Vous êtes sur la page 1sur 262
Anjos Mentirosos See -4(o Moke Nee) Copyright © 2005 - Esta obra é protegida pela Lei de Direitos Autorais. legal copiar ou reproduzir esta obra no todo ou em parte, por qualquer meio, sem prévia autorizagao do autor. Registro na Fundagdo Biblioteca Nacional N° Registro: 349.256, Livro 643, Folha 416 indice Uma Revolugao Cultural ¢ Religiosa... CAPITULO I- A Teoria dos Astronautas Antigos . Os dogons e Sirius . As Pirdmides do ei As Linha Atlantida 2: Cranios de Cristal. CAPITULO II - A crenga na existéncia de vida extraterrestre e sua ligacdo com Sete MeO OUN I oct onccaminpaasmnnmmmannantadsibamt CAPITULO III - O surgimento da Ufologia.. 137 CAPITULO IV - As Principais Evidéncias Modernas da Existéncia de OVNIs “mite das Bermudas ... O Incidente em Roswell (Hangar 18)....... Circulos nos Campos (Circulos Ingleses) A face em Marte .. Homens de Preto ....... Si Chupa-Cabras... Mutilagio de Gado... OET de Varginha CAPITULO V - Os falsos OVNIs nos céus CAPITULO VI - Fotos ¢ Filmes .... CAPITULO VII- Fragmentos de OVNIs e implantes... CAPITULO VIII- A Hipétese Extraterrestre - uma teoria sem evidéncias..... 66 CAPITULO IX - Fatores Psicossociais .. A Hipotese Psicolégic: Hipotese do Inconsciente Coletivo... CAPITULO X - As Abducées e a Hipnose : CAPITULO X1- A Imaterialidade dos OVNIs. 83 CAPITULO XII- As formas de comunicacao usadas pelos tripulantes dos OVNI 9 Canalizagao ¢ Mediunidade .... Psicografia Transcomunicagao Instrumental (TCI) CAPITULO XITI- As evidéncias de tecnologia alienigena.. CAPITULO XIV - Paradigmas .. CAPITULO XV - Navalha de Occam ..... CAPITULO XVI - 0 lado negro da Parapsicologia..... Capitulo XVII - Contos de Fadas CAPITULO XIX - A origem e natureza dos OVNIs CAPITULO XX - Fator Oz... CAPITULO XXI - O Valor do Registro Biblico . CAPITULO XXII - Extraterrestres e OVNIs na Biblia... As Carruagens de Fogo . A Estrela de Belém A Destruigao de Sodoma e Gomorra Visiio de rodas voadoras pelo profeta Ezequiel ut IRI CAPITULO XXIII - Os Filhos de Deus ¢ as Filhas dos Homens CAPITULO XXIV - Anjos e Deménio CAPITULO XXV - Casos Irredutiveis A Onda de OVNIs de 1977 no Norte do Brasil Os Chupas. OVNI em Fort-de-France..... Virgem de Fatima. CAPITULO XXVI- Interpretacao e Controle... CAPITULO XXVII- No Tempo das Tribulacoes.... r CAPITULO XXVIII - A Verdadeira Mensagem dos Verdadeiros ETs......... 284 Referéncias.... aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Supostos “discos voadores” tem surgido em todo 0 mundo sem que permitam definir 0 que sio e 0 que querem, embora mensagens sejam constantemente transmitidas por seus supostos tripulantes através de mediunidade, uanscomunicagaio instrumental e até mesmo gigantescos desenhos em plantagdes de trigo. Apesar dos mistérios que envolvem este fendmeno, muito ainda pode ser esclarecido, pois surgem indicios e evidéncias por mais que se tente ocultar a natureza do fendmeno. Nas paginas que virdo a seguir, serio comentadas as principais teorias, argumentos © evidéncias ligadas ao fendmeno OVNI, procurando, entre tantos mistérios, revelar algumas deseobertas que, sem divida, desmistificardo muitas crengas e fatos, mas evidenciando que ainda estamos diante de seres misteriosos que, longe de serem clasificados como bons, pacificos ou meras inteligéncias extraterrestres, poderiam ser facilmente definidos como anjos mentiros. CAPITULO I - A Teoria dos Astronautas Antigos Durante a Segunda Guerra Mundial, os militares norte-americanos estabeleceram muitas bases em selvas de diversas ilhas do sul do Pacifico. Os nativos destas ilhas tiveram neste momento os primeiros contatos com nossa moderna civilizagao, maravilhando-se com a chegada de para-quedistas ¢ posteriormente com a aterrissagem de avides. Os nativos acreditaram que os militares americanos tratavam-se de deuses, ¢ é bem provavel que estes nativos se sentiram, além de honrados, beneficiados com a chegada dos “deuses”, recebendo medicamentos, curas “milagrosas” e uma série de outros “milagres” que resolviam muitos dos problemas de suas comunidades. Com o final da Guerra, os americanos desativaram suas bases militares e se retiraram das ilhas, porém deixaram uma forte influéncia e impacto naquelas sociedades primitivas. Algumas destas sociedades chegaram a construir réplicas das aeronaves americanas, utilizando galhos ¢ folhas de Arvores. Diante deste evento, nio podemos supor que o mesmo poderia ter ocorrido nas antigas civilizagdes, se uma civilizagao extraterrestre instalasse suas bases em nosso planeta? Uma das obras literdrias que mais causou impacto entre pessoas que fazem questionamentos quanto 2 existéncia de civilizagdes extraterrestres, origem da vida ¢ origem da humanidade, € 0 livro “Chariots of Gods?” (em portugués, publicado com 0 titulo “Eram os Deuses Astronauias?”), escrito pelo suico Erich Von Daniken ¢ publicado pela primeira vez em 1968, Este livro se tornou best-seller internacional, pois de forma arrojada, corajesa descontraida, confrontou dogmas da ciéncia moderna, apresentando interpretagGes sofisticadas para os mitos, obras ¢ registros antigos. procurando evidenciar que diversos povos antigos foram visitados por civilizagdes extraterrestres que lies transmitiram vérios conhecimentos cientificos, ou seja, os homens pré-histéricos no teriam desenvolvido sua propria tecnologia, a receberam de alienfgenas. Segundo Daniken, os maias, incas, astecas, egipcios, dentre outros povos, foram fortemente influenciados por visitantes de outros planetas. ‘Apesar da forma ousada e arrojada em que € apresentada a teoria defendida no livro de Diiniken, isto nao garante que a teoria esteja correta, pois apesar de Diiniken ter recorrido 4 Arqueologia para encontrar estas provas, no encontrou nada conclusivo, apesar do impacto inicial que seu livro causou. Por esta razo ele apelou para 0 uso de diversas fraudes, Apresentou, por exemplo, fotografias de pegas de cerimica que disse terem sido encontradas numa escavacéio arqueolégica. A cerimica ilustrava discos voadores, e Diiniken afirmou que teria sido datada de épocas biblicas, no entanto, investigadores de um programa norte-americano de temas cientificos, chamado Nova, descobriram 0 oleiro que tinha feito os vasos supostamente antigos. Confrontaram Daniken com os indicios da fraude e ao ser indagado sua resposta foi que a falsific: 10 se_justific acreditariam se vissem provas’. ia porque algumas pessoas No livto Eram os Deuses Astronauias?, apesar de seu pequeno contetido, foi encontrada uma grande quantidade de erros cientificos, interpretagdes de registros antigos—_indiscutivelmente —_deturpadas, principalmente no que se refere A Biblia, ¢ informagdes que aparentemente foram simplesmente inventadas, como, por exemplo, 0 caso do pilar construfdo com pedacos de ferro soldado situado no dtrio de um templo em Délhi, na India, que Daniken afirma estar exposto as intempéries hd mais de 4.000 anos sem mostrar 0 menor vestigio de ferrugem devido ao fato de estar livre de enxofre ¢ fésforo, constituindo-se em uma liga de ferro desconhecida, sendo que, na verdade, ao contrério do que afirmou Diiniken, o pilar de ferro tem pouco mais de 1.500 anos de idade e nao € 100% ferro, contém fosforo e muito pouco enxofte (possivelmente 0 pouco enxofre deve-se ao uso de carvao vegetal ao invés de carvao mineral para a siderurgia) € est revestido de ferrugem, nao possuindo nada de desconhecido em sua constituigéo. E uma liga de ferro bem feita, mas nao proveniente de tecnologia desconhecida ou superior, que resiste ao tempo gragas até mesmo A sua ferrigem superficial que forma um filme de superficie passiva que gera protecio suficiente em Délhi, onde, durante a maior parte do ano, a umidade relativa do ar é inferior a 70%, além de que durante a maior parte dos tiltimos 1.500 anos o ar também esteve isento de didxido de enxofre. Estas observagdes jé existiam antes da publicagio do livro de Diniken, e foram publicadas em uma edigéio da Nature de 1953 citando uma experiéncia de J C Hudson. Em 1960, ou seja, oito anos antes da publicagio do livro Eram os deuses astronautay?, 0 Professor Ulick Evans expés pedagos do pilar de Délhi a um ambiente industrial moderno poluido & constatou que estas amostras corroeram-se rapidamente. O pilar de Délhi nem mesmo € 0 tinico artefato da siderurgia indiana daquela época que resistiu até hoje. Apesar de suas fraudes ¢ erros, Diiniken escreveu diversos outros livros e sua teoria se popularizou, pois até mesmo os charlatdes siio capazes de dizer possiveis verdades, mesmo que em meio a uma imensidio de mentiras. As teorias de Diniken foram aceitas por diversas pessoas, ¢ outros pesquisadores e escritores passaram a difundi-las, sendo que estas teorias se constituem basicamente em interpretagdes de artefatos e textos antigos, partindo-se do pressuposto de que a Terra foi visitada por astronautas extraterrestres que foram confundidos com deuses em diversas sociedades antigas, desta forma, por exemplo, passou-se a afirmar que as cidades de 9 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. dogons tiveram contato com extraterrestres, no entanto, o diagrama que Temple apresenta nio é 0 diagrama completo que os Dogons mostraram aos antropologos franceses que foram as fonies originais da historia de Temple. Temple interpretou mal a crenga dos Dogons ou distorceu-a para deixar bem convincente © suposto conhecimento astrondmico dos Dogons. De toda forma, parece haver um néimero significativo de crengas astronémicas defendidas pelos Dogons que sio curiosas: a crenga num sistema heliocéntrico e érbitas elfpticas: conhecimento dos satélites de Jupiter e dos anéis de Saturno, entre outras. Os Dogons sao até hoje um povo de cultura primitiva, que nfo dispoe de telesc6pios ou qualquer outro equipamento para investigacio cientifica, no entanto, em 1940 este povo mostrou que conhecia Sirius B, uma estrela que foi fotografada pela primeira vez em 1970, além de outros conhecimentos astrondmicos que s6 so possiveis de se obter com tecnologia moderna. Aparentemente os dogons s6 poderiam ter adquirido estes conhecimentos de uma civilizagdo tecnologicamente superior e, segundo as proprias lendas dogons, estes conhecimentos foram transmitidos por seres vindos do sistema estelar de Sirius, os Nommos, seres anfibios de aspecto repulsive, que chegaram numa “area”, em companhia do “fogo e do trovao”. Os conhecimentos astronémicos dos dogons, narrados por Griaule, Jevaram Robert Temple, Erich von Diniken © outros escritores a crerem que estes conhecimentos astrondmicos sio uma evidencia contundente da visita de extraterrestres ao povo dogon, porém o famoso Astrénomo, Carl Sagan e Ian Ridpath (dentre outros) concluiram que apesar do fato dos Dogons s6 poderem ter obtido os conhecimentos astronémicos de uma civilizacao tecnologicamente avangada, essa civilizacao era terrestre e no extraterrestre. 0 continente africano recebeu muitas visitas dos povos europeus no final do século XIX e inicio do século XX e devido ao fato dos dogons terem um tradicional interesse pelo céu e seus fendmenos astronémicos. Observa Sagan, que se um europeu visitou os dogons entre 1920 e 1930, as conversas poderiam ter se voltado para assuntos astronémicos, incluindo Sirius, a estrela mais brilhante e centro da mitologia dogon, pois nos anos 20 os europeus jé possufam Os mesmos conhecimentos narrados pela tradig’io dogon, havendo varias publicagGes € discussGes sobre a estrela Sirius na comunidade cientifica, enyolvendo a natureza das ands brancas (sendo Sirius B uma ana branca extremamente densa, com cerca de uma tonelada por polegada ctibica), observada por telescépio pela primeira vez em 1862, sendo, portanto, bem possivel que quando os antropélogos franceses entraram em contato com os dogons, estes podiam ter algum conhecimento das descobertas cientificas do século XX, que foi preservado pelos dogons através da tradicao oral por apenas uns dez ou vinte anos, 12 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. cordas ou madeiras suficientes para arrastar estes blocos, porque drvores no cresciam em abundancia préximo ao Nilo, desconhecendo (ou desprezando) completamente 0 fato dos egipcios estarem bem acostumados com 0 uso de madeiras e a importagdo deste material devido ao comércio com patses visinhos, além de que muitas cordas ja foram achadas cm tumbas egipcias. Escritores como Erich Von Daniken esquecem-se, ou ignoram, completamente que por muitas vezes no podemos afirmar que uma civilizagao € inferior ou superior a outra, pois em muitos aspectos elas podem apenas ser diferentes em suas necessidades, cultura ¢ tecnologia, por trilharem caminhos diferentes no transcorrer de sua hist6ria. Diante disto, devemos considerar a hipétese de que os egipcios possuiam muitas técnicas para realizarem seus projetos de engenharia da forma mais eficiente possivel e somente com as ferramentas que se tem conhecimento de que possuiam. Nao devemos nos impressionar com 0 fato de que apesar de hoje nossos Engenheiros utilizar-se- iam, por exemplo, de locomotivas ¢ trilhos de trem para mover certos blocos de pedra usados nas piramides. Os povos antigos poderiam mover grandes e pesados objetos sem nossos modernos equipamentos, Na falta das atuais ferramentas, nossos Engenheiros poderiam utilizar-se de ferramentas alternativas ou improvisadas ¢ conseguir resultado semelhante ao resultado proveniente da tecnologia moderna, observando ainda que provavelmente um Engenheiro do Fgito Antigo seria bem mais eficiente na utilizagio de ferramentas mais simples, pois para ele no se trataria de ferramentas alternativas e sim ferramentas principais, estando ele bem mais habituado a elas. Embora a afirmacao de que as piramides egipcias foram construfdas com a ajuda de extraterrestres tenha causado grande impacto e tida muita aceitacio, hoje se sabe que ndo existiam tantas dificuldades quanto se dizia antes, havendo diversas hipdteses que sugerem que é perfeitamente possivel construir estas fantisticas obras apenas com ferramentas simples (ou que estivessem ao alcance dos antigos egipcios), engenhosidade ¢ com bem menos esforgo do que se imaginaya inicialmente. Herddoto, historiador grego que visitou 0 Egito no século V a.C. concluiu que foram usados cem mil trabalhadores na construgao da Grande Piramide, mas Herddoto visitou as piramides dois mil ¢ setecentos anos depois de construidas, ¢ suas conclus6es foram sustentadas em declaragdes duvidosas de sacerdotes egipcios. Egiptologistas modernos acreditam que o ntimero de trabalhadores ficava em torno de vinte mil trabalhadores que eram divididos em turnos, Hé vérias obras que apresentam varias técnicas chissicas que os egipcios poderiam ter usado para o transporte de grandes blocos de pedra e para a construgéo das pirimides sem a ajuda de extraterrestres, apenas com 18 ferramentas simples, das quais muitas ja foram encontradas em escavacdes arqueolégicas, mas um fato que evidencia fortemente a falta de necessidade de tecnologia extraterrestre para a construgao das piramides egipcias é que Mark Lehner, Arquedloge do Instituto Oriental da Universidade de Chicago, que ji acreditou na cxisténcia de Atlintida c teorias de Edgar Cayce’, Lehner viveu no Egito por treze anos e se convenceu de que todo o mérito da construgiio das pirdmides pertence unicamente 4 humanidade, pois além de achar corpos, relac6es familiares. ferramentas ¢ identificar nomes, nao ficou apenas na teoria para provar que nao € impossfvel para a humanidade construir uma grande pirdmide apenas com ferramentas simples e primitivas. Em um documentério feito pelo programa cientifico chamado Nova, foi mostrada a construgdo de uma pequena pirdmide por simples pedreiros egipcios descalgos que foram capazes de extrair, das pedreiras, grande quantidade de pesados blocos de pedra com simples ferramentas férreas © técnicas comuns. Em vinte e um dias, doze homens extrairam 186 blocos com © peso aproximado de 1,5 toneladas cada e os arrastaram facilmente da pedreira para 0 local da construgao da pirimide no tempo aproximado de dois minutos, por pistas ¢ rampas molhadas com éleo. Estes blocos também foram encaixados uns nos outros com grande exatidio com o uso de alavancas © cordas, nfio sendo possivel colocar uma limina de faca entre elas. Com base nestes fatos e levando em conta as diversas atividades bracais que seriam necessérias para a construgdo de uma grande pirdmide, se fez a estimativa de que Com apenas quatro ou cinco mil homens seria possivel construir a Grande Piramide em um perfodo de vinte a quarenta anos, sem 0 uso de qualquer tecnologia desconhecida. Mark Lehner nio reconstituiu toda a tecnologia egipcia. Segundo ele, talvez nfo tenha reconstituido nem 60%, pois se utilizou, por exemplo, de um caminhao, ao invés de barcagas para transportar de Aswan sessenta toncladas de blocos de granito, mas isto no se torna relevante, pois além de nao restar dividas de que o transporte deste granito poderia ser facilmente realizado pelas antigas barcagas egipeias, Mark Lehner estava procurando descobrir a habilidade necessdria para o uso de certas ferramentas e técnicas antigas usadas no Egito e foi bem sucedido, provando que nio ha impossibilidades técnicas para se construir as piramides com tecnologia antiga desde que se tenha um 6timo conhecimento de engenharia, 0 que a civilizagao egipcia provou possuir. Ha quem diga que os conhecimentos matemdaticos ¢ astronémicos dos egipcios s6 poderiam ser conseguidos se transmitidos por uma civilizagio * Edgar Cayce (1877-1945) € considerads por muitos come sendo u maior médium do sécule NX. Ele fazia diagnisticos médicos e leituras psiquicas de vidas passadas. Céticos apresentam diversas falhas em seus singni Cayce fez diversos comentirios sobre a suposta civilizago de Atlantida alegando reesher as informagSes de eapiritos atlantes. icos e contestam suas supostas cipacidades psiquica 19 tecnologicamente superior, Mais uma vez, se subestima a inteligéncia humana ea cultura de uma civilizagdo antiga que existiu por séculos, sendo que a maior polémica se da justamente por um conhecimento que os egipcios nao possuiam, mas que muitos acredilam que sim. Muito se fala do fato de que algumas das medidas das pirimides revelam o uso exato de Pi. A altura da pirémide de Quesps, por exemplo, é igual ao perimetro da sua base dividida por 2Pi. Acreditando-se que 0 conhecimento matemético dos antigos egipcios ndo era suficiente para que eles chegassem a resultados como esse por meio de célculo, muitos estudiosos acreditam que tal precisio foi alcangada empiricamente através do uso de algum instrumento de medigo de distincias que fosse cilindrico, como um rolo ou tambor, por exemplo, onde seriam contadas as rotagdes quando se tratava de distancias horizontais e nimero de rolos ou tambores empilhados quando era necessario medir alturas, 0 que, segundo o engenheiro T.E, Conolly afirma, seria mais eficiente que 0 uso de cordas, pois clas tenderiam a arrebentar ou mudar de comprimento devido a forga necessdria para manté-las retilineas, 0 que geraria imprecisio. Apesar desta simples explicagio, a polémica em torno do valor de Pi e sua relagio com as pirdmides egipcias € tida como evidéncia da influéncia de alguma civilizagio tecnologicamente mais avancada que a egipcia, porém esta polémica é infundada, pois a exatiddo do valor nao passa da casa centesimal nas diversas relagdes de medidas em qualquer uma das noventa pirdmides egipcias, sendo que na maioria dos casos nao hé exatidao nem mesmo na primeira casa decimal. O famoso exato valor de Pi na piramide de Quedps, por exemplo, € 3,14 quando se pega duas vezes 0 comprimento da base ¢ divide pela altura, mas considerando apenas duas casas decimais, ou scja, é @ valor Pi com pouca precisio. O valor de Pi com um pouco mais de precisio é 3.141592 e se verificarmos 0 célculo da relagiio entre as medidas da piramide de Queéps com a precisio de seis casas decimais, veremos que 0 resultado é 3.142974, ou seja. jd nao seré o valor de Pi, revelando um erro que nao seria de se esperar de uma civilizagdo que realmente utilizasse o valor de Pi, indicando que este valor simplesmente nao foi revelado por qualquer fonte. A inexatidao do valor de Pi existe em todas as pirimides e € to varidvel que indica que os egipcios nao tinham © conhecimento deste valor, sendo, © valor aproximado mera coincidéncia decorrente dos métodos de medidas usados no Egito Antigo, veja que na piramide de Miquerinos, por exemplo, seu valor é 3,26 e na piramide de Quéfren € 3,00. As Linhas de Nazca As linhas de Nazca sio linhas e desenhos gigantescos situados no deserto peruano © que foram feitos pelo povo Nazca, que floresceu entre 200 20 a.C. e 600 d.C. ao longo de rios que desciam dos Andes. 0 deserto estende-se por mais de 1.400 milhas ao longo do Oceano Pacifico. A area de Nazca onde se encontram os desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura e corre ao longo de 37 milhas paralelas aos Andes ¢ ao mar. Estes desenhos, também chamados de gcoglifos (cscrituras na terra, em grego), se constituem em linhas, formas geométricas , imagens de plantas, de animais da fauna local e de pessoas, tudo em gigantesco tamanho, de forma que os desenhos s6 podem ser percebidos dos céus, 0 que fez com que se tornassem interessantes aos antropdlogos depois de serem vistos por avides na década de 1930. Erich von Diniken afirma, em seu livro Eram os deuses astronautas?, que as linhas de Nazca formam um aeroporto (ou astroporto) para naves extraterrestres, uma idéia proposta inicialmente por James W. Moseley em Outubro de 1955 na revista Fare e tornada popular na década de 1960 por Louis Pauwels e Jacques Bergier na obra O Despertar dos Magicos, entretanto 0 comprimento deste suposto aeroporto é grande demais (37 milhas) € é improvavel que naves aterrissassem na drea sem alterar os desenhos do solo, ¢ tais alteragées no existem, além de que as linhas ¢ desenhos sio muito confusos, estreitos e intiteis como pista para qualquer avidio ou nave que precisasse de pista de pouso, mas, apesar destes argumentos, adicionado ao fato de que na época da publicagao do livro de Diniken os Arqueslogos pouco tinham a dizer sobre tais geoglifos, a teoria se popularizou. A possibilidade de estes desenhos terem sido feitos, por exemplo, por razées religiosas ou mitolégicas nao € considerada pelos defensores da teoria de que a Terra foi visitada por extraterrestres, mas estas razSes se tornam bem mais vidveis apés se tentar identificar alguma praticidade destes desenhos para a navegagio aérea ou pouso e se constatar a falta de sentido para a navegacao. Algumas pessoas ainda fazem sensacionalismo afirmando que é misteriosa a forma com que 0s desenhos foram feitos, mas est bem claro que o método € bem simples: as pedras vermelhas escuras ¢ 0 solo foram limpos, expondo © subsolo mais claro, criando as "linhas". Por nao existir areia neste deserto as linhas permanecem expostas. O fato das figuras terem permanecido intactas durante centenas de anos ocorre porque a geologia da Area é favoravel a isto, Pedras (e nao areia) constituem a superficie do deserto. Devido a umidade, a sua cor escura aumenta a absorcdo do calor, fazendo com que a camada de ar quente resultante junto @ superficie funciona como uma capa contra 0 vento; enquanto os minerais do solo ajudam a solidificar as pedras. Neste "pavimento” criado neste ambiente seco e sem chuvas, a erosio é praticamente nula, permitindo assim a notével preservagiio dos desenhos. Ainda so misteriosas as razdes pelas quais o povo Nazca fazia estes desenhos, porém a hipstese de que a regio era usada como um local de pouso 21 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. desenhavam sapos ou lagartos, animais sagrados associados a Agua, e até mesmo simples setas, em lugares onde havia chance de achar Agua. Também se usava os geoglifos para anunciar que se estava proximo de algum lugar. Um desenho de tubarao no meio do deserto indicava que 0 litoral estava a dois dias de caminhada ¢ um circulo anunciava que andando reto a partir dele podcria se encontrar um pogo. Cientistas, embora ainda nao afirmem com total convicgiio, acreditam que os desenhos de Nazca sinalizam a Agua, vital para os agricultores da regio, que moravam na beira do deserto, nao sendo descartada a hipétese de que em Nazca também havia caravanas. A Ilha de Pascoa Descoberta, no anoitecer do Domingo de Pascoa de 1722, pela galeota holandesa De Afrikaanske Galei, comandada pelo Comodoro Jacob Roggeveen, a ilha chamada pelo seu povo nativo de Hapa Nui, foi batizada pelos holandeses com o nome de Ilha de Péscoa, devido ao dia em que foi descoberta. A pequena ilha é de formacio vulednica, tendo um relevo moderado, com seus 179 Km’ de extensio, situada a 3500 Km da costa oeste da América do Sul, faz parte da provincia de Val Paraiso, no Chile, e se tornou famosa entre os entusiastas da Teoria dos Astronautas Antigos pelo fato de possuir centenas de estatuas, chamadas “Moais”, com a altura média de quatro metros, pesando trinta toneladas cada (sendo que algumas cram bem mais altas e pesadas) e portando chapéus cilindricos chamados "Punkao", feitos com uma rocha avermelhada, tirada do vuleio "Puna Pao". Estas estatuas eram todas distribufdas ao redor da ilha. Mais uma vez, devido a falta de registros histéricos, uma obra realizada por um povo antigo € atribuida a alguma civilizagdo extraterrestre devido ao seu peso, pois os defensores da Teoria dos Astronautas antigos nao acreditam na capacidade técnica dos povos antigos para transportar grandes pesos, como se fosse impossivel contar com a eficiéncia de trends, cordas e esforgo coletivo. Também foi adicionado como evidéncia da influéncia de ‘isita de extraterrestres o fato de nfo se saber a razdo pelas quais elas foram construidas e também por elas parecerem que estio vigiando o horizonte. Sabe-se que as estdtuas foram esculpidas em lava porosa retirada da base do vulcdo extinto da propria itha, sendo que colonizadores europeus chegaram a encontrar as minas, ferramentas ¢ estétuas inacabadas, como se os trabalhadores tivessem sido vitimas de alguma tragédia que os impediu de continuar 0 trabalho. Possivelmente foram vitimas de uma inyasio liderada por um rei chamado Hetu-Matua, que provavelmente era um exilado com muitos siiditos, que chegou na ilha, segundo os habitantes locais, em dois grandes 23 barcos. Se os “deuses” (astronautas antigos) estivessem interagindo com os antigos habitantes da ilha naquele momento em que as estétuas estavam sendo construidas e transportadas, seria possivel a invasao da ilha por algum primitivo poder bélico humano? Quanto aos motives pelos quais o povo daquela ilha teve tanto trabalho para construir e transportar aquelas centenas de gigantescas estatuas, muitos antropélogos ¢ etnologistas apresentaram suas hipoteses ligadas a fatores religiosos ¢ misticos, além daqueles que acreditam em uma funcionalidade desconhecida ligada aos antigos astronautas, mas uma teoria que provou ter um interessante fundamento partiu do professor brasileiro Francisco Soares, da Universidade Federal do Maranhao, engenheiro eletrOnico, que se dedicando, desde 1979, & pesquisa sobre equipamentos primitivos de computacao, como o abaco, uma tabua de célculos criada pelos chineses, chegou A civilizag&io inca, que possufa a mesma técnica com 0 quipu, feito de fios. E no rastro do quipu, Soares chegou 4 Ilha de Pascoa. onde ficou por Seis meses, e ao se deparar com as estdtuas gigantes, se questionou sobre qual foi o motivo da construgdo destas grandes estdtuas, sobre o porqué destas obras serem altas e de forma alongada e do porqué sé ocupavam a faixa costeira da ilha. Partindo-se da suspeita de que certa resposta serviria para seus questionamentos, com 0 auxilio do professor Anténio Oliveira, mestre em fisica e matéria condensada do Departamento de Fisica da Universidade Federal do Maranhao, Soares usou uma fonte de alta tensfio, uma campanula para fazer vécuo, e miniaturas das estétuas confeccionadas com o mesmo material dos Moais dispostas numa maquete da ilha para recriar em laborat6rio as condicdes necessarias para a simulacio de descargas elétricas naturais. Comprovou-se, desse modo, que as estétuas com chapéu atraiam todas as descargas elétricas, que eram absorvidas e distibuidas pelo corpo, sem danificé-las, além de verificar que no escuro, os chapéus, carregados de enetgia, ficavam iluminados, © que, segundo cle, explica os poderes magicos atribuidos aos Moais pelos natives da ilha. Francisco Soares concluiu que as estétuas tinham a fungio de pira-raios, para proteger o centro da ilha, onde ficavam as moradias ¢ lavouras de subsisténcia, Os construtores das estituas tinham um conhecimento empitico da Lei de Gauss (lei que determina o comportamento da distribuigdo de cargas elétricas espaciais sobre uma superficie dielétrica), pois a funco de para-raios s6 se tomou possivel por causa da forma dos chapéus das estétuas ¢ do material vulednico poroso com que foram confeccionadas, diferentes do material do corpo. Se fosse outro material utilizado, elas provavelmente seriam destru‘das pela primeira descarga 24 Uma civilizacao antiga ndo poderia por si sé conhecer algumas leis da natureza com a mera observacio dos fendmenos naturais? Somente nossa civilizagdo teria o privilégio de fazer suas proprias descobertas, sem 0 auxilio de extraterrestres? Devemos nos lembrar que a nossa atual tecnologia é, em boa parte, resultado das observagées feitas em tempos remotos, quando nossa propria civilizago era “primitiva”. Por isto, nao é de se surpreender quando encontramos evidéncias de que outras civilizagSes, que deixaram de existir, tenham feito suas descobertas cientificas e¢ desenvolvida objetos ou ferramentas para fins prdticos ¢ nado meramente misticos. Diante disto, podemos supor que os habitantes da Ilha de Pascoa tinham 6timas razdes para construir suas centenas de estdtuas. Estas razées poderiam incluir motivos misticos, religiosos ¢ artisticos, mas também razdes bem funcionais, objetivas e materiais, tais como protegao ¢ integridade fi Mais uma vez, existem explicagGes sensatas que excluem a necessidade de existéncia de alguma civilizagdo extraterrestre. Atlintida Os tinicos registros histéricos que se referem a Atlintida séo os didlogos Timeu ¢ Critias, do fildsofo grego Plato (427-347 a.C.). A Atlantida, segundo Plato seria uma ilha vastissima, perto das colunas de Hércules (estreito de Gibraltar), maior que a Asia Menor e a Lfbia juntas, e fora habitada pelos atlantes, descendentes de Atlas, filho de Poseidon {deus do mar). Os atlantes, regidos por leis justas, também eram riquissimos. Tinham empreendido a conquista do mundo mediterraneo, mas Atenas os repelira. A degeneracéo de seus costumes, fazendo com que se tornassem perversos ¢ gananciosos, provocou a ira de Zeus, um dos principais deuses gregos da Antiguidade, fazendo com que Atlintida desaparecesse em meio a terremotos ¢ tempestades. Nem mesmo Aristételes, discfpulo de Platio acreditava na existéncia de Atlintida, atribuindo tudo 4 imaginagao de seu mestre, e também as culturas antigas neoplat6nicas consideraram o relato sobre Atlantida um mero mito depois de diversas tentativas de identificar a ilha, mas alguns escritores antigos especularam sobre esta suposta ilha ¢ chegaram a criar histrias sobre sua origem e seu povo, tais como 0 renascentista inglés Francis Bacon, com a obra “New Adantis” (Nova Atlantida) e 0 sueco Olof Rudfec, que se valeu do mito para exaltar 0 patriotismo nordico. Por néio haver qualquer outro registro histérico além da citagdo de Platio sobre Atlantida, surgiram as mais fantasticas e infundadas declaragées sobre a civilizagio de Avantida, sendo que j4 foram publicados mithares de 25 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. pesquisa concluiu que os eranios foram feitos na Alemanha hé menos de dois séculos. A origem recente explica como eles foram feitos com ferramentas indisponiveis aos antigos Maias e Astecas Em 1992 o Instituto Smithsonian recebeu um cranio de cristal de uma fonte andnima, que afirmou que ele era um crinio de origem asteca que havia sido levado a cidade do México em 1960, porém a pesquisa feita pelo Instituto concluiu gue este cranio, e varios outros conhecidos entre os entusiastas do Movimento Nova Era e defensores da Teoria dos Astronautas Antigos, provieram de Eugene Boban, um francés de cariter duvidoso que comercializava antiguidades na Cidade do México entre 1860 e 1880 e que possivelmente adquiria os cranios de uma fonte alema. Jane MacLaren Walsh, do Instituto Smithsonian, concluiu que varios crinios de cristal mantidos em muscus foram fabricados entre 1867 ¢ 1886. Varios outros famosos crfinios de cristal tiveram histérias diibias quanto A sua origem, porém isto parece nfio abalar a fé dos seguidores do Movimento Nova Era, que acreditam nos poderes magicos destes objetos, ou dos que acreditam que tais objetos t&m origem extraterrestre, criando motivacdo para que tenham sido fabricados milhdes de outros cranios para os seguidores do Movimento Nova Era e 0 mercado de réplicas para museus. Além das evidéncias “desmistificadas” apresentadas até aqui, ha algumas ndo muito famosas, mas bem interessantes, pois, apesar delas ndo apresentarem claramente a existéncia de conhecimentos cientificos © tecnolégicos avangados, mostram narragGes de comportamentos bem parecidos com 0 comportamento do atual fendmeno OVNI e seus supostos tripulantes, 0 que geralmente difere da nossa concepcao do que vem a ser um astronauta. Estas evidéncias, devido suas caracteristicas bem especificas que nado permitem serem enquadradas perfeitamente dentro da arqueologia (ou ufoarqueologia), serdio apresentadas posteriormente neste livro, 28 CAPITULO I - A crenga na existéncia de vida extraterrestre e sua ligacdo com o fendmeno OVNI A Historia registra que a idéia da existéncia de mundos habitados, além da Terra, vem desde 0 tempo de Tales de Mileto (636-546 a.C,), que acreditava haver possibilidade de existirem estrelas com outros mundos. Seu discfpulo Anaximandro e posteriormente Plutarco (46-125 d.C.) tinham a mesma opiniio, embora este tiltimo pensasse que a Lua era habitada por demé6nios. No dia 17 de fevereiro do ano 1600 d.C, Giordano Bruno é queimado vivo numa fogueira da Inquisigao por ridicularizar alguns dogmas cat6licos e defender o heliocentrismo, infinidade do Universo e a tese de existéncia de varios mundos habitados, o que para a Igreja Catélica era considerado mais que suficiente para sua condenagao A morte, mas sua morte nao foi o suficiente para banir suas idéias, inclusive a crenga na possibilidade de existéncia de outros mundos habitados por seres inteligentes. Sua morte acabou causando um forte impacto favoravel A liberdade de pensamento em toda a Europa culta, servindo de incentivo ao progresso cientifico e filoséfico posterior. Diante da crenga na possibilidade de existéncia de outros mundos habitados por seres inteligentes. a humanidade pensou na possibilidade de que. de alguma forma, civilizacées alienégenas poderiam se comunicar com os habitantes de nosso planeta. Na tentativa de se comunicar com civilizagdes extraterrestres, 0 matemitico alemao Carl Friedrich Gauss (1777-1855) pretendia colocar_ na Sibéria um gigantesco campo de trigo no formato de um tridngulo-retingulo e pinheiros enfileirados que fariam um contorno que completaria a figura de um quadrado que pudesse ser visto do espaco, procurando demonstrar, sualmente, a alguma civilizagao extraterrestre, que na Terra hd seres imteligentes que conhecem 0 Teorema de Pitigoras. A idéia ndo se concretizou. Littrow (1781-1840) pretendia, com o mesmo objetivo, iluminar 0s canais do Saara com querosene. Em 1908, 0 americano William Pickering propés a utilizago de imensos espelhos parabélicos para projetar a luz, emitida por poderosas limpadas, em direcio a Marte para que os marcianos nos observassem através de seus telescépios. O Fisico sérvio Nikola Tesla (1856- 1943) afirmou, em 1901, ter captado sinais de radio provenientes de Marte © propés a construcdo de um posto de ridio interplanetario para manter contato com os mareianos. Em 1919, o fisico Guglielmo Marconi (ganhador do Prémio Nobel de 1909 por seus trabalhos no desenvolvimento da TSF - Telegrafia Sem Fio) captou emissdes espaciais que ele afirmou, dois anos depois, serem 29 provenientes de Marte. Em 1924, do dia 22 ao dia 25 de agosto, 0 Exército ea Marinha americanos mantiveram siléncio em suas comunicagSes de radio, pois naquele periodo Marte estava mais proximo da Terra e este procedimento eis transmissGes marcian: visava facilitar a escura de po: No ano de 1958 foi desenvolvida a tecnologia dos radiotelescépios, e em 8 de Abril de 1960, no radiotelescépio de Green Bank Observations, que conseguia captar apenas uma faixa de rédio por vez, 0 cientista americano Frank Donald Drake (1930-) tentow receber transmissdes de possiveis seres inteligentes de planetas pertencentes as estrelas Tau-Ceti e Epsilon Erandi, que se situam entre dez e onze anos luz de distincia de nosso planeta, ou seja, bem préximas em termos astrondmicos. A freqiiéncia escolhida foi 1.420 MHz (21 centimetros de comprimento de onda), sugerida pelos Astrénomos Giuseppe Cocconi ¢ Philip Morrison num artigo publicado na revista Nature em 19 de setembro de 1959. Essa freqiiéncia que corresponde 2 freqiiéncia natural das irradiagdes do dtomo de hidrogénio, que é a substincia mais abundante no Universo, sendo ainda hoje considerado légico que uma civilizagao que queira se comunicar com outra através do espago se utilize dessa freqiiéncia. Essa freqiiéncia € boa também para ser recebida na Terra, pois se encontra numa jancla de espectro das ondas de rédio em que a interferéncia devido as emiss6es da Galéxia e aos componentes moleculares da atmosfera da Terra & minima. O projeto se chamou Ozma, uma referéncia 4 lendaria rainha do distante pais de Oz, habitado por seres exticos e que nunca foi alcancado. Em Tau-Ceti, completo siléncio. Ao voltar radiotelesc6pio para Epsilon Erandi, um rufdo, mas que se apurou que vinha da Terra. Apés 150 horas de escuta, deu-se 0 projeto por encerrado, porém iniciou-se uma era de tentativas de contatos, onde radiotelesc6pios se tornaram a pega principal, com antenas parabolicas yoltadas para o céu, permanecendo ligados, ininterruptamente, yasculhando centenas de milhdes de freqiiéncias de rédio, apesar de ainda acreditar-se que 1.420 megahertz continua sendo a melhor freqiiéncia para uma civilizagdo que esteja procurando se comunicar por ondas de radio, pois além das vantagens j4 mencionadas, ela se encontra entre a faixa situada entre 1 000 e 10 000 megahertz. Essa area é a mais silenciosa do Universo, com menos interferéncias, o que leva a acreditar que qualquer civilizagao inteligente adote logicamente esta freqii¢ncia. Outra freqiiéncia considerada promissora é a de 1.666 megahertz, pois é a freqiiéncia emitida pela molécula de hidroxila (OH), formada de oxigénio ¢ hidrogénio resultantes da decomposigao da agua. Cada yez que uma dessas incontiveis moléculas se movimenta, ¢ isso ocorre a todo instante em todo o universo, libera uma infima quantidade de energia que é percebida pelos radiotelescépios, mesmo estando a milhares de anos-luz de distancia. Segundo os cientistas, seres extraterrestres inteligentes, cuja vida dependa da Agua em seu ambiente e em seus organismos, usariam esta freqiiéncia como marca registrada de uma forma de matéria que lhes é familiar 30 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. rapidamente. Isso causa uma distorg&o no recebimento da freqiiéncia, chamada Efeito Doppler. Este efeito é parecido com o ruido de um trem. Quando o trem esta se aproximando, seu ruido é agudo. Quando © trem passa e se distancia, 0 tuido torna-se mais grave. O mesmo ocorre nas transmissdes de sinais de radio que captamos. “O radiotelesedpio pode se confundir neste processo causando interpretacdes erréneas”". Em 1995, 0 computador Beta (Billion-channel Extraterrestrial Assay), da Universidade de Harvard, era capaz de fazer cerca de 40 bilhdes de cdlculos mateméticos por segundo e acompanhar dois bilhbes de canais de uma 86 vez. O equipamento podia identificar sinais dos ETs em qualquer ponto da galaxia Em 1999 iniciou-se 0 projeto SETI@home que, através de programas protetores de tela distribuidos via Internet, distribui dados para serem analisados pelo computador ocioso de qualquer internauta que tenha se yoluntariado a participar do projeto, fazendo com que cada computador doméstico se torne uma célula de um supercomputador. Em 2005 a capacidade de processamento deste projeto de computagao distribufda aleangou a poténcia de 162 teraFLOPS, equivalendo ao segundo computador mais potente do planeta. Em 2009, 0 projeto SETI@home completou dez anos de existéncia, com mais de 140 mil participantes e 235 mil computadores ativos e com a capacidade de computagao aumentando significativamente devido ao avango tecnolégico, mas, apesar disto tudo, nenhum sinal de vida inteligente foi captado até agora. Em mais de 40 anos vasculhando © espago sideral em busca de sinais inteligentes, apesar do recebimento de mais de uma centena de transmissdes, nenhum contato através da forma mais vidvel de comunicagiio (transmisses de radio), foi realizado, mas mesmo assim, muitos acreditam que existe vida inteligente em outros planetas. A base para esta crenca normalmente se da por especulagées, fatores culturais e certas linhas de raciocinio similares ao do fildsofo grego Metrodorus de Chios (400 a.C.), que concluiu que "a suposigdo de que ha apenas um mundo vivo no Universo é tdo antinatural quanto & existéncia de um tinico talo de trigo num vasto campo". O holandés Christian Huygens, um dos precursores da modema Astronomia, comentou, num livro de 1690: "Deus nao iria preencher 0 Universo inteiro com planetas desprovidos de criaturas vivas e capazes de adorar com fervor o seu Arquiteto Divino" Uma especulagao mais atual e aparentemente mais fundamentada em dados cientificos € chamada de Equagio de Drake. desenvolvida pelo cientista Frank Drake para prever a quantidade de civilizagdes em nossa galdxia que so capazes de se comunicar conosco. Este equacio envolve 7 fatores: aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. geraram a vida na Terra (criagio ou evolugio) podem ter se repetido em outros mundos, por isto, independente da polgmica “evolugao versus criagéio” ou da validade (ou nao) da Equagio de Drake, os cientistas procuram provas da exisiéncia destas civilizagdes tentando manter contatos, sendo ainda a forma mais comum, ¢ a mais promissora, 0 uso de radiotcleseépios para tentar captar qualquer transmissio de mensagens por ondas de rédio, porém, muitos acreditam na hipstese de alguma civilizagio de tecnologia muito desenvolvida poder nos visitar com 0 uso de espaconaves. Diante de tal possibilidade teérica, 0 fendmeno OVNI é considerado por diversos pesquisadores como uma forte evidéncia de que estamos sendo visitados por seres extraterrestres, porém, como qualquer outra teoria, esta hipStese tem que ser testada, avaliada e confrontada diante de outras teorias que explicam este fendmeno. Apesar do que foi apresentado até aqui, este livro é dedicado & andlise do fendmeno OVNI ¢ nao ao estudo da possibilidade de existéncia de vida inteligente fora da Terra. A primeira vista pode parecer que aqui ha uma contradigao, pois estes assuntos parecem fortemente interligados, sendo quase impossivel falar do fenémeno OVNI sem falar de extraterrestres, por isto, ainda vamos analisar esta suposta relagdo, mas no transcorrer da leitura de outros capitulos vamos verificar que o estudo do fenémeno OVNT e o estudo da existéncia de vida extraterrestre podem ser coisas bem distintas. Acreditar que os OVNI sio naves de origem alienfgena & apenas uma pressuposigao sustentada em argumentos frageis e altamente questionaveis, sendo uma teoria cuja forga esti apenas em sua popularidade e superficialidade, ndo sendo mais consistente que outras teorias que podem explicar o fendmeno OVNI.

Vous aimerez peut-être aussi