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Natal na Barca
O narrador-personagem faz um passeio num barco sem querer lembrar por
que estava naquela barca com pessoas humildes e de forte calor humano, crentes.
"Era uma mulher com uma criança, um velho e eu." Com essas pessoas, ele aprende
ou desperta coisas que até então, não imaginava que existisse a fé.
“A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio.
Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me
mais até mergulhar as pontas dos dedos na água. - Tão gelada - estranhei,
enxugando a mão.
- Mas de manhã é quente. – disse a mulher ao meu lado.
Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um
meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros,
extraordinariamente brilhantes. Vi que suas roupas puídas tinham muito caráter,
revestida de uma certa dignidade."
- Seu filho? – perguntei.
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Professora Alessandra Lautenschlager
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I – os fatos são organizados em uma ordem crescente de conflitos até atingir o clímax,
e logo em seguida vem o desfecho;
II – com o desfecho do conto, uma das personagens principais sofre uma
transformação interna, no seu modo de ser, de pensar...
III – o espaço, onde se passa a história, é praticamente o mesmo, do início ao fim do
conto;
IV – o tempo de duração da história também é curto...
V – o ambiente (externo ou interno) é descrito minuciosamente;
VI – como nas outras narrativas, tudo é ficcional, há o narrador (que pode ser
personagem ou observador) e os personagens.
Clíma
x
Complicações
Desfec
ho
Inicial
Conflito
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Situação
Inicial
A Última Crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me
assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do
pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da
vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz
mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do
acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num
acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem
mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta
se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e
estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os
assuntos que merecem uma crônica.
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Esse texto é uma crônica, os textos desse gênero são mistos; são considerados
narrativas, mas também são textos informativos, pois os fatos que relata não são
fictícios, partem de um fato do cotidiano, rotineiro, singelo, aparentemente sem
importância, mas que fazem o narrador tecer uma reflexão e levar o leitor a concluir
algo sobre aquele fato. Suas principais características são:
I – o narrador é o próprio autor do texto, não é fictício, é real;
II – as personagens podem ser fictícias ou não - (dividem-se em protagonistas e
secundárias);
III – o enredo é breve e não possui muitos fatos, concentrando-se em poucos locais;
IV – o fato principal é algo real, que acontece diariamente e nós não damos muita
importância;
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V – traz uma informação ao leitor, por meio da reflexão despertada pelos comentários
do narrador-autor em um final inesperado.
a) Quem é o narrador do texto?
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b) Onde os fatos relatados ocorrem?
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c) Qual é o fato do cotidiano que desperta a atenção do autor?
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d) Por que esse fato chama a atenção do autor?
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e) Qual a reflexão feita pelo autor-narrador? A que conclusão ele chega?
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10. Os dois textos têm pontos em comum. O que há de comum, semelhante,
entre os dois textos? Explique com suas palavras.
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11. Explique o que é:
a. uma palavra monossílaba:
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b. um monossílabo tônico:
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c. uma palavra oxítona:
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d. uma palavra paroxítona:
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e. o encontro vocálico “ditongo”:
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