para falar ao coração, são necessárias obras” (Sermões, 1959, t. I, p. 15).
ERRO —“Nenhum homem é tão sábio, que não
esteja sujeito a errar” (Sermões, 1959, t. IV, p. 13). —“Os erros e as ignorâncias, é certo que são muitos mais que as ciências, porque para saber e acertar não há mais que um caminho, e para errar, infinitos” (Sermões, 1959, t. VIII, p. 209).
ESPERANÇA — O não “mata a esperança, que é o último
remédio que deixou a natureza a todos os males” (Sermões, 1959, t. III, p. 278). —“As esperanças que tardam, tiram a vida” (História do Futuro, 2a. ed., p. 59; Imprensa nacional — Casa da Moeda). —“Esperança: última âncora da vida” (Sermões, 1959, t. V, p. 265).
ESPERAR —“Não há maior tormento no mundo que o
esperar” (Sermões, 1959, t. V, p. 210).
JUSTIÇA —“Ao mesmo Demônio se deve fazer justiça,
quando ele a tiver” (Sermões, 1959, t. III, p. 329). —“Não hei de pedir pedindo, senão protestando e argumentando; pois esta é a licença e liberdade que tem quem não pede favor senão justiça” (Sermões, 1959, t. XIV, p. 302).
LIVRO —“O livro é um mudo que fala; um surdo
que responde; um cego que guia; um morto que vive; e não tendo ação em si mesmo, move os ânimos e causa grandes efeitos” (Sermões, 1959, t. X, p. 57).
OLHOS —“Os olhos têm dois ofícios: ver e chorar; e
mais parece que os criou Deus para chorar, que para ver, pois os cegos não vêem e choram” (Sermões, 1959, t. IV, p. 274).
OPINIÃO —“Até entre os anjos pode haver variedade
de opiniões, sem menoscabo de sua sabedoria, nem de sua santidade” (Sermões, 1959, t. IV, p. 216).
PALAVRA —“Quem fala muito não pode ser verdadeiro
em tudo” (Cartas, 1971, t. I, p. 110). PALAVRA, — “É cousa tão natural o responder, que até SILÊNCIO os penhascos duros respondem e para as vozes têm ecos. Pelo contrário, é tão grande violência não responder, que aos que nasceram mudos fez a natureza também surdos, porque se ouvissem, e não pudessem responder, rebentariam de dor” (Cartas, 1971, t. III, p. 572).
PEDIR —“A mais dura cousa que tem a vida é
chegar a pedir e, depois de chegar a pedir, ouvir um não: vede o que será?” (Sermões, 1959, t. III, p. 278).
TEMPO —“Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer,
tudo gasta, tudo digere, tudo acaba” (Sermões, 1959, t. IV, p. 289).