sobre o que penso da vida. Pouco lhe digo, carssima, sobre o que penso dos outros, das pessoas que convivo, das pessoas que aprecio, daquilo que me convm. Pouco lhe falo, carssima, do pouco que sinto em vida, do pouco que vejo em mim. Do pouco que sinto em mim. Mas de tudo um pouco, carssima, aprendi a olhar nas entranhas pois sou homem de muitos sonhos, vivendo, em termos tristonhos, a procurar ser algum. Teus olhos, pequenos e fundos, conseguem olhar em meu sonho a tristeza que em um profundo eu sinto bem dentro de mim. Pois assim eu olho meu mundo, procurando ver se na verdade, pela imensido da bondade, a tristeza possa ter fim. Porque, carssima, teus olhos so to belos quanto as noites de um luar claro, que ilumina meu pobre corao e me incita a olhar para dentro de mim mesmo, procura de alguma coisa que me faa feliz e ilumine os caminhos de minhalma sofrida.