Vous êtes sur la page 1sur 1

Alberto Caeiro o poeta do olhar que procura ver as coisas como elas so nem lhes atribuir significados ou sentimentos

s humanos. Considera que pensar estar doente dos olhos. Deste modo, conhece e compreende o mundo, vendo e ouvindo, afirmando que pensar no compreender, pois o pensamento apenas falsifica o que os sentidos captam. Caeiro se propem a no passar do realismo sensorial, nomeadamente atravs da viso, constitui a verdadeira vida. No que diz respeito ao verso livre e metfora regular, usa uma linguagem simples, recorrendo com frequncia comparao. Para concluir, posso dizer que sendo Caeiro o mestre, nos poemas, quer a nvel temtico quer a nvel formal se verificando a tentativa de viver simplesmente por instinto.

Ricardo Reis Reconhecendo a fraqueza humana e a inevitabilidade da morte, Reis convida-nos a procurar uma forma de viver com o mnimo de sofrimento. Deste modo os temas da sua poesia giram volta da defesa de um esforo lucido e disciplinado para obter a calma (ataraquesia). Na sua vida, Reis defende que cada um de ns deve aproveitar o momento, mas com um prazer sabiamente gerido, com moderao e afastamento da dor. O ser humano deve ordenar a sua conduta de forma a viver feliz procurando o que lhe agrada. Tal como em Caeiro, h na sua poesia a aurea mediocritas, o sucesso do campo, o fascnio pela natureza onde busca a felicidade relativa, bem como a crena nos deuses e nas presenas, quase divinas que habitam todas as coisas. Para concluir, essencial dizer que sendo o destino calmo e inexorvel (inevitvel), acima dos prprios deuses, temos necessidade de nos portarmos como donos de ns mesmos, construindo o nosso fado voluntrio.

Vous aimerez peut-être aussi