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Figura 3
1) Processo de Radiação
1.1) Irradiação por fios
Vamos considerar a seguinte figura
Figura 4
Nesta figura os pontos sobre a antena serão escritos com linhas e os pontos
fora da antena serão escritos sem linhas. Do mesmo modo o tempo “ t’ ” será
contado sobre a antena e o tempo “t” será o tempo contado no espaço. Estes
tempos são diferentes pois existe uma velocidade finita de propagação da
onda, sendo no vácuo de 3*108 m/s. A função J(r’) representa a densidade
superficial de corrente em A/m2 na antena, esta função pode ser constante ou
variável com a distancia “ r’ ” sobre a antena.
Vamos considerar que neste fio circule uma corrente dada por
) = I 0e jwt '. Vamos calcular a densidade de corrente no fio e para
I(t '
isto vamos considerar a função J(r'
) como sendo a função que permite
ter - se uma distribuição não uniforme da corrente ao longo do fio.
Para uma distribuição uniforme deve - se considerar J(r'
) como sendo 1.
Quando a corrente não variar com a distancia ao longo do fio, teremos J(r ~
Normalmente considera - se distribuição continua, triangular ou senoidal a
longo do fio, assim J(r'
) não e unitario.
Deste modo a densidade de corrente sera dada por :
I (t ′) J (r ′) I 0 J (r ′)e jwt ′
J ( r ′t ′) = =
πr02 πr02
O potencial vetor no ponto P sera dado por :
µ J ( r ′t ′) dV
A( rt ) = * onde dv = πr02 dz
4π V R
A integral deve ser calculada no volume que contem a corrente I(t′).
Os campos eletrico e magnetico no instante t no ponto P produzidos
pela corrente I(t′) no instante t′ podem ser calculados pelas formulas
∇xA(rt )
H (rt ) =
µ
∇. A(rt )
E (rt ) = ∇ − jwA(rt )
jwµε
Note - se que o tempo t′ esta atrazado em relação ao tempo t
devido a velocidade de propagação da onda não ser instantanea
R w 1
e vale : t ′ = t − onde v = = onde esta ultima igualdade
v β µε
vale somente para meios dieletricos. Usando - se este fato pode - se
R
jw ( t − )
I J (r ′)e jwt ′
I J (r ′)e v
I 0 J (r ′)e jwt e − jβR
por : J (r ′t ′) = 0 = 0 =
πr02 πr02 πr02
I 0e jwt J ( r ′)
vamos chamar J (r ′t ) = e assim pode - se por :
πr02
J(r′t′) = J (r ′t )e − jβR e deste modo pode - se por :
µ J (r ′t )e − jβR dV
A( rt ) = onde a integral deve ser feita no volume
4π R
que contem a função J(r′) sendo R a distancia de cada ponto do volume
ao ponto onde quer - se determinar o potencial.
Projetar-se uma antena consiste na pratica em se determinar a função J(r’).
Uma vez que a mesma seja conhecida consegue-se mediante o uso de
formulas matemáticas determinar-se os campos iradiados.
A irradiação também pode acontecer por uma superfície que não seja um fio.
Para entendermos como uma superfície pode irradiar, vamos nos lembrar do
principio de Huygens o qual afirma que toda frente de onda pode ser
considerada como uma nova fonte de ondas. Sendo assim vamos supor que
na figura 5-A exista uma fonte de ondas J1 e M1 as quais produzem os
campos E1 e H1. O valor J1 representa uma densidade de corrente
elétrica(A/m2) e M1 uma densidade de corrente magnética(V/m2), a qual
sabemos ser fisicamente não realizável. Esta corrente magnética vai produzir
um vetor potencial elétrico F e um potencial escalar magnético m, a partir
dos quais os campos elétrico e magnético podem ser determinados por:
−1
E= ∇× F e H = −∇φm − jwF
ε
Onde “F” é o vetor potencial elétrico e m o potencial escalar magnético.
Este vetor potencial elétrico seria calculado por:
ε e − jkR
F= M dV
4π V R
O campo magnético “H” pode ainda ser calculado por:
∇⋅F
H = − jwF + ∇
jwµε
A corrente elétrica “J” ira produzir o vetor potencial magnético “A” e o
potencial escalar elétrico , a partir dos quais os campos elétrico e
magnético podem ser calculados por:
1 ∇⋅ A
H= ∇× A e E = −∇φ − jwA = ∇ − jwA
µ jwµε + µσ
Assim um campo elétrico ou magnético pode ser formado por duas
parcelas,uma devido ao vetor potencial magnético “A” e outra devida ao
vetor potencial elétrico “F”, sendo o campo total dado por:
E = E A + EF
H = HA + HF
Isto posto, vamos dividir o espaço em duas regiões V1 e V2 através de uma
superfície S1. Deste modo pode-se raciocinar que na superfície S1 existam
correntes equivalentes Js e Ms as quais produzem na região V2 o mesmo
campo E1 e H1. Esta superfície se comporta baseada no principio de Huygens
como origem de um novo campo. Para que isto aconteça o campo na região
V1 deve ser dado por E e H, satisfazendo as seguintes condições na fronteira
das duas regiões:
(
J s = n × H1 − H ) e (
M s = − n × E1 − E )
como não estamos interessados na região V1 pode - se por
E = H = 0 resultando em :
J s = n × H1 e M s = − n × E1
Onde Js e Ms são densidades lineares de corrente eletrica(A/m) e densidade
linear de corrente magnética(V/m). Utilizando agora a figura 5-B, onde a
origem do sistema de coordenadas está próxima da superfície S1 que é a
mesma da figura 5-A, vamos supor que existam fontes de correntes Js e Ms,
nesta superfície. Estas fontes produzem na região de campo distante vetores
A e F que podem ser calculados fazendo-se:
ε e − jβ R εe − j β r
F= Ms ds′ = L
4π R 4πr
L= M s e jβr ′ cos ϕ ds′
Com o auxilio das equações de Maxwell transformadas, dadas abaixo, onde
estamos supondo que o meio seja não condutor ou seja = 0.
j 1
E = − jw A − ∇(∇ ⋅ A) − ∇ × F
wµε ε
1 j
H= ∇ × A − jw F − ∇(∇ ⋅ F )
µ wµε
e das expressões dos vetores A e F vistos acima chega-se as seguintes
equações para os campos eletromagnéticos na região de campo distante, ou
seja na região onde a dependência com r é do tipo 1/r.
Er = H r ≅ 0
j β e − jβ r µ
Eθ = − (Lφ + ηNθ ) η=
4πr ε
j β e − jβ r
Eφ = (Lθ − ηNφ )
4πr
j β e − jβ r L
Hθ = Nφ − θ
4πr η
j β e − jβ r L
Hφ = − Nθ + φ
4πr η
Onde os vetores N e L podem ser calculados por:
N= J s e jβr ′ cos ϕ ds′ = (J x + J y + J z )e ds′
x y z
jβ r ′ cos ϕ
Nφ = (− J sin φ + J cosφ )e
x yds ′ jβ r ′ cos ϕ
Lφ = (− M sin φ + M cosφ )e
x ds ′
y
jβr ′ cos ϕ
Figura 5
Considerando-se agora a figura 5-C pode-se supor a superfície S1 como
sendo um plano e assim a depender da orientação deste plano teríamos:
r ′ cos ϕ = y′ sin θ sin φ + z′ cosθ para : ds′ = dy′dz′
r ′ cos ϕ = x′ sin θ sin φ + z′ cosθ para : ds′ = dx′dz′
r ′ cos ϕ = x′ sin θ sin φ + y′ sin θ sin φ para : ds′ = dx′dy′
Deste modo as integrais podem ser calculadas usando-se:
αc
sin
c/2 2
e jαz dz = c
−c / 2 αc
2
E os campos irradiados por superfícies planas podem enfim serem
determinados.
ds
dΩ = = sin θdθdφ Fazendo - se :
r2
dW0
dW0 = Sr 2dΩ e fazendo - se = r 2S
dΩ
Define - se U = r 2 S = Intensidade de radiação de uma antena
Pode - se escrever :
4πS
D= considerando S = SM f (θ ,φ ) para r constante, onde :
SdΩ
S
Figura 6A
Define-se ganho da antena como sendo :
G = Dmaxη R onde η R é o rendimento da antena
O rendimento de uma antena depende dos seguintes fatores:
a) Casamento da antena
b) perdas ôhmicas na antena
c) eficiência de irradiação
Figura 6B
3) Dipolo Infinitesimal
Vamos iniciar nosso estudo de antenas analisando a antena denominada de
dipolo infinitesimal ou dipolo elementar.
Vamos considerar a figura 7 a seguir.
Figura 7
Vamos considerar a figura 7 A. O dipolo é dito infinitesimal quando seu
comprimento total “l” for menor que /50. Seja r0 o raio deste dipolo, onde r0
<< l. Seja R a distancia de qualquer ponto do dipolo a um ponto afastado e r
a distancia do ponto (0,0,0) a este mesmo ponto. Para este caso a corrente
neste dipolo pode ser expressa por:
I 0e jwt
J (r ′t ) = pois J(r′) = 1. Pela figura 7A ve - se que :
πr02
R = r − z cosθ . Assim, supondo - se que a corrente I(t′) tenha o sentido
do eixo z, o valor do vetor potencial magnetico valera :
µ J ( r ′t )e − jβR µ I 0e − jβR e jwt
Az = dV = dV
4π V R 4π V πr0 R 2
0
4πr
então considerando - se coordenadas esfericas :
Ar = Az cosθ e Aθ = − Az sin θ Aφ = 0
Considerando-se que estamos em um meio onde = 0, então pode-se
calcular os campos eletromagnéticos pelas formulas:
∇× A ∇⋅ A
H= e E =∇ − jwA, obtendo - se :
µ jwµε
H r = Hθ = 0
jβI 0l sin θ 1
Hφ = (1 + )e j ( wt − βR )
4πr jβ r
ηI l cosθ 1
Er = 0 2 (1 + )e j ( wt − βR )
2πr jβ r
jwµI 0l sin θ 1 1
Eθ = (1 + − 2 2 )e j ( wt − βR ) onde
4πr jβ r β r
µ
η= que para o ar vale 377Ω.
ε
Na região de campo próximo ( r < 10 ) os campos são dados por:
I 0l sin θ − jηI 0l cosθ − jηI 0l sin θ
Hφ = Er = Eθ =
4πr 2 2πβ r 3 4πβ r 3
Veja que nesta região os campo elétrico e magnético estão defasados de 900,
e isto se deve ao fator “j” da equação. Deste modo este defasamento faz com
que o vetor médio de Poyting seja nulo, conforme se pode ver pela formula:
1 1
S = Re( E × H * ) = 0 = Em H m cos(ψ E − ψ M )
2 2
Na região que nos interessa a região de campo distante (r>10 ) os campos
valem:
Eφ = Er = H θ = H r = 0
jβ I 0l sin θ jwµI 0l sin θ
Hφ = Eθ = veja que :
4πr 4πr
Eθ w µ
= =η pois β = w µε
Hφ β
O vetor de Poyting médio vale:
ηβ 2 I 02l 2 sin 2 θ 1
Sr = = Re[Eθ × H φ∗ ]
32π r 2 2
2
ηβ 2 I 02l 2 sin 2 θ
U r = r Sr =
2
32π 2
4πr 2 S r 4πU r
D = =
P P
A potencia irradiada por um dipolo infinitesimal vale:
2π
1 η 40π 2 I 02l 2
Re(E × H ∗ )ds =
π
P= H φ r sin θdθdφ =
2 2
2 2 0
0 λ2
Veja que esta potencia está sendo transmitida na direção “r”( note que a
direção é dada pelo vetor de Poyting), e se a mesma, fosse dissipada em
uma resistência que será chamada de resistência de irradiação da antena,
poderia se escrever:
I 02 Rr
P= sendo R r a resistencia de irradiação da antena
2
2
l
R r = 80π 2
o valor desta resistencia
λ
4) Dipolo de comprimento Finito
Vamos considerar agora um dipolo de comprimento finito, conforme mostra
a figura 7, e vamos considerar também que o raio deste dipolo r0 seja bem
menor que o comprimento do mesmo( r0 << l), na pratica isto é conseguido
quando se tiver : r0 < / 40. Com esta hipótese a corrente no dipolo poderá
ser dada pela seguinte equação: I ( z ) = A cos β z + B sin β z sujeita as
seguintes condições de
contorno: I ( z = 0) = I (0) = I AD e I (l / 2) = I ( −l / 2) = 0
Onde IAD é a corrente no ponto de alimentação do dipolo. Com estas
condições é possível se determinar os valores das constantes A e B na
formula proposta da corrente no dipolo.
βl
cos
2
A = I AD e B = ± I AD
βl
sin
2
A equação fica então:
I AD cos( β l / 2)
I ( z ) = I AD cos β z ± sin β z
sin( β l / 2)
A qual pode ser posta na forma:
I AD
I ( z) = (cos βz sin( βl / 2) ± sin βz cos( βl / 2) )
sin( β l / 2)
I AD l l
I ( z) = sin β ( z ) = I max sin β ( z)
sin( β l / 2) 2 2
I AD
onde I max vale : I max = I 0 =
sin( βl / 2)
l λ
Convem notar-se que fazendo-se : =n onde n = 1,3,5,7,9,......
2 4
Teremos sempre: I max = I AD . Deste modo vamos considerar que a
corrente no dipolo seja dada por:
I (r ′) = I 0 sin( β (l / 2 − z ))e jwt para 0 ≤ z ≤ l/2 e:
2π
I (r ′) = I 0 sin( β (l / 2 + z ))e jwt para - l/2 ≤ z ≤ 0 onde β =
λ
Assim na região de campo distante vamos pensar que o dipolo de
comprimento finito, seja formado por infinitos dipolos elementares de
comprimento dz, cada um carregando uma corrente dada por I(r’). Deste
modo cada dipolo deste produzira um campo distante dado por:
jwµI (r ′)e − jβR sin θdz
dEθ = esta equação foi obtida fazendo - se :
4πr
l = dz e I 0 = I (r ′) na equação do dipolo elementar
jwµI 0l sin θ j ( wt − βR )
Eθ = e
4πR
Vimos pela figura 8 que: R = r – z cos . O campo total pode ser
determinado fazendo-se a integral ao longo do comprimento total da antena.
Com a substituição de “R” a integral fica, lembrando que no denominador
pode-se considerar, r R, e estamos omitindo a variação temporal ( ejwt ).
l/2 l/2 jwµI (r ′)e − jβ ( r − z cos θ ) sin θ
Eθ = dEθ = dz
−l / 2 −l / 2 4πr
jwµ sin θe − jβr l/2
Eθ = I (r ′)e jβz cos θ dz
4πr −l / 2
βl
− jβr cos( cosθ ) − cos( β l / 2)
Eθ
jI e 2
Hφ = = 0
η 2πr sin θ
1
O vetor de Poyting médio valera: S r = Re( Eθ × H φ∗ ) obtendo-se:
2
2
βl
ηI 02 cos( 2 cosθ ) − cos( βl / 2)
Sr = 2 2
8π r sin θ
P = S r ds =
ηI 02 π [cos( βl / 2 cosθ ) − cos( βl / 2]2 dθ
S
4π 0 sin θ
ηI 02 0.5772 + ln(βl ) − Ci ( βl ) + 0.5 sin( βl )[ Si (2 βl ) − 2 Si ( βl )] +
P=
4π 0.5 cos( β l )[0.5772 + ln(β l / 2) + Ci (2 β l ) − 2Ci ( β l )]
cos z
x x sin z
onde : Ci ( x) = dz e Si ( x) = dz
−∞ z 0 z
Estas integrais estão tabeladas e se chamam integral coseno e integral seno.
Estamos aptos agora para calcularmos o ganho e o diagrama de radiação dos
dipolos elementar e longo, porem vamos primeiramente entender o que é
diagrama de irradiação de uma antena.
5) Diagrama de Irradiação
Denomina-se diagrama de radiação de uma antena os gráficos da função
U( , ), intensidade de radiação em dois planos perpendiculares. Um dos
planos é obtido fixando-se e variando-se , e o outro fixa-se e varia-se .
Estes planos denominam-se planos E e H. Para obtenção do plano E faze-se
= 00 e varia-se . Para obtenção do plano H faz-se = 900 e varia-se . A
figura 9 tenta melhor esclarecer.
U (θ ,φ ) = r 2 S (θ ,φ ) Intensidade de Irradiação
Figura 9
É usual apresentar-se os diagramas de radiação normalizados, ou seja:
U (θ ,φ = 0)
UN = plano E
U max
U (θ = 90,φ )
UN = plano H
U max
Também é usual expressar-se estes diagramas em db:
U db = 10 logU N
A potencia radiada por uma antena pode ser calculada por:
2π π
P = Sds = S (θ ,φ )r 2 sin θdθdφ = U (θ ,φ )dΩ
0 0
S Ω
Numa região de campo distante teremos sempre:
1 2
S (θ ,φ ) = Eθ (θ ,φ )
2η
Denomina-se radiador isotrópico uma antena teórica onde:
U (θ ,φ ) = U 0 = cons tan te Radiador Isotropico
Para um radiador Isotrópico teremos:
4πr 2U (θ ,φ )
P = 4πr S (θ ,φ ) =
2
= 4πU (θ ,φ ) = 4πU 0
r2
Vejamos agora as formulas da intensidade de irradiação para o dipolo
elementar e o dipolo longo:
ηβ 2 I 02l 2 sin 2 θ
U (θ ,φ ) = Dipolo Elementar
32π 2
2
ηI02 cos( βl / 2 cosθ ) − cos( βl / 2)
U(θ ,φ ) = 2 Dipolo longo
8π sin θ
Vamos apresentar um exemplo de diagrama de radiação na figura 10
abaixo
Figura 10
6) Resistência de Irradiação
Como vimos a resistência de irradiação pode ser entendida como um valor
de resistência que dissipa a potencia irradiada pela mesma. Funcionaria
como se a antena ao invés de irradiar uma potencia dissipa-se a mesma em
uma resistência. Esta resistência é definida por:
I 02 Rr
P= onde R r é a resistencia de radiação da antena
2
Vimos que para o dipolo elementar esta resistência é dada por:
Rr = 80π 2 (l / λ ) 2 Para o dipolo longo esta resistência vale:
η 0.5772 + ln( βl ) − Ci ( βl ) + 0.5 sin( βl )[ Si ( 2 βl ) − 2 Si ( βl )] +
Rr =
2π 0.5 cos( β l )[0.5772 + ln(β l / 2) + Ci ( 2β l ) − 2Ci ( β l )]
Calculando –se este valor para o dipolo longo de comprimento l = /2
encontra-se o valor de Rr = 73,2 .
7) Ganho da Antena
O ganho de uma antena é como foi visto o produto de sua diretividade pelo
seu rendimento e é dada pela seguinte formula:
G = Dη R onde : ηR é o rendimento da antena
O rendimento de uma antena depende basicamente de dois fatores:
a) O casamento da antena com o cabo ou guia que a alimenta.
b) A resistência de perda ôhmica da antena.
Deste modo o rendimento da antena pode ser dado pelo produto de dois
fatores, sendo o primeiro devido ao descasamento e por isto chamado de
fator de descasamento ( er ), e o segundo devido as perdas ohmicas e por isto
chamado fator de perda ôhmica ( el ). Estes fatores são dados pelas seguintes
formulas:
er = 1 − ρ 2 onde ρ é o coeficiente de reflexão da antena, dado por :
ZA − Z L
ρ= onde :
Z A + ZL
ZA = impedancia da antena ZL = impedancia da linha que
alimenta a antena.
RR
el = onde : R R é a resistencia de radiação da antena e
RR + RL
R L é a resistencia de perda da antena dada por :
L µfπ
RL = onde f é a frequencia de operação da antena em hz
P σ
µ e σ são as constantes eletricas do material do que é feito a antena
L é comprimento da antena em metros
P é o perimetro da seção transversal do condutor da antena em metros
η R = er el
8) Dipolo de meia onda e comparação de ganhos
A antena mais popular é o dipolo de meia onda, ou seja o dipolo longo com
comprimento total de /2. Para este dipolo o ganho do mesmo vale:
2
π
cos( cosθ )
G (θ ,φ ) = η R 1.64 2
sin θ
Veja que o ganho não depende do ângulo e é máximo para = 900 valendo
1.64 ou 2.1 db (10log1.64 = 2.1). Vimos que a resistência de irradiação deste
dipolo é de 73.2 ohms. Os campos produzidos por este dipolo valem:
π
cos( cosθ )
60 I 0 2
Eθ = j
r sin θ
π
cos( cosθ )
I0 2
Hφ = j
2πr sin θ
2
π
cos( cosθ )
15 I 02 2
S= 2
πr sin θ
9) Teorema da Reciprocidade
Vamos mostrar que uma antena funciona do mesmo modo quando esta
transmitindo ou recebendo. Sendo assim podemos considera-la do ponto de
vista de receptor ou transmissor a depender do caso, e esta consideração
facilita seu estudo. Vamos considerar a figura 11 abaixo:
Considerando o meio como um quadripolo, conforme sugere a figura 11
pode-se escrever:
V1 = I1Z11 + I 2 Z12
V2 = I1Z 21 + I 2 Z 22 considerando o meio homogeneo, linear e
isotropico pode - se considerar que : Z12 = Z 21
Vamos aplicar estas equações considerando primeiramente que a antena do
lado esquerdo esta transmitindo e a do lado direito recebendo, e depois
vamos considerar o contrario ou seja que a antena do lado esquerdo esteja
recebendo e que a do lado direito transmite.
Figura 11
Sendo assim teremos:
V1 = VG − I1ZT e V2 = − I 2 Z L usando - se estas equações
nas equaçõs do quadripolo encontra - se :
− VG Z12
I2 = isto foi obtido considerando - se que a
( Z11 + ZT )( Z 22 + Z L ) − Z122
antena da esquerda transmita e a da direita receba
V1 = − I1′ZT e V2 = VG′ − I 2′ Z L onde agora estamos supondo que
a antena da esquerda receba e a da direita transmita. Usando - se
estas equações nas equações do quadripolo teremos :
− VG′ Z12
I1′ =
( Z11 + ZT )( Z 22 + Z L ) − Z122
Comparando-se estas equações das correntes nos dois caso pode-se por:
VG VG′
I 2VG′ = I1′VG ou =
I2 I1′
E se fizermos VG = V’G pode-se ver obrigatoriamente que deve-se ter I2 = I’1
Isto nos provando que as antenas funcionam do mesmo modo tanto
transmitindo quanto recebendo, ou seja as correntes produzidas e induzidas
são as mesmas.
Figura 12
Pode-se definir área elétrica de uma antena como sendo a potencia máxima
que a mesma entrega a uma carga dividida pelo valor do vetor de Poyting
que atinge a antena.
Pmax
Ae =
S
Deste modo a antena é pensada como um objeto que retira potencia da onda
quanto maior for sua área mais potencia a mesma conseguira retirar da onda.
Vimos que:
4πU
G= e U = r 2 S assim pode - se ver que existe propocionalidade
P
entre ganho e vetor de Poyting, quanto maior o ganho de uma antena
quanto maior sera o vetor de Poyting que a mesma produz ou seja :
G1 S1 U1
= = A potencia recebida por uma antena vale :
G 2 S2 U 2
PR = Sds
sendo assim o ganho de uma antena é diretamente proporcional ao
vetor de Poyting que a mesma produz ou é diretamente proporcional
a potencia que a mesma retira de uma onda.
Pode - se por PR = SAE ou seja quanto maior a area eletrica, maior
PR1 S1 A1
sera a potencia recebida então : = =
PR 2 S 2 A2
I 2 Rr VG2 Rr
P= =
2 2 ( R p + Rr + RL ) 2 + ( X G + X L ) 2
Z G = Z L∗ ou seja:
A potencia máxima irradiada ocorre quando se tiver
RR = RL e XG = − X L onde estamos supondo que R p ≅ 0
A equação ficara:
1 VG2
Pmax =
2 4 Rr
VG2
A área elétrica valera portanto: AE =
8 Rr S
Considerando o dipolo infinitesimal teremos:
VG = El
l
Rr = 80π 2 ( ) 2
λ
O vetor de Poyting nesta região valera :
1 E2
S=
2 120π
Substituindo estes valores na expressão da área elétrica resulta na sua
λ2
formula para o dipolo infinitesimal: Ae = 1.5
4π
Usando-se as expressões entre área e ganho pode-se verificar que
considerando o radiador isotrópico e o dipolo infinitesimal conclui-se:
GRI AeRI
= como G RI = 1 G DI = 1.5 logo
GDI AeDI
λ2
A eRI =
4π
Generalizando-se para o radiador isotrópico e uma antena qualquer
encontra-se a formula da área elétrica de uma antena:
λ2
Ae = G que como era de se esperar a área elétrica é um
4π
sinônimo de ganho, ou seja quanto maior for o ganho, maior será a área
elétrica da antena.
Vamos agora generalizar a relação entre campo incidente e tensão
induzida ( VG ), a qual para o dipolo elementar vale: VG = E*l, fazendo:
VG = Ehe onde he é o comprimento eletrico da antena, ou seja um
valor que multiplicado pelo campo elétrico que chega na antena fornece a
tensão induzida VG .
Vamos supor que a antena esteja numa região de onda plana onde o vetor
1 E2
de Poyting vale: S=
2 120π
Neste caso pode-se por:
VG2 ( Ehe ) 2 Gλ2 1 E 2
Pmax = = = Ae S = resultando :
8 Rr 8 Rr 4π 2 120π
λ GRr
he = = 0.0291λ GRr = comprimento eletrico
π 120
12) Formula de Friis
Sejam duas antenas radiadores isotrópicos separadas de uma distancia “r”.
Uma delas esta transmitindo uma potencia “PT“ e a outra recebe uma
potencia “PR” dada por:
P λ2 λ2 PT
S= T2 PR = AE S = S=
4πr 4π 4π 4πr 2
2
PT 2 r 3 * 108
= 16π 2 lembrando que para o vacuo λ =
PR λ f
PT 16π 2 2 2
= r f = a0 = atenuação do espaço livre
PR 9 *1016
expressando - se r em km e f em Mhz resulta :
16π 2 * 106 * 1012 2 2
a0 = rkm f Mhz = 1754. 61r 2
km f 2
Mhz
9 * 1016
exp ressando − se em db resulta :
a 0 ( db) = 32.44 + 20 * log(rkm ) + 20 * log( f Mhz )
Figura 13
A certa distância “r” da antena esta corrente ira produzir um campo externo
“Ez” dado por:
Ez = E0 f (θ ,φ ) Pode - se relacionar a F.E.M. " V" no ponto de ali -
mentação com a corrente I(z) atravez da impedância de transferencia
V
Z1z dada por : Z1z =
I ( z)
O campo externo “Ez” induzira na própria antena um campo “Ei” de modo
que o campo total no condutor da antena seja praticamente nulo (será nulo se
a antena for um condutor perfeito), deste modo pode-se por:
ET = Ez + Ei ≅ 0 logo : E z = − Ei
Em cada elemento dz da antena o campo interno “Ei” produzira uma
diferença de potencial dada por:
dV ( z ) = Ei dz e pode - se por : dV ( z ) = − Ez dz
Pelo teorema da reciprocidade, considerando-se a antena e o meio linear,
homogêneo e isotrópico, esta diferença de potencial dV(z), produzira no
ponto de alimentação uma corrente dI e ambas estarão relacionadas pela
impedância de transferência Zz1 .
dV ( z )
Z z1 = como Zz1 = Z1z pode - se por :
dI
dV(z) V
= e assim : VdI = I(z)dV(z)
dI I ( z)
Define-se impedância da antena como a relação entre a tensão e a corrente,
no ponto de alimentação da mesma.
V dV
Z11 = = = impedância da antena = ZA
I dI
Pelas relações vistas pode-se por:
VdI = IdV = I ( z )dV ( z ) = I ( z )(− Ez dz ) resultando em
-1
dV = I ( z ) Ez dz integrando ao longo da antena :
I
1 l/2
V=- I ( z ) Ez dz deste modo a impedancia da antena vale :
I − l / 2
1 l/2
Z11 = Z A = − 2 I ( z ) Ez dz = R11 + jX 11 = RA + jX A
I − l / 2
RR XR
RA = e XA =
sin 2 [ βx] sin 2 [ β x]
l
sendo : x=−z onde :
2
z é a distancia do centro da antena ao ponto de alimentação
x é a distancia do ponto de alimentação a extremidade da antena.
Veja que para o caso de x = λ/2 resulta em :
Z R = Z A ≅ 73.2 + j 42.6 Ω
Com estas fórmulas pode-se calcular a impedância de uma antena
alimentada de qualquer ponto e não apenas pelo centro.
I ( z) = I2 ( z) I1 = I 2 Ez = E2 z pode - se por :
1 l
V21 = I 2 ( z ) E2 z dz
I2 0
Figura 15
16) Dipolos Gordos
Denomina-se dipolos gordos aos dipolos que possuem a (raio) > /40. Para
antenas com raio menor do que o especificado os efeitos da espessura são
desprezíveis e podem ser tratadas como antenas finas ou seja sem espessura.
A espessura do elemento do dipolo afeta sua impedância . Verifica-se que
quanto maior for o valor do raio “a” , menor será o valor de Xr . Encurtando-
se um pouco o dipolo, verifica-se que o valor de Rr pouco se altera porem o
valor de Xr varia bastante. Ao valor do comprimento do dipolo que anula Xr
chama-se comprimento ressonante do dipolo. Denomina-se Cr ao valor que
multiplicado pelo comprimento do dipolo, fornece seu comprimento
ressonante. Este coeficiente depende da relação entre o comprimento do
dipolo e seu raio. A figura 16 a seguir apresenta este coeficiente.
Figura 16
Note que este coeficiente varia entre 0,78 e 0,98, e para valores usuais situa-
se na faixa de 0,93, fazendo com que a impedância do dipolo fique na faixa
de 60 , puramente resistiva.
V (r )
Zk = = 120 ln(cot(θ / 2) ) a qual para θ pequeno vale :
I (r )
Zk = 120 ln(2 / θ )
Assim uma antena cilíndrica pode ser pensada como uma antena bicônica(
ver figura 18.a) onde cada ponto tem uma impedância característica dada
por:
Z c ( z ) = 120 ln(2 z / a ) pois θ = a/z
Deste modo uma antena de comprimento total 2h, tem uma impedância
característica media dada por:
1 h
Zc = Z c ( z )dz = 120(ln(2h / a ) − 1)
h 0
18.3) Balluns
Balun é um dispositivo que realiza a passagem de um sistema balanceado
para outro não balanceado e vice-versa. Denomina-se sistema balanceado
aquele sistema, cujos componentes tem o mesmo potencial em relação ao
plano terra. Aplicando-se estes conceitos a linhas de transmissão verifica-se
que linhas não balanceadas apresentam perdas por irradiação. Em linhas
balanceadas isto não acontece pois existirão correntes circulando nos dois
sentidos de igual intensidade. Note-se que dobras muito acentuadas
provocam o aparecimento de irregularidades ocasionando o
desbalanceamento das linhas. Convém lembrar que:
Z L − Z0 1+ ρ
ρ= e S= e que a potencia util vale :
Z L + Z0 1− ρ
PU = PT (1 − ρ 2 )
Existem vários tipos de Baluns, veremos os mais populares: o balun
Bazooka e o balun Trombone. A figura 18.b, mostra estes baluns.
Figura 18.b
Na parte de cima da figura vê-se o balun Bazooka e na de baixo o balun
Trombone. Para estudo do balun Trombone é necessário estudar-se o dipolo
dobrado, mostrado na figura 19.
Figura 20
Sendo assim pode-se escrever as seguintes equações para as correntes totais
nos dois modos:
V /2 V /2
IT = e IA = onde ZT = jZ 0 tan( βl / 2)
ZT ZD
Note que ZT é a impedância dada pala linha de transmissão curto circuitada e
ZD é a impedância de um dipolo simples de meia onda. A corrente entregue
pela linha vale a soma da corrente IT com metade da corrente IA . Assim a
corrente que a linha entrega vale IT mais IA /2. A impedância vista pela linha
vale:
V 4 ZT Z D
Z in = = como ZT = ∞ para o dipolo de
I T + I A / 2 ZT + 2 Z D
meia onda resulta finalmente :
Zin = 4 Z D = 292 + j168 que para o dipolo ressonante vale :
Zin ≅ 300 Ω
Veja que o dipolo Bazooka tem como objetivo tornar idênticas as correntes
que alimentam o dipolo, evitando que a corrente seja diferente nos dois
ramos do dipolo, devido ao retorno da corrente pelos dois lados da malha de
terra do cabo coaxial. O toco de /4, cria uma alta impedância impedindo a
circulação da corrente pelo lado externo da malha de terra do cabo coaxial.
O balun Trombone casa um cabo de 75 com um dipolo dobrado que tem
impedancia de 300 , pois teremos para o valor da potencia na saída do
cabo:
PC = I1Z C na entrada da antena esta potencia vale
I Z
PA = ( 1 ) 2 Z A = I12 A comparando - se as duas potencias :
2 4
ZA = 4 Z C
Provando-se o que foi dito.
Figura 22
resultando em:
E − Ee jϕ = E (1 − e jϕ ) = E0 (1 − e jnϕ ) portanto :
1 − e jnϕ e jnϕ − 1 sin (nϕ / 2 ) j ( n −1) ϕ2
E = E0 = E0 jϕ = E0 e onde temos :
1− e jϕ
e −1 sin (ϕ / 2 )
a) E 0 representa o campo de cada antena individualmente
sin (nϕ / 2 )
b) representa o fator do conjunto em amplitude
sin (ϕ / 2 )
ϕ
j ( n −1)
c) e 2
representa a diferença de fase do fator de conjunto
Para chegar-se a esta conclusão usou-se:
e jα − e − jα e jα + e − jα
sinα = e cosα =
2j 2
d
pois : rA = r + ∆r e rB = r − ∆r sendo : ∆r = cosφ
2
e jβ∆r + e − jβ∆r
cos β∆r = resulta em :
2
E = E0e − jβr 2 cos( β ∆r )
No conjunto Endfire as duas antenas estão alimentadas por correntes iguais
mas de sentidos opostos, assim teremos:
E = E A + EB = − E0e − jβr + E0e jβr = E0e − jβr (− e − jβ∆r + e jβ∆r )
A B
e jβ∆r − e − jβ∆r
sin( β ∆r ) =
2j
E = E0e − jβr 2 j sin( β ∆r )
Veja que a diferença entre estes conjuntos é que um é máximo para = 00
enquanto o outro é mínimo. Temos o oposto para = 900 ou seja um tem o
maximo no eixo das antenas enquanto o outro tem o maximo a 900 do eixo
das antenas.
A figura 23 abaixo mostra o conjunto, onde no caso broadside as antenas
tem correntes I tanto em A como em B, e no caso endfire a antena A tem
corrente –I e a antena B corrente I, conforme tabela 2
Antena A Antena B Conjunto
I0 I0 Broadside
-I0 I0 Endfire
Figura 23
Figura 24
Z 22 e jα
1
Z 22 22
Z 22 Z 22
fazendo-se: δ = π + α12 − α 22 resulta:
Z
I 2 = I1 12 e jδ
Z 22
O campo elétrico a uma distancia grande do conjunto pode ser expresso por:
E (φ ) = KI1 + KI 2e jd r cos φ
onde d r = β d assim com o uso
da equação anterior pode - se por :
Z12 j (δ + d
E (φ ) = KI1 1 + e r cos φ )
Z 22
Retornando-se as equações do quadripolo tem-se:
Z122 Z122
V1 = I1Z11 − I1 = I1 Z11 −
Z 22 Z 22
2
V1 Z122 Z12 e j 2α 12
= Z1 = Z11 − = Z11 −
I1 Z 22 Z 22 e jα 22
Z12 Z 22
R11 − cos(2α12 − α 22 )
Z 22
Entregando-se esta mesma potencia a um dipolo de meia onda resulta:
2P 2P
ID = resultando em : ED (φ ) = K
R11 R11
ED (φ ) Z
2
Z 22
R11 − 12 cos(2α12 − α 22 )
Z 22
1 l2 R2 d 2 s2 ln +1 Rn +1
= = = = = = = ...
τ l1 R1 d1 s1 ln Rn
Deve-se ter em mente que a relação:
f1 f 2 f
τ= = = ...... = n para : f 2 ≥ f1 define a gama de
f 2 f3 f n +1
funcionamento da antena em termos da freqüência. Define-se também nesta
estrutura um parâmetro de espaçamento dado por:
Rn +1 − Rn
σ=
2ln +1
Figura 27
O projeto destas antenas é realizado com o auxilio das curvas da figura 28
obedecendo os seguintes passos:
Figura 28
Com o ganho desejado escolhe - se os fatores τ e σ com o uso
da figura 28, calculando - se então :
1−τ f max
α = tan −1 B=
4σ f min
Bar = 1.1 + 7.7(1 − τ ) cot α
2
Figura 29
Figura 30
26.4) Cornetas
Uma superfície plana conforme a que foi vista e que na pratica, pode ser
pensada como uma guia de onda em aberto, apresenta um baixo rendimento
devido a súbita mudança do meio de propagação e ao fato de suas dimensões
serem pequenas. Para resolver tais problemas surgiram as cornetas que
podem ser vistas na figura 31. A figura mostra por ordem a corneta H, a
corneta E, a corneta piramidal e a corneta cônica. A corneta H pode ser
projetada com o uso da figuras 32 e 33. Para entendimento desta figuras
deve-se observar a figura 32 que vale tanto para o plano H como para o
plano E. Nesta figura teremos:
ρ1 = ρe cosϕe
1 y′2
δ ( y′) = fase = βδ (y′)
2 ρ1
1 (b1 / 2) 2 β b12
fasemax =β =
2 ρ1 8 ρ1
Figura 31
Figura 32
Figura 33
fasemax 1 βb12 b12
t= = =
2π 2π 8 ρ1 8λρ1
As curvas são apresentadas em função do parâmetro “t” e do parâmetro
“ 1”( dado em função de ). A figura 33 permite o dimensionamento da
corneta em função da Diretividade pretendida DH. A figura 34, permite o
calculo dos diagramas de irradiação.
Figura 34
26.5) Parábolas
As antenas parabólicas nada mais são do que antenas de aberturas com áreas
grandes. Esta grandes áreas são obtidas colocando-se uma antena de abertura
no foco de um refletor parabólico e deste modo consegue-se maiores áreas
devido as propriedades da parábola. A diretividade de uma abertura pode ser
calculada com o uso de:
4πU E2
D= onde P = S • ds e S=
P 2η
U = r 2S
Com o auxilo destas formulas, sendo o campo calculado pelas diversas
formas das aberturas( guias, cabos), chega-se a seguinte formula para ganho
máximo da antena:
4πA
D=
λ2
Onde “A” é a área da abertura. Para antenas parabólicas de diâmetro “d” esta
formula fica:
π2 2
D= 2 d
λ
Expressando em db com troca de unidades resulta em:
27) Exercícios
1) Qual o ganho máximo de uma antena supondo-se que seu rendimento
seja de 80% e que o vetor de Poyting por ela produzido seja:
1
S= 2
10 sin θ sin 2
φ
r
2) Em uma antena foram lidos os seguintes valores:
Ângulo(graus) Campo horizontal(mV/m) Campo vertical(mV/m)
90 1.23 7.98
80 1.65 3.59
70 2.07 11.0
60 2.38 6.5
50 3.04 9.0
40 5.82 13.0
30 11.7 22.2
25 17.4 26.3
20 28.02 32.8
10 32.77 36.6
0 39.63 37.15
-10 35.7 28.8
-15 28.02 26.3
-20 27.65 17.74
-30 15.55 14.48
-40 9.45 12.5
-50 5.95 6.4
-60 1.4 7.3
-70 2.4 2.5
-80 1.37 6.5
-90 2.01 5.6
Qual o ganho mínimo e máximo da antena considerando-se pontos de
3db?
3) Plote o diagrama de radiação de um dipolo elementar operando em
300 Mhz, com I = 2A e l = 2cm.
4) Qual o ganho do dipolo elementar nas direções de 200 e 600 ?
5) Calcule a área e o comprimento eletrico das seguintes antenas:
Fequencia(Mhz) 170 470 850
Ganho(db) 13 17 20
Resistência de Radiação( ) 50 50 50
6) Plote o diagrama de radiação de um dipolo de meia onda, operando
em 200Mhz com corrente de alimentação de 5A.
7) Qual a potencia em dbm na entrada de um receptor operando em 850
Mhz, submetido a um campo de 50 V/m se sua antena tem:
a) 20 db de ganho
b) -1 db de ganho
8) Calcule a impedância do dipolo de meia onda operando em 150 Mhz,
alimentado a 25 cm de distancia do seu fim. O diâmetro do condutor do
dipolo é de 0,25 cm.
9) Calcule a impedância de radiação e a de alimentação de um dipolo de
1,5 m de comprimento, operando em 300 Mhz, alimentado pelo centro,
feito com condutor de 0.3 cm de diâmetro.
10) Calcule as impedâncias de radiação e alimentação para dipolos de 0.5
cm de condutor, operando em 200 Mhz com os seguintes comprimentos:
0.75 cm, 3m, 4.5m, 6m.
11) Calcule os ganhos dos dipolos da questão 10.
12) Calcule a impedância mutua entre dipolos de meia onda espaçados de:
0,25 ; 0,1 e 1.5
13) Qual a potencia de ruído na saída de uma antena operando em 100
Mhz, com banda de 20 Mhz.
14) Projete uma antena log-periodica para operar de 54 á 216 Mhz, com
ganho de 9 dbi( = 0,157 e = 0,865) e 75 de impedancia. Use para
linha de alimentação tubo de 1,18” de diametro e como elementos tubo
de 3/8”.
15) Projete uma antena Yagi para funcionar no canal 7 de TV com ganho
de 8dbi e impedancia de 50 ohms. Use tubos de 3/8”. Qual a largura de
banda estimada para esta antena?