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GEMMR – Matéria Médica de Boericke – Colaboração: Cristina Martins

ABIES CANADENSIS – Hemlock Spruce (Abeto Canadense)

As mucosas são afectadas pelo Abies canadensis havendo sintomas gástricos


acentuados, e se produzindo condições catarrais no estômago. Há desejos peculiares e
sensações de frio, muito características, especialmente em mulheres com deslocamento
do útero; provavelmente devido a nutrição deficiente, com debilidade. Respiração acção
cardíaca laboriosas. Quer ficar deitada o tempo todo; pele fria e pegajosa, mãos frias;
muita fraqueza. Sente o pulmão direito e o fígado pequenos e duros. Corrimento.

Cabeça – Sente tontura, vertigem, irritação.


Estômago – Fome canina com o fígado entorpecido, Mal-estar, fome, sensação de
fraqueza no epigastro. Muito apetite, querendo carne, pickles, rabanete, nabo,
alcachofra, comida grosseira. Tendência para comer muito mais do que pode digerir.
Ardor e distensão no estômago e no abdómen com palpitações. A flatulência perturba a
acção do coração. Dor na omoplata direita, e prisão de ventre, com o recto ardendo.
Órgãos femininos – Deslocamentos do útero. Sensação de dor no fundo do útero,
aliviada pela pressão. Prostração; quer ficar deitada o tempo todo. Imagina que o útero
está mole e fraco.
Febre – Calafrios, como se o sangue fosse água gelada [Acon.]. O frio desce para as
costas. Sensação de água fria entre os ombros. [Ammon. mur] Pele pegajosa e viscosa.
Suores nocturnos [China].
Dose – Primeira à terceira dinamização

2 – ABIES NIGRA – Black Spruce (Abeto negro)

Um remédio poderoso de acção duradoura, em várias formas de doenças, sempre que


estão presentes os sintomas características no estômago. A maior parte dos sintomas
está ligada a perturbações gástricas. Nas perturbações dispépticas dos velhos, com
sintomas funcionais no coração; também depois de chá ou fumo. Prisão de ventre. Dor
no meato externo.

Cabeça – Quente, com as bochechas ruborizadas. Desanimado. Apático durante o dia,


sem sono à noite. Incapaz de pensar.
Estômago – A dor no estômago começa sempre depois de comer. Sensação de um
caroço que machuca, como se um ovo se tivesse alojado na extremidade cardial do
estômago; constrição perturbadora constante exactamente acima da boca do estômago,
como se tudo estivesse preso em cima. Completa perda de apetite pela manhã mas com
muita vontade de comer no meio do dia e à noite. Mau hálito. Arrotos.
Peito – Sensação dolorosa, como se alguma coisa estivesse alojada no peito e tivesse
que ser cuspida fora; sente compressão nos pulmões. Sensação de sufocar na garganta.
Dispneia; piora deitado; dor cortante aguda no coração; acção do coração lenta e
pesada; taquicardia, bradicardia.
Costas – Dor nos flancos. Dores reumáticas e dores nos ossos.
Sono – Sem sono e inquieto à noite, com fome. Maus sonhos.
Febre – Calor e frio alternadamente; febre intermitente crónica, com dor no estômago.
Modalidades – Piora depois de comer
Relacionamento – Comparar com: (caroço no estômago – China, Bryon. Pulsat.)
também outras coníferas – Thuya, Sabina, Compressus (indigestão dolorosa) também
Nux vómica, Kali carbónico
Dose – Primeira à trigésima dinamização

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3 – ABROTANUM – Southernwood (Abrotano)

Um remédio muito útil em marasmo, especialmente só das extremidades inferiores,


embora com bastante apetite. Metástase. Reumatismo depois de supressão da diarreia.
Maus efeitos da supressão de perturbações, especialmente nos pacientes com gota.
Peritonite tuberculosa. Pleuris exudativa e outros processos exudativos. Depois de
operação no peito para hidrotorax ou empiema, quando persiste uma sensação de
compressão. Agravação de hemorróidas quando o reumatismo melhora. Sangue pelo
nariz e hidrocele em meninos. Muita fraqueza depois da gripe [Kali phos].

Mente – Rabujento, irritado, com ansiedade, deprimido.


Rosto – Enrugado, frio, seco, pálido. Olheiras azuis em volta dos olhos sem expressão.
Cravos, com emagrecimento. Sangue pelo nariz. Angioma no rosto.
Estômago – Mau gosto na boca. Bom apetite, mas o emagrecimento continua. A
comida passa indigerida. Dor no estômago; pior à noite; dor cortante incomoda. Sente o
estômago como se estivesse nadando em água; sente frio. Fome incomodativa e
gemidos. Indigestão, com vómitos de grandes quantidades de fluido repugnante.
Abdómen – Caroços duros no abdómen. Dilatado. Alternando, diarreia com prisão de
ventre. Hemorróidas, premência frequente para evacuar; fezes e sangue; pior quando as
dores reumáticas diminuem. Ascarides. Secreção umbelical. Sensação como se os
intestinos estivessem afundando.
Respiração – Sensação de ferimento. Respiração obstruída. Tosse seca depois de
diarreia. Dor no peito, forte na região do coração.
Costas – Pescoço tão fraco que não pode manter a cabeça em pé. Costas estropiadas,
fracas e doridas. Dor na região lombar estendendo-se pelos cordoes espermáticos. Dor
no sacro, com hemorróidas.
Extremidades – Dor nos ombros, pulsos e tornozelos. Fisgadas e frio nos dedos e nos
pés. Pernas muito emagrecidas. Juntas duras e estropiadas. Contracção dolorosa dos
membros [Amm.Mur].
Pele - Aparecem erupções no rosto; desaparecem e apele torna-se arroxeada. Pele
frouxa e solta. Furúnculos. Queda dos cabelos. Frieiras coçando.
Modalidades – Piora, com ar frio, supressão de secreções. Melhora, com movimento.
Relacionamento – Comparar com Scrophularia; bryonia; Stellaria; Benzoic acid, na
gota, lodine, Natr. mur no marasmo.
Dose – Terceira à trigésima dinamização

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4 – ABSINTHIUM – Commom Wormwood (Absinto)

Essa droga provoca o quadro perfeito de um ataque epilético. O ataque é precedido por
tremores nervosos. Tontura súbita e forte, delírio com alucinações e perda de
consciência. Excitação nervosa e insónia. Irritação cerebral e espasmos histéricos e
infantis estão também na sua faixa de acção. Envenenamento com cogumelos. Coreia.
Tremores. Nervosismo, excitação e insónia em crianças.

Mente – Alucinações. Visões amedrontadoras. Cleptomania. Perda da memória.


Esquece o que aconteceu recentemente. Não quer saber de nada com ninguém.
Grosseiro.
Cabeça – Vertigem, com tendência de cair para trás. Confusão generalizada. Prefere a
cabeça baixa. Pupilas dilatadas desigualmente, rosto azul. Repuxamentos faciais espas-
módico. Dor de cabeça (Gelsem, Picric, ac.)
Boca – Maxilares imóveis. Morde a língua; treme como se a língua estivesse inchada e
muito grande; saindo da boca.
Garganta – Sensação de escaldada; como se tivesse um caroço.
Estômago – Náusea; ânsias para vomitar, golfadas de vómitos; arrotos. Dilatação em
volta da cintura e no abdómen. Cólica com gases.
Urina – Vontade constante de urinar. Cheiro muito forte; cor amarelada escura (Kalis
phos)
Sexo – Dor penetrante no ovário direito. Espermatórreia, com as partes relaxadas,
enfraquecidas. Menopausa prematura.
Peito – Sensação de peso no peito. Acção do coração irregular e tumultuada, pode ser
ouvida nas costas.
Extremidades – Dores nos membros. Sintomas de paralisia.
Relacionamento – Comaparar com: Alcohol; Artemisia; Hydrocy. Acid; Cina; Cicuta.
Dose – Primeira à sexta dinamização.

5 – ACALYPHA INDICA – Indian Netle (Acalifa da Índia)

É uma droga com actuação marcante sobre o tubo digestivo e os órgãos respiratórios.
Ela é indicada na tísica incipiente, com tosse forte incomoda, expectoração com sangue,
hemorragia arterial, mas sem perturbação febril. Muito fraco pela manhã, se fortalece
durante o dia. Emagrecimento progressivo. Todas as hemorragias patológicas, tendo
notável agravação matinal.

Peito – Tosse seca, forte, seguida de hemoptise; piora de manhã e à noite. Dor forte
constante no peito. Sangue vermelho claro e não abundante pela manhã; escuro e
coagulado durante a tarde. Pulso macio e compressível. Ardor na faringe, esófago e
estômago.
Abdómen – Ardor nos intestinos. Diarreia esguichante com expulsão forçada de gases
barulhentos. Dores, pressão para baixo e tenesmo. Dilatação com ronco e cólica no
abdómen. Hemorragia no recto; piora de manhã.
Pele – Icterícia (pele amarela). Comichão e inchaço circunscrito, semelhante a
furúnculos.
Modalidades – Piora pela manhã.
Relacionamento – Comparar com: Milefol; Phosphor; Acetic acid; Kali nit.
Dose – Terceira à sexta dinamização

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6 – ACETANILIDUM – Antifebrinum (Acetanilida)

Deprime o coração, a respiração e a pressão arterial, baixa a temperatura. Cianose e


colapso. Sensibilidade ao frio, aumentada. Destrói os glóbulos vermelhos do sangue;
palidez.

Cabeça – Sensação de dilatação na cabeça. Desmaio. Depravação moral.


Olhos – Palidez nos discos ópticos, campo visual contraído, vasos da retina encolhidos;
midriase (dilatação das pupilas).
Coração – Fraco, irregular, com mucosas azuis, albuminúria, inchaço nos pés e nos
tornozelos.
Relacionamento – Comparar com Antipirina.
Dose – Usado como sedativo e antipirético para várias formas de dor de cabeça e
nevralgia em doses de um a três “grains” (medida inglesa de farmácia = 64,8
miligramas). Para indicações homeópaticas usar a terceira dinamização.

7 – ACETIC ACID (Ácido acético)

Essa droga provoca anemia profunda, com alguns sintomas de inchaço, muita
debilidade, desmaios frequentes, dispneia, fraqueza cardíaca, vómitos, urina abundante
e suores. Hemorragias em qualquer parte do corpo. Especialmente indicada para pessoas
pálidas e magras com músculos frouxos e flácidos. Emagrecimento devastador e
debilidade. O “Ácido acético” tem propriedades de liquidificar os depósitos
albuminosos e fibrosos. Câncer epitelial, uso interno e local (W. Owens). Sicose com
nódulos e formações nas juntas. Cancro duro. A solução 1x amolecerá e provocará
formações de pus.

Mente – Irritado, preocupado com negócios.


Cabeça – Dor de cabeça nervosa, devida a abuso de narcóticos. Afluência de sangue na
cabeça com delírio. Vasos temporais dilatados. Dor na raiz da língua.
Rosto – Pálido como cera, emagrecimento. Olhos fundos, cercados com olheiras
escuras. Vermelho claro. Suado. Epiteloma (tumor epitelial maligno) no lábio.
Bochechas quentes e vermelhas. Dor na articulação esquerda do maxilar.
Estômago – Salivação. Fermentação no estômago. Muita sede, ardor. Bebidas frias
perturbam. Vómitos depois de qualquer espécie de comida. Sensibilidade no epigastro.
Dor ardente como numa úlcera. Câncer no estômago. Arrotos azedos e vómitos. Azia
aredente e salivação abundante. Hipercloridria e gastralgia. Dor ardente violenta no
estômago e no peito, seguida por frio na pele e suor frio na testa. Sente como se tivesse
vinagre no estômago.
Abdómen – Sente como se o abdómen estivesse afundando. Evacuações aquosas
frequentes pela manhã. Timpanoso (ressoando como um tambor). Ascite. Hemorragia
dos intestinos.
Urina – Grandes quantidades de urina pálida. Diabetes, com muita sede e debilidade
(Phos. Ac.)
Órgãos femininos – Menstruações excessivas. Hemorragias depois do trabalho de
parto. Naúsea da gravidez. Seios dolorosamente inchados, dilatados com leite. Leite
empobrecido, azulado, transparente, azedo. Anemia das amas de leite.
Respiração – Rouquidão, respiração com chiado; respiração difícil; tose ao inspirar.
Crupe membranoso. Irritação na traqueia e nos brônquios. Falsa membrana na garganta.
Boncórreia abundante, faringite gangrenosa (Gargarejo).

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Costas – Dor nas costas, só alivia deitando de bruços.


Extremidades – Emagrecimento. Inchaço nos pés e nas pernas.
Pele – Pálida como cera, inchada. Pele quente, seca, ardendo ou banhada com suor
abundante. Sensibilidade diminuída na superfície do corpo. Útil depois de ferroadas,
mordidas, etc. Inchaços varicosas. Escorbuto; anasarca. Machucados, contusões;
distensões musculares.
Febre – Habitual (hectica) com suores nocturnos de alagar. Ponto vermelho na
bochecha esquerda. Não tem sede durante a febre. Agitação. Suor frio abundante.
Relacionamento – O “Ácido acético” é antídoto para todos os vapores anestésicos.
Combate envenenamento com salsicha, chouriço, salame.
Comparar com: Ammom, acet (urina abundante com sacarina, o paciente fica banhado
em suor). Benzoin oderiferum – Spice-wood (suores nocturnos) Ars; China; Digitalis;
Liatris (anasarca generalizada em moléstias do coração e dos rins, inchaço e diarreia
crónica).
Dose – Terceira à trigésima dinamização. Não deve ser repetido com muita frequência,
excepto no crupe.

8 – ACONITUM NAPELLUS – Monkshood (Aconito)

Um estado de medo, ansiedade; angústia na mente e no corpo. Inquietação física e


mental, susto, são as maiores características manifestações de Aconito.
Invasão aguda, súbita e violenta, com febre, indicam aconito. Não quer ser tocado.
Súbito e grande abatimento das forças. Perturbações e tensão devidas a exposição ao
tempo frio e seco, correnteza de ar frio, perspiração contida, também perturbações
devidas ao tempo muito quente, especialmente perturbações gastro intestinais, etc. O
primeiro remédio para inflamações, febres inflamatórias. As membranas serosas e os
tecidos musculares são atingidos de forma marcante. Ardor em órgãos internos.
Formigueiro, frio e dormência. Gripe. Tensão arterial, e tensões emocional, física e
mental explicam muitos sintomas. Quando se prescreve Aconito é preciso não esquecer
que o Aconito só produz perturbações funcionais, não há prova de que possa provocar
modificações em tecidos – a sua acção é rápida e não mostra periodicidade. Sua esfera
de acção é no inicio de uma moléstia aguda e não para ser continuado depois que vier
modificação patológica. Na hiperemia, congestão; não depois que a exsudação tiver
começado. Gripe [Influenzin.].

Mente – Muito medo, ansiedade e preocupação acompanham qualquer perturbação,


embora insignificante. O delírio caracteriza-se pela desventura, preocupação, medo,
alucinação, raramente inconsciência. Pressentimentos e medos. Teme a morte mas
acredita que morrerá breve; prediz o dia. Teme o futuro, uma multidão, atravessando a
rua. Inquietação, virando-se na cama. Tendência para se assustar. Imaginação aguda,
clarividência. As dores são intolerantes; elas enlouquecem. A música é insuportável;
traz tristeza [Ambra]. Imagina que seus pensamentos vêm do estômago – que partes de
seu corpo estão normalmente grossas. Sente como se o que acaba de ser feito fosse um
sonho.
Cabeça – Congestionamento; pesada, pulsando, quente, estourando, queimando.
Sensação de ondulação. Pressão intra craniana [Hedera Helix]. Dor de cabeça
queimante, como se o cérebro fosse movido com agua fervendo [Índigo]. Vertigem,
piora levantando [nux. opium] e sacudindo a cabeça. Sensação no vertex, como se os
cabelos fossem puxados ou ficassem em pé sobre a raiz. Delírio nocturno furioso.

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Olhos – Vermelhos, inflamados. Sente secos e quentes, como se tivessem areia.


Pálpebras inchadas, duras e vermelhas. Aversão á luz. Cheios de água depois de
expostos a vento frio e seco, reflexão da neve, depois de tirar fagulhas de carvão ou
outros corpos estranhos.
Ouvidos – Muito sensíveis aos ruídos; a música é insuportável. Ouvido externo quente,
vermelho, doendo, inchado. Dor de ouvido [Cham.]. Sensação de uma gota d’agua no
ouvido esquerdo.
Nariz – Olfacto muito sensível. Dor na raiz do nariz. Coriza; muitos espirros; narinas a
latejar. Hemorragia de sangue vermelho claro. Mucosa seca, nariz entupido; seco ou
apenas com escassa coriza aguada.
Rosto – Vermelho, quente, congestionado, inchado. Uma bochecha vermelha, a outra
pálida [Cham. Ipec]. Ao se levantar o rosto vermelho fica com palidez mortal, ou o
paciente fica vertiginoso. Formigueiro e dormência nas bochechas. Nevralgias,
especialmente do lado esquerdo, com inquietação, formigueiro e dormência. Dor nos
maxilares.
Boca – Dormente, seca e com formigueiro. Língua inchada; com formigueiro na ponta
na ponta. Dentes sensíveis ao frio. Movimenta constantemente o maxilar inferior, como
se estivesse a mastigar. Gengivas quentes e inflamadas. Língua com cobertira branca
[Antim. crud].
Garganta – Vermelha, seca, contraída, dormente, com fisgadas, queimando, espetando.
Amígdalas inchadas e seca.
Estômago – Vomitando, com medo, calor, suor abundante e urina aumentada. Sede de
água fria. Gosto amargo em tudo excepto água. Muita sede. Bebe, vomita e declara que
vai morrer. Vómitos biliosos, esverdeados, com muco e sangue. Pressão no estômago
com dispneia. Hematemese. Ardor desde o estômago até o esófago.
Abdómen – Quente, tenso, timpanoso. Sensível ao toque. Cólica, sem posição que
alivie. Os sintomas abdominais melhoram depois de sopa quente.
Recto – Dor com fisgadas e comichão nocturna no ânus. Pequenas evacuações
frequentes com tenesmo; verdes, como ervas picadas. Brancas com urina vermelha.
Descarga semelhante à da cólera, com colapso, ansiedade e inquietação. Hemorróidas
sangrando [Hamam.] Diarreia aquosa nas crianças. Elas choram, queixam-se muito, tem
insónia e ficam inquietas.
Urina – Escassa, vermelha, quente, dolorosa. Tenesmo e ardor no colo da bexiga.
Ardor na uretra, urina com sangue, suprimida, ansiedade sempre ao começar a urinar.
Retenção, com gritos e inquietação e pegando nos órgãos genitais. Região renal
sensível. Urina profusa com transpiração abundante e diarreia.
Órgãos masculinos – Formigueiro e fisgadas na glande. Dor de machucado nos
testículos, inchados, duros. Erecções e emissões frequentes. Erecções dolorosas.
Órgãos femininos – Vagina seca, sensível. Menstruações muito abundantes, com
sangue pelo nariz, muito prolongadas, atrasadas. Frenesi ao aparecerem as
menstruações. Suprimidas devido a susto, frio, em pacientes pletóricos. Ovários
congestionados e dolorosos. Dores penetrantes agudas no útero. Dores depois do parto,
com medo e inquietação.
Respiração – Pressão constante no lado esquerdo do peito; respiração oprimida ao
menor movimento. Tosse de crupe, rouca, seca; respiração laboriosa, barulhenta. A
criança segura o pescoço toda a vez que tosse. Muito sensível ao ar inspirado.
Respiração curta. Laringe sensível. Fisgadas no peito. Tosse incómoda, seca, curta;
piora à noite e depois da meia-noite. Sensação de calor nos pulmões. Saí sangue no
escarro. Formigueiro no peito depois da tosse.

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Coração – Taquicardia. Perturbações no coração com dor no ombro esquerdo. Dor com
fisgadas no peito. Palpitações com ansiedade. Vertigem e formigueiro nos dedos. Pulso
cheio; forte, tenso e saltando; algumas vezes intermitente. Sente as artérias temporal e
carótida ao sentar.
Costas – Dormentes, rígidas e a doer. Arrepios e formigueiro, como se estivessem
machucadas. Pescoço duro. Dor, como de machucado, entre as omoplatas.
Extremidades – Dormência e formigueiro; dores penetrantes; frio como gelo e
insensibilidade nas mãos e nos pés. Sente os braços estropiados, machucados, pesados,
dormentes. Dor pelo braço esquerdo abaixo [Cact;Crotal; Kalmia; Tabac]. Mãos e pés
quentes e frios. Inflamação reumática nas articulações; pior à noite; inchaço, vermelha
lustrosa, muito sensível. Articulação do quadril e a coxa estropiados, principalmente
depois de ficar deitado. Joelhos inseguros, facilidade para torcer o pé. [Aescul.].
Ligamentos fracos e frouxos em todas as articulações. Estalando sem dor, todas as
articulações. Eminências hipotenares, vermelho claro, em ambas as mãos. Sensação
como se gotas d’água escorressem pela coxa abaixo.
Sono – Pesadelos. Alucinações nocturnas. Sonhos com ansiedade. Insónia, com
inquietações, virando-se na cama [usar a trigésima dinamização]. Acorda sobressaltado.
Sonhos longos, com ansiedade no peito. Insónia dos velhos.
Pele – Vermelha, quente, inchada, seca, queimando. Púrpura miliares. Erupção como
sarampo. Pele de ganso (gooseflesh). Formigueiro e dormência. Calafrio e formigueiro
pelas costas abaixo. Comichão aliviada com estimulantes.
Febre – Fase de frio marcante. Suor frio e friagem como gelo no rosto. Frio e calor
alternados. Calafrio ao anoitecer logo depois de ir para a cama. Ondas de frio passam
através dele. Sede e inquietação sempre presentes, frio se ficar descoberto ou for
tocado. Calor seco, rosto vermelho. O mais valioso febrífugo com angústia mental,
inquietação, etc. Suor alagando o local onde se deita; melhorando todos os sintomas.
Modalidades – Melhora ao ar livre e piora em quarto quente, ao anoitecer e de noite,
piora deitando sobre o lado afectado, com musica, fumando tabaco, com ventos frios,
secos.
Vinagre em doses grandes é antídoto para os efeitos venenosos.
Relacionamento – Ácidos, vinho, café, limonada e frutas ácidas modificam a sua
acção.
Não é indicado para a malária nem para febres baixas nem para condições hécticas.
Nem para piemia ou septicemia; nem para inflamações quando se localizam.
Sulphur com frequência o segue. Comparar com Cham e Coffea para dor forte com
insónia.
Agrostis actua como Acon em febre e inflamações, também Spiranthes.
Complementares; Coffea; sulph; sulphur pode ser considerado aconito crónico. Com
frequência completa cura iniciada com Acon. Comparar com: Bellad; Cham; Coffea;
Ferr phos.
Aconitine – (sensação de peso como chumbo; dores no nervo supra orbital; sensações
de frio como gelo aparecendo aos poucos; sintomas de hidrofobia. Ruídos nos ouvidos
3x). Sensação de formigueiro.
Aconitum Lycotonum – Grande aconito (Wolfsbane) amarelo – (inchaço de glândulas;
moléstia de Hodgkin, anemia linfática. Diarreia depois de comer carne de porco.
Comichão no nariz, olhos, ânus e vulva. Pele rachada no nariz; gosto de sangue).
Aconitum cammarum – (Dor de cabeça com vertigem e ruído nos ouvidos. Sintomas de
catalepsia. Formigueiro na língua, lábios e rosto).
Aconitum ferox – (Aconito da Índia – Bem mais violento na sua actuação do que A.
Napellus. È mais diurético e menos pirético. Demonstrou ser valioso na dispneia

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cardíaca, nevralgia e gota aguda. Dispneia. Tem que se sentar na cama. Respiração
rápida. Ansiedade com sufoco devido a sensação de paralisia nos músculos
respiratórios. Respiração Cheyenes-Stokes. Quebracho (dispneia cardíaca)
(Achayranthes – uma droga mexicana – muito semelhante ao Aconito nas febres, mas
com maior faixa, sendo também adequada aos estados tifóides e intermitentes.
Reumatismo muscular. Um grande diaforético – aumenta a transpiração – usar 6x).
Eranthis Hymnalis – (Aconito do Inverno – actua no plexo e age para cima causando
dispneia. Dor no occiput e no pescoço).
Dose – Sexta dinamização para perturbações sensoriais; primeira á terceira para
condições congestivas. Tem que ser repetido com frequência nas moléstias agudas.
Acon é um trabalhador rápido. Nas nevralgias a tintura da raiz, com frequência é
preferível, em doses de uma gota (é venenosa). Ou então, a 30ª dinamização de acordo
com a sensibilidade do paciente.
Actea Racemosa – ver 194 Cimicifuga Racemosa pg. 138

9 – ACTEA SPICATA – Baneberry (Erva de São Cristóvão)

É um remédio para reumatismo, principalmente nas articulações pequenas; dores


dilacerantes e formigueiro caracterizam-no. Reumatismo no pulso. Pulsações em todo o
corpo, principalmente no fígado e na região renal. Espasmo cardio vascular. Dores que
pioram quando se toca e com movimento.

Cabeça – Medroso, assusta-se à toa; confuso, Agitação do sangue para a cabeça


provocada quando toma café. Vertigem, dor de cabeça dilacerante, melhora ao ar livre,
latejando no cérebro, dor desde o alto da cabeça até entre as sobrancelhas; calor na testa,
dor na eminência frontal esquerda como se o osso estivesse esmagado. Comichão no
couro cabeludo alternada com calor, nariz com a ponta vermelha, coriza fluente.
Rosto – Dor violenta no maxilar superior, indo dos dentes pelos ossos malares até às
fontes. Transpiração no rosto e na cabeça.
Estômago – Dores dilacerantes, penetrantes na região do epigastro, com vómitos.
Dores, como cãibras, no estômago e no epigastro, com dificuldade de respirar, sensação
de sufocar. Prostração súbita depois de comer.
Abdómen – Retracção espasmódica. Dor espetando e dilatação no hipogástrio.
Respiração – Curta, irregular à noite, enquanto está deitado. Muita opressão.
Respiração curta devida a exposição ao ar frio.
Extremidades – Dores dilacerantes na região lombar. Dores reumáticas nas pequenas
articulações, pulso.[Ulmus] dedos, tornozelos, dedos dos pés. Inchaço nas articulações
devida à menor fadiga. Pulso inchado, vermelho, piora com qualquer movimento.
Fraqueza paralítica nas mãos. Sensação dos braços estropiados. Dor no joelho.
Prostação súbita depois de conversar ou comer.
Relacionamento – Comparar com: Cimifu; Cauloph; Led.
Dose – Terceira dinamização.

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10 – ADONIS VERNALIS (Olho de faisão)

Um remédio para o coração, depois de reumatismo, gripe ou insuficiência renal, quando


os músculos do coração estão em fase de degeneração gordurosa, regulando as
pulsações e aumentando a força das contracções do coração, com secreções urinárias
aumentadas. Muito valioso no edema cardíaco. Pouca vitalidade, com coração fraco e
lento, pulso fraco. Hidrotórax, ascite. Anasarca.

Cabeça – Sente leve; dói na fronte, do occiput em volta das fontes até aos olhos.
Vertigem ao se levantar, viramdo a cabeça depressa ou deitando. Ruído nos ouvidos.
Sente o couro cabeludo apertado. Olhos dilatados.
Boca – Pegajosa. Língua suja amarela, doendo, sente escaldada.
Coração – Regurgitação mitral e aórtica. Aortite crónica. Pericardite com degeneração
gordurosa. Endocardite reumática [Kalmia]. Dor precordial, palpitações e dispneia.
Congestionamento venoso marcante. Asma cardíaca [quebracho]. Degeneração
gordurosa no coração. Miocardite, acção cardíaca irregular, constricção e vertigem.
Pulso rápido, irregular.
Estômago – Muito pesado. Fome incomoda. Sensação de fraqueza no epigástrio.
Melhorando ao ar livre.
Urina – Película oleosa na urina. Escassa, albiminosa.
Respiração – Vontade frequente de uma longa respiração. Sensação de peso no peito.
Sono – Inquieto, com sonhos horríveis.
Extremidades – Dor na nuca. Coluna vertebral rígida e doendo. Edema.
Relacionamento – Adonina é um tónico cardíaco e diurético. Um quarto de “grain”
(“grain” é uma medida inglesa de farmácia = 64.8 miligramas) diariamente, ou dois a
cinco “grains” da primeira trituração decimal aumentam a pressão arterial e prolongam
a diástole, favorecendo o esvaziamento das veias congestionadas. É um excelente
substituto para Digitalis e não é acumulativo na acção. Comparar com: Digit; Crataeg;
Conval; Strophantus.
Dose – Cinco a dez gotas de tintura.

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11 - ADRENALIN (Adrenalina)
Uma secreção interna das glândulas supra renais

Adrenalina ou epinefrina, o princípio activo da medula da glândula supra-renal


(secreção cortical por enquanto ainda não isolada), é empregada como um mensageiro
químico na regulação das actividades do corpo; de facto a sua presença é essencial à
actividade do nervo simpático. A acção da adrenalina em qualquer lugar é a mesma
como estimulo às extremidades do nervo simpático. A aplicação local (solução de
1:1000) a mucosa provoca prontamente isquemia transitória, verificada por um
“blanching” (perda de consciência), persistindo várias horas depois de instilação na
conjuntiva. A sua acção é muito rápida, eficiente, evanescente, devido à rápida oxidação
e por isso praticamente inofensiva, a não ser que seja repetida com frequência, caso em
que têm sido constatados em animais ateroma e lesões cardíacas no miocárdio. São
afectados principalmente: artérias, coração, glândulas supra renais e o sistema vaso
motor.
A principal acção da adrenalina é estimular as extremidades do simpático,
especialmente na área esplénica, onde se encontram as vísceras, provocando constrição
das arteriolas periféricas, com o resultante aumento na pressão arterial. Isso se observa
principalmente no estômago, intestinos; menos no útero, na pele; nada no cérebro e nos
pulmões. Além disso, verifica-se, redução na velocidade do pulso (estimulo medular
pelo nervo vago) e fortalecimento nas batidas do coração (aumento nas contracções do
miocárdio), semelhante ao Digitalis; aumento na actividade glandular glicosaria;
depressão no centro respiratório; contracção nos tecidos musculares dos olhos, do
útero e da vagina; relaxamento nos tecidos musculares, do estômago, dos intestinos e
da bexiga.
Usos – Seu principal uso terapêutico depende da sua acção vaso constritora; por isso um
adstringente e hemostático muito poderoso e rápido; valioso para reter hemorragias
capilares em todas as partes do corpo, onde aplicação local ou directa for possível:
nariz, ouvido, garganta, laringe, estômago, recto, útero, bexiga. Condições hemorrágicas
não devidas a coagulação deficiente do sangue. Isquemia completamente sem sangue
pode ser conseguida impunemente. Soluções locais (1: 10.000 – 1: 1.000) pulverizadas
ou aplicadas com algodão têm sido muito eficientes em cirurgias sem sangue em olhos,
nariz, garganta e laringe.
Congestões nas cavidades ósseas etmóide e esfenoide (no rosto), e também rinite
alérgica, têm sido muito aliviadas com pulverização morna de cloreto de adrenalina, 1:
5.000. Comparemos aqui, Hepar 1x, que iniciará as secreções e assim facilitará a
drenagem. Em púrpura hemorrágica, hipodermicamente, 1: 1000. externamente tem
sido usado em neurite, nevralgia, dores reflexas, gota, reumatismo, como um ungento,
1-2 “minims” (medida inglesa de farmácia – sexagésima parte de uma dracma fluida =
0.06 mililitros = 1 gota padronizada) de solução (1: 1000)., ao longo do nervo tronco no
ponto da pele mais próximo da sua origem que possa ser atingido (H.G.Carlton).
Terapeuticamente – Adrenalina tem sido sugerida para congestão aguda nos pulmões,
asma, insuficiência adreno cortical crónica. Bócio tóxico, arteriosclerose, aortite
crónica, angina de peito, hemofilia, clorose, rinite alérgica, “serum rash” – exantema
provocado pelo soro, urticária aguda, etc. Dr. P.Jousset menciona sucesso no tratamento
homeopático de casos de angina e de aortite, sub agudos e crónicos, quando adrenalina
foi prescrita via oral (per os) e em doses infinitesimais. O sintoma orientador para isso
foi a sensação de constrição torácica com angústia. Essa sensação, com vertigem,
náusea e vómitos, foram provocadas pela droga. Dor no abdómen, choque ou falha

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cardíaca durante anestesia, por provocar rápido aumento de pressão devida a sua acção
nas extremidades dos nervos e nas paredes dos vasos.
Dose – Hipodermicamente 1-5m. [solução 1: 1000 como cloreto] diluído em agua.
Internamente 5-30m da solução de 1: 1000.
Cuidado – Devido à sua afinidade pelo oxigénio, a droga decompõe-se com facilidade
diluída em agua e em soluções ácidas. A solução tem que ser protegida do ar e da luz.
Ela não deve ser repetida com frequência demais, devido a lesões cardíacas e arteriais.
Para uso homeopático dinamizações 2x a 6x.

12 – AESCULUS HIPPOCASTANUM (Castanha da Índia)

A acção dessa droga é muito marcante no baixo intestino provocando congestionamento


das veias hemorroidais, com a sua característica dor nas costas, e ausência de prisão de
ventre. Muita dor mas pouco sangramento. Estagnação venosa generalizada, veias de
cor roxa com varizes; tudo funciona devagar, digestão, coração, intestinos, etc.
Entorpecimento e congestionamento do fígado e do sistema da veia porta, com prisão de
ventre. As costas doem e cedem tornando o paciente inapto para o trabalho. Dores de
um lado para o outro em todo o corpo. Congestionamento em varias partes do corpo;
mucosas secas, inchadas. Garganta com condições hemorroidais.
Cabeça – Deprimida e irritada. Cabeça entorpecida, confusa, a doer como que devido a
um resfriado. Pressão na testa, com náusea, seguida de fisgadas no hipocôndrio direito.
Dor do osso occipital até o frontal, com sensação de machucado no couro cabeludo;
piora de manhã. Fisgadas nevrálgicas da direita para a esquerda na testa, seguidas por
dores de um lado para o outro no epigastro. Vertigem quando senta e quando anda.
Olhos – Pesados e quentes, com lacrimação, e vasos sanguíneos dilatados. Dor nos
globos oculares.
Nariz – Seco; sente o ar inspirado frio, as passagens nasais sensíveis a ele. Coriza,
espirros. Pressão na raiz do nariz. Membrana sobre os ossos turbinados distendida e
encharcada, devido a perturbações hepáticas.
Boca – Sensação de escaldada. Gosto metálico. Salivação. Língua com cobertura
grossa, sente como escaldada.
Garganta – Quente, seca, ferida, dor com fisgadas nos ouvidos quando engole.
Faringite folicular ligada a congestão hepática. Veias na faringe dilatadas e tortuosas.
Garganta sensível ao ar inspirado; sente escoriada e constrita, queima como fogo ao
engolir, de tarde. Fases iniciais da faringite atrófica em pacientes biliosos, ressequidos.
Escarro de mucosidade pegajosa com gosto adocicado.
Estômago – Peso como uma pedra com dor incómoda maltratando; mais sensível cerca
de três horas depois das refeições. Sensibilidade e congestionamento na região do
fígado.
Abdómen – Dor entorpecente no fígado e no epigastrio Dor no umbigo. Icterícia;
latejamento no hipogástrico e na pelve.
Recto – Seco, doendo. Sente cheio de pequenos gavetos. Ânus ferido; doendo. Muita da
dor depois de evacuar, com prolapso. Hemorróidas, com dores agudas penetrantes, nas
costas; cegas e sangrando; piores durante a menopausa. Fezes secas, duras e grandes. A
mucosa parece inchada e obstrui a passagem. Irritação causada por vermes ascarides e
ajuda sua expulsão. Ardência no ânus com calafrios nas costas para cima e para baixo.
Urina – Frequente, escassa, escura, turva e quente. Dor nos rins, principalmente no
esquerdo e nos ureteres.
Órgãos masculinos – Descarga de fluido prostático nas evacuações.

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Órgãos femininos - Latejar constante por detrás do osso púbis. Leucorreia, com as
costas magoadas na articulação sacro ilíaco; amarela escura, pegajosa corrosiva; piora
depois das menstruações.
Peito – Sente constrito. Acção do coração cheio e pesado, podem sentir-se pulsações em
todo o corpo. Laringite: tosse devida a perturbações hepáticas; sensação de calor no
peito; dor em volta do coração nos pacientes com hemorróidas.
Extremidades – Dor e mal-estar nos membros, na articulação da omoplata esquerda
penetrando pelos braços abaixo; dormência nas pontas dos dedos.
Costas – Pescoço dorido; dor entre as omoplatas; sente fraqueza na região da coluna;
as costas e as pernas cedem. Dor nas costas atingindo o sacro e os quadris; pior
quando anda ou se curva. Quando anda os pés torcem para baixo. Dor nas solas dos
pés, cansadas e inchadas. As mãos e os pés incham e tornam-se vermelhos depois de
lava-los, sente-os congestionados.
Febre – Calafrio as 16horas, para cima e para baixo nas costas. Febre das 19 ás 24
horas. Febre ao anoitecer, pele quente e seca. Suor quente abundante com a febre.
Modalidades – Aesculus glabra – Ohio-Buckeye Proctitis. Hemorróidas externas, roxo
escuras, muito dolorosas com prisão de ventre, vertigens e congestão na veia porta. Voz
grossa, cócegas na garganta, visão perturbada, paresia. Phytolacca (garganta seca, com
mais frequência nos casos agudos) Negundium Americanum-Boxelder –
(congestionamento no recto e nas hemorróidas com muita dor, doses de dez gotas da
tintura, de duas em duas horas). Comprar também com: Aloé, Collinson, Nux, Sulphur.
Dose – Tintura, á terceira dinamização.

13 – AETHIOPS MERCURIALIS – MINERALIS


(Sulfureto negro de mercúrio)

Esse preparo é usado em perturbações escrofulosas, oftalmia, otorreia, erupções


dolorosas e irritantes com escamas, sífilis hereditária.

Pele – Erupções. Como favo, escrofulosa, hirpéticas e eczematosas.


Dose – As triturações mais baixas, principalmente a segunda decimal.
Relacionamento – Aethiops Antimonialis – (Hydrargyrum stibiato sulfuratum) – (com
frequência mais eficiente que o acima, em erupções escrofulosas, inchaços de glândulas,
otorreia e perturbações escrofulosas nos olhos, úlceras na córnea. Terceira trituração)
Comparação com: Calc; Sil; Psorin.

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14 – AETHUSA CYNAPIUM (Pequena cicuta)

Os sintomas característicos relacionam-se principalmente com o cérebro e com o


sistema nervoso, ligados a perturbações gastro intestinais. Angustia, choro e expressão
de desassossego e descontentamento, levam a esse remédio, com maior frequência em
doenças das crianças, durante a dentição, perturbações de verão quando, com diarreia há
incapacidade marcante para digerir leite, e má circulação. Sintomas que aparecem com
violência.

Mente – Inquietude, ansiedade, choro. Vê ratos, gatos, cachorros, etc. Delírio,


inconsciente. Incapacidade para pensar, para fixar a atenção. Cansaço cerebral.
Idiotice pode-se alternar com furor e irritação.
Cabeça – Sente enfaixada, ou presa numa máquina. Dor occipital estendendo-se pela
coluna abaixo: melhora deitando e pela pressão. Os sintomas da cabeça melhoram
expelindo gases (Sanguin.) e evacuando. Sente os cabelos puxados. Vertigem e
sonolência, com palpitações; cabeça quente depois que a vertigem passa.
Olhos – Fotofobia; inchaço nas glândulas Melbomianas. Vira os olhos ao aborrecer.
Olhos para baixo; pupilas dilatadas.
Ouvidos – Sente obstruídos. Sensação de alguma coisa quente nos ouvidos. Som de um
assobio.
Nariz – Entupido com muito catarro grosso. Erupção herpética na ponta do nariz.
Frequente vontade inútil de espirrar.
Rosto – Com protuberâncias, pontos vermelhos; abatido. Expressão de ansiedade, cheia
de dor; línea nasalis bem marcada.
Boca – Seca. Com aftas. A língua parece comprida. Ardor, com pústulas na garganta, e
dificuldade para engolir.
Estômago – Intolerância pelo leite, vomitando mal acaba de engolir ou em grandes
coágulos. Com fome depois de vomitar. Regurgitação da comida cerca de uma hora
depois de comer. Vómitos violentos de substancia branca espumosa. Náusea ao ver
comida. Contracções dolorosas no estômago. Vómitos, com suor e muita fraqueza,
acompanhados de angustia ou perturbação, e seguidos de sonolência. Sente o estômago
de cabeça para baixo, com ardor queimante até ao peito. Dor dilacerantes no estômago
estendendo-se até ao esófago.
Abdómen – Frio interno e externamente, com dor nos intestinos. Cólica seguida de
vómitos, vertigem e fraqueza. Tenso, com gases e sensível. Sensação de borbulhagem
em volta do umbigo.
Fezes – indigeridas, ralas, esverdeadas, precedidas de cólicas, com tenesmo, e seguidas
de exaustão e sonolência. Cólera infantil; criança fria, pegajosa, estúpida, com olhos
arregalados e as pupilas dilatadas. Prisão de ventre obstinada; sente como se os
intestinos tivessem perdido toda a acção. Perturbação nos velhos, semelhante á cólera.
Urina – Dor dilacerante na bexiga, com premência frequente. Dor nos rins.
Órgãos femininos – Dores dilacerantes nos órgãos sexuais. Espinhas, coçando quando
esta quente. Menstruações aquosas. Inchaço das glândulas mamarias com dores
lancinantes.
Respiração – Difícil, oprimida, ansiosa; constrição com cãibra. Os sofrimentos tornam
o paciente sem fala.
Coração – Palpitações violentas, com vertigem, dor de cabeça e inquietação. Pulso
rápido, forte e pequeno.
Costas e extremidades – Falta de força para ficar de pé e manter a cabeça levantada.
Sente como se as costas estivessem presas numa máquina. Dor nos flancos. Fraqueza

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GEMMR – Matéria Médica de Boericke – Colaboração: Cristina Martins

nas extremidades inferiores. Dedos e polegares apertados, dormência nas mãos e nos
pés. Espasmos violentos. Olhos estrábicos, virados para baixo.
Pele – Escoriações nas coxas ao andar. Transpiração fácil. A superfície do corpo fria e
coberta com suor pegajoso. Glândulas linfáticas inchadas. Erupção com comichão em
volta das articulações. Pele das mãos seca e enrugada. Equimoses. Anasarca.
Febre – Muito calor; sem sede. Suor frio abundante. Tem de ficar coberto enquanto
sua.
Sono – Perturbado por sobressaltos violentos, suor frio. Dormindo depois de vomitar ou
evacuar. A criança está tão exausta que adormece logo.
Modalidades – Piora, das 3 às 4 horas da madrugada e ao anoitecer, com o calor, no
verão. Melhora ao ar livre e tendo companhia.
Comparar com: Athamantha (cabeça confusa, vertigem que melhora deitando,gosto e
saliva amargos. Mãos e pés frios como gelo); Antimon; Calc; Ars; Cicuta.
Complementar: Calc.
Dose – Terceira à trigésima dinamização.

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