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Williams, J, 142,262 Zachariasen, W. H, 59 Este trabalho fol elaborado pelo processo de ForocomPosi¢Ao Williamson, W. D, 239 Zineita, 133, C ‘Menephoto - no Departamento de Composics0 da Editora Wisnyi, LG, 205 Zincobienda, 37 Edgerd Blcher Lida. - Séo Paulo - Brasil Wolastonita, C Zireto, 183, C Wright, F. E, 286 Zinc, 132 Walt, 226 208, 3 Wurtzita, 37, 38, C Zona de fusio, 260 1,95, 98, C Zwell,L, 223, 225, ‘Wygant, J. F, 230, 239, ‘Bwikker, C, 132 ‘Siei7s. 517188 | 529347 IsIMBOLO S.A. INDUSTRIAS GRAFICAS General Flores, S18 522.525 i [See Paulo Capital Brasil Robbins C.R. 91,288 Robinson, G. W, 108 Robinson, H. A, 235, Rochow, E.G. 67 Rogers, B.A,7 Rompimento térmico, 142 Roy, R287 Rubi, 197, B,C Ruptura, 112 ‘em microestrutara, 105 Rutile, 41, discordincias no, 105 Ryshkewiteh, E, 153 Safir, C Sal de Rochelle, 171 Saltos de energia (gap). 16.8 Scarlet, A. 1,26 Sears, F. W, 190, 199 Secagem, 70,242 ‘roprieddes ups. 247 umidade de, 245, B Seco delgada, 94 Segio transversal, 203, B ‘de absorcio, 205 ‘de espalhamento (scattering), 205, 206 de fissionamento, 205 Schaiter, PE, 287,288 Schawon, A. L199 Schmidt, A.X.7 Semiconduo intrinseca, 159, 160 Semicondutor, 159, B impurezas, 160 Semicondutor de redugo, 161 o tipo n, 160, B 4 tipo , 160, B Sensibilizador, 196, B Separagdo, magnética, 214 ‘mecca, 212 Serpentina, 46, C Shand, E. B., 240 Shuttleworth, R, 252 Sienko, M.J, 26 Sica, alterada pelo FeO, 104 dlatagdo térmica, 141 fundida, 62, B Silicatos, 45 ‘em camadas, 46 Silicones, 6,55, 66, B Silimanita, C Siloxana, 65, B Smit, J, 187 Smith, CS, 75, 103 Smoke, EJ, 7,154,258 Smoluchowski,R, 208 Sinnott, M. J, 25, 26, 3, 187, 199 Simterizagho, 247, B dlifusdo, 250 cm fase liguida, 251 escoamento viseos0, 249, Sio,, 40 SiO, tetrnbdrico, 44, 58 Sistema eristalino, 31 Sistema de nico componente, 2 Sistemas binérios, 80,286, F quaternirios, 82 ternizios, 82 291, F Solidus, 81, B Solugio solid substance, 50 Solvus, 81, B Sorum, C. H., 26 Sopro, 235 SRI, 142 St Piette, D.$, 239 Stanworth, J.B, 67, 154 Steinberg, M.A, 226, Stokes, RJ, 129 Stookey, 8D, 260, 262 Subedeal, 96 Subnivel, 8 Subsistemas, 82 Supererescimento, 106 Superficial, 68 Sun, KH. 61 Suspensto, 71,100, 125 Aoculada, 126 pet du Tabs de hemanos, D Tava defn B Tabs psd 46 Tao een D Tuo deed 94 meron t1S Tandon 30 Tl 230 relia is Tec conforma, 23 Tes de et 92 ‘rami 92, Tener de ioc latin 92 Temper Temper ao de Spuak 8 Tempura Cre $018,188, 8 ‘Sretri,3 tcromegrtin 10 ; Temperate tl, 63,8 Temperatura ab its ‘rt mt detrage 10 Tenpeturn do ecinete 27,8 Toop iio ‘Temperatura co ponto de deformagio, 258 ‘Temperatura de transigdo, 63 ‘Tenacidade dos abrasivos, 118 ‘enslo, critica de cisalhamento, 113,123, ‘de ctalhamento, 111 de escoamento, 128 normal critica de ruptura, 113 ‘Tensdes de ruptara, 113 térmicas, 140 Teoria cingtica, § ‘Termistor, 165, 3 Terras-raras,9 Tetratarico, 46 Tijolo, arco, B de eonstruglo, 116 fem cunha, B ‘solante, condutbilidade térmica do, 139 sllco-aluminoso, B silic-alumiroso "super duty", 146, B high duty”, 146, B THO, 41 Tixottopia, 127,B Tref, 13 ‘Tobermorita, 231,244, C Tobolsky. A. V7 ‘Tooley, PV, 63,240 c ‘Transdutores, 171, B ‘Transformagio, de inversio, 52, 135, 141, B te pressdes, 79 de temperatera, 78 dlo vidro, B reconstrutia, $2, 140, B ‘Transparencia, 193 ‘Teansportador, B de cargas, 136 “Tratamento térmico de produtos cerimicos, 242 ‘Trefiner, W-S. 106 “Tridngulo de ccmpatibilidace, 84, B “Tridimita, 4, 18, C ‘Trincastérmicas, 142 “Trioctaddrica, 4,46, B ‘Troca bisica, 277 Troca de ions, 0, 58, 71,207, B ‘Tubos de rai sat6dicos, 197 Umidade de secagem, 245 Unidades de $i0, . 56 Unidades tetratdricas, 44,56 ‘Van Schoick, E.C. 264 Van Vlack, L. H.7,$3 Valor Ni, 190, 8 Varidncias, 77,80, B YVariagBes nas propriedades, 201 Varidveis de estado, 77 Varistores, 166, B Vario, 47.8 ‘de Anion, 158 se cition, 158 de clétrons, 160, B intersticial, 37 YVelosidade da luz, A Velocidade de ereveimento, 96 Velocidade de moderagio, 206 Velocidade de polimerizagao, 60 Velocidades de crescimento dos gros, 96 Vetor de Burgers, B Vibragdes cristalina, 137 Vidrado, B Vidro, 44, 55,115, 124 B birrefringéncia do, 190 ‘com varios componentes, 57 ‘comercial, 60 ‘condutibilidade elérica versus temperatura, 17% condutibilidade no, 159 —(b)._0% (em 1,85 giem? 5% (em peso) = 1,95 gem? 10% (em volume) = 1,95 gjem? 10% (em peso) = 2,06 gem? 20% (em 15% (em peso) = 2,13 g/em* 30% (em 30% (em 40% (em 50% (em 15% (em peso) 20% (em peso) 25% (em peso) Capitulo 14 14-1. (a) 0,065 (b) 46 g/m? (c) 4,9 g/cm? 14-2. (a) 0045 cm/em (6) 0,39 aie 14-3. (a) 0,20 (b) 2,34 14-4. Mulite, 16% (em peso); Al,O, , 72; SiO, , 28 Anortita, 75% (em peso); Al,O,, 37; CaO, 20; SiO,, 43 Liquico, 9% (em peso); Al,O,, 24; CaO, 11; SiO,, 65 14-5. (@) 101% (0) 66h 14-6. Ry 290 = 316 Ry 400 14-7. 610°C 14-8. 8 x 10°C Raeeere ON eee > ‘%(em peso) —-% (em peso) —_% (em peso) a Ah0s SiO, aes On w%em %em (em 1500°C: Liq 310 230 460 ll. RF __(empeto)_peso)FeO_peso) Al,O,_pe80) S1Q2_ Esp 280 no — 1 600°C: Lig 27 B 4 63 For 310 ~ 430 Mal B = n 28 1400°C: Liq 260 230 51.0 130°C: Liq B 28 205 518 Esp 280 n0 = Mal n = n 28 For 51,0 = 43.0 Tri 10 — 100 120°C: Mul 15 = n 28 Tri 10 = = 100 FeCord 15 25 315 46 (4) 160°C: Lig 130 410 460 ee Mal ae 720 280 1 500°C: Liq 150 350 500 _ Mul = 720 28,0 Capitulo 7 7-5 aa a Tl. DyglDy = 16 (Dya/Ds = 2) 7.3. MgO, 28% (em peso); Al,O,, 16% (em peso); SiO, , 56% (em peso) (a) For, Cord, Pro (b) Cor, Pro, Lig, Esp 74, (a) FeO, 28% (em peso); Al;O5, 55% (em peso); SiO, 17% (em peso) 2 1A ce ee (b) FeOJAI,O, = 35/65. (6) 503% (em peso} a a ee (6) FeO, 262% (em peso); Al0,, 41% (em peso); SiO,, 33% (em peso) a us ie 1-5. Ver Fis. 7-14 ; sin a pao 7.6. O FeO fluxa 0 SiO, : a matriz.contém liquido ¢ faialita; 0 quartzo trans- " 5S ten formase mais facitmente em cristobalita nas superfcies 00K 7-1. (a) T100AK (6) T10A() TA 78. 150A Capitulo 8 %lem peso) % (em peso) _% (em peso) Teas ore ler 20 Als SiO, 8-2. 10000 psi 6-10. (a) 8.3. (a) 4 ligagBes/a3 em (100), 2,3 ligagBes/a3 em (111), clivagem facil em (111) - 720 28.0 (b) planos com baixo indice, tais como {110}, {111}, {123} — = 1000 8-4, (a) 490016 (b) 206000 psi © 11,0 24,5 64,5 8-5, [101}(101) escorregamento _ 720 28.0 8-6. (a) Foor = 2A¢,» Fron = 4A%, (6) Fussy =A, = 2 200 370 430 © 28,5 380 335 Capitulo 9 200 370 430 9.2, Zincita, 17x 107°C"; quarto. 37 x 10° ®°C"#; ealeita. 13 x 10" C-*: 1.14 x 107°C“: rutilio. 22 x 10-S*C~! ® = 260 Zire ‘i 620 380 = 9-3. (a) 1873 cal/mol a 25°C. 25,68 cal/mol a 227°C, 29.64 cal/mol a 727°C, 650 = 350 31,65 cal/mol a 1223°C (b) 9,05 cal/mol a 25°C, 10,46 cal/mol a 227°C, cme: (i a ee a 11,77 cal/mol a 727°C, 12,73 cal/mol a 1223°C 9-4, (a) Pit MgO, 0,12 cm?/s @ 20°, 0,033 cm*/s @ 500°C, Al,O, 0,103 cm*/s @ 20°, 0,028 cm*/s @ 500°C, (b) SiO, vidro, 0,008 em?/s @ 20%, 0,012 em*/s @ 500°C 5-5. (a) $40 ergicm? —(b) Yysuuoi = 610 erg/om* (6) Fp S 540 erglem? (2) hugsns = 510 ergiem? (e) Nao pode mudar as encrgias independente- mente (0) Sélido rigido Capitulo 6 6-1. Lig, 40% (em peso), Mul, 60° (em peso) 6-2. 75,5% (em peso, MgO 6-3. (a) 6.5% (em peso) (b) 60%, (em peso) (c) 4,0", (em peso) (d) 40% (em peso) {e) 100", (em peso) (f) 67°,, (em peso) (g) 100% (em peso) (h) 50°,, (em peso) 6-4, (a) Anortita(b) Tridimita (¢) Wolastonita : 65. (a) CA, Geh, Ano (©) Cor, Mul, Ano (@) Cal, C,A, C,S, Lar, C,,A, (g) 2Lig, Cri, Tri, Wol, Ano % (em peso) —-% (em peso) —_% (em peso) CaO. 1,05 i, 6-6. (a) 1600°C: Lig 255 540 20,5 CA, 85 1s — 150°C: Lig 29,5 450 255 CA, 85 1s — 1.400°C: Lig 300 40.0 300 CA, 85 1s — Gen 410 370 20 (o)1800°C: 70 34 170°C: 100 42.0 25,0 160°C: Liq 46.0 Cor = Mul () 1600°C: 62,0 33,0 50 150°C: 60,5 340 55 100.0 — = 140°C: 530 400 10 62.0 380 65,0 - 35,0 6-7. (a) © ©) (s) 6-8. (b) 6-9. (0) 15 760 iad 100.0 270 20 710 = = 100.0 150°C: Liq 300 25 675 Cri — = 100.0 1400°C: Li 330 40 630 Tri — = 100.0 Wol 480 = 520 130°C: Lig 280 9.5 625 Tri = - 100.0 Wol 480 = 520 1 200°C: Liq 240 140 620 Tri — = 100.0 Wol 480 = 520 160°C: Lig, 96% (em peso), CAg, 4% (em peso) 1 500°C: Lig, 79% (em peso), CAg, 21% (em peso) 1400°C: Lig, 53% (em peso), CA, 30% (em peso), Geh, 17% (em 650) Prove: Liq, 73% (em ese), Cor, 27% (em peso) 1 700°C: Lig, 47°% (em peso), Cor, 32% (em peso), Mul, 21% (em peso) 1600°C: Lig, 37%, (em peso), Cor, 32% (em peso), Mul, 31, (em peso) 1.600°C: Lig, 100% (em peso) 150°C: Lig, 96% (em peso), Lim, 4% (em peso) 1400°C: Lig, 7% (em peso), CA, 80% (em peso), Lar, 13% (em eso) 1 700°C: Liq, 63% (em peso), Cri, 37% (em peso) 1 600°C: Liq, 52% (em peso), Cri, 48% (em peso) 150°C: Lig, 46% (em peso), Cri, $4% (em peso) 1400°C: Lig, 28% (em peso), Tri, 63% (em peso), Wol, 9% (em peso) 1300°C: Lig, 10% (em peso), Tri, 66" (em peso), Wol, 24, (em peso) 1200°C: Lig, 79% (em peso), Tri, 67% (em peso), Wol, 26% (em peso) Esp, For, Cord (4) Mul, Cord, Sap. () Cri, Tri, Pro, Cord 1700°C: Lig Esp 160°C: Liq Esp For = grgesers ADOT ON* Se 55S {ator de qualidade raio do cition distancia interatOmica raio do anion velocidade de resfriamento cconstante dos gases refletancia resisténcia elétrica densidade (massa especifica) resistividade Grbita cletrdnica calor especiico volumétrica entropia sélido indice de resisténcia ao choque térmico, tensio axial condutibilidade elétrica seqao transversal desvio-padrao concentragio de tensdes tensfo de ruptura condutibilidade idnica tensto normal tensio de cisalhamento ‘tempo temperatura tensio critica de cisalhamento tensio normal critica de ruptura tempo de relaxagio tensao de cisalhamento Angulo diedro Angulo de fase Angulo de tensdes cnergia de ligagio velocidade porcentagem em volume tenso (voltagem) volume porcentagem em peso watt distancia rimero de cargas do ion vazio atémico indices de Miller indices de Miller correlatos diregio cristalina diregdes cristalinas correlatas dimensional angstrom angstrom angstrom °Cjs cealmol*K) dimensional ohm g/em* ‘ohm-em cal/fem? °C) cal/tmol °K) RESPOSTAS AOS PROBLEMAS Capitulo 2 2-1. (a) 1s22s?%p" __(b) 1522s?2p%3s?3p°3d!°4s*4p (a) 1s?2s?2p°3s?3p°3d* (©) 18*2s?2p°3s73p°3d° 22@1 00 2 @o @4 3 HO mS W4 @3 ®W1 00 M4 MS 3 M4 @2 (3 @0 W1 (wo 2-3. (a) 23 kcal/mol (b) n = 9, somente forgas de Coulomb ¢ eletrOnicas 24. (a) 21 (b) 14 (20° @) 1 25.16 Capitulo 3 3-2. (a) 41A (6) 414 (0) O7A, 037A (d) 40 gicm® (&) 28A, 114A 3-4, 3.62 glem? 3-5. 34 gfe" 3-6. (a) 3,99A — (b) ay = 3,98A, cg = 402A. 3-1. (a) Primeiro = 07”, segundo = Ba*’, terceiro = (b) 60?-, 8Ba?*, 6Ti** 3-8. (a) 8A (raio) (b) 1,34A (raio) 3-9. 25804 3-10. (a) 9,5% (em peso) _(b) 15,8% (em peso) _(c) 84,2% (em peso) 3-11. (a) 74,6% (em peso) Fe, 76%, (em peso), 76.4% (em peso), 77°, (em peso) (b) 8,6 % 10? vazios/em?; 4,6 x 104; 4,1 x 1074; 2,5 x 1078 3-12. 164° Capitulo 4 Al. 45.5%, 4-2. 2.2 elem? 43. (a) 15 (b) 05 (6) 19,3 (a) 213 4-4. 2,5 45. 60,5% areia, 20.0% barrilha, 19,5% calcita (em peso) 4-6. Hidrdlise e calcinagio Capitulo S Se. 0A 52, 15% Simbolo Se aares aoe sare Soo mm mms Se 555RA Ys OAM RELACGAO DE SIMBOLOS Significado ppardimetro do reticulado (eixo x) ‘tomos por cento angstrom area constante de Madelung, cocficiente de absoreao cocficiente de dilatagao linear coeficiente de dilatagdo volumétrica parimetro do reticulado (eixo y) magnetizagio pariimetro do reticulado (eixo 2) yelocidade do fonon yelocidade da luz calor especitico capacitincia componente concentracao capacidade calorifica molar (pressio constante) capacidade calorifica molar (volume constante) energia de interface deformagao no cisalhamento Srbita eletrOnica espessura didmetro cocficiente de difusfio imensfo linear perda fraciondria de energia Angulo de perda carga do elétron campo elétrico energia varidvel de estado tensio (voltagem) médulo de elasticidade (Young) deformagao axial permissividade do dilétrico coeficiente de viscosidade Unidade Usual* angstrom dimensional angstrom cm ‘dimensional ‘dimensional angstrom gauss angstrom cm/s cm/s ‘cal/g °C microfarad dimensional ceal/mol °C ceal/mol °C cergiem? ‘dimensional om om/s ‘dimensional ‘graus coulomb volt/em ee volt psi dimensional farad/em dinasjem? *Como na técnica nfo hi.» uilizagko, sompre, de um mesmo conjunto de unidades a prtica vsada pelo autor & « adopdo, neste livro, das unidades mais comuns, em cada caso individual maa =, 3a ae FPL =o Lima geNODETA eee SOFT BERS EST ERE Srbita eletrénica freqiéncia fungéo fase forca fragdo energia livre coeficiente de empacotamento {ator de empacotamento fator de empacotamento atOmico fator de perda capacitiva fator de perda indutiva ‘corrente elétrica intensidade (ver SRD) fluxo de difusdo constante de Boltzmann constante de proporcionalidade reciproco da intersegao y condutibilidade térmica constante de equilibrio corficiente de permeabilidade constante dielétrica relativa reciproco da intersegio z porcentagem linear comprimento, liquido camino livre médio do fénon comprimento de onda relagio de moderagao ‘mobilidade da carga momento do dipolo permeabilidade magnética cocficiente de Poisson transportadores de carga Indice de refragao fluxo de néutrons nimero niimero de Avogadro niimero de coordenagéo freqiiéncia da luz reciproco da dispersdo relativa origem Grbita eletrOnica pressio parcial polarizagao eletrOnica fase porosidade ou fragio volumétrica dos poros presstio energia de ativagdo gems? dimensional cal/mol dimensional ‘dimensional dimensional dimensional dimensional ampére dimensional (ema)! erg"K, dimensional dimensional (caremyi(em*°C) dimensional dimensional adimensional ‘dimensional in om dimensional cem?/{volt's) coulomb: em gauss/ocrsted. dimensional em? ‘dimensional (em?s)"* (massa molecular)" dimensional atm coulombjem? dimensional dinas/em? cal/mol aaa Wolasigaia fDiopstae, |) * m, Il, i Hee Leah Forsetia —~ Moiticelifa oS = Heya) |aje] Ses | ae ! Ble ie = ma] ] |S] | ste % Fla 18 = mele] [ele Set | ae | Be % ee e Boe) Jo|5 | Seti, | | a |g [Bs g 3] | Sete | | a ae Be off | seer | 8 hs | B* x | | teen | rae | 137 2 fe |e 3 S) 5 | maceta| eh | ae j2 [Elz i Ee i) |B a | 2 Figura F-17. CaO-MgO-SiO,. Adaptado de EF. Osborn ¢ A. Muan, Phase Equilibrium Diagrams of Oxide Systems, Columbus, O.: American Ceramic Society, 1960, p. 2 Figura F-18, CaO-Na,O-SiO,. Adaptado de G.W. Morey e NLL. Bowen, Journ. Glass Tech, 9, 232 (1925) | SEE Figura F-15, Al,0,-FeO-SiO,. Adaptado de EF. Osborn e A. Muan, Phase Equilibrium Diagrams of Oxide Systems, Columbus, O.: American Ceramic Society, 1960, p. 9 gpuegels| esse 208888 Peeoeenapg >SSESEFEEE tei ieeesanall | Figura F-16. Al,O,-MgO-SiO,. Adaptado de ELF. Osborn e A. Muan, Phase Equilibrium Diagrams of Oxide Systems, Columbus, O.: American Ceramic Society, 1960, p. 3 i SISTEMAS TERNARIOS A-wolastonita (6t61) 6982 ‘19 “20s way emp “unor 2{og61) S8st ‘FE “HHD SKY sano "2205 “3'4 9p opeidepy “ZO'S-OTN ETA VBL sowy ‘uosiopuy ‘O 2 WeMeR “TN >P oPEEEPY ““O'S-O8W TI-d WINE Fowse-oFON fos _06__o8 fost oth oo 06/ oF fowotnz o%N 02 008 006 3 2D, "wunmmieduoy, laatesarsese*Zacay| jarsana®™222 a 203 fesneatdtedtevan leansnene 12 Ceramic Society, 1960, p.1 Sansege Figura F-14. Al,0,-CaO-SiO,. Adaptado de E.F. Osborn ¢ A. Muan, Phase Equilibrium Diagrams of Oxide Systems, Columbus, O. Amer 858, S98 oSdadosadsss ** £9 roUQHOPY ‘umnyy “V9 110980 “A> YPIGI) BB ‘LE SUD Wp “PS "Mnor fos-o8N fosotNe fos os ozo, of \or or_o8n a Tar] aL oot 2 FF a opmnby, 8 “Hnuasioa g Joost = fo op muaisi9) + o1sesued 5 4 cost ¥ opinbyT opmby, + mureae1s lezen we 2130" & 20° 0 7 ‘ : t AN nf | sgie\ eee BIS, Liguido a ares EY Cael gr #6 250 4 7 }Dois liquidos-, ik 5 4 1800}- + s|E Cas8is0; + Hquidg’ DO Namitorr, asf [ue |? Fir Sao E Sel \ Lior ves 25,00 37a ‘ » fz 7) 4 2 sso ae Hiquido' /Chistobalita + liquide | / aiae § vl bart ] | | i 2 . z 2 | g : a a i i se 2 ad a ane) 4 B Ti Th a L "ak | 88 & 23,10 ui sol 1Cr$i04 + +3 } ae oe ¢ 4 tool G0 1Cas80 8 bead pereri dir id yi iiyia ao 20 0 o 8 30, 1200 Figura F-8.CaO-SiO, . Adaptado de E.M. Levin, H.F. McMurdie ¢ F.P, Hall, Phase Diagrams se 560" {for Ceranists, Columbus, O.: American Ceramic Society 1956, p. 48, EF. Osborne A. Muan, 28 000 Referéncia 6-3 S00 FF] att Fey03 | sool_L LJ [9 Fa ONY ovo, ; Vota 0s m2 asa) a7 82990 0 | 038 Porcentagem em peso de oxigtnio 03g Figura F-10. Fe-O. LS. Darken ¢ R.W. Gurrey, “Iron-Oxygen”, Metals Handbook, Cleveland, 32 04; American Society for Metals, 1948, p. 1212 2 lgui =8 vidos | ] ss aa y eB = ¢ OF Cristobalita + liquide | 82 vo = 3 ee 5 ge = 200 Dl aeeaaneas i { NS E vaool- Frist + liquide : © | tridimita + tiquido 2000} & 1200 pel ‘Teidimita + faialita® ustita + faialital 15g 20406080 NO. Si0y 102030403080 Fogi0, 8090 Feo Figura F-11. MgO-NiO. Adaptado de H. Wartenburg e E. Prophet, Z: Anorg.u. Allgem Chem, Figura F-9. FeO-SiO,. Adaptado de NL. Bowen e J. F. Schairer, Amer. Journ. Sel, Sth 208, 379 (1932) seties, 24, 200 (1932), € E, F. Osbom e A. Muan, Referéncia 6-3 SISTEMAS BINARIOS Ligido 2300 z Expindlio i 2000 = : eat Periclisio + espinéio = corindon 2 4 1 1 ‘ aed \ i 10000 20 40. 0 80 AlOs. 2 1 temunioe Composicio, % em peso & r \ aoe AlO, + liquido B CaO + thguido HP ce Figura F-5. Al,O,-MgO. Adaptado de G.A. Rankin e H.E. Merwin, Journ. Amer. Chem. Soc. er \ 38, 571 (I916),e DM. Roy e EFF. Osborn, Journ. Amer. Ceram. Soc, 36, 149 (1953) \ 2200) T Liguido + 1700} aCa0-ak05 Tai Te Liquide + $12C00 TAO, 2000 L ‘ Cx0-WAl,0, 2 set 505° + rr) =| ieee slo i Latin al ‘CaO + 8Ca0-Ah0, x | ben oann, 5 Tame Mt ed L iecao. e Ca0-Al05 + he a T —1470"} ~ MES aoe FT) x0 wat, C20 “6410, 00 cra + main ha + mula 1300) i ; G0 10720 34080; G01 70 {80 90 AGO, 1200 foie mata || Molita ‘19ca0- 7804} Ca0-28h05 wot tL EGOS RON, 810 ‘Composiso, Z» em peso ADs Figura F-3. Al,O,-CaO, Adaptado de G.A. Rankin e F-E, Wright, Amer. Journ. of Sci, 4th Figura F-6, Al,0,-SiO,. Adaptado de S. Aramaki e R. Roy, Journ. Amer. Ceram. Soe. 42, series, 39, 11 (1915), e EF. Osborn ¢ A. Muan, Referéncia 63 en ua 2300 2300 2 ae goo] & 2100} ‘5 © sonofe= 225 7 eon? z “Magnésio-wustit MO, 20408080 Gry ce Moles por exnto 03040 ao Figura F-4, Al,O,-Cr,0,. Adaptado de EN. Bunting Bureau of Standards, Journ. of. Res, Figura F-7. FeO-MgO. Adaptado de NL. Bowen e JF Schairer, Amer. Journ. Sct, Sth series, 6 (6), 948 (1931), € EXF. Osborn e A. Muan, Referéncia 6-3 29, 153 (1935), ¢ ELF. Osborn ¢ A. Muan, Referéncia 63 APENDICE E PROPRIEDADES DE MATERIAIS CERAMICOS COMERCIAIS SELECIONADOS: (Obtidas de diversas Fontes) Densi- Condutibilidade Dilataglo Res dade térmica, a 68°F, térmica, _—clétrica, _clasticidade, Material ‘glem? a6sF, a 68°F 26°F (SR (Cg) emcee 38 007 Sxl0-§ 10? 53 x 10° ALO, R Tijolo deconstrugio A 2,3 0.0014 sxio8 - silico-aluminoso A 2,1 0,002 25x 107% 10° 15 x 10° de piso A 25 — 2x10" - de silica A 17s 0,002 — 108 - Conereto A 24 0,0025 7x to-§ os Video: plano R 25 0.0018 Sxio-§ 10! 9 x 108 borossilicato R24 0.0025 axle 10% 8 x 10° de silica R 22 0,003 03x10" 10% 10 x 10° “Vycor” R 22 0,003 04x 10-§ = 10'* 10 x 10° Lidevidro R005 0,006 7 a L Grafita(média) R22 Ou 3x10-§ 10-8 - MgO R37 OL Sxlo-* 10! 30 x 10° sic R 32 02 25x 10° 10” 50 x 10 SiO, (quartzo) R265 0,03 7x 10-8 - = Tic R43 0, 4x10 1o-* 45 x 10° *Multiplicar por 0:806 para obter (Btu: in)/(F -ft?-s) ‘**Multiplicar por 1,8 para obter (em)j(em* °C) »**Multiplicar por 0,393 para obter (ohm in) ‘A= Propriedades referidas ao volume aparente total R = Propriedades referidas ao volume real tividade Médulo de APENDICE F DIAGRAMAS DE FASE SELECIONADOS. Estes diagtamas de fase foram selecionados de tal forma a (1) incluirem as fases mais comumente encontradas nos materiais cerdmicos, (2) ilustrarem reagGes especificas c (3) servirem como diagramas auxiliares na resolugdo dos problemas. O livro Phase Diagrams for Ceramists, de E. M, Levin, C, R. Robbins, ¢ H.F. MeMurdie, edigio de 1964, apresenta outros diagramas. Veja também a Referéncia 6-3, que indica as modificagdes mais recentes havidas nos diagramas ternérios dos silicatos ‘As coordenadas so expressas em porcentagens de massa ¢ em graus Celsius, a menos que seja estipulado 0 contrario, Limites definidos + Limites estimados — = —- _Temperaturas invariantes de sistemas trifasicos SISTEMAS COM UM UNICO COMPONENTE Liquide — é 5 458 mm Figura F-1. O sistema H,O Pressio ‘Temperatura, °K Prossio, atm Figura F-2. O sistema SiO, ounisi equim ome. ounoisyy 0100, waned orpu ons 19101 oma ‘tin. 7: ws 9's98 FOR POT +e 89 | aa Do] = -. t o'r +e i | oon = | owe | oeie | cota ott +e ® | aa = ad s's0e oral r + 99 4b te ¥L gor fo%PD_ +e w po - oHL o'zse torna +e 29 ed — | er: | sere | toms 4e zm | us i s = 2 4 w | 4a oot | azz e'oee | totpN +e px f o1uPOIN, — 9 stece | Sota +8 ad onmpooserg, 069T 69 e'sze 20%0 +8 0 01D stez 1s'9 ‘s'eze 20871 +e Aad ommgiurT ‘eco ors ees OF +e er our a oes sisz | 0% 0 2182 - | - = a i w | ox omuouex, - | - = — oe 8 1 ono 9SLT *O°L Ws a aL OUDPL ‘162 *oras 08'0 1s as owuguinuy Lost zug w0 o¢ ug gue | sory zo 6F uy amt 1 cya || OEE | cam =eynuni94 ap O10) ame? | BaRBORY | OONWOIY) oun aur y ‘opeunxosde 2 {esse | oroupy| FORMS | ovueueta (optigs) oprxQ, ootugr orey | PPNSIFA, (000'Z1 = 49 ou opraseg) (cps0nuiwo>) SOQIXO 4 SOLNAWATA ga VIaaVL (omuyuoo) a oro + : sw | po a ony + a | a ond + | pe = = ont + ow | om | ov Fon + ct ah | es af : so | 0 wing | ro zoo 4 : aw | on wat | oF sora +8 w | aN oz | ors tou + | o " one | He t08K i ae | ae x oe | ous 08 4 | se 3 a | ae | soo | oe + | at aes 7 = auom | oves | oe | ox = |- - = — | wo | se | -« = vs | gest | F098 —< | we | i | 9s 98'¢ | ad o'r | ov at + | wu | & | a6 2pdu1009C 45 ae-amgns, ese 29'% ‘80°98 ov 90'T wD — | we | ots | om set x ai | reese) pees s aT z ~ | _ — 18'T 0 = 90°08 "Os, pL 8 6's FORT *0%d FOeO da 9S 60'09 201s 60 8 oF ‘Orv is'0 Ww ove of 810 an we OF8N 86'0 N =|) = = - ao | = |= = set 6 a - oo'ze %0 wt 8 0 — j=] = = i S nang | gst | o'r 09 9 ° Leg #8 29°60, ‘ota ¢ a 29% 20k 10'St ond r or ews | eve | sec | om t pie! | Pe rin - z ou oo | wo on = t H De ‘orem | ut | ond | sod = opbeusp009 = 2p owod [spepistag) -einmz0.5 ii 2p oxeuN) pommpry | cong pa x y opewnoxde Testy, | oraungny | OAS | OWUEUDI (opn9s) oprxQ Peavey | | (00071 = ¢,D.00 oproseg) SOGIXO d SOLNANATA Id VIaaVL @ a91GN3dv FASES CERAMICAS COMUNS (continuagéo) FASES CERAMICAS COMUNS (continuagao) 5 ‘Composiclio o Comporieto Obssrvagies Nome ‘Coal Observagses Mica [R*AlSi,0,(0OF)z], 3R?* podem substituir 2AI**; sli- Taleo [Mg,Si,0,(0F),], Silicato em camadas triplas; dureza cato em multicamadas (Ver Tab. Mohs = 1 (Ver Tab. 3-5) 35) Tobermorita ‘Ver Sexo 13-6 Geralmente amorfa; principal pro- Microctina KAISiO, Forma polimérfica, potissica, do duto da hidratagio do cimento feldspato portland Monticelita MgCaSiO, — Topizio ALF, OH),SiO, Dureza Mohs = 8 Montmorilonita — [(Al,(MgR*)),Si0,(OH),]2Apresenta clevadas propriedides de Tridimita SiO, Forma de temperatura intermediaria ‘roca basica (Ver Tab. 3-5.) dda silica (Ver Fig. 3-11b) Multa ALSi:O,5, Relagdo varidvel AV/Si; aluminossli- Vitliaumita NaF Estrutura do NaCl cato somente estivel Wolastonita CASIO, — Muscovita [KAI,Si,O, (OF), ), ‘Mica branca; silicato em camadas Wartzita ZnS Ver Fig. 3-94 riltiplas (Ver Tab. 3-5) Wastita FeO Estrutura do MgO; apresenta de- Nefelita RAISIO, — feitos na estrutura quando oxid Nontronita Ver montmorilonita Montmorilonita com Al** substi- da; 2Fe?* + 2 substituem 3Fe tuido por Fe? Zincita ZnO ‘Mesma estrutura da Wurtzita Olivina RE*SIO, Familia de ortossilicatos; 0 raio do Zircio Z:Si0, _— R?* deve ser de cerca de 08 A Ortoctisio KAISi,O, Forma polimérfiea potassica do feldspato; dureza Mohs = 6 Peviclasio Mo Meama estrutura do NaCl (Her Fig. 3-90) Perovskita [KAIMg,Si,0,,(OH,F),], Uma mica; estrutura de camadas miltiplas; a mica artifical mais comum (Ver Tab. 3-5) Plagioclésio [0NaSi, (CaANIAISI,O, ‘Uma familia de feldspatos; albite ‘ca anortita slo os membros extremos Pirita Fes, Ouro falso Pirofilita [A1,Si,0,(08),], AB * analogo ao talco (Ver Tab. 3-5,) Pirrotita Fe,,S Estrutura hexagonal compacta de S* com Fe* (e alguns Fe" +) ras posigfes de NC = 6 Quartz SiO, Forma ambiente; mais comum de todas as fases solidas; dureza Mohs = 7 Quartzito — Rocha contendo quartzo como fase principal Rubi _ Corindon com algumas substituigdes de Cr? por AL* (vermelho) Ratilo TiO, Forma mais comum do TiO, (Ver 3-128) Safira — Corindon com cobalto em solugéo sélida (azul) Serpentina [Mg,Si:0,(0H),}, Mg?* endlogo a caulinita (Ver Tab, 35) Silimanita Al,SiO, Metacstavel FASES CERAMICAS COMUNS (continuagdo) FASES CERAMICAS COMUNS (continuagio) Composigio i ‘Composigao 5 Bowe Geral Cuan mt ‘Geral Observagies Cautiita [ALSi,0(0F),]3 © argilomineral mais comum; estrus Fluorita CaF, (Yer Fig, 3-10) Dureza Mohs = 4 tura de silicato bidimensional (Ver Forsterita Mg,SiO, ‘Uma olivins de Mg?* Tab. 35 ¢ Fig. 317) Gesso de Putis Ca,8,0,(0H), Hidratase pare gipsita (Cementita) Fe,C = (ou CaSO, -4H1,0) ee nga mena Gehlenita Ca;Al,Si0, Forma uma slug sda com 2 aD: (ret apy 2 Bieta ate ae eran ea ace Gibsita AWOH), Estrutura bidimensional (Ver Fig. 3:16) Cocsita 0, Forma de alta pressio, da silica Hi eg ae Corder MBzA,SisOug = Graft c Forma extivel do carbon, erature Corindon ALO, Hexagonal compacto, com 2/3 das Geese R3°RESi,0,, ih cidbonly/ dad grams wags es de NC = 6 preenchidas pase énios; durezn Mohs = 9 ar anette i e**, ficando R}*Fe}?O,, Cristobalita SiO, Ferme den icmpete a Gipsta casosom, Fe ona Oren st lisa nt me Fete Rt (ov CaSO, -2H,0) forma hidratada do gesso de Paris; Cromita FeCr,0, Espinglio com R** = Fe?* eR? = poe a eS Cuprita cu,0 Pode ocorrer substituigio de (Cu?* + Halita Nacl Protatipo do MgO +O) por 2 Cu® (Ver Fig. 3-126), Haloisita [Al,Si,0,(OH), -2H,0], Forma polimérfica da caulinita, que Dovitrita NajCajSi Ore © produto mais comom da devil contém Agua do reticulado entre ficagio dos vidros de cal-soda- as camadas (como. conseqién silica ‘estas tornamse cilindricas) c Forma de alta pressdo do carbono; ‘Hectorita Ver montmorilonita Montmorilonita, com o Al** subs- ‘dureza Mohs = 10 tituido pelo Mg"? (+R*) (er [AL S1,0,(OF),]e Isomérfica da caulinita, mas com Tab. 3-5) diferente arranjo de empilhamento Hematita Fe,0, Estrutura de corindon Diopsidio CaMg{siO,), ce Hercinita FeAl,0, Espinélio com R2+ = Fe?t R34 = Dolomita CaMg(cCo,); — = Ae Enstatita Masi, Contém uma cadeia (SiO,)2~ (Ver ita Complexa Argilomineral com camadas milti- Fig. 3-15c) plas de silicato Esfulerita 208, ‘As veres chamada zinco-blenda; tem Umenita FeTi0, — covaltacia significative (Ver Fig Keatita SiO, Forma de alta pressio da silica oe) Lamita €a,50, Forma de alta temperatura; nfo & Espinélio RP*R}*O, Familia de minerais com estrutura uma olivina do MgAI,0, (Ver Sego 106) LeChatelieita SiO, um vidro Esteatita — Nao é uma fase; material fabricado Leucita KAISi,0, == ‘com grande quantidade de taleo Faiaita FaSi0, Uma ovine de Fe Meecite "Mato, Sadat lice Feldspato RPAISI,O, R‘Si** pode ser substituido por get 2304 im espinélio magnético (Ver Seq RAP 10-6) (ersts) Fe cee. Forma polimérfica do ferro, & tem- Manganesita MnO Estrutura do MgO peratura ambiente (Martensta) Fe Metaestivel fase intermedidria entre Flogopita [KAIMg,Si,0,(OH,F)s}, Uma _mica; estrutura em camadas mumtnitate Veritn; altro doy miltiplas; a mica artificial mais Susie comum (Ver Tab. 3-5.) Merwinita ‘CayMgsi,O, — —_ consideriveis quantidades de outros éxidos. A caracteristicaestrutural mais tipica dos vidros € a ordem at6mica em pequenas distincias ¢ a auséneia de ordem em grandes distincias. ‘VIDRO. Ver também VIDRO OPTICO TIPO "CROWN", VIDRO OPTICO TIPO"FLINT” ESMALTE, FRITA, VIDRADO, VIDRO PLANO, PYREX, VIDRO DE SILICA, VIDRO TEMPERADO. VIDRO DE SEGURANGA. Gecalmente um sanduiche de plistco entre duas folhas de vido, ist 6, vidro de seguranga laminado, Também vidro temperado e viro de seguranga em fios VIDRO DE SILICA. SiO, no-cristalino, Possui ordem em pequenas distincias, mas nfo ‘presenta ordem em grandes distdncias. As vezes inadequadamente chamado “quartzo”. YIDRO OPTICO TIPO "CROWN", Uma baixa dispersio de vidro, com indice eat ‘mente baixo. Comumente usado como elementos convergentes de lente, Qualquervidro com yalor “Nu” superior « $5) (ou entre 500 ¢ $50, se o indice for superior a 1,60) YVIDRO OPTICO TIPO “FLINT”. Um vidro com alta dispersio © comumente alto indice. Geraimente usado nos elementos divergentes de lente. Qualquer vidro com valor “Nu” inferior a 500 (ou entre 500 e 550, seo indice for inferior a 1,60) VIDRO PLANO. Lamina de vidro, esmerilhada ¢ polida, para oferecer duas superficies planas e paralelas VIDRO TEMPERADO, Vidro que foi restiado energicamente a partir da temperatura de recozimento, para introduzir tenses de compressdo em sua superficie VITRIFICAGAO Redugdo de porosdade devia at formaglo de uma liga virea no interior de um corpo cerimico. VITRIFICADO. Dizse de um material cerdmico nio-poroso, com ligagbes vitreas VITROSO. Similar ao vidro. VOLUME APARENTE. Volume real + volume dos poros fechados. VOLUME APARENTE TOTAL Volumereal + volume dos poros fechados + volume dos poros abertos. VY¥COR. Nome comercial dos vidros com 96% de silica. APENDICE C FASES CERAMICAS COMUNS Comporicto Observagées Akermanita Ca,MgSi,0;, SiO$" € um fon (Ver Fig. 3-15 b) Alabanclta Mas Estrutura do MgO Abita NaAlsijOy Um feldspato de plagioclisio Anatisio Tio, Forma polimérfica do rutilo Andalusita A,SiO, Metaestivel Anidrita cs80, Anortta CaAL,8i,0, Forma solusdo sélida com a albita Apatita C2,Pi0,.F F™ pode ser substituido por (OH) sua dureza Mohs 6 5 Arcia a Ver Apéndice B Argila = Ver Apéndice B Asbestos — Silicato fibroso com cadeia dupla Atapulgita 1a( OH), “4,0 ‘Um argilomineral com uma cadeia em lugar de uma estrutura lamelar; 2Al°* podem substituir 3Mg?* Forma de temperatura intermedi- ria: pode discalver intersticialmen- te 0 carbono Precisa ser transformada para a for- ma cibica ¢ estabilizada (com CaO, por ex.) antes do uso Fonte priméria de Al,O,; a gibsita & a fase majoritiria Bentonita = Uma “rocha” contendo montmori- lonita como a fase principal (Austenita) Fe efe. Badeleita Z10, Bauxita = Berlinita AIPO, Mesma estrutura do quartzo (Ver Fig. 13-18) Biotita [KAKMg.Fe),Sis0,(OH),], Mica preta; silicato de varias ca- madas (Ver Tab. 3-5) Blenda 208 Sindnimo da esfalerita Borazon BN Estrutura B-SiC; dureza do diamante (marca regstrada) (Yer Fig. 32) Borax Na,B,0,-10H,0 _ Brookita TiO, Forma potimérfica do ratilo Brovnmillerita Ca, AIFeO, Constituinte do clinker de cimento Brucita Mg(OH), Esirutura em camadas (Ver Fig 3161) Bunsenita NiO Estrutura do MgO Cal C20 Hidrata-se muito facilmente Calcita Caco, Caulim _ REGENERADORES. Recuperadores de calor, dos fornos. REGRA DE FASES. Relagio entre 0 niimero de fases observadas, a varianca e 0 nimero de varifveis de estado de um sistema material. (Ver Segio 6-1) RELACAO DE MODERAGAO. Medida da cficiéncia da redugio de energia sem perda de’ néutrons: a M onde o, € 6, sko as segBes transversais, respectivamente, de espalhamento e de absorcio, © 5 & & perda fraciondria de energia por colisio RELAGRO QUADRATICA. Relagio entre a magnetizaglo em (- 1/2) ¢ a magnetizagio cm (H), onde H € a resisténcia do campo do ciclo de histerese completo.” REMANENCIA. Magnetizagio ou polarizagio elétrica remanescentes, apés cessado 0 eeito dos campos magnético ou elétrico, REOLOGIA. Estudo do movimento e de suas propriedades REOPEXIA. Contrario de TIXOTROPIA. Ver também DILATANCTA. RESISTENCIA AOS ACIDOS (esmaltes). Resisténcia de um esmalte de porcelana ao ataque de fcidos. Hi ensaios ASTM jé normalizados RESISTENCIA DIELETRICA. Tensio elétrica maxima, AV/Ax, RETICULADO DE BRAVAIS. Ver Socio 3.3. RUBI. Corindon (Al,0,) contendo ions Cr°* em solucéo sélida, SALTO ("GAP") DE ENERGIA. Parte “falha” do spectrum de energia dos elétrons de valéncia, Se a banda de menor energia estiver preenchida, 05 elétrons precisam ser ativados através desse “gap” para que possa ocorrer a condugio eletrénica SECAGEM (KEMOGAU DA UMIDADE}, Frocesso de aquecimento em atmostera satu- rada de umidade, com conseqiiente secagem, onde produto esta aquecido e a visco- sidade da gua € mais baixa. SEGAO TRANSVERSAL (nuclear). Probabilidade de uma interacio néutron-atomo (expressa em dea), SEMICONDUTOR TIPO 1. Os portadores de carga so 0s elétrons (negativos) SEMICONDUTOR TIPO p. Os portadores de carga so 08 vazios eletrOnicos (positivos) SEMICONDUTORES. Materiais com resistividade intermediéria entre os metais (p<10™' ‘ohm: em) e os isolantes (p > 10? ohm-cm), SENSIBILIZADORES (LUMINESCENCIA) fons adicionados a um material lumines- cente a fim de aumentar a eficiéncia da ativagéo eletrénica. SILICA FUNDIDA. Yer VIDRO DE SILICA. SILICONES. Compostos polimerizados de silico, com radieais orginicos laterals. SILOXANA. Silicone com atomos alternados de silico © de oxigenio. SINTERIZAGAO. Agiomeragio de particulas através de um tratamento a temperaturas clevadas. SOLIDUS. Lugar geométrico das temperaturas abaixo das quais s6 ha fases slidas. Também € 0 limite de solubilidade, quando a segunda fase & liquida. SOLVUS, Limite de solubilidade s6lida, com a segunda fase sélida. SUCATA (vidro), Residuo de produsao de vidro, freqientementerecirculado no forno de fusdo. SUPERDUTY (refratérios). Refratirios silico-aluminosos, com CPE de, no minimo, 33. HA especificagdes adicionais da ASTM. TEMPERA (adicdo de gua). Adicionar quantidades convenientes de agua a um material para que ele adquira plasticidade de moldagem adequada, TEMPERA (vidro). Introdusio de tensdes superficiais de compressdo, no vidro, através de ‘um resfriamento enérgico a partir da temperatura de recozimento TEMPERATURA CURIE, Temperatura de magnetizagio ou polarizagio elétrica espon- tineas TEMPERATURA DE RECOZIMENTO. Temperatura na qual a viscosidade do vidro ¢ 10°? poises, Anteriormente difinida como 10'* poises. (As tensées internas siio consi- deravelmente aliviadas com uma permanéncia do 15 minutos esta temperatura) TEMPERATURA FICTICIA. Temperatura de transigio entre um liquido super-resiado ¢ um vidro. (Ver Segio 4-4). ‘TERMISTOR. Dispositivo ou material cuja resistividade varia muito em fungdo da tempe- ratura, ‘TETRAEDRO, SiO,. Atomo de silicioligado a quatro atomos de oxigénio, Cada étomo de oxigénio pode receber um elétron extra ou compartilhar-se com outro tetraedro. TIPO n. Ver SEMICONDUTOR, TIPO ». TIPO p. Ver SEMICONDUTOR, TIPO p. TIXOTROPICO. Comportamento no qual hi um acentuado decréscimo na viscosidade de ‘uma estrutura coloidal, durante agitagdo mecinica. Transformacao de gel em sol, pot agitagio mecinica TORNEAMENTO. Processo de conformagao que utiliza um molde rotativo e uma ferra- ‘Menta para obtengiio das duas superficies. ‘TRANSDUTOR. Dispositivo para converter a energiaalimentada, de uma forma, em energia liberada, de outea forma, TRANSFORMAGAO DE INVERSAO. Mudanga na simetria do cristal como resultado das alteragdes no comprimento ¢ nos ngulos das ligagdes (em contraste com as transfor- ‘magdes reconstrutivas). Nao se altera a ordem em pequenas distincias;altera-se a ordem em grandes distincias (do inglés: “dsplacive transformation”) TRANSFORMAGAO RECONSTRUTIVA. Mudanga de fave quo implion em ruptura das ligagdes (em eontraste com as transformages de inversio). TRANSFORMAGAO DO VIDRO. Transiglo de um liquido super-resftiado para um vidro verdadeiro. (Ver Segio 4-4). ‘TRANSPORTADOR. Ver PORTADOR. ‘TRIANGULO DE COMPATIBILIDADE. Subsistema de fases compativeis em um sistema ternitio. ‘TRIOCTAEDRAIS. Atomos preenchendo todos os intersticios de N.C. = 6. (Ver Fig. 3-16) TROCA IONICA. Substituigdo de um fon por outro, que ocorre sem alteragao da estrutura bisica VALOR “NU”. Poténcia dispersiva reciproca: ty Mee VARIANCIA (regra de fases). Numero de variiveis nio-fixadas de um sistema material (Wer Secio 6-1.) VARISTOR. Dispositive ou material com resposta corrente/tensio nfio-linear. YVAZIO. Imperteigio cristalina que envolve uma auséncia do étomo. VAZIOS ELETRONICOS. Posigdes deficientes quanto a elétrons, que constituem niveis ‘aceptores. Sto portadores de cargas positivas. VETOR DE BURGERS. Movimento de discordancia. O vetor de Burgers ¢ paralelo a uma linha helicoidal de discordéncia ¢ perpendicular a uma discordncia em linha. VIDRADO. Recobrimento vitroso (vitrificado) de um corpo cerimico. VIDRO. Produto de fusio que foi resfriado até adquirir uma condigZo de rigidez sem crista- lizagio, De acordo com definisao geral, 0 vidro & inorginico. O composto formador de vidro mais comum (mas no 0 dnico) € 0 SiO,, que pode dissolver em sua estrutura MAGNETON DE BOHR. Momento magnético efetivo proveniente dos“ MASSA. Ver PASTA. MATE. Sulfeto liquido de alto ponto de solidificagao. MATERIAIS CERAMICOS. Materiais que contém compostos de clemontos mtilices¢nto- -metilicos. Exemplos: MgO, BaTiO, Si0,, SiC, arila, espinéios, mult, vidros, ete MATERIAIS METALICOS. Materiais que contém clementos que perdem facilmente os seus eltrons (em contraste com os materiais cerimicos © no-metlicos,. Exemplos: Al, Mg, lato, ago, CuAl,, MoSi, te MATERIAIS NAO-METALICOS. Materials que contém elementos que facilmente,aceitam ov compartiham elétrons adicionais (ao contririo dos materiais metalicos ecetimicos). Exemplos: O;, CH, CH,COOK, éleo, plisticos, madeira, et. : MATERIAL A VERDE. Produtos jf conformados mas ainda néo submetidos ao processo de queima, METAIS DE TRANSIGAO. Elementos com subcamadas de valéncia parcialmente prosn- chidas. (Ver Tab. 2-1.) MICROESTRUTURA. Estrutura apresentando heterogencidades que podem ser obser- vadss a0 microscépio. MODIFICADORES DE REDE. Oxidos que contribuem para a depolimerizag&o do vidro, como: BaO, CaO, K,0, Na,0, PbO. MODULO DE RUPTURA. Tensfo mixima calculada (da fibra externa) num ensaio de flexto. Aplicivel somente aot materiais nfo-dicteis MOINHO DE BOLAS. Cilindro rotativo contendo bolas ou seixos, para executar moagem de uma carga. MOLHABILIDADE. Angulo de contato menor que 91”, para 0 liquid. MOMENTO DO DIPOLO. Produto da carga pelo “brago” do dipolo. MONOLITICA. Parede sem juntas: por exemplo: conereto MUBLA. Parede de forno que isols 0s produtos dos gases da combust. NIVEIS ACEPTORES. Niveis de energia formados no interior de um salto ("gap") de energia, em consequncia de uma defcéncia de létrons NIVEIS DOADORES. Niveis de energia formados no interior do salto (“gap”) de ener, devido a0 excesso de elétrons. NOVE POLEGADAS EQUIVALENTES (reratirios). 100 polegadas ciibicas de parede, © que & equivalente a um tijlo refatério normal de 9 in x 4 7/16 in x 2 1/2 in NUMERO DE COORDENAGAO. O niimero de atomos vizinhos mais préximos « um determinado stoma, OPACA. Superficie nio-etletora, de baixo britho (casca de ovo} OPACIFICADOR. Fase que reduz a transparéncia do vidro, e que portanto aumenta a refletincia difusa ORDEM EM GRANDES DISTANCIAS. Repetigéio da coordenagiio ao longo de muitas distincias atdmices. A estrutura resutante € eristaina ORDEM EM PEQUENAS DISTANCIAS. Coordcnagio de primeira vizinhanga, tica, dos tomes. Tipica das estruturas viteas PAREDE DEFLETORA. Parede com a finalidade de reditecionar a chama ou 0 fluxo de gases no interior de um forno. PASTA. Sélido coloidal plastificado. Possui um ponto de escoamento baixo, embora finito. Ch, MASSA PERMEABILIDADE (magnética), Relasio entre a densidade de fluxo magnético © resit- téncia do campo magnético (B/H). PEROLA, Um monocristal de formato esfrico, obtido por fusio em cham. PESO ESPECIFICO (APARENTE TOTAL, APARENTE E REAL). Ver DENSIDADE (APARENTE TOTAL, APARENTE E REAL). PETROGRAFIA. Técnica analitica que emprega luz polarizada PIEZOELETRICIDADE. Polaridade elétrica que varia em fungdo da pressfio mecéinica. PIROELETRICIDADE. Polaridade elérica resultante das variagdes de temperatura. POLARIZAGAO (dielétrica). Deslocamento dos centros de carga positive ¢ negativo. POLIMERIZAGAO. Processo de “crescimento” de moléculas (ou estruturas) a partir de pequenas moléculas ou ftomos POLIMORFISMO. Mais do que uma estrutura eristalina correspondendo a ume com- ‘posigio especifica: por exemplo, quartz0, tridimita e existobalite, para o SiO, PONTO DE AMOLECIMENTO. Temperatura para a qual a viseosidade do vidro & de aproximadamente 10* poises. (A viscosidade instantinea do ponto de amolecimento depende da densidade do vidro.) PONTO DE ESCOAMENTO. Temperatura na qual a viscosidade do vidro € 10'* poises. Anteriormente definida como 10'* poises. (As tensdes internas so consideravelmente sliviadas através da manutencio, durante 4 horas, nessa temperatura.) PONTO INVARIANTE. Temperatura onde hi o miximo niimero de fases, como definido pela regra de fases. Ver VARIANCIA. PORCELANA, Material vitroso de cerdmica branca, produzido pela queima do biscoito a baixas temperaturas, seguida por esmaltagio a uma temperatura relativamente elevada. POROSIDADE APARENTE. Porosidade que considera somente 0s poros abertos. POROSIDADE TOTAL. Porosidade que considera os poros abertos ¢ fechados. PORTADOR (de cargas). Elétrons, vazios eletrénicos, ou fons positives ou negativos, que se toram méveis quando em presenca de uma diferenga de potencial eletrico, Ci. TRANSPORTADOR PRECIPITACKO SOLIDA. Precipitagio de uma fase sida a partir de uma soluglo s6lida, PRENSAGEM ISOSTATICA. Prensagem com compactagio hidrostitica. PRODUTOS CERAMICOS. Produtos inorginicos ou nao-metilicos que suportam tem- peraturas zlevadas durante seu processo de fabricagao ¢/ou utilizagdo. PYREX. Varielade de vidro de borossilicato. QUARTZITO. Rocha pesada, cujo constituinte, em maior proporcio, € o quartz. QUARTZO FUNDIDO. Ver VIDRO DE SILICA QUEIMA. Tratamento de alta tomperatura, que produz a sinterizagio das particulas em ‘um produo coerente, com as propricdades desejadas. QUEIMA DO VIDRADO. Queima do biscoito apés aplicagdo do vidrado. REABSORGAO. Diminuigio ou desaparecimento de uma fase solida, no resfriamento, como resultado de alterages no equilibrio (N. do T.: “RESORPTION”, em inglés) RECOZIMENTO (vidro). Processo para remogio das tensdes residuais, através de um resfriamenzo controlado, até temperaturas inferiores ao PONTO DE RECOZIMENTO (TEMPERATURA DE RECOZIMENTO) REFRACAO. Redirccionamento dos raios de luz em fungio da mudanga de meio éptico. REFRATARIO MOLDAVEL. Composigio refratiria contendo um cimento hidréulic. REFRATARIO S{LICO-ALUMINOSO. Tijolo de aluminossilicato composto com argilas refratirias silco-aluminosas. REFRATARIOS. Materiais que podem suporiar temperaturas elevadas. Sio, geralmente, materiais cerdmicos REFRATARIOS BASICOS. Reftatirios com alto tear de MgO ¢/ou CaO. Muitos refra tarios bisicos contém, também, Cr,05 REGENERACAO, Troca de calor por processo de inversio de fluxo, pré-aquecendo 0 ar de combustdo (¢ 08 combustiveis gasosos) com o calor perdido pelos gases queimados. FATOR DE PERDA (indutivo). Relaglo entre o fator de dissipagto, tg 6, ¢ a permeabilidade i ou te5(u FATOR DE QUALIDADE, Inverso do fator de dissipagdo, isto & 1/tg 6, onde 6 € 0 fingulo de perda : FERRIELETRICO, Orientagdo nfo-balanceada dos dipolos létricos. Intermediria entre ‘0s comportamentos ferroclétrico © antiferroelétrico. FERRIMAGNETISMO. Orientaglo nfo-balanceada dos momentos magnéticos,Interme- didvia entre ferromagnetismo e antiferromagnetismo. FERRO-ESPINELIO, Espinélio onde 0 ferro & o principal fon trivalente. FERROELETRICO, Polarizagdo elétrica espontines, com todos os dipolos na mesma diregdo. A polaridade pode set invertida pela ago de um campo clétrco extern FERROMAGNETISMO. Orientagio magnética espontinea de todos os momentos mag- néticos, na mesma diregio. A orientago pode ser invertida pela ago de um campo magnético externo. FLOCULAGAO. Agrepagio de particulas coloidais em uma suspensio. FLUENCIA, Escoamento sob tensio, que ocorre devido ao tempo de permanéncia dessa solictagio, : FLUXO, Um componente cerimico para mistura, com baixo ponto de fusdo FOLHELHO. Rocha mole, de granulagio fina, constituida por argila parcialmente endu- recida FONON. Vibragdes atOmicas quantificadas. © principal mecanismo de condutibilidade térmica nos materinis cerimicos FORCA COERCITIVA. Inversio de campo necessiria para nevtralizar a magnetizagio ou polarizagio elétrica sca FORMADORES DE REDE. Oxides que contribuem para a polimerizagao do vidro, como: $i0,, BOs, GeO, , P,0,, AsO, FORMADORES DE VIDRO. Yer FORMADORES DE REDE. FORNO CONTINUO. Forno de queima, que apresenta zonas para aquecimento, manu tengo da temperatura ¢ resfriamento, através das quais 0 produto cerdmico passa FORNO DE RECOZIMENTO. Forno, ou estufa, que se emprega no recozimento do vidro. FORNO DE QUEIMA. Foro destinado a fabricaglo de produtos cerimicos. FORNO INTERMITENTE. Forno de queima que é carregado, aquecido, mantido a uma determinada temperatura e resfiado apés, utilizando esse procedimento para cada Iote de produgéo. FOSFORESCENCIA. Luminescéncia remanescente. FRITA. Vidro em po, empregado como componente de um vidrado ou esmalte vitroso. FUNDICAO (vidro), Processo de conformaglo de um vidro plano sobre um molde, por ago da gravidade. : FUNDIGAO EM BARBOTINA. Conformagio de um produto a partir de uma suspensio (barbotina), através da retirada da agua por um molde de gesso, até obter-se uma pesa semirigida, FUSAO CONGRUENTE. Fusdo sem reagio, de tal forma que as composigées do sélido € do liquide so idénticas : “GAP” DE ENERGIA. Yer “SALTO DE ENERGIA’ GEMINAGKO, Reversio de empilhamento numa estrutura cristalina GESSO. Gesso parcialmente desidratado. GRADAGAO (abrasives). Indice de friabilidade dos produtos abrasivos ligados. GRAFITA PIROLITICA. Grafta formada pela pirblise de um gas carbonic. GRANA. Ver GRADAGAO. GRAOS. Crisias individuais de uma microestrutura. A palavra pode ser empregada tam- bbém nas operagdes de processamento, quando se refere a uma particula ov a um grdo de chamota GRETAMENTO, Trincas poligonais, nos vidrados e esmaltes, que se desenvolvem em conseqiiéncia das tensées de tragio. HIGH-DUTY (refratirios). Refratérios silico-aluminosos, com CPE de, no minimo, 32 1/2. Hi especficagdes adicionais da ASTM. IMISCIBILIDADE. Separacdo em duas fases (em especial, de duas fases liquidas). INDICE DE REFRACAO. Relagio entre a velocidade da luz no vicuo e a velocidade da uz no interior do. material. INDICES DE MILLER. Ver Segio 3.3. INTERMEDIARIOS. Oxidos cujo comportamento estrutural, nos vidros, situa-se entre 08 formadores de rede € 0s modificadores de rede. INTERMEDIATE-DUTY (refratirios), Reftatirios silico-aluminosos, com CPE de, no ‘minimo, 29. H& especificacSes adicionais da ASTM. INTERSTICIALIDADE. Imperfeiglo crstalina envolvendo um tomo em uma posisdo interstcial INTERSTICIOS, Aberturas entre détomos ou particulas INVERSAO. Transformagio polimérfica. LADRILHO. Produto cerdmico estrutural, de parede delgada. LASER, Sigla de “Light Amplification ty Stimulated Emission of Radiation”. LIGACOES COVALENTES. Atragées interatémicas decorrentes do comportamento de dois elétrons de valéncia, LIGAGOES DE VAN DER WAALS. Atragaes interatSmicas decorrentes de dipolos elé- fs matstais ou inducidos. LIGAGOES IONICAS. Ligagies interatOmicas decorrentes das forgas de Coulomb de atragio. LIGAGOES METALICAS, Atrages interatémicas decorrentes dos elétrons “livres” LIGAGOES PRIMARIAS. Ligages covalentes, iénicas e metilicss. Possuem encrgia da ordem de 100 keal/mol. LIGAGOES QUIMICAS, Ver LIGAGOES COVALENTES, LIGAGOES METALICAS, LIGAGOES PRIMARIAS, LIGAGOES SECUNDARIAS, LIGAGOES DE VAN DER WAALS. LIGACOES SECUNDARIAS. LigagBes de van det Waals. Possuem energia inferior a 10 kcal/mol. LINHA DE LIGAGKO. Linha isotérmica tragada entre duas fases em equilibrio. LIQUIDUS. 0 lugar geométrico das temperaturas acima do qual s6 existe fase liquida Também um limite de solubilidade liquida, com a segunda fase sendo sélida LIXIVIACAO. Processo de solubilizacio seletiva LOUCA, Materais'vitrosos de cerdmica branca (geralmente usados em aplicagbes nio- Aécnicas), So produzidos pela queima dos biscoitos em temperaturas moderades, seguida por vitrificagio baixas temperaturas. LOUGA DE HOTEL. Um corpo semitranslicido, com espessura © resistncia superiores e também com vidrado mais pesado do que as lougas domésticas. LOUGA DE OSSO. Uma louga altamente transhicida, fabricada com grande quantidade ae farinha de osso (fosfato de calcio). LOW-DUTY (retatétios). Refratarios silico-aluminosos, com CPE de, no minimo, 29. Ha especificagdes adicionais da ASTM. LUMINESCENCIA. Emissio de luz a parti de clétrons ativados. MAGNETON. Yer MAGNETON DE BOHR. a, —_ CIMENTO POLIMERICO (inorginico) Cimento que “di pegu” com uma reagio de Polcieriagto posterior. Vor Soido 134 CIMENTO PORTLAND. Cimento hidrdulico de construgi, mais comum As fses normal- mente prosentes, antes da hidratagfo, sto Ca,Si0,, Ca,Si0,, CayAl,0, e Ca,AlFeO, CIMENTOS, REACAO. Cimentos que “dio pega” com uma reagdo de polimerizagio ¢ condensagiio (hidrélise). COBERTURA PRIMARIA, Cobertura inicial de um esmalte de porcelana COLAGEM. Yer FUNDIGRO EM BARBOTINA COLOWE. Um sblido fnamente dividido (comumente < 1 um) No caso dos colbides, 28 proptiedades supefciaisassumem grande import COMPONENTE. Uma variivel de composigho, em um sistema de materia. (Veja a Sogo 6-1) CONE. Veja CONES PIROMETRICOS. CONE PIROMETRICO EQUIVALENTE. Nimero do cone piromtico padto cujo vtice toca a base (placa suporte)simultancamente com o cone do material que exth Sendo investigado, ASTM CONES PIROMETRICOS. Pequenas pirdmides triangulares, fits de material cerimico, para serem otilizadas na Geterminagio dos elites tempo-temperatura, nos proceror Ge aquecimento, Uma strerpadrio inci Ge 60 a 7 composigdes, com pontos de amo. lecimento em temperaturas cada vez mals elevadas CONSTANTE DE MADELUNG, Relagio entre a energa de um fnion de um séldo trie mensional ¢ a ener fons isolados CONSTANTE DIELETRICA. Relasdo entre a permissvidade eltrca de um material © CONTORNOS Di: GRAO EM GRANDE-ANGULO, Contormos de ds gros adjacenes CONTORNOS DE GRAO EM PEQUENO-ANGULO, Deion bidimensionas. que consistem em discordincias alinhadas. CORPO. Mistura de matrias-primas cerimicas, com propriedades adequedas para con- formacdo, secagem e quia CPE. Yer CONE PIROMETRICO FQUIVALENTE, CRESCIMENTO TERMICO, Expansio volumétrica irreversvel quo dacorre de variagBes cllicas de temperatura CRISTAIS, Estruturas atOmicas que apretentam ordem em grandes distincas, (Nao é necessira a existencia de supericies euedrais) CUNHA. Tijolo com 08 dois lados contiguos inclinados igualmente em relagfo a0 lado enor DEFEITO FRENKEL. Deslocamento at6mico que resulta em um vazio © uma interst cilidade DEFEITO SCHOTTKY. Vazio atémico. DEFLOCULACAO, Dispersio das particulas coloidais de uma suspensio. DENSIDADE APARENTE. Massa por volume aparente DENSIDADE APARENTE TOTAL Massa por volume aparens total DENSIDADE REAL. Massa por volume real DESAGREGAR. Discover em gua DEVITRIFICAGKO. Crstalizagto de um video DIAGRAMAS BINARIOS. Diagramas de fases para um sistema de dois componentes DIAGRAMAS TERNARIOS. Diagramas de fase para sistema com ti componente, DILATACAO TERMICA IRREVERSIVEL. Expansio volumétrica irreversivel que acom- Panha solicitapées térmicas celica. DILATANCIA. Comportamento para o qual se verifica um deeréscimo aparente no teor de liquido de uma estrutura coloidal, durante a agitaglo mecinica (devido a0 aumento de volume) DIOCTAEDRAIS. Atomos preenchendo 3 dos intersticios hexavalentes. (Ver Fig. 316) DIPOLO ELETRICO, Centro deslocado das cargas positivas © negativas DISCORDANCIA. Defeito cristalino linear. (Ver Segio 3-5) DISPERSAO. Variaglo do indice de relragio em fungdo do comprimento de onda. DOMINIOS. Volumes do cristal com mesmo alinhamento ferromagnético ou ferroelétrico. EFLORESCENCIA. P6 branco, produto da lixiviago desde o interior em diresdo a super. ficie de um produto ceramico. ELEMENTO ANFOTERICO. Um elemento que se pode comportar como um metal (cedendo elétrons) ou como wm ndo-metal (accitando ou compartithando elétrons), em dependéncia de sua vizinhanga ELETROLUMINESCENCIA. Luminescéncia que é ativada por um potencial elétrico ENGORE. Barbotina empregada para recobrimento do vidrado. ENSAIO DE FUSAO. Ver CONE PIROMETRICO EQUIVALENTE. ESCALA DE MOHS. Escala arbitriria de dureza: taleo = 1, diamante = 10 ESCORIA. Onidos liquidos (exclusivos dos vidros comerciais) com alta temperatura de fusto. ESCORREGAMENTO. Deslizamento a0 longo dos planos cristalinos. ESMALTE A SECO, Processo pelo qual esmaltes em p6 so aplicados sobre uma superficie pré-aquecia, ESMALTE (viiroso ow porcelana). Cobertura vitrosa para metais, ESMALTE DE PORCELANA. Recobrimento vitroso, para metais. ESPINELIO. Composto cerémico cuja composi¢éo bisica € R?*R3*O,. Os ions biva- lentes R?* sto, geralmente, Mg?*, Fe?*, Mn?*, Ni?*, Zn?*; o$ ions trivalentes R°* Slo, geralmente, Fe?*, AD*, Cr°*, As vezes, combinagées R!+R* substituem 2R?*; © espinélio tipico & 0 MgAl,0,. ESPINELIO INVERTIDO, Espinélio com os citions bivalentes nas posigdes octaédricas (NC. = 6) e com 0s citions trivalentes nas posigées tetratdricas (N.C. = 4 e 6) ESPINELIO NORMAL. Espinélio com todos os cations bivalentes nas posigdestetraédricas (NC. = 41 ¢ com todos 0s cétions trivalentes nas posigdes octaédricas (NC. = 6) ESTIRAMENTO (vidro). Método de conformagio de vidro plano, tubos ou fibras, a partir do vidro fundido. ESTRUTURA (abrasivo). Porosidade dos produtos abrasivos ligados. ESTRUTURA DEFEITUOSA. Yer Seglo 5. EUEDRAL. Contomos planares externos que revelam a estrutura cristalina. EUTETICO, Adjetivo que descreve temperatura ou composigio para as linhas de inter- seco entre duas ou mais superfcies de liquido. EXPANSAO TERMICA IRREVERSIVEL. Dilatagio volumétrica irreversivel que acom- panha a ayo dos ciclos térmicos. FALHA DE EMPILHAMENTO. Plano introduzido ma sequéncia de empilhamento. (Ver Sesio 3-5.) FASE. Parte estruturalmente homogénea de um sistema material, FATOR DE DISSIPACAO. Tangente trigonoméirica de 6, onde 5 (ou 90°-8) & 0 Angulo de perda ¢ 8, 0 Angulo de fase FATOR DE EMPACOTAMENTO, Relagio entre 0 volume real ¢ 0 volume aparente total ‘Também (1,0~ porosidads). FATOR DE PERDA (capacitivo), Produto da constante dielttricaK’ pelo fator de dissipagio, 8d; ou K'-1gé. APENDICE A CONSTANTES SELECIONADAS N Niimero de Avogadro = (0,602...)(10?4) moléculas/mol ‘¢ Carga do elétron = (1.6...)(10-') coulombjelétron (4,803...) (102°) esu (662...) (10727) ergs '38..)(10"*) ergi*K, ou (138...) (10"*) joule/"k R Constante dos gases. = 1,987 cal/*K-mol hk Constante de Planck k Constante de Boltzmann e Elétron-volt 2) erg ’ 138...) (10-9) eal A Unidade Angstrom ¢ Velocidade da luz = (2,998) (10"°) cm/s APENDICE B GLOSSARIO DE TERMOS APLICADOS AOS MATERIAIS CERAMICOS* ABSORCAO (umidade). Massa de agua absorvida, dividida pela massa de um material cerdimico seco. ADSORCAO FISICA. Adsorglo através das ligngBes secundérias. ADSORCAO QUIMICA. Aderéncia superficial, acompanhada pela formaglo de ligagbes primirias AGITADOR. Equipamento para misturar totalmente uma barbotina AGLOMERADO. Agregado ligado. AGREGADO. Particulas compactadas, AGUA DOS POROS, Agua livre, nos poros dos materiais cermicos ndo-quelmados (no & fgua adsorvida) AGUA DO RETICULADO. Agua molecular, em posigBes espesificas do reticulado. AGUA INTERCAMADAS OU INTERPARTICULAS. Agua entre as particulas, respon- sivel pela maior parte da variagio de volume de um material, na contragio de secagem. ALOTROPICO. Ver POLIMORFISMO. ALTERACAO PELA RADIACAO. Alteragio nas propriedades, causada pela radiaglo, devido i, modiicagdo das estruturas cristalinas ou at6micas. ANALISE TERMICA DIFERENCIAL. Técnica quantitativa para a determinagdo da tem peratura e da intensidade de reagdes endotérmicas e exotérmicas ANEDRAL. Auséncia de supericies planares. ANELASTICIDADE. Deformagio dependente do tempo, na zona esta ANGULO DIEDRO. Angulo da penetrasio de uma fase (ou gro) entre dois gros adjacentes: ANTIFERROELETRICO. Polarizagio’eléttca espontinea, gerando igual nimero. de dlipolos em diregdes opostas. ANTIFERROMAGNETICO. Orientagio magnética espontinea de tomes com iguais ‘momentos magnéticos, alinhados em direg@es opostas. ARCO (TIJOLO). Um tijolo com ambas as faces maiores inclinadas na diregao da fase contigua mais longa (empregado na construgio de arcos). AREIA. Particulas variando de 0.1 a Smm de didmetro (geralmente de silica) ARGILA PRIMARIA. Yer ARGILA RESIDUAL. *Para_um glssirio mais completo, ver E.C. Van Schoick, Ceramic Glosary. Columbus, O. ‘american Ceramic Society. 1963 ARGILA REFRATARIA S{LICO-ALUMINOSA. Argila refratiria de composig&o seme- Thante & da caulinita ARGILA RESIDUAL. Argila formada in sit por reagdes geoldgicas. ARGILA SEDIMENTAR. Argila que foi transportada desde seu ponto de origem, antes de sua deposico. ARGILAS. Agregados minerais de granvlagdo fina. (1) Os argilominerais, (2) 0 quartzo finamente cristalino ¢ (3) a calcita finamente cristaina so as fases mais comuns que constituen a argila, ARGILOMINERAIS. A caulinita & 0 argilomineral mais comum. Hé, entre outros, atapul- ita, diquita, halosita, hectorta lita, montmorilonita © nontronita. Veja o Apéndice C. ATD. Ver ANALISE TERMICA DIFERENCIAL. ATIVADOR (luminescente) fons emissores de fotons. “BALL CLAY". Uma argila sedimentar altamente plastica que apresenta cores claras apés 4 queima (usualmente contendo elevados teores de matéria orginica) BANDA DE ENERGIA. “Spectrum” de energia dos elétrons de valéncia num mat ppoliatSmico. Nao ha conducio significativa se a banda de energia estiver preenchida BARBOTINA Suspensio liquida de materiais cermicos coloidais. BARN. Probabilidade unitéria da seco transversal com dimensio de 10-74 cm?. BAUXITA, Um minério de Al,O,, cuja fase constituinte &, em maior proporgio, a gibsita, BENTONITA, Uma “rocha” cuja fase constituinte é, em maior proporgdo, a montmorilonita. BIRREFRINGENCIA. Variagio dos comprimentos de onda, com polatizagio éptica BISCOITO. Louga ou cerimica branca nfo-vidrads, semiqueimada BOLHA (video). Inclusfo gasosa muito pequena CAIXA REFRATARIA. Caixa de material refratirio para proteger 0 produto cerdmico, nna queima, da agao direta da chama CALCARIO. Rocha cujo componente predominante & 2 calcita CALCINAGAO. Dissociagéo térmica acompanhada de evoluglo de gases CAPACIDADE DE TROCA BASICA. Nimero de miliequivalentes de NaOH necessirio ‘para neutralizar os ions trociveis H* adsorvidos em 100 de um material coloidal. CAULIM. Una rocha mole e de grios finos, eva fase em maior quantidade & « caulinita, CELULAS DE BRAVAIS. Ver RETICULADO DE BRAVAIS. CENTROS DE COR, Absorgiio de cor no interior de um cristal, como conseqiéncia de lum defeto puntiforme (vazio, intersticialidade ou substituiglo), que produs transigo cletrdnica CERAMICA (pop). Vasihames e pecas planas,fabricadas de forma ndo-téenica, contendo argila ¢ apresentando, geralmente, alta porosidade. : CERAMICA (subst.). Produtos contendo materiais ceriimicos. (GLOSSARIO CERAMICO. Qualquer classe de produtos inorginicos, nfo-metilicos, que esto sujeitos a condigBes de alta temperatura durante sua fabricagio ow utilizaglo.) CERAMICA BRANCA. Produtos cerdmicos que apresentam cor branca, apés queima (Geralmeate, esta denominagio & aplicada aos produtos domésticos e aos isoladores de porcelana; as vezes, porém, inclui outros produtos, eujo processo de fabricagio & semelhante) f CERAMICO (adj). Pertinerte aos materia cerdmicos. CERMETOS. Produtos apresentando uma mistura intima de fases metilias e cerdmica. CHAMOTA. Particulas refratirias de granulagio grosscira, geralmente_policistalinas. CHOQUE TERMICO. Trincamento ou esboroamento devido a tensbes induzidas por variagées de volume. CIMENTO HIDRAULICO. Cimento que “di pega” através de uma reagio de hidratago. Ver Segio 13-6, T Liquide 1500 = 2 rao) (fatio, + Ui Behe ly ' Figura 1415 Cresiment eistalino r/E [7 BaTio, far dat fines (Adapt de eT] ° Se ee | Liguido Groth of Bsti0, Crystal rom KF E sow Salton Journ Amer. Ceram Soe, ve 42, 517.5%, 1955) Bai de cfs area ee BaTiO, EF FFA, ; KF 24060 a) “Bao composigio REFERENCIAS PARA LEITURA ADICIONAL KINGERY, W.D, editor, Ceramic Fabrication Processes. New York: John Wiley & Sons, ¢ Cambridge, Mass.: The Technology Press, 1958. Os capitulos seguintes apresentam as informagies a respeito dos processos térmicos dos materiais cerimicos. Cap. 14, “Warping and Its Control’, por F. H. Norton. Cap. 15, “Recrystallization and Sintering in Ceramics", por J.E. Burke. Cap. 16, “Sintering in the Presense of a Liquid Phase”, por W.D. Kingery. Cap. 17, “The Hot Pressing of Ceramics", por P. Murray, D.T. Livey e J. Williams. Cap. 19, “Nucleation”, por S.. Stookey. Cap. 21, “Elfect of Micro- structure on the Electrical and Magnetic’ Properties of Ceramics", por G. Economos. Cap. 22, “Effect of Microstructure on the Mechanical Properties of Ceramic Materials”, pot R. L. Coble KINGERY, W.D,, Introduction to Ceramics. New York: John Wiley & Sons, 1960. O Cap. 10 apresenta nucleagdo ¢ crescimento dos cristais ¢ as reagdes no estado s6lido. O Cap. 12 aptesenta o crescimento dos gros, sinterizagto ¢ vitvficaglo. Para niveis de graduaclo ¢ pés-graduagdo, NORTON, F.H., Elements of Ceramics. Reading, Mass.: Addison-Wesley, 1952. Os Caps. de 12 a 16 apresentam os processos térmicos dos materiais cerimicos, em nivel intro- dutério. NORTON, F.H.,, Refractories, terceira edigio. New York: McGraw-Hill, 1949. Embora sob aspecto espevializado, os principios apresentados sio apliciveis na fabricagio de vitios tipos de materiais ceramicos. STOOKEY, S.D,,e R.D. MAUREER, “Catalyzed Crystallization of Glass ~ Theory and Practice”, Progress in Ceramic Science, Vol. 2 (J. E. Burke, editor). New York: Pergamon Press, 1962, pp. 77-101. Esse é 0 melhor resumo atualizado sobre os principios envol- vyidos nos processos de devitificagio. PROBLEMAS 14-1. Um magneto cerimico com a forma de um tordide pesa 14,2 g quando seco, 144g quando saturado com agua, ¢ 11,3 quando em suspensio em Agua. (a) Qual é a sua porosidade? (b) Densidade aparente total? (c) Densidade aparente? ‘Uma argila apresenta as seguintes caracteristicas: peso plistico, 86 g; peso plastico fm suspensio*, 46 g; peso seco, 62.g; peso saturado apés a secagem*, 77 g; peso em 143, 144, 14-5, 146. 1417. 148, suspensio apés a secagem*, 42,5 g, Determinar: (a) a contrago linear de secagem (baseada nas dimensdes plasticas iniciais), e (b) a figua de plasticidade, 182] A argila do problema 14-2 foi queimada e apresentou as seguintes caracteristicas: [peso apés a qucima, 56.5 comprimento antes da queima, 2,1 cm; comprimento apés @ queima, 1,87cm; peso saturado em Agua, 62g; (a) Qual & a porosidade aparente? (b) a massa especifica aparente? Os materiais que foram misturados no Ex. 14-2 entraram em equilibrio a 1400°C (2.530°F), (a) Quais so as fases presentes? (b) Qual & a composigio de cada fase? (6) Qual a quantidade de cada fase? Um isolador de Al,O, apresentou os soguintes dados em laboratério: [eSuspensio em, ¢ saturado com, querosene. Massa especifica = Comprimento _Porosidade Apés 2h a temperatura 197in = Apés 4h a temperatura 193 in 42 (a) Qual era a porosidade no fim de 2 h? (Supor que nilo haja mudangas de fase no tempo da intervencdo,)(b) Estimar o tempo necessitrio para obter uma porosidade de 2.0%? (@) Quais so as suposigdes necessirias para esses cileulos? (Relere-se a0 Ex. 14-3) Sendo que a pressio do oxigénio e a concentragio do ion oxignio permaneceu a mesma, ¢ a temperatura é reduzida de 1 400°C a 1 200°C, qual serd a relaglo de mudanga Fe°*/Fe?*? (Para os cilculos, considerar que a relagéo Fe't/Fe?* seja Ra 1400°C,) (Refere-se a0 Ex. 14-4) Determinar a temperatura étima de recozimento para recozimento minimo ¢ tempo de resftiamento desse vidtu, ‘A maioria dos vidros comerciais recozidos apresenta médulo de elasticidade de cerca de 10” psi, resisténcia mecinica de cerca de 10* psi ¢ relagio de Poisson de cerca de 0.2. Especificer a méxima expansio térmica admissivel para os vidros que so utili- zados nos tambores de limpeza. difundir-se para muitas posicdes e formar particulas coloidais. Tais particulas seryem como niicleo de crescimento das fases cristalinas. Na pratica, a nucleagdio € seguida por um tratamento térmico a baixa temperatura para permitir o cresci- mento das particulas metilicas coloidais, ¢, depois, por um tratamento & tempe- ratura mais clevada, para cristalizar vidro. Stookey* indicou que composigies Al,0;-Si0,-Lis0-K,0 sio tipicos, utilizadas nos vidros, e que Li,SiO, ¢ fase cristalina comum que se desenvolve. O tamanho do cristal € normalmente menor que um micrometro. Como as técnicas acima apresentam potencialidades significantes na fabri- cagio de materiais cerdmicos, podemos estar certos de que os engenheiros thes dardo as atengdes devidas ¢ entdo mais informagdes a respeito estardio disponiveis. Monocristais. Para preparar monocristais, devemos isolar um niicleo simples, © qual entio sofre um crescimento continuo. Trés técnicas tém sido desenvolvidas: (1) fustio na chama ¢ em zona, (2) solugdes hidrotermais, e (3) fusdes. A técnica por fusio em chama est ilustrada na Fig. 14-13. Se este proceso for utilizivel, 0 cristal precisa solidificar-se congruentemente, de forma que a tinica alteragilo seja a fusio do pé na chama, ¢ entdo sua cristalizagio em pérola. Se uma gota cristalina inicial (ndicleo) for introduzida, enquanto se tomar também cuidado Para evitar uma nucleagio subseqtiente (por exemplo, através de particulas do PO nao-fundidas), seré possivel obter o crescimento de monocristais excepcional- mente grandes. Além disso, podemos posicionar a gota de maneira que ela produza pérolas com orientago prevista; cristais duplos orientados, podem formar-se a partir de gotas duplas: compasigsies podem ser determinadas através de adigko de solugdes sélidas especificas; por exemplo, o Cr** pode ser substituido pelo Al* no corindon, Po purificado—$ Onigénio Hidogtio =] Figura 14-13. Crogui esquemitico da fusio em chara © pb & fundido por agio da chama. As goticulas eris- talizam-se ao se acumularem na pérola ‘Chama para fandir 0 pé Gota cristalina Pérola (monocristal) Base ‘Stookey, S. P, “Nucleation”, Ceramic Fabrication Processes, New York: Joha Wiley & Sons (1958), pp. 189-195 Uma barra de material policristalino & fundida, localizadamente, na fusio em zona. A medida em que a zona quente é deslocada ao longo da barra, a crista- lizagdo tem lugar a partir do nécleo (ou da gota cristalina) inicialmente estabele- cido, produzindo assim grandes monocristais. Muitos monocristais titeis nio se solidificam congruentemente ou apresentam. alteragdes polimérficas de fases, que pré-incluem técnicas de fusio direta. O prin- cipal deles € quartzo (SiO,), que deve ser formado abaixo de 573°C (1 065°F) de forma a evitar variagdes dimensionais quando ocorrer mudanga de fase (Segdo 3-6), No sistema Na,O-H,0-SiO, (ou NaOQH-H,0-SiO,) 0 quartzo cristaliza-se diretamente, a partir do liquido de alta temperatura (¢ de alta pressio). O termo “hidrotermal” tem sido usado, pois as reagdes so analogas aquelas da cristalizagao geoldgica hidrotermal (Seco 13-2). Como & mostrado na Fig. 14-14, 0 processo global depends da variagio da atividade quimica do SiO,. A silica dissolve-se numa solugdo alcalina aquosa a uma temperatura bem determinada e precipita-se, a partir da solugo, em uma temperatura levemente inferior, na forma de gotas cristalinas. E necessirio rigoroso controle da temperatura. A diferenga de tempe- raturas; Ty-T,, deve ser to grande quanto possivel, a fim de acelerar a reagio; entretanto, um super-tesfriamento excessivo provocara nucleagdo espontinea, que deve ser evitada quando se deseja obter monocristais ‘olugdo + AX) Solugdo Hiquida Liquido +) Gotas +Si0, cristalinas oO Qo t ol ax. 80, Soleo sio, (NaOH + H,0) purificado a oO Solugdo 1% < Te Figura 14-14. Esquema do processo hidrotermal de formacio do quartzo, A temperatura T, na regio da solugio & em alguns graus, superior & temperatura T, na regilo de precipitagio. Portanto, preci pita-se um AX, de SiO, a parti da solucio, quando ela citcula da extremidade quente para a exe dade fra. Sio necessrias pressbes elevadas A ccistalizagio a partir da fustio € semelhante, em principio, ao proceso hidrotermal. Porém, 0 uso de fusdes, no lugar de solugdes em agua, evita a neces- sidade de altas presses. Um exemplo, dado por De Vries, de diagrama de fases que permite tal processo de crescimento de cristal, esti mostrado na Fig. 14-15. Neste caso, também, uma alterago de solubilidade produz supersaturagao con- trolada. E necessirio um resfriamento lento para que as gotas cristalinas crescam € para evitar-se nucleacdo espontinea. © limite para a yelocidade de resfriamento & mais rigorosa na faixa de temperaturas situada entre a de recozimento T, ¢ a de escoamento (deformagao), T,. Abaixo de T,, as tensdes residuais néio se desenvolvem, pois a deformagio & elastica. Nesse caso, 0 tinico problema é 0 fato de que as tensbes elisticas sejam superiores a resisténcia & ruptura. EXEMPLO 14-4, Estimar e comparar 0 tempo, sob alta temperatura, necessario para recozer uum vidro com espessura de 1,0 in a (a) 600°C ¢ (b) 630°C. Temperatura de escoament = 580°C; temperatura de recozimento = 600°C; maxima tensio desejavel = $00 psi; a = 105 injin/°C. Solupo: (a) a 600" 1 = 1/628 x 10-6) 500) R = (500)(10~5) (10°) (1)? = 0.05°C/s total min entre 600 © S80°C; (b) a 630°C, €*/3.28 x 10°)(500) min; 0.05°Cis 7 min entre 630 580°C: total = 18 min. Tempera. O vidro & temperado através de uma imerso ripida em ar ou em leo, desde temperaturas acima da de recozimento. A Equagdo (9-13a) pode ser redefinida, de tal forma que a tensio superficial 6 se relacione a diferencial entre a temperatura da superficie Te a temperatura média T,,. ¢ PTT) I-# onde E & 0 médulo de elasticidade ¢ 1, 0 coeficiente de Poisson. O efeito da tempera sobre as propriedades fisicas do vidro & importante porque as tensdes de compressio na superficie precisam ser superadas antes que o vidro seja submetido a tensdes de ruptura. O mesmo principio se aplica aos materiais, cerdmicos cristalinos, para os quais a témpera & conhecida como “condiciona- mento térmico”. Os valores sobre “condicionamento térmico”, estabelecidos por Smoke ¢ Koenig, esto apresentados na Fig. 14-12 A esteatita (isto &, silicato de 30, (14-10) 8 Figur 14-12 Condicionamento térmico de produtes o cetimicos de esteatita: (a) médulo de ruptura do ma- terial como recebido:;(b restrado no interior do forno; (© temperado com jato de at. As temperas realizadas a partir de temperaturas superiores a 2200°F produziam. twineas. (Segundo Smoke, E. J, J-H. Koenig, Thermal Médulo de ruptura, 1000 psi 8 5 a Properties of Ceramics. New Brunswick, N.. Rutgers University Press, 1958, p, 46) 10 1400 7800 200 ‘Temperatura de reaquecimento, °F ‘magnésio), temperada com um jato de ar, possui médulos de ruptura mais elevados do que amostras desse material apenas recozidas. Porém, hé um limite & utilidade desta técnica, pois um resfriamento rapido a partir de temperaturas excessivamente elevadas pode produzir trincas. 14-5 CRISTALIZAGAO No campo dos materiais cerimicos, recentemente, dois aspectos sobre cris- talizagZo apresentam destaque especial. O primeito & a devitrificacdo controlada dos vidros, que decorre dos produtos cerdmicos policristalinos. O segundo envolve a produgdo de monocristais a partir de compostos ceramicos, cuja utilizagdo tem se intensificado na industria eletrénica. Devitrificagdo. A devitrificagdo controlada dos vidros apresenta potenciali- dades interessentes. A principal entre elas é a possibilidade de utilizar as operagdes versiteis de formagdo de vidros para desenvolver produtos cerémicos ndo-porosos de formatos complexos, cristalizando-os (devitrificando-os), entdo, de tal forma, que quando 0s produtos forem usados, eles nfo softeriio deformagio viscosa. Em geral, podemos dizer que as proptiedades dos produtos cerdmicos fabricados por tal processo seriam superiores aquelas dos fabricados pelas técnicas cer‘imicas visuais, pois taveria a auséncia de porosidade. © controle mais adéquado da devitrificago & 0 controle da nucleagio no interior do vidro, Ressaltamos, na Sepdo 4-5, que a avaliagio ocorre muito vagaro- samente nas temperaturas imediatamente abaixo do ponto de equilibrio (isto & temperatura real de fustio) liquido-cristal, pois ha uma pequena forca motriz (Fa— Ferns onde F & 0 volume de energia livre) para fornecer energia para a nova superficie. Entretanto, se uma superficie de nucleagdo formada, o crescimento do cristal pode continuar mais rapidamente, pois a relagao superficie-volume diminui, Em vidros normais, ha somente uma pequena probabilidade estatistica para que se desenvolva um niicleo estavel. Porém, a introdugio de um nicleo artificial pode servir para essa mesma finalidade. Tais micleos artificiais nfo pre- cisam ter a mesma composigio da solugdo total. Os requisites necessirios siio uma interface de baixa energia entre 0 miicleo e o cristal, que podemos encontrar pola selegio de nicleos semelhantes quanto A estrutura, e espagamento interat6nico para a fase de cristalizagio. Os melhores exemplos de nucleagio artificial incluem precipitagdo finissima por cristais de iodeto de prata, ¢ nucleagao austenitica em lingotes de ago inoxidavel, por particulas finas de periclisio (MgO). A nucleagéo do vidro pode ser efetuada pela dispersio de um metal coloidal em seu interior. Sob condigdes oxidantes, os metais (tais como cobre, ouro ¢ prata) podem ser distolvidos, nos vidros, como cétions. Cada um desses metais é reduzido a0 estado metilico, de tal forma que algum outro tomo seja oxidado simultanea- mente. Por exemplo: 2Cut + Sb?* — 2Cu® + Sb** (14-11a) ou Ag* + Mn?* + foton — Ag? + Mn?*. (14-11b) Tanto os processos térmicos como os de radiagéo podem ser utilizados para ativar a reagio de oxidagdo-redugo. Os ions metilicos (e/ou Atomos) podem porosidade é minimizada sem queima excessiva. Outra técnica promissora ¢ a utilizagdo de inibidores, que retardam o crescimento dos grdos sem interferirem com a eliminagdo dos poros. As propriedades eletromagnéticas dos materiais cerdmicos so fortemente afetadas pela natureza dos materiais queimados. Tal efeito reflete-se na constante diclétrica, como uma carga espacial (Segdio 10-4) que decorre da presenga das heterogencidades na distribuigio de fases. Os potos reduzem signilicativamente a constante dielétrica, medida que seu néimero ¢ tamanho aumentam. Tal efeito est ilustrado na Fig 14-10 para materiais cerdimicos de TiO,. 109) Figura 14:10. Constante dielétrica versus densidade aps queima de materiais cerdmicos de TiO,. (Comparar com a Fig. 14-11.) A porosidade imerfere no alinhamento dos dominios. Segundo Economos, G, “Elfect of Microstruc- 6 ture on the Electrical and Magnetic Properties of Ceramics", Ceramic Fabrication Processes. New York: Jobn Wiley & Sons, 1958, p. 204) Constante dielétrica, i & a0 Densidade, g/cm? 40 i a 5a Se 5 3 ol teem EB He 1200 Y 7 Base i § r—| & = =o & 2” 00: 3 So = 2 43 ae a 43 we Densidade, g/cm? Densidade, g/cm? @ ® Figura 14-11, Propriedades magnéticas versus densidade apss queima de mateiaiscerimicos de mag- nésio-erita: (a) permeabilidade j,e magnetizagio mixima B yy (b) forga coercitiva H, e magnetizagio Temanescente B,. sas iltimas propriedades diminuem em intensidade porque hi algumas paredes de poros que evitam © movimento das paredes dos dominios. (Segundo Economos, Gy “Magnetic Ceramics: II, Effects of Fabrication Techniques", Journ. Amer. Cerom. Soc, 38, 335-340, 1955) Quanto mais demorada a queima, maior ser a resisténcia dielétrica, pois uma qucima adicional conduz a um produto mais denso; assim, haverd poucos caminhos internos disponiveis para a fuga de corrente elétrica. Quanto a resistencia dielé- trica, um fator fundamental, devem-se utilizar técnicas especiais para redugio da porosidade a um valor praticamente nulo (ou vidrados devem ser adicionados). Nos materiais cerémicos magnéticos ha duas conseqiiéncias devidas & queima. (1) A permeabilidade magnética inicial u, ¢ a magnetizagio maxima B,,, (Fig. 10-27) aumentam 4 medida que a porosidade é reduzida, pois hé maior interagio entre 08 gros adjacentes (Fig, 14-11a). 2) Um aumento no tamanho do grio reduz a magnetizagio temanescente B, © a forga coercitiva H, pois quanto maiores forem os griics, mais facil seri a movimentagio das paredes dos dominios (Fig. 14-116) Ent, na fabricagdo da maioria dos produtos cerfimicos magnéticos moles, 0 objetivo ¢ obter-se maior densidade gréos de grande tamanho. Em contraste, um magneto permanente exige altos valores de By. B, ¢ H,. 1880 implica em um cuidadoso controle do tempo e da temperatura de queima, para assegurar um aumento de densidade, sem um simultaneo crescimento dos gris. 14-4 RECOZIMENTO E TEMPERA Apés a queima dos produtos cerimicos, as tenses térmicas (discutidas na Segiio 9-5) devem ser removidas ou convenientemente controladas. O recozimento € utilizado para remover as tensGes; a témpera (“condicionamento térmico") € utilizada para controlar as tensdes através da introdugio, quando necessétio, de superficies sob compressiio. Recozimento. A temperatura de recozimento T,, onde a viscosidade € de 10**° poises, a maioria das tensdes térmicas pré-existentes pode ser removida rapida- mente. Lillie obteve a equagio: ~ 328 x 10% es) para o tempo t, em segundos, necessirio para abaixar as tensdes residuais desde valores elevados até um valor desejado o (psi), a temperatura T (°C). Entio, na temperatura de tecozimento, qualquer tensio pode ser reduzida para abaixo de 375 psi, em 15 minutos, se for suficiente, para a finalidade, um recozimento “gros- seiro". Um recozimento “fino”, para 50 psi, pode ser obtido em menos de 2 horas. Quanto maior a temperatura, menor o tempo de recozimento. A etapa de maior duragdo no processo de recozimento & o resfriamento pos- terior devido aos cuidados necessirios para n&o se reintroduzir tensdes. Assim, € preciso um resfriamento lento, em especial quanto se tratam de segdes delgadas. A velocidade de resfriamento R, em °C/s, foi estimada por Kingery** como sendo: aor (149) A tensio de tragio maxima desejével € o, ; a) €a dilatagao térmica linear (0-300°C); 48 a espessura total quando ambas as superficies so resfriadas a mesma velocidade. Essa equacio semi-empirica deriva de nosso conhecimento anterior a respeito da difusividade térmica, do médulo de elasticidade, da relagio de Poisson, assim como de nossa capacidade em prever a intensidade da contragio térmica, “illic, H. R, “Basic Problems in Glass Anncaling", Glass Industry, 31, 385-58, 382 (1950); Cer. Abs, 34 237 (1951) **Kingery, W. D, Introduction to Ceramics. New York: John Wiley & Sons (1960). p. 648 Segiio de pré-aquecimento\ Magaricos ‘Seydlo de resfriamento ‘Movimento dos carros——- + Movimento dos gases +05 sO —— FE 28 Press estitica ao longo do 7 ‘<1'5 forno, em polegadas de agua 1500} ‘Temperatura do an eset 00 l, Figura 14.9. Forno-tinel. Economiza-se combustivel através da movimentagio dos earros em contr corrente com relagio nos gases. (De Norton, F.H., Elements of Ceramics. Reading, Mass: Addison: Wesley, 1952, p. 140) lutilizando-se os mesmo carros transportadores para a secagem e para a queima dos produtos; isso torna desnecessirio 0 manuseio intermediirio do produto. © controle da operagdo de queima é hoje em dia, altamente automatizado. Esse controle envolve uma operacio gradual de aquecimento, seguida de um tempo de “manutencio” especificado e de resfriamento adequado. Além disso, € freqiientemente necessirio exercer um controle sobre a natureza oxidante-redu- tora da atmosfera do forno, A velocidade de aquecimento dos produtos cerimicos 44 secos € limitada, pois um elevado gradiente térmico no produto pode provocar trincas ¢ deve, portanto, ser evitado. Também, os constituintes de alguns produtos podem apresentar severas variagSes de volume durante o aquecimento (por exemplo, a transformago do quarizo de baixa temperatura para o quartzo de alta tempe- ratura, Seco 3-6), © tempo necessirio para a manutengo de um determinado produto numa certa temperatura de queima depende dessa temperatura. Isso foi ilustrado na Fig. 14-7, onde quanto maior a temperatura, maior é a velocidade de sinterizagao, como ¢ evidenciado pelo aumento da densidade. De fato a operagio de queima envolve tempo ¢ temperatura, numa combinagdo que pode dar os mesmos resul- tados utilizando tempos maiores sob temperaturas menores. Por isso, 0s opera dores dos fornos usam cones pirométricos, produtos esses padronizados de forma a revelarem facilmente o “trabalho térmico”. Tais cones incluem uma série de 60 a 70 composigdes com temperaturas de amolecimento (de formagio de fase vitrea) cada vez mais elevadas, Tendo 0 formato de um cone levemente obliquo, t padrdes deformam-se lentamente devido ao escoamento viscoso da fase vitrea. © “ponto final” de sua deformagio € fungdo especifica de temperatura e tempo, simultaneamente. O emprego mais importante dos cones pirométricos & o con- trole da queima dos silicatos cerdimicos, que também desenvolvem um vidro viscoso. O nivel de oxidagdo da operagdo de queima é normalmente controlado pela relagio ar-bleo. Tal medida de controle significa que pode haver variagdes na pressio de oxigénio desde 10-* a 10 atm. Quando & necessiria uma pressio fora dessa faixa, & geralmente mais cconémico utilizarem-se muflas para isolar 98 produtos ceramics numa atmosfera pré-selecionada. As muflas também sio empregadas pata impedir 0 contato das pecas com os produtos da combustio, por exemplo, na queima dos vidrados. E uma pratica altamente desejivel no caso do dleo combustivel conter impurezas deletérias, como enxofre. E algumas vezes necessario modificar 0 nivel de oxidagio da atmosfera du- rante a etapa de resfriamento. E 0 caso dos produtos cerimicos magnéticos, que requerem uma relagio definida Fe?*/Fe?*. O equilibrio da reagdo: 2Fe?+ + 10, 2 2Fe** + OF (14-6) varia com a temperatura. Por ser ela uma reago exotérmica, a pressio parcial do ‘oxigénio deve sor reduzida no resfriamento, em caso contririo, a relagéo Fe*+/Fe?* aumentara. EXEMPLO 14-3. Na magnetita (Fe,O,). 0 valor termodindmico AH” & — $6000 cal/mol para a reagio (14-6). Que pressio parcial de oxigénio seri necesshria para manter a mesma relagio Fe'/Te?*/0?~ a 1200°C, que foi estabetevida « 1.400°C com uma pp, = 0,01 atm? Solueao: Are nk =, tog) FetFO]_ -ane ase 8 Fe} oy] ~ 45757 * 4575" __AHE _-AS? | (Ret)? (0% 95 18 Po. S575 ~ Asis +8 Fe (0.5)(-2.0) +73 = const = 63 a 1673°K, log po, = 216,383) =-4 a 1473°K, Po, = 0,0001 atm, Propriedades apés queima. O objetivo da sinterizago ou queima é desenvolver microestruturas adequadas. Comentemos agora a relagdo entre a queima e as propriedades dos produtos finais. As observagies que se seguem so generali- zagbes ¢, portanto, nem sempre universalmente verdadeiras. A tesisténcia mecdnica de um material relaciona-se inversamente com sua porosidade e seu tamanho de gro; isto é maior resisténcia é obtida quando ha, simultaneamente, baixa porosidade (Fig. 8-5) e pequeno tamanho de grio (Fig. 8-6). Como uma queima prolongada reduz a porosidade mas aumenta o tamanho do grdo, € desejével limitar ~ tanto quanto possivel ~ a porosidade do material, através do controle dos tamanhos das particulas (Segio 13-3). Desse modo, a Densidade relativa 1 ose Figura 146 Esquema da sintrizacéo em faseliquida:a Angulo diedro = 0"; ()angulo diodeo #0" [A amplagio central mosta dane a jungao dos gros em (3) 336 A velocidade de densificagio devido a sinterizagio da fase liquida foi formii- lada por Mackenzie e Shuttleworth*. A relagdo, que muitas yezes € complexa, pode ser resumida para temperaturas elevadas, onde a densificagio aumenta a medida que diminui a viscosidade do liquido. A densificagao & afetada também pela tensio superficial do Tiquido e pela tensio de cisalhamento inicial, nevesséria para que se processe a deformagio. Além disso, ¢ limitada também pelos poros: relagio sélida. A Fig. 14-7 ilustra tais limitagdes para as composigies periclasio- -liquido. o 120 5 1 2 510 ‘Tempo. horas (eseala log) Figuma 14-7. Densficagio (com tempo e tempe- ratura variveis) do MgO mais 10% de liquid (De Cannon, J-H.,€. White, “Some Rate Pro- cesses in Ceramics", Tams, Brit. Ceram. Soc. 39, 377, 1956) @) » o Figura 14-8. Variagdes dimensionais em um ci- lindro magnético. A contracio desigual pode ‘ocorrer nas operagdes cle conformagio se a den sidade de empacotamento nfo for controlada (Fig. 13-12) () Prensagem através de uma énica extremidade: (b) desmoldado © seco; (€) quei- ‘mado Alteragées dimensionais. A densificagdo acima descrita induz a contragio. Isto se torna claro na Fig, 14-7 onde a contrago depende dos dois fatores: tempo © temperatura. Tempos muito longos em temperaturas baixas sio equivalentes f tempos curios em temperaturas elevadas. A contragio também varia com a ‘Mackenzie, J. K, ¢ R Shuttleworth, “A Phenomenological Theory of Sintering”, Proc. Phys. Soc of London, B 62, 833 (1949), porosidade inicial. Isso est demonstrado na Fig, 14-8 para o caso de um magneto de forma toroidal que foi fabricado por prensagem em uma extremidade somente (Seco 13-3), As densidades aparentes totais (e porosidades) diferentes que resultam so responsiveis pela contrago desigual. Contragées desiguais c/ou empenamentos podem também surgir durante a queima se: (1) a distribuigéo da temperatura no interior do produto nao for homo- génea, (2) 0 tempo que o material permanecer na temperatura de sintetizacio variar acentuadamente de ponto para ponto (por exemplo, segdes espessas versus segdes delgadas), (3) houver segregagdo de particulas durante a conformagao, que ocasione variagdes na granulometria das particulas ou na composigdo, (4) houver contragao anisotrépica a partir da orientagio preferencial das particulas, (5) 0 fluxo ocorrer devido as tensdes causadas pela gravidade, durante 0 periodo de queima em alta temperatura, ou (6) houver atrito entre a base do forno € as pegas que se contraem. Os cuidados nas técnicas de conformagio, secagem ¢ queima podem eliminar muitas das alteragdes dimensionais citadas. E ainda, em alguns casos, & possivel introduzir-se compensagdes que evitem as desuniformidades. Ocasionalmente, hi uma expansio volumétrica durante a queima, Uma das duas situagdes contribuem para que isso ocorra: (1) ha uma mudanga de fase, da mais densa para a menos densa; por exemplo, quartzo — cristobalita nas com- posigdes da silica, ou (2) um gas se libera apés a vitificagdo inicial. Esta dltima situagdo produz bolhas, e pode ainda ser empregada em processos onde & desejavel um isolante leve. Um exemplo que apresenta 0 mecanismo de formagao de bolha € 0 caso do corpo contendo CaSO, © com baixa temperatura de sinterizagdo. Um liquido vitreo comega a se formar em temperaturas aproximadamente de 1 000°C (1.830°F), O sulfato de cilcio (gesso calcinado) dissocia-se em CaO ¢ $O,, em temperaturas superiores a 1400°C (2550°F), dependendo da pressio parcial do S05. Quando 0 SO, se libera dentro da fase vitrea, hé formagiio de uma pressio interna que pode deformar o vidro ao redor da bolha de gis. Processos de queima. Ha varios tipos de fornos utilizados para a sinterizacio ou queima des produtos cerdmicos. As duas categorias principais sfo: (1) intermi- tentes e (2) continuos. Os fornos intermitentes requerem o carregamento € 0 fecha- mento antes do aquecimento; depois, ele € resfriado e eventualmente descarregado. Esse ciclo pode durar algumas horas (para pequenas pegas de circuitos elétricos) ou mais de uma semana (para materiais de construgdo, produzidos em escala grande, tais como tijolos ¢ ladrilhos). No processo de queima continuo, os produtos cerimicos conformados © secos movemse através do forno. Assim, como nos fornos intermitentes, os tama- thos de escala dos fornos continuos dependem também do tamanho ¢ da quan- tidade dos produtos a serem queimados. O forno continuo € geralmente mais complexo © mais caro que o intermitente, mas por outro lado permite grande economia opzracional para produgio em grande escala. Por exemplo, o ar de combustio é geralmente pré-aquecido aproveitando 0 calor liberado no resfria- mento dos materiais ja queimados. Alem disso, os produtos da combustao podem ser empregados para aquecer 0 material que seri introduzido no forno. Tal fluxo de gases em contracorrente aumenta o rendimento de consumo do combustivel (Fig. 14-9). Outra economia adicional pode ser obtida, no caso dos fornos-tin © Fase gasosa Fase liquida = WH © @ Figura 14.5, Esquema dos mecanismos de sinteriaaglo: (a) escoamento viscoto ou plistico des pat= ‘teulas; (6) difusto; (c) vaporizagio e condensasto; (4) solugto e precipitagko Cada um dos mecanismos citados pode predominar num dado material. O mecanismo remanescente pode estar presente, porém em uma extensdo menor ow insignificante. © escoamento viscoso predomina no processo de sinterizago das particular vitreas. Dois exemplos podem ser citados; o primeiro € a operagio, bastante comum, de pulverizagao de fritas vitreas (Seco 13-8) como cobertura de produtos cerd- micos conformados ou metais. A operactio de queima sinteriza as particulas do vidro formando um vidrado nfio-poroso ou um esmalte vitreo. A tinica forga motriz disponivel para atingir o fluxo de material necessario é a energia superficial (pois a forga da gravidade & contra o fluxo). O segundo exemplo envolve a sinterizagdo dos produtos vidrados obtidos das barbotinas. Pequenas particulas de vidro so aglomeradas em um produto pouco poroso através do escoamento viscoso ¢ devido a tensbes superficiais. As temperaturas elevadas aumentam intensamente a velo- cidade de sinterizacdo, pois a velocidade do fluxo, analogamente & viscosidade, esté relacionada logaritmicamente com o inverso da temperatura (ver Eqs. (8-11) ¢ (13-18). A prensagem a quente (Sedo 13-3) pode ser comparada ao escoamento vviscoso como um modo de aglomerar termicamente as particulas, onde as forgas superficiais so complementadas por forcas externamente aplicadas. A difusio (Fig. 14-5b) é aparentemente o principal mecanismo de sinterizagao dos produtos cerdmicos com fases simples, por exemplo, os materiais cerdmicos magnéticos ¢ ferroelétricos. Tal difuséo envolve 0 movimento dos étomos ¢ 0 movimento, em sentido contrario, dos vazios do reticulado. H4 uma redugio do volume total devido ao contato entre as particulas, de modo tal que os centros dos gros fiquem mais proximos uns dos outros. Essa contragio, AL/L,, pode ser expressa pela relacdi AL/Ly = kt", (143) Nessa equacdo, 1 € 0 tempo, n é uma constante proxima de 0,4, ¢ k é uma constante de proporcionalidade que depende da temperatura e que se comporta como: klk, =e ORT, (14-4) onde Q 6 a energia de ativagdo da difusio, R & a constante dos gases e T & fa temperatura. Combinando-se as duas relagdes acima, Burke* obteve: (14-5) 4 Com essas equagdes, podemos comparar os tempos necessirios para ocorrer as contragdes especificadas nas varias temperaturas de queima. Embora tais equagdes, sejam puramente tedricas e tenham sido comprovadas experimentalmente, deve- mos estar a par de suas limitagdes, de tal forma que possamos efetuar as extra- polagdes o melhor possivel. Especificamente, as relagdes no sto aplicéveis quando a densidade tedrica (porosidade de 0%) esta aproximada; e também nao sdo apli- civeis nos processos muito lentos de eliminago dos poros internos que se tornam isolados dos contornos dos gros. Entretanto, as relagdes acima citadas sfo uti zéveis nas fases iniciais da sinterizagio onde se desenvolve a resisténcia mecdnica do produto queimado, ‘A volatizagdio e a condensagdo em materiais cerdmicos no foram muito estudadas. Eles so aparentemente significantes na sinterizagdo do ZnO ¢ do SiC. No caso do SiC, temperaturas bastante elevadas so desenvolvidas, pois sera utili- zado em elementos de aquecimento. Nos outros casos. atmosferas redutoras sio utilizadas para desenvolver espécies de subdxidos yolateis; como por exemplo, © SiO do SiO, ¢, possivelmente, 0 Al,O a partir do Al,O;. Os principios da sin- terizagdo por transporte de vapor séo idénticos aqueles da sinterizagdo por trans- porte de liquido. Porém, consideraremos os dois em conjunto no pardgrafo seguinte. A ssinterizagdo em fase liquida (Fig. 14-5d) envolve a remogiio dos ions ou ‘tomos das superficies de maior energia € deposigo dos mesmos nas superficies de menor enengia. As superficies de energia mais elevada so aquelas que apresentam pequeno raio de curvatura convexo; as superficies de energia mais baixa sio aquelas que apresentam pequeno raio de curvatura céncava. As superficies com grande aio e aS superficies planas so intermedifrias. As duas situagdes que podem apa- tecer esto ilustradas na Fig. 14-6, (1) Os grdos solidos sio sempre separados por um filme liquido, pois 0 Angulo diedro de penetrago do liquido, a0 longo do contorno do grio, & 0° [isto €, 27.5 < 7s;s+ Ea, (7-3) ¢ Fig. 5-Sd]. (2) Os gros sélidos formam contornos de grio sdlido-sélido, de tal forma que os Angulos diedros finitos apresentam as configuragdes de menor energia. No Ex. (1) acima, a resis- téncia necessiria para resistir as tensGes externas a altas temperaturas € somente uma conseqiiéncia das forgas capilares ¢ da viscosidade do liquido, Em constraste, o Ex. (2) mantém uma resisténcia mecdnica pelo contato solido-sélido, mesmo que © liquido esteja presente, Em temperaturas baixas, a solidificagdo ou aumento da viscosidade do liquido contribuem para a resisténcia mecinica nos dois casos. *As Eqs, (14.3), (14-4) (14-8) foram compiladas do livo de J. E. Burke, “Recrysalizations and Sintering in Ceramics’, Ceranic Fabrication Processes, New York: Joha Wiley & Sons, (1958), p. 123. ‘operagées de sinterizag&o ndo produzam mudangas de fases, € comum encontrar alteragdes violentas, tais como a formagio de um liquido. ‘As alteragdes dimensionais que ocorrem durante a queima sdo to impor- tantes quanto aquelas que ocorrem durante a secagem; de fato, nao talvez mais importantes, pois ha concentrago em quase todos os materiais agregados, durante ‘a queima. Geralmente, a operagaio de queima provoca uma relagio mais adequada ao controle das propriedades do que as demais técnicas de tratamento térmico. Consideraremos tal assunto no fim desta segdo. ‘Reagées de pré-sinterizagao. O produto cerdmico, ja seco e conformado, que contenha fases relativamente complexas, pode apresentar decomposigdes de pr -sinterizago quando for queimado. Os exemplos mais comuns sio as reagdes de calcinagio das Eqs. (13-4) e (13-5), onde se dissociam a calcita (CaCO,) e a cauli- nita [AI,Si,0,-(OH,)]. Da mesma forma como a calcita nfo contém moléculas ‘de CO), mas se dissocia para formar 0 CO,, também a caulinita e outras estruturas semelhantes se dissociam para formar HO. A 4gua assim formada é denominada ‘gua de hidratagiio. Sua formagdo ocorre em uma reagio endotérmica e, portanto, certa energia deve ser fornecida para que ocorra a decomposig&o do argilo-mineral. Reagdes semelhantes sfio observadas quando se aquece pirofilita [A1,Si,O, (OH), }, talco [Mg,Si,O,,(OH),], mica muscovita [K,Al,(Si,Al0,),(OH), |, aluminato hidratado tricdlcico [Ca,Al,(OH),,], gesso [CaSO,(OH), ou CaSO,:2H,0], & amianto anfibélio [Ca,Mg,(Si,O, ,)(OH),]. ‘Cada uma das fases citadas apresenta sua propria temperatura caracteristica, ‘na qual ocorre a reacdo de dissociac&o endotérmica. Essas e outras reacdes, endo- témicas ¢ exotérmicas, podem ser utilizadas para identificar as fases cerdmicas através da andlise térmica diferencial. A Fig. 14-4 mostra os termogramas da cauli- nita [Al,Si0,(OH),] ¢ da gibsita [AIOH),]. O “pico” endotérmico € aquele ponto no qual ha uma interrupgaio no aquecimento da amostra quando comparada ‘com o aquecimento de um padrio inerte (normalmente 0 Al;0,). A area sob o Be e7 Caulinita 4 et ‘ bia | | 3\, s i | | a oc s00"e 000°c Figura 14. Curvas obtidas através da anise urmica diferencia, para caulinita (Al,Si,0,(0¥),) 24 gitsita [AKOH),]. Os picos endotérmicor ocorrem nat tomperaturas de dissocigio. O plea exd- térmico resulta do estégo nical na recombinagio do SiO, e do Al,O,, que se haviamn disociado da calinita pico representa um indice da energia necessiria, As reagdes endotérmicas mostradas na Fig. 14-4 sto conseqiiéncia da dissociagao antetiormente mencionada, que libera Agua de hidratagdo. No aquecimento da caulinita ha também um pico exo- térmico (embora ele esteja ausente no aquecimento da gibsita). A dissociagao libera 1,0, e SiO, ,0s quais, porém, nao se recombinam imediatamente, em fases estaveis, no sistema Al,O,-SiO, (Fig. 9-14). A reago parcial ocorre a cerea de 1:000°C (dependendo da velocidade de aquecimento), € hi liberagio de calor. Produtos metaestaveis de dissociagio sio comuns durante as reagdes de pré-sinterizaciio. ‘A oxidagio e redugio também ocorrem como reagdes de pré-sinterizacao. ‘Um exemplo de cada reagéo sera dado. (1) Oxidagio: Uma argila utilizada na fabricagdo de um tijolo normalmente contém pequenos teores de pirita (FeS,), que se oxida para Fe,0, ¢ SO, durante a queima, formando uma cor avermelhada no tijolo, (2) Reduglo: © éxido ciprico € reduzido a éxido cuproso em tempera- turas elevadas e sob a presséo parcial do oxigénio no ar (0,21 atm). Essa reagdio também € evidenciada por alterago na cor. EXEMPLO 142. Sio misturadas partes iguais (em peso) de caulinita [AI;Si,0,(0H),], calcita (CaCO,, quartzo (SiO,) ¢ corindon (A1,0,)- Prever (qualitativamente) as caracte- risticas do termogeama entre 20° © 100°C (1830°F). Solugdo: © corindon, que nfo muda de fase, permaneceri inerte no termograma. ‘A caulinita apresentari um termograma idéntico ao da Fig. 14-4, com um pico endo- térmico a 600°C (1 100°F) e um pico exotérmico a cerca de 1 000°C (1 830°F). As areas sob ‘08 picos sero de cerca de 1/4 da area de uma caulinita com pureza de 100 ,, (© quartzo apresentari um pico endotérmico a 573°C (1 060°F), quando ocorreré uma transformagio de inversio entre as formas de alta e baixa temperaturas (Fig. 9-4). A trans- formagao reconstrutiva da tidimita a 875°C (1 610°F) provavelmente nio sera detectada, por ser muito lenta, ‘A calcita apresentara um pico endotérmico para sua temperatura de dissociagdo, que 60 de 900°C sob pressfio de 1 atm de CO,*. Entretanto, a dissociagdo se iniciaré vagaro- samente antes dessa temperatura, se 0 CO, for rapidamente liberado. Mecanismos de sinterizag@o. Durante a sinterizagio, as particulas se unem em um contato mais intimo, o que reduz a porosidade. A forga motriz € conseguida pela diminuigio da energia superficial total (Segdo 5-4), devida ao contato ¢ cres- Cimento entre os graos (Segdes 7-3 ¢ 7-4). Os atomos dos griios pequenos sdo trans- feridos para os maiores, e 0s poros so substituidos por materiais s6lidos. Essa transferéncia de massa pode ser acompanhada pelos 4 mecanismos distintos, mas algumas vezes simultineos, que esto ilustrados esquematicamente na Fig. 14-5. (1) A sinterizagio pode provir de um escoamento viscoso ou plastico. (2) Pode ocorrer a difusio, no somente ao longo dos contornos dos gréios ou entre as particulas, mas também no interior dos gros. (3) Materiais altamente voliteis se evaporam nas superficies convexas ¢ se condensam nas superficies céncavas, devido aos dilerenciais pressio-vapor. (4) Da mesma forma, a energia superficial do sélido no liquido € maior nas superficies convexas do que nas céncavas. Portanto, a sinterizagdio da fase liquida prova uma redugdo na energia superficial. ‘Bases dados foram obtidos de manus quimicos. Como jé mencionamos anteriormente, a contrag4o maxima durante a secagem corre quando esti sendo removida a gua interparticulas ou intercamadas. Entiio, & desejivel que a quantidade de Agua no interior do produto seja tio uniforme quanto possivel, durante a etapa inicial de secagem. A uniformidade pode ser mantida melhor e o trincamento pode ser evitado pelo aquecimento inicial do produto em uma atmosfera saturada, antes que ocorra a remogio da agua. Entio, como a Agua é removida pela superficie, um gradiente de umidade na saturagao no € estabelecido, pois a Agua remanescente, de baixa viscosidade, imediatamente se move para fora. Uma vez cessada a contragio a Agua dos poros pode ser remo- vida por meio de uma corrente de ar seco. Finalmente, pelo emprego de tempe- raturas superiores a 100°C, podemos remover a gua do reticulado ¢ a agua adsor- vida. Alteragdes dimensionais. As alteragdes lineares € volumétricas durante a seca- gem slo importantes na conformagio dos produtos. Se a contragio € uniforme, © cuidado principal é estabelecer uma tolerincia de contragio que permitiré a0 produto tomar as formas finais desejadas. Entretanto, a contragio no se processa uniformemente; a superficie pode contrair-se mais rapidamente que as camadas internas, o que representa um perigo potencial de trincamento. As tensdes de tragio aparecem nas zonas secadas mais rapidamente ¢ as tensdes de compressio, nas zonas de maior umidade. Se tais tensdes aparecem enquanto 0 produto ainda est plistico, pode ocorrer empenamento; também, as resisténcias mecanicas nunca so excepcionalmente elevadas nas “peras cruas ou verdes”, 0 que & potencialmente outra causa de ruptura. Como as trincas devido & secagem s¢ formam na diregio do gradiente mais saturado de umidade, sio normalmente perpendiculares as superficies externas; entretanto, suas diregdes podem variar algumas vezes, com segdes transversais varidveis. A contragio € anisotrépica quando ha anisotropia na microestrutura do produto. Entéo, € comum encontrar-se maior contragdo na diregaio transversal 4 parede delgada da barbotina do que na direcZo paralela, isto devido & orientagao que se desenvolve durante a deposi¢do. Como conseqiiéncia, hé uma contragio diferencial nos cantos e angulos reentrantes, onde ocorrem mudangas de orientago. A contragao pode ser reduzida pela adig&o de matérias-primas nio-coloidais. © melhor exemplo disso & a adigao de chamota (argila previamente queimada) finamente moida 4 uma argila nio queimada. As particulas da chamota reduzem a quantidade de gua interparticulas ou intercamadas que esta retida no produto limido, pois a estrutura da chamota no é bidimensional. Além disso, mesmo que toda a chamota passasse através de uma peneira de ~200 meshes, ela ainda seria grosscira quando comparada com a argila coloidal, e tal frago grosseira aumenta © fator de empacotamento da mistura (Segdo 13-3). O limite para as adigdes de materiais nio-plasticos, tais como quartzo, felds- pato, etc, & normalmente a trabalhabilidade da matéria-prima nas operagbes de conformagio. Entdo, ¢ essencialmente impossivel reduzir a contragio de secagem, em um produto conformado por extrusdo (ou outro processo similar), para niv préximos a zero, como acontece nos processos de conformacio por prensagem. ‘A adigio de um componente grosseiro ¢ nao-plistico a um produto ceramico plistico introduz.a possibilidade de se formar microfissuras. O material nao-plastico funciona como uma fonte de tensdes quando os materiais plasticos se contraem em seu redor. Os efeitos que tais microfissuras podem apresentar sobre a resisténcia mecinica do produto final queimado sao de certo modo pronunciados, a menos que @ queima permita a “cicatrizagiio” das fissuras. EXEMPLO 144. Os seguintes dados foram obtidos num controle efetuado em laboratério: ‘massa inicial, 33g; massa seca, 22 g; volume iniial, 24em*; volume final, 16em*. A partir desses dados, estabelecer todas as informagbes pertinentes a0 proceso’ de secagem. Solupdo: Massa specifica aparente total (no estado plistico) = 33/24 = 1,38. Porosidade aparenie (no estado plistico) = (33-22)/24 = 0,46 em'/em’. Contragto linear de secagem = (9/24 ~ «169/24 = 0,125 em/om. Porosidade aparente (a seco) = [11 ~(24-16)]/16 = 0,187 cm*/em®. Massa especifica aparente (a seco) = 22/13 = 1,69, Propriedades apds a secagem. Alguns materiais cerimicos so usados somente secos, mas nfo queimados. Portanto, a principal propriedade que devemos con- siderar para um produto seco é a resisténcia mecdnica, isto é, a resisténcia meci- nica a verde, que permite ainda um manuseio antes da queima, Essa resisténcia mecdnica do produto seco varia marcantemente com a natu- reza do mesmo. Os materiais cermicos magnéticos e ferroelétricos, conformados por prensagem, normalmente sio bastante frégeis, pois suas composigbes nao Tevam em consideracia as argilas plastificantes on outros materiais caloidais. Felizmente, tais produtos cerdimicos so pegas pequenas, de tal forma que o ma- nuseio cuidadoso pode evitar tensdes de ruptura. Tais produtos podem ainda no estar completamente secos serem assim introduzidos nos fornos, pois as alteragdes volamétricas, durante a secagem, so insignificantes. Entio, podem ser manuscados, desde que alguma umidade (ou graxa yolatil) esteja presente, para fornecer a resisténcia mecdnica. Em constraste, os produtos ceramicos secos que contenham altas porcentagens de argilas com grandes capacidades de troca basica (Segao 5-3) apresentam resisténcia mecinica a seco da ordem de varios milhares de psi. O mecanismo da resisténcia mecanica a seco envolve tanto as forgas de atrago idnica como as de van der Waals. Sempre que a estrutura superficial apresente grande niimero de fons (isto é, grande capacidade de troca basica), & possivel haver consideravel nimero de ligagdes primérias. Além disso, os fons superficiais podem servir como ligagdes entre as particulas plasticas e as ndo-plasticas, tais como os gros finos de quartzo (SiO,). 14-3 QUEIMA (sinterizagao) Uma etapa importante na fabricagdo da maioria dos produtos ceramicos € ‘a queima, cuja finalidade ¢ aglomerar as particulas formando uma massa coerente ppela sinterizagdo. As operagdes de sinterizagiio trazem alteragées bastante signi- ficantes ao produto cerdmico: (1) redugo na &rea especifica total, (2) redugdo no volume apareate total ¢ (3) aumento na resisténcia mecdnica. Embora algumas 14-2, b para c). De fato, em casos especiais ainda ha evidéncias de que ocorra leve expansio, devido ao desaparecimento das forgas capilares do liquido. Os produtos conformados plasticamente geralmente apresentam tanto agua interparticulas como ‘gua de poros, pois normalmente so constituidos por argilas ou outras matérias-primas bidimensionais. Isso € sempre verdade para as barbo- tinas. Os produtos cerdmicos fabricados por prensagem apresentam pouca ou nenhuma fgua interparticulas e, portanto, ndo exibem as grandes contragdes des- critas na Fig. 14-2. Tal fator constitui uma vantagem para 0 processo de prensagem, pois compensa parcialmente os outros inconvenientes por ele apresentados. A Agua do reticulado ea Agua adsorvida so semelhantes quanto a apresen- tarem somente dimensdes moleculares (em contraste com os filmes de 300-500 A das iguas intercamadas), ¢ ainda apresentam energia livre menor do que a agua de poros ou intercamadas, devido atragtio da agua pela propria particula. Pelo fato de que a 4gua de reticulado penetra na estrutura do cristal, em pontos espe- Gificos, suas moléculas no sfio posicionadas desordenadamente, e sua presenga Eevidenciada por difragdo de raios X. A agua de reticulado, que ndo pode ser con- fundida com a gua denominada “de hidratagdo”, que se forma na dissociagao do cristal, ndo esti presente em todas as fases. Entretanto, é encontrada entre as camadas das montmorilonitas (Tab. 3-5), que € uma fase significativa nas bento- nitas e em algumas argilas plasticas do tipo “ball clays”, no interior da atapulgita, que & uma argila com estrutura fibrosa, no interior da fase tobermorita dos con- eretos [Eq. (13-14)], e no interior de algumas outras fases menos comuns. ‘A Agua adsorvida 6 aqucla que 6 preca i ouperficie por forgas de atragio fisica de van der Waals (Segao 5-2). Embora a Agua adsorvida apresente somente a espessura de poucas moléculas, sua quantidade pode tornar-se significativa nos produtos cerimicos formados por particulas de dimens6es coloidais. Tanto a gua adsorvida como a gua de reticulado, podem ser removidas por aumento da temperatura ou por redugdo da pressio parcial na atmosfera reinante. Isso foi demonstrado no Cap. 13 para a tobermorita dos cimentos portland hidratados, ‘onde a composigio era determinada como sendo Ca,[SiO,(OH)_],* (CaO): xH,0, ex variava de zero no ponto de orvalho de ~78°C, até 0,5 para um ponto de orvalho de -60°C, até mais do que 1,0 em umidade atmosférica normal. AS alteragdes volu- métricas que acompanham a remogio da agua do reticulado ou adsorvida sfio importantes. A montmorilonita se contrai bastante, pois 0 teor de gua de reticulado que a constitui é muito alto, Outras fases apresentam uma contragio muito menor devido mais a fase de secagem final, do que 4 remogdo da gua interparticulas (Fig. 14-2); porém, em muitos casos as alteragdes volumétricas provocadas pela remogdo da figua adsorvida ou do reticulado sio importantes, pois elas explicam © crescimento lento ou a contragio; por exemplo, 0 caso dos cimentos (Fig 13-17). ‘Movimentagdo do liquido. O processo de secagem necesita de uma movimen- tagdo do liquido do interior para a superficie do produto conformado, onde ocorre a volatilizagdio. Enquanto a secagem esta limitada pela movimentagdo do liquido no interior do produto, a velocidade do volume de agua dV/dt diminui ¢ pode ser expressa. por: aV _ AK(C,-C,) dt nL 41) onde K € 0 coeficiente de permeabilidade da Eq, (13-96), A 6 uma constante, 1 6 a viscosidade, e C, € C, sto atividades relacionadas com as concentragbes do liquido, nas zonas de malor secagem e maior umidade, respectivamente, A “meia~ -espessura” do produto é Z, se supusermos que a secagem possa ocorrer do mesmo modo nas duas faces, de forma semelhante as chapas. Em geral, 08 requisites neces- sirrios do produto que limitam as variaveis do processo de fabricagao sto: (1) controle da viscosidade da gua (através da temperatura) (2) controle da umidade do ar de secagem. Podemos ver que o primeiro fornece um método mais satisfa- trio de conttole na etapa inicial da secagem, onde ocorre contragio. Entre 20 100°C, a viscosidade da agua pode ser dada pela relagao aproximada: og 4 =—4,56-+ 22. (14-2) T Portanto, a viscosidade cai em uma proporeo de 4 quando a temperatura aumenta de 20°C para 100°C (Tab. 14-1). Antes de efetuarmos tais céleulos matemiticos, vamos olhar a Fig. 14-3, que indica esquematicamente os efeitos da temperatura © da umidade atmosférica. ‘Tabela 14-1. Viscosidade da gua versus temperatura Temperatura® a Viseosidade, poises Se — Viseosidade, no 2&8 1,00 x 10"? 25 " 0.89 x 10-2 so 122 058 x 10°? 5 167 038 x 10° 90 184 O31 x 10-2 100212 028 x 10° Para eeito de cileulo, a Equacko (14-2) exige as temperaturas em escala absolut ‘Teor de umidade Tempo @ ® © Figura 14-3, Secagem dos produtos cerdmicos. As linhas cheiasindicam a umidade superficial, as linhas ponto-tracejadas indicam a umidade no centto; I = teor inicial de igua; B= teor final de Agua, 0 término da contragio [ef ponto (B) da (@) Secagem sob baba temperatura ¢ alta umidade. (b) Secagem sob baixa temperatura baixa umidade.(e) Secagem sob alta temperatura e alta umidade caro 14 PRODUTOS CERAMICOS: TRATAMENTOS TERMICOS 14-1 INTRODUGAO ’ As temperaturas elevadas constituem importante fator na fabricagdo dos Produtos cerimicos. Elas sto usadas: (1) para a secagem prévia dos produtos jé conformados, (2) para produzir aglomeracdo e reduzir a porosidade, (3) para modi: ficar as tensdes residuais, e (4) para produzir a eristalizagio. Os tratamentos té- micos implicam em alteragdes de peso ¢ volume, promovem movimentagdio dos tomos e aceleram as velocidades de difustio, reduzem a porosidade ¢ a Area espe- cifica e modificam as propriedades. Cada um dos efeitos acima citados sera levado em consideracio nas quatro segdes subseqiientes. 14-2 SECAGEM. A secagem é a etapa principal nos processos de conformagio hidroplistica (Sesdo 13-4) ¢ colagem (Segio 13-5). Quando um produto é fabricado por pren- sagem, ele geralmente contém pequenas quantidades de liquido ou lubrificantes fugitivos e ligantes, que, embora nao sejam gua, devem ser eliminados. E evidente que os produtos obtidos por polimento ou formagio vitrea nfo exigem a etapa de secagem. A secagem, sendo um processo de engenharia, deve ser ripida para se tomar econmica. Ao mesmo tempo, ela nao deve ser tdo ripida a ponto de danificar 0 produto com trincas ou empenamento, decorrentes das variagbes de volume. 0 projeto de um processo eficiente de secagem exige 0 conhecimento da distribuigio do liquido no interior do produto e, também, da cinética que rege a movimentagio dos liquidos. Esse conhecimento permite prever as diversas alteragdes nas proprie- dades © nas dimensdes, dentro da maxima precisio. Distribuigdo do liquido, Sera dada a maxima atengo a Agua, pelo fato de ela ser © liquido mais utilizado nos processos de fabricagaio dos produtos cerdmicos. Os principios gerais aplicaveis 4 Agua valem também para outros liquidos, tais como dleo, tetracloreto de carbono, etc. A Agua pode ser considerada um veiculo fugitivo, pois € utilizada para conferir plasticidade ou como meio de suspensio, € & eliminavel por evaporacio devido a sua alta pressio de vapor. ‘A distribuigdo da agua pode ser dividida em varios tipos (nem todos os tipos de distribuigiio cncontram-se nos produtos cerdmicos, antes da sua secagem). Os tipos incluem; (1) Agua de suspensdio, (2) agua interparticulas ou intercamadas, @) Agua dos poros, (4) agua adsorvida e (5) agua do reticulado. Um sexto tipo, Agua de hidratagio, pode ocorrer em alguns materiais devido & decomposigio térmica durante a pré-sinterizagio, ¢ ele sera discutido na segio seguinte, quando consideraremos as operagées de queima. Nada falaremos a respeito da agua de suspensto, pois ela deve ser removida durante ou antes da conformacéo do pro- duto cerdmico. A Fig. 14-1(a) mostra a gua interparticulas (ou intercamadas) nos produtos fabricados com materiais que apresentam caracteristicas semelhantes a das argilas. Apés a remogo da gua de suspensio, por filtracglo, decantagio ou absorgio pelo molde, uma quantidade considerdvel de agua em estado relativamente livre pode permanecer entre as particulas. Esse filme intercamadas pode ter uma espes- sura de cerca de 500A, que & comparavel as dimensdes coloidais de muitas maté- rias-primas cerdmicas. Quando a agua é removida, as particulas entrecamadas movem-se uma para préximo da outta (provavelmente por ago capilar) ¢ a con- tragio se torna realmente notéria no produto formado. Durante esta etapa da secagem, a contragdo volumétrica diretamente proporcional ao volume da Agua interparticulas que foi removida [Fig. 14-2(a) e (b)} ‘A Agua dos poros esté mostrada na Fig. 14-1(b) ¢ & a agua que fica nos inters- ticios entre as particulas apés as mesmas entrarem em contato com as outras. A remogdo dessa Agua provoca uma pequena ou quase nenhuma contragio (Fig. eM i Avs interpre Agua don poe Patt dear ~ (a) : P @e @ Figura 14-1. Esquema de localizagio da igua nos produtos cerimicos conformados plasticamente. A contragdo ocorre quando a igua interparticulas € removida, mas no se di quando a égua dos poros Gretirada. Ver Fig 14-2 (Segundo Norton, F. H, Elements of Ceramics, Reading, Mass: Addison-Wesley, 1952, p. 108) g hh S . | Agua do reticulado + | Aguacm gf | 7s sioride, suspension Rieu 142 Raguna de conc soar # oe teor deSnua Aseras creme’ Fig Ie, 2 | oer (Segundo Norton, F.H., Elements of Cera § © | mmc Rending en: AdonWeney. 852, p. 109) BE e& 2 @ 3 ‘Volume de agua presente NORTON, F.H. Ceramics for the Artist Potter. Reading, Mass.: Addison-Wesley, 1956, Fornece detalhes de “como fazer", com algumas explicagBes de “por que fazer”. Livro sno-téenico. SHAND. E.B. Glass Engineering Handbook. New York: MacGraw-Hill, 1958, TAYLOR. H.F.W.. “The Chemistry of Cement Hydration”, Progress in Ceramic Science. Vol. | U.E. Burke, editor). New York: Pergamon Press, 1961, pp. 89-145. Uma apre- sentagio completa do assunto. Indicado para especialistas. TOOLEY, F. V., Handbook of Glass Manufacture. New York: Odgen Publishing Co,, 1953. presenta uma deserigio detalhada das operagGes de conformagio dos vidros. PROBLEMAS : 1341. Um corpo cerimico ¢ constituido pelos seguintes componentes: caulinita 65,0 1b, quartzo 12,61, feldspato 14,51b, calcita 7,81b. Qual seri a composigio quimica do produto cerdmico final? (Supor que as matérias-primas sejam puras, com excegio do feldspato, que & constituido por uma combinagio de albita (NaAlSiyQ,) © orto- clisio (KAISi,O,) na proporgao de 35/65.) 13-2. As experiéncias indicam que um corpo cerimico satisfatério pode ser fabricado com. os seguintes componentes, cujas anilises de carregamento ¢ dos minerais sio as indicadas Feldspato—_‘Feldspato Potissico S6dico Caleita Caulinita Asgila 1001b Flint U1 tb 4% Feldspato 21 1b 60% 30% 95% iz 1016 (a) Qual € a composigio quimica do lote de matéria-prima’? (b) Qual seré a composigao quimica do produto cerimico queimado? 133, A frita para o esmalte de cobertura das chapas de ago deve tera soguinte composi: ‘Al,03, 2-4; BOs, 11; KO, 2; Na,O, 9; SiO,, 48:80; Zn0, 6; AIF, 8: NaF. 12 (@) Caleular a composicao do banho se as sequintes matérias-primas estio disponiveis feldspato, Min, bérax, soda céustca, eriolita (Na,AIF,) éxido de zinco. O feldspato © 0 Mint apresentam a composigio indicada no problema 13-2? (Supor que nfo hi perda de SIF.) 13-4, Uma amostra de laborat6rio de um corpo de cerimica branca seco, mas no queimado, presenta as seguintes messas: seco, 873g; saturado (com querosene). §98 g; em sus pensfo (em querosene), $87. Quais séo (a) a porosidade aparente, (b) a densidade aparente, (c) a densidade aparente total, (d) 0 volume aparente, e (e) 0 volume aparente total? (170 cm? de querosene pesam 141 g) 13-5, (a) Por que 0 querosene foi utilzado na obtengio dos dados do problema 13-4? (b) Se a dgua tivese sido utilizada, qual seria « massa do corpo saturad? (c) E a massa em suspensio? 13-6, A elutragio em agua 6 utlizada para separar a magnetita (Fe,0,) da arcia de quartz0 (SiO,),. Se as densidades so, respectivamente, 5,18 e 2,65 g/cm*, particulas de mag- nelita de que tamanko permanecero juntas com (a) particulas de areia de quartzo de 10mm? (b) Particulas de arsia de quartzo de 0, mm? 13-7. A uma areia constituida por graos esféricos uniformes (massa especifica = 2,65 ¢ fator de empacotamento = 0,7) foi adicionada gua. Fazer um grafico da densidade aparente total versus (a) porcentagem em massa, de Agua, () poreentagem volumé- trea aparente, total, de Agua. 15-8, Esbogar um fiuxograma do processo de purificagdo do Al,O, 15-9, Bascando-se na Tab, 42, expeciicar as matéras-primas de baiso custo, porém de suficiente pureza, para produzir cada um dos vidros nela citados. Acido sulfirrico a e 2 i f 3 4 3 Barrilha, soda chustica Adicio de moagem ‘Adigio de moagem lo de chapas de ago. (De Norton, FH, Elements of Ceramics, Reading, Mass, Addison-Wesley, 1952, p. 187) Figure 19-21, Flutograma da cxmal tais materiais pulverizam-se quando se fundem. O vapor liquido solidifica-se quando entra em contato com a superficie do corpo previamente conformado. Embora a superficie resultante seja algo porosa, cla atua como uma protegiio inerte ¢ altamente refrataria ‘A atomizagio & usada como um processo para a fabricagiio de fibras de vidro no-continuas, que sio empregadas como isolantes térmicos ou aciisticos, ou como agentes filtrantes. Como o vidro possui uma estrutura puramente viscosa, 0 vidro fundido, & medida em que se escoa, pode ser conyertido em fibras ou estrias por um sopro de ar com efeito atomizador. Devido ao ripido resftiamento, a tensio super- ficial relativamente baixa (aproximadamente 300 dinas/em) no pode superar a iscosidade, de forma a esferoidizar as fibras resultantes. As fibras de vidro continuas, jit descritas, sio mais comumente empregadas no reforgo de plisticos e na fabricagio de isoladores elétricos. REFERENCIAS PARA LEITURA ADICIONAL ALME, Indwtrial Minerals and Rocks. New York: Amer. Inst. Min, Metal. & Petro. Engrs., 1949, Inclui as fontes e 0s processos de fabricagio de todas as matérias-primas cerdmicas BOGUE, R.H., The Chemistry of Portland Cement, segunda edigio, New York: Reinhold Publishing Corp. 1955. Um tratado completo sobre a quimica dos cimentos portland. Entretanto, alguns dos estudos sobre hidratagdo t&m sido substituidos (ver Brunauer, 13-3, ¢ Taylor, 13-9). BRUNAUER, 5,"Tubeimorite Gel Margo, 1962, Enfase sobre a hidratagio do cimento portland. Huber Corp, Kaolin Clays and Their Industrial Uses, segunda edigio. New York: J. M. Huber Corp., 1955. Este livro, publicado por uma companhia fornecedora de argilas, contém considerivel quantidade de dados iteis para a cerimica branca. KINGERY, W.D. (editor), Ceramic Fabrication Proccesses. New York: John Wiley & ‘Sons, ¢ Cambridge, Mass.: The Technology Press, 1958. Este livro contém a mais com- pleta fonie de informagdes sobre os principios das fabricagdcs Je materiais cerdmicos. Cap. 1, “Ion Exchange in Clay Minerals", por G. W. Brindley. Cap. 2, “Rheological Properties of Aqueous Clay Systems”, por A.S. Michaels. Cap. 3. “Preparation and Use of Plaster Molds”. por C.M, Lambe. Cap. 4. "Controls Requited and Problems Encountered in Production Slip Casting”, por H.S. Magid. Cap. 5, “Slip Casting Nonclay Ceramics", por P.D.S. St. Pierre. Cap. 6, "Pressure Forming of Ceramics”, por W. D. Kingery. Cap. 7, “Controls Required and Problems Encountered in Production Dry Pressing’, por H. Thurnauer. Cap. §, “Hydrostatic Molding’, por W. D. Kingery. Cap. 9, “An Introduction to the Vibratory Compaction of Powders", por W.C. Bell. Cap. 10, “Clay Water Pastes", por F.H. Norton. Cap. 11, “Particle Orientation in Clays and Whitewares and Its Relation to Forming Processes”, por W. O. Williamson. Cap. 12, “Some Experiences with the Control of Plastic Bodies for Automatic Jiggering’, por R-E. Gould e J. Lux. Cap. 13, “Vertical Extrusion of Nonclay Compositions”, por C. Hyde Cap. 18, “Cementitious Bonding in Ceramic Fabrication”, por J. F. Wygant. Cap. 20, "Some Possible Applications of Metalworking Processes to Ceramics and Cermets’, por P. Loewenstein. NORTON, F.H., Elements of Ceramics. Reading, Mass.: Addison-Wesley, 1952. Pode ser ido por um estudante que possva 0 curso de quimica industrial. Os prime i tulos apresentam as matérias-primas © os processos de fabricagdo. ‘The Heart of Cenerete", Amer, Scientist, $0, 210-229, Molas tel Z Gota asked Molde Acesso da gota Gota no olde Prensagem ‘a0 molde sendo iniciada = Prensagem Pungio retraida, Prato sendo retirado ‘concluida prato esfriando do molde i Ct Figura 1319. Estigios na prensagem de um prato de vidro. (De Norton, F. H, Elements of Ceramics, Reading, Mass, 1952, p. 163) ‘Camara Barragem Roletes laminadores © Figura 13-20. (2) Esiramento de vidro plano. (b) Laminagio de vidro plano, Ha também um recente processo de “flutuagio" que utiliza estanho fundido apés estar ou laminar. A medida que 0 vidro uente desliza sobre o estanho fundido adquire uma superficie to lisa que dispensa o polimento pos terior. (De Norton, F.H, Elements of Ceramics, Reading, Mass, 1952, p. 166) ‘As miquinas pneumaticas podem fabricar cerca de 600 a 800 bulbos por minuto, quando alimentadas por uma folha de vidro estirado, Os processos mecinicos de sopro requerem moldes (normalmente de ferro fundido) nos quais se alimenta uma quantidade controlada de vidro no estado semiviscoso, apés 0 que se aplica ar comprimido para se obter uma cavidade interna. O ar comprimido deve fornecer a energia necessiria para fazer fluir 0 vidro viscoso, bem como para sobrepujar a energia superficial do vidro. ‘A fundigio (“sagging”) € um topico especial, de grande importincia pratica, pois seu principio € utilizado na fabricagiio de pegas de vidro plano curvadas. Os patra-brisas de automével. por exemplo, sio feitos de duuas pegas, pré-cortadas, de vidro plano, que sio aquecidas enquanto suportadas por uma moldura metilica de formato adequado. As duas chapas sto fundidas conjuntamente e, portanto, combinam-se de modo perfeito no processo de laminago posterior, quando se intercala uma Kimina plastica entre elas, para se obter o “vidto de seguranca”. Tal ‘operagiio exige viscosidades mais elevadas (e, portanto, temperaturas bastante baixas) do que quaisquer outros processos de conformagao vitrea. (Faz-se necessiio também um agente separador, tal como 0 MgSO,7H,0, para evitar que as duas chapas de vidro se colem durante 0 proceso de aquecimento.) Defeitos do produto. Um vidro perfeito deve ser isento de bolhas de ar ou inclu- sdes estranhas, manchas superficiais ou tensdes residuais, Estas tltimas podem set removidas pelo recozimento (Segdo 14-4). As manchas superficiais sio conseqiiéncia, geralmente, de tcnicas de moldagem deficientes; por exemplo, surgem defeitos quaudlo v vidio, viscos0 ¢ frio, ndo acompanha exatamente 0 contomo do molds, ‘ou quando ele, excessivamente quente, se cola a superficie do molde. As bolhas de ar podem provir de diversas fontes, tais como inclusdes de refratério, pedras, ¢ gote- jamento. 13-8 OUTROS PROCESSOS DE CONFORMAGAO Hai varios outros métodos de conformagio também importantes, embora no tao utilizados como os ja citados. Entre cles, temos: polimento, vaporizagdo imersio. O polimento, amplamente empregado na industria do vidro apds os pro- ess08 iniciais de conformagiio vitrea, é usado em produtos, tais como vidros planos c lentes dpticas. Ha também componentes elétricos ¢ estruturais que, para atender as rigorosas tolerancias dimensionais, sio submetidos ao polimento. HA diversas aplicagdes das técnicas de vaporizagdo. Os esmaltes ¢ vidrados (vidros de baixo ponto de fusio) so vaporizados, na forma de suspensdes finamente divididas sobre superficies metalicas ou cerdmicas. (A imersio ¢ também empregada com a mesma finalidade.) Ha uma evaporacéo parcial do liquido proveniente do vapor atomizado, de forma que 0 recobrimento obtido nao se faz fora dos limites da superficie Tal vaporizagio € seguida por um processo de aquecimento ou queima que sinteriza e refunde o recobrimento, dando origem a uma cobertura homogénca c impermeavel. O processo global est resumido, para a esmaltagio de uma chapa de ago, na Fig 13-21 ‘Uma variante recente do método de vaporizagéo envolve a fustio de materiais refratirios (lais como o Al;O,), numa chama ou num arco de alta temperatura; Silica fundida | Alta temperatura Temperatura Dh ee ° 70 000 Temperatura, °C » 18. AIPO, versus Si0,, 0 AIPO, pode ser comparado, estruturalmente, ao SiO, (ou SiSiO,) AAs faixas de estabilidade de temperaturas sio indicadas por linhas externas continuas. (Dados expe- rimentais de Beck, W.R, “Crystallographic Inversions of the Aluminum Orthophosphate Polymorphs and Their Relation to Those of Silica". Journ Amer. Ceram. Sar 32. 147-151" 1049) 13-7 CONFORMAGAO VITREA As operagées de conformacio para os produtos de vidro sfio efetuadas em tempe- raturas elevadas, onde as formas desejadas podem ser obtidas através da deformagio viscosa. As técnicas de sinterizacdo, que so necessirias apés os processos de fabri- cago por prensagem, conformagio plastica e barbotinas, no sio necessirias no «caso dos vidros; entretanto, um posterior alivio de tensbes pode tornar-se necessério. As operagdes de conformacdo vitrea incluem: (1) prensagem, (2) estiramento, (3) (3) sopro ¢ (4) fundicio ("sagging"). Tais operagdes so controladas pela selegio de temperatura, pressiio © tempos variaveis, adequados & composigio do vidro. A temperatura controla a viscosidade do vidro (Segiio 8-7), ea pressfio influi sobre a velocidade de deformacao. Controle de viscosidade. A relagio entre a temperatura e a viscosidade foi apre- sentada na Fig. 9-11 para diversos tipos comuns de vidro. Tais relagdes so dadas também na Tab. 13-3, para emprego em temperaturas superiors is de transigio, onde: ’ logy = B/T- A. (13-18) As constantes A ¢ B sio empiricas; porém, B pode ser relacionada com a energia de ativagdo da difusio, A temperatura Tdeve ser dada em graus Kelvin. Obviamente, as variagdes na composigdo de um determinado tipo de vidro produzem variagdes Tabela 13-3. Fatores de cilculos tipicos para a viscosidade do vidro* Tipo devidro AN BY 69 28200 29 18800 50 13900 46 11200 39 10100 *Apliciveis somente nas finas de temperatura de trabalho efusio. H. A. Robinson e C. A. Peterson, em “Viscosity of Recent Container Glass", Journ. Amer. Ceram. Soc, 27, 129-38 (1944) utiliza a equagio logn = BAT ~T,)~ A, onde T, & uma temperatura caracterstica de cada vidro. Se T'> Ty Ty pode ser desprezado, Isso postvel na faixa da temperatura detrabalho, mas no na fina do recozimento (Fig. 9-11) “*Logn = AIT —A, onde T & dado em °K nas constantes apresentadas na Tab. 13-3; portanto, dados mais especificos sobre a composicao devem ser obtidos, para que se possam utilizar as referidas constantes.. As alieragdes da viscosidade em funedo da temperatura podem ser demonstradas, através de cileulos. Uma variagio de 20°C (36°F) mudara as viscosidades (e, por- tanto, as velocidades de deformagao) de alguns vidros na proporcio de 2, na faixa de trabalho em que 7 € aproximadamente 10° poises. Isso exige um controle de tempera- tura de + 10°C. para que se tenha um processo satisfatério. Técnicas de conformagao. As operagées de prensagem requerem viscosidades da ordem de 10% a 10? poises, nas temperaturas inferiores da faixa de trabalho, pois uma presso externa é aplicada ao vidro. Um molde de ferto fundido, revestido de carbono, é empregado para dar a forma desejada. Exemplos de vidros prensados sio as lentes circulares e as “lougas” de vidro (ver Fig. 13-19). Oestiramento é usado quando se deseja obter pecas continuas, delgadas longas, tais como vidros planos, tubulagdes de vidro efibras de vidro continuas. Estas tltimas merecem uma citagio parte, pois exigem técnicas especializadas. Sucintamente, © vidro é aquecido numa “bucha” feita de platina ou de outro material similar. Tal “bucha” possui pequenos orificios pelos quais escoa o vidro, relativamente fluido. O vidro & estirado, ento, rapidamente, por ago de um mandril rotativo. Quatro fatores determinam o didmetro da fibra: (1) composisio do vidro, (2) temperatura do vidro (estes dois fatores influem sobre a viscosidade), (3) didimetro do orificio ¢ (@ velocidade do mandril, Esta ditima varia, geralmente, entre 8 000 ¢ 10000 pés por minuto. Portanto, na pratica, ha uma coordenagio entre a velocidade do fluxo através dos orificios e a velocidade de estiramento das fibras. ‘A yelocidade na qual se processa o estiramento dos vidros planos ¢ dos tubos € muito inferior & utilizada no estiramento das fibras, mas 0 peso € maior. Tais ope: ragBes slo auxiliadas pelas pressdes asseguradas por roletes, aplicados na saida, que permitem tanto um controle dimensional como também regulam a velocidade de estiramento (Fig. 13-20). © processo de sopro, antigamente artesanal, tornou-se agora completamente mecanizado e & empregado na fabricagio de produtos como vasilhames e bulbos. ‘Tabela 13-2. Propriedades dos cimentos com relagio a cristalinidade (Coletadas de diversas fontes, mas especialmente de Bogue, RH. ¢ W. Lerch, P.C.A.F. Reports, 1936-45) ‘Aluminato triedleico ilieato dicilcieo hidratado hidratado Caracteristicas Estrutura Cristalino Coloidal ¢ aproxima- damente amorfo Resisténcia mecfinica apro- ximada da pasta (aps | ano) 1000 psi 1000 psi ‘Tempo necessirio para * adquirir 30% da resis- ‘Gncia mecdnica !2horas 60 dias Faixa de temperaturas de desidratacdo 950-580°F 200-1 000°F nato de calcio mais cristalino. O aluminato de céleio também perde sua agua de hidratagdo a uma temperatura especifica de 290 -30S°C (550 - 580°F). O silicato dicdlcico hidrata-se dando maior resisténcia (isso acontece mais vagarosamente) através de uma estrutura que possui grande faixa de resistentes ligagdes interatOmicas. Os cimentos comerciais denominados “de alta resisténcia inicial” apresentam. quantidades relativamente grandes de aluminato tricdleio, que foram adicionadas para capitalizar a cinética inicialmente rapida de hidratagdo do material, Nesse caso, a resisténcia maxima foi sacrificada. Uma alternativa para acelerar a obtencéo da resisténcia é a moagem mais fina do cimento, Como a operagao de sedimentacéo € uma solugiio ¢ reprecipitagio, a sedimentagiio esti relacionada com a dea espe- cifica. Se as particulas de granulometria média forem reduzidas por um fator de dois a rea especifica e a reagio de hidratagio aumentarfio numa relacio de quatro. A desidratagio de um cimento hidriulico é comparivel & remogao da agua de outros coldides (Segdo 6-2). A energia livre da agua a ser removida varia com a resisténcia da ligagao, ¢ influencia a temperatura de desidratagao. Como um cimento contendo grande quantidade de silicato dicdlcico envolve uma faixa de desidratagio que se inicia em temperaturas relativamente baixas, nio € utilizével para o mesmo nivel de temperatura de um cimento contendo aluminato tricélcico hidratado. Figura 13:17. Crescimento nos cimentos coloidais, A adsoredo nfo-uniforme provoca vatiagbes de volume ‘io totalmente reve Aumento de volume imide Seco Umido Seco Umido Ciclos de tempo A umidade do cimento coloidal varia com a umidade do ambiente. Além disso, qualquer mudanga na quantidade de umidade acarrcta uma variaglio de volume, Teoricamente, a mudanga de volume é reversivel mas, na pratica, a reversibilidade nao é completa ou total, pois as expansdes de volume ocorrem muitas vezes irregu- larmente, 0 que provoca deslocamentos locais ndo recuperiveis integralmente. Como mostra a Fig. 13-17, hd um erescimento puramente dimensional nos cimentos coloidais, que pode ser comparado ao crescimento térmico dos materiais policrista- finos, que apresentam expansdes térmicas anisotrépicas (Sedo 9-2) ‘Cimentos inorganicos poliméricos. O protétipo de reagao para esse tipo de cimento € a reagiio do dcido xSi(OH),—> +Si—O} + xH,0. (13-16) oH |. Outros cimentos poliméricos compardveis aos compostos de ti descritas na Seco 4-7. Na maioria, tais cimentos necessitam da existéncia de um pequeno Atomo, coordenado tetraedricamente com os grandes atomos de oxigénio. Tanto as liga- @Bes iGnicas como as covalentes sio comuns. Ainda, as reagdes poliméricas so encontradas nos silicatos de s6dio e potdssio, onde o fon sédio funciona como uma Ponte idnica entre um Anion de polissilicato e outro. Este teage com muitos mate- riais agrezados, da mesma forma que ocorrem as reagdes dos cimentos (ver abaixo). ‘Cimentos poliméricos sio ainda utilizados como cimentos de pega a frio para uusos em temperaturas elevadas. Isso é possivel, pois a agua da reagao é liberada durante a pega. Uma vez mais, como essa figua é removida por secagem, a reago iio é reversivel. Quando as temperaturas de sinterizagio so atingidas. 0 cimento forma um liquido de baixo ponto de fuso ¢ uma ligagdo vitrea Reagdes dos cimentos. O acido fostérico reage com muitos éxidos para formar metais ou fosiatos cidos. Uma dessas reagdes esta ilustrada abaixo: ‘Al,0, + 2H,PO, — 2AIPO, + 3H,0. (13417) io os ortossilicatos de metila e etila, que sio io zirednio. As estruturas resultantes sio as Outros dxidos, que dio reagdes semelhantes, so 0 Fe 05, ZnO, PbO, CaO, CdO, etc, Podemos comparar 0 AIPO, e SiO, em propriedades ¢ comportamento, espe- cialmente com vista as suas estruturas cristalinas, que sio anilogas (Fig. 13-18). [0 AIPO, pode ser considerado uma forma isomérfica do SiSiO, (que é o SiO.) na qual 0 par SiSi foi substituido por AIP.] A reagio acima (13-17) € particularmente interessante, pois produz um cimento de pega ao ar que apresenta um comportamento bastante refratirio. Quando 0 ‘Al,O, € usado tanto como um agregado como um reagente, 0 produto resultante pode resistir a temperaturas superiores a 3000°F (1650°C). Outras reagdes tipicas do cimento empregam acidos sulfiirico ¢ nitrico. As reagdes sfio semelhantes ‘aquela indicada em (13-17); entretanto, as ligagdes sao, na maioria, menos permanentes, devido as condigdes do meio. encontrada quando os planos “jé feitos”, presentes nas argilas, estejam desapare- cidos ou perdidos. Em nenhum caso, 0 escorregamento ocorre entre as ligagdes primarias dentro da estrutura cristalina, como ocorre nos metais. Os corpos cer’- micos, normalmente, contém misturas de argilas e particulas nio-plasticas. Como yeremos no Cap. 14, tais misturas apresentam freqientemente melhor estabilidade dimensional ¢ resisténcia mecinica maior do que os corpos cerdmicos constituidos somente de argila. Um problema que pode aparecer durante a conformagio plastica é 0 caso de haver bolsas de ar na pasta inicial. Tais bolsas sio comprimidas durante as etapas em que se empregam pressdes, mas apds a pressio ser removida, clas reabrem-se ¢ formam fissuras internas ou laminagdes, 0 que da seqiiéncia ao desenvolvimento dos diagramas das tensdes de cisalhamento, Tais bolhas de ar devem ser evitadas, se for necessaria alta resisténcia mecinica ao produto acabado. Na tecnologia atual, evita-se tal problema pela desaeragdo. Na extruséo, isso € conseguido pela redugtio da pressfo até 30mm de Hg, durante a operacio. Da mesma forma, nas operagdes de prensagem a seco, aplicam-se técnicas utilizando vicuo. 13-5 COLAGEM A-colagem é um processo jé ha muito empregado e que utiliza uma suspensio coloidal. Na suspensio, também chamada barbotina, a Agua € retirada por meio de um molde poroso. Apés a formagao de uma camada com a espessura desejada a barbotina restante é drenada, a agua é retirada da camada pelo molde, que é a seguir, removido, Nesse ponto, temos a pega crua (produto nao-queimado), que apresenta propriedades semelhantes as de uma pasta coloidal com pouca agua. ‘A principal vantagem da colagem € conformar pegas com formatos complexos. Ainda, apresenta vantagens econdmicas quando se trata de produgdes limitadas, © que faz com que seja o processo preferido pelos artistas cerémicos. Possui também aplicagdes industriais quando se quer fabricar produtos com paredes delgadas a partir de matérias-primas ndo-plasticas, como ¢ 0 caso dos tubos de magarico com alto teor de alumina e dos tubos para pares termoelétricos. Podemos discutir os prineipios que governam a colagem, de forma mais convin- cente, quando a comparamos com o processo de filtragiio. Nos dois casos, existem diferenciais de presso que provocam a difusio da agua através dos sélidos. A filtragdo utiliza tanto a pressfo positiva no lado da suspensio, como o vacuo par- cial na extremidade de saida (ou ambos). O diferencial de pressio, na colagem, & devido as ages capilares que transportam a agua através do molde. ‘A camada depositada aumenta em espessura com uma yelocidade proporcional A velocidade da Agua ao atravessar tal camada. Isso pode set mostrado* pela equacéo aproximada: aLjdi t= CLAP. (13-12) Ver Brown, G. G, et.al, Unit Operations, New York: John Wiley & Sons, 1950, pp. 242-243, ses eleulos supdem um depésito no compressivel. Como isso nfo € estrtamente verdudeiro, a espes- sura do depénito se acumulath com uma yelocidade vagarosa, implicita na Eq. (13-11) ~AP/2CL, (3-41) e Nessas equagdes, 1 € 0 tempo, Léa espessura do depésito, e Ap é a queda de pressao. ‘A constante C inclui a viscosidade do liquido, a quantidade de liquido na pasta, © fator de empacotamento no interior do depisito, e 0 reciproco do coeficiente de permeabilidade [Eq. (13-9b)]. Portanto, as atengdes devem ser dadas (1) & natureza da suspensio coloidal, (2) a estrutura do depésito ou camada, e (3) 20 compor- tamento de absorgao pelo molde. Uma suspensio coloidal com grande quantidade de Agua forma um depésito vagarosamente, pois quantidade considerdvel de Agua deve ser filtrada através do depésito, € 0 gradiente de absorgdo do molde é reduzido. Reciprocamente, uma barbotina de baixa viscosidade & necessaria a um preenchimento efetivo dos con- tornos do molde, pata evitar 0 aparecimento das bothas de ar. Portanto, € evidente que a defloculagio é um fator importante para assegurar a maxima fluidez com a minima quantidade de agua. Um meio de se controlar isso & a adigio de silicato de sédio ou carbonato de sédio, para ajustar o pH (Fig. 8-12). Particulas eqtiiaxiais (em contraste com as particulas bidimensionais ou em camadas) formam um depésito relativamente permeivel. E & por essa razo, entre outras, que se torna desejavel ¢ incluso de silica mofda ou outras matérias-primas na barbotina, se j4 niio estiverem presentes, como impurezas, nas argilas. Sem a adigio de tais materiais, havera a formago de um depésito no-permeavel alta- mente orientado (Seco 1-6). Moldes. Muitas composigdes so materiais em potencial para a fabricagio dos moldes, mas o gesso (“plaster of Paris”) € universalmente utilizado. Suas vanta- gens sio: (1) custo relativamente baixo. (2) técnicas simples para produzir maldes a partir de modelos-padrdes, (3) 0 fato de que sua porosidade pode ser controlada, © (4) 0 fato de que pode ser secado ¢ reutilizado. Daremos atengio somente ao ter- ceiro item. A porosidade do molde de gesso, e entio sua habilidade em retirar a ‘gua da barbotina, é, em proporedo, igual & quantidade de agua necesséria & mistura de gesso (Fig, 13-15a). A resisténcia mecinica do molde € certamente diminuida pela alta absoreo; entretanto, a velocidade de absorgio & rapidamente aumentada quando hé dreas porosas maiores dentro do molde (Fig. 13-15b). 0 = . 04 a 3 é VAT] ie = bool BE 02 22 gt rs Ze 3801 ma . 3 1 “TS 10 20 o- 3 % i020 SO Tempo de imersio, min ‘Agua absorvida pelo molde (J do peso seco) @ o) Figura 13-15. Velecidade de absorelo versus gua absorvida. Os nimeros 70,80 e100 indicam as libras de Agua aicionada a 100 libras de gesso da mistura original. Maior quantidade de igua produz um ‘molde mais poros e, portanto, 6 mais lena a retirada de Agua da suspensio no processo de fundigio fem barbotina, (Segundo Lambe, C. M, “Preparation and Use of Plaster Molde”, Ceramic Fabrication Processes. New York: John Wiley & Sons, 1988, pp. 31-40) uma das duas demonstragSes relativas perda de pressiio devido as paredes ressalta © fato de que as diferengas nas densidades aparentes totais do agregado resultam em diferengas posteriores na contragio e na resisténcia do produto. Técnicas usuais para evitar as heterogeneidades acima mencionadas so (1) prensagem pelas duas extremidades [Fig. 13-12(c)] e (2) lubrificagio dos moldes. Em relago aos lubrificantes, Kamm* e colaboradores mostraram que, se a parede do molde estiver lubrificada, obtém-se homogeneidade na prensagem e na compacta- edo mesmo no proceso de prensagem por uta s6 extremidade, muito embora as superficies das particulas nao estejam lubrificadas. Porém, se houver movimentos laterais entre as particulas (como aconteceria numa forma irregular), as superficies das particulas devem também ser lubrificadas. ¥ ‘Uma terceira técnica, compactagdo vibratéria, pode ser utilizada para evitar a formagio de vazios ¢ os problemas de atrito acima citados. Esse principio € bem conhecido © muito utilizado na conformacao de grandes estruturas de concreto, onde a vibracio é diretamente aplicada. Entretanto, quando so conformadas pecas pequenas, vibra-se todo o molde, A compactasio vibratéria utiliza a energia ciné- tica, mais do que a pressio, como 0 mecanismo para superar a resisténcia & compac- tagdo. Em geral, os engenheitos especificam amplitudes de vibragio comparaveis 4s dimensdes das particulas. Amplitudes muito grandes destroem a compactagio que ja tenha sido obtida. Quando se usam particulas finas, € comum o emprego de transdutores elétricos ou magnéticos para gerat as vibragdes, em lugar dos processos meciinicos. O niimero de ciclos de vibragdo, e no 0 tempo de vibrago em si, € importante. Portanto, & desejavel usar freqiéncias relativamente altas, particular mente no caso em que sio compactados pés finos, os quais podem rapidamente absorver a inércia da vibragdo; € interessante o fato de que moldes de borracha resiliente resistem melhor 4 ago abrasiva das particulas vibradas, do que moldes de metal duro. Assim, 0 uso de compactagio vibratéria atingiu apenas uma aceita- so limitada nos processos de fabricagdo dos produtos ceraimicos. Prensagers a quente. Obtém-se maior adensamento na prensagem de dxidos e carbetos quando 0 proceso € conduzido em altas temperaturas, provavelmente porque ha aumento no escorregamento © na ductilidade dos materiais, nessas temperaturas elevadas. O adensamento pela prensagem a quente faz contraste com aquele obtido pela queima ou pela sinterizagdo (Secdo 14-3), onde a difusdo e o cres- cimento dos gros reduzem a porosidade. Em geral, a prensagem a quente exige temperatura superiores a 2/3 da temperatura absoluta de fusdo. Visto que muitos éxidos e carbetos possuem elevadas temperaturas de fusdo, esse processo oxige técnicas de aquecimento e moldes especiais. A grafita é 0 material mais empregado para os moldes, porém é cara devido ao seu rapido desgaste. Alinhamento das particulas. Alguns produtos ceramicos podem ser fabricados de forma a possuirem melhores propriedades, através de um alinhamento especifico de suas particulas, antes da prensagem. Por exemplo, os materiais ceramicos magné- ticos possuem maior permeabilidade magnética se a diregdo de magnetizagio mais, {facil estiver alinhada com 0 campo magnético (Seo 10-6). Portanto, a prensagem € geralmente feita no interior de um campo magnético, Analogamente, constantes ‘*Kamm, R, M.A. Steinberg, ¢ J. Wull, “Lead Grid Study of Metal Powder Compaction", Tras. AIME, 185, 4-706 (1949) diclétricas altas podem ser desenvolvidas nos componentes ferroelétricos que so prensados em um campo elétrico, de tal maneira que as particulas individuais orien- tem-se mais favoravelmente, 13-4 CONFORMACAO HIDROPLASTICA As matérias-primas cermicas com estruturas em camadas sio adequadas para os processos de conformacio plastica, pois fornecem uma pasta com baixa resisténcia inicial de cisalhamento. Hi diversas variantes nos processos industriais de conformagao plastica. Tais variantes incluem a reprensagem, que é equivalente as técnicas ja descritas anteriormente, mas que utiliza grandes quantidades de liquido ‘como plastificante. A extrusio também é grandemente utilizada, para 0s produtos que apresentem segdes transversais regulares; esse método encontra ampla utili- zagao nos processos que envolvem grandes tonelagens de matéria-prima, tais como © caso das porcelanas ¢ de varios materiais de construgo. O torneamento, que envolve um molde rotativo para formar uma das superficies do produto, é utilizado para produtos tais como a louga doméstica, que apresentam um eixo de simetria Circular. A superficie oposta & formada quando 0 material, plastico, é girado sob uma ferramenta de formato adequado. Outros processos de conformagio plastica com importiincias relativamente menores incluem a moldagem manual ¢ outras técnicas especiais utilizadas nos trabalhos com materiais cerdmicos, feitos pelos artistas. Fim geral, a conformagio plastica necesita de uma pasta constituida de parti- culas finas com um coeficiente de clasticidade suficiente para manter a forma do produto durante a moldagem manual ¢ durante o periodo de tempo anterior a secagem (Segio 14-2). Um coeficiente de elasticidade excessivo significa que ha maior probabilidade de ocorrer a ruptura. O coeficiente de elasticidade & contro- lado pela quantidade de agua ou de outro liquido utilizado como plastificante (Tab. 8-7), E, a seguir, influenciado pela estrutura coloidal da pasta (Seo 8-8). Durante a conformacio plastica, as particulas coloidais em camadas sio orientadas pelas tensdes de cisalhamento. Em alguns casos isso pode ser comparado com a orientagdo preferencial que se desenvolve nos metais durante as operagdes meta- lirgicas. Em cada caso, a tensio critica de cisalhamento foi ultrapassada (Sega 8-6). ‘Uma comparacio direta no pode ser feita entre os materiais cerimicos e os metais ciibicos, pois tais metais apresentam varios planos equivalentes onde pode ocorret © cisalhamento. Em contraste, a conformagio plastica de materiais ceramicos bidimensionais deve ser comparada mais diretamente a deformagao plastica do zineo, magnésio, ou de outros metais que apresentem estruturas hexagonais com- pactas que possuam somente um plano de escorregamento. Devido ao fato de que se desenvolve uma orientago preferencial, € de se esperar que ocorra um compor- tamento anisotrépico, em relagio contrago na secagem e a varias outras pro- priedades. O leitor pode concluir, devido a énfase dada as particulas bidimensionais, neste capitulo, que a conformagdo plastica € mais utilizada nos produtos que contém argilas (Fig. 3-17) ¢ estruturas combinadas (Tab. 3-5). Entretanto, outros materiais coloidais podem ser conformados plasticamente, embora a maior dificuldade seja Company) Figura 13-11, Floxograma da fabricagio de velas de igniglo. (Cortesia da A.C. Spark Ph « o Figura 13412. Distribuigio da densidade aparente total: (a) L/D = 09; (b) L/D = 13; (6 L/D = 18, prensagem em ambas as extremidades, 19) 3” Ua Figura 13-13 Relasto de presto versus elapio comprimento/ E06 Jelietco. A relag de pressio & razto ence a pressio nog Pistio estaionirio e presto aplcada pelo pistio de com- 2 4 | pactagl. Pressio apicads = 100000 psi. (Segundo Duwez, P'S PL Ziel sPrasere Ditibuion in Compacting Metal Pou Sere Trans. AIME, 185, 137-144, 1949) % oa °o 10 20 Relagdo L/D: 100K 100 o) Figura 13-14, Linhas isotiticas na compactagio de pés-me- télicos: (a) L/D = 02; (b) L/D = 1,66. Pressio aplicada = 100 000 psi. (Segundo Duwez, P.e L. Zwvel, “Pressure Dis- tribution in Compacting Metal Powders", Trans. AIME, 188, 137-144, 1949) AA C7 | ® Quando sio necessérias particulas finamente divididas. de tal forma que o produto final apresente baixa permeabilidade ou alta resisténeia meciinica. utilizamos agregados de tamanhos dispersos. Nesse caso, hi intersticios com dimensdes bastante variadas, que so preenchidas com uma gradagdo de particulas de diversas granu- Jometrias. ‘A moagem em moinho de bolas éa técnica mais comum para obtengao de granu- lometrias finas. Tal moinho rotativo possui revestimento resistente ao desgaste ¢ uma carga de bolas igualmente resistente ao desgaste, 0s quais proporcionam as superficies de moagem. A Fig, 13-7 mostra as variagdes na distribuigéo granulo- métrica de particulas de alumina mofda, como resultado do proceso de moagem. As particulas mais grosseiras, obtidas na moagem por via seca, provavelmente provém da aglomeracdo do pd que ocorre no interior do moinho. Na moagem por via imida as particulas so expostas, mais freqiientemente, & superficie de moagem. Em cada caso, obtém-se uma distribuigdo estatistica, mostrada pela reta do gritico gaussiano, 3 am 3 z | ae? 3 70] @ ee Fy E0 ga. oo a O 2 7 AldOs 2 10 $° g ae 1 \ é OS 82 128 25, 1 ior i Disimetro esfrico equivalente Presslo de conformago, psi Figur 13-7. Gefco para controle do tamanbo Figura 13-8, Densidade aparente total sersur da alumina, moida em moinho de bolas: (a) prefo de confomaste (Adaptado de Kingery, soagem em vn mide; ()moapem em via sex, WD, Ceram Pabrieation ProcesesNew York John Wiley & Sons, 1958, p. 60) Kingery, W, D, “Pressure Porming of Ceramics", Ceramic Fabrication Processes. New York: John Wiley & Sons, 1958, p. 56) Densidade de compactariio. O objetivo dos processos de fabricagdo por pressio (ou de compactacéo vibratéria) promover uma agregagéo de particulas num contato mais fntimo e, portanto, aumentar a densidade de forma a se obter uma melhor ligagdo e, portanto, menor contracao nos processos de queima subseqiientes. A densidade aparente total pp aumenta, a partir da densidade aparente total, inicial, Pi, com o logaritmo da pressio P, Pa =P + AlogP. (13-10) A-constante A & empirica, mas esta, provavelmente, relacionada com a friabilidade na prensagem a frio da maioria dos materiais cerdmicos, pois grande parte do au- mento na densidade decorre da moagem das particulas frigcis. Da Fig. 13-8, que mostra dados para o MgO e Al,O,, conclui-se que pressdes excessivas seriam neces- sirias para se obter densidades semelhantes a densidade real: portanto, a sinteri- zagiio ou outro tratamento semelhante serdo necessarios para reduzir a porosidade 0s niveis deseiados (Cap. 14). ‘As duas principais técnicas de aplicagdo de pressio esto esquematizadas nas Figs. 13-9 ¢ 13-10. A prensagem direcional da Fig. 13-9 mais simples que a molda- gem hidrostética, mas est limitada as formas simples, que apresentam relagdes de compactacéo iguais para todas as segdes longitudinais. A moldagem hidrostatica bio) ete Figura 13-9. Fubsicagdo, por pren- sagem, de um tordide magnético: {@) prensagem em uma Unica extremidade; (b) prensagem em lambas at extremicades f | | ® » FFigura 13-10, Faquema da conformacio hi Arostition de wera vela de ignigto. No pro- ce2sto real, 0 projeta do molde 6 mais com- Mistura a s plexo, de forma a assegurar mais perlite Fluide —2“ conformada Aistribuigdo das prossBes. (Ver Jeffery, B. A, US. Patent 1 863854, Champion Spark Plug Co, 21 de junho de 1932) Rorracha (ou isostatica) da Fig. 13-10 é mais complicada, mas é mais comum, pois hd um atrito desprezivel nas paredes para produzir gradientes de pressio. Esta técnica tem sido amplamente utilizada na fabricagdo de velas de ignigdo (Fig. 13-11). A importincia do atrito nas paredes € mostrada na Fig. 13-12, onde as diferentes, densidades aparentes totais si sombreadas de forma também diferente para as ‘arias regides compactadas. Pelo fato de parte da forga de compressio ser absorvida pela parede do molde, grandes relagdes comprimento/diametro (I/D) provocam grande variacio nas pressdes aplicadas (resultando, portanto, diferentes densidades aps a aplicasdo da pressio). Isso foi demonstrado. de duas maneiras diferentes, por Duwez ¢ Zwell* (1) Sea forma de aplicagiio da carga for a mostrada na Fig. 13-12{a) ¢ (b),a relagdo de pressdo entre o pistdo superior (mével) ¢ o pistdo inferior (Gixo ou apoiado) aumenta com um aumento da relacdo L/D (Fig. 13-13). (2) A distri- buigdo de pressdes no interior das faixas compactadas é indicada na Fig. 13-14, Cada ‘*Duwez, P, ¢ L. Zwell, “Pressure Distribution in Compacting Metal Powders , Trans. AIME, 185, 137-144 (1949) EXEMPLO 13-3. Chamotas grossciras ¢ finas de argila silico-aluminosa sio misturadas, com as seguintes caracteristicas Chamota fina Chamota grosseira Didmetro mécio 0.1 pol 0.25 pol Densidade aparente 100 yn 105 16/0? Massa especiica 265 27 Estimar 0 méximo fator de empacotamento possivel, Solupdo: Usando como base 1 ft3, © com as chamotas finas preenchendo os poros das cha- motas grosseiras, 0 fator de empacotamento da chamota grosscira & dado como: 105 lb/ft? FE, = pape 7 0 © fator de empacotamento da chamota fina ¢ __100 Ij? és (2,65) (62,4) 1,623 + (0,605) (1,0 0,623) = FE, 0,605. Volume real maximo = FE mist = 185 A corregio da aresta 6: AFE ~ (-2)(0,01)/(0,25) = -0008 Maximo FE = 0,77. Como ji foi indicado na Eq, (13-6), a porosidade 0 complemento do fator de empacotamento. Ha dois tipos de poros, abertos ¢ fechados. A menos que contenha vazios internos, um agregado apresenta somente poros abertos. Durante 0 proceso de queima ou sinterizagio (Segdo 14-3), hé ainda o fechamento dos poros, pois a queima ou sinterizagao reduz a Area especifica total. Também, quando 0 concreto € vasado, faz-se uso de procedimentos especificos para reter o ar, de tal forma que os poros internos (ou fechados) permanegam apés o assentamento. A porosidade aparente (que ¢ a porosidade aberta) pode ser determinada pelo método da absor¢o. Usualmente, isso envolve medidas da massa de certos volumes de material tanto seco como saturado. Se a ‘gua for usada para preencher 0s vazios, % porosidade _ peso saturado ~ peso seco 100 ‘volume aparente Gente Quando outros liquidos so usados para evitar a solucdo ou hidratagio (isto é desintegrago), devem ser feitas correcdes adequadas na massa especifica. Quando ‘ocorre a ligagio, 0 volume das pecas de formato irregular pode ser medido por imersio, ¢ a seguinte equagio se aplica: % porosidade _ _peso saturado ~ peso seco 100 peso saturado — peso suspenso (13-86) Trés tipos de densidade (e também de massa especifica) sfio encontrados. Densi- dade real, como diz o nome, & a massa por volume real: enquanto que densidade ‘aparente total* é a massa pelo volume total, o que inclui todos os poros e 0 espaco ‘ocupado. Densidade aparente & a massa por volume aparente, que inclui o material © 05 poros fechados. A soma do volume aparente ¢ do espago poroso aparente € igual ao volume total ou aparente. EXEMPLO 134, Um tijolo isolante (massa especifica real = 2.58) pesa 39016 quando seco, 4,77 Ib quando saturado em querosene, ¢ 2,59 Ib quando em suspensio no querosene {peso especifico = 0,82). (a) Qual € a porosidade aparente? (b) Densidade aparente?(c) Massa specifica aparente? (@) Porosidade fechada? Solugao: Volume real = (6,90 by [12,58) (62,4 Ib/h)) = 0.0242 1°. Volume aparente dos poros = (4,77-3.9)/[(0,82)(62.4)] = 00170 ft. Volume aparente total 4.77 ~2,59)/[(0,82) (62.4)] = 040426 n*. Volume aparente = (3,9-2,59)[10.82)(62.4)] = Q0256 i. (6) Porosidade aparente = 0,0170/0,0426 = 39.9% (b) Densidade aparente = 3,9/0,0256 = 1523 lb/ft’ (©) Massa especificn aparente = 3,9/(0,0426) (62,4) = 1,47 (@ Porosidade fechada = (0,0256-0,0242V00426 = 3,3%. Se a faixa de distribuig&o de tamanhos e outros fatores forem iguais, uma mu- Ganga no tamanho médio das particulas nfo afetaré a porosidade de um agregado, tas afetard a permeabilidade. A velocidade v do gis ou liquido através do agregado poroso & b= KDICAP)F /nL. (13-9a) onde k € uma constante de proporcionalidade, D, é uma dimensio caracteristica da particula tal como um didmetro ou classificagdo granulométrica, 7 € a viscosidade do fluido, -AP/Lé 0 gradiente de pressio, ¢ F, ¢ um coeficiente de empacotamento gue varia com a porosidade aparente e com a esfericidade da particula. Se tanto a porosidade como a esfericidade diminuirem, F, diminui. Ento, notamos que 0 tamanho da particula, como um resultado de sua segunda-poténcia, € significante- mente elevado. Na Eq. (13-9a), k, D? ¢ F, so algumas vezes combinados no coeficiente de permeabilidade, K. Entio, = K(-AP)inL. (13-95) © tamanho das particulas é um resultado do tratamento dado & matéria-prima (Sesdo 13-2). Para produtos com agregados grosseiros, utiliza-se britagem e peneira- ‘mento, Para uma mistura contendo uma certa porcentagem de particulas de tama- mhos diferentes, a melhor técnica é a separago das varias granulomettias, seguida por um reagrupamento, de tal forma que a mistura contenha as proporgdes desejadas de cada granulometria. Pode-se utilizar fragées com trés ou mais granulometrias. #N. do Ts “bulk density’ 89 Ib de calcita 8,4 lb de feldspato sddico X, = 17,7lb de feldspato potissico X; = [32~(84) (101,9/524,6) - (17,7) (101,9/556,7)] (258,1/101,9) = 69,0 1b de cautinita X, = 59 ~(8,4) (360,6/524,6)~(17-7) (360,6/556,7) ~ (69) (120,2/258,1) = 9,5 Ib de quartzo. 13-3 FABRICACAO POR PRESSAO A prensagem “a seco” € um importante método de conformacdo de produtos cerimicos. Descrevendo-a sucintamente, podemos dizer que as particulas das matérias-primas sto comprimidas até um volume to pequeno quanto possivel, através da aplicagdo de pressio, obtendo-se dois efeitos: empacotamento das parti- cculas e agregacdo das particulas. O empacotamento & uma justaposic&o das parti- cculas (agregado), sem obter-se coeréncia. A ligagio subseqiiente & necesséria para manté-las na forma de uma massa coerente (aglomerado). Empacotamento das particulas. E impossivel 0 preenchimento total dos espagos, utilizando-se particulas de formatos irregulares. Portanto, qualquer agregacio de particulas de forma singular implica em uma porosidade aparente, ou em um fator de empacotamento menor do que a unidade. Essas duas grandezas relacionam-se através da seguinte expresso: Porosidade = 1-FE. (13-6) O ator de empacotamento varia com (1) forma das particulas, (2) arranjo das particulas e (3) distribuigdo dos tamanhos. Nao depende do tamanho ent si, a menos que se utilizem moldes pequenos com grande relago superficie-volume. © empacotamento mais simples envolve esferas num arranjo cibico simples [Fig. 13-4(a)]; pode ser facilmente calculado seu valor como sendo 7/6 ou 0,52. Fatores de empacotamento mais elevados, e portanto, maiores densidades aparentes, podem ser obtidos com arranjos ciibicos de corpo centrado ou de faces centradas [Fig. 13-4(b) ¢ (©), iguais a 0,68 ¢ 0,74, respectivamente. Este iltimo & 0 mais alto fator de empacotamento possivel para esferas de tamanhos uniformes ¢ aplica-se também ao arranjo hexagonal compacto [Fig, 13-4(d)]. Se o leitor investigar expe- rimentalmente, constatara que o fator de empacotamento independe do didmetro das esferas. Outros formatos apresentam outros fatores de empacotamento, que poderao ser ainda mais elevados se as unidades forem alinhadas corretamente. Por exemplo, barras cilindricas podem apresentar FE de 0.91 e tijolos, de aproximadamente 100%, Pode-se clevar acentuadamente 0 fator de empacotamento utilizando-se mis- tura de grdos com granulomettia diferente. Isso é ilustrado na Fig, 13-5, mostrando que as particulas pequenas se localizam nos intersticios das grandes. O produtor de concreto € certamente conhecedor desse fato, pois utiliza misturas de areia/cas- calho para preencher efetivamente os espagos. Para um [ator de empacotamento elevado € uma porosidade baixa, a mistura deveria conter uma relagio de volume aparente grosseiro/fino de 1(porosidade da fragio grosseira), Em outras palavras, deve haver gros finos suficientes para preencher os espagos porosos entre as parti- culas grosseiras do agregado. Isso fornece um fator de forma compardvel entre as « Figura 13-4, Arranjos de empacotamento: fa) Cobico simples. FE lo) Face centrada, FE = 0,74. (d) Hexagonal compacto, FE = 0,7 oe (0.52. (b1 Corpo centrado, FE = 068. g Faorde |" 5 ~{cempacotamento fig 3 nts tps amon ae 3 ferentes. As prteas Gnas preenchem es pores, ee ‘no agregado grosseiro € 05 5 8 3 £ 5 \-4Porosidade Eo Let ee, rosso Fino be Composicao duas fragdes; fornece também uma relagio de tamanho, entre ambas, suficientemente alta, de tal forma que hi efeitos de aresta despreziveis junto aos contornos de gros dos dois tamarhos. Os efeitos de aresta reduzem o fater de empacotamento, pois as particulas nao podem preencher totalmente os espagos com eficiéncia. Entretanto, tais efeitos so usualmente menos significativos nas superticies externas do produto do que nos contornos entre as particulas grosseiras e finas, como esta ilustrado na Fig. 13-6. A redugao no fator de empacotamento, AFE, é uma fungdo do diémetro d das parti- culas menores eda relagdo entre a area superficial eo volume das particulas maiores. Figua 13-6. Esboro mostrando o eftito das quinas. As partculas pequenas no podem ser compacadas eficentemente junto com as particulas grandes. A profun- didade da regio com baixa densidade depende do tamanho do agregado fino. A fea da regido depende do tamanho do agrezado grosseiro E, portanto, adequada a seguinte relagdo: AFE = kd/D, de tal forma que é dificil de se atingir alta densidade aparente quando os D das particulas grandes e d das pequenas forem semelhantes. Nos agregados tipicos, a constante de proporcionalidade k vale aproximadamente -2 quando a relagao de tamanho entre as particulas & superior a 5/1 Tabela 1341 tapas Finalidade I. Secar e calcinar a alumina na mine Reduzit 0 peso para o transporie maritmo. Remover qualquer material orginico 2 Moer até 70 meth Acelerar a solugio na Etapa 3 4, Dissolver em uma solugio de NaOH [248 Formar Na* solivel fons AIO3, AKOH), + horas « 16°C (320°F) © 60 psi) + NaOH > AIOy + Nat + H,0 4, Sedimentar on peccpitadase residuos ins Remover o prevpitado de Fe(OH], © SiO, ins. fit 5. Resa par inverter a reagio da Fae Presiitar AMOH), [Particulas novas de AKOH)y 580 adi sionadas para nuclear precipitagto de a AWOH, } 6, Filtar © lavar. (A solugio de NaOH & Remover 0 ANOH), ¢ recuperar 0 NaOH jreulada para a Etapa 3) 2 2 130°C (2100°F) Former Al,0, A matéria-prima dissocia-se em um Oxido cristalograficamente mais simples e em um gas. O termo “calcinagio” € agora usado para descrever qualquer operagdo de dissociagiio onde haja liberacdo de um gis. Por cvemplo, é a reagdo de calcinagio para a caulinita [(OH),Al,Si,0,]: (OH),A1,Si,0, — Al,O, + 2810, + 2H,07 (13-5)* Também, a magnesita (MgCO,) é calvinaa para producit os sefiatérivs de peti- clasio (MgO) (Cap. 9). Como o cimento & bastante importante na nossa tecnologia, mengio especial seri feita & clinquerizagdo (Fig. 13-3); € um tratamento térmico que envolve inicial- mente uma calcinagdo, mas que é levado suficientemente longe para que ocorra uma reago quimica. Por exemplo, 0 CaO, Al,O, ¢ SO,, calcinados a partir dos calearios e argilas, reagem para formar o silicato dicalcico (Ca,SiO,), 0 silicato tricdleico (Ca,SiO.), ¢ aluminato tricdlcico (Ca,Al,0,), mais um considerdvel rniimero de outros Componentes menores. Tais componentes sdo hidratados, durante as operagdes de conformacio, nos canteiros de obra (Secdo 13-6). Os diagramas de fases, tais como os da Fig. 6-12, so excelentes guias para as reagdes que ocorrem em temperaturas elevadas, durante a clinquerizacao. Também idéntica a calcinagdo e a clinquerizagao, quanto ao objetivo, porém diferente quanto ao nome, é a etapa de pré-sinterizagio usada no preparo dos mate- riais cerdmicos elétricos € magnéticos. Tais materiais, como carbonatos de elevada pureza, hidrdxidos, ec., so misturados ¢ aquecidos, até reagirem homogeneizarem. 08 Oxidos nas fases desejadas. O “pré-sinter”, como o clinquer do cimento, é entdo moido antes de ser conformado finalmente como produto. Outro processo de homogeneizagio térmica & a operagiio de “obtengiio de frita", usada na confecgio das matérias-primas que compdem os vidrados e esmaltes. Outta ver, uma estrutura mais complicada dissocia-se (incongrucatemente) em estruturas mais simples; as evidéncias de raios X indicam que o corindon (Al,0,) a sllica amorla (S1O,) sBo 0s produtos {niiais. Entretanto, como essas duas fases sio incompativels,reagiio vagarosamente, em temperaturas levadas, para formar a mulita (AlSi,0,,) \Chaminé matérias-primas Alimentador imador de carvao pulverizado Tamara de poeira (edimentagao) I Caldeira usando 0 calor recuperado Resfriador rotativo Correia transportadora: Figura 13-3. Covte esquemitico de um forno rotativo para producto de elingver para cimento portland, (De Norton, F.H, Elements of Ceramics. Reading, Mass.: Addison-Wesley, 1982, p. 211) ‘As matérias-primas so aquecidas acima de suas temperaturas de fusdo, formando um liquido, e entdo resftiadas. O vidro obtido € moido até p6, de forma que poderd set, mais tarde, utilizado como cobertura superficial de uma base cerdmica ou metélica. A operagio final é a queima (Segdo 14-3) de forma a produzir uma super- ficie impermedvel. i / Algumas matérias-primas, na forma de gros cristalinos grosseiros, silo fabri- cadas por fusio em arco, o que resulta em ctistalizagae acompanhada por intense crescimento dos grios. Este método € muito utilizado pela inddstria de abrasivos. EXEMPLO 132. Um corpo de porcelana apresenta a seguinte composigdo, em peso: SiO, 59; AlsO,, 32; KO, 3; Na;O, 1; € CaO, 5. As matérias-primas disponiveis sfo as seguintes: 1 quis 30, Sita (ORDALS0, ou A 04-250,-2H,0 3. Fare: KAISI,Op ou —K,0Al,0, -6Si0, paises 4. Fero — Naaiso, an NOL O4 4810, s.Gikin CACO, cu C40-€20, Supondo que as matérias-primas sejam puras, indicar as quantidades nevesshrias, em libras, de cada material, para a obtengdo de 100 Ib do corpo. Solupdo: CaO = 5 = X,{56,1/100,1) Na,O = 1 = X\(621/5246) K,0 = 3=X,(042/556,) AIO, = 32 = X,(101,9/5246) + X(101,9/556,7) + X,(101,9/258,1) SiO, | = $9 = X4(360,6/524,6) + X,(360,6/556,7) + X,(120,2/258,1) +X, ascendente de agua (Fig. 13-1). A separac&o magnética é muito utilizada quando ‘hd impurezas ferrosas; este proceso pode exigit um aquecimento preliminar de forma a converter os dxidos de ferro em magnetita (Fe,O,). 0 uso da flotacdo € cada vez maior, principalmente quando se pretende separar minerais de gros grosseiros de pegmatito. A flotagdo atua pelo mecanismo do molhamento super ficial: a fase ndo-molhavel pelo liquid é transportada para cima através de bolhas de ar ascendentes, enquanto que as particulas molhaveis submergem. O molha- mento ou ndo-molhamento seletivos podem ser obtidos pela adigao, em pequenas quantidades, de moléculas polarizadas ao liquido (Secdo 5-4), As moléculas polares so superficialmente ativas e podem, portanto, alterar drasticamente as energias de superficie. E dificil, porém, prever o agente de flotagdo mais adequado a cada caso, e muita experiéncia se faz necessiria; ha, todavia, muitos principios gerais que nos podem orientar, de forma a evitar 0s processos de erros ¢ tentativas. Alimentagio YW =» Saida do tamanho n° 4 Entrada_= aeaenn |_Le aida do =~ falda do =~ Saida do grosto tamanho n= tamanho n? 3 Figura 13-1. Croqui esquemitico do processo de elutriacto. As partiulas moidas, de dvesos tamanhos, sedimentam-se em diferentes velocidades, em presenga do fluxo ascendente de Sigua. (Eq, (13-3)) EXEMPLO 13-1. Uma particula de anortita (CaAI;Si,0,i p = 275 glem’) sedimenta na ‘agua a temperatura de 20°Ce a uma velocidade de 1j/'. Qual & 0 diimetro equivalent (esfé- rico) D da particule? Solugdo: Para escoamento viscoso, Ve. = (9,- 0) D718, (13-3) onde, Vq é a velocidade méxima de sedimentacdo, p, e p, sto as densidades do s6lido e do fluido, fespectivamente, e 9 € a viscosidade. Dos dados obtidos em manvais: ao [oo cm/s} (18) (001 sey (O8T em/s*)(275—10 gem) = 1,02 « 10-¢em = L02y Veremos na proxima segdo que os tamanhos ¢ as distribuigdes de tamanho das matérias-primas sto bastante importantes. A andlise granulométrica em peneiras Tyler, usada universalmente para classificar matérias-primas, é um padrdo que tem como base as direas das segdes transversais. Tais tamanhos vio aumentando no sentido de “cima para baixo™ da escala e relacionam-se numa razio miltipla da 4/2 (abscissa superior da Fig. 13-2) A medida que os tamanhos se situam abaixo do limite inferior do peneiramento mecinico, passam a ser classificados de acordo com as velocidades de sedimentagao; tais particulas pequenas sio tratadas em fungio dos diametros esféricos equivalentes. Abertura da malha, polegadas Pr geeegzaa Pe LEE EEE BE s 40 4 a) ofa Ey gE a pi* ELEEor a § S100 100, a Ye ge oo 30] = é% ob Leto 27 o % a2 © aie 2 a Re Sl 40 fo we 2S ' “ow a os 150 wo "6 10m 35 05 180 BO ‘Namero da malha Niimero da malha Figura 13-2, DistribuigGes granulométrcas’ em porcentagens de peso: (a) amanhos concentrados, (b) tamanhos disperses, (c) tamanhos variados, pesos iguais. Os tés grifleos slo (I) frequénci de classe, (2) porcentagem scumulada (nfo-gaussiana), e (3) porcentagem acumulads (gaussiana) A Fig. 13-2(a) e (b) mostra as distribuigdes granulométricas concentrada & dispetsa, respeotivamente, E significativo 0 fato de que, se a operaglio de moagem fornecer uma distribuigio estatistica de tamanhos, ela poderd scr graficamente representada por uma reta, num diagrama acumulado com uma ordenada gaussiana (ver Fig. 13-7) Analogamente, uma distribuigio bimodal, freqientemente neces- stria aos procsssos de prensagem, ¢ mostrada na Fig. 13-2(c) Podemos discutir simultaneamente a lixiviagdo quimica © a precipitagiio. A purificagdo da bauxita [ANOH),] para obter-se uma matéria-prima AI,O, € um exemplo tipico dessa técnica. Os sete estigios gerais, que o processo (chamado processo Bayer) compreende, envolvem solubilizagao ¢ lixiviag&io, bem como sepa- ragdo mecdnica (ver Tab. 13-1). ‘A preparasdo térmica pode set um fim em si mesma ou, entdo, um estigio de ‘um proceso mais complexo (por exemplo, a Etapa 7 na Tab. 13-1). O processo de caleinagdo originou-se na reagio: CaCO, —+ CaO + CO4t. (3-4) Hi tendéncia geral para 0 provessamento adicional de todas as matérias-primas, mesmo no caso das aplicagdes de grande escala, porque, hoje em dia, ha maiores exiggncias quanto as propriedades dos materiais ¢ porque os melhores depésitos € jazidas esto gradualmente se exaurindo. ‘Matérias-primas naturais. Muitas argilas, calcérios, quartzo ¢ minerais seme- Ihantes so diretamente usados nos processos de conformagio. Os trés primeiros estfio abundantemente distribuidos na natureza, de modo que sua selegio se faz segundo dois eritérios: (1) economia de mineragdo ¢ transporte e (2) auséneia (ou presenga) de impurezas. As demais matérias-primas so geralmente de ocorréncia restrita. Os processos geolégicos que levam a concentracdo das matérias-primas incluem (1) preparagdo mecinica, (2) precipitagio quimica, (3) lixiviagio quimica e (4) alte- ragdes térmicas. A areia quartzitica é um exemplo de matéria-prima que foi extensi- vamente lavada e separada mecanicamente por processos geologicos tais como a agio das ondas e dos ventos. Como o quartzo (SiO,) é muito mais duro ¢ menos soltvel que a maioria dos outros minerais, ele torna-se altamente concentrado. Os grios de areia tendem a se arredondar durante tais processos geolégicos ¢ as areias trabalhadas mais vagarosamente so bastante uniformes em tamanho. Os calcirios so tipicos dos processos geolbgicos que envolvem precipitaciio quimica. A reagio Ca®* + HCO)” # CaCO, 1+ H,0 + CO, (3-1) & responsivel pela formagio do caledirio & exatamente a responsivel pelas candi- ‘gdes naturais que possibilitam que essa mesma reago quimica se dé em laboratério. A solubilidade do Ca* e do (HCO,)~ aumenta devido a presenga de altos teores de CO, . Portanto, aguas subterrineas contendo fcido carbénico dissolvem 0 CaCO), transportando os ions Ca?* ¢ (HCO,)~ para regides onde se climinam 0 CO, ¢ a acidez, induzindo a precipitagio do CaCO, (calcita). O caledrio mais puro formou-se fem fguas isentas de sedimentos finos (argila, por exemplo). Também, como ocorre em laboratério, as condigdes para solubilizagio e precipitacdo do CaCO, so diferentes daquelas necessarias para outros fons, de forma que uma separasio “quantitativamente limpa” & possivel. A maioria dos calcérios precipitados € isenta de Alcalis, ferro, manganés e outros cétions. Podem conter, porém, consideraveis teores de Mg?*, suficientes as vezes para formar dolomita [CaMg(CO,),] ou magnesita (MgCO,), que tem grande aplicagio como materiais refratarios (Segiio 9-7), Os caledrios podem provir também de carapagas e outros residuos bioldgicos semelhantes, acumulados. Neste caso, 0 animal auxiliou o processo de precipitago quimica, acelerando a reagdo (13-1) de forma a obter a calcita (CaCO) para sua propria utilizagto. Durante muitos séculos, os processos geol6gicos envolvendo hidrélise ¢ lixt- viagdo quimica foram responsaveis pela formagio das argilas primérias, a partir dos feldspatos ¢ granitos: 2KAISI,O, + 11H,0 — (OH),AI,Si,0, + 2KOH + 4Si(OH),. (13-2) ‘ortoctisio feldspato + gua — cutna + SMe | soliveis Algumas dessas argilas permaneceram no mesmo local, como caulins residuais, ¢ outras foram erodidas © mecanicamente separadas em sedimentos, compostos por particulas finamente divididas. Os sedimentos argilosos mais puros formaram-se em lagos trangiiilos de aguas salgadas. Os gedlogos associaram tais éguas As eras geoldgicas entre os periodos de formagio do carva ‘Os depésitos de pegmatitos ilustram o mecanismo final do processo geol6gico, ou seja, a alteragdo térmica. Os pegmatitos so estruturas geolégicas enriquecidas por minerais que, geralmente, desenvolvem grios de grande tamanho. A composig&o dos pegmatitos varia acentuadamente, mas contém, em geral, minerais com grandes quantidades de ions facilmente ionizaveis. Minerais alcalinos so comuns, ¢ 0s ions de flior so freqtientemente substituidos por fons (OH)~. Encontram-se, também, ions pequenos, como o Be®*, Em suma, os pegmatitos silo produtos da difusio geolégica © de intenso crescimento cristalino, Sem divida, as temperaturas eram clevadas; porém, ha considerdvel evidéncia a indicar que a cristalizagdo ¢ o cresci- ‘mento do gro ocorreram primeiramente como reagdes no estado s6lido ou pro- cessos hidrotermais (Segfio 14-5). Embora menos comuns que as rochas sedimen- tares, fgneas cu metamérficas, os pegmatitos sio importantes fontes de matérias- -primas para fins cerdmicos, pois fornecem concentragdes utiliziveis de muitos elementos de dificil obtengao (como Li, Be, K, et) ‘Nao nos proporemos, aqui, a enumerar as ocorréncias geoligicas de todas as ‘matérias-primas, mas cabe-nos lembrar que a maiotia delas se concentrou por processos andlogos aos acima expostos. Matérias-primas processadas. Os processos geol6gi , com seu tempo infini tamente longo ¢ sua ago amplamente distribuida, deram origem as principais ‘matérias-primas por nés utilizadas. Porém, requisitos tecnolégicos de quantidade € composigdo levaram o engenheiro a beneficiar a maioria de tais matérias-primas disponiveis. O beneficiamento e o processamento adicional passam a assumir cada vez maior importaneia futura, E interessante notar a similaridade entre os processos, sejam os lentos processos geolégicos, sejam os rapidos processos artificiais. Nao & surpresa, visto que se apli- cam 0s mesmos principios, quimicos ¢ fisicos. A dinica diferenga significativa esti na limitagdo de tempo imposta ao set humano nos processos de beneficiamento. Hé varios meios para se efetuar a separacdo mecinica. Imediatamente apos extraidas da fonte natural, a matéria-prima deve ser britada e selecionada, para liminagdo das impurezas. Como a maioria das matérias-primas é fragil, a operagdo de britagem nio oferece problemas sérios. Mesmo os materiais abrasivos (como 0 Al,0, com FeO, em solugdo sblida) podem ser britados, desde que se disponha de equipamentos resistentes ao desgaste. Para uma separacio eficiente, deve-se granular o material até que as suas dimensdes equivalham as do material a ser separado; assim, ndo é possivel a utilizagdo de equipamentos mecanicos para separar, por exemplo, ions adsorvidos de manganés das particulas de argila. Entretanto, a fase desejavel, ou a indesejével, pode ser liberada em muitas matérias-primas de granulagdo grosseira. ‘Uma vez obtida a fase desejada, podemos utilizar grande variedade de opera- oes fisicas. Blas incluem processos de separagiio como a elutriacao, onde particulas com diversas gradagdes de massa ¢ tamanho sedimentam-se, sob ago de um fluxo carro 13 PRODUTOS CERAMICOS: CONFORMACAO 13-1 INTRODUGAO Todos os produtos cerdimicos disponiveis ao engenheiro exigem determinacios rocessos de conformago, ¢ aqui encontram-se as principais diferengas entre os metais € os materiais ceramicos. A maioria das operagdes metaliirgicas de contor- ‘magao depende da fundigio, a partir de um liquido, e/ou de uma operagio de traba- Iho mecinico. Tais técnicas silo raramente empregadas na produgio dos materiais cerimicos, onde a conformago hidropléstica dos solidos adquire méxima impor- tincia. A metalurgia do pé, que se vale da aglomeragio obtida através dos processos de sinterizacao, & a técnica para metais que mais se aproxima a tecnologia cerdimica, porém é muito mais utilizada nesta dltima do que na metalurgia. As operagdes de conformagao plistica ¢ de conformagio vitrea, usadas na ceramica, assemelham-se bastante as tecnicas empregadas na producdo de polimeros. Esquecamos, porém, as analogias entre cer‘imica e metais ou plasticos, e dediquemo-nos, entio, ao estudo do processamento dos materiais cerémicos. A conformagéo dos produtos cerdmicos tem inicio na preparagdo da matéria- prima. A forma final do produto depende, principalmente, de: (1) aglomeragio das particulas ¢ (2) de formagiio viscosa, além de alguns outros métodos. Por conveni- éncia, subdividiremos a aglomeragio em (a) prensagem a seco, (b) conformagao hidroplistica e (c) fundigdio em barbotina, Discutiremos cada item em detalhes. A escolha do método de conformagdo depende (Caps. 8 e 12) das propriedades dos materiais ceramicos. O cariter néo-dutil, frigil, desses materiais é, pois, de extrema importancia. Quando as matérias-primas sto de tamanho coloidal, a natureza da superficie torna-se importante, 13-2 MATERIAS-PRIMAS As matérias-primas necessérias a fabricagdio dos produtos ceramicos oriyi znam-se na natureza. Algumas so incorporadas aos produtos em sua forma natural outras sto previamente beneficiadas € processadas. Duas generalizagdes podem ser feitas: (1) As matérias-primas para produtos de aplicagio em grande escala (tais como tijolos, concreto, refratirios, etc) recebem Pouco ou nenitum processamento prévio, ao paso que aquelas que se destinam a produtos de aplicagio em pequena escala (cer4mica para eletrdnica ou eletrotécnica, ferramentas de corte, vidros Spticos) so intensamente beneficiadas. Tais fatos sdo conseqiiéncia de requisitos econdmicos ¢ das propriedades dos matcriais. (2) REFERENCIAS PARA LEITURA ADICIONAL BOWMAN: R.E, “How Radiation Affects Engineering Materials”, Materials in Design Engineering. $2. 119-134 (Julho 1960). Apreseniagio introdut6ria. incluindo materials metilicos, cerimicos © orginicos FAN, H.Y, ¢ K. LARK-HOROVITZ, “Effects of Radiaton on Semiconductors", Effects of Radiation on Materials (J.J. Harwood, et al, editores). New York: Reinhold, 1958, pp. 159-190, Artigo resumido sobre o assunto, KLING, HP, ¢ B. KOPELMAN, “Ceramic Fucls", pp. 90-109, ¢ H. SHAPIRO, “Ceramic Cores", pp. 199-206; de Materials for Nuclear Reactors (B. Kopelman, editor). New York: McGraw-Hill, 1959. Resumes a respeito dos assuntos indicados KRIEDL, N.J, ¢ J.R.HENSLER, “Special Glasses for Nuclear Engincering Applications", Modern Materials, Vol. | (H.H. Hausner, editor). New York: Academic Press” 1958, pp. 217-241. Excelente artigo para os especialstas. NORTON, F.H. Refractories, 3* edigdo. New York: MacGraw-Hill, 1949. O Cap. 24 6 sobre 0s materiais refratirios aplicados nos campos da energia. nuclear PRIMAK, W, ¢ M. BOHMAN, “Radiation Damage". Progress in Ceramic Science, Vol 2 (.E, Burke, editor), New York: Pergamon Press, 1962, pp. 103-180. Apresentagdo tebrica dos materais cerimicos. Extensa bibliografia, Radiation Ejfects on Materials, Vol, 1-3. Philadelphia: American Society for Testing and Materials, 1957-58. Artigos de 3 simpésios sobre o assunto. Os siltimos dois artigos do Vol. 3, sobre alteragSes pela radiagdo dos cristais piezocléticos e dos vidros Spticos, Slo de interesse direto dos ceramistas REINSMITH, G, "Nuclear Radiation Effects on Materials", AS.7-M. Bull, 224, 37-47 (Setembro 1958). Resumo excelente. SMOLUCHOWSKI, K, “Eifects of Kadiation on Eletronic and Optical Properties of Tnorganic Dielectric Materials”. Eifeets of Radiation on Materia, (J. . Harwood. et al, editores). New York: Reinhold, 1958, pp. 144-158. PROBLEMAS 1241. Explicar as alteragées, induzidas por néutrons, do ZO, da Tab. 12-1 12-2. Supor que BaTiO, scja considerado um composto utilizavel como cristal piezoele- trico em um meio com radiagbes de néutrons. Discutir as possiveis complicagdes, se houver. 123. Determinar as variagdes nos valores da “perda fracionaria de energia” da Tab. 12-3. 124. (a) Qual 0 composto que sofrera maior mudanca na condutibilidade térmica quando exposto aos néulrons: quartzo ou silica fundida? Por qué? (b) Explicar os efeitos opostos A exposigdo aos néutrons que ocorrerdo nas densidades dessas 2 fascs. Parte 3 O PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS CERAMICOS elo fato deste livro ser fundamentalmente dedicado is propriedades dos mate riais cerdimicos, ndo entraremos em grandes detalhes quanto aos processos de con- formagéo dos materiais cerimicos. Entretanto, tais processos sio importantes para o ceramista e para 0 engenheito de projeto, pois as técnicas de fabricagao influem freqiientemente sobre as propriedades ¢ hii limitagdes devidas ao processo de con- formagdo de um material. Um engenheiro de projeto que ignore tais consideragdes ni poderd optar pela selego de material mais vantajosa. Assim, a Parte 3 seri dedicada ao Processamento dos Produtos Cerdmicos, pois a escolha dos pro- ceess03 de fabricagdo depende da Natureza dos Materiais Cerimicos (abordada nna Parte 1) e das Propriedades e Comportamento dos Materiais Ceramicos (Parte 2) Discutiremos ambos, conformagao (ou formaciio) dos produtos cerdmicos e trata- mentos térmicos, necessirios & obtengio das especificagSes finais. leitor devera dedicar-se a um estudo adicional sobre os principios ¢ requi- sitos de fabricagao, se ele almejar um conhecimento mais profundo da engenharia cerdmica, onde a producdo do material é principal centro de interesse. Também, ‘0 ndo-ceramista terd grandes vantagens em conhecer os detalhes de produgiio e suas varidveis, para aqueles produtos que normalmente ele especifica em seus projetos. Tabela 12-3, Propriedades da interaglo néutron-étomo a a ; F Seqdo transversal Sepfo transversal Relasio de Hiemento “Ge atuerio,seplhamene Fels facontria ee 10-**em?(barn) 10"? cm? (barn) a ca 2500 33 ois opo02i B 700 3 0017 0.00073 Hr 120 10 opu 0,009 Li 64 2 0.26 o.0083, Co 33 5 0.034 0.0051 w 16 37 OIL 0,039 Ti 3 6 041 o473 Mo 4 65 021 00035 Cr 3 4 0,038 O0s1 Ba 125 8 0.015 0.096 i os “4 0,022 0.615 Mg oa 36 0,08 0,70 Ca 04 95 0,049 1,08 Si 025 7 0.07 a2 al 023 15 0.07 047 F 001 4 O41 61 Be 0.009 61 02 133 c 0.0045 48 os 162 ° 016 41 02 36 H 03 200 10 o D - - 72 47500 He 0 15 0425 ES Tabela 12-4, Combustiveis cerdimicos Condutibitidade Bee Densidade, glem? Ponto de fusto Series Pompe aproximado, °C Salem. Total Urania ems uo, 109) 88 2800 002 uc 137 130 2400 0.08 uc, 7 106 2.500 008 u 181 181 110 0.07 desvantagem a baixa condutibilidade tén tura se eleva. Em alguns projetos de reatores, & vantajoso o emprego tanto de solugdes s6lidas bindrias como de compostos de UO, com outros dxidos, pois hi maior queima de combustivel com menos deterioriagdo estrutural devida a radiagao, O composto ZrO, quando estabilizado na forma citbica, forma um solvente s6lido adequado. Possiveis compostos binarios incluem os uranatos alcalino-terrosos. a, que diminui a medida que a tempera Componentes para controle. O chdmio, com sua seco transversal de elevada absorgdo, € freqtientemente usado como um elemento de controle. Entretanto, & medida que se elevam as temperaturas para se obter mais eficiente conversio de energia, outros elementos passardo a ser mais seriamente considerados. O carbeto de boro eo hiinio sto possibilidades a serem consideradas. Os elementos da série lantnio (ndo listados na Tab. 12-3) tém também segdes transversais de alta absorgio (> 1100 barns), de forma que seus éxidos podem ser possivelmente utilizados para os componentes de controle. Moderadores. Reatores que dependem de néutrons lentos (térmicos) para ope- ragiio necessitam da presenga de moderadores para reduzir a energia dos néutrons. A relagdo de moderacdo (Tab. 12-3) identifica os materiais mais adequados. A vantagem do DO (égua pesada) para reatores de baixa temperatura é Sbvia, enquanto que reatores de altas temperaturas fazem uso de grafita purificada ou BeO. Em geral, a grafita é preferida por possuir melhor condutibilidade térmica a tempera- turas elevadas. Entretanto, muito cuidado deve ser tomado na fabricacio, de forma ase produzir um cristal de orientagao aleatéria, pois 0s cristais tém, individualmente, uma pronunciada anisotropia em muitas de suas propriedades. A dilatagdo térmica € um fator particularmente importante, pois variagdes dimensionais desiguais podem romper as rigidas tolerdncias estruturais. Em virtude de seu uso, um moderador € submetido a severo dano devido & radiagiio; tal fator precisa ser levado em consi- derago na ocasidio do projeto. 12-4 BLINDAGENS E DISPOSITIVOS PARA OS REJEITOS Uma blirdagem adequada para os néutrons € melhor conseguida utilizando materiais que possuam segdes transversais de alta absorcGo, particularmente no caso de haver limitagdo de espago. A radiaglo gama, por outro lado, é melhor absorvida por materiais densos, constituidos por atomos pesados. Quando néo ha limitagdes para a massa da blindagem, acrescenta-se simplesmente materiais brutos. Quando ha limitagdes, 0 dxido de chumbo encontra grande uso nos vidros, co sulfato de bario (barita) € usado como agregado para concreto. Por isso, chumbo, ferro © tungsténio metalicos, como também outros metais, tém sido empregados. ‘Um problema complexo na tecnologia nuclear € 0 destino dos rejeitos at6micos, porque muitos dos subprodutos da fissio nuclear possuem meia-vida suficiente- ‘mente longa e devem ser transformados em materiais téo inertes quanto for possivel. Ha uma solugdo potencial entre os principios ja mencionados neste livro (Cap. 5). ‘Como alguns dos mais nocivos produtos da fissio radioativa sio alcalinos ¢ alea- lino-terrosos, iais como 0 Cs!27 ¢ o S1°, € possivel absorvé-los nas superficies dos ‘materiais de troca basica (Segao 5-3). As argilas montmoriloniticas (Tab. 3-5 ¢ Fig. 5-2b) sio utilizadas para esse fim. Ap6s a troca iGnica, tais cristais sfio secos, ¢ quei- mados, de forma a transformarem-se em um produto cerdmico, quimicamente inerte, de vidro ¢ cristais ndo-trocaveis.

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