vises extticas no fato de ambas serem dom de Deus e estarem
relacionadas com a inspirao. Mas h diferenas. A viso no
tem base na realidade externa; a percepo simblica a observao de um objeto real no mundo material (Como exemplo aduz a viso da cesta de frutas maduras (Am 8.1-2), as do ramo de amendoeira e a panela (Jr 1.11-14), a das cestas de figos (Jr 24) e a do oleiro (Jr 18).) A viso exttica se produz pelo olho interior, a percepo simblica pelo olho corporal. O contedo da viso exttica algo supramundano, para alm do espao e do tempo; o da percepo simblica temporal, material, cotidiano. c) Vises literrias As vises literrias no se produzem durante o xtase, mas sim em estado de exaltao. O resultado parecido ao produto da poesia visual, embora neste caso se trate de uma revelao de Deus (Como exemplos temos a descrio do exrcito inimigo em jr 4.13: 6.22-26: a da batalha de Carquemis (Jr 46); Is 15, ou a conquista de Nnive em Naum.). No podemos consider-las como vises extticas porque: 1) no se apresentam como tais, mas como orculos; 2) no se usa o estilo visionrio, e s vezes se passa exortao, lamentao, anncio de castigo, hino; 3) em geral so mais realistas e menos imaginativas do que as vises extticas. As vises de Zacarias representam um problema especial. Lindblom cr que quatro delas so extticas (o rolo voando, a mulher na medida, a mudana de vestimentas do sumo sacerdote, o lampadrio com as duas oliveiras), ao passo que as outras quatro so produto da imaginao do poeta, compostas por ele para completar a ideia da salvao messinica. Esta mescla do exttico e do literrio nota-se tambm em Zc 11.416 + 13.7-9 e Ez 40-48.