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. _folhaCDS &\ Assim vo as coisas \ 1. ATE AO FIM— Dando um signifi cativo exemplo de como bem servir 9 Portugal e aos Portugueses, 0s membros do CDS no jd extinto Il Go- ‘verno Constitucioncl mantiveram:se em funcoes até 00 final. Ainda muito recentemente o Eng.° Jodo Lo- pes Porto, ex-Secretério de Estado das Obras Pu- blicas, assinou 0 contra- to de ‘construcGe do novo Hospital de Coimbra. Este Hospital que comportara quase mil e duzentas ca- mas, sera opetrechado com equipamentos sofisti- cados ¢ instalacdes ‘mo: delares e constituira um grande beneficio para to- da a populacdo do distri to de Coimbra e circun- dantes que hd muito vi nham sentindo de perto a sua_necessidade. 2. E A REFORMA ADMINISTRATIVA — Rui Pena que fo) Ministro da Reforma Administrativa durante @ vigéncia do lI Governo Constitucional, cargo que exerceu com notével eficdcia e determinacdo, foi re- cebido hé dias pelo Presidente da Republica o quem expés as suas preocupacoes pela extincao do seu Ministério e da obra que este vinha realizando. Entretanto num artigo da sua autoria, Rui Pen revela as suas apreensoes e afirma: «Considero que a susperisdo das actividades.em curso, no que respeita o cstudos e projectos, implicaré uma perda de tempo irrecuperavel @ também a_desmotivacio, @ consequente desmobilizacdo, dos técnicos que in- tegram as equipas de projecto e das entidades no- cionais e estrangeiras que thes déo apoio especia~ lizado. Com efeito, € preciso ndo esquecer que 0 programa delineado envolve a elaboracdo de muitos estudos, alguns morosos dada a sua transcendente complexidade, Acresce referir ainda que todo 0 pro- ‘grama, condensado na anunciada Lei de Bases, deveré, em nosso enten- der, ser objecto de apre- ciagdo obrigatéria. por porte do Assembleia da Repiblica, admitindo que @ respectiva proposta pos- sa estar concluida € pre- na parada para discussdo sz, publica na segunda quin- zena de Outubro, a man- ter-se 0 ritmo seguido até hoies. «Por tudo isto julgo que 6 indispensavel, no interesse do Pais e da nossa Administracdo, en- contrar solugées de enquadramento institucional que permitam a continuidade do processo em curso, na~ turalmente, com as revisdes que se consideram mais convenientess. «€ conhecido o interesse ¢ empenhamento pes- soa! do Senhor Presidente da Reptiblica na Reforma ™ Joao Porto Rui Pena 31.8.78 ‘Administrativa e tanto basta para estar seguro de que a ideia nao caird» 3, SOCIALISMO ROMANTICO— Depois de hé meses ter onunciado ir por o «socialismo na gavetar, © Secretdrio-Geral do PS, prepara-se agora para anunciar ao Povo Portugués uma mudonca radical de estratégia—o Socialismo RomGntico. ‘Numa primeira apresentacdo alguns romeiros socialistas guiados pelo timbre melodioso do seu poeta mais alegre —como convinha na ocasiéo— Slugaram um cacilheiro e, sob © doce luar lisboeta, passearam no Telo deleitando-se com a visdo es- magedora das ninfas que ocorriam prestimosas a sauder 0 grande poeta. ‘Até [6 se fala que 0 PS, depois de tantas sondas socialistas» que tém aparecido nas praias, ir dis- tribuir aos seus militantes um manual sobre «A Arte de Bem Boiar em Toda a Ondals. 4. DIGNIFICANTE —Os «bons exemplos» do paraiso comunista da URSS néo cessam de nos encantar. Deste feita, com 0 reconhecimento piiblico das estatisticas soviéticas, chega-nos um exemplo mais de umo das «amplas liberdades» que Cunhal tao insistentemente gostaria de ver por c implan- tadas ¢ que 0 Povo Portugués se recusa, delicada- mente, @ aceitar: «a liberdade de se divorciars! E assim que 0s factos dizem que um, em cada trés casais soviéticos, estdo divorciades ao fim de dois anos... apesar de estarem no «paratson. Decididomente, algo esta pédre no’ reino dos sovietes. Lamentamos pelo Povo Russo. 5, NOVA LEI ELEITORAL—O CDS apresentaré {@ Assembleia da Republica um projecto.de Lei Elei- toral visondo introduzir profundas alteracdes no sis- tema eleitoral portugues, no que respeita a eleicoes parlamentares. —Um dos pontos fundamentais do: projecto-lei do CDS € criagdo de um circulo nacional pelo qual ser eleita uma parte dos deputados da Assembleia da Repiiblica respeltando-se o sistema proporcional @ 0 método de Hondt consignados na Constituicao. A introduedo de um circulo nacional poderia permi- tir @ inclusdo de figuras politicas partidarics na- cionais destacadas, alhelas ds influéncias locais, na lista dos varios agrupamentos politicos, atendendo- “Se para a distribuicdo dos deputados pelo circulo hacional & votagdo global nacional de cada partido. ‘Os restantes deputados serdo eleitos, tal como até ‘agora, por circulos distritais, salvo no que respeita {5 Ragides Autonomas e aos circulos dos Emigran- tes. : 0 projecto lel do CDS devera conter a per misséo da chamada «coligagdo de listas» que 6 substanelalmente diferente da «lista de coligacdo» @ que opresenta a vantagem de, pelo método de Hondt, poder permitir ganhos ligeiramente mais do que proporcionais 4s listas coligados. -=No que toca ao financiamento dos partidos © projecto do GDS sugere o financiamento de todos (08 partidos que concorrem ds eleicées para a As- sembleia de Repdblica escalonado da seguinte for- ma: uma primeira fase abrangendo todos os par- tidos que apresentam candidatura e em proporcao. do ndmero desta; segunda fase abarcando os par- tides votados, em funcdo dos votos obtidos, =A fegulamentacdo cuidadosa do direito de antena 6 outro dos pontos apresentados pelo pro- jecto do CDS, O Partido 4. CDS E 0 Ill GOVERNO — Segun- do 0 Eng” Amaro da Costa, Vice- -Presidente do CDS, +o Governo ndo € apenas o Primeiro-Ministro, 0 Go- verno € também a. sua composicao, © seu programa. Natural 6, portanto, que o CDS, manifeste reservas, até ao momento em que tenha conhecimento, destes componentes fundamentals do Governos. E continuando disse : «A situagdo actual, naturalmente melindroso, 0 Pais precisa de um Governo, precisa de um Governo rapidamente. Nao ‘estamos interessados, em praticar qualquer acto mi nimamente irresponsével. Doi resulta que teremos a necessdria prudéncia na avaliacdo dos eventuais, factores positivos ¢ negativos do futuro Governo. Mas também néo temos medo. Sena nossa leitura, © Governo néo corresponder aquilo que nés consi- deramos, aceitével para 0 bem do nosso Pais, nao teremos ‘qualquer dificuldade, em apresentar ‘uma rejeicdo» 2. O PS E A BIPOLARIZACAO — «Em nosso en- tender, a bipolarizacao ndo pode ser feita pelo PSD, mas pode ser feita pelo PS» afirmou o Secretério- Geral adjunto do CDS, Dr. Ribeiro-e Castro, a pro- Pésito da questdo da bipolarizacdo da. sociedade portuguesa e das posicdes recentes assumidas pelo PS. E acrescentou: «lne- vitovelmente, o PS esta a assumir uma grave res- Ponsabilidade co ter, vol- tae mela manifestacdes que correspondem a um clima de confrontagdo na sociedade portuguesa. E para mais, um clima de Confrontagéo néo apenas entre forcas politicas, em que dois blocos antagé- nicos quase se odias- sem, conduzisse [6 por si 4 violencia e ao radicalis- mo, insuportéveis «para a normalidade do. regime democrético, mas, na rea- lidade, um arremedo de confrontacco com o préprio Presidente da Republica, o que torna esse clima Ginda mais grave. Isso é uma responsabilidade do PS. © CDS, como 6 sabido, néo daré nenhum passo esse sentido, sempre tem procurado evitar esse processo». 3. GUIMARAES —Soudamos 0 MCDS de Gui- mardes que finalmente conseguiu obter a sede que he era devida para a prossecugdo do seu trabalho. Raquela regido nortenha. Jost Ribeiro e Castro A posicaéo do CDS perante o III Governo Constitucional 1. © Eng” Nobre da Costa fez recentemente declaracées que'o CDS entende serem infelizes, in- correctas @ insensatas, quer:na parte em que con- sidera que a competéncia dos seus Ministros nao € contestdvel, quando a verdade é que ela mesmo 6 contestavel © quanto a alguns. vai ser contestada: quer na parte em que se permite, com notdvel. in- correceao, criticar a competéncia’ de Ministros do anterior Governo, quando a verdade € que ihe foi dada’a-missdo de respeitar os partidos e ndo a de os atacar; quer ainda na parte em que generaliza @. todos 0s partides a acusacdo de dizerem em pi- blico coisa diferente do que Ihe disseram em. pri- vado, quando a verdade 6 que; no tocante co CDS, essa acusagde é falsa e injuriosa. 2. 0 CDS sempre deciarou que o Novo Gover- no deveria dispor de plena capacidade de ac¢éo po- litica, no caso de ser um Governo com participacdo dos partidos e dotado de um acordo parlamentar moioritério © que, se assim ndo fosse, deveria ser um mero Governo de gestdo, incumbido unicamente de assegurar a administracéo no Pos e preporar cleigdes gerais. Ora o Eng. Nobre da Costa ndo conseguiu —@ ‘este 6 0 seu primeiro fracasso — formar um Governo com participagéo.parlamentar_maioritério. Conse- guiu apenas um simples Governo’ de tecnocratas ditos independentes. Para o CDS, um Governo deste tipo 6 seré admissivel a titulo excepcional, por um periodo curto bem definido, com poderes timi- tados. 0 corécter absoluto ¢ llimitado dos poderes que © Primeiro-Ministro reivindica para este seu Gover- no, sem representacdo partidaria © sem maioria par- lamentar nao € compativel com a Democracia ¢ com © interesse nacional 3, A composicao do Il Governo merece ao CDS: ‘5 maiores reservas e as mais fundadas criticas, no medida em/que se comprova a participagao neste Governo de varios elementos situados & esquerda do PS, alguns dos quais ndo tém escondido a sua simpatia pelo. PCP ou pelo respectivo partido-saté- lite, © MDP/CDE. © CDS nao compreende que um Governo encar- regado de apaziguar a vida politica portuguesa apre- senta uma eomposi¢do tao polémica como esta. O CDS ndo compreence que o Eng.° Nobre da Costa tenha:tentado formar um Governo com o PS, 0 PSD © 0 CDS, do qual ficaria excluido o PCP, @ tenha ‘acabado por constituir um Governo onde o POP sur- ge, indirectamente, com tGo assinalével_presenca. © CDS nao compreende como pode o Presiden: te da Repiblica ter avalizado a nomeacao de um tal Governo. E estranha multo que Isso se tenha pas- sado, justamente, no primeiro Governo formado, nao Por iniciativa partidéria, mas por mediacce © sob directa ofientacdo. presidencial. © GDS nao pode esconder gos Portugueses a enorme gravidade da composicéo dada ao Novo Governo. Nao se pode aceitar, em especial, que se con- tinue a dar do Pais a falsa ideia— que i6 vem dos Governos Provis6rios — de que 56 6 possivel gover nar Port dante favores ou benesses conce- didos a0 ‘acordos © compromissos com esse partido. | ‘As oxpectativas © as esperancas do Povo Por- tugués Infelizmente, frustradas. Secretariado da Comissio Politica ‘SERVICO DE IMPRENSA — LARGO DO CALDAS, 5 — LISBOA — TELEF. 861019 Tiragem : 200,000 exemplares

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