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Segundo Jeane Kátia dos Santos Silva

TRICOTOMIA X DICOTOMIA
TRICOTOMIA - o termo, que significa uma “divisão em três partes” (gr. tricha, “em três partes”;
temnein, “cortar”), é aplicado na teologia à divisão tríplice da natureza humana em corpo, alma
e espírito. Esse conceito desenvolveu-se da divisão dupla feita por Platão, corpo e alma,
passando pela divisão adicional da alma feita por Aristóteles: (1) uma alma animal, a parte
orgânica que respira, a existência humana, e uma (2) alma racional, o aspecto intelectual. Os
escritores cristãos primitivos, influenciados por essa filosofia grega, acharam a confirmação da
sua opinião em I Ts 5:23: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito,
alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo”. Orígenes chegou a usar as palavras soma (“corpo”), psiche (“alma”) e pneuma
(“espírito”) como chaves do método apropriado de interpretar a totalidade das Escrituras, e
sugeriu que toda Escritura fosse interpretada (1) no seu significado natural ou somático, (2) no
seu significado simbólico ou psíquico, e finalmente (3) no seu significado espiritual ou
pneumático. Essa interpretação parcelada das Escrituras ou da natureza humana, pode,
facilmente, deixar despercebida a tremenda ênfase bíblica na integridade e na unidade, onde
mesmo no texto prova em Tessalonicenses, Paulo ora para que sejam santificados em tudo, e
que [todo - A R C] seu espírito, alma e corpo sejam considerados íntegros. Tanto Tertuliano
como Agostinho sustentavam a dicotomia do corpo e da alma, mas quase chegavam à análise
tríplice do homem, ao fazerem distinção aristotélica entre alma animal e a alma racional. As
ênfases teológicas e psicológicas atuais recaem quase totalmente sobre a integridade ou
unidade do ser humano, contra todas as tentativas filosóficas de dividi-la. - W. E. WARD
DICOTOMIA - Esse termo, que significa uma divisão em duas partes (gr. dicha, “em dois”;
temnein, “cortar”), aplica-se na teologia àquele conceito da natureza humana que sustenta que
o homem tem duas partes fundamentais no seu ser: o corpo e a alma. Geralmente, as duas
são fortemente comparadas, consideradas como de origens diferentes e existência
independente. Assim, o verdadeiro relacionamento entre o corpo e a alma torna-se questão
crucial.
Platão ensinava que o corpo era matéria perecível mas que a alma existia no mundo celestial
em forma ou idéia pura, antes da sua encarnação no corpo humano. A alma, portanto, era
incriada e imortal - uma parte da deidade. O corpo é a prisão da alma; a alma está trancada no
corpo como uma ostra na sua concha. Na ocasião da morte, a alma deixa o corpo para voltar
ao mundo celestial, ou para ser reencarnada em algum outro corpo.
A adaptação que Aristóteles fez de Platão, ao dividir a alma nos seus aspectos animal e
racional, foi desenvolvida ainda mais na doutrina católico-romana através de Tomás de Aquino,
que ensinava que a alma era criada no céu e colocada no corpo em formação na ocasião da
“vivificação” no ventre materno.
A nova filosofia depois de Descartes afirmava a origem independente do corpo e da alma,
supondo que a unidade aparente entre eles na personalidade humana deve-se à co-relação
coincidental que ocorre momentaneamente, assim como quando os pêndulos de relógios
diferentes acabam balançando no mesmo compasso. A teologia contemporânea geralmente
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rejeita este ponto de vista, e sustenta a unidade entre o corpo e a alma do homem, conforme
expõe o pensamento hebraico: o homem passou a ser alma vivente” (Gn. 2:7). - W. E. WARD
Bibliografia. R. Bultman, NT Theology, I; G. P. Klubertanz, The Philosophy of Human Nature; R.
Niebuhr, The Nature and Destiny of Man; H. W. Robinson, The Cristian Doctrine of Man; E. C.
Rust, Nature and Man in Biblical Thought; G. C. Berkouwer, Man: The Image of God.
( Transcrição dos conceitos de Dicotomia e Tricotomia, segundo Dicionário de Teologia e Filosofia pesquisado).

OPINIÃO PESSOAL - Embora, julgue irrelevante a discussão acerca da


dicotomia e tricotomia, o meu posicionamento é favorável à tricotomia, pelos motivos abaixo
elencados:
1- Embora, sejam muitas as referências bíblicas que reforçam o argumento da dicotomia,
ENTENDO QUE, o fato das Escrituras não mencionarem em algumas situações, o homem
como tendo corpo, alma e espírito, não nega a tricotomia do homem; até por que, o fato de
deixar de mencionar “algo”, não significa dizer que “esse algo” não exista. Vale lembrar, que
“esse algo” (espírito) não mencionado nos textos que reforçam o argumento da dicotomia, é
mencionado claramente, nos textos que reforçam o argumento tricótomo. O que quero dizer
com isso? Bem, uma vez que em textos como, por exemplo, Hebreus 4:12, a distinção entre
alma e espírito é feita, e que as Escrituras não se contradizem (ainda que, em algumas
situações pareça), entendo, que o escritor bíblico não faria essa distinção se ela não existisse.
Ao meu ver, nenhuma doutrina pode ser formalizada sem que antes, seja a Bíblia analisada em
seu todo. Caso contrário, estaríamos colocando a Bíblia numa posição de contradição; quando
na realidade, a Bíblia responde a própria Bíblia.
2) Entendo a alma como sendo a natureza do homem; dizendo respeito à capacidade que este
tem de pensar, sentir, agir e ter vontade própria. Vale lembrar, porém, que a natureza humana
foi corrompida. Causando a degeneração da mente, vontade e emoções do homem (Sl. 53:1-
3). Antes de sua queda, a vontade do homem era teocêntrica; com a sua queda, esta vontade
deixou de ser teocêntrica e tornou-se egocêntrica. Dessa forma, a natureza do homem (alma)
se corrompeu, passando a ser então, uma natureza pecaminosa, certo?
O desenho abaixo faz a demonstração de como vejo o homem. Observe:

- Corpo físico (com suas necessidades naturais, normais).


- Alma (natureza do homem - nela está inserida a sua capacidade de
pensar, sentir, agir, ter vontade e direção próprias).
- Espírito Humano (no qual o Espírito de Deus passa a habitar quando o homem,
fazendo uso de seu livre arbítrio, decide aceitar a Cristo como Senhor e Salvador - Nele
estão inseridos o senso de moralidade e de religiosidade do homem).
3) Entendo que, embora a alma e espírito não sejam a mesma coisa, elas estão tão ligadas
que se confundem. Ex. Se você pegar uma figura de um coração, e colocá-la a uma folha de
papel , se tentar separá-las, uma delas se destrói; mas, se você aproximá-la do vapor quente
que sai de um bule, por exemplo, elas se descolam, certo? Da mesma forma, entendo que
alma e espírito estão tão ligados, que somente o Espírito Santo de Deus (por meio da Palavra)
é capaz de fazer a separação (Hebreus 4:12). Observe o desenho abaixo:
CÉLULA
Segundo Jeane Kátia dos Santos Silva
Citoplasma
Membrana citoplasmática
Núcleo da célula

A membrana citoplasmática está tão ligada ao núcleo da célula, que ambos se confundem. Da
mesma forma, entendo que o mesmo se dá entre a alma e o espírito.
4) Suponhamos que aqueles que defendem a dicotomia, estejam certos, então eu pergunto:
a. Habitaria Deus (o Espírito Eterno, pessoal e incorruptível), no espírito do homem que creu,
se ele (o espírito do homem) fosse corruptível?
b. Suponhamos que eles argumentem dizendo que sim, pois, ele foi justificado no momento
em que recebeu a Jesus, então eu pergunto: “Se o homem, embora justificado, deixou de ser
corruptível, então, por que as Escrituras nos exorta a vigiar, para que não venhamos a cair? E,
nos fala da necessidade de perseverarmos? Você há de convir comigo, que o homem embora
justificado é corruptível, certo?
(Quando digo homem, refiro-me aquilo que ele é (alma ou espírito). Dessa forma, se o homem
só possui corpo e alma, então, o homem (alma) embora justificado é corruptível).
c. Suponhamos que alma e espírito sejam a mesma coisa, uma vez que são uma só coisa,
então podemos dizer alma/espírito é corruptível, certo? Então mais uma vez eu pergunto:
Habitaria Deus ( o Espírito Eterno, pessoal e incorruptível) no espírito do homem, se o espírito
do homem fosse corruptível? EU CREIO que Deus habita no espírito do homem, e que este
espírito não é corruptível.
EU CREIO que quem se corrompeu no Éden não foi o espírito do homem, e sim, a sua alma;
não obstante, somente quando o homem faz uso de seu livre arbítrio (faculdade inserida na
alma), recebendo a Jesus como Senhor e Salvador, o Espírito de Deus passa habitar em seu
espírito. Bem, embora a vontade do homem (faculdade inserida na alma) esteja
comprometida com o seu próprio ego, entendo que o seu espírito continuou sendo bom,
estando, portanto, apto para receber o Espírito de Deus no momento da conversão do homem
que creu; No caso daquele que ainda não creu, por não ter o Espírito Deus habitando em seu
espírito, tem dentro de si esse vazio interior, que o leva a buscar preenchê-lo de todas as
formas, ainda que inconscientemente.
5) Sabemos que a revelação divina se dá de forma gradual e progressiva; e, portanto, é muito
provável, que no que se refere à composição humana, o mesmo tenha acontecido. Pelo que
entendo, que em algumas situações, a Bíblia cita a palavra alma com sentido de espírito,
como, por exemplo, o texto que diz: “A minha alma tem sede de Deus” (salmos). Creio que o
espírito humano porque permaneceu bom, é quem tem sede de Deus. Todavia, cabe ao
homem atender a esse clamor ou não, fazendo uso de seu livre arbítrio (faculdade inserida na
alma).
6) Ao que parece, o grande problema do argumento tricótomo, é a dificuldade que se tem de
definir o que seja espírito. Bem, o que eu vou falar, está em fase de construção, ou seja, eu
não vou fechar um argumento, mas, vou apenas desenvolver um pensamento a respeito do
que possa ser o espírito humano. Observe o desenho:
DEUS
Segundo Jeane Kátia dos Santos Silva

Veio de Deus, por isso, volta para Deus (Ecl. 12:7

(Espíritos humanos)

O homem é um ser moral e religioso, e sabemos que ele herdou esse senso de moralidade e
de religiosidade de Deus, certo? ENTENDO QUE, o senso de moralidade e de religiosidade
são faculdades que estão inseridas no espírito humano, assim como, as faculdades de pensar,
sentir, agir, ter vontade e direção próprias, estão inseridas na alma.
Em Eclesiastes 12:7, vemos que no momento da morte do homem, o corpo volta ao pó e o
espírito volta para Deus que o deu. Bem, uma vez que o espírito humano volta para Deus no
momento da morte do homem, então eu pergunto: Quem, no caso do ímpío que não se
arrependeu, vai para o inferno, já que o espírito humano volta para Deus?”.
ENTENDO QUE o espírito humano volta para Deus, por que é parte integrante (uma minúscula
partícula) do Espírito Divino. NÃO DIGO ISSO EM TERMOS DE DIVINDADE HUMANA, até
por que, um ser que necessitou de uma causa para existir, não pode ser divino. MAS, digo isso,
como forma de explicar o senso de moralidade e de religiosidade presente em todo homem. É
provável que o espírito do homem funcione como uma espécie de “consciência interior” (Jó
32:8; Prov. 20:27). E, que funcione, inclusive, como uma espécie de “recipiente” do Espírito De
Deus.
7) “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da
vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gn. 2:7) - Novamente, eu vou desenvolver um
pensamento sem fechar um argumento: Partindo da premissa de que o homem é uma alma
imortal (corrompida), que possui um espírito [que não se corrompeu (sopro Divino)] e um corpo
físico (com suas necessidades naturais, normais), quiçá, o texto acima em epígrafe, não esteja
dizendo que o sopro advindo de Deus, seja a alma, e sim, esteja mencionando que este
homem (alma vivente) recebeu dentro de si o espírito humano que proveio de Deus. Até por
que, todo ser vivo é uma alma vivente (Gn. 1:30); a menção do sopro Divino serve para mostrar
a diferença entre o homem e os animais irracionais. A alma humana, como já mencionei, diz
respeito à capacidade que o homem tem de pensar, sentir, agir, ter vontade e direção próprias,
ou seja, trata-se da natureza humana; cada ser humano possui uma alma distinta
(personalidade distinta). No caso do animal, a sua alma diz respeito aos instintos que possui.
Quanto à alma animal, a Bíblia não nos dá respaldo para dizer, se ela deixa de existir ou não
com a sua morte. Já no caso do homem, a Bíblia nos dá base para defendermos que ela é
imortal.
8) CREIO QUE o homem é uma alma que se corrompeu (imortal, e não eterna), que possui
um espírito incorruptível por que proveio de Deus (Sopro Divino) e um corpo físico (com suas
necessidades naturais e normais) que voltará a ser pó. E, que o corpo em si é bom, todavia, o
mal está em fazer uso indevido de suas necessidades.
Segundo Jeane Kátia dos Santos Silva
9)CREIO QUE embora alma e espírito não sejam a mesma coisa, a alma para permanecer no
corpo físico, DEPENDE TOTALMENTE do espírito humano, sem o qual, o corpo físico morre;
volta ao pó, (Tiago 2:26). CREIO QUE no momento em que o homem morre, seu espírito Sopro
Divino) volta para Deus que o deu, seu corpo físico volta ao pó (Ecl. 12:7) e sua alma, se ímpia,
vai para o inferno (local temporário, onde espera o Dia do Juízo - Ap. 20:14-15); se justificado,
vai para o paraíso (outro lugar temporário).
10) Suponhamos que você ainda não tenha se convencido da composição tricótoma do
homem, então eu pergunto:
a. Quem faz a pergunta à alma “Porque estás abatida ó minh’alma? E por que te pertubas
dentro de mim?...”, no salmo 43:5? Você há de convir comigo que não é o corpo físico.
b. Se o espírito volta para Deus no momento da morte do homem, quem, no caso do ímpio que
não se arrependeu, vai para o inferno?
c. O fato de em algumas situações, não citar “algo”, significa dizer que “esse algo” (espírito)
não exista?
d. Se a Bíblia não se contradiz, então, por que o autor do livro aos Hebreus, por exemplo, faz a
distinção entre alma e espírito?
e. É certo formular uma doutrina sem levar em consideração a Bíblia em seu todo? Você não
concorda que a Bíblia responde a própria Bíblia? A revelação divina se deu de forma
progressiva, certo? O mesmo não poderia ter ocorrido com a definição da composição
humana?
f. Sabemos que a natureza do homem se corrompeu; caso alma e espírito sejam a mesma
coisa, então o sopro advindo de Deus se corrompeu? Ao meu ver é totalmente fora de lógica,
concorda?

ENTREVISTAS
Dicotomia X Tricotomia

ENTREVISTADO: Pr. Abdrushim Shaeffer Rocha


da Igreja Metodista Wesleyana da Glória.

Não possui um posicionamento em relação a um ou a outro; uma vez que tanto a dicotomia
como a tricotomia têm fortes bases bíblicas. Até por que, no seu entender, se tentarmos
destrinchar ambos, num determinado momento eles se confundem. Pelo que, julga ser
irrelevante defender um ponto de vista, haja visto que nenhum nem outro, influencia no
conjunto de doutrinas básicas da Bíblia: pecaminosidade do homem, plano de salvação,
salvação ou perdição do indivíduo, etc.

ENTREVISTADO: Pr. Nelson Lucas Alvim


da Igreja Batista Esperança - Centro de Vitória.

Mantém-se favorável à tricotomia, por entender ser ela a mais coerente, ainda que levando-se
em conta, os textos que reforçam o argumento dicótomo.
Todavia, julga ser de pouca relevância tal discussão, uma vez que não influencia muito nas
doutrinas básicas da Escritura. Crer que tendo o homem corpo, alma e espírito, ou apenas
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corpo e alma, o que realmente importa, é que uma vez que este tenha passado por uma
experiência de novo nascimento, pode ter certeza de sua salvação.

ENTREVISTADO: Pr. Rui


da Igreja do Evangelho Quadrangular.

Entende que tanto a dicotomia quanto a tricotomia têm fortes bases bíblicas; todavia, concorda
que uma vez que tenha sido mencionado a distinção entre alma e espírito por alguns autores
bíblicos, essa distinção tem que existir. Entende, que há uma ligação muito grande entre
ambos, daí, a dificuldade que se tem de se fazer tal distinção. Também julga de pouca
importância a discussão a esse respeito, por que, concorda que não influencia nas doutrinas
básicas das Escrituras.

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