Em suas consideraes sobre a fotografia, Barthes (1984) observa trs envolvido
no processo de produo da fotografia: o Operator, o Spectator e o Spectrum. Operator definido como aquele que ser responsvel direto por produzir a fotografia: o fotgrafo; Spectator, de acordo com Barthes (1984, p. 23), somos todos ns que consultamos nos jornais, nos livros, lbuns e arquivos, coleces de fotografia, ou seja, o espectador da fotografia, aquele que visualizar o trabalho do Operator. Ainda na esteira do autor, Spectrum refere-se ao alvo do Operator, o que fora retratado na imagem fotogrfica.
E aquele ou aquilo que fotografado o alvo, o referente, uma espcie de pequeno simulacro, de eidlon emitido pelo objeto, a que podeia muito bem chamar-se o Spectrum da Fotografia, porque esta palavra conserva, atravs da raiz, uma relao com o <<espetculo>> e acrescenta-lhe essa coisa um pouco terrvel que existem em toda a fotografia: o regresso do morto (BARTHES, 1984).
na essncia do Spectrum que surgem interpretaes das mais diversas subjetividades. A elas o autor define duas categorias: a do studium e a do punctum.
O studium e o punctum na fotografia Apresentados por Roland Barthes no livro "A cmara clara", os conceitos de studium e punctum explicam as interpretaes objetivas e subjetivas do espectador quando em contato com a fotografia. O studium uma caracterstica pregnante na fotografia e que ajuda a entend-la pelo Spectator (como Barthes define o espectador da foto). Em um contexto mais amplo, pode ser entendido como um elemento objetivo que ajudar na identificao da foto. o studium, que no quer dizer, pelo menos de imediato, estudo, mas a aplicao a uma coisa, o gosto por algum, uma espcie de investimento geral, adoroso, verdade, mas sem acuidade particular (BARTHES, 1984, p. 45). J o punctum diz respeito ao elemento subjetivo da fotografia. Trata-se daquilo que pessoal e instransfervel na viso do Espectator, uma vez que poder ser visto por um, mas no por outro. ele (o punctum) que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 46). Estes elementos tornam-se fulcrais quando as fotografias so estudadas nas suas produes de sentido.