Como uma imensa e rutilante cobra De epiderme finssima de areia... E por essa finssima epiderme Eis-me passeando como um grande verme Que, ao sol, em plena podrido, passeia! A agonia do sol vai ter come!o! Caio de "oelhos, tr#mulo... $fere!o %reces a Deus de amor e de respeito E o ocaso &ue nas 'guas se retrata (itidamente reproduz, e)ata, A saudade interior &ue h' no meu peito. *enho alucina!+es de toda a sorte... ,mpressionado sem cessar com a -orte E sentindo o &ue um l'zaro no sente, Em negras nuan!as l.gubres e aziagas /e"o terribilssimas adagas, Atravessando os ares bruscamente. $s olhos volvo para o c0u divino E observo-me pigmeu e pe&uenino Atrav0s de min.sculos espelhos. Assim, &uem diante duma cordilheira, %'ra, entre assombros, pela vez primeira, 1ente vontade de cair de "oelhos! 1oa o rumor fatdico dos ventos, Anunciando desmoronamentos De mil la"edos sobre mil la"edos... E ao longe soam tr'gicos fracassos De her2is, partindo e fraturando os bra!os (as pontas escarpadas dos rochedos! -as de repente, num enleio doce, Qual se num sonho arrebatado fosse, (a ilha encantada de Cipango tombo, Da &ual, no meio, em luz perp0tua, brilha A 'rvore da perp0tua maravilha, A cu"a sombra descansou Colombo! 3oi nessa ilha encantada de Cipango, /erde, afetando a forma, de um losango, 4ica, ostentando amplo floral risonho, Que *oscanelli viu seu sonho e)tinto E como sucedeu a Afonso Quinto 3oi sobre essa ilha &ue e)tingui meu sonho! 5embro-me bem. (esse maldito dia $ g#nio singular da 3antasia Convidou-me a sorrir para um passeio. ,ramos a um pas de eternas pazes $nde em cada deserto h' mil o'sis E em cada rocha um cristalino veio. 6ozei numa hora s0culos de afagos, 7anhei-me na 'gua de risonhos lagos, E finalmente me cobri de flores... -as veio o vento &ue a Desgra!a espalha E cobriu-me com o pano da mortalha, Que estou cosendo para os meus amores! Desde ento para c' fi&uei sombrio! 8m penetrante e corrosivo frio Anestesiou-me a sensibilidade E a grandes golpes arrancou as razes Que prendiam meus dias infelizes A um sonho antigo de felicidade! ,nvoco os Deuses salvadores do erro. A tarde morre. %assa o seu enterro!... A luz descreve ziguezagues tortos Enviando 9 terra os derradeiros bei"os. %ela estrada feral dois reale"os Esto chorando meus amores mortos! E a treva ocupa toda a estrada longa... $ 3irmamento 0 uma caverna oblonga Em cu"o fundo a /ia-5'ctea e)iste. E como agora a lua cheia brilha! ,lha maldita vinte vezes a ilha Que para todo o sempre me fez triste!