Decises polticas afetam tanto a economia quanto crises. E, nos ltimos dois anos, aes governamentais como baixar a Selic, desonerar impostos de mais de 40 segmentos da economia e mudar regras do setor eltrico, tem causado polemicas com economistas. "O Brasil est se descolando dos pases latinos que tem boas praticas macroeconomicas, e comeca a ae aproximar das nacoes mais instaveis como a Venezuela", afirma Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central (BC) e atual scio da consultoria Tendncias. Para Loyola, o intervencionismo estatal brasileiro se mostra em varias faces e j chegou no BC. Segundo ele, as ultimas decises ligadas Selic mostram que o BC est mais ligado a agendas polticas, algo inaceitvel para a instituio. "As polticas macroeconmicas esto machucando o nosso crescimento", diz Zeina Latif scia da Gibraltar Consulting. De acordo com Zeina, uma mudana na agenda macroeconmica mais do que necessria para atrair mais investimentos para o Pas. Um dos pontos mais sensveis, dizem Zeina e Loyola, est ligado s polticas fiscais. As desoneraes feitas pelo Governo e a expanso do credito feito pelos bancos pblicos, lastreada por ttulos do Governo federal, tiveram efeitos negativos pada a contabilidade fiscal. "Ao meu ver, nao teremos mais supervites primrios em 3%", diz Loyola, que projeta um primrio de 1,5% para este ano. Para os economistas, a interveno governamental tambm recai na inflao. Loyola cometa que o Governo deixou de considerar os 4,5% como meta do IPCA. "A meta de 4,5% deixou de ser buscada pelo Governo que se satisfaz com qualquer nmero abaixo dos 6%", diz o economista . Para Zeina, o problema no tratar da inflao o mesmo das outras medidas do Governo: a falta de viso ao longo termo. Loyola mais pratico em dizer que, ao desonerar certos setores e diminuir contas de luz, o Governo nao trata a causa principal da inflao, mas as suas consequncias. O BC j mostra que nao vai aumentar tanto a Selic para equilibrar a demanda, como mostrou a ultima ata do Copom. "A poltica macroeconmica brasileira est casa vez menos previsvel e mais heterodoxa", finaliza Loyola. Fonte: Executivos Financeiros - Tecnologia & Finanas Data da informao: 26/04/2013 Petrobras - Resultado 1T13 e Reviso de Preo 29/04/2013 Monitoramento Mercado Financeiro - Informe nr 2225 26/04/2013