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O SEPE/RJ é um dos maiores sindicatos da educação pública do país, que surge na luta contra a ditadura militar e ao longo de décadas sempre esteve ao lado das causas populares. Foi nossa arma na batalha por grandes conquistas, como o nosso plano de carreira na rede estadual, e a defesa dele contra sucessivos governos que tentaram usurpá-lo, por exemplo.
Muito embora os projetos aplicados pelos governos, calcados na meritocracia, e a propaganda oficial procure difundir a ideia do professor “profissional liberal”, integrado no sistema em um patamar ascendente, nosso ofício é exercido por uma classe de trabalhadores (grande parte horista), sujeita as mesmas condições de rotina e opressão que a massa de trabalhadores do Brasil. Por isso, embora vejamos muita gente negar, o sindicato finca raízes profundas como um instrumento coletivo de defesa da classe.
Nos últimos anos, entretanto vimos crescer no interior da categoria uma forte rejeição a esse instrumento de luta, o SEPE. Essa rejeição, que precisa ser esmiuçada, fragiliza a nossa organização e as nossas lutas. Mas quais são as verdadeiras razões que levam uma categoria a rejeitar a sua ferramenta de luta, o sindicato?
O SEPE, como a grande maioria dos sindicatos que surgiram na esteira das lutas pela redemocratização, apresenta uma grande dificuldade de renovar seus quadros dirigentes. Durante todos esses anos a direção do nosso sindicato esteve nas mãos dos mesmos grupos, com pequenas exceções mudam as cadeiras e permanecem os mesmos atores. A ausência de renovação acaba levando esses grupos a acomodação, e pior, leva-os a tratar a entidade como “propriedade privada” das correntes que hegemonizam a direção do sindicato. Isso ficou muito claro na greve unificada de 2014, quando a base da categoria tomou para si o protagonismo da construção da greve, atuando nas comissões no interior do sindicato: imprensa, comando de greve, organização de atos, etc. A resposta da direção majoritária foi sabotar a greve e trabalhar para o seu encerramento. Hoje esse mesmo fenômeno também é denunciado na greve dos educadores em São Paulo contra a direção da APEOESP, nós o conhecemos bem, é a chamada burocratização!
As duas últimas greves (2013 e 2014) que mobilizaram as maiores redes do estado do RJ, rede municipal e estadual, evidenciaram bem os limites desses grupos que hoje hegemonizam a direção do nosso sindicato: distanciamento e falta de diálogo com a base da categoria, falta de postura classista no enfrentamento com os governos, apostas na conciliação com parlamento e justiça, e criminalização das lutas e dos lutadores.
O ano 2015 se iniciou com fortes greves e massivas mobilizações da educação em vários estados (São Paulo, Paraná, Pará, Macapá, Pernambuco, Santa Catarina, Goiânia, Maceió). Esta é a resposta ao plano de ajuste da Dilma que efetivou o maior corte e ajuste na área da educação. Até agora a direção do SEPE não apostou em nenhuma medida de luta, não mobilizou em solidariedade aos educadores de todo o país, não mobilizou nas marchas unificadas de diferentes setores da educação, a exemplo do dia 26/3, que propôs fazer debate dentro das escolas, quando em todo o país se realizavam atos de ruas de todos os setores da educação contra a política de cortes e retirada de direitos.
É por isso que nos apresentamos para disputar essas eleições defendendo “uma nova direção para o Sepe”, com objetivo de defender a nossa ferramenta de luta dos vícios da burocratização e de fortalecê-la para enfrentar os planos de cortes e de retirada de diretos que Dilma, governadores e prefeitos tentam nos aplicar. Esta tarefa ganha uma urgência extrema. Precisaremos de uma entidade forte e representativa no interior da categoria para organizar e colocar os trabalhadores da educação em marcha contra os governos!
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Programa 5CHAPA QUENTE: POR UM SEPE CLASSISTA, COMBATIVO E PELA BASE! OPOSIÇÃO DE ESQUERDA POR UMA NOVA DIREÇÃO PARA O SEPE
O SEPE/RJ é um dos maiores sindicatos da educação pública do país, que surge na luta contra a ditadura militar e ao longo de décadas sempre esteve ao lado das causas populares. Foi nossa arma na batalha por grandes conquistas, como o nosso plano de carreira na rede estadual, e a defesa dele contra sucessivos governos que tentaram usurpá-lo, por exemplo.
Muito embora os projetos aplicados pelos governos, calcados na meritocracia, e a propaganda oficial procure difundir a ideia do professor “profissional liberal”, integrado no sistema em um patamar ascendente, nosso ofício é exercido por uma classe de trabalhadores (grande parte horista), sujeita as mesmas condições de rotina e opressão que a massa de trabalhadores do Brasil. Por isso, embora vejamos muita gente negar, o sindicato finca raízes profundas como um instrumento coletivo de defesa da classe.
Nos últimos anos, entretanto vimos crescer no interior da categoria uma forte rejeição a esse instrumento de luta, o SEPE. Essa rejeição, que precisa ser esmiuçada, fragiliza a nossa organização e as nossas lutas. Mas quais são as verdadeiras razões que levam uma categoria a rejeitar a sua ferramenta de luta, o sindicato?
O SEPE, como a grande maioria dos sindicatos que surgiram na esteira das lutas pela redemocratização, apresenta uma grande dificuldade de renovar seus quadros dirigentes. Durante todos esses anos a direção do nosso sindicato esteve nas mãos dos mesmos grupos, com pequenas exceções mudam as cadeiras e permanecem os mesmos atores. A ausência de renovação acaba levando esses grupos a acomodação, e pior, leva-os a tratar a entidade como “propriedade privada” das correntes que hegemonizam a direção do sindicato. Isso ficou muito claro na greve unificada de 2014, quando a base da categoria tomou para si o protagonismo da construção da greve, atuando nas comissões no interior do sindicato: imprensa, comando de greve, organização de atos, etc. A resposta da direção majoritária foi sabotar a greve e trabalhar para o seu encerramento. Hoje esse mesmo fenômeno também é denunciado na greve dos educadores em São Paulo contra a direção da APEOESP, nós o conhecemos bem, é a chamada burocratização!
As duas últimas greves (2013 e 2014) que mobilizaram as maiores redes do estado do RJ, rede municipal e estadual, evidenciaram bem os limites desses grupos que hoje hegemonizam a direção do nosso sindicato: distanciamento e falta de diálogo com a base da categoria, falta de postura classista no enfrentamento com os governos, apostas na conciliação com parlamento e justiça, e criminalização das lutas e dos lutadores.
O ano 2015 se iniciou com fortes greves e massivas mobilizações da educação em vários estados (São Paulo, Paraná, Pará, Macapá, Pernambuco, Santa Catarina, Goiânia, Maceió). Esta é a resposta ao plano de ajuste da Dilma que efetivou o maior corte e ajuste na área da educação. Até agora a direção do SEPE não apostou em nenhuma medida de luta, não mobilizou em solidariedade aos educadores de todo o país, não mobilizou nas marchas unificadas de diferentes setores da educação, a exemplo do dia 26/3, que propôs fazer debate dentro das escolas, quando em todo o país se realizavam atos de ruas de todos os setores da educação contra a política de cortes e retirada de direitos.
É por isso que nos apresentamos para disputar essas eleições defendendo “uma nova direção para o Sepe”, com objetivo de defender a nossa ferramenta de luta dos vícios da burocratização e de fortalecê-la para enfrentar os planos de cortes e de retirada de diretos que Dilma, governadores e prefeitos tentam nos aplicar. Esta tarefa ganha uma urgência extrema. Precisaremos de uma entidade forte e representativa no interior da categoria para organizar e colocar os trabalhadores da educação em marcha contra os governos!
O SEPE/RJ é um dos maiores sindicatos da educação pública do país, que surge na luta contra a ditadura militar e ao longo de décadas sempre esteve ao lado das causas populares. Foi nossa arma na batalha por grandes conquistas, como o nosso plano de carreira na rede estadual, e a defesa dele contra sucessivos governos que tentaram usurpá-lo, por exemplo.
Muito embora os projetos aplicados pelos governos, calcados na meritocracia, e a propaganda oficial procure difundir a ideia do professor “profissional liberal”, integrado no sistema em um patamar ascendente, nosso ofício é exercido por uma classe de trabalhadores (grande parte horista), sujeita as mesmas condições de rotina e opressão que a massa de trabalhadores do Brasil. Por isso, embora vejamos muita gente negar, o sindicato finca raízes profundas como um instrumento coletivo de defesa da classe.
Nos últimos anos, entretanto vimos crescer no interior da categoria uma forte rejeição a esse instrumento de luta, o SEPE. Essa rejeição, que precisa ser esmiuçada, fragiliza a nossa organização e as nossas lutas. Mas quais são as verdadeiras razões que levam uma categoria a rejeitar a sua ferramenta de luta, o sindicato?
O SEPE, como a grande maioria dos sindicatos que surgiram na esteira das lutas pela redemocratização, apresenta uma grande dificuldade de renovar seus quadros dirigentes. Durante todos esses anos a direção do nosso sindicato esteve nas mãos dos mesmos grupos, com pequenas exceções mudam as cadeiras e permanecem os mesmos atores. A ausência de renovação acaba levando esses grupos a acomodação, e pior, leva-os a tratar a entidade como “propriedade privada” das correntes que hegemonizam a direção do sindicato. Isso ficou muito claro na greve unificada de 2014, quando a base da categoria tomou para si o protagonismo da construção da greve, atuando nas comissões no interior do sindicato: imprensa, comando de greve, organização de atos, etc. A resposta da direção majoritária foi sabotar a greve e trabalhar para o seu encerramento. Hoje esse mesmo fenômeno também é denunciado na greve dos educadores em São Paulo contra a direção da APEOESP, nós o conhecemos bem, é a chamada burocratização!
As duas últimas greves (2013 e 2014) que mobilizaram as maiores redes do estado do RJ, rede municipal e estadual, evidenciaram bem os limites desses grupos que hoje hegemonizam a direção do nosso sindicato: distanciamento e falta de diálogo com a base da categoria, falta de postura classista no enfrentamento com os governos, apostas na conciliação com parlamento e justiça, e criminalização das lutas e dos lutadores.
O ano 2015 se iniciou com fortes greves e massivas mobilizações da educação em vários estados (São Paulo, Paraná, Pará, Macapá, Pernambuco, Santa Catarina, Goiânia, Maceió). Esta é a resposta ao plano de ajuste da Dilma que efetivou o maior corte e ajuste na área da educação. Até agora a direção do SEPE não apostou em nenhuma medida de luta, não mobilizou em solidariedade aos educadores de todo o país, não mobilizou nas marchas unificadas de diferentes setores da educação, a exemplo do dia 26/3, que propôs fazer debate dentro das escolas, quando em todo o país se realizavam atos de ruas de todos os setores da educação contra a política de cortes e retirada de direitos.
É por isso que nos apresentamos para disputar essas eleições defendendo “uma nova direção para o Sepe”, com objetivo de defender a nossa ferramenta de luta dos vícios da burocratização e de fortalecê-la para enfrentar os planos de cortes e de retirada de diretos que Dilma, governadores e prefeitos tentam nos aplicar. Esta tarefa ganha uma urgência extrema. Precisaremos de uma entidade forte e representativa no interior da categoria para organizar e colocar os trabalhadores da educação em marcha contra os governos!