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A Génese do CNPq Shozo Motoyama A pré-histéria do CNPq pode ser rastreada até o ano de 1919, Nesse ano a Sociedade Brasileira de ‘Ciéncias (SBC) foi convidada a participar em Bruxe- las de um congresso do recém formado Internacional Research Council (IRC) (1). Para compreender o sig- nificado desse convite, é de bom alvitre lembrar que a fundagéo do IRC pode ser remetida as circunstncias a Primeira Guerra Mundial. Nesta grande conflagra- edo, a importincia da ciéncia ¢ da tecnologia (C&T) tinha se patenteado nos meios governamentais dos principais pafses aliados. Pressionadas, de um lado, pela superioridade tecnolégica inicial dos alemies tra- duzida nos famosos bote-U e nas armas quimicas e de ‘outro, convencidas pela acéo dos seus cientistas, al- ‘gumas dessas nagdes criaram conselhos de pesquisas. Em particular o ano de 1916 foi prédigo nesse sentido, tendo sido formados os conselhos de pesquisas do Ca- nada, da Gra-Bretanha e dos Estados Unidos. Ou- trossiin, 0 ambiente internacional da ciéncia estava deteriorado pelo clima de guerra. A deterioragéo atin- giv um ponto critico em outubro de 1914, quando no- venta ¢ trés professores germanicos bem conhecidos, entre os quais W. Réntgen, o descobridor de raio-X ¢ M, Planck, o pai do quantum de energia, tentaram num manifesto justificar a destruigéo da biblioteca de Louvain na Béigica pelas tropas de Kaiser (2). Esse ambiente de conflito, decretou na prética a faléncia do entéo existente International Association of Acade- mies (IAA). Nos Estados Unidos, crescia no scio da National Research Council (NRC), criado como um Srgéo da National Academy‘of Sciences (NAS), a idéia de formar uma entidade internacional, constituf- dda to somente de pafses aliados e neutros em substi- tuigéo a IAA. Sob a lideranga de G. E. Hale, astrofisi- co de renome ¢ diretor do observatério de Monte Wilson, exercendo entdo a fungao de secretério de re- lages exteriores do NAS, 0 NRC conseguiu reunir em outubro de 1918, a Royal Society de Londres e as academias de ciéncias da Franca, da Bélgica, do Cana- dé € dos Estados Unidos para discutirem’ 0 assunto, Resolveram por unanimidade dar inicio a formagao de novas uniées cientfficas agrupadas como um todo num novo IRC (3). Como reflexo da importincia do papel dos quimicos nessa grande guerra, um dos primeiros atos desse conclave foi a criagéo da Unido Internacio- nal de Quimica Pura e Aplicada (4). O convite acima citado era para a Assembléia Constituinte do IRC que havia instado mais treze paises para compartilh4-la. Todavia por falta de re- cursos, a SBC nao péde comparecer. Uma das pri- meiras tentativas bem sucedidas de organizagao entre 0s cientistas nacionais, a SBC, no entanto, lutava para sobreviver. Na época, o ambiente brasileiro néo era Propicio para pesquisa. A tradi¢ao colonial de mais de trezentos anos tornara a C&T em corpos estranhos a sociedade brasileira. E bem verdade que em virtude do crescimento da industrializagdo, beneficiada gran- demente pelas dificuldades de comércio internacional decorrente da guerra mundial, é havia no Pais certa sensibilidade pelos problemas tecnolégicos (5). Porém ela era débil ainda para poder esperar algum amparo a pesquisa de setores privados. Assim, os parcos recur- sos destinados a C&T provinham quase que exclusi- vamente de fontes governamentais. Mesmo. nesses casos, a sua obtenc&o ndo era facil, provocando acir- rados debates parlamentares sobre a utilidade ou a inutilidade da ciéncia (6). A pequena comunidade cientifica da época tinha de se desdobrar para promo- ver as suas investigagdes, ainda que em grau minimo. A SBC era uma das formas de organizagéo dessa co- munidade para levar avante as suas reinvindicacdes e fortalecer os seus lagos internos. A bandeira da SBC era a ciéncia pura. Essa bandeira era levada as Gltimas conseqiiéncias como se pode notar pela exclusio do seu segundo Estatutos das aplicagées da cifncia que “tiverem cardter industrial e comercial” (7). Esse po- sicionamento era justificado em 1918 por H, Morize, seu primeiro presidente, nos seguintes termos: “. ‘0 surto econdmico do pais, o desenvolvimento da agri- cultura, da ind@stria e mesmo do comércio dependem da cultura cientifica da sua populagao. Tentar, em dias de hoje, aumentar a riqueza piiblica sobre a base do puro empirismo, € dotar os melhores esforgos ao mais inditil sacrificio. Qualquer reino de produgao agricola ‘ou industrial, s6 poderé ter fundamento seguro, nas atuais condicées da civilizacao, se solidamente apoiado 27 ‘em largos conhecimentos cientificos. O exemplo das ‘grandes nacdes empenhadas na tremenda luta que en- sanguentam a humanidade vem confirmar esse asser- to” (8). Se essa justficativa nao soava de forma con- vincente para a maioria da populacdo, era no entanto suficientemente persuasiva para manter a entidade vi- va. Em dezembro de 1921, as vésperas do primeiro centenrio da Independéncia, por proposta de Afranio Peixoto, a SBC transformou-se na atual Academia Brasileira de Ciéncias (ABC). ‘A adesio da ABC ao IRC se deu no ano de 1923, ‘como se vé no resumo da ata de sesso de 6 de abril: “No expediente tratou-se da adesio da Academia 20 Conselho Internacional de Pesquisa”. Contudo, so- mente apés trés anos, & que a ABC pode efetivamente comparecer a um dos congressos do IRC. Na sesso comemorativa dos seus dez anos de fundacao, no dia 3 de maio de 1926, ela resolveu aceder 20 novo convite para participar de’ uma reuniddo em Bruxelas naquele mesmo ano. Foi nomeado para representé-la o presi- dente que estava deixando 0 cargo, o professor H. Morize. Desta vez, gragas a compreensio do entéo Ministro da Agricultura, Miguel Calmon, Morize conseguiu aportar oficialmente em Bruxelas (9). Esse Miguel Calmon, € 0 mesmo Ministro que teve a clari- vidéncia de criar em 1907 0 Servigo Geol6gico ¢ Mi- neral6gico do Brasil (10). OIRC, contudo, teve vida efémera. Ele sucumbiu ante a contradigéo do propésito de promover a coo- pperacio internacional na érea cientifica ¢ a deciso de excluir dessa cooperagfio as poténcias de centro, paises estes possuidores de uma ciéncia avangada. E verdade que houve um esforco no seio do préprio IRC, lidera~ do pelo grande fisico holandés H. A. Lorentz, para apaziguar os Animos, suprimindo inclusive dos seus estatutos o pardgrafo referente a exclusdo, mas jé era tarde para reparar o ambiente de mal estar e de res sentimento instaurado (11). No entanto, para os mem- bros da ABC, essa filiagdo, a primeira do género no Brasil, deixou marcas importantes. Sobretudo, im- pressionou profundamente 0 fato dos conselhos de pesquisas ja existentes estarem desempenhando papéis de relévo no desenvolvimento cientifico de seus paf- ses. A partir de entdo, passa a ser acalentada a idéia de constituir no Brasil um conselho de pesquisas por aca- démicos como Alvaro Alberto da Motta ¢ Silva e Mi- guel Osério de Almeida que tinham participado tam- ‘bém de congressos do IRC (12). Em verdade, nas primeiras décadas do século, era quase impossfvel conseguir financiamento local para a pesquisa. Uma das poucas excecées estava na atuagio da Fundagdo Rockefeller no Brasil desde 1916, na sua 4rea preferencial, ou seja, na de sate piiblica e na de medicina. Um dos melhores resultados dessa agio foi a modernizagao da Faculdade de Medicina de Sao Paulo. Esta iniciou os seus contatos com a Rockefeller na gestio de Arnaldo Vieira de Carvalho, tendo recebido auxilios para a implantagao das cétedras de higiene de anatomia patol6gica. A adogao do regime de tempo integral (RTI), uma das exigéncias para a concessio ddos auxilios, foi fundamental para que a Faculdade se tornasse jé na década de 20 numa instituigo-modelo tanto na frea de pesquisa quanto na de ensino médico (13). Note-se que a existéncia de fundagdes do tipo da 28 Rockefeller era possfvel nos Estados Unidos gragas a uma sébia lei tributéria, permitindo aos grandes con- glomerados industriais como a Standard Oil, Eastman Kodak, American Telephone and Telegraph, General Eletric, DuPont, Westinghouse, Bell ¢ outros destina- rem vultuosas somas para a C&T. Para se ter idéia da magnitude desses investimentos, basta dizer que so- mente a Fundagao Rockefeller ¢ a Fundagao Carnegie gastaram apenas em pesquisa bésica a quantia de 2 milhdes de délares até 1920, cerca de 23 milhées na década de 20 e a cifra de 300 milhoes na década de 30 (4). A propria verba do NRC, provinha grandemente dessas fundagdes ¢ de outras corporacées de iniciativa privada (15). ‘No Brasil, afora alguns raros casos de mecenato, a situacdo era diferente. Pais ainda eminentemente primério exportador, nao tinha nenhum conglomerado industrial digno de nome nem possufa qualquer legis- lacdo tributéria favorecendo a ciéncia. Nao se poderia dentro desse quadro esperar muito de particulares em matéria de amparo a C&T. Na verdade, naquele tem- po, a fungio social destas era mais de assegurar a in- fra-estrutura dos servigos pablicos, notadamente na frea de sade ¢ da agricultura. Isso € compreensivel, uma vez que essas duas dreas dependem muito de con- digées locais de clima, de solo ¢ de ambientes biolégi- cos, em geral desconhecidas para a cultura cientifica ou tecnolégica estrangeira. Nesse caso, a transferéncia horizontal das tecnologias torna-se impossivel, re- querendo pesquisas originais (16). Nesse sentido, uma cexplorago mais racional, por exemplo, na Agricultura implicava em pesquisas de caréter cientifico. Infeliz~ ‘mente, em muitos casos, esse ponto néo foi compreen- ‘dido nem mesmo pelas pessoas diretamente envolvidas no processo. Herdeiras de uma pesada tradigio ret6ri- ca-imediatista, elas nao tinham pacigncia para esperar 0s resultados préticos da ciéncia que em geral 56 se coneretizam a médio € a longo prazo. Um exemplo caracteristico & 0 que acontecia na época com o Insti- tuto Agronémico de Campinas (TAC). Esta instituigéo criada em 1887 por D. Pedro II, tentow nos seus meiros anos seguir uma orientacéo cientifica imprit da pelo seu primeiro diretor F. W. Dafert, quimico de origem austriaca. Hostilizado por habitantes da regio que 0 acusavam de estar direcionando as pesquisas do TAC para os seus préprios interesses tedricos sem fi- nalidades préticas imediatas, Dafert amargou uma primeira demissao em 1890. Embora voltasse ao cargo no ano seguinte, e continuasse no mesmo até 1897, as suas pesquisas sobre a adubacao do cafeeiro conti- nuaram a ser questionadas como muito teéricas. Com © seu afastamento definitive, 0 IAC adotou uma orientagéo puramente pragmitica to ao gosto da épo- ca. Entrementes, os resultados foram catastr6ficos. Baseado em pesquisas insuficientes, o IAC aconselhou erradamente os fazendeiros paulistas provocando prejuizos graves © acarretando em conseqiiéncia 0 descrédito da instituigéo. Foi nesse clima que Theo- dureto Camargo conseguiu empreender uma reorgani- zagio do IAC, completada em 1927, voltando aos ‘moldes cientificos preconizados por Dafert (17). De- pois de algum tempo, 0 IAC comecou a prestar ines- timéveis servigos a lavoura paulista. Dentro de um tal ambiente, um 6rgéo de finan- ciamento, coordenagio ¢ de planejamento em C&T ‘como 0 CNPq ou qualquer outro érgéo da mesma érea 56 poderia ser estabelecido com seguranca nos cfrculos governamentais. Na verdade, 0 Governo havia tomado nna década de 20, algumas iniciativas dignas de mengéo como a criagdo da Estagao Experimental de Combus- tivel © Minérios por sugestéo de E. F. Fonseca Costa no Rio ¢ do Laboratério de Ensaios de Materiais gra- ‘gas ao esforco de A. F. Torres em Sao Paulo. Alis, a associagéo entre 0 cientista ¢ 0 estadista de larga visio de futuro foi essencial para a evolucio da C&T na ‘nossa hist6ria (18). Qui¢d a mais conhecida dessas as- sociagdes € aquela entre Oswaldo Cruz ¢ Rodrigues Alves. O apoio a satide © medicina desse estadista bem sucedido eleito duas vezes Presidente da Repiblica ¢¢ trés vezes Presidente da Provincia de Sao Paulo, j4 se manifestara antes pois havia instalado o Instituto Butantan quando governara as terras de Piratininga (19). Ao ascender & Presidéncia pela primeira vez em 1902, Rodrigues Alves escolheu como uma das metas principais do seu governo 0 sancamento do Rio de Ja- neiro, tristemente famosa no mundo inteiro pela sua insalubridade. Confiou essa tarefa ao génio cientifico de Oswaldo Cruz que a muito custo e perseveranca conseguiu erradicar a febre amarela, a peste bubénica € a variola do territ6rio nacional. Gracas a esse su- cesso, 0 Instituto de Manguinhos, sob a sua direcéo, péde adentrar no campo de pesquisa, transforman- do-se num grande centro cientifico. No entanto, nessa historia, deve-se destacar a determinagao politica de Rodrigues Alves que sustentou a orientago sanitéria do grande biomédico de Manguinhos mesmo enfren- tando uma rebelido armada contra a vacina obrigat6ria da varfola inserida nessa diretriz. Outrossim, quando em 1924 a broca ameacou os cafezais paulistas, 0 Governo Estadual nomeou uma comissio de cientistas de reconhecido valor chefiada por Arthur Neiva para enfrenté-la. O desempenho da comissio foi notdvel. Comecando por um levanta- mento de dados das regides afetadas, pesquisou as caracteristicas basicas da praga, assim como desenvol- yeu um intenso trabalho de informacao sanitéria no meio rural juntamente com 0 expurgo dos pés doentes (20). Vencida a broca, gracas a aco politica de Arthur Neiva e 0 discernimento do Governo Paulista, criou-se em 1927, 0 Instituto Biolégico (IB), com 0 objetivo de cuidar a defesa sanitéria vegetal ¢ animal do Estado. De modo similar ao caso do Instituto Os- waldo Cruz (Ex-Manguinhos), (IOC) 0 Biolégico sob a orientagdo cientifica de Henrique da Rocha Lima, conseguiria transformar-se num grande centro de pesquisas, adquirindo uma fama invejével ‘Ao longo da nossa Histéria, essa associagao esta- dista-cientista seria vital para’a implementagio da C&T no nosso meio por ser este desenraizado do pensamento cientifico. Alguns intelectuais que vis- lumbravam na educagdo ¢ na C&T as saidas para as crises da década de 20 estavam conscientes desse fato. Porisso faziam gestées para sensibilizar 0 governo da necessidade de promover o desenvolvimento cientifi- co. A atuaggo da ABC no sentido de criar um conse- Iho de pesquisas deve ser situada dentro desse con- texto. O que preocupava sobremaneira esses cientistas congregados em torno da Escola Politécnica do Rio de 29 Janeiro era a conotacéo demasiadamente prética ad- ‘uitida pela ciéncia aqui entre nés. Dentro de tal pos- ura prético-imediatista, nao haveria lugar para as Pesquisas mais profundas e de maior duracdo. Visto a longo prazo, isso inviabilizaria a modernizacdo au- (éntica do Pais. Daf terem desfraldado a bandeira da ciéncia pura como um antidoto a situacéo vigente. Tendo sido cogitada uma reforma de ensino no inicio da década de 20, ABC dirigiu uma mogao ao Presi- dente da Repiblica propondo a criagao de uma Facul- dade Superior de Ciéncias. Comentando essa mogao, Manoel Amoroso Costa, um dos académicos mais convictos da bandeira pela ciéncia pura, escrevia em 1923: “O mundo moderno, com o fanatismo do pro- gresso material, no desconhece o que deve ao traba- Iho dos homens de ciéncia. Nos paises novos esse fa- natismo € Jevado a0 auge, ¢ mesmo pessoas muito ins- trufdas ignoram por completo que existe um ideal cientifico superior ao homem que fabrica mil autom6- veis por dia, ou do que opera uma apendicite em dez ‘minutos. Daf a opinido quase unanimemente admitida entre nés: a ciéncia é Gtil, porque dela precisam os en- genheiros, os médicos, os industriais, os militares; mas néo vale a pena fazé-la no Brasil, porque € mais ba- rato importé-la da Europa, na quantidade que for es- tritamente suficiente para 0 nosso consumo... O apelo da Academia de Ciéncias é uma declaragio de principios, a que ela estava moralmente obrigada, Mas, Por muitos anos ainda, a ciéncia oficial seré entre nds, tuma tecla utilitéria € nada mais” (21). O movimento pela ciéncia pura estava intimamente ligado a0 outro centrado na Associagio Brasileira de Educacdo (A- BE), fundada em 1924 pelo Heitor Lira, batalhando por um ensino mais atualizado. Na verdade, tanto a ABC quanto a ABE cram tentativas de organizacio, de intelectuais e cientistas lutando por um lugar ao sol nna sociedade em crise, simbolizada pelos levantes te- nentistas. O CNPq, juntamente com o ministério de educagao ¢ universidades em moldes modernos, cons- tituia-se numa das plataformas dessa batalha. Porém, esse grupo no passava de um segmento minoritério dentro da nagao. Havia muito terreno a ser percorrido ainda para o ideal de conselho de pesquisas se tornar em realidade, n A Revolucdo de Trinta € um divisor de éguas, ex- pressando a0 nivel econémico, a passagem da fase ex- ‘clusivamente primério-exportadora para uma outra na qual a substituicéo de importacéo comeca a ganhar relévo. A crise econémica mundial precipitada de mo- do espetacular pela faléncia de Bolsa de Valores de Nova York em 1929, mostrou a inviabilidade de con- tinuar exclusivamente na monocultura de exportacéo baseada no café. Destarte a industrializagao comegou a entrar com mais destaque na pauta da economia brasileira. Para fazer frente a nova realidade, 0 Go- verno iniciow a modernizacao do seu aparelho admi- nistrativo e de seus instrumentos de ago. Essa tarefa evestia-se de grandes dificuldades ¢ nem sempre seria bem sucedida em virtude da tradigdo pouco lisonjeira

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