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A Bolha

Em Coimbra, alguns estudantes divertiam-se fazendo pardias a "Os Lusadas". (Resposta Niveleida,
ao Espectculo' e ao Nvel Acadmico,
trs sensaborias distintas e nenhuma de jeito)
Por
Assim o querem assim o tm:

Os grandes paspalhes assinalados,
Que nas reunies da Academia
Foram solenemente apepinados
Por sua telha ou sua fidalguia,
Que nas guerras das mocas esforados
Mais do que a fora humana permitia
No Teatro Acadmico asnearam
Tolices de que todos se espantaram;
E tambm as faanhas gloriosas
Dos Cabrais e Waldecks e quejandos,
Que noite, com as vozes mais fanhosas,
andam o nvel a pedir em bandos;
E as diablicas frias deliciosas
De certos quintanistas memorandos,
Cantando espalharei por toda a parte.
H-de-se rir o mundo at que farte.
musa da ironia e da arruaa,
Que tens excepcionais o gesto e o peito,
Vira-te para mim e pe-te a jeito
De inspirar um poema de chalaa;
Quero um poema esplndido, perfeito.
Que vos celebre e que subir vos faa,
Num pulo s, da glria mor altura,
Cavaleiros da mais triste figura!
Haviam sido h pouco apepinados
Os meus heris, que andavam murmurando
Que na Trindade ou para aqueles lados
Se estava contra eles conspirando,
Quando uma noite andando endiabrados
Pela Feira sobre isto conversando, Uma moca que os ares escurece
Sobre as suas cabeas aparece.

Viu-se o Waldeck! Vinha carregado
Com a moca que ps a todos medo.
Ai rapazes!, bradou, venho estafado
Qual se trouxesse s costas um rochedo!
Deixai-me descansar s um bocado
Para depois contar-vos um segredo.
E diziam os outros: Co'esta moca
'Stamos seguros, pois ningum nos toca.

Autor: Trindade Coelho ((1861-1908)
Editado por: nicoladavid
http://www.nicoladavid.com/literatura/trindade-coelho-1861-1908/a-bolha

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