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Poema que pretende romper com o senso comum no que diz respeito à autonomia da mulher e seu papel na sociedade, mostrando novas perspectivas e possibilidades, não obstante traz consigo uma visão não vitimizada da figura feminina.
Poema que pretende romper com o senso comum no que diz respeito à autonomia da mulher e seu papel na sociedade, mostrando novas perspectivas e possibilidades, não obstante traz consigo uma visão não vitimizada da figura feminina.
Poema que pretende romper com o senso comum no que diz respeito à autonomia da mulher e seu papel na sociedade, mostrando novas perspectivas e possibilidades, não obstante traz consigo uma visão não vitimizada da figura feminina.
Que fazes alm de soprar esse vento seco A cada palavra proferida em escrnio? Pobre moo - atolado n(a) sua prpria desgraa Que graa teria esse teu rubor obsceno Ao me veres em carne crua, nua... Se no fosse pelo meu humor da intemprie? Esses granitos & atritos entre peles suadas Gritos & gemidos & rudos na plena madrugada Esse teu alvoroo, oh, moo que me ri Com dentes, entredentes, afiados na navalha Linhas de tecer orgasmos & reter os rios Que transbordam em risadas em palha a fio... Ei, tu, pobre errante de terras desconhecidas O que procuras em mim se no a miragem no deserto? De certo, que certas guas afluem e desembocam p(ELA) sua goela misturadas sua saliva lasciva Que contm sulcos que te sulcam & prometem Amor & Eroso & corroso &, talvez, apenas T(alvez) A Terra Prometida, mas no aquela. & sim, a outra... Probida e gostosa Em que jorram todas as famulentas delcias Do corpo e da alma, dais quais no se falam E, raramente, experimenta-se. Ei, moo, de que sinto umidade Entre os cardos e o solo rido Disses sem prembulo que perambulas sem parar Cortejando todas as cortes & cortinas Meninas sem corte ou cortinadas, ninfas da cidade Ou do campo. Mas ELA onde est? Quem te provou por inteiro e ainda no se saciou? Quem s tu? O que sobrou dos teus rastros & perfdias s n(A)da? Te reduzes a teu desejo? Eu direi que no, pois creio eu que somos o prprio desejo em texto integral Sem cortes ou corte, corridos pelo tempo Como cadveres eremitas dodos pela exausto Condenados a uma ou outra privao fortuita Mas somos mquinas, mquina, mquinas! De amor & de sentidos! Atravessamos eras Quem eras? Se fomos qualquer coisa que se recuse a se (id) entificar como Nada, precisamente porque Criamos sentidos, sentimos sentidos, andamos em sentido! At o ponto em que tua mo pr - histrica pde lapidar E, tambm, bruto, me tocar diferente. E c estamos, revirados na cama. Sem sabermos o porqu disso tudo. Dessa minha sujeio aos teus caprichos, esses nichos e aninhada ao teu nada revestido de tudo. Miserveis, no entanto, agradveis Tteis, lascivos, animais... No cio! Sou o que dizem mulher, fmea, progenitora, filha, me, tia, irm, amiga Ou quem sabe um pronome possessivo mude toda a narrativa... Ento, agora vens reclamar compreenso, eu que historicamente nada compreendo Do norte ao sul, do leste ao oeste, dos planaltos s plancies, acima ou abaixo de t i Desde longas datas, ratas de esgoto s vezes, convencidas de seu papel social Como se fosse algo inerente, determinado pela prpria natureza Vide, pobres mulheres, como eu! Um acasalamento entre mamferos, algum tipo peculiar de macacos Seus plos, sua maneira tosca de lidar Contudo, h algo neles que nos escapa Liberdade... Liberdade de se guiar pelos prprios instintos, liberdade de s obedecer natureza, sem moral... Sem sociedade, sem humanos... Demasiadamente vis & vos. Humanos... Homo Sapiens Sapiens Mordidos pela prpria sapincia enftica, dupla & traioeira. Evoluindo de acordo com seus prprios critrios Determinando tudo a sua volta. Mas, cad tu, pobre moo? O teu alvoroo me atia, me embebeda E me banha com teu licor & tua dor & teu amor Acaricia a minha manha, o meu jeito artificial de 'mulher' Sei que me queres como queres uma presa E como uma presa que no resiste ao seu destino Cedo, embora seja eu uma represa Que te retm. Cedo ou tarde Sabers que mesmo quando perco, ganho. Com meus artficios fabricados pela cultura universal Das fmeas humanas famintas pelo produto 'homem' Convm, aguent-lo, afinal. Mas no me confundam com uma feminista suprflua. Eu fluo, sou um fluido e de to flexvel e densa Sou capaz de inundar a todos sem que outra espcie No futuro seja capaz de reconstruir a Atlanta Ps - moderna Dos tecnlogos sem logos e dos aliens de si mesmos. Ento, moo, jamais poderia eu sendo quem sou te propr um guerra arbitrria de gneros Prefiro como pede uma boa noo poltica Me abster do meu gnio indomvel E gozar da convenincia de te amar sinceramente!