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C&T 11

nandes Edição: Camila Augusto e Talita Fernandes Florianópolis, junho de 2009

as
das
há bolsas
Reciclagem facilita construção civil
Experimentos comprovam que a substituição de tijolos por garrafas PET atende normas previstas pela ABNT
Aviso aos
m os bol-
de forma “Algumas provocações concei-
nadora de tuais, no âmbito da Construção
Para isso, é necessário industrializar
os processos de fabricação, tornando O uso de materiais reciclados na construção civil
menech. Civil”, é assim que Luiz Carlos Pe- viável a produção em grandes quan-
reira, mestre em Agroecossistemas tidades. “As iniciativas individuais,
pela Universidade Federal de Santa como a de Pereira, contribuem neste
988 pelo Catarina (UFSC), define a casa que processo, mas os estímulos mais efe-
CNPq. Os está construindo em seu quintal no tivos partem das iniciativas públicas
desenvol- Campeche. A obra, que começou e privadas”, justifica Barth.
entífico e em abril de 2004, chama a atenção
quisa de pelo uso de materiais alternativos Outras alternativas
nsino su- em sua montagem, como bambu, Semelhante à iniciativa de Pe-
grama, a isopor, fibra de bananeira e casca de reira, José Alcino Alano, morador de
u quadro árvore. Em seus três andares foram Tubarão – sul do estado – desenvol-
e dedica- utilizados, no lugar de tijolos, mais veu um aparelho capaz de aquecer
doutores de 4 mil garrafas de politereftalato água usando iluminação solar. Com
m produ- de etileno, popularmente conhecido a ajuda da família, o eletromecânico
va. como PET. aposentado construiu um aquecedor
ão podem Entre os motivos que levaram Pe- utilizando material reciclável. Em-
m cumprir reira a utilizar este tipo de material balagens longa vida, como caixas
al da sua está a dificuldade em transportar ti- de leite, por exemplo, são pintadas
é neces- jolos. Cada um pesa, em média, dois de preto para absorver uma maior
escolar e quilos e meio. “Eu pegava um rebo- quantidade de luz, aquecendo um
– desde que, enchia de garrafas e transporta- cano PVC por onde corre a água. As
– duran- va até um sítio lá em Biguaçu, onde garrafas PET impedem que o calor
em quiser eu morava”, conta Pereira. A garrafa seja perdido antes de chegar à caixa
ao aluno ocupa o mesmo espaço que um tijo- d’água (ver infográfico). De acordo
de pesqui- lo de 6 furos, que custa 40 centavos com medições de Alano, a tempera-
gresso em a unidade. Cada embalagem PET é tura da água chega a 37º graus no
ão. comprada por Pereira a 15 centavos inverno e a 50º graus no verão.
os alunos de uma associação de catadores da O aposentado patenteou a inven-
a Tabela Costeira. ção, que custa cerca de R$ 600, e não
(R$ 300 O uso de materiais recicláveis em cobra pelo uso para instituições sem
a resolu- construção civil está sendo estudado fins lucrativos ou moradias. Uma
do CNPq. por alunos e professores do Depar- parceria firmada em 2006 entre o
reajustes tamento de Arquitetura da UFSC. A inventor e as Centrais Elétricas de
agos para pesquisa desenvolvida por membros Santa Catarina (Celesc), possibilitou
as. As de do Laboratório de Sistemas Constru- a construção de 123 aquecedores so-
o, são de tivos (Labsisco) envolve testes para lares no estado. A Celesc ficou encar-
ansporte, verificar a eficiência do material. regada da montagem e instalação do
Experimentos provaram que o con- sistema, implantado em domicílios
junto atende a todos os requisitos de baixa renda. A empresa estima
Espínola técnicos regulamentados pela As- que cerca de oito mil pessoas foram
sociação Brasileira de Normas Téc- beneficiadas e aproximadamente 70
as nicas (ABNT), como, por exemplo, mil embalagens recicladas. Infográfico: Gregório Lameira
Texto: Diego Kerber
resistência contra arrombamentos. O coordenador administrativo
tas Pôde-se verificar que PET serve como do projeto, Jacó Florêncio da Ro-
Reciclagem
ançado o isolante térmico, pois o ar presente cha, funcionário da Celesc, explica
rmativas. nas garrafas impede que a tempe- que o uso dos aquecedores solares
ão da Se- ratura de fora da casa interfira nos
da Igual- ambientes internos. Para dinamizar
auxilia também no controle da de-
manda de eletricidade, diminuindo
Brasil é o segundo país que mais recicla garrafas PET
República o processo de construção da casa, são o custo em manutenção e adiando A reciclagem pode se dar de duas gética, pode-se gerar eletricidade através parar as partes para realizar a reciclagem
istério da montados painéis de garrafas que já a necessidade de construção de no- formas: pela utilização de materiais para da queima das garrafas. Este processo de cada elemento. Inicialmente o mate-
NPq, tem vão prontos para o local da obra. vas unidades geradoras. Em março outros fins, como uso de garrafas PET não libera substâncias tóxicas, e apesar rial é hidratado, para separar o papel das
as de ini- O supervisor do Labsisco, Fernan- deste ano, a Celesc firmou parceria como tijolos, e pela transformação total de gerar grande quantidade de energia, é outras camadas. De cada tonelada de
traram na do Barth, explica que existem bar- com a Cooper Solar, estendendo o do produto em outro. O Brasil é o segun- pouco utilizado. embalagens, é possível extrair 680 quilos
de ações reiras para que esta técnica se po- projeto para o bairro José Mendes. do país que mais recicla PET em relação O método mais empregado no país é de papel. A mistura restante, composta
s de ava- pularize na construção civil. “Numa Localizada no Maciço do Morro da ao que produz (53%), perdendo apenas a reciclagem mecânica, onde o material é por alumínio e PET, pode ser utilizada na
manecem primeira etapa, é preciso vencer o Cruz, a cooperativa será responsável para o Japão (66%). No ano passado, de separado do restante do lixo. As garrafas produção de telhas, canetas, vassouras,
preconceito existente em relação ao pela construção de 487 aquecedores acordo com a Associação da Indústria são agrupadas de acordo com a cor e, entre outros produtos. O método Plasma,
as univer- material, considerado lixo”. A com- solares. Os equipamentos produzi- do PET (Abipet), foram recicladas 231 depois de moídas, são usadas como ma- pesquisado pelas empresas Klabin, Tetra
ic e uma provação de que as garrafas PET dos deverão ser instalados em casas mil toneladas do material. Existem três téria-prima de novos produtos. No Brasil, Pack, Alcoa e TSL Ambiental, possibilita a
erão parti- atendem às especificações técnicas que estão previstas entre as obras do processos de reciclagem das garrafas: 57% do material reciclado é transforma- separação destes dois materiais. A técni-
er um for- exigidas pela ABNT atua de forma Plano de Aceleração do Crescimento químico, energético e mecânico. No re- do em poliéster, tipo de plástico utilizado ca desenvolvida no Brasil divide o metal
efetuar a positiva neste aspecto, mostrando (PAC) para a região. O projeto con- aproveitamento químico, as cadeias de na indústria têxtil. e o plástico restantes através do aqueci-
FSC parti- esta opção como viável. Em uma se- ta ainda com o apoio da Prefeitura moléculas são desmontadas quando ex- O PET também está presente nas em- mento e possibilita a reciclagem de cada
templada, gunda etapa, considerada por Barth de Florianópolis e da Caixa Econô- postas a uma substância, e o material é balagens longa vida, que são compostas um. Em 2007, foram recicladas 48 mil to-
as ao nú- a mais difícil, deve-se buscar manei- mica Federal. reutilizado. Este processo é pouco utili- por quatro camadas de polietileno, uma neladas de embalagem longa vida (25%
(R. E) ras de popularizar o uso de materiais zado no Brasil. Com a reciclagem ener- de papel e uma de alumínio. É preciso se- das produzidas no país). (D. K.)
alternativos na construção civil. Diego Kerber

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