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1 joe ° Alain Coulon ETNOMETODOLOGIA Ephraim FeteiaAlvos Capitulo IV Sociologia Leiga e Sociologia Profissional Erm 1967, um encontro organizado em Purdue reuniy ‘urante dois dias cerca de duas dezenas de socislog {que Ié estavam para discutir sobre a etnometodologi Durante esse coléquio Harold Garfinkel foi convidado pelo Presidente da sessio a precisar as relagdes entre ‘Setnometodologia ea etnociéncia, ea se explicar assim sobre as origens da palavra! Ele entio contou como, em 1954, fora levado a trabalhar com Fred Strodtbeck e Saul Mendlovite, que centio lecionavam na Faculdade de Direito de Chicago, ‘Sobre uma pesquisa que estavam efetuando acerca dos Jurados dos tribunais. Strodtheck tinha seeretamento instalado microfones na sala de deliberagdes do tribu- nal de Wichita, a fim de gravar os deliberapées dos Jurados. Garfinkel se deixara impressionar pelo fato ‘de que os jurades, som serem formados nas tenicas Jurfdicas, eram eapazes de examinar um erime ¢ pro- ‘Se Trpunents hoondldeopiauep. 60:0, ai como en Sai Eisen ne ee nunciarse sobre a culpabilidade dos seus autores. Bara faztlo, langavam mao de procedimentos e de {uma logica de senso consar, como por exemplo distin- uit ovverdadetro do falso, 0 provével do verossiil, Ten eupazes de avaliar a portinénela dos arguments siduzidos do decurso do procosso: “Elessemostravar preoespsdos com exatid desuns eestnace, de naan explicayoes» do sous argunentes No pretondian estar usando o‘tenso conus, quando utdavam nogtes de ‘senso comum’- Qoeriam agi 20 MENTEtD da eto ao mesmo temp queriam sr jst. Se Sebo preasionase, no anti d dizeremo qu enten ‘Mam por onar no copia da lel a sua nitude nudava {Inedetamente erespondiem: Nao sou um juris. Nis- eee vane verdudelramonte expernr de mim que fie Picea uci 0 ji, fan 0 enor Havia ali préticas de avalingo, de certo moto, ede julgamento, passiveis de descriglo, mas que Garfinkel srreconegeia ainda designar por um termo adequado. Ele oncontrou o termo etaometadologia um pouso mais tarde, em 1958, parece, e conta como 0 "acaso” 0 tjdou, nfo mais trabalhando com as deliberasSes dos ‘Rradup, mas lende documentos tnogr&ficos “Eu eotava trabalhando com ofichéro das cas trans ‘iltarais do Yale. Flhes! por acasoo catélog rom & Seaeae de enanrtrar eta pelaven, Pui perorrends ce Lites ¢ dnuelbaeeqb etnobetiniea, etnofidalogia € ‘tbots.es Ora, eu eave peaginando jurados que spi= Gites ome metodologa. Aas como dar um nome @ ite habidade, mest quo foe apenus par me re- ‘ordar do sun sobetanca™ “foi uasim que palavractnometodolgia ft nada no inde Btno sogeie do uma forma ou do outa que um ome dyn ard senn cme ie ie enguanto saber ‘Go que qr que sj. Se oe tre Cee Ge stnobothaica, estartamos Mdando, de uma Seeteiee oo de outr, com 0 conhecimentoe com & Tompreeneto que os membros tim daguilo que, para Siew/consitocnmtiodoeadequados para aborla que Gee de botinien.E ido simples asim, e a nogto de — a pata ter erate an | md neste sentide™ Yon era f= | __Onjrdn wine ertano dunt, is me in aes a etme gr ena ess Cnn ia | Ferme efwicin ae oan uc Ags anlogen ur necdadcede ane “hn credo hr peg ua man occas nals arn pena qane Se a nologin otnomédiea para seus problemas de etnomedi- ae eda Nace jhe acaaatiinedionn trate seen «cepa nis cen crancet erence attain aber soiree ens tne lve Grae dae dl sent n cnn st coe onesetrt te | Siena Diets oretamentea preimage si tannganne oben fol etter anlar anasto oe acces Breas aoe staid iecineiooen ee i ca edocs ipods wttgplnareine enema eeate Dotdnica. Da mesma mancira que abotdnica étratada como am corpus na expressto etnobotanice, ass ‘etodologia, na expressto etnometodologia, écansid ‘a como un ena de extn endo Eredide ame fparathagem clentifie. As metodologios que Garin | Telfanote somo aio sullen pico em preqadas pelos membros con re os eati- rei da ‘observados na gestio corrente dos seus. Par a bém aborda outros dominios das ciéncias sociais hhumanas. Embora.alinguagem esteja constantements no coragio do problema da eoleta dos dados, a sociolo. sia nfo fer dela um dos seus temasdeeestudo. H. Sacks, pelo contrério, faz da conversapio o tema central de suas pesquisa. Acnilise de conversagio 60 estudo das eatruturas ‘© das propriedades formais da linguagem, Para pode. rem desenvolver-se, as noseas conversagies slo Orga nizadas, respeitam uma ordem, que nfo temos neces- sidade de explicitar durante o decurso de nossas con- vversas, mas que é necesséria para tornar inteligiveis ‘as nossas conversagées, Noutras palavras, demonstr ‘mos, no devorrer de nossas conversagées, a nossa com peténeia social para conversar com nosi outro lado, interpretando o compertamenta dos outro Pode-se, com John Heritage, resumir as trés hipsteses principais da anélise de conversapio da seguinte ma- neira 8) a interapdo 6 estruturalmente organizada; ') as contribuigdes dos participantes dessa interag& ‘fo contoxtualmente orleutadas: v procedimente d {ndicapto dos enunciados a um contexto éineyitével; ©) essas duas propriedades so realizam em cada deta- Ihe da interapto, do tal sorte que nenhum detalhe pode ser posto de Indo, como go fosse acidental oxt ilo pertinente. Garfinkel ilustrou essas propriedades pedindo a seus estudantes que transcrevessem um trecho de sus ‘conversapto familiar corriqueira e desenvolvessem 0 ‘eu sentido comentando a conversa escolhida. Eis esse trecho, mostrando a esquerda a conversapio tal ‘como efetivamente ocorreu (hé de se observar que 0 sentido ¢ relativamente inacessfvel a um terceiro}; & direita 0 comentério do estudante que “explicita” © ‘sentido dessas conversas (Studies, p. 25-26): MARIDO: Dana conse ctr wot ouia pr metro he, tm Que eb frslanse Iovate l [ESPOSA: Voc¢ olovoualoja ‘dediscos? ‘MARIDO: Nab, no ESPOSA: Para qut? ‘MARIDO: Comprei eadar- 08 novos para os sapatos BSPOSA: Tous sapatos bem aqwe precisam de salvos no- Se cle pis uma moeda no parguimetre, isso quer Sizer que voct fer uma pa: ‘ada com ele, Sel quo voct arow na Ioja de discos, ‘quando foi buseflo ou na. Jolla, Bra na volta, quand la} estava contga ou voct parou em slgum lugar ‘uando la bused-lo ou uo Solter? Nao, eu parsi na loja de discos quando fai use4-10€ po sapateiro quando volta- ‘va para casa com do. Sei de algum motivo para voeé parar no sapateiro (Qual xatamente? ‘Vosbsolembra.Outmdinarre- Denti um do eadargon dos ‘cus sapatos marrons, een Ho parel para comprar Buachava que voeépoderia tar feito putea enise. Podia Tevar 08 sapatos preios que preclaain de uma bea refor- ima, Soria bom que’ vocé ‘las logo disso. Os extudantes acharam que diner damaneira mats completa poste o sentido de runs convene ‘ais da vida cotidane ¢exna bem ill No entans, fs protagonistas da conversa real no tinhem aia. Aude alguna paras compreenderem um so outro, por meinspalavras como se dis, grapes ao arranjo das Seqhtncias, por exemple o ft de as perguntas eas Fespostas serem atoladan sr paren quo Sacko dono tino pares adjacents, O que signin qua en emt dost lcalmente organizados grasa to prego positives eamo os pares adjacenes, quo nos dao & trama da conversaps, permitenceconproenda © dar prossoguimento & conversa Ulizamos constant ‘mente eases procedimentes em nossa converses, to eto os tivo: falas por exemplo ead urs em seu turn. Usamon outros ainda quando apresentamaa eenvte, os quando sumprimestanoe sigue quando queremoe encortar uma conversa podria it Tonge demais Sacks mostra a import no exomplo seguint: ‘A Teahown lb de care anon, Bratt bem, 4 Tesho tamu caer, 3: Ob sinto mute 'Nfo ae pode compreender essa conversa, a nto ser que ae saiba que A 6 um locatério potencial, e negocia com B, o proprietério de um apartamenta, O tema da conversa 6 constitufdo pelos parceiros. O eontexto é ‘que torna a conversa cocrente einteligivel. © acordo sobre a construpio do sentido, porém, nem sempre 6 tdo simples assim, Pode dar margem a ‘muitas negociagées. Don Zimmerman o mostrou, por casio de uma conferéncia que deu em Paris, em Junho de 1987, analisando os mal-entendidos ¢ 0 con- ‘ito que se seguiu, durante um chamado telefBnico de in deconhecer ocontexto a ‘urgéncia!*: um homem chama os bombeiros de Dallas (Texas) e pede que eles enviem com urgéncia uma ambuldncia porque sua mile, diz,“esté com dificuldade para respirar”. Discusato, logo tensa, com 0 recepeio- nista, depois com a enfermeira que deseja falar com a mulher doente e s6 com ela, depois com o oficial de sservigo no memento, Mas adoentenio pode sedeslocar fe, seja como for, nfo est em eondigées de falar ao telefone. A conversa se torna um drama de incom- reensiio: diversas veres o filho diz que a situago é grave, 6 sbsolutamente necessdrio que mandem logo ‘uma ambuldncia. Nada a fazer. Ele desliga. Alguns minutos depois, torna a chamar, nfo ¢ imediaiamente reconhecido,e recomefa suas explicagées. Quando vom finalmente @ ambulincia, treze minutos depois da primeira chamada, é tarde demais. ‘A.andlise da conversasao, automaticamente regis- trada nesso servigo de urgencia, permite compreender como a situapio de disputa ¢ de incomprosnato é construfda. A discussdo é uma luta de influéneia. Sua anélise mostra as rotinas buroeraticas do se-vigo de urgéncia, mas também as expectativas do filho, que ensa sem diivida estar pedindo um servigo alo con- dicional, que se deve satisfazer imediatamente sem ‘maiores delongas. Com o panico a acossé- ‘comporta, obsorva Zimmerman, como se estivesse pe- ‘dindo uma pizza pelo telefone: poderia entio legitima- ‘mente esperar que ninguém Ihe porguntasse por qué. 0 servigo de urgéncia, sim. Por outro Indo, escutando a fita e as tonalidades de vor dos protagonistas, pode- ‘se supor, diz Zimmerman, que a enfermeira énegra e ‘© homem que ligou 6 homossexual, Eases elementos fre tly an rts Bul es tan reat noe cara gcenurtammtneetaat er aninerenncmees invigeaiasasucsmde heen eeicetianenieteiatins LEcis ier aes oe Epamite ‘dh naimotenainiea onan Tap tre en er ores keene SBME Cieei gece nse Seen asldeeceemee seein ett ce a acne ordem social. B. Conein“ o mostrou em um dom{nio Seven Rite maa sae Sista lstagen es ce Saiaviiatiee soe “epeatatceteteprs east Megas cucrerscerette ceri diGtateaceteemrc as Se eae SEs 1B. Coosa, 96: Ls ations plqns st cee Inalenen ot ‘empl een pte 8268.8

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