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TAXA DE CRESCIMENTO CULTURAL, RESISTENCIA ESTOMATICA E PRODUTIVIDADE DO AMENDOIM, EM CONDICOES DE IRRIGACAQ’ LUIZ CARLOS SILVA’ RESUMO - Um experimento foi conduzido em 1985, em condigées de compo, na Estagao Experimental da Companhia de Desenvolvimento da Vale do Sto Francisca - CODEVASF, situada no municipio de Radelas, BA. em um solo classificado coma Regossol, de textura arenose, com 0 objetivo de se analisar os efeitos do deficiancia hidrica sobre produtividade de gros, taxa de Ccrescimento ¢ resisténcia es tomstica na cultura do amendoimn. Utilizaram-se dois talhées de 600m* de rea eada um, aos quais foram aplicados 300mm e 700mm come Kimnas totais de irigagao, respectivamente, Reslizaram se 15 irigagées, com intervalo de 4 dias, durante o ciclo-da cultura, observando-se que a taxa de crescimento cultural do tratamento mais irigade (700mm) For duas vwezes superior & do tratemento com deficiéncia hiérioa (300mm) e os valores maximos obtides foram, respectivamente, 16,11 g.m*dia’ © 8.02 g.m cia’. O IAF méximo foi de 4,45 ¢ 3.47 para 700mm ¢ 300mm, respectivamente. 4 resistencia estomética foi duas vezes e meia superior na lamina de 300mm. A produce de gris na tratamento que recebeu a lamina de 300mm foi 61,10% inferior & producia do tratamento que reeebeu 700mm de équa, Termos pars indexacao: Estamates. Arachis hypogaes. Manejo de agua RATE OF CROP GROWTH, STOMATAL RESISTANCE AND PRODUCTIVITY OF THE PEANUT, UNDER CONDITIONS IRRIGATED ABSTRACT - A field experiment was conducted in 1896, at the Experimental Station of the Companhia de Desenvolvimento do Wale do Sio Francisca - CODEVASF. located in the municipality tf Rodelas, BA, in a soil classified as Regossol of sandy texture, with the objective to analyse the effects of the deficiency of water on productuity of grains, growth rate and stomatal resistance of peanut. Two plots measuring 600m" each were used and a depth applied were 200mm and 700mm, respectively. In all were applied 16 irrigations, cotal of itrigation were applied, with interval of 4 days, during the crop cycle two times, It was observed that the rate of crop growth of the well irrigated treatment (700mm) was superior than the treatment with water deficiency (200mm) and that the maximum values were, respectively, 16,11 gum day! and 8.02 g.m day 1 Maximum IAF was 4.45 and 3.47 for 700mm and 300mm, respectively. The stomatal resistance: was 2.5 times larger in the treatment of 300mm while the production of grains was 61.10% smaller than the production of the treatment thut received 700MM of water Index terms: Stomata, Arachis hypogaea, Water mansjament INTRODUCAO O deficit hidrico pode afetar negativamente os fungées fisiolgicas da planta, tais como fotassintese ¢ respiracao, © outras reagées metabélicas, podendo repercutir nas variacdes anatémicas (estamatos), no crescimento, na reprodugdo e desenvolvimento das plantas, de um modo geral, ©, particularmente, dos frutos sementes; consequentemente, pode afetar a T Avoite para publioacie am 21 du marco ds 1998 Cxvreide da tese de dautorago do autor, apresentada na Universidade Federal da Paraiba, Campns Grande. ng. Age, De, Embass Algedis, CP 174, CEP 58.107 720, Campin Grende, PE produtividade. Segundo Tvora & Melo (1991), @ deficiéncia hidrica determinou uma reduc.ao média na produgae de vagens de emendoim, da ordem de 62% em rela¢do a0 controle, sem deficiéncia hidrica, em pesquisas realizadas em Fortaleza, Cea Os efeitos do estresse hidrico mais visiveis so as redugdes do crescimento refletide no tamanho da planta e da drea foliar, ¢ a queda quantitative do rendimento (Ollala Maas & Juan Valera, 1993} © déficit hidrico que ocore na planta sab determinadas condigdes 6 0 resultado de uma complexa combinagiio de fatores edaticos, bioldgicas ¢ atmostéricos. Tanto para a agricultura irrigada quanto para a de sequeiro, oxiste a ovo vos. Compina Grande, v3.9.2, 2.6184, jaeabe 1888 62 L. CARLOS SILVA necessidade de se aprofundar 0 conhecimento da influéncia do déficit hidrico sobre o crescimento, 0 desenvolvimento @ a produce dos wegetais. A compreensao dos efeitos que, a lengo prazo, um déficit hidrico ou um estado de seca produz na fisiologia das plantas (fotossintese, transpirecdo, respiragdo, absoredo de futrientes mineral reagdes metabélicas e anatémicas, entre outras) @ em seus rendimentos, ha de contribuir de forma significative para melhorer a eficiéncia, o manejo e a aplicagdo de agua de irrigacdo, (Ollala Manas & Juan Valera, 1993), ‘As variagSes da difusao observadas nos poros estomaticos se dio em resposta a diversos estimulos extemas, dos quais os mais importantes, so a temperatura, a concentragio de didxido de carbono, a intensidade luminosa e 0 suprimento hidrico; destes, destacam-se @ radiagao absorvida pelas folhas e o estado hidrico das mesmas, Oliala Matias & Juan Valero (1993) afirmarn que, se uma planta perde égua porque a transpiragio é superior 8 absoreao origina-se, de modo gradual, um déficit qué tende 3 ozasionar 0 fechamento dos, estomatos; quando se melhora o balanco de agua, os estématos se abrem @ a resisténcia a diftusio diminui. Assim, através da abertura ¢ do fechamento dos estmatos pode-se estabelecer uma regulagem das perdas de agua do vegetal e, como conseqiiéncia, seu grau de abertura pode constituir um indice do estado hidrico da planta. 0 presente trabalho foi realizada com 0 abjetive de se analisar os efeitos da deficiéncia hidrica sobre a produtividade de gros, a taxa de crescimento e a resisténcia estomdtica na cultura do amendoim MATERIAL E METODOS 0 experimento foi conduzido em condigées de campo, no ano de 1995, na Estacdo Experimental da Campanhia de Desenvalvimenta do Vale do S80 Francisco (CODEVASF) situada no municipio de Rodelas, BA, cujas coordenadas geogréficas sho 08°50" § de latitucie; 36°46" W de longitude ¢ altitude de 270 m, em um sole classificade como Regossol de textura arenosa. De acordo com a classificagae de Képpen, 0 clima local é do tipa BSwh, correspondente a. um clima muito quente, semi-drido © com estacio chuvosa limitada aos meses de janeiro a abril, sendo as precipitagdes incertas e mal distibuidas. A temperatura maxima variou de 29,8 a 38,9 °C, @ minima de 19,7 a 23,6 °C, amédia de 24,9 a 29,1 evo. vos, Compinn Grande, v3.01, ».61-64 an abr. 1999, °C, a umidade relativa do ar variou de 43.0 57%, a evaporacio do Tanque Classe A de 7,3 a 11.3 mmidia ea velocidade do vento de 1,61 a 2,92 Opreparo do solo, devido as suas condigées de. estrutura € textura, foi feito por meio de duas ‘gradagens cruzadas usando-se, para isto, uma grade leve de discos. ‘A.cultivar objeto do estudo foi a BR-1, indicada. pelo Centro Nacional de Pesquisa de Algodao, (CNPA}, Unidade Descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecudiia {Embrapa) para as condigaes de sequeira. 0 plantio foi cealizado no: dia 14/09/95, usando-se 12 a 15 sementes por metro linear de sulco, enterrando-as a uma profundidade de 3 a 5 cm, em sulcas com espagamento de 0,50 m. Realizou-se um desbaste 208 25 dias apés a semeadura para deixar 10, plantasim; desta forma, ebteve-se uma densidade populacional de aproximadamente 200.000 plantas por hectare. ‘As ervas daninhas foram controladas com 0 uso do herbicida Trifluralin (concentragio de 600gilt na dosagem de 3 I/ha do produto comercial. aplicados em preemergéncia, associado a0 cultive mecanico {duas capinas) com o uso de enxadas nas fases mais avancadas da culture, sempre que hauve necessidade; 0 controle das pragas e das doencas foi realizado de acarde com as recomendagées de Silva et al., 1993; a colheita, manual, fol realizade 91 dias apds a semeadura (DAS). As parcelas foram uniformemente irrigadas até o vigésime quinto dia ap6s a serneadura (DAS); a partir desta data, a irrigacae foi realizada de maneira diferenciada, adotando-se duas laminas totais de 300mm ¢ 700mm, respectivamente, pare catia talhfio de 600m:, com intervalos de quatre dias para cada irrigaoao, O sistema adotado foi c de sulco em nivel, fechado nos extremes, cor aducao de aqua por tubos janelados, espagados 050m. Para um controle mais eficiente das laminas aplicadas fez.se uso de um hidrémetro, com precisfio de um litro Avaliacam se a resisténcia estomatica, < transpiragio foliar, a drea foliar, o indice de dree foliar (IAFI, a taxa de crescimento da cultura (TCC. ea produtividade de sementes, Aobservaciio da densidad e distribuigao dos estomatos foi realizada empregandlo-se 0 métode de réplica descrito por Silva et al. (1989), enquante a resisténcia estomatica e a teanspirago forarr obtidas através de um pordmeteo LI-COR modele L-6000. © crascimento © o desenvolvimento dz TAXA DE CRESCIMENTO CULTURAL 63 cultura do amendoim foram acompanhades c analisados através de dados relatives a variagio da duraeao de cada estddio de desenvolvimento & estagio de crescimento, da evolueao do indice de area foliar (IAF) ¢ da producéo de fitomassa, Semanaimente, foram coletadas vinte plantas por ‘ratamento (1m*} para determinagzio da biomassa @ do indice de 4rea foliar AF}. As plantas tiveram, suas partes separadas em folhas, hastes e frutos que, 6m seguida, foram colocados em estufa a 65°C + 5%, até fornecerem peso seco consiante: A rea foliar foi obtida pala expresso: AF — 2,023PSF°% (PSF =peso seco foliar), com F =0,97** determinada por Mact al. £1892) para acultura do amendoim. Efetuaram-se as anélises de regressao curviinea das médias da fitomasse total (W) fitomassa foliar (WW, © area foliar (A, e da fitomassa acumulada nas raizes (W), ramos (W,) e vagens (W). Procurou-se chegar ac polinomio gue melhor se ajustasse aos dados primérios, de acordo com Richards (1969). Curvas logisticas foram ajustadas ans dados de matéria seca total (WW), assim como, para os demais valores primérios, por meio de um, programa iterativo; as equacdes empregadas foram: Wer 78 Ay ae (eexp HP) «lt exp sendo @ eq’ as estimativas assintéticas do crescimento maximo, em peso e drea respectivamente, b ec canstantes de ajustaments, et, 0 tempo em dias Para obtencao dos valores instantaness da taxa da produgio de fitomassa total (Ct) ¢ da taxa de crescimento da rea foliar (C,) foram empregadas as derivadas das equacées ajustadas. de W. eA, em relagae 20 temps, respectivamente (Radford, 1967; Richards, 1969). RESULTADOS E DISCUSSAO Durante o ciclo da cultura nao ocoreu nenhuma precipitagao pluvial 0 estado fitossanitério permaneceu em étimas condieses. Assim, todas as variacSes observadas podem sor atribuidas aos tratamentos de irigago usados para este estudo. Os valores maximos de Ct foram de 16,11 g.m?.dia e 8,03 g.m’dia' para os tratsmentos 700 mm @ 300 mm, respectivamente. A CL éo acumulo de fitomassa com 0 tempo e & sproximadamente igual 8 fotossintese liquida da cobertura vegetal por unidade de drea de solo. Uma ver que 2 Ct pode ser considerada o resultado da fotossintese liquids, embora se sabendo que inclu também, 2 assimilacao de composts como nitrogénio, fésforo, potassio e outros nutrientes vegetais, os quis contribuem com menos de 10%, tanto quanto de CO2, verificam-se evidéncias de estresse hidrico no tratamento que recebeu apenas 300mm de égua durante o ciclo da cultura, Qutra evidéncia de estresse hidrico no tratamento de 300mm em relacia ao de 700mm, pode ser observada pels comparagao das indices de area foliar, que no primeiro (800mm!, foi de 3.47 ¢, no segundo, de 4,45. Uma vez que é requerida turgidez para a expansao foliar, os efeitos do déficithidrico sobre a rea foliar resultam, inicialmente, na reducdo da turgéncia das folhas ©, posteriormente, em menor area foliar (Costa, et ai., 1989) ‘0 fornacimenta da lérmina total de irrigagio de 300 mm proporcionou as maiores resistencias stomata a difusdo de vapor d’ gua, as menares taxas transpiratérias e de crescimento cultural © 0 menor indice de rea fol, quando comparaco com © tratamento que recebeu a lamina de 700mm. Esses fatores conjugados refletiram-se no rendimento de gros. No tratamento 300 mm, © rencimento foi de apenas B95 hg/ha de gros contra 2.302 kg/ha aleancados no tratamento 700mm havendo, portanto, redugdo substancial de Produtividade, 61.10% \Verificou-se que a foiha do amereloim apresenta estématos em ambas as faces, sendo que na face inferior encontram:se dois tipos die estdmatos, um do “tipo” normal, distribuido por toda a superficie, a semethanca da face superior; outro “tipo” de dimensdes bastante reduzidas em relagao 20 primeiro, distribui-se pelas nervures da folha, sem registro na ineratura, Esta configurapa0 morfolsgies, associada a fenémenos bioquimicos e fisiolégicos confere, possivelmento, planta do amendoim, a habilidade de manter suas fungdes, mesmo sob severo estresse hidric. ‘As faces superior @ inferior da folha apresentaram, praticamente, as mesmas densidades estomatais, 7,2 + 1,0 estomatos por 054mm: de érea folior na superficie inferior € 8,2 + 0,8 estdmatos por 0,54mm” de érea foliar na superficie superior Na Figura 1 estdo apresentados os estOmatos onde nitidamente, pode ser observade 0 dimorfiseo, qual possibiita o movimento dos folisis, “abrindo” ou “fechanda” as folhas nas horas de maior Gisponibilidade de eneigia radiante e menor disponiblidade hidrica para a planta. Este fendmano possivelmente é um dos mecanismes adaptativos de fuga a0 estresse hidrico pois, desta forma, as Rav ol. Sos. Compine Grande. v3, 01, 261-64, jan be. 1999)

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