Vous êtes sur la page 1sur 16
Sabado 19 de Agosto de (961 3 DIARIO Se ‘Avegaztsos. « Sao 9608 ANS Abesine 213 at ‘rote 2 exumplares aneaiamo gratetanon SUMARIO Presidéncia da Repéblica: Lei no 2110: Promiulge o Regulamento Geral das Estradas © Caminbos ‘Munieipes.. PRESIDENCIA DA REPUBLICA Lei ne 2110 Em nome da Nagio, a Assembloia Nacional decreta 6 en promulgo a lei seguinte: Regulamento Geral das Estradas ¢ Caminbos Municipals CAPITULO 1 Organizagio dos servigos SECQKO 1" Disposigces gerais Artigo 1° Os servicos respeitantes & conservagio, reparagio, policia e cadastro das estradas e eaminhos smunicipais subordinam-se as disposigdes do. presente regulamento. “rt. 2B das atribuigdes das emaras municipais a construgio, conservaciio, reparagio, polieia, eadastro @ arborizagio das estradas e caminhos municipais. § tinico. Para poderem dar satisfagio completa ao de- terminado neste artigo, as cimaras municipais, isola- damente ou no regime de federagio previsto pelo Cédigo Administrativo, organizario os servigos téenicos necessérios, aos quais’ficam subordinados os servigos de conservagio definidos neste regulamento, SECOXO 2+ Servico de conservacio Ari, 8. Para efeitos do consereagio o.poliia, av estradas ¢ caminhos municipais serio divididos, dentro de cada concelho, em cantdes de extensio, em regra, nio inferior a 4 km nem.superior a 8 km, Os cantoes sero agrupados em esquadras. A extensio dos cantdes seré regulada tendo em atengio a intensidade do transito, as circunstancias relativas ao terreno atravessado e &§ povongies servidas fa naturena ¢ langura da faixa de rodagem da via municipal Em regra, cada grupo de oito cantdes constituiré uma esquadra, Pasa extangero¢ulamar acresceo porte do comeio 1 Série —Némero 192 D0 GOVERN PREGQO DESTE NUMERO ~3$20 (© prego dos anincios(pagnmente aiantats) 6 Gan a Hats, aeresido do respec i posto daseio,nanincor a queso reoroo§ Eaieo fo artigo 2° do Dosrtoel 59321, de 30 do erombro do 1919, tm erode de 40 por canto. ‘Somenee © A divisio das vias municipais em canties esquadras sera feita pelas cimaras munieipais, ouvidos 0s respectivos servicos técnicos, e submetida, para efeito de comparticipagio, & apreciagio do Ministerio das Obras Publicas. § 2° A divisio das vias municipais em cantdes ¢ esquadras serd revista, pelo menos, de dez em dex anos, atendendo & variagio da extensio da rede e & natureza e condigées de conservagio dos pavimentos. Art. 4° 0 servigo de conservagio da rede funcionaré na sede do respectivo concellio, mesmo no easo de exis- tir federagiio ¢ a sede desta ser noutro eonvel Art. 5.' Para apoio do servigo de conservacio das vias munieipais, poderé haver casas de habitagio des- tinadas ao pessoal cantoneiro © & arrecadagio de uten- silios e ferramentas, especialmente em regides powco habitadas. Art. 6 As vias municipais deverdo ter recintos destinados a parque de estacionamento de veiculos e a depésitos de materiais, maquinas ou viaturas. SECGKO 8. Quadro do pessoal Art. 7.° Em cada concelho haveré, para efeito da couservagio das vias munieipais, 0 seguinte pessoal: a) Um chefe dos servigos de couservacio; 4) Um eabo de cantoneiros para cada esquadra; c) Um eantoneiro para cada cantio. § tinico, Nos concelhos cuja rede de estradas ¢ cami- nhos municipais nfo exceda 75 km ou cujas receit ordinérias sejam inferiores a 2000 contos anuais, poderd no haver 0 lugar de chefe dos servigos de conservuyiio, desempenhando as suas funges 0 cabo de eantoneiros SECGKO 4 Provimento Art. 8." 0 lugar de chefe dos servigos de conser- vagio seri provido por contrato, mediante concurso documental. § 1." $6 serio admitidos a concurso os candidatos que possuam aprovagio nos cursos industriais de mestranga (eonstrutor civil, topégrafo auxiliar de obras publicas, encarregado de obras ¢ eapataz de minas) ow no eurso do construcdes civis e minas dos institutes industri Os que possuam estas tiltimas habilitagBes téenicas te- Nio preferéncia sobre os que tiverem apenas cursos de mestranca. § 2° As cfmarns municipais podergo contratar para chefe dos servigos de conservagio, independentemente de concurso. os chefes de conservagio de estradas dos quadros da Junta Auténoma de Estradas que lho re- 1030 queiram, desde que possaam boas informagées de ser- vigo. Art. 9.° 0 pessoal cantoneire compreenderé todas ow algumas das seguintes classes: eabos de cantonei- ros de 1.* ¢ 2.* classes e cantoneiros de 1.* © 2.* class Quando houver mais do que uma classe, a propory: entre 0 mimero de unidades de cada classe seré, apro- ximadamente, de 1 para 3. §L* Os Ingares de cantoneiro serfo provides por individuos que possuam como habilitagio minima o exame da 4.* classe da instrugio priméria ou equiv lente e nio tenham menos de 31 anos nem mais de 3 § 2° 0 provimento dos cantoneiros seré provisério durante os primeiros seis meses, findos o8 quais, se Thes for reconhecida aptidio pela efimara municipal, me- diante informagio fayordvel do chefe dos servigos de conservagio ou autoridade equivalente, se tornard de- finitivo. Art. 10° As mudangas de classe ow de categoria do pessoal cantoneiro far-se-o de acordo com as seguin- tes regras: 1* Os cantoneiros de 2.* classe com, pelo menos, trés anos de bom e efectivo servigo poderio passar & 1 classe; * Os eabos de cantoneiros de 2." classe seriio esco- Ihidos entre os cantoneiros de 1.* classe que tenham demonstrado zelo, competéneia e aptidio para o cargo, coustituinda a antiguidade motivo de preferencia; 3 Os cabos de cantoneiros de 2.* classe com, pelo menos, tris anos de bom e efectivo servigo nessa cate- goria poderio passar & 1.* classe, § tinieo, Os eantoneiros de 2.* classe que niio possuam a habilitagio da 4.* classe da instrugio priméria 86 po- derao ser promovidos & 1.* classe quando tiverem obtido essa habilitagio, BECCKO 5 Salarios Art. 11." 0 pessoal cantoneiro, dado o cargeter espe- cial das suas fungdes, considera-se em servigo perma- nente, tendo direito a saldrio nos domingos e dias ferindos e sendo obrigado a prestar trabalho nestes dias quando as necessidades do serviga 0 exijam. Art. 12.° Aos cabos de cantoneiros e aos cantoneiros, quando prestem servigo fora dos trogos das vias mux cipais a seu cargo, poderd ser abonado subsidio di alé aos seguintes limites 12 Um tergo do salari fora da sua residéneia gate Mette do, salto, se tiverem de pernetar fora { tinico, Nao servio abonados os subsfaios referidos neste artigo aos cabos de cantoneiros e aos cantoneiros encarregados de prestar servigo nulgum dos trocos de via contiguos aquele em que estio colocados. , se nilo tiverem de pemoitar SECOKO 6 Atribuigses © competéncia Art. 13" Ao chefe dos servigos téenicos municipais de obras pertence: a) Exésular ow orientor os estudos de construgi, Jo e grande reparagio das estradas e cami pais e dirigir e fiscalizar as obras corres: pondentes; b) Dirigir © fiscalizar o servigo de conservacio, reparacio, arborizagio, policia e eadastro das estradas ¢ caminhos municipais e obras acessérias; ¢) Colaborar na organizagio dos processos de adju- dicagio de empreitadas para execugio de trabalhos ou I SERIE — NUMERO 195 fornecimento de materiais ¢ promover as respectivas liguidagdes, assim como as das folhas de vencimentos, subsidios, jornais e tarefas, expropringdes, indemniz gBes © outras despesas inerentes aos servigos; d) Informar os. processos de concessio de Ticengas para obras junto das vias municipais; ¢) Colaborar na organizagio dos planos de trabalho a executar em comparticipagio com 0 Estado, a fim de serem submetidos & aprovagio da eimara municipal; f) Colaborar na organizagio dos processos de arren- damento ou venda do terrenos sobrantes das estradas municipais ¢ informé-os; 4g) Apresentar A cousideragio superior os alvitres tendentes ao aperfeigoamento dos servigos; h) Cumprir © fazer cumprir as disposigdes regula- montares € as ordens dos superiores hierarquicos. 14 Ao chefe dos servigos de conservagdo per tence: a) Dirigir e fiscalizar 0 servigo dos cabos de canto- neiros e dos eantoneiros; 1b) Pexcorrer com assiduidade as estradas caminhos a sew cargo, devendo inteirar-se de todas as necessi- dades dos servigos e providenciar no sentido de serem remediadas prontamente as deficiéneias observadas; c) Instruir os cabos de cantoneitos © 8 cantoneiros, marear-lhes tarefas bem determinadas em natureza, extensio e tempo de exeeugio, fiscalizar e medir os trabalhos respectivos e registar em cadernetas de mo- delo apropriado, em poder desse pessoal, no s6 essas tarefas, como também o tempo de permanéneia junto dele ¢ as devidas notas que deverio ser datadas Fubri- cadas; d) Tnformar sobre 0 comportamento, assiduidade ¢ aptidio dos eabos de cantoneiros e dos cantoneiros © comunicar 08 actos louvaveis ou as faltas que eles pra- tiquem, propondo os louvores a conceder ot os eastigos 1 aplicar; ¢) Informar sobre as condigdes de vida das fomflias dos eabos de cantoneiros e dos cantoneiros que habitem casas do municipio e sobre o estado de conservagio € asseio dessas casas; f) Receber as queixas contra 0 pessoal a seu cargo © as representagdes, queixas e requerimentos deste ¢ apresentar tudo, devidamente informado, & considera- gio e resolugio superiores; : {g) Requisitar os materinis e demais objectos neces- sirios para o servigo, examinando ¢ recebendo aqueles cujo fornecimento for autorizado h) Dirigit © fiscalizar, de harmonia com as instra- g@es dos superiores, os trabalhos de reparagio, ou outros, das estrailas e caminhos municipais a seu eargo, bem pier obras afins; salizar, no terreno, os estudos @ nivelamentos pres cisos, levantar esbogos topogréficos, marcar alinhamen- tos e fazer as sondagens necessarias para os servigos @ 3) Taformar sobre asruntos relatives a0 servigo de que seja incumbido ¢ levar aa conhecimento superior quaisquer deficiéncias ow irregularidades desse servigo 1) Afixar, por ordem on com autorizagio prévia, nos lugares puiblicos, com pelo menos oito dias de antece- déncia, os amincios para venda, em praga, de lenha, erva ow quaisquer produtos que hajam de ser vendidos ¢ dirigir as pragas on assistir a elas; ‘n) Fornecer os clemieutos necessérios para a elabo- ragio das folhas de salérios e outros documentos de despesa; n) Elaborar mensilmente um relatério descrevendo em especial os trahalhos executados, as ocorréncias do 19 DE AGOSTO DE 1961 servigo, os materiais recebidos © empregados ¢ fazendo sobre o servigo as observagdes que julgar convenientes; 0) Organizar no fim de cada seniestre 9 mapa de mo- vimento do inventério dos materiais, miquinas, ferra- mentas ¢ utensilios existentes no servigo; p) Procurar evitar, por adverténcia ou intimagies, que se pratique quaisquer actos proibidos por este regulamento ou pelas leis em vigor; 4) Dar, graciosa e cortésmente, aos proprietérios con- finantes com as vins municipais os eselarecimentos ne- cessirios, relativos aos seus direitos ¢ obrigagies decor- rentes deste regulamento; 1) Fisealizar o cumprimento das condigdes fixadas nas icengas para quaisquer obras, plantagdes o outros actos que delas carecam, marear alinhamentos ¢ cotas de nivel, bem como 05 espagos que possam ser ocupados com mnateriaiss 4) Tevantar autos por transgressio © desobediéneia fs intimagdes © dar-lhes seguimento no prazo de 48 horas; do’ mesmo modo procederé com os que forem lnvrados pelos eabos de cantoneiros @ pelos cantoneiros; 11 Fazer os demais trabalhos que Ihe sejam ordenaios. § nico. Nos concelhos com rede de vins municipais superior a 50 km, as cimaras procurario par i di ‘go dos chefes dos servigos de conservagio meios de transporte adequados as suas fungdes. Art, 15.° Aos cabos de cantoneiros pertence: a) Dirigir, fiscalizar, instruir e coadjuvar os canto- neiros das esquadras a seu cargo, trabalhando com cada um deles, e, de modo geral, executaz, quando neces- sitio, todos os servigos que compete aos cantoneiros; b)'Executar quaisquer trabalhos relativos aos. ser vigos que thes sejam ordenados pelos superiores; ¢) Tomar couheeimento das ardens dadas aos canto- neiros das suas esquadras ¢ fiscalizar 0 respective cum- primento; a) Dar couhecimento ao superior hierdrquico ime- diato da marcha dos trabalhos e das ocorréncias veri- ficadas nas suas esquadras; ¢) Promover 0 conserto ou substituigio das ferramen- tas do pessoal das suas esquadras; f) Levantar autos por transgressio @ desobediéneia as intimagdes e envid-los, no prazo de 48 horas, a0 superior hierérquico imediato; 4g) Estar todos os dias titeis nos locais de servico, sem que as chuvas ou intempéries possam ser invocadas como motivo de auséncia, ¢ neles permanecer durante as horas indieadas no horario em vigor; 1) Conservar em boas condigdes todos os artigos do atriménio municipal e outros que hes sejam confia- los. Se, por negligéncia, qualquer desses artigos so deteriorar, ser-Ihes-a descontado nos salérios, na altura do pagamento, 0 respectivo valor, na totalidade ou em prestages, conforme deliberogio da cimarn municipal Sem prejuizo das disposigdes legais sobre impenhorabi- Tidade de parte dos salaries; ° i) Trazer sempre consigo uma bolsa com o cartito de identidade privativo dos servigos municipais, a ca- derneta, um exemplar deste regulamento e outros ob- jectos_necessirios a0. servicos J) Dar aos uswirios da estrada on eaminho munici- pal as indieagdes e ausilio que Thes forem pedidos e ‘ossam prestar; 2) Prestar 0 ausilio que Ihos seja solivitado pelos fun- cionérios da edmara ou do Estado, quando no exereicio os seus cargos, ow por quaisquer autoridades Art, 16.° Aos cantoneiros pertence: @) Executar contimuamente os trabalhos de conser vagito dos pavimentos; fazer o servigo de policia; asse- 1031 gurar o pronto escoamento das éguas, tendo sempre para osso fim limpas as valetas, aqueditos ¢ sangrias; remover do pavimento a lama ¢ as imundicies; eonser var as obras de arte limpas de terra, de vegetagio ou de quaisquer outros corpos estranhos; euidar da limpeza conservagio dos marcos, balizas, ‘placas ou quaisquer outros sinais colocados no canto; tomar, quando Thes for ordenado, as notas necessirias para a estatistiea do transito; prevenir o chefe dos servigos de conservagio ou autoridade superior correspondente, quer directa- mente, quer por intermédio do eabo de cantoneiros, das ocorténcias que se derem no canto em que prestem servigo, e cumprir rigorosamente ¢ sem demora as or- dims dos seus superioress b) Proceder, quando em brigadas eventuais de repa- rago sob a orientagio dos cabos e mesmo com a sua cooperagio, aos trabalhos que Ihes sejam ordenados; e) Levantar autos por transgressio ¢ desobedigneia iis intimagies e envii-los, no chete dos servigos de conser respondente, directamente ou por intermédio do cabo de cantoneiros; d) Estar todos os dias viteis no canto, sem que as chuvas ou intempéries possam ser invocadas como motivo de auséncia, e nele permanecer durante as ho- ras indicadas no hordrio em vigor. Durante as horas de descanso e refeigio nfo poderio os cantoneiros au- sentar-se dos seus locais de trabalho; ¢), Conservar em boas condigdes todos os artigos do patriménio municipal e outros que Thes sejam confia- dos, Se, por negligéncia, qualquer desses artigos se extraviar ou deteriorar, ser-lhesd descontado no salé- rio, na altura do pagamento, o respectivo valor, na totalidade ou em prestagdes mensais, conforme delibe- ragio da cimara municipal, sem prejuizo das dispo- sigées legais sobre impenhorabilidade de parte dos salirios; f) Trazer consigo um bastio do modelo oficial, com ‘ mimero do seu cantio, ¢ uma caixa de follia, também do modelo oficial, onde deve acondicionar-se 0 cartio de identidade privativo dos servigos, a caderneta e 08 extractos da legislagio que respeita ao desempenho das suas fungies. O eantoneiro colocard o bastio na berma da via municipal, do lado direito desta, com a face da chapa que indica o mimero do canto voltada para © local onde estiver a trabalhar ea uma distincia deste no superior a 40: m; ) Levar para o local do trabalho as ferramentas necessirias a0 servigo, nfio devendo nunca deixé-las bandonadas; h) Nio deixar de um dia para o outro depésitos de ‘materiais na plataforma da via municipal ow quais- quer trabalhos cuja nio conelusio possa prejudicar © ininsito; i) Entregar ao cabo de cantoneizos todos os artigos que niio Thes pertengam, quer sejam achados ow Iles tenham sido confiados, bem como as ferramentas, ute silios e quaisquer outros objectos a seu cargo, se di xarem 0 servigo. Quando qualquer destes objectos nio for restituido, o set valor sera descontado na importin- cia que estiver em divida ao cantoneiro ou por ele pago na totalidade, sem prejuizo da responsabilidade eri- minal em que incorrer; j) Participar ao eabo de cantoneiras ou a0 superior com quem primeizo se avistem qualquer ocorréneia ou circunstineia relacionada com o servigo e especialmente ‘© que possa causar prejuizo ao transite © as vias mu- nicipaiss 1032 1) Dar aos usmérios das estradas e caminhos as in- dieagies ¢ auxilio que thes forem pedidos e possam prestar; m) Colocar resguardos nas obras ow obstéeulos que possam oeasionar perigo ow prejuizo para o trimsito; 1n) Prestar 0 auxilio que Ihes soja. solicitado pelos funcionirios da cimara ou do Estado, quando no exer- cicio dos seus cargos, ou por quaisquer autoridades.. Art. 17. Todos os funcionarios que superintendem na fisealizagio dos servigos das vins munieipais, of chefes dos servigos de conservagio, os cabos de canto- neiros e os cantoneitos sio competentes para fazer cun nte regulamento, podendo levantar aut jes cometidas, Nestes autos, que fario f¢ em juizo até prova em contririo, 6 dispensada a indicagio de testemunhas. § nico, A mesma eompeténcia é atribuida ao pes soal indieado no corpo deste artigo quanto is infrac- gbes_a0 Codigo da Estrada e demais legislagio sobre viagio e trimsito cometidas nas vias municipais. ‘Art. 18.° 0 pessoal referido no artigo anterior tem Aireto aa wep © porte de arma de dofesa, indepenten- temente de lieenga. Art. 19.° 0 hordrio do trabalho do pessoal canto- neiro seréo que for adoptado para os trabalhadlores rurais e deverd constar das eadernetas de que é porta- dor. Art, 20.° O pessoal menor, especializado e operirio, quando em servigo na conservacio das vias municipais, subordinar-se-4 ao hordrio de trabalho do pessoal can: toneiro. SECGIO 7 Distintivos e uniformes Art. 21° Durante os primeiros trés anos, a contar da data da entrada em vigor do presente regulamento, os eabos de cantoneiros e as cantoneiros apenas s30 obrigados a ter bragais, a fornecer pelas edmaras, con- forme molelos apropriados anexos a este regulamento. Art. 22° Apés os trés anos a que se refere o artigo anterior, serd obrigatério, em servigo, o uso de uniforme para o pessoal de conservagiio, de ncordo com modelos apropriados anexos ao presente regulamento. § L° A aquisigio dos artigos de uniforme para o pessoal de conservacio seré feita em regime de con participagio entre este pessoal e as cdmaras munic pais, podendo a parte do pessoal, uunca superior a metade do custo dos artigos fornecidos, ser paga em prestagdes mensais descontadas nos veneimentos res peetivos, salvo os impermedveis, distintivos © acessé- ios destinados & condugio do material, eujo encargo © municipio suportard integralmente. § 2° As cémaras municipais estabelecervio as con- igdes de uso, duracio, reparagio e substituigio dos rtigos do uniforme do pessoal de conservacio. Art. 23." O cumprimento das disposigées referentes ao uso, duragio, reparncio e substituicho dos unifor- mes do pessoal serd fiscalizado pelos respectivos supe- riores hierdrquicos. CAPITULO IT Demarcacéo, sinalizagio, balizagem e arborizacio das vias muniipais ssegto 1+ Demarcagio Art. 247 A zona de terreno pertencente a qualquer ria municipal 6 a que tiver sido alyuirida para a sua implantagio, I SERIE Art. 25.° Presume-se que pertencem a0 municipio todas as drvores e demais plintas existentes dentro da zona detinida no artigo anterior. § Lo Se alguém se julgar com direito & propriedade de drvores e demais plautas actualmente existentes nas Jes deste artigo, deveri, dentro do prazo de dois anos, a confor da data da entrada em vigor deste regu lamento, fazer a respectiva prova perante a cimara. Passado este prazo, o diretto iis drvores e demais plane tas s6 poder ser declarndo por via julie § 2 Se o proprietirio pretender cortar essas érvores ow plantas, poderd a edimaza municipal opor-se, pagando 0 seu justo valor, Art. 26.° A extensio de cada via municipal serd de- termina dsada a porte do primeira ponto extreme que a designa, tinico. Havendo sobreposicio de trocos de vias mu- is, a demareagig quilométzica seré continua na via considerata de maior categoria; no caso de a sabre- posigio se verifiear em vias de igual categoria, a quilo- metragem seri continua na de numeragio mais baixa ea interrupeio far-se-d na outra via Art, 27." As estradas e os caminhos mnnicipais sexi demarenilos por marcos de origem, quilométricos e de limite de eantiio, Hsta demarcayio obedoceré as seguine tes norina: 2 Os mareas de orégem conterio sdmente na face anterior o mimero da estrada, on do caminho, as loca- Tidades mais importantes quo eles servem ¢ as respecti- vas distincias; * Os marcos quilométricos Weverio conter, na face anterior, as indiengies da estrada ow caminho municipal aque se referem; na josterior, as do concelho; e, em cada uma das faces latarais, a indie de certa importineia fe respeetivas distincia correspondente aa marro; 3." Os marcos de limi duas das suas faces, dizem respeito. § 12 Os matvos abodecerio avs tipos constantes das estampas apropriadas, anexas a este regulamento, 0 que diz respeito a formato ¢ dimensies, cores ow outros pormenores.. § 2." Os marros de origem ¢ quilométricos serio colo- cados ao lado direito da via municipal, fora da berm: mas de moo que se vejam ficilmente; os de cantio ‘Jos no lado esquerdo da via, em idénticas mais prévima encimada pela do quilémetra de canto deve conter, em indieagdes dos canties a’ que condivdes. Considera-se lado dizeito de uma via municipal, quer esta fenha duas on uma s6 faixa de circulagdo, 0 lado que fiea A direita em relaedo ao sentido em que eresce a demarengiio quilométrien peCRO 2 Sinalizagao Ant, 28° A sinalizagto das vias munieipais obede- vend ba reguintes norman 1 Os locais das vias munisipais que potsam ofere- cer perigo para o trinsito, ot onde este tenha de ser feita com procaugio, daverio set aysinalados por meio de placas com os sinais fixados na legislagio em yigors gh 'Nox cntzanuutos ott entroucamentos de ectradas munieipais on destas com caminhos ou runs devern set Colocas sinais com dndivagoes. de orientagio para’ 0 irinaito, sempre que soja nevestrio;, 19 DE AGOSTO DE 1961 34 As povoagies atravessadas pelas vias mmnieipa deverio ser assinaladas por placts om os respectsvos romes, colocalas i entrada ou na. parte central, con- forme w juigue mais convenient cnsiterada n éxten- fo da travessin: 42 Os Timites das reas de jurisdigio das cdmaras municipais deverto ser assinalados por placas contend, wm cada face, a desigungio da edihara municipal res. “ Quando, por motivo de prioridade nas estradas naciuais, se verifiqne a necessidade de eolocar placas de sinalizagio nas vias municipais, devextio as edmaras autorizar @ sua colocagio pela entidade competente e promover a sia guarda e Vigilancia. § 1? Serio sempre aplicados dispositivos reflectores nos sinais das plaeas de perigo e, quaudo seja julgado conveniente, em quaisquer outros sinais. § 2° Todos us sinais referidos neste artigo devem fiear colocados, sempre que possivel, fora da berma, em perfeitas condiedes de visibilidade 3.32 As placas de sinalizagio de perigo © as que indicain as entradas das poroaghes devarto fear do lado direito em relacdo a cada um dos sentidos de marcha; fas que contenham indicagdes nas duas faces ficario do lado direito da via, excepto as placas do sinalizagio de orientagio, que serio eolocadas nos locais mais apro- prindos, conforme as indicagdes que prestam, § 42 As placas referidas nas normas 1; 24 ¢ 3. deste artigo devem ser, sempre que possivel, dos tipos wsados nas estradas nacionais; as referidas na norma 4° devem obedecer ao tipo constante da estampa apropriada anesa a este regulamento. Art, 20.° As placas de sinalizacio poderio ser colo- cadas em muros ou quaisquer edifieagies, tendo os pro- Prietérios dirvito 4 justa indemnizagio se do facto re- sultar qualquer prejuizo, SECGRO 8 Balizagem e protecgio Art, 30. Serio demarcadas faixas para separagio do trinsito sempre que as exigéucins da cirvulagio o acon- selhem e a largura da plataforma o permita. Art, 31° A’ plataforma das vias municipais deverd, ser delimitada por meio de balizas sempre que isso se reeonlieca conveniente. Art, 320 A platforma das vias municipais serd pro- tezida em todos os locais que oferecam perigo para 0 trinsito por meio de resguardos apropriados, tais como mareus, redes e cabos. SEOGRO 44 Arborizagio Art. 83.° Compete & cimara municipal de cada cou- cello promover e conservar a arhorizagig das respecti- vas vias, eonsiderando-se como tal_a arborizagio pri- priamente dita e 0 restante revestimento vegetal das suas margens, taludes e terrenos sobrantes. § nico, As deliberagdes das cimaras_munieipai sobre a substituigio ow corte generalizados de drva- res adultas nas vias municipais s6 poderto ser tomadas depois de obtido voto favoravel do consellio municipal. Art. 34° Na concepcio o execugio dos trabalhos de arborizagio das vias municipais, devem ser consideradas todas as funcdes que a arborigngio pode desempenhar, especialmente as de salubridade, as de agrado e con: 1033 forlo para os viajantes, as de eonservagio dos pavimen- tos © consilidagio das margens e faludes e as de seguranga ou de facilidade do transite consoante as condigdes topograficas ou atmosféricas. Art. 35.° Os trabalhos de arborizagio das vias muni- cipais devem consistir em: 1) Plantagio de espévies arbéreas apropriadas, 9 me- nos possivel susceptiveis de prejudicar os prédios con- tiguos, convenientemente espagadas e dispostas com fa possivel regularidade na zoua da via municipal, tanto nos taludes como ao longo da via; 2) Plautagio de drvores dispersas, isoladamente ou em pequenos grupos, para fins de ornamento ou para, mediante © emprego das espécies de porte e caracte- risticas apropriadas, se referenciazem pontes, cruz mentos ow outros lorais que seja conveniente destacars 8) Plantagio de drvores em taludes, terrenos sobran- tes ow marginais, de forma a constituirem-se pequenos imacigos ow pequenos bosques; 4) Plantagia de espéecies ‘arbustivas ornamentais, ‘soladas ou em grupos, nas banquetas, inclusive entre as arvores de alinhamento, ou nos taludes; 5) Plantagio de espéeies trepadoras e afins para re vestimento e embelezamento de muros, gradeamentos, taludes ow outras vedagdes; 6) Plantagio de sebes vivas, talhadas ou no, para melhor enquadramento ox balizagem, sobretudo ent 20- nas urbanas e no exterior das curvas; 7) Plantagio ou sementeiza de espécies diversas para revestimento ou fixagio de taludes ou arribas, As frvores a plantar nio devem ficar a uma distineia inferior a 1m'da aresta exter! berma, aerescida da largura da valeta, quando esta existin, § 2 As espécies a adoptar na arborizagiio e restante mento vegetal das margens e taludes das vias is devem ser apropriadas © bem adaptadns as condigdes destas vias; devem ser escolhidas de acordo com as condigdes elimaticas da regiio e ns condigdes geongrolégieas Toeais ¢ tendo ainda em atencio as ca- raeteristicas especificas das diferentes esséncias, as fun- 0s que estas so chamadas a desempenhar e o aspecto estético-paisngistico das diversas regides atravessadas pela estrada, § 3° As cimaras munieipais que nfo tenham enge- aheiro silvieultor ao seu servigo deverio ter em consi deragio as instrugies dos servicos téenicos especiali- zados da Direcedo-Geral dos Servigos de Urbanizagio, na escolha das espécies arbéreas a plantar nas vias municipais e nos cuidados de conservacio, limpeza podas que mais convém & vida e conservagio das sirvo- res ¢ aos efeitos estéticos das vias e recintos municipais arborizados, § 4° 0 Estado colaboraré com as cfimaras forne- condo-Ihes espéefes para a arhorizacio das vias muni cipais, na medida das disponibilidades dos seus vivei- Art. 36.° Quando, sobretudo em zonas urbanizadas, a estrada corra entre edificagies, muros ou outras vedas «Ges ¢ nio haja terrenos pertencentes via municipal ti9s quais se possam fazer plantagdes, devem as efimaras municipais procurar a colaboragio ou autorizagio dos proprietirios confinantes, a fim de que nos seus terre- nos e Iogradouros sejam plantadas arvores, trepadeiras ‘ov outtras quaisqner plantas que possam contribuir para o-embelezamento da via. § tinieo. As espécies a plantar pelos particulares po- dem ser gratuitamente fornecidas pela camara muni- cipal. Art. 87° Quando, para conservagio dos pavimen- tos, consolidagio das margens ¢ taludes e seguranga ou facilidade do trinsito, se recouheca teenicamente conveniente proceder i arborizagiio e nao kaja para isso terreno disponivel pertencente & via municipal, poderé camara municipal, nos casos em que mio consiga a colaboragio ou autorizagio dos proprietdrios continan- tes, expropriar a faixa de terreno marginal eonsiderada nevessiria para a arborizagio. SECQKO 5 Cadastro das vias municipais Art, 88.° As efimaras munieipais, pelos seus servigos ‘éenicos ¢ em colaboragio com a Direegio-Geral dos Servigos de Urbanizagio, fario organizar, no prazo de um ano, a contar da data da publicagio deste regu- Jamento, uma carta, ma escala de 1:25 000, relativa 8 area do sou eoneetiio, na qual se representario: a) As estradas nacionais, linhas {érreas e prineipais cursos de dgua; b) As vias municipais com a sua divi tess c) Os edificios, pertencentes ao Estato e ao muni- cipio, afectos ads servigos das comunieagdes rodo- visrias. § tinieo. As imaras_ municipais, em colaboragio com a Direegio-Geral dos Servigas’ de Urbanizagio, providenciario no sentido de cadastro das suas vias le comunicagio se manter actualizado. CAPITULO TIT Disposigées relativas & policia das vies municipais SBCGAO 1 Deveres do pblico em relags0 4 policia das estradas catatonic Art, 30.° B proibido: Le Cavar, fazer buracos ou cravar quaisquer objectos na zona da vin municipal; 2° Encostar ou prender quaisquer objectos as placas de sinalizagio, resguardos do trinsito, balizas, marcos fe drvores Cortar, mutilar, destruir ou danificar quaisquer Grvores, arbustes ou demais plantas das vias munici- pais; 4° Desearregar objectos na faixa de rodagem ou ar- rasté-los por esta, suas bermas ou valetas; 52 Ter ou conservar nas vias municipais, ainda que tempoririamente, mato, estrumes, pedras, lenhas, ma- deira, assim como quaisquer otros materiais ow objec- toss (62 Trazer animais a divagar ou 9 apascentar nas vias municipais ou manté-les ai presos. ou peados; 72 Limpar, lavar vasilhas ou quaisquer objectos, vei culos ow animais, partir lenha ¢ fazer fogueiras ou ontras operagdes nas vias mumnicipais ou Jangar nelas gua ou quaisquer despejos; 8.° Conduair em valas ou lancar guas poluidas e depositar lixos nas proximidades das vias munieipais, quando causem cheiros ineémodos; {0.2 Obstruir as valeias ou impedir o livre escoamento das aguas nas obras de artes 10.° Ter nas paredes exteriores dos andares térreos fou dos muros de vedagio, sempre que possam eausar estorvo ao trinsito, quaisquer objectos que em relagio 1 SERIE — NOMERO 192 0 plano dessus paredes ou muros fiquem salientes so- bre a vin; 11? Ter sem resguardo, sobre qualquer loeal sobran- ceiro as vias munieipais, vasos, caixotes ou outros objec- tos que possam constituir perigo ou incémodo para os transeuntes; 12! Assentar nas zonas das vias municipais, sem livenga, quaisquer construcdes ou abrigos moveis, can deeires, posts, balansa, Bonne automediorss ¢ coi sas seme hantes e, bem assim, estabelecer & superficie, 10 subsolo, tubos, fos, depésites ou outras 132 Permanecer nas vias municipais para exercer mendicidades 14 De um modo geral, fazer das vias municipais uusos diferentes daqueles a que estilo destinadas. § winieo, O disposto nos n.% 4.° ¢ 5.° nio prejudica o direito de, quando necessirio, depositar materiais para carga ou de descarga de veiculos, pelo tempo indis- penisivel a estas operagdes. Art, 40.° Cabe aos responsiveis a remogio de detri- tos, residuos ou lixos langados ou eafdos na zona das vias munieipais por motivo de carga ou descarga de veieulos ou provenientes de qualquer outra causa, sem prejuizo das sancies aplicaveis, ‘Art. 41° Qualquer animal solto na zona das vias municipais ou qualquer objecto ai deixado com de- mora, sem ser em acto de carga, descarga ou cond como periide e ser renovidy pelo pessoal eax maririo, que lavrari 9 reepectivo auto de ocorréneia, § L! Se for conhecido 0 dono ou ele aparecer no prazo de trés dias, ser-lhe-& entregue o animal ou objecto mediante © pagamento da multa correspon- dente, acrescida das despesas feitas, se aio preferir abandoné-lo. § 2." Se 0 dono nfo for conhecido, nio se apresentar no prazo de trés dias, ou preferir abandonar o animal fou objecto, a cimara municipal solicitard a entidade al que proceda nos termos do Cédigo Civil e mais legislagio aplicavel. ‘Art. 42 Nio é pormitido a veteulos e animais en- tror nas vias municipais ou sair delas fora das serven- tias estabelecidas segundo as normas deste regulamento. § tinico, Em casos especiais, poderd ser concedida Ii conga para estabelecimento de serventias provisérias, impondo-se ao requerente a responsabilidade por quais- quer danos que dai resultem SBOGKO 2 Direitos ¢ deveres dos propris . confinantes com as estradas ¢ caminhos municipais ‘em relagao 30 seu policiamento Art. 43. A nenhum proprietésio € permitido enguer fapumies ¢ resruardos ou efectnar depésitos de mate- Fis, eseavagdes, edifieages ¢ otras abras ou trabalhos Ge qualquer natureza nna zona Gas vias mmonicipais sem prévia Heenca da cfmara anniepal. ‘Art, 440 Nao poderdo. diriginse ou manter-se din prides para ay vias munieipa's eanos, rezos ov valas do esagwamento, sendo os proprietérioe obrigados a des- Siarins dgwas da zona das vias msunieipais, conservando Tempre limpos ¢ desobstrufdos os meion de desvio dessas ‘STeualmente cumpre aos proprietirios de terrenos inviendos estabelecer os desvios ou drenagens necesti- Fos para evitarem imondagies on infiltragdes das aguas fo roga prejudscias aos leitos dessas viss. 19 DE AGOSTO DE 1961 1035 § 1) Este preceito nfo prejudica 0 direito de os proprietarios confinantes encanarem para as vias pi- blicas as aguas pluviais, quando a configuragio natu- ral do terreno o imponha, Devem, porém, os eanos ou egos ser implantados de modo a condusirem as éguas para as valetas ou aquedutos existentes. § 2 Se, ao ser construida uma estrada, ja existi- rem nos terrenos particulares canos, tegos ou_valas de desaguamento, as obras de construgio deverdio fa- zer-se de modo que 0 desaguamento continue assegu- rado como anteriormente. Se no for possivel evitar a formagio de charcos ou outras acumulagdes de éguas em terrenos particulares, os respectivos. proprietirios terdo direito a ser indemnizados pelos prejuizos que sofrerem. ‘Art. 45.2 Nao é em geral permitida a construgio ou reconstrugio de passadigos ao longo ou através das vias municipais. As cdmaras municipais poderio excepeio- nalmente autorizé-las, a titulo precdrio ¢ sem 0 dever de indemnizar na hipétese de revogagio das autoriza- gies, determinada pelas necessidades de viagio. ‘Art. 46.° Nas frontarias dos edificios ou nos muros de vedagio nio é permitido ter portas, portdes, cance- Jas ou jauelas a abrir para fora, nem quaisquer corpos salientes que possam estorvar 0 transite. : { iinico. Havendo passeio on valeta, poder-se-4 admi- tir a armagio de toldos para proteger do sol, nio de- vendo, porém, estes exceder a aresta exterior da berma nem deixar uma altura livre inferior a 2m, a eontar do pavimento. Art. 47.° Na zona das vias municipais no 6 permi- tido 0 eslabelecimento de marcos, simbolos ou inscri- gies de carfcter fimebre ou que assinalem acidentes de transito ou de outra natureza. ‘Art. 48." Nao é permitido a menos de 50 m e 30m da zona, respeetivamente, das estradas ¢ caminhos mu- nicipais estabelecer fornos, forjas, fabricas ow outras instalagies que possam causar danos, estorvo ou pe- igo, quer a essas vins, quer ao trinsito, — "Art. 49.° E proibido realizar nos terrenos marginais as vias municipais queimadas que possam prejudicar a sua arborizagio ¢ demais pertences ou provoquem inconvenientes para o transite, ‘Art, 50,° Nio é permitido o estabelecimento de qual- quer nova feira ou mercado em local que, no todo ou em parte, esteja a menos de 30m e 20 m da zona, res- pectivamente, das estradas e caminhos municipais. § iinico. As feiras ou mereados ja estabelecidos em locais que as vins actuais atravessem ou contornem, se nfo puderem ficilmente ser deslocados, serio delimi- tados e yedados por forma que o trinsito mas vias municipais nfo seja estorvado. Art. 51° B proibida a pesquisa ¢ captagio de dguas, sob a zona das vias munieipais, salvo em casos excep- cionais e mediante licenza da ciara municipal. Art. 52.¢ Nao 6 permitido edificar sobre os muros de viaduios ow de quaisquer obras de arte especiais das ias municfpais, quando essas edificagdes nao tiverem sido previstas nos. projectos destas obras de arte. Art, 58.° Nas placas de separagio de trinsito, salvo quando 0| proprio interesse piiblico 0 aconsellie, nio seré permitida a execugio de qualquer construgio, Art. 54." E proibida a coloagto de, postes de linhas telegrificas, telefénicas, de transporte ou distribui de energia eléetrien ow para quaisquer outros fins sobre a plataforma ou valeta das vias municipais, § 1° Na parte restante da zona das vias municipais, poderd ser autorizada a colocagio desses postes, nomea- damente no caso de se destinarem a suportar aparelhos de iluminagio publica. {2° Os postes existentes em contravengio do que estabelece o corpo deste artigo deverdo ser deslocados no prazo do dois anos, a eontar da data. da entrada em vigor do presente regulamento. "Art 352.0" estabelecimento subjerrineo de cana zagies ou cabos de energia ao longo ou através das vias municipais s6 podera ser autorizado sob as segruintes condigdes: a) ‘Ao longo das vias municipais, 0 assentamento po- der apenas efectuar-se nos taludes, banquetas, valetas, bermas ou passeios; 8) Nas travessias das vias municipais, as eansliza- Bes ou cabos terio de ser alojados em eano, aqueduto ou sistema equivalente, construido & custa do interes- sado, nas devidas condigées de seguranca e com secgio que ‘permite substituir as canalizagies ou cabos sem necessidade de levantar 0 pavimento. Art. 56.° 0 estabelecimento subterrineo de canali- aagdes de dgua e esgotos a efectuar, quer por parti- culares, quer por servigos pablicos, ‘sob vias munici- pais, far-se-d, sempre que possivel, fora das faixas de rodagem, localizando-as debaixo dos taludes, banque- tas, bermas, valetas ow passeios, § tinico, Quando as condigdes téenicas © econdmieas © pormitam, deverio ser instaladas duas canalizagies ao longo da estrada ou caminho muniejpal, uma de cada lado, sobretndo quando a largura entre fachadas de prédios seja superior a 15m. ‘Art. 67.° Os atravessamentos sobre as vias munici- pais por condugdes aéreas ou obras de qualquer natu- reza nao poderao ser estabelecidos ou reconstruidos a altura inferior a 5 m, a contar do nivel do pavimento, € os existentes @ altura menor poderio ser mandados levantar para aquela altura pelas cimaras municipais © a expensas suas, quando se verifique constituirem pre- juizo para o transito. ‘Art. 98.° Nao & permitido efectuar qualquer cons- trugio nos terrenos & margem das vias municipais: Th" Dentry das zonas de servidio non aedificandi, imi- tadas de cada lado da estrada por uma linha que dista do seu eixo 6 me 4,5 m, respectivamente para as es tradas © caminhos municipais, ‘As cimaras municipais poderdo alargar as zonas de servidio non aedificandi até 20 maximo de 8 me 6 m, para cada lado do eixo da via, respectivamente para as estradas e caminhos municipais, na totalidade ou ape- nas em alguma ou algumas das vias municipais; 2° Dentro das aonas de visibilidade do interior das concordincias das ligagdes ou cruzamentos com outras comunicagies rodovisirias a) Fora das povoagdes, o limite das zonas de visibili- dade nas concordincias é assim determinado: Depois de tragada a curva de concordincias das vias de comunicagio em causa, com o raio regulamentar que Thes couber nos termos do Decreto-Lei n.° 34 593, de 11 de Maio de 1945, aumentam-se 5 m & respectiva tangente sobre o eixo de qualquer das vias, quando de igual categoria, ou sobre 0 cixo da de maior categoria, quando diferentes 0 ponto obtido projecta-se perpendicularmente sobre a linha limite da zona non aedifcandi dessa via para o Indo do interior da concordincia, Pela projeczo assi determinada traga-se uma recta igualmente in sobre 03 efxos dis vias a concordar. Esta recta limita a zona de visibilidade desejada; 1) Dentro das povongiies, 0 limite das zonas de vi bilidade 6 determinado conformo estampas apropriadas 1036 anexas a este regulamenta, quando nio exista plano ou anteplano de urbanizagio aprovado 3 1 Exeeptuam-se do disposto neste artigo: a) As veidagoess d) As construpées a efectuar dentro dos centros po- pulacionais, quando para os mesmos existam planos ou anteplanos de urbanizago geral ou parcial ow planos de alinbamentos aprovaios os quais'essas construgDes deverao ficar subordinadas c) As construgies simples, especialmente de inte- resse agricola, como tanques, pogos, minas, eiras, espi- gueiros, ramadas, alpendres, pérgulas, terragos e ou- tras obras congéneres, que poderio. ser autorizadas pelas efimaras municipais, nfo devendo, porém, os ali« ahamentos a fixar aproximar-se mais do eixo’ da via do que as vedagies cujos aliuhamentos sto estabeleci- dos no presente regulamento; 4) As construgies junto de estradas e caminhos mu nicipais com condigdes expecinis de tragado em enco de grande declive, de acardo com os regulamentos das cmaras_munieipais aprovados pelo Ministério das Obras Pablieas. $2. Nas zonas de visibilidade referidas non.” 2.° deste artigo, também nfo é permitida a plantagzo d frvores ow quaisquer espécies arbustivas que possam vit a projudicar a visibilidade do trinsito. Ant. 59. Poderio autorizar-se as vedagdes de terre- nos abertes, confinantes com as estradas e caminhos municipais, por meio de sebes vivas, miuros grades, 4 aprovar pelas cimaras, se as vedagies que nfo sejam varadas nfo ultrapassarem 1,20 m acima do nivel da herma, salvo nos easos seguintes 1! Quando os muros sirvam dle suporte ou. revesti- mento de terrenos sobranceiros i via municipal, em que a altura do muro pode ir até 0,50 m acima do nivel de tais texrenos; 2” Quando se trate da vedagto de terrenos de ins ou logradouros, que poderé ter maior altura do que a fixada neste artigo, sem coutudo exceder, em regra, a de 2m acima dx berma; 3 Quando se trate de edificios de interesse arqui- tecisnieo ou de grandes instalagdes industrials ow agri colas, hem como de construcdes hospitalares, de as- sisténcia, militares ou prisionais e de reformatorios, campos de jozos ou outros congéneres, casos em qite 0% muros poderao atingir 2,50 mz 42 Quando se trate de cemitétios, onde os muro: pode- io exceder a altura fixada neste artigo, de aeardo com as disposicdes regulamentares especialmente aplicaveis; 52 Quando a vedagio for constituida por sebe viv © s0 tome aconselhivel, para embelezamento das vias anunicipais, a altura poderd ser superior a 1.20 m desde 1 cause prejuizos de qualquer nnturez Os muros de vedagio e os tiludes de trincheira oderio ser encimados por guardas vazadas até as alte Fie indispensdveis part defesa, dos produtos dan prev priedades. A superficie minima de vnzimento sera de 30 por cento da superficie da guanda, 2 Dentro das povoagies, nfo sto permitidas vedagies irregulares de peira solta e quaisquer outra de mau aspecto, Os proprietirios das existentes & data da publicagio deste regulamento poderio ser couvid dos a proceder & sua substituigie ow demoligio, Se nto © firerem dentro do prazo assinalado, o pessoal dos ser. ipais demoliré as vedagdes, mas o custo da demoligio nfo pode ser exigido aos proprielérios, Se estes niio removerem, dentro do prazo'de quinze dias, 0s materiais provenientes da demoligio, as edmaras mut nicipais poderdo dispor deles como entenderem. 1 SERIE — NOMERO 192 § 8.° Nio sera permitido o emprego de arame faxpado em vedagoes « altura inferior a 2m acima do nivel da herma, nem a colocagio de fragmentos de vidro nos coroamentos dos maros de vedagio. Os proprietirios das vedagdes com arame farpado ou vidros existentes iu data da entrada em vigor deste regulamento serio intimados a pd-las nas condigdes indicadas neste artigo. As cimaris municipais podem, contudo, autorizar © emprego de arame farpado nas vedagées, fora das condigdes deste pardgrafo, quando se tratar de dreas de eriagio de gato bravo. § 4° Para a vedagio de terrenos confinantes com vias municipais com sebes vivas nio é necessiria licenga, Art, G0.° Nas vedagdes & margem das vias muni pais, 0s alinhamentos a adoplar serio paralelos a0 eixo dessas vias e deverio distar dele 5 m e 4 m, respec mente para as estradas e caminhos municipais. § 1° Nos trogos de estradas ou caminhos com perfis- tipo espeviais ou nos existentes dentro de centros popu- lacionais com planos ow anteplanos de urbanizagio, geral ou parcial, ou ainda com planos de alinhamento aprovados, as vedagbes deverio obedecer aos respectivos condicionamentos. § 2.° Quando se reconhecer que nfo ha inconveniente para o interesse piblico da vingio, seré consentida vedagio proviséria pela linha que divide o terreno par ticular do chao do dominio piblico, sem observincia das distincias referidas neste artigo e respeitando-se tanto quanto possivel a regularidade do alinhamento, Se se tornar necessrio remover a vedagio, no todo ou em parte, para um alargamento da estrada que nto ultrapasse o alinhamento normal, ou para servico respeitante A estrada, o proprietario nfo teré direito a qualquer indemnizagio. Observar-se-4 neste caso, na parte aplicavel, o disposto no § 2.° do artigo anterior. Art. G1." Nos edificios ou vedagdes existentes, situ: dos, no todo ou ein parte, nas faixas onde nio seja permitida a construe20 nos termos dos artigos anterio- res, poderio ser autorizadas obras de ampliagio ou modificaciio, quando se nfo preveja a necessidade de os demolir em futuro préximo para melhoria das con- digdes de trinsito. § 1° Sto, além destas, condigdes indispensiveis para a concessio das autorizagies a que se refere este artigo: a) Nio resultar da execugio das obras inconveniente para a_visibilidade; }) Nao se tratar de obras de reconstrugio gral; ¢) Nio se tratar de obras que determinem 0 aumento de extensio, ao longo da estrada, dos edificios ¢ veda- qies existentes, salvo quando esse aumento, a autorizar por uma s6 vez, nifo exceder 5 m; 4) Obrigarem-se os proprietirios a nfo exigir qual- quer_indemnizagio, no caso de futura expropriagio pelo Estado on pela ciimara municipal, pelo aumento de valor que dessas obras resultar para a parte do pré- dio ou vedagio abrangida nas faixas referidas, § 2 A obrigagio assnmida pelos proprietarios nos termos da alinea d) do § L* deste artigo esté sujeita a registo Art, 62." Ag serventias das propriedades confinan- tes com as vias municipais serio sempre executadas a titulo precério, nfo havendo direito a indemnizagio por quaisquer obras que os proprietaxios sejam obriga- dos a fazer, quer na serventia, quer na propriedade ser- vida, no caso de ser modifieada a plataforma da via municipal As actuais serventias poderiio manier-se desde que obedegam as prescrigdes fixadas pelas efimaras muni- cipais para o seu estabelecimento,

Vous aimerez peut-être aussi