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Conhecido tributarista paulista concedeu recentemente entrevista na Folha de So Paulo, concluindo que um dos rus da AP 470/MG teria sido

condenado sem provas. E que a teoria do domnio do fato seria coisa importada da Alemanha e que nem l seria aplicada. Afirma que conheceu os autos por que esse ru teria lhe enviado cpias. Algumas curiosidades: as cpias que lhe foram encaminhadas s cuidavam (ou reproduziam) os fatos em relao quele ru? No estaria o eminente entrevistado habilitado a emitir juzo sobre outras condenaes? Ou, a contrario senso, as demais (condenaes) estariam corretas? Mas, acho que o foco da entrevista repousa mesmo na questo do domnio do fato. O fato, para mim, que no temos domnio sobre o processo, suas especificidades e o conjunto imenso de documentao e prova ali produzidas. Quem sabe o amigo do entrevistado no teria enviado apenas "algumas cpias" e no "todas" a ele? Anda virando moda - com ares e cores de rasgada ilegalidade - julgadores se manifestarem sobre o objeto do processo que ainda julgaro; doutrinadores acompanharem em tempo real determinados julgamentos, e cereja do bolo! - os "juristas de sempre" emitirem concluses definitivas sobre questes que sequer tiveram tempo de pesquisar em maior profundidade (pelo menos, o que parece).
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No sei se uma ou mais ou todas as condenaes foram injustas ou justas. No sei porque no atuei e nem atuo no processo. No conheo as provas. Mas, ainda que conhecesse ou soubesse, no acho adequado ir mdia fomentar expectativas, com pretenses de formao da opinio pblica. Se a condenao com base na teoria do domnio do fato fundou-se mesmo unicamente em meras presunes, dispensando a prova material das circunstncias fticas que demonstrariam o domnio das aes, ter errado o STF. E ter acertado o entrevistado. De novo, no sei porque desconheo os autos. Mas que a teoria do domnio do fato convive pacificamente com o in dubio pro reo no tenho a menor dvida!

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