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Contexto Histórico

A publicação da Enciclopédia, em 1751, na França marca simbolicamente uma nova


etapa na vida cultural européia. A obra expressava a confiança absoluta na Razão como
agente do processo social, numa crítica aberta e violenta à influência da religião na sociedade.
Esse movimento de renovação cultural simbolizado pela Enciclopédia foi chamado de
Iluminismo

O século XVIII é conhecido com o Século das Luzes, graças às novas ideias de
cientistas e filósofos que provaram uma verdadeira revolução na história do pensamento
moderno.
As sementes dessa revolução já haviam sido lançadas no Renascimento: a crença
no homem, o racionalismo e, do ponto de vista politico-econômico propiciou a formação de
capitais e o surgimento de uma nova classe, a burguesia, que se pode afirmar como força
política e econômica do século XVIII.
A ciência é impulsionada, a maquina a vapor é aperfeiçoada e o trabalho artesanal
começa a ser substituído por máquinas. A Inglaterra vive a Revolução Industrial e a ascensão
do capitalismo, que aos poucos se estende a outros países da Europa e aos Estados Unidos. O
processo industrial atrai os camponeses, ocasionando o crescimento das cidades, o abandono
do campo e o aumento das tensões sociais.
Acreditando que, para tirar os homens das trevas da ignorância e das superstições,
seria necessário dar-lhes ''as luzes'' da ciência, procurou-se reunir todo o conhecimento
cientifico e filosófico e divulgá-lo para a maior quantidade possível de indivíduos. Nesse
contexto, o filósofo francês Diderot, auxiliado por D'Alembert, organiza a grande Enciclopédia.
Entra em cena o Iluminismo, sustentando ideologicamente pelos iluministas,
filósofos, cientistas, economistas, e escritores que difundem entre eles Rosseau, Montesquieu,
Voltaire e outros.
Os iluministas acreditavam que a ciência, o progresso e a liberdade eram os meios
de trazer felicidades aos homens. Não aceitavam o Estado absolutista, pregavam a igualdade
de poderes e o direito de propriedade. Era a ideologia da burguesia em ascensão, que resultou
na Revolução Francesa, Na Independência dos Estados Unidos e, no cenário brasileiro, na
Inconfidência Minera.
Nesse panorama sociocultural já não havia lugar para as ideias religiosas do
Barroco. O homem readquire seu equilíbrio, abandonando as antíteses e os conflitos
existenciais. Razão e Fé constituem a síntese que características a produção artística do
Arcadismo.
O nome do movimento árcade vem de Arcádia, uma região habitada, segundo a
mitologia grega, por pastores que se dedicavam à música e à poesia. Essa região representava
o ideal de comunhão entre homem e a natureza e era celebrada nos poemas pastoris da
Antiguidade como uma espécie de paraíso.
Por buscar a restauração dos modelos clássicos e sua reinterpretarão á luz dos
valores do século XVIII, o Arcadismo também é conhecido por Neoclassicismo. No decorrer do
século XVIII, Portugal passa a depender cada vez mais das riquezas do Brasil, uma vez que
perdera grande parte de seus domínios na Índia oriental.
A descoberta do ouro e diamante em Minas Gerais, fez com que esta se torna a
capitania mais rica e populosa do Brasil e Vila Rica (hoje Ouro Preto) o mais importante centro
urbano da época.
A prosperidade econômica da Colônia nesse período estimulou a organização
administrativa e política e dinamizou sua vida cultural tornando possível, uma relação
sistemática, embora incipiente entre escritor, obra e público.
O nascimento do Arcadismo no Brasil reflete a condição do intelectual brasileiro no
século XVIII: por um lado, recebia as influências da literatura e das ideias filosóficas vindas da
Europa e, por outro, interessava-se pelos assuntos da Colônia e sonhava com a independência
política.
O Arcadismo representa, na literatura, uma reação contra os excessos do Barroco,
seu estilo rebuscado, pleno de antíteses e frases tortuosas.
Características

- Oposição ao Barroco: estilo simples; contenção e equilíbrio;


- Universalismo: impessoalidade;
- Neoplatonismo: amor ideal;
- Sobriedade: elevação, sentido didático;
- Equilíbrio: harmonia;
- Rigor técnico: disciplina estética: perfeição formal;
- Reaproveitamento da mitologia greco-romana;
- Convencionalismo: superficialidade, afetação;
- Natureza convencional e estática; ordem direta da frase versos brancos, aproximando a poesia
da prosa.
- Mimesis: imitação da natureza – arte voltada para o Bem, Belo e Perfeição o poeta árcade é
um pintor de situações, não de emoções.
- FUGERE URBEM: fuja da cidade
- LOCUS AMOENUS: lugar tranqüilo
- AUREA MEDIOCRITAS: busca do equilíbrio
- INUTILIA TRUNCAT: acabe-se com as inutilidades
- CARPE DIEM: aproveite o dia
- Fingimento Poético: afetação da vida no campo; pseudônimos: nomes latinos ou inventados -
burguês que escreve com se fosse um pastor.
- Bucolismo: não resulta num descritivismo realista da natureza, mas uma outra convenção,
também imitada dos clássicos antigos: o lugar ameno, o cenário suave, delicado e aprazível,
perfeito em sua artificialidade de jardim.
- A felicidade e a beleza só são possíveis na tranquilidade do campo.

Principais Autores e Obras

Em Portugal:
- Manuel Maria Barbosa Du Bocage: Obras principais - Idílios Marítimos
(1791); Obras Poéticas (1812-1813) e Verdadeiras Inéditas Obras Poéticas (1814).
- Antonio Diniz Cruz e Silva: Obras principais - Odes Pindáricas, 1801; O
Hissope, 1802;
- Correia Garção: Obras principais - Assembléia ou Partido; Obras Poéticas.
- Francisco José Feire, o Cândido Lusitano: Obras principais - Vieira
defendido, Lisboa, 1746; O Secretário Portuguez Cómmodos à Instrucção da Mocidade
Confirmado com Selectos Exemplos de Bons Autores, Lisboa, 1745;
- Marquesa de Alorna: Obras principais – Alcippe, Lisboa, 1844;

No Brasil:
Cláudio Manuel da Costa (1729-1789): Introdutor do Arcadismo no Brasil. Em
Lisboa, onde convive com as primeiras manifestações árcades. Em 1768, lança o livro
Obras e funda a Arcádia Ultramarina, marcos iniciais do Arcadismo no Brasil. Poeta de
transição, ainda muito preso ao Barroco, era grande amigo de Tomás Antônio Gonzaga,
como atesta a poesia deste. Seu pseudônimo era Glauceste Satúrnio e o de sua musa era
Nise. Preso em 1789, é acusado de reunir os conjurados da Inconfidência Mineira. Após
supostamente delatar seus colegas, é encontrado morto na cela, um caso de suicídio até
hoje nebuloso.
Na citação a seguir, está presente um elogio ao campo, lugar idealizado pelos árcades.
"Quem deixa o trato pastoril, amado, / Pela ingrata civil correspondência, / Ou
desconhece o rosto da violência, / Ou do retiro da paz não tem provado."
Obras Principais: Poesias, Labirinto de Amor, 1753, Obras Poéticas, 1768, Vila Rica,
1839.
José Basílio da Gama (1741-1795): Poeta mineiro estudou com os Jesuítas no
RJ. Em Roma e ingressou na Arcádia Romana, adotando o pseudônimo de Termindo
Sipílio. Escapou de acusações de jesuitismo e do exílio em Angola, escrevendo elogios
ao casamento da filha do Marquês de Pombal. Escreveu, em 1769, O Uraguai, sendo a
segunda passagem uma das mais famosas de sua obra: a morte de Lindóia.
Obras Principais: O Uruguai, 1769, Epitalâmio às núpcias da Senhora Da. Maria
Amália, 1769.
Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810): Conhecedor dos princípios iluministas,
ocupa, em Vila Rica, o cargo de ouvidor (juiz da época). Envolvido na Inconfidência, é
preso em 23/05/1789 e mandado para a prisão no RJ. É deportado para a África em
1792 e lá se casa com uma rica herdeira, recupera fortuna e influências e morre.
Produziu pouco, exceto no curto tempo em que esteve em MG. Apaixonado por Maria
Joaquina Dorotéia de Seixas, escreveu Marília de Dirceu em sua homenagem. Ele ia
casar-se com ela e partir para a BA assumir um cargo de desembargador, mas foi preso
uma semana antes. Segundo suas poesias ele não participava da Conjuração, apesar de
ser amigo de Cláudio Manuel da Costa. Ainda assim, era acusado de ser o mais capaz de
dirigir a Inconfidência.
Obras principais: Marília de Dirceu, Cartas Chilenas.
José de Santa Rita Durão (1722-1784): Estudou Teologia em Coimbra, onde
teve grande participação política, e prega violento sermão contra a Companhia de Jesus.
O Frei, orador e poeta pode ser considerados o criador do indianismo no Brasil. Seu
poema épico Caramuru é a primeira obra a ter como tema o habitante nativo do Brasil;
foi escrita ao estilo de Camões, imitando um poeta clássico assim como faziam os
outros neoclássicos.
Obras Principais: Caramuru - Poema Épico do Descobrimento da Bahia (1781)
Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792):Em sua vida reproduziu o ideal
árcade de se refugiar no campo, pois deixou a magistratura, ocupando-se da lavoura e
mineração no MG. Alceu era seu pseudônimo. Foi implicado na Inconfidência Mineira
junto com seu parente, Tomás Antônio Gonzaga, e seu amigo Cláudio Manuel da Costa.
Condenado a morte, teve a sentença comutada em degredo para Angola, onde morreu
num presídio. Sua obra artística foi pequena, mas bem acabada.
Obras principais: Canto Genetlíaco, poesia, 1793
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFESSOR LUIZ SANCHES BEZERRA DA
TRINDADE

Alunos: Alaina, Dalvan, Darlan, Pámela e Silvia.


Professora: Isaura Lussi
Disciplina: Português
Série: 2ªsérie ²

Xavantina,19 de maio de 2009.

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