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Pastoral de Jovens

MATROMÓNIO

A- Objectivo
Perceber que o verdadeiro amor é o mais importante na realização do casal cris-
tão.
«Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática será comparado a
um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram
as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu,
porque estava alicerçada na rocha» (Mt 7,24-25). Escutar a voz de Deus, descobrir
o seu desígnio para o casal humano, agir segundo a sua vontade, é construir sobre
bases sólidas e adiantar obras resistentes, é viver os valores evangélicos num
processo constante de cristificação.

B- Dinâmica
No intuito de ajudar a interiorizar o tema, propõe-se a formação de 4 mini-grupos
(segundo os pontos abaixo). Cada grupo irá estudar e apresentar num cartaz o es-
sencial do que leu. No plenário cada grupo apresenta o seu cartaz, explicando aos
outros elementos as palavras-chave (conteúdos) sublinhadas.

C- Desenvolvimento do tema
1- O Amor no matrimónio aberto e fechado
O Matrimónio é o projecto que cada casal vai realizando ao longo da vida; projec-
to que não exclui o reconhecimento público e a sua celebração, que é sacramento
para os cristãos... «O matrimónio é uma íntima comunidade de vida e amor, é ali-
ança de pessoas no amor».
O elemento primário do matrimónio é o amor. Ele transforma em realidade esta
aliança, este projecto em que o casal encontra a sua felicidade. É o amor que faz do
matrimónio um encontro de pessoas, que se vão realizando com a determinação
livre e pessoal de continuar a amar-se com obras concretas de amor: entrega mú-
tua e aceitação diária, generosidade, comunhão e participação vividas e conquista-
das a cada dia. O verdadeiro amor é a razão de ser do matrimónio, que realiza a
comunidade de vida e dá força ao projecto que, dia a dia, o casal vai construindo.
Esse amor faz com que um se ofereça ao outro como e com o que são, e se res-
peitem na originalidade e na irrepetibilidade de cada um. É um amor fecundo que
transmite a vida aos filhos, plenificando o casal. É um amor de amplos horizontes
que abre o casal a Deus, à sociedade, ao mundo, aos filhos, ao futuro.

George e Nena O'neil, antropólogos, falam do matrimónio aberto, onde os esposos


estão sempre a descobrir-se e a ajudar-se a crescer, e de matrimónio fechado, onde
os esposos se anulam entre si.
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O matrimónio aberto é a relação que mantém dois iguais e na qual não existe o do-
mínio nem a submissão, nem as restrições por decreto, nem a possessividade asfi-
xiante. A mulher não é a administradora do homem e o homem não é um ditador.
Como as suas relações repousam no amor, no afecto e na confiança mútua, cada
um tem um espaço psíquico adequado à sua disposição, ou seja, a liberdade men-
tal e emocional necessária para chegar a ser um indivíduo.
O homem e a mulher, como indivíduos, são livres para se desenvolver e se projec-
tar no mundo exterior. Cada um tem a possibilidade de se realizar e de viver no-
vas experiências. Mediante o desenvolvimento pessoal e com o amor que cada um
sente pelo outro, revigora-se e incrementa-se o seu potencial comum. A sua união
fortalece e enriquece-se através de um novo princípio dinâmico.
Como cada um está a desenvolver a sua própria personalidade dentro dessa liber-
dade, recebendo novas experiências do exterior e, ao mesmo tempo, unindo a con-
tribuição valiosa das experiências externas acumuladas como casal, a união reali-
za-se constantemente em espiral ascendente. Por isso, o matrimónio aberto provo-
ca a ideia de sinergia, ou seja, que um mais um é mais do que dois, que a soma de
duas partes agindo juntas é maior do que a soma das mesmas trabalhando em se-
parado.
No matrimónio fechado, o casal não existe numa relação de um mais um. O seu ide-
al é unir-se numa entidade única: o casal. Não são permitidas experiências em se-
parado, senão aquelas que o marido tem quando sai para trabalhar e a mulher, fi-
cando em casa. Nessa situação o marido continua a desenvolver-se mais rapida-
mente do que a esposa, porque dispõe de maiores possibilidades de movimento
no mundo exterior. Cria-se um desequilíbrio, e aquele que vê o seu desenvolvi-
mento reduzido começa a ressentir-se do desenvolvimento do outro.
O matrimónio aberto estimula o desenvolvimento da esposa e do esposo indistin-
tamente. Por isso, a sua união prospera na transformação e com novas experiênci-
as. Com a transformação são possíveis, para ambos, novas formas de conhecimen-
to e de relação, novos conhecimentos de si e um incessante dinamismo cíclico:
apaixonar-se novamente um pelo outro.
Crescer individualmente e desenvolver o conhecimento que um tem do outro,
acrescenta atractivo pessoal e fortalece a união, que se revigora e se dilata sem ces-
sar. O matrimónio fechado, pelo contrário, é concebido como uma armadilha.

2- Documentos da Igreja
A Igreja, nos seus últimos documentos, fala-nos do matrimónio como comunida-
de de amor e aliança de pessoas.
«Fundada pelo criador e em posse das suas leis próprias, a íntima comunidade de
vida e de amor está estabelecida sobre a aliança dos cônjuges, ou seja, sobre o seu
consentimento pessoal e irrevogável. Assim, do acto humano pelo qual os esposos
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se entregam e se recebem, actualmente nasce, diante da sociedade, uma institui-


ção confirmada pela lei divina (...) Pela sua índole natural, a instituição do matri-
mónio e o amor conjugal são ordenados à procriação e à educação dos filhos. É
possível que alguns casais sejam fisicamente impedidos de ter filhos, porém, nem
por isto a vida conjugal perde o seu valor. A esterilidade física pode dar aos espo-
sos a ocasião para outros serviços importantes à vida da pessoa humana, como
por exemplo a adopção, as diversas formas de obras educativas, a ajuda a outras
famílias, às crianças pobres e menosprezadas» (Gaudium et Spes, 48ss).
A Igreja se expressa assim em Puebla: «Ao transmitir a vida a um filho, o amor
conjugal produz uma nova pessoa, singular, única e irrepetível. Ali começa o mi-
nistério de evangelização para os esposos. Nele devem fundar a sua paternidade
responsável. Nas circunstâncias sociais, económicas, culturais e demográficas em
que vivem, os esposos são capazes de educar, de evangelizar mais um filho em
nome de Jesus Cristo? A resposta dos pais sensatos será fruto do discernimento
recto e não da opinião alienada das pessoas, da moda ou dos impulsos. Assim, o
instinto e o capricho cederão lugar à disciplina consciente e livre da sexualidade.
Por amor a Cristo, cujo rosto aparece no rosto da criança que se deseja e que é tra-
zida livremente à vida» (Puebla, 584).

3- As crises
São muitas as crises pelas quais passa a vida conjugal. Porém o amor supera to-
das.
Em primeiro lugar, há crises no casal quando não há maturidade suficiente, ou
falta-lhes o projecto de amadurecer juntos como casal; quando não há senão um
ponto de vista ou quando não existe a intenção de fazer crescer o amor. São crises
perigosas e definitivas se o casal não decide descobrir e amadurecer o amor que
não se acaba.
Também há crises de adaptação. Nascem as dificuldades para se adaptar duas
personalidades, dois temperamentos, duas educações, dois gostos. As crises na
aprendizagem da convivência e ao afrontar os tropeços, pequenos ou grandes, da
vivência diária ajudam o casal a descobrir-se, a amadurecer como casal, a consti-
tuir-se como casal.
Há crises quando o diálogo é pobre ou inexistente, ou quando se reduz ao diálogo
genital. É possível sair dessa crise descobrindo a importância da comunicação e
procurando os meios para a conseguir.
Acontecem crises no exercício dos papéis dos esposos, porque as funções de mari-
do e mulher, para as quais a sociedade educa, impedem o encontro pleno do casal.
Cada um vê-se obrigado a representar o personagem daquele que manda e da-
quele que serve, assim como aprendeu provavelmente no lar. A mulher não quer
viver representando esse papel, porém o homem não está preparado para a mu-
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dança. O encontro de casal sai fortalecido dessa crise se os dois desmascaram as


suas personagens e se descobrem como pessoas iguais e diferentes.
Também há crise quando a relação de pais, especialmente no caso da mãe, preju-
dica a relação do casal. Esta crise deve ser evitada a todo custo.
Há crise quando a estabilidade é afectada pelas crises pessoais do casal ou de um
deles, ou por factores externos que os colocam em apertos. Dificuldades pessoais
de todo tipo: sentimento de angústia, incapacidade, insegurança, momentos de
depressão. Quando há amor e vontade para seguir adiante, o casal cresce e os mo-
mentos amargos podem contribuir para a sua união. Porém, se há desamor, dis-
tanciamento, união aparente, o casal não resiste aos problemas de trabalho, habi-
tação, custo de vida, redução económica, crescimento dos filhos, enfermidades,
velhice. Quando essas dificuldades se agravam com recriminações, culpando um
dos dois, quer dizer que o casal está a desarticular. Porém, as dificuldades podem
ser enfrentadas de maneira que o amor se fortaleça na experiência de solidarieda-
de.
Todas essas crises podem ser vistas como crises de crescimento e de amadureci-
mento do amor se as enfrentamos positivamente e as superamos sem ressentimen-
tos e insatisfações, sem queixas silenciadas, num encontro pessoal verdadeiro de
casal. Quando essas crises não são superadas, fazem com que o projecto de amor
se quebre em mil pedaços, arrolando à sua passagem as vítimas inocentes, que são
os filhos.

4- Indissolubilidade
O amor conjugal é exclusivo e pertence só aos esposos. Pessoas alheias não podem
intrometer-se no matrimónio. Porém, dentro do exclusivismo, cada um continua a
ser pessoa e, portanto, livre. Isto supõe esforço permanente dos esposos para culti-
var o amor. Essa exclusividade produz a fidelidade do casal. Deve-se crer cega-
mente no outro quando esperamos encontrar a felicidade nele e com ele.
O direito canónico fala de indissolubilidade, ou seja, da permanência de um no ou-
tro sem limites de tempo. Mas o matrimónio não é indissolúvel em virtude de
uma lei. É o amor do casal que torna indissolúvel a sua união, porque o verdadei-
ro amor não termina e compete ao casal torná-lo duradouro, permanente, eterni-
zado, para que nada nem ninguém possa separá-los.
O verdadeiro amor é fecundo: um amor que cria, procria e desenvolve qualidades
pessoais e comunitárias ajuda a crescer, descobrindo o melhor de cada um, ama-
durece e transforma.

D- Reflexão em conjunto
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Que visão do matrimónio tens tido até hoje? Qual é o aspecto mais importante
do matrimónio? Por quê? Quais são as consequências desse aspecto fundamen-
tal?
D- Cântico
Antes de ouvir o cântico sugerimos que a letra seja rezada por cada um individualmente
ou mesmo repetindo esta ou aquela expressão. No final podem-no cantar…
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