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O documento resume uma aula sobre corrosão-cavitação ministrada por Prof. Sérgio R. Barra. A aula abordou o conceito de corrosão sob solicitação mecânica e classificou os diferentes tipos, incluindo a corrosão-cavitação. Em seguida, explicou o mecanismo de formação da cavitação e os danos causados. Por fim, discutiu a importância do estudo do mecanismo de cavitação e apresentou métodos para simular e avaliar o desempenho de materiais sob cavitação.
O documento resume uma aula sobre corrosão-cavitação ministrada por Prof. Sérgio R. Barra. A aula abordou o conceito de corrosão sob solicitação mecânica e classificou os diferentes tipos, incluindo a corrosão-cavitação. Em seguida, explicou o mecanismo de formação da cavitação e os danos causados. Por fim, discutiu a importância do estudo do mecanismo de cavitação e apresentou métodos para simular e avaliar o desempenho de materiais sob cavitação.
O documento resume uma aula sobre corrosão-cavitação ministrada por Prof. Sérgio R. Barra. A aula abordou o conceito de corrosão sob solicitação mecânica e classificou os diferentes tipos, incluindo a corrosão-cavitação. Em seguida, explicou o mecanismo de formação da cavitação e os danos causados. Por fim, discutiu a importância do estudo do mecanismo de cavitação e apresentou métodos para simular e avaliar o desempenho de materiais sob cavitação.
Tpico I: Corroso-Cavitao (solicitao mecnica x eletrlito)
Docente: Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Materiais Curso de Especializao em Metalurgia da Fundio Perodo: 22 a 24/05/14 Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. ndice (contedos abordados): Referncias bsicas: BARRA, S. Rodrigues. Influncia dos Procedimentos de Soldagem Sobre a Resistncia Cavitao de Depsitos Obtidos com a Utilizao de Arames Tubulares de Aos Inoxidveis Ligados ao Cobalto; GEMELLI, Enori. Corroso de Materiais Metlicos e Sua Carcaterizao; KOU, Sindo. Welding Metallurgy; WAINER, Emilio. Soldagem: Processos e Metalurgia; MESSLE R, R.. Principles of Welding: Processes, Physics, Chemistry, and Metallurgy; ASM International. ASM Handbook. Volume 13A. Corrosion: Fundamentals, Testing, and Protection; ASM International. ASM Handbook. Volume 13B. Corrosion: Materials; ASM International. ASM Handbook. Volume 13C. Corrosion: Environments and Industries; JAMBO, Hermano. Corroso: Fundamentos, Monitorao e Controle. GENTIL, Vicente. Corroso; Revista Corroso & Proteo; Corrosion Tests and Standards - Application and Interpretation; BABOIAN, Robert. Corrosion Journal; Wear Journal; Journal of Friction and Wear. Consultas/dvidas: barra@ct.ufrn.br Classificao dos tipos de corroso por solicitao mecnica Conceito de cavitao Mecanismo de formao Princpios dos ensaios de cavitao Corroso: Introduo Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao O que a corroso sob solicitao mecnica? o mecanismo de degradao que se processa a partir do efeito combinado de uma solicitao mecnica (desgaste ou fadiga) e de um meio corrosivo caracterstico. Neste caso, na ausncia da solicitao mecnica o fenmeno pode no se manifestar ou ser menos severo. Como se agrupam os processos de corroso sob solicitao mecnica? a) Fragilizao pelo hidrognio (H dissolvido x forma de carregamento) b) Corroso sob tenso (material x meio corrosivo especfico x forma de tenses atuante x tempo x pH x temperatura) c) Corroso sob fadiga (todos os metais submetidos a carregamento cclico e meio corrosivo) d) Corroso-Eroso (impacto sobre a superfcie x escoamento turbulento x meio especfico) e) Corroso-Cavitao (onda de presso e/ou jato decorrente da imploso de bolhas de gs em um determinado meio) f) Abraso (alta ou baixa tenso) e atrito entre superfcies (movimento relativo oscilatrio de peque amplitudo fretting) Imagem: The Multimedia Corrosion guide Imagem: TWI Imagem: David French Imagem: Copper Development Association Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao So processos corrosivos (degradao) que relacionam o dano na superfcie (pea) com a evoluo e a forma do seu desgaste. A combinao de solicitao mecnica com a presena de uma soluo corrosiva pode ter um efeito significativo sobre a vida em servio de uma pea. Em todos mecanismos, o incremento na taxa de corroso ser funo de perturbao ou destruio da pelcula de superfcie de proteo e/ou revestimento. Na abraso, os produtos de corroso catalisam o desgaste e o dano final na superfcie. Relao entre os mecanismos degradao por eroso, cavitao e abraso Castro et al. (2011) Representao esquemtica do mecanismo de eroso de uma superfcie (Jonathan Fan et al.) Corroso por cavitao da parede interna de um tubo de ao carbono (ASM Handbook. Vol 13). Desgaste por abraso em uma camisa rlo de moenda (Castro et al , 2011). Conceito Corroso-Cavitao (ou eroso por cavitao) corresponde a uma degradao progressiva de uma superfcie sob a ao combinada de corroso (meio especfico) e do impacto de ondas de presso e/ou de jatos decorrentes da imploso de bolhas de vapor bolhas de cavitao (Barra, 1998; Gemelli, 2001). A origem do termo eroso por cavitao est associada a juno de dois fenmenos fsicos, o de cavitao ( do latim: cavus = cavidade) e o do desgaste erosivo. Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao Se a cavitao causar a perda acelerada da camada passivadora e se a taxa de retirada for superior taxa de formao desta camada, ento o tipo degradao referenciada como corroso por cavitao. Por outro lado, se a perda de material estiver relacionada apenas ao processo de fadiga ocorrendo na superfcie exposta, ento esta ser referida como eroso por cavitao. Dano por cavitao nas ps de uma turbina francis (Fonte: Brennen et al.) Imagem: EWRE Queda local da presso parcial dos vapores ou gases, dissolvidos no lquido, a valores iguais ou inferiores presso de vaporizao quela temperatura, como resultado de vibrao (cavitao por vibrao) ou de um fluxo turbulento (cavitao por fluxo); Formao de bolhas preenchidas por gases ou vapores ou por ambos; No decorrer do fluxo, incremento abrupto da presso do lquido induzindo imploso ou microjatos; Na fase lquida, idealmente, estas imploses ocorrero concentricamente, ocasionando rudos indesejveis devido a vibraes locais. Os colapsos por imploses ou por microjatos liberam nveis elevados de energia. Ondas de presso na ordem de 10 6 a 10 9 Pa e velocidades acima de 1000 m/s (microjatos com alguns m de dimetro) tenses cclicas acima do limite elstico (fadiga x depassivao x repassivao). Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. O mecanismo de formao Consideraes: Em relao formao de cavidades (bolhas), estas, tambm, podem ser formadas pelo aumento da temperatura do fludo (ebulio). Haver, entretanto, situaes onde a distino entre os fenmenos geradores das cavidades tornar-se- difcil; A formao das bolhas depende da rugosidade do substrato (possvel atenuao) e do incremento da temperatura (aerao x presso de vapor); O mecanismo de degradao por cavitao um fenmeno predominantemente mecnico (incrementado por condies eletroqumicas). Corroso: Corroso-Cavitao Descrio do processo de cavitao (Corroso por cavitao x Eroso por cavitao)
Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Diagrama esquemtico do processo de erosivo. Fonte: Barra (1998) Corroso: Corroso-Cavitao Modelo caracterstico do processo de formao e colapso de uma bolha, onde (a) colapso produzindo uma onda de choque e (b) colapso produzindo um microjato. Fonte: Barra (1998) Carcaterizao dos danos causados pela cavitao: a) Cavidades superficiais. b) Ausncia de produtos de corroso na superfcie. c) Ocorrncia do ataque em reas muito bem definidas (fcil visualizao entre a fronteira area afetada x area no afetada). d) Numa mesma seo, significativa diferena na intensidade de ataque sobre as superfcies expostas. Fonte: Ahmad (2006) Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao Qual a importncia do estudo do mecanismo de cavitao? Desenvolvimento de mtodos que possam prever o comportamento erosivo do material frente cavitao, ou tornar mais claro o comportamento do substrato durante o perodo de incubao (perodo em perda de massa desprezvel) avaliao qualitativa?! Incubao tempo durante o qual modificaes no aspecto superficial (microdeformaes) tomam lugar sem uma significante ocorrncia de perda de massa (taxa erosiva nula ou desprezvel). Quantitativamente definido como a intercesso no eixo de tempo, de um linha tangente a mxima inclinao da curva;
Acelerao o material previamente deformado ao continuar absorvendo energia de impacto dos colapsos origina microtrincas e comea a apresentar um processo gradual de perda de massa;
Mxima taxa erosiva o processo de perda de massa atinge o seu mximo e permanece constante;
Atenuao etapa posterior ao ponto de mxima taxa erosiva. A rugosidade caracterstica desta etapa absorve parte da energia de impacto, provocando uma queda na taxa erosiva;
Estabilidade nesta etapa a taxa erosiva torna-se quase constante (regime permanente). Curvas caractersticas da evoluo da perda de massa e parmetros para a representao da taxa de eroso cumulativa (a) e taxa erosiva instantnea, em materiais sujeitos cavitao (b). A faixa compreendi entre os perodos de acelerao e atenuao determina o estgio transitrio. Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao Empregando infraestrutura laboratorial normatizada para a a simulao do processo de cavitao. Exemplos: a) Ensaio de disco rotativo Consiste de um disco giratrio imerso em gua (ou fluido especfico) submetido a determinada velocidade angular ( ); Furos, radialmente distribudos na face do disco, induzem a reduo da presso local nas cavidades. A reduo local da presso geram as bolhas (zonas cavitao). O colapso das bolhas nas zonas de cavitao ocorre na vizinhana da superfcie das amostras (fixadas no dispositivos). (a) Representao do ensaio de cavitao por disco rotativo e (b) detalhe do corpo de prova (Keil et al., 2011). Como se avalia o desempenho de um substrato frente ao processo de cavitao? (a) (b) Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao b) Ensaio de jato d`gua O dispositivo impe o impacto de um jato / gotas (presso/velocidade/rea) sobre a superfcie do corpo de prova (o desgaste de superfcies aerodinmicas, impacto com gostas de chuva, um exemplo deste tipo degradao); Para alterar a velocidade de impacto as amostras de material so posicionados em diferentes raios (espcimes so atingidos pela gua jato cada revoluo). Imagem: Chahine et al. (2014) Imagem: Shuji Hattori (2010) Imagem: Shuji Hattori (2010) Norma de referncia: ASTM G134 . Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao c) Cavitao de tnel (sistema venturi) O mecanismo de cavitao produzido pela passagem (escoamento) do fludo por um venturi ou por uma obstruo em um circuito hidrulico que provoca a queda local de presso (formao de bolhas). As bolhas de cavitao so arrastadas pelo fluido, em regime turbulento, para regies de menor velocidade (diminuio da presso x imploso); Este teste possui aplicao na simulao acelerada do processo erosivo envolvendo cavitao por fluxo ( o ensaio que mais se aproxima da condio real e permite visualizao das bolhas e medidas eletroqumicas); Velocidade do fluido na ordem de 50 m/s Relao entre a presso local e a respectiva velocidade p 1 .v 1 = p 2 .v 2 v crit = [(2. crit / .f)] 1/2
Parmetros influentes: Rugosidade Velocidade de escoamento (v) Geometria do duto (instalao) Composio qumica do substrato Caractersticas do eletrlito (por exemplo, oxignio dissolvido, densidade, outros) Temperatura (presso de vapor x solubilidade do agente corrosivo - oxignio)
Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao c) Mtodo vibratrio O ensaio produz danos na superfcie do material por meio da flutuao da presso no fludo, gerada pela vibrao em alta frequncia, diretamente no espcime (mtodo direto) ou pela vibrao de um corpo de sacrifcio (geralmente com alta resistncia cavitao) sobre o espcime a ser testado, posicionado de forma estacionria a uma distncia pr-estabelecida (mtodo indireto). O teste possui maior aplicao em funo de seu baixo custo e pela facilidade do controle dos importantes parmetros envolvidos no processo de simulao da cavitao, a partir da aplicao de sonotrodos ultrasnicos transdutor piezoeltrico energia eltrica x energia mecnica (at 20 kHz e amplitude pico-a-pico de 0,05 mm)
Durante os ensaios, os corpos de prova so imersos em um fludo de teste ( gua destilada, glicerina, derivados de petrleo, mercrio, sdio, etc.). Representao do ensaio acelerado de cavitao. (a) Mtodo direto e (b) mtodo indireto. Fonte (Barra, 1998) (a) (b) Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao Norma de referncia: ASTM G32 - Standard Test Method for Cavitation Erosion Using Vibratory Apparatus Parmetros influentes: Material (tamanho de gro, energia de falha de empilhamento, composio qumica, resistncia corroso, pontos de ancoramento, defeito superficial, outros) Distncia corpo de prova sonotrodo (mtodo indireto). Montagem do corpo de prova (o mtodo indireto provoca perda de severidade de aproximadamente 40%, quando comparado com o mtodo direto). Variao da temperatura do fludo (temperatura padro de ensaio de 25 0 C) cada 1 0 C de aumento na temperatura do fludo dar como resposta um aumento na taxa erosiva em torno de 1 a 2%. A norma recomenda que o ambiente de ensaio no apresente variao superior a 6% da presso padro (101,3 kPa).
O ensaio de cavitao mtodo vibratrio
Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao Resultados do ensaio acelerado de cavitao mtodo vibratrio
Srgio R. Barra, Dr. Eng. Corroso: Corroso-Cavitao Formas de controle Nas fases de projeto e de construo de turbomquinas hidrulicas verifica-se que as possibilidades de eliminao por completo do fenmeno de cavitao, a partir de modificaes de projeto ou ainda por mudanas nas caractersticas operacionais dos equipamentos, so limitadas. Caminhos possveis: Seleo de material adequadamente resistente condio de servio prevista em projeto. Diferena entre a performance obtida em escala reduzida em relao s condies reais de escala e operao. Controle do ndice de cavitao ou ndice de Thoma atravs dos parmetros de projeto. Modificao na forma (alongando) e no nmero de palhetas, que se traduz em perda de eficincia e potncia especfica da mquina. Injeo de ar nas zonas de baixa presso, contudo, a quantidade injetada depender do regime imposto turbina. Polarizao catdica (colcho de bolhas de H 2 ), inibidores de corroso ou revestimento. Consideraes (Rebello e Hhne, 1991): Modificaes, buscando a eliminao do fenmeno de cavitao, trazem consigo o inconveniente comum de reduo na eficincia e na potncia das mquinas hidrulicas. Olhando pelo lado da produo (eficincia e potncia) interessante, portanto, admitir um determinado grau de ocorrncia da cavitao, vislumbrando a possibilidade de se reparar as reas erodidas nas paradas para manuteno ou ento que se garanta uma elevada resistncia aos danos causados pela cavitao, atravs do emprego de materiais metlicos especiais na forma de fundido ou de camada depositada. Onde buscar informaes sobre a rea de soldagem?
ABRACO (http://www.abraco.org.br/site/) NACE International (https://www.nace.org/ ) ASM International (http://asmcommunity.asminternational.org/portal/site/asm/) American Welding Society - AWS (www.aws.org/) Portal de Peridicos CAPES (www.periodicos.capes.gov.br/) ABENDI (http://www.abendi.org.br/abendi/) Corrosion Prevention Association - CPA (http://www.corrosionprevention.org.uk/) World Corrosion Organization (http://www.corrosion.org/) Institute of Corrosion (http://www.icorr.org/) International Corrosion Council (http://www.icc-net.org/ICCmembers_Japan.html) CorrosionCost.com (http://corrosionda.com/home.html) Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. Contato: barra@ct.ufrn.br Corroso: Corroso-Cavitao Curso de Especializao em Metalurgia da Fundio Obrigado pela ateno! Contato com a Coordenao: Coordenao do Curso de Especializao em Metalurgia da Fundio. Departamento de Engenharia de Materiais - DEMat/UFRN Av. Senador Salgado Filho, 3000 - Campus Universitrio Lagoa Nova - Natal/RN - CEP: 59072-970 E-mail: barra@ct.ufrn.br Contato com o docente: Prof. Srgio R. Barra, Dr. Eng. E-mail: barra@ct.ufrn.br
Influência Dos Procedimentos de Soldagem Sobre A Resistência À Cavitação de Depósitos Obtidos Com A Utilização de Arames Tubulares de Aços Inoxidáveis Ligados Ao Cobalto