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Organização
Colaboradores
2.1 ZONEAMENTO DO ACRE
No Zoneamento Ecológico-Econômi- semelhantes em termos de potenciali-
co do Acre Fase II (ZEE-AC;), concluído dades e vulnerabilidades do meio biofí-
em 2006, para fins de gestão territorial, sico, padrões de ocupação humana, for-
foram definidas quatro zonas (Acre, mas de utilização dos recursos naturais
2006): e arcabouço legal. Também constituem
Zona 1 - Consolidação de sistemas de espaços territoriais que compartilham
produção sustentável um conjunto de diretrizes de uso, tendo
Zona 2 - Uso sustentável dos recur- em vista suas características e as pro-
sos naturais e proteção am- postas de gestão negociadas entre o go-
biental verno e diferentes grupos da sociedade
Zona 3 - Áreas prioritárias para o or- acreana.
denamento territorial A Zona 1 corresponde às áreas de
Zona 4 - Cidades do Acre influência direta das rodovias BR- 364
e BR-317 (Figura 1), de ocupação mais
Cada zona apresenta características antiga do Estado com atividades agro-
Figura 2: Áreas correspondentes a Subzona 1.1 - Produção familiar em Projetos de Assentamento e Pólos Agroflorestais
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Essa subzona está localizada princi- 2). Ao total possui uma área de 996.788
palmente no município de Rio Branco ha, destes, 678.396 ha (68%) encon-
(17%), seguido de Xapuri (10%) (Tabela tram-se com suas áreas alteradas.
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(ha) % (ha) %
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2.3 ANÁLISE MULTITEMPORAL
(2004-2007)
Sobrepondo o tema de áreas des- subzona 1.2, porém em menor inten-
matadas do ano de 2007 com o de uso sidade. Mesmo a subzona 1.3 (manejo
de solo do ano de 2004 das subzonas, e proteção florestal) teve uma redução
foi possível realizar algumas análises de 5% (96.751,3 ha) da sua floresta. No
que permitiram determinar a dinâmica total foram suprimidas aproximada-
de uso do solo no período de três anos mente 334 mil ha de florestas nas três
(2004-2007). Por exemplo: na subzona subzonas no referido período. Mesmo
1.1 entre os anos de 2004 e 2007, cer- as áreas antes ocupadas com capoeira
ca de 162 mil hectares que antes eram tiveram redução de 138.497 ha nas três
ocupados por florestas, referente a 23% subzonas.
de toda a área alterada, foram desma- A maior parte das áreas desmata-
tados. Fato que chama atenção, vis- das das subzonas 1.1 e 1.2 encontram-
to que representa um desmatamento se ocupadas por pastagem (59% e 74%
de 54 mil ha/ano. O mesmo ocorre na respectivamente) (Tabela 5), indicando
Legenda Descrição
Af Planície fluvial. Área plana resultante de acumulação fluvial sujeita
a inundações periódicas, correspondendo às várzeas atuais. Ocor-
re nos vales com preenchimento aluvial holocênico.
Atf Terraço fluvial. Acumulação fluvial de forma plana, levemente inclinada,
apresentando ruptura de declive em relação ao leito do rio e às várzeas
recentes situadas em nível inferior, entalhada devido às mudanças de
condições de escoamento e consequente retomada de erosão. Foram
mapeados três níveis de terraços fluviais: Atf1, atf2 e atf3.
Continua
7 Objetivos Específicos
lação fluvial e lacustre, periódica ou permanentemente alagada,
podendo comportar lagos de meandro e de várzea, ligada com ou
sem ruptura de declive a patamar mais elevado.
Pri Pediplano retocado inumado. Superfície de aplainamento elabora-
da durante fases sucessivas de retomada de erosão, sem no entan-
to perder suas características de aplainamento, cujos processos ge-
ram sistemas planos inclinados às vezes levemente côncavos. Pode
apresentar cobertura detrítica e/ou encouraçamentos, indicando
remanejamentos sucessivos. Ocorre nas depressões e no sopé de
ressaltos que dominam os níveis de erosão inferiores.
Da Conjunto de formas de relevo de topos estreitos e alongados, es-
culpidas em rochas sedimentares dobradas, definidas por vales en-
caixados. Os topos de aparência aguçada são resultantes da inter- 21
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4.1Secretaria de Estado de
Extensão Agroflorestal e
Produção Familiar – SEAPROF
A atividade a ser desenvolvida por par- mamente nas características tradicio-
te dos pequenos produtores, necessaria- nais das famílias, considerando suas
mente, deverá passar por uma dinâmica limitações de mão-de-obra, calendário
de uso da terra que possa, ao mesmo agrícola e disponibilidade de recursos
tempo, recompor o passivo florestal e ge- técnicos, infra-estrutura e oportunida-
rar renda para as famílias envolvidas. des de comercialização dos produtos.
Essa iniciativa deverá estar baseada Os consórcios de plantios de cultu-
numa realidade que intervenha mini- ras de ciclos curtos médio e longo (na
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Figura 8. Diversas operações realizadas na recuperação de áreas alteradas com uso da mecanização