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DO RIO DE JANEIRO
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Vinicius de Moraes
Gumercindo Rocha Dorea
Vinicius de Moraes,
Afinal, vestiu – ou não – a camisa-verde dos integralistas?
Poucos são os escritores, tanto poetas quanto prosadores, que merecem a atenção – uma
desmesurada atenção – dos resenhistas ou noticiaristas da mídia, como o poeta, o
cronista e autor de musica popular Vinicius de Moraes, atenção que culminou, há
poucos anos, com a publicação de sua Poesia completa e prosa, volume imenso de 1.571
paginas, pela Nova Aguilar, em 1998, e que prossegue, incansavelmente, sem
perspectiva de interrupção.
“Conheci companheiros nossos usando camisa-verde, como Neiva Moreira, San Tiago
Dantas, Dom Helder Câmara. Depois que o tempo passa, a gente faz a síntese a partir
da tese e da antítese e chega a seguinte conclusão: naquela época, as contradições e os
problemas eram tão gritantes que quem tivesse caráter ou era comunista ou era
integralista nesse pais. Eu não compreendia os integralistas; odiava-os e brigava com
eles. E ate Vinicius de Moraes eu cheguei a conhecer de camisa-verde, embora depois
ele negasse terminantemente. Mas eu conheci magrinho – e de camisa-verde”
Vinicius de Moraes, então, se vestiu a camisa-verde, grande honra para ele, pois ela foi
uma característica marcante na vida política e cultural brasileira de grande parte do
século XX, marcando profundamente o ritmo histórico do Brasil. E se desistiu, no meio
do caminho, embrenhando-se em rumo diferente, abandonando os seus companheiros,
não há porque recriminá-lo: ele usufruiu de uma característica fundamental do ser
humano – o direito de escolha.
Para o bem ou para o mal.