOue, exsenclmene ambulante, Aestacase a Casa ciel, com tendénca part se finan em Lisboa. exclusivamente dedicada 40 julgamento dos recursos ovdiniios(" ‘Dor ofetiche Naar eH. Colne andburder Quon ct 53 (yt ISS ee data en One FW i ns oe a as ies Periods soma pin cron os Apis a autonomizagio da Casa do Cisel, 0 wibunal da conte passat ser designado ora pordevenrharg do pag ora por ease lo suplcaedo. Esta dupla designagho ella. de lacto, 0 ‘irdter ainda dual das suas atribugdes: se. por um lado, era 0 Srpo ausiliar do monarea na devisio. ('dcsembarso") das Aetisdes correnes de governo(assuntos de Estado ou de governo. tates de grag ineluindo oF recursos juician extrardinde Fos era também o rio encurepado de julsue certs Feeutsos ‘edinirioy Je altima mntancia (Sipliess*) eujo.conheeimento ontinaav, como timo» aes, 4 perience (tos Himes © Fetos do lugar da corte) "A tendénci gcortente foi, portance, pat uma nova divisio ‘orginica jd upontada nas Onda, ss. max. 209), mas Perfchamente consumada nas Orel. Man. (ed. de 1821), Suigem. fntfo, doi Orgies autGnomos: x Caxr slr Sunlvagdo, Sto de Sirketerjuridicional “com. competncia par conieer dos recursos ordindrios yu ni lansem e competencs d Cast do Chel e 0 Desembargo ido Paci drgko de cureter politico ‘sministearivo, com competencs com mattis de govetno de raga (incluindo nests os recursos juiciai esteanrdinris) ate ah ch cm Ce Mun 9 3 En 14 Dl ‘Somnta nas dC do Posts da eve a Ore EL tht banemedea ‘Ao contivio do que aconteccu nox drgios lois de sdministagho da justia. ov muito precoce 4 presen de lettadon petits em ditto nos tibunas da corte Ainda a lise anterior. Fotienos a sua presenga junto do rei, como conselcirs (ct 147)0") uranic 0 séeulo XIV, Go aumerosi ay relertnciae jurists, nacionais ou exrangstos, na covte: Mente Gong dss leis (134), Mestie Gongalo das decretas (1357) Joo. Afonso “escolar em le 1347), Ruy Lourengo “cecado cm dogredos" (1391). tas shoals dos, momes que. nos. aparece mos ‘documentos rion ome pertencentes ao conselho Go Fr OW 805 seus tribonais Alums deks team sindo do estrangeto, dan fovayuniveridades onde ae cesinavao veto romana ea drevo ‘indnic, como agueles elrgosleteados que D. Dans obeve. a0 inieio do séoulo \Iv~ do. Papa: outeos scram ji nacional Tormados nas universidades peninsulares(noneadamen. Sali ‘manca) ou no. Estado Geral Isboeta, a partir de 12881") ‘A fundagio © espansio dis uniscrstlades consti mi Serdade, um Tenbmieno com arande impacto aller radical dda estruturan do aparcihojuricosdministrativo eetambers, 90 Shtemat"de producho aplicagho do diecto(”}. No primeira eee eee eee eee eee a lesa cm nice “in tnd to ‘rewron ii das sins pina, cls vio formur © fornscer o+ msios Ihmanos que Possibilitam a constuido dus estruuias burocriticas do Estado modern. No segundo plano, w seu papel val ser complexe. Elas ‘30, por um do. promover a divulgagao de um areto erudito (o dteio.jstinianen) entre os. seus etidantes dircio.e Stes — uma vez puindados (sobretudo pelo prestigio do seu Sater acadénico) "toy consshonehaneslaras. ¢- tribunais Frais — do difundit nas dries da Europa e teaslormar nom Aieto pratiado(™) ree coe”. Sobre rae da seer laste a Dir jr Fata ects Rican Kaa Snbn tscie ‘wit mss Spin Bln: oie nna a "Unerade ete nme “rete mesmo seni, H. COM Die ig ES dace pn ot oh. Ses ita tm sie rs {GViSEE" mee gee ice do fe ge aS ber Ieee a psemen de iy DAES Fas OR MN Prin ssa pico compro =o Embora — como se disse na nota anterior nfo tenba- mos muitos dados sobre as condigdes © 0s resuados do Funcionamento da nossa eniversdade até sos meadon do sdeulo AVI teomeretamente. ate TSI}, sabemos que nela se casinou, desde tundagho, odtcto romana e dietoeanduioo =) que fs objectvos deste ctsino cram 4 formaglo de letrados que ssseguassem “um melhor governo das cosas pablicas"(") limportanca. socal das mates juriicas. bem como. a sua procura.~fzeram com que as. faculdades.juridicas”fossem Eonsideradas como as mats importantes da universidade(™). A ‘tau se dria mar parte don estudantes da universidade em {odo 0 caso, parece que polo menos até meados do sé. XV. 0 ‘imero dos seus diplomados alo sasazia ainda as necesidades| do aparetho judicial © adminiseatvor™ ‘ig Cpt i eas i te EE ac Giese ours ‘Sloma F ets ae sae ns it sorry -Quodque Scalar in abn e foe Caos ve Ci ne Medicina [ipsea isn pens on EE ie cae earner bee ent bec ca ee on Hina das nies A partir dum trabalho de investigacto sobre as careiay burocrtieas. durante ov weinados de D. Manucle de D, oto Hl los individvos releides em documentos. como. tendo. sido fscolares de kis entte ISD 6" IS27()6. posivel eateu ty Seguintes concasde 4 Neses vite ano. hi noticia de cerca de 60 escolares de is ) Ceteu de metade —comespondente, em bot pare, 0 conjumo daggle de ue alo hi ideas de oe eno terminado 0 uso -oeupam cargos de menor tkvo adn trativo fembora. por vers uit tendons). como ov de tbe, ‘seria, procuraor. cm eidides ou ly de medi tnportin fiat" 4) outa metade tem carteeas burdens de mais rekevo cupando poston de dcsayie sobre no aparsho judo Gite de Tora, coregedares. desembargadores. dees em nmero dc 25). 14 prineiiam asta carr na provincia (como Ines de fora’ og Cortezedore. 4 na uniortlade, ¢ HT non tribunaisceneais (oa muior parte oe “axon. Iago coma sesembargadores) 12 mantis eo fim em cargos foals 17 Tnalvando estas brevn rlrénine de condi insti sionas da patcajrdicn boa wade mde a0 ovo qu fa "jua_caracteragooeapant os, juan” com Tormagao ne; os no da cs de sods moment 2 carne de jr) estar lnge de propca uma espana feneralizide no. novo direto crudior bnocado. a tadgde Juridica romana e deseasohido sobrtudo nas unieridades dt Europa, ‘Como eseteve G, BRaGa DA CRUZ. “ar complacbes Pein sia police emporio ” sruitos que tam tido o privilegi de formar através dees 0 Seu esprit juriico nis universidide etrangeti ou parti de D. ins, nu Universidade portuguesa. A sua utiizaghe deta pouso padi ltrapansir os imites do tebunll a Corte de Sigens tribunals candsicon, 8 providos por juice com Tormagdo Tniverstiias mas. ao longo do Reino. sbndavam_ sings, o+ jules concelhios de cleicto. popular. vider Ua nosidade dos textos romano-candnicos uj fam comeeava a ehcp ls, mis incapaves de navegar no mare saga das sass disposigdes rnesmo de compreender a Tngus latina em que se eneonteavams resighdos ("). Ela uma circunsincia que nia pods dinar dost tt em conta a layer hintra da recep de ditto comms ents ns. ‘Apesst da grande quuintdade de relertneias 40 contceimento © Aiulgacio deste dicto no nosso pat. partir do sécuo XI ‘lo podemor exquccer yu, durante varie abel, reepeta da hove dlieto curopeu consituira um fact, decrio ners, mas de diminuta extemado, pois as carateriticas do aparcih judicial onstitum tim poderowo limite institucional & gencrliagao da ‘eto culo 4 todos ov nies dt pritict juradica), 14 A pelea dogmitien dos jurists na balsa idade mda Até aqui, a caracterrar os sistas jurdicos eas descrever ‘su hstoriaTalamon yuase sempre som norms consist hrs ou lepativas, Esudar 0 direto era, sobretodo estadar & Srgunizagde. costumeira das comunidades ow a aetviade Tegislativa dos Grados do poder cena. A hitéra do ditt ea, asim, fotemente atralda ou pela historia dos comportamentas Sociais ou pela histor da actvdade. politic. 'A parir dow fins a idade media, hstoria do stems jridio! vat solrer um deslocamento, Var far. por wi a. obretudo’ com normas juridicas erindas aio spontaneamente pela comunidade, no” autortaramente pelo Estado, mus. Progressivamente, pela sctivdade “eientiiea™ (ou. melhor 40 Mii das nis dogmitica, dourinal) dos jurists cruitos, nas wniveridades hos conslion palatinos, ns tibunts O dicito (no sentalo de Sistema de norns juridicos identifica, ent, com a doutina dos jrstas¢ a sua bstria alate da stra s6cto politica € proximarse da histéva cultural nes ecoando os grandes temas “ip histraWiosotico-cuttural eda istdra ds formas de pensar ¢ ddscorer Isto nlo quer dizer que © direto pete agucles contacts com a realidade social que no. iniio do curso vion seem fssencas para sua compreensfo. Por umn ldo, gste sms de hormas crado pela tadigio emily dos jurists eth sempre Dbleve uma fie © automatica apicagio pritic, antes sfrendo mais ot menos. sigificaivas adaptagdes auando “do. seo onfronta coma realldade da vida. Por outro lado om propos just nto construiam "no a”: eles constuiram tendo em conta 435 nortmus jrlieas positives fconsuetudiniay ot leisltias) € 3 parr da Ieituel que tariam do realidade. soil a Sensiblidade que tinkam acerca da forma mals sustada. de Tepula a tenses socials: ora estas leitura senibilidade longe de radicarem apenas ou sobvetuda. em carcteristicas 08 fapacilades puramenteindividuais(™). decorram antes de fondigdes objecivast nomcadamente, da forma como eta instidcionamente organivada 4 profiado juridica ew aetvalade tos jurists. dos comtactos com & relidade socal politica que fstearanjo unsiucional Mes Tacutava ou imped. et. Ej se 8. a orguniagio.insiucional “da prétia juridica “anda ‘otritamenterelacionada com earactetisties eentras 6 rates Social global comes mattiz da divisto tenes © socal do reabalo, [A dogmiticajuridien dos souloy NM 9 XV tem reebido esignagses muito’ varadas. —romanisna_juriica™. "bart liso", "esolistica juridies”, “mun ialicus, ete is asa 1 Parade hei psp bumanita id. aque que ‘ac, "om recur. is cartertae dor syon “WM FOUL, Tarkio S voi DT Periods sna pics eerie a“ esignagSo. mais correcta € a de “uliito comum"C) por se revear menos unilateral do que qualquer ds anteriores e por 08 ar, desde logo, esia ein: a de" que ela presenta. como ‘iricersica primeiva, a umulade~ quer enguanto i) wnifea iarmonia) 38. vans fontes do diet. dreto romano- Justinianeu, dircto canénico © direitos locals). quer enguanto ‘Suma ser levada a cabo esta sintese — (i) constitu um objeto tinio (ou comum) de toda a cienca juridiea europea, ‘quer ainda enguant “tata” exe objeto segundo os mitodos de tims (ii) comum “iene” do det, forjada (is) num exsino Uiniverstisio do diteito que era comun por toda a Europa. © (¥) Slgarzada por um iratura escity numa, Hing também tomo —¢ lain, ura a lormagio desta comunidade juridiondogmitica ‘curopia cotritem dis serie de fetores: uma, atefow rina, Ea verficagao tua cota Jennie pare a unidade dos wets fnlenamentor jurcos europens. causa imedatamente pela recepeto do dieto jsininey © polo renscimento do direco fandaico, mas cujas tales mui profundas estdo no apette de Unidade © de segurangu (em todos 0s senidos) experimentado ela vida eeonémica curopeia de entée: a outra stuada ji no lane da pravca stead divi. & a formagao dana corpo tte jurist craitosembebidor ike romanunna pelo ensine tiveritdro curopeu © teeinades 1d tallzaydo dos mesos Imetodos meenies (if, de invensdo [achamento’ da solugso] Aichi, Sis 177. 32 oun seta oa ero “2 si er Ines juridica — Rechefndiog) © expasiives © 8 sua ascemo 20s figures onde se devia esi leistvo, jac ¢ admins tivo de enti. Ea diatctien desta dus ses de factors tunifeagdo dos urdcnamenton jurdisoy sisted ©. possbi tando uma elena jardin comutn, eta itm potentando tendénciasuniicadorayltentes "no plano riico-politeo Sige sigs 0 te common «sou ensia Vejamos. pois, a prima sic de factors, is. as cireurstancan a partir day qua s fl gerando 1 unicacto dos ‘ordenament jutidicon europea {21 cpp do i somano am det sas [A partir do sdeulo SI primsio em Malin <, depois, um ppouco por toda a parte, o isto, jtiianey passe a estar Imteyrado no sistema dan fonts de dito da mio parte dos feinos curopens. embora apenas pasos takin eh ul. se Yeriicnse my estar mala em cash rogulamcatadl pelo ieita Tos" Period snr plo eerie “ v0 Cas ir civ. moaumenal bras compo. € asic "do dene hss” Sah °555"0 Corps ts Co i em no par: ‘ol nour pon coma jue 2 cat Mesmo na Akai, onde a rosepei foi a um tempo tis tasdia (ase. NV AND maw completa. © discito justinaneu ao subst cm bloco, os dieton leas, tendo sido pens introdurido lo de dieto ert, aplcavel somente fa fata de ki esta ow nacional) ‘Bree, Fema 12] 120: ene, bm dD 11148) nd taurine pute do Cg Son secon i Deiurifdi@.onmiumiud, Tit. L 8% SAGELSat te Rane saa Bi mami rBTaE Ei paseo eeross i i ! ak fe i A : Hf Ai i i a Ta J 4 i tL a, 6-—Pigina de lg ein do Corr iri de Ph, Mom ‘igs Neemte taper suerte,» nots dctnrse dot que “6 Hi ae tiger Est eecepgio do dinsito romano (acompanhido, por vers, da cespetva Gloss bolonieme) nos dedenamnton das etados furopens pode ser explcada partir de sian cxeunstaneian Por vin lado a restauraeao do Inpro ociental, no ase IN, a idea assim express pelo bispo Agobard de Lion de fee “ur shun prise rete tna Tege omnes regerentur Ou Si, de gue unidade poles este religion do yer exiia Suu unidade jandien(") eo andar muito que me Hdentigue {Sse “uu is” com 0 tet romano (ue, como decitodaybels Comunidade poiitca de que © Sacro lpia €suesso), com 8 {qual de reste. nunca se tna petaido contaeto eines das Teges omanae barbarorum & qu, aor, past 8 act Mah conbeci, omo bose do snsin rico unsere Por outes kalo. nde a autordade do dieto romano nko ppudese provir da autoridade do imperaor por The nao set fevidaSussalagem(™) -ayuele continusta 2 amporse em Side da sua perfegio e de consult. em sum. u modelo Implicto para que os wieton curopes, atinica sinbora 38 patcelarmente romaniradon end desde hh tor este S480 D dircio romano valers no "rations inperi'. mas “inperio Por fim. a seepedo do dteto romano esta de aeordo com «formas di vida econdaca em deeinalvimento na Europa de entde. Os séculos da reeepsdo (NIIEXVI) so, de Tasto. es Jo ‘desenvolsimente inca! “da cconomia mereanl-€ monetéria furopeia, ov dos alvores do protocapitaismor ord a este novo Tipo de rain ocondmics irs coisas eam necesito plano juico "um “dieto ede, gue. purantnse segoranea Surdier © institucional “necesivit a previo ca eeu ‘echo Romo, aad 1989) 207 96 B.C Sem, eee oie om Pc wit. ride por H. Corn om rercantibeapiaita, um incite sineo. gue possibilities Subeleeimento duin coméreio.intersuroped. eum isto Individeata que loraceesne una adeyuada bane juries para 4 ‘ctv do empresirio, livre das hmtagBes somunitarsas que ‘os ondenimenton juriicos mdicvas finan Hsedalo do diet erminico, 0. dirito. romano-ustinianev_ teria constitu Precsamenc, un oedensmento judi dotado de tabas sts Ghracerisieats 4 sus absescedo (ig, 0 elo. de as wages Wsadas elas noriasestrem aes deseitan trae de Lormuls Inuito estlizadas e. portato, gras) opunharse ao easuismo dos sircitos da alt Kade Médt e peritia uma maior seguranga na previsio. das consequéncias jurdicas da uctvidade comercial: Aepois, ums ver gue era aceite como um dircito subsiiio fcomum s todos ‘os sslados ‘curopes,evjonordenimenton jurdicos ram frequentemente amiss em reach 36 quests {due interesavun aos eomerciante dicta jusinignen podia Constr uma lingua franca usada desde as cidades da, Hansa ft ds da tuna mediterranea: por alti. os stats prinepion o sistema jusomanista, tal Gomo ele vem a ser deserto nas Stone dos Joray data Make Média, coven, em srinde medida, com. visio conlemporineh ay relogBey ‘eteuntis” Uberdade de aetuagho’ egos paranta pelo Principio” da avionomia di sontads("),_ powibilaade” de ssoiagbes mane ¢ Tunciomis tacukads pels Tgurse da ereonaldade juriica ou cokctiva (univ, semper, ce) Extensioiimitada do poder de lngar os ens «eapitas no giro ‘meteuntt Lael por unt direto de propridage que tndia 8 Aescontecet Tinitagies soci us moray 30 ayo dak cosas), ‘Os ponton de vss aya expresson sabre rope a ua ‘ausas representam. nu vetdade. 9 patrimonio tance © algo Simpliieador da hstoriogtafia estabelecda, No ealanto. 3 tes Ono Pas 98) ‘ante 4s Hii das sso {questbo esl Longe de se poder considerarencerada, sobretudo depois das rflexdes fundamentai da historioprafiacuropela (sobretudo alema. destacando-se aqui os pontor de vista de F Wieacker) dos dlimos Viale anos(™), “Muito sinteticamente expostas. s86 as seguints as finhas de forea do actual enfogue do problem das causes ua recep: 2) Nio existe nda uma sufciente investigagto hiséries para equucionar. de forma global, 0 problema: das causas d Feceppo: na verdade, expla a recepelo pressupde uma pr descrezo exaustiva deste fendmeno em tod ts sas mpheagdes Jirdieay socais culture (nomeadamente, no. plano. d3s ‘odieaghes que ea causou nos conleidon da ordem juridica, da faflugncia que teve non cyuiirios soins de poder e do seu alastramento espacial)” Assim. 4 tenatna. de determinar” as fausas. da recepgao deve set substtuda por um esforgo de ‘desergdo rgorosa e exuustivw do. proprio enomeno(™) ‘YA explicagio da tecepedo no se deve prcocupat tanto ‘com of aspetos “interno” da construed jude (yb "mor perfeigio’ do direto romano") como como "eoniexto” da Fecxpeto, sumeadamente os contestos eutral .polticoso- call") ‘No. contexto cultural, a atengio tem sido atraida, sobretudo, pelo estuda des Faculdades juries © pela relagbes fnire © metodo dncursivo do disto commute ox mods Logo Intelecuais de outras areas do. pensamento. medieval) tecepsi, seman tec wc oh ra sao a it. TY 0 pome de vn se F Wits [nse 15 Se cd aa wr Lean anc Once 11960) 4345. ie tue icra or Ghanatnenci en Han (to dE tome 1390 ON ed ad Perino ems plies expr a A) No vontexto séciovpolticn, dus questdse ocupam 0 centro da problemitict. Por um lado, yustao do sgiead Socivligico diy modilicagdes operadas pela recep no conte 4 oalem juridica(™). endo neste plano ue surge 2 questo, fabordads no. texto." daw rclaghe entre a recaps ea modifagies contemporincis do. sims cconamomedie- NAIC). Por outto lado. qucsibo do significado Ga weeepgao ome factor de redistibuigio do poder enti: o» grapes soci, fomeadamente enyuanto lenbmeno setador de unin categora foetal nova os jurists que ini eapropiay paste do poder fque antes competia fe elaas Houdais(e) facets ita Eases ds ‘pals: Nou York 19. W. Tat, Srinivas Dalen ‘ei. edit suc OC ai as Ista ett We Mas, mesmo nos dominios reglados pelo dirsto foe, wifrmizasao esava em marcha, provocada por uma iflubncia tescente dot principios romanisias sobre 0 proprio legilador. Inicialmente ul influtncia processavase através das eoletdneas lepslatvas da Alta Idade Média. vg, do. Breviaio de Alartes: mais tarde, elt vai ter como agentes 9s letrados presets nas hancelvias reais Assim, aparscem-nos fontes de’ dreto Toca Tortemente imbuidas de princpios romanisias desde 0 se, Xt | Sirvam de exemplo,o Liber uguafis( 1291) de Frederico Ul son | Hohenstaufen 2igslacho inglesa de Eduatdo I (meados do ste Mil) fet dinamarquesa de 1241 ena Peninsula, © Fuevo Real (01282) € as Siete Paridas(c. 130) A teoria canniea das fontes de ditcito proclamava a subordinagio dos direitos humanos (secular clesistico) 20 Aicto diving, revelado pean Eserturay ot pela Tradgio(") var A pr sas Skes ea 49 ai esis testes diitos eram consideridos como dois modes compere fares de realizar uma ordem querida por Deus, Todavia, ete precvio oqilirioentee os dois diretos terreno rompetrse com Sgrandes luis que opuscram o lmperador aa Papa: ena feora Sanden das fonts de dieito, esta rupture nio podia deixar de Sr no sentido de estubelecer a supremacia do drcito eanonico “qe, pela Sua propria origem ¢ destino, esata mats prosimo do Uleko divino. Esta conslusdo to} tirada pelo ptaarios da Tgreja ainda no sé. I. saul dees prociuicare nen possi ina guctoriate™, serve. 0 curatita, DEUSDLDIL ma dc. prem. camonisian« cvs procedem a uma claboracdo ris chidada desta formulae. embers aftrmando a independén- in dow ordenamenton chile eundwico (ner. pupae tn Temporatibus, ee unperaos in Spiutualbus se deans tans ‘cere afta ACURSIO).feconecem Yue. Nos cass em ge eM fies Surghse um confite.grave- a iting palavra perencia 30 frdenarnento a fre Tudo soe ainda 8 iia mites vers alemada de que etre 0 diteto doy eis ¢ 0 diveto da Iavou deve existe uma ‘specials cominntis™ (pois, aos los dos teslogos eds jurists sities da Wade) Media “0 lnpér ea igreja "dunt Iratensare” (BAREOLO) cram orgs muito podeross. no fatigo di wnlormizagio dos uietos losis, & sombre. dm ‘modo nico yoe. sub ete aspectowltimamente Cocalo. ea mals O reno canonico do que @ romano (ow, dado sie 0 die Toman forsee owsatura do tannin conta ts ‘ito komano atra\és do mudelo Wo canduio) Pelee ple seperaine ss £ sobre este ordenamento largamente wniformizado que vai ineiir a aetividade dona cnet juridca internacional, ‘obedecendo ios mesmos cinones metodaligicos,e poteniando, portanto, a tendencia para a unlcagle 163A ogni iin mda. SE ete all i et ao es dt ao, a oo era cop do insta? cea ae deo, poset mite Wacom dete 20” tle juts 90 joi ie groban su ex que © voluaran ome or tes ‘sarin dtr sto) a fones de it, sem augur itite de cat juin Seta, si "tia 3 es isp n eie mow (Sicnics dora espe In Fe — Dsposicto dor vito “hace «pocorn: em Cars evo tim manus db eo fh Ba nn: Coma, no 3h 6 Mi tines 6 a hb 8 ing a dane ‘hoe © whe un rn noel: ogi ot a {in sc matpizam por daa aroe Em tos cs sno {cn opr oar ima cate penne ‘in to a ei i eo de de {ete side illuenido. pea propia rita a dace. de ‘hictme tee genetic ov le qd I~ nig di gir neta ator dau awe pedmon conden feng dex ‘Ses rs notes ede Met) Tf vanbin » inerpreasio de. P Monat If Probie tarry tars Conor Sa det Ds ist hy As deus unin (epee qui gd ise eran mein oe do ncn Markie Quon cic e Fowace'e Butdnacs ste S25. Periods stoma pice erprtio “1 Sinetizando: demos diver que convergem na produgdo de um ambiente fayordvel 4 eonsituigso da clncia juridca medieval faetres de faticicr filosSicoidelogico (a ctenga no poder lesitimidede dos process tacionais),tactores igados & propria naureza ¢ abject do trabalho. dogmtico dos jurstas (a necesidade de aterpretar”o8fextos romano justinineus em eonsondncia €om ss accesses normativas da epoca), nalmeate, factors Je fodem institeional (0 aparecimento. das universidades e- onsequente geslagio de novas condigdes de criagio social da cular). 132, eo don “adore Ns primeica metade do se. Xi), monge Ireriscomesou, em Rolona, ¢ ensinar 0 direto josinianen, dando origem § Stecola dos glosidores” posteriormente continuada_ por die pills sous, ja actividad se mani até aos pimeitos denies 4 séoulo. XI, primeiro em lia (cizemontan), depois em Frans twlramontan), onde 0 estado do direto romano. combina com © eulive da escolistica francesa «tende, portnto, pura a claborasko de simeses sstemitcas: nesta altura (1230- Toad), Aciteio (1180-5, 1260) ordena lode 0 wabalhocientfico dos jurists bolonheses na etlebre Magna Glasa, lose Ordindra ‘ou, simplesmente, Glos ‘As earacteristegs mais salientes © origindras do método bolonhis sfo a fidelidade ao texto justinianew 0 carder cou SAS Pi ett SM tet Pr wensh, Die leiche Liteur der Gicsmorense, em Handbuch der Ore ee assets es rei i Seems ei las my aig ce ls ‘uno 9S 419: F CANS: Iommi! ele wor dls sora, Mans nec en rata hh HSE @ CR Taser macancden ieee steal BS ees [484 ao eto de mann teat 6 Cupar apg, 1a A Period ssoma pico copratio naltico ¢, em geval. ndo sistematico de bteratura juridico- ona ‘Quinto a0 primeiro aspect, & de relgar a idsia, comun entre os Glosadres, de que 05 textos jusinanets tnkam um frigem quase sagrada("), pelo que seria une ousadia inadmi sivel ir além duma activdade puramenteinterpretatva. desses textos! 4 cignela_juriiea devia consi, portant, numa Inerpretario -cusladosa ehumilde, destnada’ a escarecer"© Seatide das palaras (verb tener) &, para alem dso, a eatar © fentido que estas encerravam (sensum eligere), Por outro lado —e entramos agora no segundo aspecto— uma actividadejurdicortentfica deste tipo no podia desenvol- Sersse sendo eni moldes predominantemente analicas isto & 0 Trabstho dos juritasconssia numa andise Independente de cada texto juridico, realizada—ao correr da sua “kitura”— quer sole a forma de plsasinterinhadas ou marginada, quer sob a de um comentrio mais completo (apparatus) —sem que (pelo ‘menos, de pinepio) houvesse & preacupagio de releit ene si ‘soe texts. analisados "A “slosa"™"explicagbo breve de um passo do Corpus luis fbscuro™ ou que susetase difeuldades ert, portant, 0 objective do Labatho desta estos: no entanto,o trabalho da ‘Scola encerra uma gama muito variada de pos ilerdrios: desde 5 simples glosaenepéica ou que indicava os lugares paralelos até So curt stado sinetizando 4m tla ov um institut (sma), Dassando pela formulagio ‘de regras doutrinais(brocanda, Fegule), pela discussio de questOes_jurdicascontroversas Idissensiones docrorum, quaesiones vexatae ou disput), pelo arrolamento dos argumeatos utldves nas dacunsbe jriicas (argurmenta, pela anise de casos priticos (easue)("), Em alguns desestipos iterdsios as. preocupagaes “de sinese ede flstemationgto slo ji serait, ‘0 impacto priico da escola dos glosadores nfo é—como refere F.WHEACKER(") “fail de-explicar, Nu verdade, GBF dovadors pensnam que Justiniano (svi AC) for ‘ontenpedno Chi sims emt tempt aia Che ‘de Acoa. (5) ‘See todos ees pus Sern, oP. WED, Di Lepinche Lieut de Gionreset, Ste 1 * intengdes do. seu trabalho fo. cram, predominantement Drileas; Seu objective era, na verdade, mais um objectiv6 [eéricodogmitico—o de demonsrar a racionalidade (aio 3 “Justeza" ou “utlidadeprivca") de textos juriicos ene Fivels—do que um objctivo pragmético, como o de os tornar Uutlizaveis ni vida quotiiana do seu tempo. Isto explica 0 Aistancamento dos ‘losadores em relaglo. vida juridico- legilaiva’ do’ seu” tempo sobre a gbal apenas. piravam, fxclisivamente dedicados, como estavaty, A exepese Gos TExt0s omanos. Se acabavam, portant, por inlusforemente na vide Juridica e politica do’ Seu. Tempe, ‘sto devese no 20. seu tempenhamento pritca mas & fica da autora eepistal da Saher que culvavam, (ns dois jurisias mais farosos deta escola fo, sem divida, «| seu fundador —Ienério © ACURSIO.o compilador final de toda 2 sun producio teorca —na Magna Ola ou Glosa de Aviso. Outros, no entanto, tiveram vaste infuéncia, nomeadamente ene nds reir, sobreiudo. os directosdiscipulos de Irerio (Martinho. Bulgare. Jacobus, Hugo). 0 “eivilsta” Aro (autor ‘dum poputarisima Summa codes) eo *canonista” Henrique de Susa, mais conhecido. como “cardeal Hostiense™, Dentre oF spans, eilemrse os “decretsay” (eomentadores do Decretiom) ‘oto e Lourengo Hispano e os “decretalisias”(comentadores das Deereiais) Vieente Hispano ¢ Raimundo de Penyatort(") © surto urbanistae mercanil dos sles. Xie XIV comega por se traduzir, no plano juridco, por uma valorizagio dos direitos Tocais frpecntmente dos “esatutos” das eidades alana) frente a0" direto. eral Gustnianeu) cultvedo pelos evades © ‘dominante, por seu intermédio, nas chancelaras eis. Se 05 ok aS PET WENNR, Ly Lina i 85 NE Seto de aes da Hsin. aver ps ipa tl exten dt shar Cason Wonu Penen Lvs do tBu! Ime Str ht Sabena eA, Ped sma police coportvo a6 jsstas universitirios estavam dispostos a acter piamente 0 Antigo deco justinianeu (rola. ego hod"), }é os estatutos is cidades aflrmavem, enfatamente, 0 devir da vida e do Aieito [ur secunchom temporum diversarem, idem ius eae (que testa varie disponat™ (Gaeta, “nil est sub sole stabie™ eames)" ‘Com a progresiva extemsio deste nove tipo de vida cconimica © Social a rides cada Yer mais vasis © com Stubelecimento de lagos comerciais inercitadinos einte™ Studuats, lomouse necessrio que ests prnepios de direito ovo introduzidos pelos lura propria das cidadesialianas fossem Inegradas no ius commune (tomano-justiniane) © que este, de um amontoado de normas (agora) de proveniéneia diversa (omano-jstinianeiss, romano-vlgares, canénicas slate Fas). se ransformasse mun corpo oraanico dominado por ivandesprinclpios sisiematzadores, sobre 0. qual se pudesse ‘subeletr a sepurangajuridicaindispensdvel xo desenvolvimento Gs Felagdes comerclais(™). Esté, portato, em pleno desen- Yolvimento um processo de uso entre ius commune ¢ 0 tus proprium: o ideal de concérdiaTepslativa € perseguido pelos friar nfo. 86" nos limites 0 dieito. romano-jstinianes| {abjective que como vimor — nfo. era de todo etranho 108 losadores), mas relativamente a todo 0 ordenamento juridico positive. A’ continua referencia, a partir do sie. XIV, 20 dito Amigo © eo novo e, sobveudo, a0 problema das suas rlagbes tmécuas,refccte plenamenteo procsso histrico da wsSo do tus conmune. com 0 ius propriun no grande sistema do drcta sta foi a tarefa de uma nova geragio de jusitas crudiios — que a hstoriogratia tem designado por porlosado Yes praticos, consitadores ou comentadores(); jurists. a Genporum gchar), pore semirsrse ae on cna Sewer em ganna “Ste meds Be sw Gai aaa” CA, FET Soe 5 Wey, Le oman Sah FWA TANGY Mit Seemte me por ain de «a Hi das ess que, pelo sew papel © infutncia (até ao sé, XVI na histria jurdita“europein,F. Witkeesm nso" hesita em ‘aplcat s ‘esignagdo de “arguitecos da moderidade europe, 20 lado de Dante, Giotto € Petrarea (de quem, de resto, so contemport- eos) (© fundador da escola foi Cino de Pistia (12701336), ontemporineo © conterranco de Dante, jurist, pé-humanista¢ poeta do doice si! nuovo: mas o seu membra mas influent fo fem divids, Rirtlo da Sassoferato (13141357, de Peru jrstaimpar (lamina et lucerna ris, he chamaram os ontemporineos) na hstria do dieto ocdental que, numa vida 4 pouco mais de trata anos, produziu uma obra monumental ‘que se impord 4 tadiego Juridica at a0 séeulo XVI (nemo Juris is arco). Oueos jurists famosos desta escola foram Baldo de Ubaldis (1327-1400, homem de grande cultura floséica, Paulo de Castro (m. U441) jf inflenciado peas ‘novagdes intelectuais (muito levantes para 0. pensamento| jurdico) de'escolistiea Irancxcana (Occats, Scorr0) —, Jasto el Maino. (1435-519), ja contemporince da decadéncia de ‘Scola e, ainda, Rafael Fulgosio, Joao de Andéea e Nicolau de “Tudeschi (mais conhecido pelo *AbadePenormiano" ‘So estes jursias que debrugando-se pel primera vez sobre todo a corpo do dirito(diete amano, diet canénico,dreito feudal, estatuos das Gdades) ¢-orentados por finalidedee mmarcadamente pritieas vio procirar unfiilo\e adapti-lo as neeessidades normativas des fine da Wade média("™) “SSCS Wises cas ete ee cede ernantacaami he seroma ee Pa! eee See SCOUT nate be eegaee ana em erie ee ee TM feet aaenearige ng Se Be fn tea, ie ies kore St Pern sitma policeeoporve “ Todavia, ¢ apes das tndtncias reformistas 6 refridas, rmantémesc bem viva a iden de que 0 dito conse Conjunto de normas que o interpre poder alr. Pa CComentadore come pars of Closadore, ordem juriica poiva representa um dado ngncwtie, ainda quand ela se TRowravacontadtora © desatualzada, Portas, Yoda a ala de actuazagio ede stematzago do deta ord que st ‘ealitda no snior dma ordem prefsada sutortarament, ‘sparecendo frmealmente cma una tafe mera interpreta. ‘Ao serigo da interpetagio sfo entio colocados.meios logico-dogmaticos imponentes,& mage parte dels provements dx renovagd login (Logon Nova subsequent ao eeenontr de Smporante textos ansttticos (Topics ¢ Eencos Salton) Srgumentagio dos jurstas, © mado de ests organza 0 30 iscurn,adquire agora um. fom ‘to paricular_Sorgem once melon de raion, tema intl, Que 38 por sles sto ustdos em suma, um novo dominio do saber Que Se onsiti a eigncia ou dogmitic juiicn, ejoscabougueires So este comentadrcr dor scr XWV ¢ 8 ‘A clncn juriica nase com ee as ele nace com a ctniajurdiea, De facto, a dingo entre santero escola dot ‘Glowadors« eta presente dos Comentadores faxes pare dat itrengas observes nor rexpectvos modos de dsconreracrea Go dict, A subsituigdo dura evan peta ours nfo proven {ante da dierent identdade dos jrstasCondsores, da erente lomaliagto geogrtica da sede do labor centico, mest den Gree snetimeto da sen mn cme justin ta ore rincplment. Goma: rupuraepisemologcaveieada no Eicuto do jurist; onginada pli cstabelecimento Ge novas omdighs no sio de sua prite. dass (a modifeagio ‘Sperada no quadro das fontet de diet tatadas pcos jr). 26 Font, red dit hemi Eos si deaguons ds bri tterdas au a 988, CEE N.S, Woot Bola of ‘Seaforth sory of meter pol each Gontrdge iol Raves’ de. Sasa. ‘Sae lesen por Sean ee op alte er ‘Wibtenth uwepr ial soa 40s WPRIMA BALDI az rad sina pt Foi esta ruptura epstemoldgica que permit aos comen- adores criar inovagSes dogmalleas que, por coreesponderem tambem Ss sspiracdes nrmativas do seu fempo, vita a torna se'dados permanentes da doutrina posterior. Entre elas, reli 2) tcoria do duplo dominio que, baseada numa distingso fomane entre acio divecta © acto ull, distingue « posigio Juridica 60 propieico (domintun divectum) da posido juriiea fo titular de" direitos reais sobre coisa atheia (dominium wns)—vg, 0 enlieutaC"), A. chave do. sucesso dogmitica ‘esta distngio ‘esteve na forma como ela se adequava fonsiagio dogiatica das siuagBes de coesisincia de aietos de Varas pessoas sobre a mesma terra, pica do ssteme feudal ya corregfo bt eora da esti territoralidade das les, 20 sentido de esubelecer una mulipicidede de criteris, varives ae acordo com o tipo. de_ quests. pare. decidir do dieito Splicivel no saro de confito de varias ordensjuridicastriorais Uieoria estonia, pois Vsava resolver as uestOessurgdas dos fonftes ene esiatutos) Asti, se em maiera imobildria se tmanteve o eréio-da localizaedo da coisa. jem matria penal fra velevante lugar do cometimento do deliv, em matéra de fstatuto pessoal, e netraidade do sujeto: em materia de coisas méveis. © estalute do. seu proprietano mobili sequungtur Dervonie"} em materia contstual €_proceual 0 hgar Fonelsio do contato ou a lei do foro (locus ret aetuum") ‘Também o sucesso da tcora etatutdra se expiea em face da smltipiessa0 das relag6esIntelocis © do facto deter lbertado © trilego jurdico do rgorismo paralisante de esta tervitora Tignde dos estates Mas 0 impacto mais decisive da activiade e do saber dos comentadores sobre a vida juriica, pollicae social europela fo: onstituide, male porventura do” que. pelas sas. inavagBes ‘logmaicts, pelo seu contribute. part a constituigho de ume ategoria social & qual passou a fear comelida a resolugfo dos ‘ierendos soias com Fecurso ama (enicaraciona, embors ir a tiger sufientemene erties praetor do lence do home vals tarde, nt ndministragdo Toe © na Eplagdo. dn justi, asumindo ito. Um papel arial no ‘uotidiane da vida Social. 143.4 0 modo ducarvo ia iin Como dissemos anteriorment, toda obra de atualizagio sistematzagio do diteto exigida plas novas condigSes da vids Social europea e levada a cabo pelos comentadore tisha que © ser sob a forma de-umna “interpreiagio™ Jo. dicto romano: “husinianeu em vigor. Efecivamente, exceptuado 0. paréntese tuldo pelo Sonido. geal da obra de SA0 Towact™), 0 TS ambiente cll loco de MEd & clin sciatic ove er {Etro emao duane odo sis porate eh i Hsin ue uc dic TRACTATUS LOCORUM COMMUNIVM ARGUMENTORUM ‘ies tr pensamento juridico medieval era propenso & idemiicasto do Gireito com's. vontade do legisador A letura ‘dos textor Tomanistcos e, bem assim, o curso di vide pollen contemport ea (dominada pels tendéncias de cenialnagio Wo poder dos Prineipes), sugertam uma coneepedo evtadualita do dict, em ue 0 monopslio absolute da edigéo do drcto competia 4 Sutoridade legislativa estadual (guod princpt plac les haber Vigorem) © eujos eflexos teéricos € sitios. aparecem na fscolistca fanciscana do sée. Xv, nomeadamente em DUNS Scorto e Guitierue oe Oceas(") in asim, ant dave conta de um stema jridico baseado sobre Testas de orgem autora, o junta era brigade @ partir do testo normativo na sea taela dc conseBuit ‘uma’ regulamentagio jurdica adereme & nova realidade social {Deste modo, a setividade cienifica dos jurstas medievais )" (PO) ¥, Pano Nome, role delnepeione 4/8 ot, i ace be as oot A ftir no coments don =. is det ties Em face do que acahamos de diet, logo se reconhece que, sob a capa de ume interpretagiologica,& doutrinaestava a leva 2 cabo um trabalho altamentecritdor;“orgundo” os textes com Suallio de instrurentos logico-dialéctico Tinamente claborados, fn ia consruindo um sistema de concertos jurldios adequado 9 ‘responder as necessdades da vida sua contemporines, No mimeo anterior flios de dois expedient izes pels Comentadores par. nob cp do inetpcagho tt Elbo woe brepeundameteioradorsesccalongss hotmaie ede stcmatne do Oreo do seu enpo, Ua escapees erste Tages inplane coms disemos 8 uileneto dim Ioana Dgicodacics ste Complex, tate do oa one pond a ert sets Siro “tal"intamcaa fol oreo pel dnketen aristotélico-escoléstica. " “eel ak A dale pra a rao acodico-cicroiana, ote de dct A docu crs gut forsaimente et ov. sta forma © ding dowtes pon de docu) ie at cesarean geen Mocs eke. hc, tt, ce Se ee I ali ut tee nine ne quer materiatmente (ie, quer porque ineide sobre assuntos Aliscunives, 0 ej, assuntos sobre oy quai oh sfirmagbes recessariamente cetas) Este segundo aspecto & fundamental pare 1 caractericagio da disketen uma ver que no hi, 008 Sssunlos dalecticos, afiemacdes indiscutvelmente.verdadsicas| (que coriem definitvamente as questes (pois enlio a propria Aiscussdo. seria impensivel), € sempre possivel enearar” 0s broblemas em aberto# portir de virioe pomtor de vst, au 8, Drogredir para a sua solugio estribado em argumentosdistintes| por vere, at oposton A discussde & portanto, um andar d Sola da questa, perspecivandova de dersos pontos de vst itacandosa a parr de diferentes considerages (arguments. ‘Sendo stim, 4 tarefa mais importante da teorie da dscusao (08 ialtia) € encontrar os pontos de vista, os argumentos, pati dos quais as questOce podem ser consideradas, Tal area & ‘designada, no lnguagem arstotdic-cceroniana, por ars ime end" sapien, sendo exes pontos de vista ortentadores da frgumentagzo designados por lugares (lol) ou Zapleos (ropa ‘Ora o pensamento juraico da baita Idade Media recorew ‘ontinuamenie os processos dialétcos e, nomeadamente, 205 Iméiodos propostos pea pica parn encontrar os argomentos. E alo por caso. Jib vimor, de facto, que a grande tarefa do pensamento juidieo deste Epoca fois relizagto da unldade do ordenarmento| Jurldio sen o'sucrlo dos direlias partewares , por ouleo lado, a integragho do direito jasinianeu-feudal © dos drctos Stadinos-burguesse num sistema tinico dominado por prandes Pineipis juridicos. acmalizades, sto e, gue waduriem Soquadamente as exginciay da vida de enti. Todavia, dado ‘que ainda vigorava, como vimos ars, uma concepeto normativa fea ia ee lo icon cua € emontao vin Serpe ee tpn ic i Coie de stone (om arrneion qe ide de bee & m i das Ines 4o direito — 08, noutea perspective, dado que a ciénea juriaica finda ndo tia « possibiidade de formular avtonomarment (6, Sem se apoiar nos textos juriicos, nomerdamente romano. justinieneus. em sigor) os princlpios juries superiares(™) | fonstrugdo do "sistema jurdico™ tinh que partir dos dados Jjuicicosnormativos tradisionais e. par sinteses_prostssvan, tender para uma completa anwomatzagdo. do dirt, gue, no fntanto,s6 ter ugar a partir do sé. Xvi). Umi tal arta de Uniiegho de insists jariieos por vezes ti dspatesexigia fsfotge penoso, tendente «encontrar o pono de vse a pati da tual se puidesseachar alguna unidade ou ligaeio Hgica ene os institutes considerados. Ora a técnica de encontrar 0 pontos de vista-a partis dos quis qualquer quesito pode ser encarada ra —como j.se die a topes: observando as Stas fepeas, 08 jurists sero capazes de encontenr as vite perspectives segundo 2S quuis um iasliuto jurdieo pode ser enfoeado s. dente todas las, escolher aquela que melhor permiea pr em destague os lig um eto at bapa de iets on procter Una primeira perspectva dum instuc joriéico pode ser obsida através du sul defini, reulbada nos moldesarnotdico fScollstios. A defingdo (oraio quae quod defiur exper (quid si”, Clct¥0, Topioa. v.28) eta a expresdo da extnela ‘Tama cose devia ser formads ex genere et uifeentt: ou si, ‘devia constr na indcagto da categoria peral a que pertencia 6 ‘itoraone» nmameno rite lintse» expe is dedatvamente ‘ocak: Wanto de ae Si peace SS sl ee Se romp do ca, oli de Perks sons plies eperatio an Jdefinido acrescido Ja caracteritiea que o distingva de outas fealdades pertencentes 8 mesma. categoria("™’) ‘Ora bem, encuray ‘um insta juridico através da. sua etingio “contibar pare o- engusdrar num” principio de Sstematizagio, numa sistematizagio por asim dizer “regional: fecthvamente. a definigio. ex genere cy diferemia implica & {ormagao de conesiton genéicos (como relach juridica, negocio [dic ste, desconbecidos da dogetica fomanisiea) em Fangio don quais se relacionam eoras figuras jurgicas até a isoldas["). asa relaionsglo, por outro lade, poe & ni as ‘Scmelhangsn ea diferengs exbtntes entre else perle a indvidulizgdo de subvgéneros (ou péneros menos geal). A perspective. da definigao (ov “hogar da dfinigho")(") era orn utilising para fear s cabo una primeira tare: de Estematizagio. pois onsiderava os vétos insututos juridicos ingegradon em gincros mais vastos, os qusis, per sua ve. se frdenavam noulros ainde mais compreenives. Delinir consis portante, om enguadrar um insttuto mum sistema de consstos Fogicamente berarguiradost™ coma ga aoe yi ign ut a Haan. cone suces gar ncsram » ocd peng de "won irr it a ie, On ani, i au Srsderando ov intutos' parr da nding, {aoe pce alates se or ak ir YVimos a grande importéncia que a definisio podia ter na sistematizagdo do sistema juridico: mas nem sempre ete proceso ra sufcinte para umn tarela tao ardua, Muar sezen era precio procurarouteasperspectvas dos institut sob as quis desi Ivara cabo lisupses que'o ponto de vista da defnigho ‘do permitia, Assim. por exemplo, 4 perspectiva das cautas do instiute. “Sabese ‘como Aritoteles ditinguia ene cause material (ou substinca), causa formal (ou existénea), causa eficenre (ou elemento genético) © causa final (ou tnaidads). Sendo a causu material equiparada ao genase 4 causa formal § sdferenia, «nica perspectiva nova era a das causes ecient ¢ final. Efectvamente, ainda que nie fose possvel relaionar 0: insituios do ponto de vist da sua eséncia {menifestada meavée a delnigho,talver 0 fosse através dos lactores gue thes deram ‘origens (causa ficient) ou das suas Tnaldades (cause inal). ‘Assim surgi. por exemplo, nogio de “declaragao de von, usd ficente de todos os nepicios jurdicos Anda uma outa perspectva que contribu para o surir de soncatenagbes logicas entre os insttotos Toi su simples fomparagdo. Claro que mutes ligagdes entre as figures juries ‘btidas por via da comparacto seram posiveis por qualquer des ois procesos dialcticos anteriores ("kay mutas Ye7e, 8 omparagdo encontrava relugdes que no eram patenteadas polo locus a effiniione ou pelo locus @ caus.” Alem disses & compacagio petmiti a wilzagdo dos argumentos “por paridade de raz8o™ (0 part", “por maloria de re780” (aforrorDC™).€ [Bsa near o init no tr x gu, om ones, prt, vido Paridssiaona pies eoperatie as fo raciocao por analog, utizasdo esa gue € um importante factor de unifiagie da repulamentaao ard e de saneemento das. combadigdes normativan dentro” dima snes ordem Seria Finalmente, ms outa perspec dl para 0 ins ids em vita pela inca Joie ea auela que conssia em enara os Innttos figuras orgcas através. dagulo gus” or autores Iinham io dest perpectva dav atordades Uovur ab fuctoriat), 0s juries, naa tacla de atualvagho © de Sstematzago do diet, dina de part dos proprioy textes juries « Boscamae nos comenrige dowes fetes feos por 2G recurso ao argument da astride € mito carctsico do pensamentojurtca medieval. Teorkament. 0 valor deste Srgumento baseavase na presingdo de gu o autor imvocudo era Sold nhc drat ma (lovor Peria) ov que 0 seu patecr ner cogent, sb lend ate ser {fro por in aura de superior quasiade, Asin enguanto ‘lo ioterveram actores de decadeni, a inno. Uo frgumento da auoridade © da opi commun doviorum no Signin, como tos pensar, um dogiatamoestolnte par a {ues porno se reconfecerem erodes defini, nporava & sie, "oe, pant a" ae do fgomeno ab aucorre st igh 4 patuect daleiay 18 ‘stintiva, das solagdes juris uot ver qe esas asian Sempre dsewfo srt apenas prowdtes importa efrgat ess" probubiidade tmosrando. que a solugdo. propos ea a8 a dete fdmitiéa pela maior parte dos _autores("*), Todavia esta Probabilidade nunca ss tornava nim cettera, ainda que Invosassem milares de opines corroborila(dseranno os Dowtores da Glena e 0 nlesmo Rolfredus: ¢ por muitos que fossem, ainda que milo dissesem, todos etraram, CINO DE Pistons, see. NIM, Deserta 9 fundamento térice do. locus ab auctortare importa averiguar qual» fungio que ele desempenhava a cena juridica medieval. Embora tal posto nio tenka ainda sido, egundo ‘parece, convenientemente encarado, cemos que Principal ungdo da” invocaeho’-da communis opine do rgumento da autoriade eu de lntroduci alguna diciphina a Inverpretacdo. do dieto. De facto. ja vires. 2 amplitude dos procesos ldgico-diléticos postos ae dispor dos junsias para a Sua tarela de actualizagio sistematizaczo do direito. Ors, um tea desordenado de al instrumental podia sr ctasric: dada 4 iberdade interpeeativa “quase total de que os jurists ‘ispuntiam, se lo se impuzese alguma dteeqlo ao seu esforso tebrio, em wes dana obra de stematizagdo slo det. Moura Teveria a cabo ura sua pulverizacdo winds maior, pois ‘ada autor gerfinaria uma interprtagao pessoal dos textos. A Ttsocagio. das sulordades tina, preciamente. por Tungio analiza a ovisidade tedeiea dos ursconsulos naquelesseidas ‘aciomente mits convenes que, por o sere, hart sido os tomrados pelo jrisies mats biluntes (Le. aqueles que meer Uinhamsearido as. necessidades da Epoca). Auras “dest liwocugdo, os jurstes cram convidados ano 30 alastarem faciimente das solugdes jf admitidas provadas Cagis qe & Gloss determinar deve ser mango, pois mis devises das gloss ohh tos te ohiind” a po dome Wigotw a Uw de gue'n wobsbiliade dc coreclo de uma pido a0 raramente 3 cnvontram errot"; “go. aconselhar sobre casos ‘vious o melhor & seguir gloss", BALD, se. XIENIO)(™ fora as devesem aeeitar ciiearene(™) Vimos, nos nimeros anteriores, quais os expedient vitizados pelos jursan da bua foade Média para leva a cabo 8 Seualzagao e sntematizagSo do diveito endo em. vigor. Por ai prudemos avaliar como, sob 4 capa de-uma arta interpreatva Gia de acto realized’ wa obra de Uiberaeio em rlagdo a0 texto: primero. opondo um lewado “espirio" da fel (que, mais tio gut na mente do legislador estava na Jos intxprees) sua Stan: “depos. disolvendo "cada presto ou contexto ormativo. procuraado os prinepios informadores dese Conteato (dopmera. depos snda, referindo os varios insittos Chute se prosurande.concatenilos logicamente, através das fogbes de gener. especie edierenga. de causa eiiene © causa Final recortendo sempre que nie fosse_posshel encontrar Semelhangas esenciis 3s Aogdes menos sigoroses de analogs Tuga paral, exemple: e quando tex, de sodo em todo, abo conemtinse guatguer:-manpulagso, alicergando @ taela, de fenovaslo, ao Ji sobre cl, mas sobre a anterior actividade ‘outinal de que tive sido objeto e que, compreensivelmente, fra mais isl de-oientar nom seniido "moderno"("") Gouin scp, € cert, tas vores dan axptags arenas dose iso. sas coma enoane’ pmo oman aria Siro admit an Eos ron ata a ik ‘nol gue ene reeto: ni inerpctaces que propunun »srco> erat dase ft am compkenmene hepato ete NISI%C cone Nw sv perages arene er 1) koto 3 om Ming at nies Através_destesprocessos—que constinem ainda hoje 0 riica, spun 0 qual + retepeao se deta ponent. 4 fei gu os pincien «om tunisia fazend Ses os 00 (Moa T9298 sts pa Poroga naam 318

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