alm do da enunciao, e. todo o texto escrito eternamente aqui e agora.
(exclusivamente dada na primeira
pessoa e no presente), na qual a enunciao no tem outro contedo (outro enunciado) para alm do ato pelo qual proferida: algo como o Eu declaro Sabemos agora que um texto no feito de uma linha de palavras, libertando um sentido nico, de certo modo teolgico (que seria a mensagem do Autor-Deus), Mas um espao de dimenses mltiplas, onde se casam e se contestam escritas variadas, nenhuma das quais original: o texto um tecido de citaes, saldas dos mil focos da cultura. Parecido com Bouvard O signo fala do signo, pq a coisa (no damos conta de falar , s atravs da linguagem potica) #Copista por isso as coisas no so completamente nova. A linguagem potica recria a realidade, ela recria o mundo... E No as palavras como coisas velhas. Se quisesse exprimir-se, pelo menos deveria saber que a coisa interior que tem a pretenso de traduzir no passa de um dicionrio totalmente composto, cujas palavras s podem explicar-se atravs de outras palavras. a vida nunca faz mais do que imitar o livro, e esse livro no ele prprio seno um tecido de signos, imitao perdida, infinitamente recuada. Na escrita moderna, com efeito, tudo est por deslindar, mas nada est por decifrar; a estrutura pode ser seguida, apanhada o espao da escrita percorre-se, no se perfura; a escrita faz incessantemente sentido, mas sempre para o evaporar; procede a uma iseno sistemtica do sentido, por isso mesmo, a literatura (mais valia dizer, a partir de agora, a escrita), ao recusar consignar ao texto (e ao mundo como texto) um segredo, quer dizer, um sentido ltimo, liberta uma atividade a que poderamos chamar contra4eolgica, propriamente revolucionria, pois recusar parar o sentido afinal recusar Deus e as suas hipstases, a razo, a cincia, a lei.