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Operador de Pregão BM&F

BOLSA DE MERCADORIAS & FUTUROS

CURSO DE OPERADOR BM&F

Rio de Janeiro – RJ
Janeiro/2006

Instituto Educacional BM&F Jan/2006


Divisão de Cursos e Eventos Educacionais
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Operador de Pregão BM&F

SUMÁRIO

II - MERCADOS FUTUROS E DE OPÇÕES

2- Introdução aos Mercados Futuros e de 67


Opções..................................................................
2.1 - Introdução............................................................................................ 67
................
2.2 - Mercado a 70
Termo.................................................................................................
2.2.1 - Problemas dos Mercados a 72
Termo........................................................
2.3 - Mercados 73
Futuros.................................................................................................
2.3.1 - Características funcionais e 74
operacionais..............................................
2.3.2 - Liquidação Física x Liquidação 75
Financeira..............................................
2.3.3 - O Conceito de Posições no Mercado 77
Futuro.........................................
2.3.4 - Diferenças entre os Mercados Futuro e a 79
Termo...................................
2.3.5 - Participantes do Mercado 80
Futuro..........................................................
2.4 - Mercado de 82
Opções.............................................................................................
2.4.1 - Características 82
Operacionais.................................................................
2.4.2 - As diferenças entre os Mercados Futuros e de 83
Opções..........................
2.5 - Mercados 89
Cambiais..............................................................................................
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2.5.1 - Taxas de 89
Câmbio..................................................................................
2.5.2 - Participantes do Mercado de 89
Câmbio...................................................
2.5.3 - Exemplo de Operações no Mercado Futuro de Dólar 92
Comercial............
2.6 - Mercados de Taxas de 94
Juros.................................................................................
2.6.1 - Mercados futuros de DI de 1 94
dia...........................................................
2.6.2 - Apresentação do 97
contrato....................................................................
2.6.3 - Ajuste 10
diário...................................................................................... 1
...
2.7 - Mercado futuro de Cupom 10
Cambial..................................................................... 3
2.7.1 - Cupom Cambial: definições e 10
conceitos............................................... 3
2.7.2 - Contrato futuro de 10
DDI........................................................................ 4
2.8 - Forward Rate Agreement de Cupom 10
Cambial…………………………………….… 9
2.8.1 - Características do FRA de 11
Cupom......................................................... 0
2.9 - Mercado futuro de Índice 11
Bovespa........................................................................ 2
2.9.1 - Apresentação do 11
Contrato................................................................... 2
2.9.2 - Exemplos de Operações no Mercado futuro de 11
IBovespa...................... 4

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II – MERCADOS FUTUROS E DE OPÇÕES

2 – Introduções aos Mercados Futuros e de Opções

Neste segundo capítulo será feito um estudo dos principais mercados


desenvolvidos na BM&F.

- Aspectos Institucionais BM&F


- Fundamentos básicos dos Mercados Futuros
- Fundamentos básicos dos Mercados de Opções
- Os Mercados Cambiais
- Os Mercados de Taxas de Juro
- Os Contratos DDI/FRA
- Os Mercados de Ibovespa Futuro

2.1 - Introdução

Aspectos Institucionais:

Atualmente, com a modernização de diversas atividades mundiais,


tornou-se altamente instável ao comportamento dos diversos preços (agrícolas,
das taxas de juros e do câmbio) em qualquer economia. No Brasil isso não é
diferente, tornando também instáveis os riscos para os agentes econômicos.
O uso do hegde pode transferir esses riscos nos mercados derivativos da
BM&F, garantindo antecipadamente um nível adequado de rentabilidade
esperada. Os mercados da BM&F são os responsáveis pela segurança e
proteção dos hedgers e pelos objetivos dos investidores quanto à
administração do risco.

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Este capítulo traz esclarecimentos básicos sobre o funcionamento do


mercado de derivativos, a fim de divulgar uma compreensão mais abrangente
da mecânica desse mercado, dos direitos e deveres dos participantes e dos
riscos envolvidos nas operações.

A Bolsa de Mercadorias & Futuros

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) é uma associação civil sem


finalidade lucrativa, cujo principal objetivo é desenvolver um centro de liquidez
de contratos derivativos, voltados essencialmente para as necessidades de
cobertura de risco. A BM&F é gerida por um Conselho de Administração
composto por membros eleitos por seus associados. A execução das diretrizes
do Conselho e a administração diária da Bolsa são realizadas pela sua diretoria,
liderada pelo Diretor Geral, que também integra o Conselho de Administração.
A BM&F tem a função central de prover um lugar adequado para a
negociação diária de contratos derivativos. As transações são realizadas na
sala de negociação (pregão) em locais especificamente designados (pits de
negociação) através de apregoação de “viva voz”. No pregão atuam os
representantes das corretoras de mercadorias que executam as ordens de
seus clientes. Os operadores acolhem as ordens diretamente das mesas de
operações de suas respectivas corretoras. A BM&F prevê ainda a participação
dos operadores especiais que agem por conta própria e são elementos
essenciais na geração de atividades.
Para participar do mercado de derivativos da BM&F, a primeira
providência é selecionar uma corretora membro da Bolsa. A Bolsa acompanha
de perto as atividades de seus associados, exigindo que os operadores
submetam-se a um exame de qualificação e solicitem seu credenciamento
junto à Bolsa, antes de serem autorizados a receber e executar ordens de
clientes. A abertura de uma conta em uma corretora implica em firmar um
contrato, um documento que obriga o cliente a saldar eventuais perdas
incorridas ao longo de uma transação. Deve haver suficiente disponibilidade de

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recursos para o depósito de margem inicial e para atendimento dos ajustes


diários. A BM&F estabelece exigências mínimas de margem, entretanto as
corretoras estão autorizadas a requerer depósitos mais elevados de acordo
com cada caso. Pela execução de uma operação em pregão, as corretoras
cobram uma taxa de corretagem.
Derivativos, definições e conceitos.

Os derivativos são ativos cuja formação de preços está sujeita a variação de


preços de outros ativos.
São instrumentos que foram criados com o objetivo de se transferir riscos
entre os participantes do mercado.
Os derivativos são formas de se negociar apenas a oscilação de preços dos
ativos sem haver necessariamente a negociação física da commodity

Na BM&F negociam-se derivativos de duas naturezas distintas:

Derivativos agropecuários: têm como ativo-objeto as commodities


agrícolas, tais como café, boi, milho, soja.

Derivativos financeiros: têm o seu valor de mercado referenciado em


alguma taxa ou índice financeiro: taxa de juros, taxas de inflação, taxas de
câmbio, índices de ações.
São quatro os principais tipos de derivativos: os mercados a termo, os
mercados futuros, as opções e os swaps.
A tabela abaixo apresenta as diferenças destas modalidades.

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Modalidade Definição

Mercado a Negociações de compra e venda de ativos para liquidação


ter futura que podem ocorrer tanto em Bolsa como também em
mo Balcão.
Mercado Negociações de compra e venda de contratos padronizados
futuro para liquidação futura, que ocorrem apenas em Bolsa.
Opções Negociação do direito de comprar ou de vender um ativo.

Swaps Acordos de troca futura de fluxos de caixa

Nas próximas seções estudaremos cada uma dessas modalidades em


detalhes.

2.2 - Mercado a Termo

Definição de Mercado a Termo:

Mercado a Termo: mercado em que são realizados acordos privados de


compra e venda de um ativo para liquidação em uma data futura por um preço
determinado.

O mercado a termo tem uma origem muito remota e seu surgimento


está associado a um problema de sazonal idade dos mercados agrícolas.
Para descrever a funcionalidade dos mercados a termo, será utilizado o
exemplo de um produtor e de um torrefador de café.
Imagine a situação do produtor de café no início da produção. O produtor
não tem nenhuma garantia do preço que poderá ser praticado ao final da safra,
pois simplificadamente, duas situações podem ocorrer:

Situação A:

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Safra Recorde: As condições climáticas favoreceram muito o cultivo de


café e ocorreu superprodução no período. O excesso de oferta levará a uma
queda acentuada de preços de venda, reduzindo a margem de lucro do
produtor. Algumas vezes, o valor de venda é insuficiente até para cobrir os
custos de produção e nesses casos, o produtor poderá preferir destruir o café a
colocá-lo no mercado, pois dessa forma ele irá minimizar seus custos com
armazenagem e transporte e ao mesmo tempo conter a pressão da oferta.

Situação B:
Escassez de café: Ocorrência de pragas, geadas ou outras intempéries
que dificultem o cultivo de café provocando escassez. Nesse caso haverá alta
nos preços do café e o produtor conseguirá vender sua produção por um preço
mais elevado do que ele imaginava anteriormente.

Imagine agora a situação do torrefador de café. O torrefador compra o


café do produtor, torra e vende para o consumidor final. Ele também não sabe
a que preço poderá negociar o café no final da safra, pois no caso da situação
B, os preços podem se elevar drasticamente atingir um nível superior ao que a
sua atividade permite.

No exemplo anterior o vendedor estará correndo o risco de uma queda


acentuada nos preços e o comprador de uma alta nos preços do café no
mercado a vista no final da safra.

O comprador corre o risco de alta acentuada nos preços.


O vendedor corre o risco de queda acentuada nos preços.

A fim de eliminar os riscos de variações adversas de preço o cafeicultor e


o produtor poderão realizar um contrato a termo que ocorrerá da seguinte
forma:

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Suponha que ao preço de R$100,00 para cada saca de 60 quilos, o


produtor consiga pagar todos os seus custos de produção e ainda obter
lucratividade razoável dentro de sua atividade. Suponha também que
R$100,00 seja o preço máximo que o torrefador possa pagar para auferir lucro
e não realizar prejuízo em sua atividade.
Para ambos, R$100,00 é um preço de negociação razoável. Logo, o
torrefador e o cafeicultor, através de um contrato a termo, poderão fazer um
compromisso de compra e venda, em que o produtor se compromete a vender
o café a esse preço no final da safra e o torrefador se compromete a comprar
esse café por essa quantia na data pré-determinada.
Dessa forma, independentemente do resultado da safra e dos preços
estabelecidos no mercado à vista no período da entrega, ambos terão seus
preços de compra e de venda travados em R$100,00 por saca.

Resultados da Operação:

Situação A:
Safra Recorde e conseqüente queda nos preços.
Suponha que o preço estabelecido no final da safra seja de R$90,00:
O produtor obterá êxito nessa operação, pois conseguirá vender sua
produção por R$100,00; um preço superior ao estabelecido pelo mercado
(R$90,00). Os custos de produção serão cobertos e a lucratividade garantida.
O torrefador pagará um preço mais alto do que o preço estabelecido
pelo mercado a vista, mas que ainda lhe convém, pois R$100,00 é um preço
que o torrefador considera razoável dentro da sua atividade.

Situação B:
Escassez de café no mercado e conseqüente alta nos preços.
Suponha que o preço estabelecido pelo mercado à vista no final da safra
seja de R$120,00; nesse caso, quem obterá êxito será o torrefador que
comprará por R$100.00, uma mercadoria cujo valor de mercado é de

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R$120,00. O produtor venderá a mercadoria para o torrefador a um preço


inferior ao estabelecido pelo mercado, mas que ainda assim cobre todos os
seus custos de produção e garante uma lucratividade razoável para sua
atividade.

Conclusão
Tanto para o comprador como para o vendedor no mercado a termo e em
ambas as situações (alta ou queda de preços), o prejuízo realizado não será
encarado propriamente como um prejuízo e sim como algo que se deixou de
ganhar, como um prêmio de seguro.
No exemplo “Cafeicultor- Torrefador”, ao preço de R$100.00 a saca, ambos
tinham seus custos cobertos e a lucratividade dentro de suas atividades
garantida.
Quando o participante entra no mercado com a finalidade de obter proteção,
ele estará abrindo mão de um possível ganho para não incorrer num prejuízo
efetivo.

2.2.1 - Problemas dos Mercados a Termo:

Falta de transparência na formação de preços:


Como os mercados a termo são negociações privadas, os demais
participantes do mercado não têm informações em relação a esse negócio. Não
há nenhum tipo de divulgação formal dos preços que são praticados, logo
nenhum participante do mercado estará certo de estar negociando pelo preço
mais justo porque não sabe como se esta se dando a formação de preços da
commodity no mercado como um todo.

Impossibilidade de recompra e revenda:

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Os contratos a termo não oferecem a possibilidade de intercambialidade


de posições, ou seja, nenhuma das partes consegue encerrar sua posição antes
da data da liquidação. Os contratos a termo são contratos particulares e
pessoais, ou seja, suas especificações só atendem as necessidades dos seus
detentores, logo o detentor dificilmente encontrará um outro participante que
aceite assumir sua posição, o que o obriga a permanecer no mercado até o
vencimento do contrato.

Risco de inadimplência e de não cumprimento do contrato


O risco de crédito e risco de não cumprimento do contrato estão
relacionados com a ausência de um sistema de garantias adequado.
Os negócios para liquidação futura envolvem elevados riscos dessa
natureza. A incerteza com relação ao crédito e o cumprimento do contrato
também representam um grande fator de desestímulo a esse tipo de
negociação.
No sentido de aprimorar os negócios para liquidação futura e sanar os
problemas anteriormente citados, surgiram os mercados futuros cuja
funcionalidade será apresentada na próxima seção.
Vale a pena frisar, que os mercados a termo não foram extintos e alguns
deles apresentam substancial liquidez, como por exemplo, os contratos a
termo de ações da Bovespa.

2.3 - Mercados Futuros

Definição de Mercados Futuros:

Mercados Futuros: Operação de compra e venda de uma determinada


quantidade de um ativo padronizado, por um preço combinado entre elas, para
liquidação em uma data futura.

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Os contratos futuros são modalidades operacionais muito semelhantes


aos mercados a termo com a diferença de serem negociados somente em
bolsa.
Assim como nos mercados a termo, nos mercados futuros também são
realizadas operações de compra e venda de um ativo para uma data futura,
por um preço determinado previamente, porém as operações são realizadas
somente através de um pregão de Bolsa.
O pregão de Bolsa nada mais é do que um sistema de leilões múltiplos
onde ofertas de compra e de venda são realizadas simultaneamente. As
informações dos negócios realizados no pregão são divulgadas publicamente a
todos os participantes do mercado, o que lhes confere total transparência na
formação de preços. Essa é uma das principais vantagens do mercado futuro
em relação ao mercado termo.
Nas próximas seções serão apresentados maiores detalhes destes
mercados.

2.3.1 - Características funcionais e operacionais

O Conceito de Padronização de Contratos e sua Importância para


os Mercados Futuros:
Entende-se por um contrato padronizado, um contrato que possua uma
estrutura previamente padronizada por regulamentação de bolsa,
estabelecendo limites quanto à especificação do produto, a qualidade, locais e
datas de entrega, embalagem, meios de transporte e formalidades de entrega
e pagamento.

Abaixo estão relacionadas as principais especificações contratuais:

1. Objeto de negociação:
É a descrição do ativo cuja oscilação de preços está em negociação.
Exemplo: Café, Dólar, Boi.
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2. Cotação:
É a unidade de valor atribuída a cada unidade física da commodity em
negociação. Exemplo: reais por saca, reais por dólares.

3. Unidade de negociação:
É o tamanho do contrato. Por exemplo: O tamanho do contrato de café é
de 60 sacas de 100 kg, o de dólar é de cinqüenta mil dólares.
4. Datas de vencimento
Meses em que serão liquidados os contratos. São determinados de
acordo com a conveniência dos participantes mercados.

2.3.2 - Liquidação Física X Liquidação Financeira:

A liquidação das operações, tanto nos mercados a termo como nos


mercados futuros podem ocorrer de duas formas:

Liquidação Física: O negócio é liquidado mediante a entrega física da


commodity.
Liquidação Financeira: A liquidação é feita através de um acerto financeiro,
pelo diferencial entre compra e venda sem haver a entrega física da
commodity.

Na liquidação física, há a entrega efetiva do ativo objeto do contrato. É


comum nos mercados agrícolas e consiste na entrega física do ativo em
negociação na data do vencimento do contrato.
Em muitos casos, a liquidação física pode ser muito dispendiosa ou ainda
indesejável, pois o participante pode não ter nenhum interesse no ativo objeto,
sendo o seu único intuito a obtenção do valor do diferencial entre compra e
venda desse ativo (especuladores). Nesses casos opta-se pela liquidação
financeira que consiste em um acerto financeiro em relação ao preço à vista do
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ativo: Se o preço à vista se movimentou favoravelmente, o participante


receberá um valor correspondente ao saldo positivo obtido do diferencial entre
compra e venda. Caso contrário o participante pagará o saldo negativo à sua
contraparte.
Alguns contratos, como os futuros de café e milho admitem ambas as
formas de liquidação, mas a maior parte dos contratos futuros admite apenas a
liquidação financeira.

Os exemplos a seguir ilustram a liquidação de um contrato por


diferença:

Negociação de dez contratos de compra e venda de café a R$100,00 a


saca. O tamanho do contrato é de 100 sacas de 60 kg. A cotação da saca no
final da safra é de R$90,00. Qual é o resultado da operação para o comprador
e para o vendedor?

Resultado da operação para o comprador:


10 x (100 x R$90) – 10 x (100 x R$100) = -R$1.000,00

Resultado da operação para o comprador:


10 x (100 x R$100) – 10 x (100 x R$90) = +R$1.000,00

O COMPRADOR PAGARÁ R$10.000,00 PARA O VENDEDOR

Mas se a cotação no mercado a vista fosse a R$110,00?

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Resultado da operação para o comprador:


10 x (100 x R$110) – 10 x (100 x R$100) = +R$10.000,00

Resultado da operação para o comprador:


10 x (100 x R$100) – 10 x (100 x R$110) = -R$10.000,00

O VENDEDOR PAGARÁ R$10.000,00 PARA O COMPRADOR

Nos mercados futuros a liquidação física é muito rara e só está presente


em alguns contratos agrícolas. Em contrato futuro apenas duas variáveis
(preço e nº de contratos) estão em negociação. As demais variáveis estão
definidas pelo contrato em questão. Poucos são os participantes que estão
preocupados em receber ou entregar a mercadoria no futuro, mas sim garantir
o preço da mercadoria para uma data futura. Uma vez que os mercados
futuros não têm como objetivo proteger os agentes econômicos de problemas
de abastecimento e sim de variações adversas de preços, a liquidação
financeira se tornou a mais vantajosa.

2.3.3 - O Conceito de Posições no Mercado Futuro

A seguir a definição de posição no mercado futuro que se encontra no


regulamento das operações da BM&F:

Posição: O saldo numa determinada data, resultante das operações realizadas


por um mesmo cliente, com o mesmo contrato, intermediadas pela mesma
corretora de mercadorias e registradas pelo mesmo Agente de Compensação.

Uma posição pode ser definida, de forma simplificada, como sendo o


saldo líquido dos contratos negociados por um mesmo contratante para um
mesmo vencimento através de operações no mercado futuro.
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Abertura de posições:
A abertura de uma posição no mercado futuro se dá através da compra
ou venda de contratos futuros. Assim sendo podemos afirmar que um
participante está abrindo uma posição quando toma para si uma posição
comprada ou vendida em um determinado vencimento no mercado futuro que
anteriormente ele não possuía No jargão do mercado, diz-se que o comprador
do contrato está long e o vendedor short.
Classifica-se um participante como short (vendido) ou long (comprado)
de acordo com sua posição líquida para um determinado vencimento no
mercado futuro. Se o número de contratos vendidos é maior do que o número
de contratos comprados, sua posição é vendedora, caso contrário a sua
posição é compradora.
É importante frisar que a posição líquida é determinada para um único
vencimento.

Exemplos:
Suponha que um participante tenha comprado trinta contratos futuros
de taxa de câmbio reais por dólar para o vencimento do mês de abril e vendido
a mesma quantidade de contratos para o mês de maio. Qual é a sua posição
líquida?
Esse participante estará assumindo uma posição comprada para abril
em trinta contratos e vendida para maio em 30 contratos.

Mas se o participante do exemplo anterior tivesse comprado 30


contratos de dólar para vencimento no mês de março e vendido 20 contratos
de dólar para esse mesmo vencimento, qual seria sua posição líquida?

Resposta: A posição líquida seria comprada em dez contratos.

Encerramento das posições:

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O encerramento de uma posição no mercado futuro se dá através de


uma operação de natureza inversa à original. Dessa forma o participante
estará transferindo seus direitos e haveres para outro participante.
O quadro abaixo sintetiza os procedimentos de abertura e encerramento
das posições:

Abertura da Posição Encerramento da Posição

Comprada Venda de contratos

Vendida Compra de contratos

Exemplo:

Suponha que um participante tenha assumido uma posição comprada


em 30 contratos de IBOVESPA futuro para o vencimento no mês de março e
deseja encerrar sua posição antes da data do vencimento. Como esse
participante deve proceder?
O participante deverá vender 30 contratos de IBOVESPA futuro para o
vencimento no mês de março. Sendo a posição igual ao saldo líquido do
número de contratos comprados e vendidos para o mesmo vencimento, sua
posição será igual a zero.

Ajuste diário:

O ajuste diário é um sistema de equalização de todas as posições no


mercado futuro, com base no preço de compensação do dia, e com
conseqüente movimentação diária de débitos e créditos nas contas dos
Clientes, de acordo com a variação negativa ou positiva no valor das posições
por ele mantidas.

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Assim sendo, os participantes recebem os seus lucros e pagam os seus


prejuízos de modo que o risco assumido pela Clearing se decompõe
diariamente.
Além disso, o ajuste diário é uma forma de obrigar os participantes a
reavaliarem suas posições diariamente, de modo à “expulsar” do mercado
participantes que estão acumulando grandes perdas.
O ajuste diário é uma das grandes diferenças entre os mercados Futuros
e a Termo. Nesses últimos há um único ajuste na data do vencimento de modo
que se acumula toda a perda (ou ganho) para o último dia, logo o risco de não
cumprimento do contrato é muito maior do que nos mercados futuros onde os
prejuízos (e ganhos) são acertados diariamente.
O mecanismo de ajuste diário será melhor ilustrado no decorrer das
explicações das operações no mercado futuro.

2.3.4 - Diferenças entre os Mercados Futuro e a Termo

Uma vez apresentados os dois mercados podemos identificar as


diferenças entre eles. Na tabela a seguir estão relacionadas as principais
diferenças entre os mercados futuros e a termo:

Mercado a Termo Mercado Futuro


Negociações em Balcão ou em bolsa Negociações somente em Bolsa
Predomínio da entrega física Predomínio da liquidação financeira
Ativos não padronizados Ativos Padronizados
Impossibilidade de se encerrar a Intercambialidade de posições.
posição antes da data da liquidação
do contrato.
Uma única movimentação financeira Ajuste diário
na data do vencimento.
Os riscos de crédito devem ser A Câmara de Compensação da Bolsa de
completamente assumidos pelas Futuros (“Clearing”) assume os riscos de
contrapartes crédito dos participantes.
2.3.5 - Participantes do Mercado Futuro:
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A tabela a seguir sintetiza a participação de cada um dos integrantes do


mercado Futuro:

Participante Objetivo
Hedger Obter proteção
Clientes Arbitrador Obter lucro (Livre de riscos)
Especulador Obter lucro (assumindo riscos)
Agentes Corretora Estabelece o relacionamento entre o
Operacion cliente e a corretora.
ais Membro de Garante as posições da corretora
compensação perante a Bolsa.
Clearing Registro das Operações, Compensação
e liquidação dos Contratos.
Bolsa Oferece a infra-estrutura ao mercado.

Hedgers:
Os hedgers são os participantes para os quais os mercados futuros
foram criados.
O objetivo dos hedgers no mercado futuro é obter proteção contra
oscilação de preço, ou seja, são participantes que tem alguma negociação no
mercado físico cujo preço está sujeito a variações de difícil controle.
A principal preocupação do hedger não é obter lucro através de
operações no mercado futuro, mas garantir o preço de compra ou de venda de
uma determinada commodity numa data futura e eliminar o risco de variações
adversas de preço.

Exemplos de Hedgers:

Produtor agrícola que participa do mercado futuro para travar o preço de


venda e não corre o risco de uma queda acentuada de preços.
Um importador que tem um passivo em dólares e compra contratos
cambiais no mercado futuro porque teme que o dólar sofra uma alta acentuada
quando ele tiver que comprar dólares no mercado.
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Arbitradores:
O arbitrador é um participante que tem como o objetivo o lucro, mas o
arbitrador não assume nenhum risco.
Sua atividade consiste em buscar distorções de preços entre mercados,
e tirar proveito dessa diferença ou da expectativa futura dessa diferença.
A estratégia do arbitrador consiste em comprar no mercado onde o
preço está mais barato e vender no mercado onde está mais caro, lucrando um
diferencial de compra e venda completamente imune a riscos porque ele sabe
exatamente por quanto ele irá comprar e a quanto vender.
É importante notar que à medida que os arbitradores compram no
mercado A e vendem no mercado B, estão aumentando a procura no mercado
A (e consequentemente os preços) enquanto há um aumento de oferta e queda
de preços no mercado B. Num dado momento, os dois preços tendem a se
equilibrar num preço intermediário e o arbitrador acaba por agir exatamente
como um árbitro por acabar com as distorções de preços entre mercados.

Especuladores
O especulador é um participante cujo principal objetivo é a obtenção de
lucro.
Diferentemente dos hedgers, os especuladores não têm nenhuma
negociação no mercado físico que necessite de proteção. Sua atuação consiste
na compra e na venda de contratos futuros apenas com o objetivo de ganhar o
diferencial entre o preço de compra e de venda, não tendo nenhum interesse
no ativo objeto.
O conceito dos especuladores tem recebido, na mídia financeira, uma
conotação muito depreciativa, talvez devido ao fato do seu objetivo ser apenas
o lucro.
No entanto, a participação dos especuladores é fundamental nos
mercados futuros, pois ele é o único participante que é tomador de riscos.
Quando os hedgers entram no mercado futuro, eles não estão propriamente

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eliminando o risco de variações adversas de preços e sim transferindo esse


risco para outro participante. Como já foi demonstrado anteriormente, os
arbitradores também não assumem riscos.
O único participante que assume risco é o especulador, que entra no
mercado arriscando o seu capital em busca de lucro. Dessa forma, a
especulação aumenta o volume negociado, trazendo liquidez para o mercado.
Como as posições assumidas pelos especuladores são muito arriscadas e
eles não precisam do ativo objeto, eles não costumam permanecer por muito
tempo no mercado e dificilmente carregam suas posições até a data da
liquidação do contrato. O fato dos especuladores estarem abrindo e
encerrando suas posições a todo momento, faz com que o volume negociado
aumente, trazendo liquidez para o mercado.
A operação de especulação mais conhecida é a Day-Trade, que
consiste na abertura e no encerramento da posição no mesmo dia.

2.4 - Mercado de Opções

2.4.1 - Características Operacionais

No Mercado de Opções é negociado o direito de compra ou de venda algum


ativo, numa data futura por preço pré-determinado, denominado preço de
exercício.

Os Participantes do Mercado de Opções

Os contratos de opções envolvem basicamente dois participantes, o


titular e o lançador da opção:
Titular da Opção: O titular compra do lançador da opção o direito de
comprar ou vender algum ativo numa data futura, por um preço pré-
determinado.

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Ë importante frisar que o titular é detentor de um direito que ele pode


exercer ou não, de acordo com a sua conveniência.
Para obter esse direito, o titular da opção paga ao lançador, em data
presente, um valor, o prêmio da opção.

Prêmio da Opção: Definimos como prêmio o valor pago pelo titular ao


lançador para obter um direito. É o valor da opção que é negociado entre as
partes (no pregão viva voz, sistema eletrônico ou no mercado de balcão), ou
seja, é a o preço da opção.

Lançador da Opção: O lançador da opção vende ao titular o direito de


comprar ou vender algum ativo, numa data futura por um preço pré-
determinado, porém o lançador tem uma obrigação para com o titular da
opção, ou seja, uma vez que o titular resolver exercer o seu direito o lançador
tem a obrigação de cumprir o contrato. Para assumir essa obrigação o lançador
recebe, em data presente, do titular um valor, que é o prêmio da opção.

Preço de exercício: Preço pelo qual o titular da opção poderá exercer seu
direito.

Existem dois tipos de Opções:

Opção de Compra: denominada também como Call, é a opção que


fornece ao titular o direito de comprar o ativo objeto e ao lançador, a obrigação
de vendê-lo.
Os titulares de uma opção de compra são agentes com interesse de
compra do ativo em uma data futura, garantindo o preço máximo a ser pago
(preço de exercício).
Os lançadores são agentes que assumem a obrigação de vender o ativo
da opção, caso o titular assim deseje, na data do exercício, em troca do
pagamento presente de um prêmio.
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Opção de Venda: denominada também como Put, é a opção que


fornece ao titular o direito de vender o ativo objeto e ao lançador, a obrigação
de comprá-lo. Os titulares de uma opção de venda são agentes que desejam
vender um ativo em uma data futura, garantindo o preço mínimo de venda do
ativo (preço de exercício).
Os lançadores são agentes que assumem a obrigação de comprar o
ativo, caso o titular assim exigir, na data do exercício, em troca do pagamento
presente de um prêmio.

2.4.2 - As diferenças entre os Mercados Futuros e de Opções:

As vantagens dos mercados de opções em relação aos mercados


futuros:

Há duas características que impõe limitações aos participantes dos


mercados futuros:
Os mercados futuros permitem apenas a proteção contra oscilações
desfavoráveis de preços, mas não permitem, entretanto, que os seus
participantes possam aproveitar de um movimento favorável de preços. Isso
porque o preço que é fixado na abertura da posição é o preço liquido alcançado
com a operação, ou seja, independente dos preços no mercado físico terem se
movimentado, favoravelmente ou não, no fim da operação, a posição será
encerrada por aquele preço estipulado na abertura da posição.
Todos participantes do mercado futuro devem depositar a margem de
garantia, porque ambos (comprador e vendedor) oferecem risco ao sistema.
Além do depósito da margem, o participante deve dispor de uma quantia
razoável para poder cobrir os eventuais ajustes diários negativos. Assim sendo,
o participante fica com um capital imobilizado devido à margem de garantia e
ainda deve administrar ajustes diários, o que pode ser muito custoso,
principalmente aos hedgers.

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Os mercados de opções possuem algumas características que


solucionam os problemas dos mercados futuros apontados anteriormente.
A principal distinção entre os mercados futuros e os mercados de
opções, é que nos primeiros tanto comprador quanto o vendedor possuem
obrigações e no segundo, uma das partes possui uma obrigação (lançador) e a
outra um direito (titular).

Assim sendo, os titulares das opções tem a possibilidade de se proteger


apenas contra a alta ou queda de preços exercendo ou não o seu direito.
As margens de garantia e ajustes diários que desestimulam muitos
participantes, são substituídas por um único pagamento inicial (prêmio da
opção) que é também a perda máxima que o titular pode realizar. Apenas o
lançador da opção precisa depositar a margem, pois é o único que oferece
risco de não cumprimento do contrato.
O próximo quadro sintetiza as diferenças funcionais e operacionais entre
os Mercados Futuros e de Opções:

Mercados Futuros Opções


As duas contrapartes possuem Uma contraparte possui uma obrigação
obrigações quando da liquidação do (lançador) e outra um direito (titular).
negócio.
O preço de abertura de uma posição Os mercados de opções permitem aos
a futuro é o preço liquido alcançado seus titulares montar estratégias que
pela estratégia. O comprador ou permitem a proteção apenas contra a
vendedor do contrato negocia a alta ou a queda de preços de modo que
mercadoria por um preço fixo é possível aproveitar movimentos
independente das cotações no favoráveis de preços.
mercado a vista terem caído ou
subido É possível se garantir contra
movimentos desfavoráveis de preço e
não é possível aproveitar as
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oscilações favoráveis do Mercado.


Comprador e vendedor devem O titular da opção faz apenas um
depositar margem de garantia pagamento inicial (prêmio da opção) e
não precisa depositar a margem de
garantia.
Apenas o lançador da opção necessita
depositar a margem de garantia.
Ajuste diário Ausência de ajuste diário

Com os conceitos apresentados anteriormente podemos apresentar a


definição completa dos participantes do Mercado de Opções:

Participante Definição
Comprador de uma É o titular que tem o direito de comprar o ativo objeto
Opção de Compra por um preço de exercício até ou na data de
exercício.
Vendedor de uma Opção É o lançador, possui a obrigação de vender o ativo
de Compra objeto, se o titular exigir, pelo preço de exercício até
ou na data de exercício.
Comprador de uma É o titular que tem o direito de vender o ativo objeto
Opção de Venda por um preço de exercício até ou na data de
exercício.
Vendedor de uma Opção É o lançador, possui a obrigação de comprar o ativo
de Venda objeto, se o titular exigir, pelo preço de exercício até
ou na data de exercício.

Exemplo de uma operação no Mercado de Opções:

Compra de uma Call (opção de compra) para vencimento em 20 de


fevereiro de 2003 com preço de exercício R$ 2.500,00; pagando um prêmio de
R$100,00.

Interpretação:
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O comprador da opção (titular) estará adquirindo o direito (mas não a


obrigação) de comprar um determinado ativo por R$ 2.500,00. O vendedor da
opção (titular) estará assumindo a obrigação de vender o ativo se o titular
assim o desejar. Para assumir essa obrigação, o lançador recebeu do titular um
valor presente de R$100,00 (prêmio).

Situações possíveis:

O valor do ativo objeto é superior ao preço de exercício:


Suponha que o valor do ativo objeto na data do exercício seja de R$
2.800,00. Esse valor é maior do que o preço de exercício somado ao prêmio
(R$ 2.500,00+ R$100,00=R$2.600,00), logo o titular exercerá o seu direito,
pois dessa forma ele estará obtendo um ganho líquido de R$200,00
(R$2.800,00- R$2.600,00=R$200,00).

O valor do ativo objeto é inferior ao preço de exercício:


Suponha que o valor do ativo objeto no Mercado à vista na data de
exercício seja de R$2.200,00. Nesse caso o valor do ativo objeto no Mercado a
vista é inferior ao preço de exercício somado ao prêmio
(R$2.200,00+R$100,00= R$2.300,00). Nesse caso a opção não será exercida
porque o comprador poderá comprar o ativo no mercado à vista por um preço
inferior ao preço de exercício. O titular abrirá mão do seu direito perdendo
apenas R$100,00 (prêmio da opção).

O Valor do ativo objeto é inferior ao preço de exercício:

Suponha agora que o valor à vista do ativo objeto seja de R$2.500,00. O


preço a vista do ativo é igual ao de exercício. Nesta situação para o titular será
indiferente exercer a opção ou não.

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Classificação:
As opções podem ser classificadas de diversas formas. Abaixo estão
relacionadas algumas delas:
Classificação conforme a relação do preço de exercício com o preço à
vista do ativo objeto (Preço a Vista x Preço de Exercício).

Segue abaixo a tabela de classificação de acordo com a relação do preço


de exercício com o preço a vista do ativo objeto:

Classificação Call Put


Dentro do Preço do Exercício menor Preço de Exercício maior que o
dinheir que o Preço à Vista Preço à Vista
o
No dinheiro Preço de Exercício igual ao Preço de Exercício igual ao
Preço à Vista Preço à Vista
Fora do Preço de Exercício maior que Preço de Exercício menor que o
dinheiro o Preço à Vista Preço à Vista

Portanto, na situação A, do exemplo da seção anterior, classificamos a


opção como “Dentro do dinheiro”, na situação B como “Fora do dinheiro” e na
situação C como “No dinheiro”.

Classificação quanto ao Prazo de exercício

Opções Americanas: Opção que dá ao titular o direito de exercício até


a data de Exercício.

Opções Européias: Opção que dá ao titular o direito de exercício


apenas na data de vencimento.

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Na BM&F, as Opções variam de acordo com os ativos negociados:

Ativo negociado Tipo de Opção


IBOVESPA Call : Americana
Put : Européia
OURO Call : Americana
Put : Européia
DÓLAR Call: Européia e Americana
Put: Européia e Americana

IDI Call: Européia


Put: Européia
AGROPECUÁRIOS Call e Put: Americana

Classificação quanto ao objeto do Contrato:

Opções sobre disponível: são opções cujo objeto do contrato é o


próprio ativo objeto
Exemplos: opções sobre ações, opções sobre ouro.

Opções sobre futuro: são opções cujo objeto do contrato é um


contrato futuro de um determinado ativo objeto.
Exemplos: opções sobre Ibovespa, opções sobre Boi Gordo, opções sobre
Café.
Um comprador de opção de venda (Put) de Ibovespa exercendo seu
direito receberá contratos futuros de Ibovespa com a posição vendida e neste
mesmo dia ficará sujeito aos mecanismos dos contratos futuros, sofrerá ajuste
diário e deverá depositar margem. Caso leve sua operação à data de exercício
compulsoriamente a bolsa registrará uma posição vendida em futuros do
Ibovespa na mesma quantidade que possuía com opções.
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2.5 - Mercados Cambiais

2.5.1 - Taxas de Câmbio

A Taxa de câmbio pode ser definida como o valor de uma moeda em função
de outra, ou seja o valor da moeda estrangeira em termos da moeda
doméstica ou em outras palavras, a taxa de conversão de uma moeda em
outra.

Exemplos:
1U$$ = R$ 3,15 , leia é necessário R$3,15 para se comprar um Dólar.
1 Euro= R$ 3,70, leia é necessário R$3,70 para se comprar um Euro.
A taxa de câmbio é um preço e assim como os demais preços da
economia são determinados pela interação conjunta dos compradores e
vendedores que negociam moeda estrangeira, ou seja a taxa de câmbio é a
taxa que equilibra a demanda e a oferta de divisas (moeda estrangeira) e é
determinada nos mercados cambiais.

2.5.2 - Participantes do Mercado de Câmbio:

Os principais participantes do Mercado de Câmbio são os bancos


comerciais, as empresas que participam do comércio internacional, instituições
financeiras não bancárias e os Bancos Centrais. Segue abaixo uma breve
descrição das características de cada um desses participantes:

* Bancos Comerciais:

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Praticamente todas as transações internacionais envolvem débito e


crédito das contas de bancos comerciais e a grande maioria das transações de
câmbio envolvem trocas de depósitos bancários denominados em moedas
diferentes.
Além disso, atualmente, a maior parte das atividades no mercado de
câmbio são realizadas no mercado interbancário (negociações entre bancos)
Nesse mercado nenhuma quantidade inferior a R$1.000.000,00 é
comercializada.
As taxas de câmbio disponíveis para as empresas, denominadas taxas
de “varejo’, são em geral bem menos favoráveis do que as taxas de
‘’atacado’’. O diferencial entre as taxas de varejo e de atacado é a
remuneração dos bancos para realizar negócios.
Isso faz com que os bancos comerciais estejam sempre no centro do
Mercado de Câmbio.

* Empresas
Empresas multinacionais efetuam pagamentos ou recebem suas receitas
em moedas diferentes dos países em que estão sediadas. Empresas
exportadoras e importadoras tem suas atividades extremamente ligadas ao
Mercado cambial.

* Instituições financeiras não bancárias:


Compreendem corretoras, fundos de investimento, fundos de pensão,
enfim investidores institucionais, que não captam seus recursos a partir de
depósitos à vista (como fazem os bancos comerciais), e que oferecem uma
gama de serviços a seus clientes muito semelhantes ao dos bancos.
A participação das instituições financeiras não bancárias nos mercados
cambiais, é recente e ocorreu em consequência da desregulamentação dos
mercados financeiros nas últimas décadas. Desde então essa participação tem
aumentado progressivamente.

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* Bancos Centrais:
Os Bancos Centrais intervêm no mercado de câmbio, em alguns casos,
através da compra ou venda de divisas para executar a politica monetária.
Embora o volume das transações realizadas pelos Bancos Centrais não
sejam grandes, os efeito dessas transações podem ser enormes pois os demais
participantes dos mercados cambiais veêm as decisões dos Bancos Centrais
como sinais das políticas macroeconômicas que poderão influenciar as taxas
de cambio

A demanda por moeda estrangeira:


A demanda por moeda estrangeira pode ser impusionada por diversos
motivos. Nesse texto nos concentraremos nos motivos transação e
especulação.
Os participantes que demandam moeda estrangeira para transações
são:
Importadores de bens e serviços, como por exemplo:
- Importação de bens e serviços
- Turismo Remissivo
- Pagamentos ao exterior
- Amortizações e empréstimos ou financiamentos
Os participantes que demandam moeda para fins de especulação são
investidores que vislumbram obter ganhos do seu capital através de aplicações
em moeda estrangeira. A demanda desses participantes por um depósito em
moeda estrangeira é determinada pelos mesmas considerações que
determinam a demanda de qualquer outro ativo, mas o principal dessas
considerações é a visão de quanto valerá o depósito no futuro. O valor futuro
de um depósito em moeda estrangeira depende de dois fatores: a taxa de
juros que um depósito nessa moeda oferece e a expectativa de mudança
na taxa de cambio em relação a outras moedas.

A Oferta por moeda estrangeira:

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A oferta de moeda estrangeira é influenciada por razões análogas à


demanda ou seja por exportadores de bens e serviços que tem suas receitas
em moeda estrangeira, turismo receptivo, recursos captados no exterior
(empréstimos, financiamentos e pagamentos antecipados) ou ainda
recebimentos diversos como lucros juros e dividendos, doações, heranças.

O Mercado futuro de Dólar Comercial:


Sendo o dólar a moeda veículo para transações internacionais e tendo as
autoridades monetárias adotado um regime de taxas de câmbio flexíveis,
tornou-se imprescindível a criação de mecanismos de proteção aos agentes
econômicos que estão sujeitos à variação cambial.
O contrato futuro de taxa de câmbio reais por dólares dos Estados
Unidos é um dos principais instrumentos de hedge nos mercados cambiais.
São exemplos de hedgers nesse mercado: importadores, exportadores e
empresas em geral que tenham ativos ou dívidas atreladas ao dólar.

A seguir o resumo desse contrato:

Resumo do Contrato
Objeto de negociação: taxas de câmbio de reais por dólares dos EUA
para pronta entrega
Tamanho do Contrato: US$50.000.000
Data de Vencimento: primeiro dia útil do mês de vencimento
Cotação: Reais por mil dólares
Limite de Oscilação Diária: 5%
Fórmula do ajuste diário:
1ºdia:
AD= (Pat-PO) x m x n

Posições mantidas em aberto no dia anterior:

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AD = (Pat-Pa (t-1)) x m x n
Onde:
AD: valor do ajuste diário
Pat: preço de ajuste do dia
PO: preço da operação
N: nº de contratos
Pa (t-1): preço de ajuste do dia anterior

2.5.3 - Exemplo de Operações no Mercado Futuro de Dólar


Comercial

1 – Um participante compra 10 contratos de DOL FEV3 em 13/11/2002


ao preço de R$ 3.511,00 por contrato. Qual o ajuste ao final do dia?

Resolução
AD= (Pat-PO) x m x n
AD= (3,51212-3.511,00) x10 x 50.0000 = 560
Resposta: O participante receberá um ajuste de R$560,00

2 – Este participante mantém os mesmos 10 contratos no dia


14/11/2002. Qual o ajuste no final do dia?

Resolução
AD= (Pat-Pa (t-1)) x m x n
AD= (3,603. 49 – 3.512.12) X 50.000 x 10= 45.685,00

3 – No dia 18/11/2002 o participante vende 5 dos seus contratos ao


preço de R$3.484,00 por contrato. Qual o ajuste ao final do dia?

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Resolução
Ajuste das Posições encerradas
AD= (3.484,00-3,48570) x 5 x 50.000 = (R$425)

Ajuste das posições mantidas em aberto


AD= (3,48570 – 3,603. 49) x 50.000 x 10= (R$58895,00)

Data Spot Dezem


01/11/02 3.6113 3,5
04/11/02 3.5418 3,5
,
05/11/02 3.5625 3,5
06/11/02 3.5976 3,6
07/11/02 3.6218 3,5
08/11/02 3.5271 3,5
11/11/02 3.5035 3,4
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12/11/02Divisão de Cursos e Eventos Educacionais
35
3.5527 3,5
13/11/02 3.6342 3,6
14/11/02 3.6797 3,7
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2.6 – Mercados de Taxas de Juros

Os Mercados futuros de taxas de juros e de moedas surgiram no


contexto das transformações econômicas assistidas mundialmente na década
de 70 que levaram a profundas mudanças nos regimes cambiais e no
comportamento das taxas de juros, impondo aos vários segmentos da
atividade econômica exposição a riscos até então desconhecidos.
Tal situação exigiu o desenvolvimento de formas de gerenciamento de
riscos contra a volatilidade do câmbio e das taxas de juros. Criaram-se então
os derivativos de juros e moedas, como alternativa de proteção a esses novos
riscos.
Atualmente, os derivativos referenciados em taxas de juros são os mais
negociados no mundo. Na BM&F, os contratos de DI, ocupam uma posição de
destaque representando cerca de 60% do volume financeiro negociado
diariamente.

Neste capítulo apresentaremos os instrumentos oferecidos pela BM&F.

2.6.1 - Mercados futuros de DI de 1 dia

Operações de depósito Interfinanceiro – O Mercado de CDI à


vista

Antes de entrarmos em matéria com os mercados futuros de DI, é


preciso compreender o funcionamento das operações de CDI, uma vez que o
contrato de DI é um derivativo das negociações.

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O CDI é um título de dívida, utilizado como instrumento de transferência


de recursos entre os Bancos.
O mercado à vista de CDI, conhecido também como mercado
interbancário, foi criado em 1986 junto com a implantação do Plano Cruzado e
tem como finalidade a transferência ágil de recursos e de liquidez entre as
instituições financeiras que constituem o sistema financeiro.
Apenas às instituições financeiras é permitida a participação neste
mercado. O sucesso desse tipo de operação deve-se ao fato de ser uma fonte
rápida de captação de recursos, em que o mercado redistribui a liquidez do
Sistema sem a participação do Bacen. Quando o Bacen interfere diretamente
das operações de transferência de recursos entre bancos, isso incorre em
varias implicações como alteração da Base Monetária, ou criação de moeda,
enfim efeitos colaterais à política monetária do país que são ausentes no
mercado CDI.
Como se operacionalizam as operações de CDI
O CDI over é um título de dívida emitida por uma instituição financeira
por apenas um dia. Podem ser emitidos títulos com prazos de vencimento
maiores que 1 dia: 30, 60, 360 dias, por exemplo.
As operações de CDI são registradas pela CETIP (Central de liquidação e
Custódia de Títulos) que é uma instituição que se constitui sob a forma de um
mercado de balcão organizado, que se incumbe do registro de operações dessa
natureza e divulga diariamente as taxas médias do CDI, denominadas taxa
CDI-CETIP.
Um dos principais componentes de formação da taxa CDI/Cetip é o
prêmio pelo risco. Dado que uma instituição que concede o empréstimo nunca
tem certeza da devolução do valor concedido, as taxas de juros são acrescidas
de um ágio de risco que aumenta ou diminui de acordo com a confiança na
concessão de crédito.

Exemplo de operação de CDI

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Valor de ida = R$10.000.000,00


1
 18,50 
252
Valor de Volta= R$10.000.000,00x
 1+ =R$10.00
6.738,09
 100 

Devido à ampla generalização do uso das instituições financeiras do mercado


de CDI como fonte de captação de recursos, podemos dizer que o CDI é uma
operação de empréstimo entre bancos e a taxa média CDI/CETIP é a taxa
referencial básica do custo interbancário.

Os Futuros de DI de 1 dia

Resumo do Contrato:
1) Ativo Objeto:
Taxa de juro efetivo até o vencimento do contrato, definida para esse
efeito pela acumulação das taxas diárias de DI no período compreendido entre
a data de negociação e o último dia de negociação do contrato.
2) Cotação:
Taxa de juro efetiva anual base 252 dias úteis, com até três casas
decimais.
3) Variação mínima de apregoação:
0,001 pontos por taxa
4) Unidade de negociação
PU (preço unitário) multiplicado pelo valor em reais de cada ponto,
estabelecido pela BM&F.
5) Meses de Vencimento:
Os quatro primeiros meses subseqüentes ao mês em que a operação foi
realizada e, a partir daí, os meses que se caracterizarem como início de
trimestre.

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6) Data de Vencimento
Primeiro dia útil do mês de vencimento
7) Ultimo dia de negociação
Dia útil anterior à data do vencimento
8) Ajuste diário
Ajuste das operações realizadas no dia
ADt = (PAt-PO) x M x N
Ajuste das posições em aberto no dia anterior
ADt = [PAt – (PAt-1 x FCt)] x M x N
Onde:
ADt = valor do ajuste diário, em reais, referente à data “t’’
PAt =preço de ajuste diário do contrato na data “t”, para o vencimento
respectivo
PO = preço da operação, em PU, calculado da seguinte forma após o
fechamento do negócio
M= valor em reais de cada ponto de PU, estabelecido pela BM&F
N=nº de contratos
PAt-1= = preço de ajuste na data t-1
FCt= fator de correção na data t
Nas próximas seções serão apresentadas as características das
principais especificações contratuais relacionadas anteriormente.

2.6.2 - Apresentação do contrato

O contrato futuro de DI de um dia tem como ativo objeto a taxa média


do CDI/CETIP over, ou seja, a taxa de juros média para o período entre a data
de negociação e a data de vencimento do contrato.

Hedgers
Esse contrato foi criado em 1991, com objetivo de oferecer um
instrumento de proteção para empresas e instituições financeiras contra o risco

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das oscilações das taxas de juros. Exemplos: uma empresa com um passivo em
CDI corre o risco das taxas de juros subirem. Já um banco com um passivo pré-
fixado e ativo em CDI corre o risco das taxas de juros caírem.

Características funcionais e operacionais do Contrato

Preço Unitário (PU):


O contrato futuro de DI é negociado em taxa de juros ao ano. Como
traduzir os movimentos desta taxa em valores a pagar ou a receber? Para
resolver esse problema, determinou-se que os as taxas negociadas dos
contratos futuros de DI seriam transformadas para Preços Unitários (Pus). O
valor do contrato futuro de DI na data de vencimento é sempre o mesmo,
100.000 pontos, sendo que cada ponto equivale, atualmente, a R$1,00. O PU
nada mais é do que o valor presente, R$100.000,00, trazidos à taxa de juros
negociada.

Definimos PU (Preço Unitário) como sendo o valor presente de uma aplicação


teórica num título hipotético que sendo remunerado pela taxa de juro de um
dia da CETIP, teria um valor de resgate de R$100.000,00.

A fórmula de obtenção do PU pode ser derivada do modelo valor


futuro/valor presente, usualmente utilizado na matemática financeira.

Demonstração da obtenção da Fórmula do PU do contrato Futuro de DI


VF = VP (1+i)n
VF = é o valor de face do contrato futuro de DI, ou seja, seu preço na data do
vencimento que é sempre igual a 100.000 pontos.
VP = é o PU preço unitário
I = taxa de juros negociados
N = nº de saques reserva, compreendido entre a data de negociação e a data
de vencimento do contrato.
PU x (1+i)n/252 = 100.000
100.000
PU = n
Logo:  i  252
 1+ 100 
 

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Os PU’s dos contratos variam de acordo com a oscilação das taxas de


juros projetadas para o período em questão. As taxas de juros afetam os PU’s
da seguinte forma:
O preço de negociação (PU) é sempre igual ao preço na data de
vencimento (100.000 pontos), descontado pela taxa de juros projetada para
período, como indica a fórmula apresentada acima. Observe que existe uma
relação inversa entre PU e taxa de juros negociada, de modo que a elevação ou
redução da segunda implica num movimento inverso no primeiro, ou seja,
quanto maior a taxa de juros negociada menor é o PU do contrato e vice-versa.

Exemplos:
a) Um contrato negociado para determinado vencimento, com 121
saques (ou dias úteis) a decorrer:

Taxa negociada – 18,70% ao ano

 
 
 100.000 
PU =   = 92.098,35
121
  18,70  252 
  100 + 1 
   

Ou seja, para uma taxa negociada de 18,70%, o PU é de 92.098,35.

b) Um contrato negociado para determinado de vencimento com 59


saques (ou dias úteis) a decorrer.

Taxa negociada – 18,90%

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 
 
 100.000 
PU =   = 96.028,00
59
  18,90  252 
  100 + 1 
  

Ou seja, para uma taxa negociada de 18,90%, o PU é de 96.028,00.


Uma característica importante é que todos os vencimentos têm valor de
liquidação igual a R$ 100.000,00. Dessa forma, os PUs dos vencimentos mais
longos acumulam as taxas de juros dos vencimentos mais curtos.

Contrato Preço de Ajuste NDU Taxa mês Taxa Over


100.000,00 anterior
1o Vencimento Mar 99.039,17 14 0,9702% 19,01%
2o Vencimento Abr 97.680,43 34 1,3910% 18,98%
3o Vencimento Mai 96.209,93 56 1,5284% 19,10%
4o Vencimento Jun 94.818,68 77 1,4673%

Cotação

Os contratos futuros de DI são negociados em taxa (taxa de juro efetiva


anual, base 252 dias úteis com até três casas decimais), ou seja, a negociação
do futuro de DI consiste na compra ou na venda de uma taxa para uma data
futura.
A operação de compra ou venda a taxa gera um PU em posição
contrária, ou seja, compra de taxa gera um PU vendido e similarmente a venda
de taxa gera um PU comprado. O PU é sempre expresso em duas casas
decimais.

No Pregão são realizadas operações de compra e venda de taxa de juros anual


efetiva com base 252 dias úteis.

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Operações de compra de taxa são convertidas em posições de vendidas de


PU.
Operações de venda de taxa são convertidas em posições compradas de PU.

Assim sendo o participante que estiver comprado em taxa (vendido em


PU), terá ajustes positivos quando a taxa de juros subir e negativos quando a
taxa de juros cair. Analogamente o participante que estiver vendido em taxa
(comprado em PU), terá ajustes negativos quando a taxa cair e ajustes
positivos quando a taxa de juros subir.

Conclusões:

O comprado é um altista em taxa de juros (ganha ajuste quando as taxas


sobem), logo posições compradas revelam expectativa de alta nas taxa de
juro CDI.
O vendido é um baixista em taxas de juros (ganha quando as taxas de juros
caem), posições compradas revelam expectativa de queda nas taxas de juro
CDI.

Taxas esperadas para os vencimentos:

Como já foram mencionados anteriormente, os vencimentos mais longos


acumulam as taxas de juros dos vencimentos mais longos. Observe o quadro
abaixo:
Como podemos observar, o quarto vencimento carrega as taxas de juros
de todos os vencimentos anteriores. Logo, se quisermos saber qual é a taxa de
juros projetada para um determinado mês, basta dividir um vencimento pelo
imediatamente posterior. Por exemplo, dividindo o vencimento maio-02 pelo
vencimento jun-02, obtém-se a expectativa do juro de maio-02:

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  252 
 

  96.209,93 
− 1 = 19,0955%
 77−56 
 94.818,98 
 

A taxa over anual estimada para maio de 2002 é de 19,0955% ao ano.

2.6.3 - Ajuste diário

Ajuste das operações realizadas no dia


As posições realizadas no dia são ajustadas da seguinte forma. Toma-se
o preço de ajuste do dia (PU do dia), subtrai-se o preço correspondente à taxa
negociada no pregão (preço de abertura da posição), multiplica-se pelo valor
do ponto (estipulado atualmente em R$1,00) e multiplica-se novamente pelo
número de contratos negociados.
Segue abaixo a fórmula de ajuste das operações realizadas no dia:

ADt = (PAt-PO) x M x N

Onde:
ADt = valor do ajuste diário, em , reais, referente à data “t’’
PAt =preço de ajuste diário do contrato na data “t”, para o vencimento
respectivo
PO = preço da operação, em PU, calculado da forma usual após o
fechamento do negócio
M= valor em reais de cada ponto de PU, estabelecido pela BM&F
N=nº de contratos
PAt-1= = = preço de ajuste na data t-1
FCt= fator de correção na data t

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Ajuste das posições em aberto no dia anterior

O ajuste das posições mantidas em aberto no dia anterior por sua vez é
obtido da seguinte forma: Toma-se o preço de ajuste do dia e subtrai-se o
preço de ajuste do dia anterior, corrigido pela taxa CDI/CETIP do dia anterior.
Multiplica-se então pelo valor do ponto e pelo número de contratos.

A seguir a fórmula de ajuste das posições em aberto no dia anterior

ADt = [ PAt – ( PAt-1 x FCt)] x M x N

Onde:
ADt = valor do ajuste diário, em , reais, referente à data “t’’
PAt =preço de ajuste diário do contrato na data “t”, para o vencimento
respectivo
M= valor em reais de cada ponto de PU, estabelecido pela BM&F
N=nº de contratos
PAt-1 = preço de ajuste na data t-1
FCt= fator de correção na data t

A esta altura o leitor deve estar se perguntando: como são obtidos os


preços de ajuste do dia no pregão da BM&F? Isso é feito da seguinte forma:
Diariamente no final do pregão, a BM&F determina os PUs de fechamento (PU
de Ajuste), para cada contrato em aberto, sobre os quais serão feitos o ajuste
diário de todas as posições em aberto. Isso é feito através de um Call de
fechamento, isto é, nos últimos 15 minutos de pregão obtém-se a média de
negócios e é neste período que se define este preço. No dia seguinte esse PU
de Ajuste será corrigido pelo CDI Cetip definindo o PU de abertura.

Exemplos:
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a) Ajuste da posição negociada no dia:

PU da operação do dia 06/02/02 – 98.739


PU de Ajuste do dia 06/02/02 – 98.740
Quantidade 100 contratos comprados

Valor do Ajuste pago no dia útil seguinte (dia 07/02/02)

( 98.740 - 98.739) x R$1,00 x 100 = 100,00


b) Ajuste da posição negociada no dia anterior

PU de Ajuste do dia 06/02/02 – 98.740,00


PU de Ajuste do dia 07/02/02 – 98.810,00
CDI Cetip do dia 06/02/02 – 19,04
Quantidade – 100 contratos comprados

Valor do Ajuste pago no dia útil seguinte (dia 07/02/02)

 1 
 98.810 − 98.740 x  19, 04  252 
 + 1 , x 100 =168,53
x R$100
  100  
 
 

2.7 - Mercado futuro de Cupom Cambial – DDI Futuro

2.7.1 - Cupom Cambial: definições e conceitos

Antes de definirmos o que é o Cupom Cambial é preciso entender o


significado do que é um cupom. Cupom nada mais é do que uma parcela da
taxa de juros de ativo que excede o valor de um outro ativo.
Existem diversos tipos de cupom, como por exemplo, o cupom de IGPM,
cupom de TR.

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De imediato, para nossa análise nos interessa o cupom cambial, que


nada mais é do que o excedente da taxa de juros doméstica CDI e a variação
cambial.

Cupom cambial: definimos o cupom cambial como sendo o diferencial entre a


taxa de juros doméstica e a variação cambial para um determinado período.

2.7.2 - Contrato futuro de DDI

Ativo objeto

Em termos mais específicos o contrato futuro de cupom cambial tem


como ativo objeto o diferencial entre a taxa de juro efetiva e a variação
cambial, definidas, para esse efeito, como:
a) A taxa de juro efetiva de Depósitos Interfinanceiros-DI, calculada a
partir da acumulação das taxas médias diárias de DI de um dia, apuradas pela
Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos-Cetip, para o período
compreendido entre a data da operação no mercado futuro, inclusive, e o
último dia do mês anterior ao mês de vencimento do contrato, inclusive;
b) A variação cambial, medida pela taxa de câmbio de reais por dólar
dos Estados Unidos, para entrega pronta, contratada nos termos da Resolução
1690/90, do Conselho Monetário Nacional-CMN, apurada e divulgada pelo
Banco Central do Brasil-Bacen e observada entre o dia útil anterior à data da
operação no mercado futuro, inclusive, e o último dia do mês anterior ao mês
de vencimento do contrato, inclusive.

Em poucas palavras podemos dizer que o cupom cambial é calculado


com base na taxa de juros CDI-CETIP em relação à variação cambial medida
pela Ptax800.

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Segue a fórmula de obtenção do Cupom Cambial:

 CDI
1+ 
CC = 100
 TC 
t −1
 TC 
 
t −2

Onde:

CC = Cupom Cambial
CDI = taxa de juros CDI CETIP expressa por dia útil
TCt-1= ptax de 1 dia
TCt-2= ptax de 2 dias

Hedgers

O contrato de cupom cambial tem por finalidade oferecer proteção aos


participantes do mercado que tenham suas atividades sujeitas a variação do
cupom cambial.
Imagine a situação de um banco que tenha ativo em dólar mais uma
taxa fixa e passivo em CDI. Este banco estará correndo o risco de que o CDI
aumente e supere o valor da variação cambial mais a taxa do ativo dolarizado.
Outra estratégia possível com esse contrato é a sua combinação com DI
futuro de modo a sintetizar a compra e a venda de dólar futuro.

PU do contrato de DDI

Similarmente ao contrato futuro de DI, o contrato futuro de cupom


cambial também é negociado no pregão em taxa e as posições em taxa são

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automaticamente transformadas em posições inversas em PU, ou seja, uma


operação de compra de Cupom Cambial gera uma posição vendida de PU e
uma operação de venda gera uma posição comprada.
No mercado futuro de cupom cambial os participantes negociam o
cupom cambial que eles estão esperando para o período compreendido entre a
data da abertura da posição e a data do vencimento do contrato. O contrato de
DDI também tem o seu valor na data de vencimento determinado em 100.000
pontos. Atualmente o valor de cada ponto é de US$0,50. Logo o PU do contrato
futuro de DDI está definido como US$50.000 descontados pela taxa (Cupom
Cambial) negociada no pregão ajustada ao seu prazo.

O Preço unitário do contrato de DDI nada mais é do que o valor presente de


uma aplicação hipotética remunerada pelo cupom cambial e cujo valor futuro é
de 100.000 pontos. A taxa negociada no pregão é a diferença entre o valor
presente PU e o valor futuro (100.000 pontos) e representa o cupom cambial
que os participantes estão esperando para o período de vigência.

Fórmula do PU do contrato futuro de DDI:

 
 100.000 
PU =  
 cc  Onde:
 1+ 360 x n 
  PU = preço unitário
cc = cupom cambial
N = número de dias compreendidos entre a data da abertura da posição
e a data do vencimento do contrato.

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Exemplo de uma operação no Mercado Futuro de Cupom


Cambial:

Um contrato de DDI negociado em 04/10/2002, cujo vencimento é


02/04/2003 (vencimento ABR03), com 181 dias úteis a decorrer:
Valor Futuro = Valor no vencimento = 100.000 pontos
Valor Presente = PU preço unitário = 96.533,47
Qual é o Cupom Cambial esperado para o período? E para o ano?

Resolução:
Para obter a taxa que foi negociada, a partir do PU, basta dividir 100.000
(nº de pontos no valor do vencimento), pelo valor do PU, subtrair 1 e
multiplicar por 100. Já para obter a taxa ao ano, basta ajustar a taxa que está
ao período de 180 dias ao ano.

 100.000  
Cupom esperado para o período=  − 1 x100 = 3,59103%
 96.533, 47  

 100.000,00  360 
Cupom esperado ao ano =  − 1 x  x 100 = 7,1423%
 96.533, 47  181 

Ajuste diário
Ajuste das Posições realizadas no dia:
(PA de ajuste do dia – PA do dia Anterior) Valor do ponto x quantidade x
Ptaxd-1

Onde:
PA = preço de ajuste calculado pela Bolsa para o pregão do dia

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Valor do ponto = estipulado pela Bolsa. Atualmente é de R$0,50


Quantidade = nº de contratos mantidos em aberto
Ptaxd-1 = preço do dólar ptax no dia anterior

Ajuste diário das posições mantidas em aberto no dia anterior:

   CDI  2521

  + 1 
   100    x Valor x Quantidade x Ptax
 PA do dia -PA do dia anterior x   d-1
 Ptaxd−1 
  
  Ptaxd−2  
    

Onde:

PA = preço de ajuste calculado pela Bolsa para o pregão do dia


Valor = valor do ponto, estipulado pela Bolsa. Atualmente é de R$0,50
Quantidade = nº de contratos mantidos em aberto
CDI = taxa CDI/Cetip do dia anterior
Ptaxd-1= preço do dólar Ptax venda no dia anterior
Ptaxd-2= preço do dólar Ptax venda no segundo dia anterior
Exemplo – Uma operação de venda de taxa e compra de PU no contrato
NOV0 (novembro de 2000), com data de vencimento em 01/02/2000 (30 dias
corridos). A instituição ao vender a uma taxa hipotética de 2,70%, estará
assumindo uma posição comprada em PU 100 contratos.

a) Cálculo do PU

100.000,00
= 99.775,21
 2,70 
 x 30+1
 360 x100 

b) Ajuste realizado no dia da negociação

( 99.750,62 - 99.775,51
) 8483= (R$2.299,44)
x US$0,50 x 100 x R$1,

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c) Ajuste realizado no dia seguinte

   1
   16,50 +

1 
252
   100  
 99.479,12 - 99.750,62 x    x US$0,50 x 100 x 1,8483 =7.729,46
   1,8483 
   
  1,8437 
 
   

2.8 - Forward Rate Agreement de Cupom Cambial

O FRA de cupom é uma modalidade operacional dos derivativos


referenciados em taxas de juros que foi implementada em fevereiro de 2001
com objetivo de permitir a negociação do Cupom Limpo para qualquer prazo
entre o primeiro vencimento do contrato futuro de cupom cambial em aberto
(DDI) e um vencimento posterior.

Cupom Limpo: é o cupom cambial sem a variação causada pela defasagem


de um dia da PTAX800, (taxa de câmbio do dia anterior ao dia da operação
utilizada na liquidação dos contratos de DDI).

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Anteriormente ao lançamento do FRA, a negociação do Cupom Limpo só


era possível através da montagem de uma operação sintética que consistia na
combinação de duas operações no mercado futuro de DDI da seguinte forma:

1) Abertura de uma posição comprada ou vendida em DDI


2) Abertura de uma posição inversa à primeira no primeiro vencimento
em aberto de DDI
Dessa forma, as partes conseguiam negociar a taxa de juro linear para
um período que começa em uma data futura, no dia da liquidação do primeiro
vencimento do DDI e acaba no dia da liquidação do vencimento mais distante
negociado, ou seja, o Cupom Limpo.
O FRA de Cupom é uma modalidade operacional que dispensa a
necessidade de se realizar duas operações com objetivo de se alcançar uma
terceira, que é a negociação do Cupom Limpo. As negociações são apregoadas
diretamente como cupom cambial limpo e as operações são realizadas como
se fossem operações de um novo contrato, ou seja, possuem códigos de
negociação próprios e se sujeitam a todas as regras de pregão existentes para
os demais contratos futuros. No entanto, toda vez em que se gerarem posições
no FRC, estas serão automaticamente transformadas pelo sistema da BM&F em
duas outras operações:
a) para o vencimento de DDI idêntico ao vencimento negociado no FRC (ponta
longa);
b) ao primeiro vencimento de DDI (ponta curta) de natureza inversa a
operação anterior.

O FRA de cupom não é um novo contrato, mas sim uma forma de


realizar, em uma única operação, o que só seria possível em duas, reduzindo
assim os custos operacionais e facilitando a montagem de estratégias de
hedge no mercado de derivativos referenciados em taxas de juros.

2.8.1 - Características do FRA de cupom

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* As interferências nos negócios de FRC só poderão ser efetuadas para a


totalidade do negócio ofertado (as ofertas de compra ou de venda se realizarão
no seu total).
* A partir do segundo dia de negociação do primeiro vencimento de DDI,
a ponta curta será gerada para o segundo DDI em aberto, mantendo esse
vencimento até o ultimo de negociação e assim sucessivamente.
* No vencimento da ponta curta a posição de FRA é desfeita. Caso a
instituição deseje manter a posição em cupom limpo deverá abrir uma nova
posição no DDI curto uma vez que não há rolagem automática.
* A operação para o primeiro vencimento de DDI será registrada
automaticamente pela BM&F, pelo preço de ajuste desse contrato, que será
apurado com base nos preços de ajustes do DI futuro e do dólar futuro para os
mesmos vencimentos, sem prejuízo da prerrogativa da BM&F de arbitrar um
preço diferente, caso julgue esse critério inconsistente. O limite de oscilação de
preços será de 15% sobre o taxa de ajuste de referência o dia anterior (preço
de ajuste teórico do FRC).
* Todos os resultados financeiros das operações de FRC, inclusive as
operações de day trade, serão apurados de acordo com os procedimentos
estabelecidos para o contrato de DDI, já que não haverá posições em aberto de
FRC. Para facilitar a formação de preços pelos traders, a cotação do FRC, em
pregão, se fará em taxa de juro linear anual, com base em 360 dias corridos,
da mesma forma que o DDI. Essas cotações estarão expressando a expectativa
quanto ao nível a termo das taxas de juros cambiais, da data de vencimento do
DDI ponta curta até a data de vencimento do DI ponta longa.
* As operações são feitas em taxa e transformadas pelo sistema em PU.

Exemplo de uma operação:

Compra de FRC realizada em 12/02/2001, com vencimento em 02 de


janeiro de 2002 (JAN2), a operação equivale a comprar o vencimento de DDI

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JAN2 e a segunda operação, de natureza inversa, a vender o vencimento MAR1


(01/03/2001).
A formação desses PUs é feita de forma que entre os dois vencimentos
(curto e longo) se mantenha a taxa original da operação, da seguinte forma:
Data da operação – 12/02/2001
Taxa negociada – compra de FRC a 7,30%
NDC ponta longa – 324 dias corridos
NDC ponta curta – 17 dias corridos
Preço de Ajuste MAR1 em 12/02/2001 – 99.354,42

 100.000,00 
 99.354,42 − 1 
Cupom da ponta curta =  x 360 x 100 = 13,76%
 17 
 
 

Cupom da ponta longa =

   13,76   7,30  
 x 17 + 1 x  x ( 324 − 17) + 1 − 1 
   360 x 100   360 x 100  
x 360 x 100 = 7,68%
 324 
 
 

100.000
= 93534,86
PU DDI ponta longa =  7,68 
 x 324 + 1
 360 x 100 

Se a instituição ficou comprada em taxa no DDI, vencimento JAN2, a


7,68%, e conseqüentemente, vendido em PU, e vendida em taxa no DDI, a
13,76%, vencimento MAR1, e conseqüentemente comprada em PU.

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Operação de Compra de Taxa PU


FRC
FRC JAN2 Compra = 7,30%
Resultado no DDI
DDI longo JAN2 Compra = 13,76% Venda = 93.534,86
DDI curto MAR1 Venda = 7,68% Compra = 99.354,42

A instituição ao apregoar a compra 1000 contratos de FRC, vencimento


JAN2, a taxa de 7,30%, ela assume uma posição vendida em PU de DDI de
1000 contratos no vencimento JAN2, e na posição curta, no caso MAR1, a
seguinte quantidade, arredondando-se para unidade mais próxima:

 
 
 1000  = 941,40
   324-17   
 1+ 7,30 x   
   360 x 100   

Assim, temos 941 contratos comprados em PU de DDI no vencimento


MAR1.

2.9 - Mercado futuro de Índice Bovespa

2.9.1 - Apresentação do Contrato

No mercado Futuro de Ibovespa negocia-se o índice de ações da Bolsa


de Valores de São Paulo. O índice Bovespa é o principal indicador do
desempenho médio das ações no mercado brasileiro.
O valor do índice é obtido através da simulação de uma aplicação
hipotética em uma carteira teórica constituída pelas ações que em conjunto
representam 80% do volume transacionado à vista nos doze meses anteriores
a formação da carteira.
Além disso, as ações que constituem o índice devem apresentar 80% de
presença nos pregões do período. A participação de cada uma das ações
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recebe pesos diferentes de acordo com a sua representatividade nos


mercados.
O mercado futuro de IBOVESPA tem como finalidade permitir aos
participantes do mercado a cobertura contra movimentos adversos dos preços
das ações.

Hedge

Os hedgers nesse mercado futuro de IBOVESPA são basicamente


participantes que possuem ações do índice e temem uma possível
desvalorização ou ainda participantes que pretendem fazer aquisição de ações
do índice numa data futura e correm o risco de uma alta no preço das ações.
Os compradores do índice ganham com a alta da pontuação do índice e
os vendedores com a queda. Os especuladores nesse mercado atuam
comprando contratos, quando tem expectativa de alta e vendendo quando tem
expectativa de queda.

O comprador de contratos futuros de IBOVESPA é um altista do índice, pois


recebe ajustes positivos quando o índice sobe.
O vendedor dos contratos futuros de IBOVESPA é um baixista do índice, pois
recebe ajustes positivos quando o índice cai.

Assim sendo posições compradas revelam expectativas de alta do índice


e posições vendidas revelam expectativa de queda do índice.

Resumo do Contrato:

Objeto de negociação: Índice de ações da Bolsa de Valores de São


Paulo (Índice Bovespa - Ibovespa).

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Tamanho do Contrato: Ibovespa futuro multiplicado pelo valor em


reais de cada ponto do índice, estabelecido pela BM&F (atualmente o valor do
ponto é de R$3,00).
Data de Vencimento: primeiro dia útil do mês de vencimento
Cotação: Pontos do índice, sendo cada ponto equivalente ao valor em
reais estabelecido pela BM&F. (atualmente o valor do ponto é de R$3,00)
Limite de Oscilação Diária: 5%

Fórmula do ajuste diário:


1ºdia:
AD= (Pat-PO) x M x n
Posições mantidas em aberto no dia anterior:

AD= (Pat-Pa (t-1)) x M x n


Onde:
AD: valor do ajuste diário
Pat: preço de ajuste do dia
PO: preço da operação
N: nº de contratos
Pa (t-1): preço de ajuste do dia anterior

2.9.2 - Exemplos de Operações no Mercado futuro de Ibovespa

Exemplo nº1
Compra de 10 contratos por 10.100 e venda 10 contratos por 10.200:

Resolução:
AD= (Pat-PO) x M x n
AD= (10.200-10.100) x 10 x R$3,00 = R$3.000

O resultado da operação foi um ganho de R$3.000,00

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Exemplo nº2
Venda de 5 contratos por 9.500 e compra 5 contratos por 9.450:

Resolução:
AD= (Pat-PO) x M x n
AD= (9.500-9.450) x 5 x R$3,00 = R$750,00

O resultado da operação foi um ganho de R$750,00

Exemplo nº3
Primeiro dia: Compra de 20 contratos por 9.300, e venda de 5 por
9.400 e tive um ajuste de 9.420.
Segundo dia: Venda de 10 contratos por 9.250 e um ajuste de 9.370.
Terceiro dia: Compra de 10 contratos por 9.300 e venda do saldo por
9.450, zerando a posição.

Resolução
1º dia
No primeiro dia foram abertas 20 posições sendo cinco encerradas no
próprio dia e quinze mantidas em aberto para o dia seguinte:
Posições encerradas no próprio dia:
AD = (Pat-PO) x M x n
AD = (9400 – 9.300) x 5 x R$3,00= R$1.500,00

Posições mantidas em aberto para o dia seguinte:


AD = (Pat-PO) x M x n

Instituto Educacional BM&F Jan/2006


Divisão de Cursos e Eventos Educacionais
59
Operador de Pregão BM&F

AD = (9420 – 9.300) x 15 x R$3,00= R$5.400,00

Resultado do dia= R$1.500,00+ R$5.400,00 = R$6.900,00

2º dia
Foram encerradas dez das quinze posições mantidas em aberto do dia
anterior e as outras cinco foram carregadas para o dia seguinte:
Posições encerradas no dia
AD= (Pat-PO) x M x n
AD= (9250-9420) x 10 x R$3,00= (R$5.100,00)

Posições encerradas no próprio dia:


AD= (Pat-Pa (t-1)) x M x n
AD= (9250-9420) x 10 x R$3,00= (R$5.100,00)

Posições mantidas em aberto para o dia seguinte:


AD= (Pat-Pa (t-1)) x M x n
AD= (9370-9420) x 5 x R$3,00= (R$750,00)

Resultado do dia = (R$5.100,00) + (R$750,00) = (R$5.850,00)

3º dia
No terceiro dia foram abertas dez novas posições e em seguida todas as
posições, tanto as novas como as mantidas em aberto do dia anterior foram
encerradas.
Posições abertas e encerradas no próprio dia
AD= (9450-9300) x 10 x R$3,00 = R$4.500,00

Encerramento das posições mantidas em aberto do dia anterior:


AD = (9.450 – 9370) x 5 x R$3,00 = R$1.200,00

Instituto Educacional BM&F Jan/2006


Divisão de Cursos e Eventos Educacionais
60
Operador de Pregão BM&F

Resultado do dia = R$4.500,00 + R$1.200,00 = R$5.700,00

Resultado final do participante= R$6.900,00 + (R$5.850,00) +


(R$5.700,00) = R$6.750,00
O resultado final foi um ganho líquido de R$6.750,00.

Instituto Educacional BM&F Jan/2006


Divisão de Cursos e Eventos Educacionais
61

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