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Infografia: Conceito e Pratica Infographics: Concept and Practice Juliana Carvalho, Isabella Aragao design gréfico, inguagem visual, infografia, metodologia © designer grifico lem o desafio de desenvolver artefatos capazes de transmit diferentes tipos de informagées. So periédicos, cartazes, identidades visuals, embalagens e, entre tantos outros, infograficos. A infogratia foi escolhida como foco deste trabalho, que faz um levantamento bibliografico sobre os aspectos fundamentals da infografia @ do design, relacionando-os a partir da possiblidade de tratar o infogratico como lum artefato de design, configurado alravés da linguagem visual. Propée-se, ainda, a indicar uma maneira de produzir infograficos, a partir da prélica de profissionais contemporanecs. ‘graphic design, visual language, infographic, methodology Graphic designer has the challenge of developing devices capable of transmitting diferent types of information, such as books, magazines, posters, brands, packages and, among others, infographics. Infographics is the subject of this paper, which proposes a literature review of fundamental aspects from graphic design and infographics, relating them from the possibilty of treating this object as a design artefact, Configured through visual language. It also proposes @ methodological approach to creating static infographies, based on interviews with contemporary working professionals. 1.Introdugao Apesar de ser uma atividade conferida a designers, a infografia ¢ tratada mais frequentemente sod uma perspectiva jornalistica. Tem seu uso voltado @ comunicagdo e seus contextos de aplicago (jornais, revistas © demais midias impressas ou digitais), devido & propria natureza informacional dos infograficos. Entretanto, seus estudos pouco abordam os elementos essenciais da linguagem visual. A escassez de abordagem conceitual especifica entre design grafico e infografia (apesar de serem temas visivelmente préximos) na literatura, valida e incentiva um estudo que relaciona os dois temas. Esta pesquisa objetiva desenvolver uma metodologia para criagdo de infogréticos estaticos, baseada na observagdo da pratica de profissionais da area e em conceilos tebricos. Para tal, definiu-se como objetivos especificos: (1) Realizar uma revisao bibliografica sobre linguagem visual e infografia, relacionando autores e conceitos; (2) Propor uma conceituagéo baseada nos principios do design grafico; (3) Examinar os elementos graficos que compéem o infogratico; (4) Entrevistar profissionais da area; (5) Criar um infografico sobre a propria pesquisa. Pretende-se, portant, enriquecer o conhecimento sobre infogréficos, a partir dos conhecimentos do design, aprofundando um campo de estudos que ainda é fundamentalmente ligado a pratica. 2.Infografia e linguagem visual Hé diversas formas de conceituar a infografia, entretanto, a definicao mals fundamental parte do proprio significado da palavra. Ribeiro (2008) afirma que a expresséo vem do termo inglés infographic, uma redugdo de information graphic, que significa informagao grafica. Em portugué: © termo “grafia” denota escrita ou registro e “info” remete a Informacao. Desta construgao, diz-se que infografico é ‘informagéo + grafico”, geralmente interpretado como uma imagem acompanhada de texto, Para De Pablos, InfoDesign | Revista Brasileira de Design da Informagao / Brazilian Journal of Information Design ‘Sao Paula |v. 9 |n. 3 [2012], p. 180 - 177 | ISSN 1808-5377 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica A infografia 6 a aprosentagdo impressa de um binémio imagem + texto (b! *T), qualquer que soja 0 ‘suporte onde se apresenia essa unido informativa: tela, papel, plastico, barro, pergaminho,papiro, padra. {De Pablos, 1999:19), Apesar desta interpretagao nao ser totalmente falsa, deixa margens a uma abordagem ampla, na qual qualquer imagem acompanhada de texto pode ser caraclerizada como infografico. Dev se observar que 0 teor do conteddo transmitido € importante para uma caracterizacao. Rajamanickam descreve, CConstruir a representagao visual da informago néo é mera tradugéo daquilo que pode ser ldo para aquilo que pode ser visto. Implica firagem da informago, estabelecer relagbes, diferenciar padrées representévlos de uma forma que permitam ao leitor compreender que tal informagao const algo com significado. (Rajamanickam, 20082). Tal descrigdo explica de forma mais completa a ligagdo entre representacao da informacao eo infografico, entretanto, nao o define. A fim de compreendé-lo como um sistema mais complexo que relaciona contetido com representagao da informagao, convém abordar outros dois temas: linguagem visual e graficos. Perceber 0 infogréfico como linguagem visual leva a entender as formas de configurar seus contetidos. Com a definigao @ a fungao dos gréficos, & possivel entender a fungao da infografia. (Os proximos t6picos abordam as definigses destes temas. 2.4. A linguagem visual A lingUistica & 0 campo de estudo que desenvolveu um instrumental teérico voltado para o entendimento da linguagem verbal. No design, varios autores fazem uso deste instrumental, como Horn (1998) © Twyman (1979), que adequaram os conceitos da linguistica para o estudo da linguagem visual e linguagem grafica, respectivamente. Ambos desenvolveram hipdteses que ven sendo aplicadas em diversas areas do design grafico. Para classificar o infografico como objeto de design, faz sentido estudé-lo, também, como a linguagem é ulizada nele. ‘Segundo Twyman (1979), a linguagem & definida como um veiculo de comunicagao. Pode ser auditivo (verbal ou nao-verbal) ou visual (grafico ou nao-grafico), classificagao baseada no canal e no modo de representagao da linguagem, Ja o grafico é qualquer elemento feito visivel através de uma ago consciente. A linguagem gréfica, portanto, é composta por marcas produzidas com a intengao de comunicar uma mensagem. Ela pode ser representada por modos de simbolizagao verbal, pictorica e/ou esquematica (figura 1). Figura 1: Modelo d inguagen proposto por Twyran (1885:145). 4 J Infobesign | Sto Paulo |v.9|n. 9 (2012, p. 160—177 | 161 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Para Horn (1998), a linguagem visual resulta da interacao entre lingUistica e elementos visuals. © autor faz uso de trés elementos para realizar esta interagao: texto, imagem e forma (figura 2). Classifica, ainda, estes trés elementos como elementos verbais (texto) e elementos visuais {imagem 'e forma). Textos dao um formato conceitual a comunicagao, além de possuir a capacidade de nomear, definir e classificar elementos, podem ainda discutir abstragdes; imagens so representagies graficas da realidade formas se diferenciam das imagens por serem mais abstratas. Figura 2: Exemplos elementos grees, baseados na definigao de Horn (1988) sabre texto, Imagom o forma, ; 1998 Palavra nio ‘. leva a nada. A classificagao de linguagem gréfica de Twyman (1979) associada @ proposigao de Horn (1998), culmina no entendimento fundamental sobre linguagem visual. Tal entendimento se mostra bastante relevante quando levado a infografia, uma vez que os elementos graficos estudados pelos autores citados acima permeiam seus artefatos. No intuito de definir a infografia a partir dos conceitos de linguagem, convém comparar os autores citados anteriormente. s trés elementos que compée a linguagem visual para Horn (1998), muito se assemelham & classificagéo de linguagem grafica proposta por Twyman (1979). A linguagem verbal sendo a representacao grafica da linguagem falada, pode ser interpretada como texto. A visual pictorica & ‘composta por reprodugées de imagens, e equivale a descri¢ao de imagem dada por Hom (1998). A visual esquematica, como formas gréficas que nao incluem palavras ou imagens, se adequa a forma também proposta por Horn (1998). A principal diferenca entre as abordagens dos autores, se dé no argumento apresentado por Horn (1998). O autor define que textos, imagens ou formas sozinhas ndo compéem linguagem visual. O texto comunica, mas nao visualmente. Formas so visuais, mas no comunicam nada sozinhas. Imagens descontextualizadas sao visuais, mas sua ‘comunicagao é artistica. A integragdo de texto, imagens ¢ formas em uma tinica unidade de comunicagéo e/ ou o uso de texto © imagens ou texto e formas para compor uma Unica unidade de comunicagao definem a linguagem visual (Horn,1998:8). Aqui, 0 termo linguagem visual serd utllizado para expressar 0 entendimento de linguagem baseado na conversdo de conceitos presentes na obra de Horn (1998) e de Twyman (1979). Nao é recente a associagao da linguagem visual com 0 conceito de infografia, Até mesmo Horn (1998:55) a define como uma das unidades de comunicacdo da linguagem visual, Esta classificagéo do autor 6 feita a partir das relagdes entre os elementos graficos e da proporgao fisica de cada pega. Do ponto de vista de Horn (ibid.), os infograficos sé pegas que possuem certa complexidade e tamanho, se comparada as demais unidades de comunicagao. Geralmente Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 177 | 162 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica apresentam um elemento visual (ou um conjunto deles) central, acompanhados de diversos blocos de textos explicativos. O infografico 6 considerado uma unidade de comunicagao auténoma, pois seu entendimento nao depende de um contexto (Horn, 1998). Esta conceituagao @ bastante esclarecedora no sentido de j4 considerar infografia como lingugem visual, mas ainda nao é especifica o suficiente, por ndo abranger as caracteristicas de contetido, e entender o tamanho da pega como fator determinante para a classificagao. Sendo um infogrdfico um objeto passivel de leitura, que combina os trés elementos fundamentals da linguagem visual, convém adotar infografia como tal. Desta relacdo, agregam-se ‘os mesmos conceitos definidores da linguagem a alividade. Utlizando os parametros definidos por Hor (1998) e Twyman (1979), 0 infografico ¢ um artefato produzido no intuito de comunicar uma mensagem. Essa mensagem é transmitida através da integragao de texto, imagens efou formas. Esta @ uma perspectiva capaz de descrever com mais profundidade o que caracteriza a infografia. Entretanto, ainda seria possivel classifica uma imagem acompanhada de texto como infografico. A andlise do conteddo da infografia € um fator capaz de diferenciar o infografico € outras pegas graficas. Portanto, se faz necessario entender algumas configuragdes comumente uliizadas neste artefato de comunicago: os graficos. 2.2. Graficos Tufte (2001) aborda no livro The visual display of quantitative information a conversao de dados em graficos. Para o autor, “gréficos revelam dados. Na verdade os gréficos podem ser mais, precisos e reveladores do que os convencionais calculos estatisticos” (Tufte, 2001:13). Tufte (ibid.) defende que os gréficos séo os melhores instrumentos para raciocinar sobre informagées quantitativas. E possivel descrever, explorar e resumir um conjunto de numeros dados através das imagens deles. A partir destas informagdes, define-se como fungao dos graficos contextualizar visualmente uma interpretagao de dados. Agregando essa funcionalidade aos infograficos, e incorporando-a ao conceito dado a infografia no topico anterior, chega-se a um novo conceito, ainda preliminar: Infografico 6 um artefato produzido no intuito de comunicar uma mensagem, que resulla de uma interpretacao de dados contextualizados visualmente através da integragao de texto, imagens e/ou formas. Nota-se que diversos autores determinaram 0 que vem a ser um infografico, utllizando um determinado viés, seja de aparéncia, tamanho ou conteiido. Da perspectiva descrita acima, ha uma limitago um pouco maior do que é tido ou ndo como infografia. Porém, 6 importante, para este trabalho, nao sé a relagao entre imagem e texto ou uma caracterizagao espacial, mas sim aspeclos que relacionam forma e contetdo, Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 17 | 163 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Figura 3: Infogrtico publicado na revista Man's Heath de Julho de 2011 Chegue “inteiro Na figura 3, é possivel notar que através de uso da imagem (perspectiva do avido e personagens), texto (titulos, introducao e blocos de texto) e forma (setas), transmite-se uma idéia, um contexto narrativo, capaz de configurar um tipo de informagao que o infogratico tem a fungao de transmit. Parte-se, portanto, para o estudo desses tipos. O conhecimento de tipologias colabora na construgao do conceito procurado nesta pesquisa 2.3. Tipologias Os gréficos explorados pela infografia, so, portanto, dados jé interpretados. Diversos autores prop6e classificagdo desses graficos, levando em consideragao ¢ teor do contetido, como Tufte (2001) e Rajamanickam (2005). Tufte (2001) defende que infograficos sao configurados em desenhos graficos fundamentals: + Mapas — as informagées esto interligadas a fronteiras, formas e areas geogréficas, + Séries de tempo — lida com a ordenagao natural de escalas de tempo. Permite comparagées entre momentos da escala escolhida - segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, etc. + Narratives de espaco-tempo — explanam acontecimentos que se movem no espago (bi ou tridimensional) e no tempo. + Graficos relacionais — consiste em relacionar duas varidveis em um mesmo grafico, com plano cartesiano (x e y) ou medidas abstratas. Assim como Tufte (2001), Rajamanickam (2005) desenvolveu uma tipologia baseada no contetido informacional dos infograficos. Além do tipo de informacao contida no artefato, o autor leva em consideragao as formas de representé-la, sintetizando infografia em trés varidveis: tipo da Infobesign | Sa0 Paulo | v9 n. 9 [2012], p. 160— 177 | 164 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica informagéo, ferramenta de representagio ¢ método de comunicagdo. A figura 4 ilustra a abordagem proposta por Rajamanickam (ibid.). Esta sintese ¢ interessante, pois relaciona forma, contetido ¢ a midia na qual seré veiculada. Figura 4: Tpologia de infogrficos proposta por Rejamanickam (2008), | lnfogrsfics' Métoda a Enquanto Tufte (2001) prope formas mais genéricas de configurar determinadas informagées, Rajamanickam (2005) propSe uma tipologia um pouco mais completa, por fazer uma indicagao sobre o tipo de informagao e as formas de representé-la ‘A maior semelhanga entre as duas tipologias € encontrada ao comparar “tipo de informagao* proposto por Rajamanickam (2005) € a os desenhos fundamentais de Tufte (2001). Fica clara nesta comparacao (figura 5) a existéncia de trés tipos comuns entre si, ¢ um sobressalente: Figura 5: Comparagao entre tipologia de Tufte (2001) o de “pas de informacdo" sugeridas por Rajamarickam (2005). Nari or siectehenihed oceans lacionai era 5 Os mapas de Tufte (2001) sé comparaveis com a definigdo de infogréficos espacias de Rajamanickam (2005), séries de tempo condizem com a cronolégica e graficos relacionais lidam com dados tanto quanto o proposto da definigdio do tipo de informacao quantitativa. Por fim, os narratives de espago-tempo de Tufte (ibid.) ndo se relacionam com nenhuma classificago de Rajamar id,), gerando um total de quatro tipos distintos. Aqui, serdo definidas como possibilidades de contetido dos infograticos os tipos: + Espacial ~ diz respeito a quaisquer informagées ligadas @ localizagao, sejam mapas, demais locais ou areas de objetos. * Cronolégico — aqueles que demonstram informagées sobre tempo, estatico (horario, Infobesign | Sao Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 17 | 165 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica estagées, ano, més) ou sua passagem. + Quantitative lidam com dados mensurdveis, sua exposigéio e/ou comparacao. + Narrative — abordam uma sequéncia de acontecimentos, utiizando os tipos anteriores e/ou a combinagao deles. 3. Conceltuagao de infografico sob a perspectiva do design grafico Na revisdo bibliografica, procurou-se associar preceilos da linguagem visual as definiges de infografia e classificar os elementos que compée um infogralico, Com essas consideragbes, 6 possivel definir o infografico, levando em conia os conceitos da linguagem visual, dos graficos & as possibilidades de seus contetidos, gerando uma definicéo especifica que relaciona a infografia com o design grafico. Infografico é um artefalo produzido no intuito de comunicar uma mensagem que compée uma interpretagéo de dados quantitativs, espaciais, narrativos e/ou cronolégicos, contextualizados visualmente através da integragao de texto, imagens e/ou formas. 4, Elementos do infografico Tratamos 0 infografico, de fato, como um artefato de linguagem visual, ¢ para comunicar e informar visualmente, o infografista faz uso de representagdes graficas como texto, imagem © forma, como nomeia Horn (1998). Para o autor (ibid.), a linguagem visual, assim como a verbal, pode ser analisada de forma sintalica e seménlica. A abordagem sintalica dos elementos do infografico busca enfatizar a descrigao esirutural deles. Ja a semantica, diz respeito a relago entre eles, @ o que esta relacdo representa. Este tépico abordara um pouco mais sobre os elementos que compéem infograficos, utllizando a nomenclatura sugerida por Horn (ibid.): texlo, imagem e forma, através de uma abordagem semantica, 4 ‘Ao combinar todos os elementos da linguagem visual, geram-se pecas com algum sentido. Para Horn (1998), a fungao semantica 6 o estudo da fungao de cada unidade de comunicagao, 0 que cada uma pretende dizer para o leitor. No quinto capitulo de seu livro, o autor (ibid.) mostra quais fungées cada unidade pode assumir. Aqui, tais fungées serao conceitudas © exemplificadas com imagens feitas a partir dos exemplos contidos no livro citado. Elementos semantics + Mostrar “quem”: Indicar pessoas envolvidas e as informagées que forem relevantes sobre ela, como emogées, alitutes, identidade, etc, através da representagao fisica da personalidade em questéo, representagdo de algo do interesse desta pessoa e a representacdo de sua profisséo. As trés representagbes so feitas com imagens. + Mostrar ‘o que”; Indicar objeto ou local e descrever a aparéncia de objetos fisicos. Abaixo, hd tr8s sugestées de uso, associar a imagem de um objeto com a sua descrigdo verbal, mostrar a aparéncia de algo através da exposigéo de suas perspectivas, utilizando imagem e forma; e, por fim, apontar uma parte do objeto, para indicar sua representagao completa, fazendo uso de imagem e formas. + Mostrar *o que ha dentro’: Permitir visualizagdo do interior de objetos. Pode ser feita, por ‘exemplo, com uma representagéo em perspectiva do objeto, que permita uma abertura no mesmo; com a visualizacao do interior através de cortes laterais, longitudinais, etc; e através da transparéncia de sua camada externa, representada por tracos (wireframe). Infobesign | Sao Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 177 | 166 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Figura 6: Exemplos das fung6os somanticas “mostrar quam, “mostrar o que" 6 “mostrar 0 que ha dentvo” See a) ome + Mostrar “onde": Dizer a localizagdo espacial das pessoas ou objetos. Sugere-se indicar diretamente a localizac&o, alravés de um mapa, por exemplo; ou através da posicdo relativa entre dois objetos, representada na figura 7 por imagem, forma e texto; ou pela localizagao dentro de um sistema. + Mostrar “quando”: Indicar tempo. Pode ser um horario, época ou a duragao de um evento possivel representar esta fungao através de objetos conhecidos por determinado grupo, como 0 relégio; através da representagao das estagdes; ou pela contextualizagao em uma linha do tempo, composta aqui por texto e forma, + Mostrar “como funciona": Dizer 0 funcionamento de um sistema natural ou néo, por ‘exemplo, 0 funcionamento de pegas dentro de um conjunto, Figura 7: Exemplos das fungbes seménticas “mostrar onde", "mostrar quand @ ‘mostrar como funciona fo Como funciona + Mostrar “como fazer’: Indicar as elapas para a realizagao de uma tarefa. Utiliza-se a demonstracao de partes da tarefa, além de passagem de etapas através de formas. + Mostrar “movimento™: Revelar mudanga da localizagao fisica, que € percebida como um movimento, Sugere-se trés formas de representacdo, através de demarcagao da trajetéria (com 0 uso de formas), da posigao fisica do personagem ou de formas indicativas, como selas. + Mostrar “qual": Demonstrar, indicar ou definir caracteristicas de alguma coisa. Os usos ilustrados abaixo mostram possibilidades como nomear, ressallar um objeto alravés da diferenga cromatica ou através de sua marcagao. Figura 8: Exemplos cas fungbes seménticas ‘mostrar como fazer’, “mostrar movimento" @ ‘most var no fazer? Movimento § - lf] & B me om + Mostrar “exemplos": Mostrar particularidades de uma idéla geral, apontando aqullo que deseja mostrar ou ressaltar, dentro de um contexto, + Mostrar “conceitos”: Indicar forcas, relagées, ondas ou qualquer outro influéncia que nado podem ser percebidas a olho nu. Nas trés siluagdes sugeridas abaixo, formas e imagens Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 [2012], p. 160— 177 | 167 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica foram utiizadas para representar os conceitos. + Mostrar "comparages": Dizer semelhancas e diferengas entre as coisas. O uso de tabelas pode mostrar um ou mais parametros de comparagao. Comparagées através de tamanhos também sao indicadas, + Mostrar “comparagées quantilalivas": Comparar visualmente dados, proporgées, elc, através de graficos, como os de barra e comparagao através dos tamanhos de circulos. Figura 9: Exemplos das fungdes semanticas "mostrar exemple", ‘mostrar conceits’, “mostrar como comparagao™e "mostrar Exempla ‘onceita paraca B te e « (p ie ST Essas fungées podem ser isoladas (uma de cada vez) ou simultaneas. A partir delas e do contexto produtivo de imagens, chega-se a uma definigéo sobre o que é importante “mostrar” para que a informacao desejada seja transmitida. Tendo desenvolvido a conceituagao de infografia através dos conceitos da linguaguem visual, além de fazer um levantamento dos elementos que ‘compée um infografico, finaliza-se @ fundamentago tedrica deste trabalho, ¢, portanto, a visdo te6rica do tema No préximo t6pico, serd explicado como foi realizada e interpretada a entrevista que, associada a esta fundamentagao, resulta na proposta de uma metodolagia para a criagao de infograficos estaticos. 5. A pratica da infografia sob a perspectiva de profissionais ativos Um dos objetives desta pesquisa é compreender a pratica profissional de designers que lidam com infograficos para desenvolver uma metodologia que abarque uma viséo teérica e pratica sobre o tema. Para tanto, foram entrevistados alguns infografistas brasileiros, através de um questionario capaz de apreender uma boa quantidade de informagées acerca do processo produtivo dos mesmos. Algumas etapas foram seguidas, compondo uma metodologia de pesquisa’ + Entrevista piloto + Implementagao da entrevista + Selegao de entrevistados + Resultados + Avaliagao dos resultados + Proposta da metodologia Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160—177 | 168 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica 5.1. Entrevista Piloto A entrevista piloto foi realizada em 26 de Maio de 2011 com Thiago Lyra — designer, infografista ilustrador formado pela UFPE. O intuito deste piloto foi de enriquecer 0 conhecimento sobre a produgao de infografico e entender os aspectos relevantes para serem perguntados na pesquisa final. © entrevistado trabalhou na Revista Saude, da Editora Abril, de 2006 alé 2010, chegando a ter pega premiada no Malofie/17 (prémio da Universidade de Navarra, Espanha) com o infografico No rastro do HDL, em que as imagens contidas no infografico sao resultado da sessao fotografica ‘com uma maquete feita com 8kg de massa de modelar (figura 10). Figura 10: Infogrico “No rastro de HDL" publicado na Revista Satide, em 2008. 4 A entrevista foi feita presencialmente e contou com perguntas envolvendo trés temas principais (pessoal, processo produtivo e curiosidades). A parte pessoal incluiu perguntas sobre o envolvimento do designer com a area, sua formacao ¢ atuagao profissional, Os questionamentos levantados acerca do processo produtivo abordavam a formacao da equipe envolvida no projeto, como o projeto é passado para a equipe, a autonomia de edigao de contetido, etapas do proceso, utiizagao de elementos graficos e influéncias estéticas. Finalmente, em curiosidades, 0 profissinal péde pontuar certas situagbes ou projetos que foram mais interessantes. Foi poss'vel observar, alravés da entrevista piloto, algumas falhas acertos do questionério, O assunto pessoal, apesar de ndo ser crucial para 0 desenvolvimento da pesquisa, teve um viés introdutério, e mostrou-se importante, ‘As quest6es sobre processo produtivo, assunto de maior relevancia para este estudo, confirmaram que perguntas mais abrangentes sao mais proveitosas, pois estimulam mais a descri¢ao. Entretanto, incluir um t6pico sobre limitagSes técnicas aparentou ser necessario. Por fim, o tema curiosidades foi interessante, uma vez que induziu a uma conversa informal, mas nao acrescentou dados novos ¢ relevantes para a pesquisa. 5.2. Implementagdo da pesquisa Com os resultados da entrevista piloto, chegou-se a um roteiro de entrevista mais abrangente e eficiente, composto da seguinte maneira: i. Pessoal Nome /ldade / Profisstio e formagio académica ‘Onde trabalhatrabalhou desenvolvendo infogréticos? Para qual/quais midias os infograficos foram produzides? (Jornal, revista, Internet, Infogratia sempre foi a 4rea de interesse profissional? li. Processo produtive ivto, embalagem, etc.) ‘Como 0 contetido a ser explorado chega até voc8? Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 17 | 169 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Hé liberdade de edigéo deste contetido? ‘Como 6 seu processo de desenvolvimento de infograticos? ‘Como sao definidas/quais so as limitagées técnicas? Existem elapas definidas de desenvolvimento? Quais? Ha diviséo de trabalho? (Exemplo: uma pessoa faz a arquitetura da informagao, outra pessoa desenvolve 08 graficos, etc.) Como define 0 estilo estético do infogrético? Existem referéncias estéticas inspiradoras? Existem estilos estéticos pré-definidos? Apesar da entrevista presencial ler se mostrado uma boa allernativa, pela possibilidade de estabelecer um didlogo entre entrevistador e enlrevistado, adoté-la como padrao nao seria vidvel. Haveria uma limitagao maior de pessoas disponiveis para esse tipo de entrevista, e, consequentemente, de resultados. O meio adotado foi o digital, contando com uma entrevista online composta por um questionério que poderia ser respondido de qualquer lugar, a qualquer hora, A ferramenta oferecida pelo Google Docs, dispée, além de seu envio por e-mail, um espago de visualizagao do questionario © do resultado dos dados obtidos em uma planilha, Atende, portanto, as necessidades da entrevista. 5. Selecao dos entrevistados Por se tratar de uma pesquisa qualitativa com perguntas abertas, a amostra ¢ reduzida, portanto, ficou estabelecido o nimero de dez entrevistados como meta, e o minima, de cinco entrevistas. No primeiro momento de seleco, foi feita uma lista de contatos composta por pessoas sugeridas por Thiago Lyra, e infografistas indicados no artigo Info-Visualization Through the Eyes and Talent of 10 Brazilian Designers, publicado no sile Inspired Mag. A lista incluia nomes importantes de infografistas brasileiros, profissionalmente alivos, compondo um cenario interessante para a pesquisa ‘Ao todo, foi feito contato com 16 pessoas, mas apenas nove puderam contribuir com a pesquisa, numero dentro do parametro estabelecido. O questionario foi respondido virtualmente enlres os dias 09 e 23 de setembro de 2011, concluindo a fase de coleta de dados. 5.4, Resultados Apés a coleta de dados, iniciou-se a compilagéio dos mesmos. Podemos dividir as respostas dos entrevistados em resultados genéricos e individuals, Nos resultados genéricos hé uma compilagao de dados gorais das entrevistas, composta pelas questées complementares © numerativas. Na etapa individual foram levantados os principais pontos discutidos pelo entrevistado e ressaltadas as elapas da criagdo de infograficos descritas por ele. © foco da pesquisa apresentada & de compreender 0 processo de produce de infograficos. Porém, faz-se necessario conhecer o perfil do grupo entrevistado. As informagdes de idade, formagao e profissdo podem fornecer uma idéia geral sobre este grupo, e foram compiladas de forma comparativa, mostrada a seguir: Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 177 | 170 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Figura 11: Griicos do idado, formaedo © profissdo onto os entrevstados. = Ilustrador 3 Designer S Outras « Figura 12: Gritico do micias citadas pelos entrevistados. fount Ronse) lhadas Midias trabal Ni ond Demais dados complementares sobre a pesquisa, que ampliam a percepgao do processo produtivo, vieram das quest6es sobre a midia para qual oS artefatos foram produzidos (Figura 12), se etapas so seguidas, se ha diviséo de trabalho, influéncias estéticas e estilos pré-definidos (Figura 13). Infobesign | Sto Paulo |v.9|n- 9 (2012) p. 160—177 174 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Figura 18: Gréico com resutados sobre otapas,divisdo de trabalho, intuéncia © estos. 100% Sim | N3o 0% 10% Sim|N3oow =|. 2 sone Sim | N&o 1% wx Sim|Naow [Ss A anélise individual das entrevistas foi efetuada, prioritariamente, com fim de identificar as tapas de produgao dos infograficos presentes na pratica profissional de cada entrevistado, Neste topico, serdo mostrados 0 grafico individual de cada participante, contendo um esquema das elapas citadas pelo mesmo. Figura 14: Envevistados 1,2 03. oro Apurasio Pés-producho Detingno co expaco co Levanrameonte de dads Execusa0 dopants ee eee Produgae eo, rev ‘rig ‘Acabamento caresses ¢ Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 9 (2012, p. 160— 177 | 172 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Figura 18: Entrevistados 4,50 6. De Coleta de dados a re forage Revisio Reteréncae anaiee Execugto cmonsoear imagen ¢ sus Figura 16: Entrevistados 7,9 9. Tana or = Pesquisa Layout fa = Exocugdo co a coreudo Layout 21aiar 2 memar olsyoune ferma de apresenra ene tora reno de 2p ee Execugae gora Punitcagao do inogranco eniegs 8 Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 177 | 173 = Desen oviment Apuragao algae cotoie, para lusyasae par do Pecopke gaia fs Organizagao como Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica 5.5. Av: \Gdo dos resultados © grupo de entrevistados mostrou certa similaridade de perfil. Em relagao a idade, eles representam um pablico que abrange quase toda faixa etéria adulta (de 23 a 46 anos). A formagao 6, predominantemente, superior completa, em areas relacionadas a artes @ comunicagdo, Essas informagées indicam que se trata de uma profissdo que exige certo nivel de especializacao. ‘A midia utiizada, para publicagao de infograficos nos casos coletados, foi predominantemente impressa, especialmente jornais e revistas. Demais impressos coorporativos ou livros foram pouco cilados. A internet aparece com numero relevante de utllizacao, indicando sedimentagao desta plataforma. Todos os enlrevistados concordam que hé etapas definidas e seguidas na producto dos infograficos. A maioria deles reconhece a necessidade de diviséo de trabalho, dependendo do porte do projeto. Identifica-se, ainda, que uma pauta ou coleta de materiais para desenvolver um infografico pode ter duas fontes: propria (no caso do infografista definir um tema e desenvolver um projeto sobre ele) ou externa (quando outro niicleo da empresa ou outra pessoa indica tema e material). Na maioria dos casos analisados, o infografico segue os padrées editorials da publicagAo, seja de forma moderada ou extrema, e que analise de referéncias fazem parte do processo de criagao, Quanto as elapas de produgéo dos infogrtices, percebemos uma grande semelhanga na descrigao dada pelos enlrevistados, E possivel, om todos 08 casos, obeservar trés fases principais, seguidas ou nao de subfases: concepedo, execugao e acabamento. Esta regularidade enota que hd estabelecido uma maneira de produgao, uma ordem natural, que precisa ser levada fem consideragdo para a construgdo da metodologia, A andlise das etapas partiu da comparagao entre os graficos desenvolvidos para os resultados da entrevistas (figuras 14, 15 e 16). Fases com nomes disintos, mas com mesma fungao, foram ‘consideradas como uma s6, por exemplo, “pauta’ e "tema" apareceram como termos que definem © recebimento ou @ criagao de um assunto para ser tratado no infografico. Layout, esbogo & rascunho, dizem respeito & etapa de geragao de alternativas ¢ testes de diagramagao/arquitetura da informagao, e assim por diante, Desta comparagao, foi possivel definir as etapas da metodologia proposta neste trabalho. 6. Proposta de Metodologia Propée-se aqui a metodologia de produgao de infograficos baseada nas elapas descrilas nas entrevistas (visdo pratica) e na propria revisao bibliogratica feita a partir dos fundamentos do design grafico (visao teérica). As entrevistas foram comparadas e compiladas em um tinico esquema, jé 0 referencial trouxe fundamentos para algumas etapas. A metodologia proposta neste artigo pode ser dividida em trés fases: concep¢ao, execugao e acabamento, ‘A fase de concepgéo compreende etapas de definigao e apropriagéo do tema que sera abordado na pega. Nelas, 0 mais importante 6 compreender o assunto do artefato e 0 que é importante transmitir sobre ele. Agrega-se, aqui, as variaveis de produgao de Twyman (1985), que aborda questées relevantes sobre publico alvo, entre outros. Durante a execueao, ha elaboragdo de contetido arquitetura da informacao. Considera-se importante para esta fase o contetido estudado na fundamentacdo tedrica sobre elementos do infografico (Hom, 1998). A partir deste entendimento, hé um melhor embasamento para hierarquizar informages ¢ compor os elementos graficos. Por fim, na fase de acabamento, hd etapas de uniéo de texto e projeto grafico, ajustes, revis6es e analise critica sobre o infogratico. Nela, junta-se forma e contetido do infografico e culda-se dos detalhes de produgdo do mesmo. A seguir as etapas da metodologia: Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 9 (2012, p. 160— 17 | 174 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica Figura 17: Proposta de metodologia para ifogréico estticos 3 iB Ss o nwrsid doe 2 5 - S 2 nate de 3 ui tress Arges * f=} —__ -_ sa paw 2 ateFinal ‘cabaret evisne Punteasae Anase crea oO 2 6.1, Pauta infografico tem inicio com a sugestéo de uma tema a ser disculido e publicado. Pode ser um tema de estudo, um fato ou uma noticia. Tal tema deve ser relevante para determinada publicagao elou pulico. Apuracdo e levantamento de dados Definido o tema, parte-se para a pesquisa do que e como o contetido deve ser exposto, Propse-se aqui 0 uso das variéveis do contexto produtivo de imagens, desenvolvido por Twyman (1985). As variaveis de criagdo propostas por Twyman (ibid.) se adequam perfeitamente proposta de desenvolvimento de infograficos, por considerar o objeto para o qual esta sendo produzido e para que tipo de usuario: + Propésito: Qual o objetivo do infografico? O que se deseja transmitir ao leitor? + Conteiido informacional: Quais informagées séo necessarias para realizar o objetivo? Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 177 | 178 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica + Recursos: Avaliagao de tempo, verba, profissionais disponiveis, além de outras limitagées, como midia, cores, etc. + Meio de produgao: Como sera desenvolvido? llustragao? Fotografia? Em quais softwares? + Usuarios: Para quem é destinado 0 infogratico? + Circunstancias de uso: Em qual midia sera vista, e como sera vista a publicagao? 6 Nesta fase, buscam-se referéncias do que ja foi felto com o tema em questo, além de inspiragses estéticas. Analise de similares 6.4. Elaboracao de contetido Apés avaliago daquilo que deve ser transmitido, elabora-se 0 contetido informacional: a parte textual. 6.5. Arquitetura de informagao Concluidas as etapas anteriores, inicia-se 0 processo de organizer as informagSes no espago disponivel. Sao esbocos que podem ser feitos manual ou digitalmente com os elementos que precisam constar no layout. + Texto; Titulo, abertura, subtitulo e legenda. + Imagem: Representagao de algo real ou imaginado. Pode indicar: Quem, o que, 0 que ha dentro, onde, quando, como funciona, como fazer, movimento, qual, exemplos, conceitos, comparagées e comparagbes quantitativas, + Forma: Quais formas séio importantes para a integragao de texto e imagem? Ponto, linha, formas abstratas, espago entre formas. Nesta elapa, 0 infografista deve usar como referéncia os elementos graficos apresentados acima (item 3.2). Também é indicado realizar testes com leitores, a fim de confirmar a legibilidade ¢ leiturabilidade das informagoes. 6.6. Arte-final Fase na qual o esbogo é convertido para pega finalizada, ilustragdes ganham cores e estilos, fotogratias so produzidas, textos e formas ganham propriedades, etc. 6.7. Acabamento Realizagao de ajustes da integragéio entre texto, imagens e/ou formas. Tamanho de legendas, e demais ajustes so realizados. 6.8, Revisao Revisdo final do artefato. Se necessério, realizam-se novos ajustes, 6.9. Publicagao Envia-se 0 infogréfico para a producao, onde sera publicado na midia: internet, jomal, revista, livro, ete. 6.10, Analise critica Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012, p. 160— 177 | 176 Juliana Carvalho, Isabela Arago | Infogratia: Concoito © Prtica ‘Apés publicado, 6 recomendado fazer uma andlise dos pontos positivos e negativos do proceso, no intuito de gerar aprendizagem. 7.Consideracées Finais Nesta pesquisa procuramos conhecer referencials te6ricos sobre infogréficos e design grafico (Rajamanickam, 2001; Hom, 1998; Twyman, 1979) com finalidade de associar preceitos da linguagem visual as definigdes de infografia. Dessa forma, buscamos entender os elementos que ‘compée um infografico, analisando-os sintatica e semanticamente. A conceituacao alcangada e as analises do elementos do infografico compée um conjunto de informagdes relevantes para a visdo pratica desta pesquisa e a area da infogratia, ‘Com as entrevistas e com os estudos realizados na fundamentagao desta pesquisa, foi possivel propor uma metodologia para criagao de infograficos coerente com a pratica profissional contemporanea de profissionais da area. Esta contém dez etapas, que podem ser agrupadas em lrés fases: concepgdo, execugéo e acabamento. Convém ressallar o cardler sugestivo desta metodologia, que pode e deve ser testada e edilada de acordo com cada projeto. Referéncias DE PABLOS, Jose Manuel. 1999. Infoperiodismo. EI Periodista como Creador de infografia Madrid: Editorial Sintesis, HORN, Robert E. 1998, Visual Language: Global communication for the 21st Century, Washington: Macro VU, Inc. MEGGS, Philip B. 1983. A History of Graphic Design. London: Alan Lane. RAJAMANICKAM, Venkatesh. 2005. Infographics Seminar Handout. Disponivel_em . Acesso em 8 de Junho de 2011 RIBEIRO, Susana Almeida. 2008, Infografia de Imprensa: Histéria © analise ibérica comparada. Minerva Coimbra, TUFTE, Edward R. 1983. The Visual Display of Quantitative Information. Cheshire, Connecticut: Graphics Press. TWYMAN, Michel. 1979, A schema for the study of graphic language. In: Paul A. Kolers, Merald E. Wrolstad; Herman Bouma (Ed.). Processing of visible language. Nova York &Londres: Plenum Press. TWYMAN, Michael. 1985. Using pictorial language: a discussion of the dimensions. In: Dufty, ‘Thomas M. & Waller, Robert (Ed.). Designing usable text. Orlando, Florida: Academic Press, p.245-312. Sobre os autores Juliana Carvatho, Bacharel em Design pela UFPE. Isabella Aragao, Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP, professora assistente do departamento de Design da UFPE. [Artigo recebido em dezembro de 2012, aprovado em dezembro de 2012] Infobesign | Sto Paulo | v.9|n- 3 (2012), p. 160—177 | 177

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