ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA CANDIDATURA DOS CENTROS NOVAS

OPORTUNIDADES À MEDIDA 2.1. DO POPH

O presente documento contém informações orientadoras da candidatura dos Centros Novas

Oportunidades à Tipologia de Intervenção 2.1. - Reconhecimento, Validação e Certificação
de Competências.

ORIENTAÇÕES GERAIS

1. Os Centros Novas Oportunidades têm que, obrigatoriamente, trabalhar candidatos à

qualificação escolar de Nível Básico e de Nível Secundário. O desenvolvimento de processos
de RVCC profissional é opcional e rege-se por um conjunto de orientações técnicas
específicas aqui apresentadas (pontos 9. e 10.).

2. O formulário de candidatura técnico-pedagógica é único e está disponível no SIGO. A par

com estas orientações segue o documento “Procedimentos para preenchimento da
candidatura técnico-pedagógica no SIGO”.

3. As candidaturas serão objecto de análise técnico-pedagógica e hierarquização por parte

da ANQ (em articulação com as estruturas da educação e do IEFP), com base nos critérios
definidos no Regulamento da Medida de Intervenção 2.1. constantes da matriz divulgada no
sítio do POPH na internet.

4. A candidatura financeira a apresentar pelos Centros é submetida ao POPH em formulário

próprio disponível no SIIFSE.

5. Os resultados anuais a que se refere o n.º 1 do artigo 16° do regulamento da medida

2.1., indexados ao número de inscritos, em cada ano civil, estão reportados a objectivos
de encaminhamento (adultos com diagnóstico e encaminhamento realizados), de
desenvolvimento de processos de RVC e de certificação (parcial e total), que serão tidos
em conta, de modo integrado, na avaliação da actividade dos Centros.

1
6. No quadro do financiamento do POPH prevê-se uma nova figura, a de Técnico Superior,
na equipa técnico-pedagógica dos Centros Novas Oportunidades. Este técnico assegura
essencialmente as etapas do acolhimento e do diagnóstico, triagem e encaminhamento. As
funções de cada elemento da equipa encontram-se sumariamente descritas no Anexo 1.

QUALIFICAÇÃO ESCOLAR

7. Os resultados anuais para qualificação escolar (n.º 1 do artigo 16° do regulamento da

medida 2. 1.), tomando como referência o nível de procura (n.º de inscritos) são
compostos por actividade em ambos os níveis de qualificação (básico e secundário) no
quadro das seguintes condições:

7.1. Por norma, os resultados anuais obedecem aos valores de referência definidos
no, ponto 8 ou seja, 50% para cada nível de qualificação;

7.2. No entanto, admite-se a aprovação de resultados que fundamentem uma opção

diferente na sua composição, ou seja, que proponham valores diferentes dos
definidos desde que: o valor global se mantenha (n.º 1 do artigo 16º do regulamento
medida 2.1); o nível secundário represente no mínimo 40% da actividade do Centro e,
no máximo, 80% da sua actividade; seja mantida a proporção dos encaminhados, de
adultos em processo e de certificações efectuadas, face à procura (n.º de inscritos).

8. As referências, por nível de qualificação, de resultados anuais para qualificação escolar

apresentam-se nas tabelas seguintes.

Qualificação Escolar de Nível Básico

Com diagnóstico e
Níveis de Em processo Certificados (total e
encaminhamento
resultados Inscritos RVCC parcial)
definidos

A 300 270 189 180

B 500 450 315 300

C 750 675 473 450

D 1000 900 630 600

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Qualificação Escolar de Nível Secundário
Com diagnóstico e
Níveis de Em processo Certificados
Inscritos encaminhamento
resultados RVCC (total e parcial)
definidos

A 300 270 121 115

B 500 450 203 193

C 750 675 304 288

D 1000 900 405 385

Notas importantes:
(i) Os níveis de resultados são proporcionais ao número de meses em funcionamento efectivo
no quadro de financiamento do POPH.
(ii) O nível A é um nível excepcionado para os Centros Novas Oportunidades que iniciem
actividade no primeiro ano de candidatura ao POPH, que se encontrem em territórios com
características demográficas especiais ou que trabalhem com públicos com características
específicas.
(iii) No nível básico admite-se que 70% dos encaminhados entram em processo RVCC e no nível
secundário admite-se que essa percentagem é, no mínimo, de 45%.
(iv) Para a qualificação de nível básico, do total de certificados (5ª coluna da tabela) pelo
menos 70% deverá resultar integralmente da actividade dos Centros Novas Oportunidades
(processo RVCC de nível básico que inclui formação complementar).
(v) Para a qualificação de nível secundário, do total de certificados (5ª coluna da tabela) pelo
menos 50% deverá resultar integralmente da actividade dos Centros Novas Oportunidades
(processo RVCC de nível secundário que inclui formação complementar).

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

9. Âmbito das candidaturas

9.1. Os Centros Novas Oportunidades que, no ano de 2007, não desenvolveram

processos de RVCC profissional apenas podem candidatar-se a uma área de
educação-formação (ver anexo 2) e, dentro desta, à totalidade ou apenas a algumas
saídas profissionais.

3
 9.2. Os Centros Novas Oportunidades que, no ano de 2007, já desenvolveram
processos de RVCC profissional

Podem candidatar-se às saídas profissionais que, neste momento, já estão a
implementar (“saídas em observação”) ou às que, não estando ainda a ser
operacionalizadas, foram trabalhadas com os Centros no âmbito das acções
de formação que ocorreram no mês de Outubro de 2007;

Os Centros Novas Oportunidades que estejam integrados em entidades
promotoras com um âmbito sectorial de intervenção específico, poderão
ainda candidatar-se à área de educação-formação correspondente ao seu
âmbito de intervenção; nestes casos, a candidatura pode “cobrir” todas ou
apenas alguma(s) das saídas profissionais integradas nessa área de educação-
formação.

10. Critérios de selecção das candidaturas

10.1. O processo de decisão suporta-se nas candidaturas técnico-pedagógicas

apresentadas pelos Centros Novas Oportunidades (através do formulário de
candidatura disponível no SIGO) e tem em consideração os seguintes critérios
específicos que se enquadram na matriz de avaliação da medida 2.1. do POPH:

Pertinência da candidatura apresentada face às necessidades locais
identificadas em matéria de qualificação de adultos;

Equilíbrio territorial da oferta de serviços dos Centros Novas Oportunidades;

Âmbito sectorial de intervenção da entidade promotora do Centro Novas
Oportunidades (pertinência da área de educação-formação/saídas
profissionais face ao âmbito sectorial de intervenção da entidade);

Experiência da entidade promotora do Centro Novas Oportunidades como
entidade formadora no âmbito da área de educação-formação proposta;

Existência de instalações e equipamentos para desenvolvimento de processos
RVCC profissional no âmbito da(s) área(s) de educação-formação/saídas
profissionais propostas;

Experiência consolidada no domínio do desenvolvimento de processos de RVCC
escolar;

Cumprimento dos requisitos de constituição da equipa do RVCC profissional.

4
10.2. Com base nestes critérios, a ANQ fará a apreciação das propostas apresentadas pelos
Centros Novas Oportunidades ao desenvolvimento de RVCC profissional e proporá o seu
financiamento no âmbito da medida 2.1. do POPH. A análise destas candidaturas, bem
como decisão a tomar, será partilhada com o Instituto de Emprego e Formação
Profissional.

10.3.Os resultados anuais para a qualificação profissional, por saída profissional, são os
seguintes

Com diagnóstico e Em processo Certificados (parcial

Inscritos
encaminhamento definido RVCC e totalmente)

200 180 162 154

(i) Os níveis de resultados são proporcionais ao número de meses em funcionamento efectivo no

quadro de financiamento do POPH, mantendo a proporção entre “inscritos”, “com diagnóstico e
encaminhamento definidos”, “em processo RVC” e “certificados”.
(ii) Admitem-se propostas de resultados anuais inferiores ou superiores aos indicados na tabela,
sendo a sua justificação e pertinência avaliadas em sede de candidatura.

MONITORIZAÇÃO DA ACTIVIDADE DOS CENTROS

11. Os Centros Novas Oportunidades devem, no quadro das responsabilidades definidas na

Carta de Qualidade, efectuar uma auto-avaliação e monitorização de resultados ao longo
do ano, sinalizando, junto da ANQ previsões de desvios.

12. Para além do acompanhamento aos Centros Novas Oportunidades (em curso), a ANQ
realizará, entre Setembro e Outubro de 2008, uma avaliação intermédia de resultados,
face à candidatura aprovada, recolhendo informação através do SIGO que lhe permita
propor, ao POPH, e caso seja necessário, o ajustamento (reforço ou corte) do volume de
financiamento aprovado, conforme n°2 do artigo 16° do regulamento da medida 2.1.

13. Enquanto entidade responsável pela gestão da Rede de Centros Novas Oportunidades, a
ANQ poderá, em função dos resultados do acompanhamento e da avaliação, e respeitando

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as disposições constantes no regulamento da medida 2.1., rever ou ajustar orientações
constantes deste documento, nomeadamente no que se refere aos níveis de resultados.

14. As orientações constantes deste documento vinculam a actividade dos Centros e

enquadram-se, do ponto de vista técnico-pedagógico na Carta de Qualidade e, do ponto de
vista financeiro, no regulamento da medida 2.1. do POPH.

Lisboa, 1 de Fevereiro de 2008.

A Presidente da Agência Nacional para a Qualificação

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Maria Clara Lima Fernandes Correia
DN: cn=Maria Clara Lima
Lima Fernandes Correia, c=PT,
o=Ministério do Trabalho e da
Solidariedade Social, ou=Agência
Fernandes Nacional para a Qualificação, I.P.
Reason: I am approving this
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Date: 2008.02.01 13:04:40 Z

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 Anexo 1 – Funções dos elementos da equipa técnico-pedagógica dos Centros Novas
Oportunidades

Equipa Funções

Administrativo - Atende e participa no acolhimento

- Efectua os registos no Sigo
- Apoia administrativamente a actividade do Centro, nomeadamente ao
nível financeiro

Técnico Superior - É responsável pelo acolhimento (coordenando o trabalho do

administrativo)
- Conduz o processo de diagnóstico da situação do adulto que permitirá
definir o seu encaminhamento, mobilizando profissionais de RVC quando
necessário
- Organiza o encaminhamento para as respostas educativas e formativas
externas aos Centros Novas Oportunidades, articulando com as respectivas
entidades formadoras e estruturas regionais competentes

Profissional RVC - Participa no diagnóstico, triagem e encaminhamento.

- Conduz os processos de reconhecimento e validação de competências;
- Acompanha e dinamiza o trabalho dos formadores nos processos RVC
- Define os encaminhamentos para ofertas formativas após validação de
competências (júris de certificação parcial)
- Organiza e articula com a restante equipa e o avaliador externo os júris
finais de certificação

Formador - Participa na definição dos encaminhamentos para ofertas após validação

de competências
- Participam no processo RVC, orientando a construção do portefólio à luz
das áreas de competências chave (fase de reconhecimento)
- Participam, com o profissional de RVC, na validação de competências
- Organizam e desenvolvem as acções de formação complementar da
responsabilidade do Centro.
- Participam nos júris de certificação

Coordenador - Assegura a gestão pedagógica e financeira do Centro e a interlocução

técnica com o exterior
- É responsável pela elaboração e qualidade do PEI e pelo cumprimento das
orientações para o funcionamento do Centro (Carta de Qualidade,
Orientações da ANQ, enquadramento legislativo, etc)
- Promove a formação da equipa e coordena toda a actividade do Centro
- Assegura mecanismo de auto-avaliação do Centro, da sua actividade e
resultados
- Dinamiza parcerias institucionais e promove a interlocução com as
estruturas regionais competentes

Director - Representa institucionalmente o Centro Novas Oportunidades

- Responde legalmente pelo Centro, nomeadamente pelo cumprimento das
orientações para a sua organização e funcionamento.

Notas: a) Não inclui os elementos da equipa para RVCC Profissional cujas funções e perfil estão
descritos no Guião de Operacionalização dos processos de RVCC Profissional (a disponibilizar no site
da ANQ); b) o financiamento não contempla a figura do Director.

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 Anexo 2 – Áreas de educação e respectivas saídas profissionais
(Obs:à medida que os KIT’s de avaliação do RVCC Profissional forem incluídos no Catálogo Nacional de
Qualificações, os Centros Novas Oportunidades serão informados da sua disponibilização)

Áreas de Educação Formação Saídas Profissionais Cód. CNQ

215 - ARTESANATO • Oleiro 215 011

341 - COMÉRCIO • Empregado Comercial 341023
• Técnico Comercial 341024
344 - CONTABILIDADE E FISCALIDADE • Técnico de Contabilidade 344032
346 - SECRETARIADO E TRABALHO
• Assistente Administrativo 346034
ADMINISTRATIVO
• Técnico Administrativo 346035
481 -CIÊNCIAS INFORMÁTICAS • Operador de Informática 481038
• Técnico de Informática - Sistemas 481039
• Técnico de Informática - Instalação e
481041
Gestão de Redes
521 - METALÚRGIA E METALOMECÂNICA • Desenhador de Construções Mecânicas 521042
• Operador de Máquinas Ferramenta 521043
• Operador de Máquinas Ferramenta CNC 521044
• Fresador Mecânico 521045
• Serralheiro Mecânico 521046
• Serralheiro de Moldes, Cunhos e
521048
Cortantes
• Serralheiro Civil 521049
• Técnico de Desenho de Construções
521054
Mecânicas
522 - ELECTRICIDADE E ENERGIA • Electricista de Instalações 522060
• Electromecânico de Refrigeração e
522062
Climatização - SDC
523 - ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO • Técnico de Telecomunicações 523077
• Técnico de Electrónica Industrial 523078
525 - CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO DE
• Mecânico de Automóveis Ligeiros 525083
VEÍCULOS A MOTOR
• Reparador de Carroçarias de Automóveis
525084
Ligeiros
• Técnico de Mecatrónica Automóvel 525089

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 Áreas de Educação Formação Saídas Profissionais Cód. CNQ

542 - INDÚSTRIAS DO TÊXTIL, VESTUÁRIO,

• Costureira Modista 542100
CALÇADO E COURO
• Costureira Industrial de Tecidos 542101
• Operador de Fiação 542113
• Operador de Fabrico de Calçado e
542116
Componentes
543 - MATERIAIS • Carpinteiro / Carpinteiro de Limpos 543123
• Operador de Cerâmica 543135
582 - CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA
• Pedreiro 582141
CIVIL
• Ladrilhador/Azulejador 582142
• Pintor de Construção Civil 582143
• Técnico de Topografia 582144
• Técnico de Medições e Orçamentos 582145
• Técnico de Desenho de Construção Civil 582146
• Operador de CAD - Construção Civil 582147
• Canalizador 582148
• Técnico de Obra 582150
• Condutor-Manobrador de Eq. de
582151
Movimentação de Terras
624 - PESCAS • Marinheiro Pescador 624171
761 - SERVIÇOS DE APOIO A CRIANÇAS E
• Acompanhante de Crianças 761174
JOVENS
• Técnico de Acção Educativa 761175
• Assistente Familiar e de Apoio à
762190
762 - TRABALHO SOCIAL E ORIENTAÇÃO Comunidade
• Agente de Geriatria 762191
811 - HOTELARIA E RESTAURAÇÃO • Cozinheiro 811177
• Empregado de Mesa 811178
• Empregado de Bar (Barman) 811179
815 - CUIDADOS DE BELEZA • Cabeleireiro de Senhoras 815195
• Cabeleireiro de Homens 815196
• Cabeleireiro Unissexo 815197
• Esteticista - Cosmetologia 815198
• Manicura-Pedicura 815192
• Massagista de Estética 815193