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DEFINIÇÕES GERAIS
O conceito de itinerário confunde-se muitas vezes com outros termos que podem
ter diferentes leituras.
ITINERÁRIO:
CIRCUITO:
VISITA:
ROTA:
FORFAIT:
Nome técnico utilizado para um tipo de Itinerário organizado cujo preço inclui
todos os serviços. Dentro deste podemos distinguir Forfait para a Oferta –
viagens programadas para serem posteriormente vendidas pelos retalhistas – e
Forfait para a Procura – viagens organizadas à medida do cliente (Gomez e
Quijano)
.
São viagens por medida as viagens turísticas preparadas a pedido do cliente para
satisfação das solicitações por este definidas (Artº. 17-3).
A) DESPORTIVOS
Este é um tipo de itinerário cada vez mais procurado e capaz de mover um
grande número de pessoas. Aqui podemos incluir o turista passivo, isto é, o
turista espectador de eventos desportivos, por exemplo dos Jogos Olímpicos ou o
turista activo que é sem dúvida o segmento mais importante neste tipo de
itinerários.
B) CULTURAIS
A motivação cultural é sem dúvida das mais importantes motivações associadas
ao turismo e que tem dado origem a itinerários temáticos muito interessantes
baseados nas especificidades de cada região. De facto, a elaboração destes
itinerários (e de uma maneira geral de todos os outros) deve ter em conta a
autenticidade das regiões, aquilo que as torna únicas e diferentes. Dentre deste
grande grupo podemos então distinguir:
- Literários: rotas que tenham por base alguma personagem – escritor, poeta ou
corrente literária concreta.
C) ECOLÓGICOS OU DA NATUREZA
Este tipo de itinerários vem suscitando um interesse crescente motivado, em
parte, pelo ritmo da vida moderna das grandes cidades. O objectivo é
proporcionar aos participantes o usufruto e o contacto com a natureza e valores
do património natural (e cultural) que estes espaços encerram.
D) RELIGIOSOS
A Religião foi uma das primeiras motivações de viagem da Humanidade e que,
nos dias de hoje continua a motivar um grande número de pessoas a viajar para
locais relacionados com as manifestações religiosas e locais de culto religioso.
E) TURISMO DE SAÚDE
Os itinerários relacionados com esta temática incluem não só as termas e os
equipamentos associados como também locais relacionados com o climatismo e a
talassoterapia. Estes são, de facto, produtos com um grande crescimento e que
podem ser conjugados com programas de actividades de recuperação da forma,
de combate ao stress através, por exemplo da hidroterapia, desporto, dietética e
higiene da forma de viver.
F) DE AVENTURA
Associado a uma tendência crescente face a um turismo activo em que se
procura cada vez mais emoções e novas experiências, os itinerários baseados na
aventura procuram ser alternativas em que a tónica está nas actividades
propostas e na respectiva “intensidade de emoções”.
G) TURISMO SOCIAL
O turismo social pretende criar as condições necessárias para que os sectores da
população, que por razões económicas ou por falta de hábito, educação ou
informação, têm permanecido até ao momento fora do movimento turístico
tenham assim acesso ao turismo.
H) DE FÉRIAS OU DE LAZER
Trata-se de uma designação genérica em que a motivação principal não está
relacionada com nenhum interesse específico dos participantes. O objectivo é
simplesmente sair do ambiente habitual, descansar e recuperar forças durante o
período de férias. Baseiam-se normalmente em estâncias de praia ou no interior
em que se combina um alojamento fixo com excursões e actividades nos
arredores.
A) DE AUTOCARRO
Há várias formas de utilização do autocarro:
- Os serviços de lançadeira (Back to Back): que são utilizados por vários serviços.
Quando um autocarro leva um grupo de clientes que iniciam as suas férias pode
regressar com outro que as está a acabar permitindo que o autocarro tenha uma
utilização mais eficaz reduzindo por isso os custos.
Ida num dia e regresso no dia seguinte: mais utilizado para viagens
superiores a 6 horas de duração. Comporta um maior custo pois inclui a
alimentação e o alojamento do condutor embora neste caso não seja necessário
mais do que um condutor. Por outro lado, para o hotel não é tão vantajoso pois
não rentabilizam tanto o espaço.
B) DE COMBOIO
Podemos considerar por um lado as linhas regulares, utilizadas em situações
muito específicas, e os comboios turísticos que permitem uma utilização muito
diferente. Estes comboios funcionam normalmente apenas na época alta e
oferecem diferentes serviços, dependendo do itinerário: gastronomia típica,
visitas, folclore, produtos regionais, etc. São frequentemente utilizados em
conjunto com outro tipo de transporte como o barco ou autocarro. Um bom
exemplo de utilização deste meio de transporte é feito na região do Douro onde é
possível aliar a riqueza paisagística de região com um conjunto de outros
importantes recursos que permitem oferecer um produto turístico muito
diferenciado.
C) DE BARCO
Podemos considerar diferentes serviços: cruzeiros, onde são oferecidos pacotes
com tudo incluído; aluguer de embarcações de todo o tipo, passeios recreativos
de um dia de barco, excursões marítimas e fluviais com vários serviços
complementares.
D) DE AVIÃO
É um dos meios mais utilizados para as longas distâncias pela sua segurança e
rapidez. Podem ser utilizados as linhas regulares e os serviços charter, muito
utilizado pelos operadores turísticos na realização de programas para grandes
grupos.
E) MISTOS
Como é obvio, os meios de transportes referidos podem ser combinados num
mesmo itinerário de forma a garantir, por um lado, maior conforto, rapidez e
flexibilidade e, por outro permitindo um aproveitamento dos recursos turísticos
tendo em conta o tipo de itinerário oferecido.
F) ALTERNATIVOS
Dado que cada vez mais se procuram novas experiências e novas emoções, os
meios de transporte alternativos estão a ser também muito utilizados por parte
da oferta no sentido de cativar novos públicos oferecendo produtos inovadores
que têm tido grande aceitação por parte da procura turística, cada vez mais
experiente. Estamos a falar, por exemplo de itinerários realizados em bicicletas,
em veículos todo o terreno, em cavalos, balão, submarinos, a pé, etc.
ou
Ferroviária
- Itinerários Turísticos
- Balões de ar quente
Via e Meios - Ex. Fly-and-Drive
Combinados
3. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
Itinerários Regionais
Itinerários Nacionais
Itinerários Internacionais
Duração
- Fins-de-semana / Pontes festivas / Eventos especiais
Cidades
Praias
Aventura
3ª Idade
Grandes grupos
RECURSOS TURÍSTICOS
Recursos Recursos
Primários Secundários
Património Actividades
Actividades Equipamentos
Equipamentos
OUTROS RECURSOS
A utilização dos recursos turísticos não é, por si só, suficiente para dar corpo a um
itinerário. É necessário, também, que a organização conte com outros recursos,
nomeadamente os recursos humanos, financeiros, técnico-materiais,
informação, ...
A) RECURSOS HUMANOS:
Coordenador(es) da actividade
Guias-intérpretes
Monitores
Motoristas
B) RECURSOS FINANCEIROS:
Patrocínios
C) RECURSOS TÉCNICO-MATERIAIS:
Material áudio-visual
Cartas topográficas
Fotografias
Bússola
Kits
D) RECURSOS DA INFORMAÇÃO:
Mapas
Guias de alojamento dos locais a visitar
CD Rom’s
Vídeos
Visitas ao local
Diversidade
Representatividade
Elementos carismáticos
Aspectos de viabilidade
Posse / Acesso
Segurança
Acessibilidade
Vulnerabilidade
A ORGANIZAÇÃO DE ITINERÁRIOS
Neste caso, a metodologia é orientada por objectivos muito específicos e por isso
deve envolver as seguintes etapas:
Identificação do mercado-alvo;
Monitorização
Ter em conta o dia da semana que corresponde a cada dia da viagem e prever
as actividades de acordo com isso;
A Pé 5 kms / hora
IDENTIFICAÇÃO DO TRAÇADO DO ITINERÁRIO (ler)
Sempre que possível, o itinerário deve ser testado, de preferência nos mesmos
dias e às mesmas horas identificadas no projecto de itinerário
LOGÍSTICA
- Desenho
Preparação - Organização
- Comercialização
- Venda
(Durante)
Motivos da Viagem:
Férias
Deporto
Cultura
Ecologia
Saúde
Religião
Lazer organizado
Turismo alternativo
Turismo Social
Factores Técnicos
Factores Sociais
Factores Comerciais
Equipamentos
Geologia
Clima
Relevo
A paisagem e seus componentes Hidrografia
Flora
Fauna
História
Atractivos Arte
Históricos Tradições
Folclore
Actualidade
Gastronomia
Celebridades
Festivais
Exposições de arte
Manifestações
Culturais Som e luz
Festividades
Manifestações Competições
Desportivas e Torneios
Comerciais Feiras e salões
Inventário de Alojamento:
Deve-se considerar:
Nº de participantes;
Nota:
Evitar grandes diferenças entre os hotéis do mesmo circuito.
Percursos de Viação
Ao estabelecer um quadro técnico do itinerário deve-se ter em atenção os
seguintes aspectos:
Quilómetros
Com o itinerário elaborado, o produto está pronto para ser vendido e, a partir
daqui, começa outra fase muito importante: a elaboração do projecto de viagem
que se vai apresentar ao cliente. Esta é também uma fase crucial, uma vez que o
que se pretende vender é um produto intangível que vai chegar ao cliente através
desse programa ou folheto.
Itinerário exacto por cada dia (onde são indicados os locais de passagem e os
de paragem) e os serviços incluídos no preço. Importa aqui referir que a indicação
dos timings não deve ser demasiado rigorosa já que poderia dar azo a eventuais
reclamações pois surgem frequentemente imprevistos que contrariam o
imprevisto.
Por isso, a apresentação obedece a critérios específicos devendo conter, além dos
distintos itinerários, fotografias e informação geral sobre o destino em causa.
EXEMPLO DE ITINERÁRIO:
Rota do Guadiana
@ Alojamento
€ 85 * 10pax = € 850
@ Restaurantes
• 1ºdia:
Pousada D. João IV (almoço): € 28.50 * 21pax = € 598,5
• 2ºdia:
Horta da Moura (jantar): € 17 * 21pax = € 357
• 3ºdia
Restaurante O Alcaide (jantar): € 16 * 21pax = € 336
• 4ºdia:
Restaurante Central (almoço): €14.50 * 21pax = € 304,5
@ Entradas e Visitas
@ Outros
@ Transporte
= € 1.200
Refeições: € 2.016
Entradas: € 150
Outros: € 5.026
Transporte: € 1.200
___________________
total = € 11.212
Mark – up = 20%