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COLEGAO TOPICOS Bachelard, G. — A POETICA DO DEVANEIO. Bacheard, G. — A POETICA DO ESPAGO Rachelard, G. — A AGUA F 0S SONHOS Bachelard,G, — © AR E 5 SONHOS Ferenc, §, — THALASSA Berpson, H. — MATERIA E MEMORIA Bachelar,G. — A TERRA E OS DEVANEIOS DO REPOUSO Bachelard, G. — A'TERRA E OS DEVANEIOS DA VONTADE Merteu-Pony, M. — SIGNOS ade, M. ~ MEFISTOFELES E 0 ANDROGINO lade, M. — IMAGENS F SIMBOLOS sofsky, E. — ARQUITETURA GOTICA F ESCOLASTICA Fide, M. ~ 0 SAGRADO F 0 PROFANO Duma, G. — DO MITO AO ROMANCE Tarde, G. — A OPINIAO E AS MASSAS Sore, G. — REFLEXOES SOBRE A VIOLENCIA Ryle, G. — DILEMAS [Awain, J. L. — SENTIDO E PERCEPCAO [PROXIMOS LANCAMENTOS: ‘Simmel, G. — FILOSOFIA DO AMOR Wall, §. — A GRAVIDADE E A GRACA oe r ___J-L. Au Sentido e Percepcao J92.9 A936). fo 1995 U,F.M.G. - BIBLIOTECA UNIVERSITARIA HNN le? NAO DANIFIQUE ESTA ETIQUETA Martins Fontes ‘0 Poulo — 1993 ee Se Nestas aulas, vou discutir algumas doutrinas conhecidas (a esta altura talvez nem tanto) acer- ca da percepgao sensivel. Receio que nao chegue- mos ao ponto de decidir da verdade ou falsidade dessas doutrinas; na verdade, porém, essa é uma questo que nao pode ser decidida, pois ocorre que todas essas teorias querem abarcar 0 mundo com as pemas. Na discussio, tomarei como pretexto principal The Foundations of Empirical Knowledge', do professor A. J. Ayer, mas também mencionarei Perception?, do professor H. H. Price, e, mais adian- te, 0 livro de G. J. Warnock sobre Berkeley? Hé bastante 0 que criticar nesses livros, mas escolho- os por causa dos seus méritos, ¢ nao de suas defi- ciencias. Parecem fornecer as melhores exposigées disponiveis das razdes aceitas para sustentar dou- trinas que remontam pelo menos a Heréclito — 8 SENTIDO E PERCEPCAO mais completas, coerentes ¢ exatas em sua termi- nologia do que, por exemplo, as que se encontram em Descartes ou Berkeley. Nao hé diivida de que 08 autores desses livros jd nfo sustentam as teorias neles expostas, ou, de qualquer modo, de que nfo as exporiam novamente da mesma forma. Mas eles, pelo menos, defenderam-nas h4 nao muito tempo, ¢, evidentemente, um bom ntimero de grandes fi- 6sofos sustentou essas teorias e propds outras dou- trinas delas resultantes. Os autores que escolhi pa- ra discutir podem diferir entre si com base em cer- tas sutilezas que, eventualmente, levaremos em con ta — por exemplo, parecem divergir quanto a sa- ber se a distingao principal que estabelecem € en- tre duas “Tinguagens”’ ou entre duas classes de en- tidades —, mas acredito que concordam entre si, € com os seus predecessores, em todos os seus prin- cipais pressupostos (que, em sua maior parte, pas- sam despercebidos). Suponho que, idealmente, uma discussao desta espécie deveria comecar pelo exame dos textos mais antigos; mas, neste caso, tal caminho nos é vedado pelo fato de esses textos no mais existirem. As dou- trinas que estaremos discutindo — ao contrario, por exemplo, de doutrinas acerca dos ““universais”” — 4 eram bastante antigas no tempo de Platio. A doutrina geral, enunciada na sua generali- dade, apresenta-se assim: nés nunca vemos, ou, de ‘outro modo, percebemos (ou ‘‘sentimos”), ou, de w SENTIDO B PERCEPCAO 9 qualquer maneira, nunca percebemos ou sentimos, diretamente objetos materiais (ou coisas materiais), ‘mas somente dados dos sentidos (ou nossas préprias idéias, impressdes, sensa, percepdes sensfveis, per- ceptos, etc.). Podemos muito bem desejar saber quio séria se pretende essa teoria, o qudo estrita e literalmen- te 08 fil6sofos que a propuseram queriam que fos- sem interpretadas as suas palavras. Mas acho que, por ora, é melhor no nos preocuparmos com essa questo. Na verdade, no é nada fécil respondé-la, pois, por mais estranha que pareca a teoria, 0 fato € que nos dizem por vezes para no nos preocupar- ‘mos com ela — na realidade, ela nada mais faz que expor aquilo em que sempre acreditamos. (Pode- se ficar com uma parte ¢ jogar fora 0 resto.) Seja como for, est claro que consideramos a doutrina digna de ser enunciada, e que as pessoas a acham per- turbadora; portanto, podemos pelo menos come- car com a certeza de que a teoria é merecedora de una atencio séria. Minha opinio geral sobre a teoria é a de que se trata de um ponto de vista académico, imputével, primeiro, a uma obsessio por umas poucas pala- ras, cujos usos so simplificados em excesso ¢ nao so realmente entendidos, cuidadosamente estuda- dos ou corretamente descritos; e, segundo, a uma obsessfio com uns tantos “fatos”” mal estudados (e quase sempre os mesmos). (Disse “‘académico”, 10 SENTIDO E PERCEPOAO mas poderia também ter dito “filoséfico”’; simpli- ficago excessiva, esquematizacio ¢ constante 1 peticao da mesma série de ‘‘exemplos’” estéreis no apenas nao sao peculiares a este caso, mas so por

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