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COMENTÁRIO CRÍTICO

Introdução:

Seleccionei, para analisar e fazer o comentário crítico, o Relatório de Avaliação


Externa do Agrupamento de Escolas Dr. João Lúcio, de Olhão.
Não conheço o referido Agrupamento (nem praticamente nenhum dos que foram
avaliados em 2008/2009), pelo que foi uma escolha perfeitamente aleatória.
Reportei-me ao transacto ano lectivo, por ser o mais próximo do momento actual.

Comentário crítico:

Após analisar detalhadamente o supra citado Relatório, constatei que apenas duas
vezes a BE/CRE foi referida, quando, a meu ver, ela devia estar presente nos cinco
domínios que foram alvo da avaliação, uma vez que os Domínios da auto-avaliação da
BE e a sua missão perpassam por todos eles. Vejamos:

1. RESULTADOS

Neste âmbito, o resultado da auto-avaliação da BE deveria ser mencionado, no que


concerne a:
- no ponto 1.1, o seu contributo para o sucesso académico e para a diminuição do
abandono escolar;
- no ponto 1.2, a sua acção em prol da identificação dos alunos com a escola e na
transmissão de valores (“o respeito pelos outros, o espírito de solidariedade, a
responsabilidade pelo bem estar dos outros e a convivência democrática”);
- no ponto 1.3, a manutenção das regras de comportamento e disciplina da escola em
geral e da BE, em particular;
- todos os itens do ponto 1.4, em que a BE tem um papel importante a desempenhar.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

No ponto 2.1, são referidas as interacções positivas da BE/CRE, no entanto também


ela devia ser incluída na excelência das suas metas e objectivos ao nível dos processos e
dos resultados, visto que o seu trabalho se deve ligar directamente ao dos departamentos
curriculares.
Para além do mencionado, os serviços da BE deviam estar igualmente patentes nos
pontos:
2.3 – apoio às necessidades educativas especiais e às dificuldades de aprendizagem;
2.4 – valorização das dimensões culturais, sociais e artísticas; estímulo, nos alunos,
da valorização do conhecimento e da importância da aprendizagem contínua; adopção,
pelos mesmos, “de critérios de profissionalismo, de exigência, de obrigação de prestar
contas, a todos os níveis”.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

A este nível, os resultados da auto-avaliação da BE deviam constar dos três últimos


itens, a saber:
3.3 – em termos de recursos, espaços e equipamentos acessíveis e bem organizados e,
no aspecto seguinte ( garantia de acesso a todo o Agrupamento, neste caso, aos serviços
da BE e a tudo o que ela pode proporcionar), ela também devia ser mencionada;
3.4 – o conhecimento que os pais e E.E. têm de “como se trabalha na escola” e “são
apoiados para saber motivar e trabalhar com os alunos em casa”, nomeadamente no que
diz respeito à leitura; como é promovida a participação das famílias/E.E. nas actividades
da escola, concretamente da BE.
3.5 – aqui surge a segunda menção à BE no Relatório da IGE, embora no primeiro
aspecto ela pudesse ser igualmente referida, uma vez que a BE se deve pautar pela
equidade e justiça, procurando para cada caso a solução mais adequada, evitando as
soluções fáceis.

4. LIDERANÇA

Neste Domínio também existem itens em que a BE pode ser referenciada:


4.2 – a questão da liderança do professor bibliotecário, o qual deve conhecer bem a
sua área de acção, ter uma estratégia, estar motivado, ser incentivado a tomar decisões e a
responsabilizar-se por elas;
4.3 – a BE deve igualmente ser avaliada pela sua “abertura à inovação e capacidade
de mobilizar ao apoios necessários para a tornar consistente” e pela busca de “novas
oportunidades que lhe permitam trilhar caminhos de excelência”;
4.4 – em todos os itens deste ponto, a referência à BE tem todo o cabimento.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DA ESCOLA

No que diz respeito aos dois itens que constituem este Domínio avaliativo da escola,
em ambos a BE/CRE participa activamente e contribui com os dados da sua auto-
-avaliação, visto que os aspectos referenciados são comuns à escola em geral e à BE,
como estrutura que é desse todo. Como tal, parece-me evidente que a referência à BE não
pode deixar de acontecer.
Conclusão:

Pelo exposto, creio que as referências à BE deste Agrupamento foram assaz


escassas, talvez porque o MAABE ainda não esteja completamente implementado e,
como tal, não se torna visível “a análise e reconhecimento do papel da BE a nível da
auto-avaliação da escola” e, subsequentemente, a sua inclusão “na informação prestada
às equipas de avaliação externa, tendo em vista a sua valorização, desenvolvimento e
melhoria” é insuficiente, o que é lamentável, pois permanece na sombra o valor do
trabalho que as BE executam e o reflexo desse trabalho para a melhoria da
escola/agrupamento em que se inserem.

A Formanda

Luísa Simões

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