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veo: ‘Stuare Hal = 10° cago DPA estore 1 ‘A IDENTIDADE EM QUESTA questo da identidade esté sendo extensamente dscuida na teovia soca. Em essénca,oargumento€0seuinte: 2s velhas identidades, que. por tanto tempo ‘stabiizeram o mundo coca, esto em declinio, {szendo surgi novasidenidadesefraginentande ‘9 indivduo moderna, até equi visto como um ‘wjito unificado, A assim chamada “crise de ‘entidade” ¢visie como parte de um processo tmaisamplo de mudanea, que estédeslocando a8 festutures © process centais das sociedades moderas ¢ abalando os quadros de referencia, {que davam acs individuos uma ancoragem estvel so mundo social 0 propésito deste livro & explorarslgumas das questies sobre a identidede cultural na todernidade tarda e avaliar ap existouma “else ‘de identidade", em que consnte esn crise e em ‘gue dregdo ela eat indo. O io eo vo para {GuetSes como: Que pretendemos dizer com “rise ‘Seidentidade”? Que scontecimentosecentes ns ‘socldades moderns precipitaram esa criss? Que formas ela toma? Quis fo suas conseqiéncias potencisis? A primeira parte do lv (aps. 1-2) 7 lida com mudancas nos conecitos de idenidade © de sajlo. A segunda parte (np 3-6) denenlve fase argumento com relagio a identidades culturais~ aqucesaspectos de nossa idenidodes ‘que surgem de nosso “pertencimento” a cultras nieas raciis, Linguistica, religosas ey aca etd, nana, ate liza exert a pat de ums pasigla Desicamente simpatica & afirmagéo de que as fdemidades madernss esto senda descents” isto é, desloeadas ou fragmentadas Seu propsito 0 de explorar esta alrmagdo, ver ¢ que cla implica, qualita e disatr quai podem ser ‘sts provivels conseqiéncins, ho desoavolver 0 frgumento,introduxo certs complexidades © ‘examine alguns aspectos contaditrios que a nogéo de “descentrapio”, em sua forma mais ‘Spliced, devemlers Consequestemente, a formulagdes deste Treo ado provisvins © aberas di contetagSo, A opinito dentro da comunidede sociolégea eat tinda profundamente dividida quanto. esses fesuntos, As tendéncias sio demasiadamente ‘eentes ¢ambiguas. 0 préprig eonesito com o qual ‘ctamce dando, “teoidade”, & demasidamerte ‘complene ie poucodesenvevido e muito pouco ‘compreenddo na cncia soil contemporaine para ‘ser definitivamente posto prove. Como ocerre am muitos outros Fendmenos seis, 6 impossivel ‘lever armies conduit ier jolgamenon seguro sobre a alogagdes ¢proposigtesttriens ‘que eatfo aendo apresentacas. Devos ter iso fm mente ao se ler 9 retante do ro, Para squolesasteéricslas que screditam que as idenidades modernas esto entrando em Colapso, 0 argumento se desenvolve da seguinte forma. Um tipo diferente de mudanga estutural sd uansformando ai sociedales modernas no final do steulo XX. Iso ext fragmentando as paisgonsculturas de case, géner,sexualiade, emia, aga e nacionalidade, que, na passsdo, nos tinham formecido aélidas loealiapdes como individuos sociais. Estas transformacdes esto também mudando nossa idenidades pessonis, abalande adéia que tems de ns préprios come ‘jets intgrados. Esta perda de um “sentido de si” estvel 6 chamada, algumas vezes, de Aeslocamento on descentraglo do suete. Ese ‘dup dedloesmento = descentraco dos ndvdos tanto de seu lugar no mundo tocal e cultaral ‘quanto desi mesmos ~ consti uma “erie de idontdade” para o indivduo. Como observa 0 ‘rtco cultural Kobena Mercer, “a idenidade Somente se torna uma questio quando esté em ‘rise, quando algo que se supe como fixo, ‘coerente¢ estivel & dedlocado pela experimen ta diva eda incereza” (Mercer, 1990, p. 43). Esces procestos de mudangs, tmmados em conjunto, representam wm processo. de teansformagio to fandamentl e abrangente que ° somes compelidee a perguntar se nto & a ripe ‘moderna questi send wansformada. Fate lo ‘erecenta una nove dimensto ease argumenta: ‘firmazgo de que naquilo que & desta, alas ‘ze, come nosso mud pls maderno, nb somos também "pe" relaivamente a qualquer concepeae ‘rencialstaou fade dentdade alge que, deade 6 Thaminom, se supe dfnieo proprio mile ou ‘ustcia denen se efandamentar nossa existe ‘como sujetoe humanos. A fim de explora ess ffimagto, devo examiner primeiramente a= defngde de idence eo carter da mudanga ma ‘moderidade tri. Tras concepcses de identidade Para os propésitos desta exposicto, istnguiel tts concepytes muito diferentes de Sdentidade, a saber, as concopgées de idenidade a 4} sujet do Tuminismo, D) auto sociabgic © 6) sujet pis moderno. 0 sujcito do Tuminismo estava baseado uma eoncepgio da pessoa humana como um individ totalmente centrado, uniieade, dotado as capacidodes de rio, de conseneiae dear, ‘je “centro consis num nile interior, que ‘emergi pela prizcza vex quando 0 sujeito marcia ‘ccom ee se desemvlva, nda que permanceondo ‘esencialmenteo mesmo ~ continuo ou “ientca”™ ‘tele—aolongo da estncadoindivduo.O centr ‘essencial do-eu era dentade de uma pestoa ‘ize mais sabre into em aoguida, mss pede-e ver ‘que esa era ums conceps8o muito “individualist” alo sucto © de sua idenidade (na verdade, a iemtdade dle: que osxjeito do Muminismo er vsuslmente desert como easel), ‘A nogio de sujitosacoligion refleta a csescente compleriade do minde modermo © 2 anseidnca de que este neo interior do sjeto ‘io era autdnome eauto-sicente, ras ers farmado ra relago com “outas pessoas importantes para ‘de, que mean para sujet os valres, eats feos ~ a ealra = dos mondon que eel Ibias, CL Mead, CH. Coley eositeracons simbiicos so as figura-chave na soilogia que tlaboraram esta concepgio “interativa” da ‘dental edo ex De aca com exe visto, que Se tonou aconesp socal Lica a quo, Aidentidade ¢frmada na “inerago™ ere o eu © 4 sociedade. O sujito sinda tem um nécleo ou fesséncia interior que € 0 "eu rea”, mas este & Trmado e moicade nam dog conuo com os updos culturais“eeriare” ea denial qe ‘xees mundosofecem, A identidade, nessa concepeto scislgic, preenche oespag entre o “inter” eo “extrae™= ‘entre 0 mundo pessoal eo mundo plc. 0 fato de que projetamos a “née préprios” neseas identidades eulturais, 20 mesmo tempo que intemalizamos seus sigrifcadne valores mano fs “pare de nés", contribu para alinhar noo entimentossubjetivos com s lignes bjties que ‘eupamos no mundo social eeultiral A identidde, nto, cota (os, parr una metfora mie aut”) oaujeita estate, Esablia tatoo sjeltos quanto os mundos culture que eles habitam, torando ambos reciprocamente mais uniicados e prodiiveis. Arguments, entctanto, queso atamente esses cats que apr esto mando", O ajo, previamente Vivido coro tendo urna ietidade ‘nifiada eesti, et se tamando figment, composto no de uma Gniea, mas de vérias dentades, alpimas ves contains om no: resalidas. Corespondentement os identidades, ‘que compunham as paisagens scisi "A for que ascoguravam nose conformidadesubjtiva ‘comas “necessidodes”objtivas daculura, ese entrande em colapso, como resultado de ‘mudangas esrtorase institucional. © pep procesto de identcagio, através do qual projetumos em nossas identidades cultursis, fornou-re mais provisdrio, variével ¢ prebleméticn, me proceso pour sito pincer, ‘eonceptalizado come nfo tnd ua identidade fixa, essencial ou permanente. A identdade 2 torna-se uma “eelebeagio mével": formada € trasfornada eominuameste em relagio i formas pels qusi somos representa interpeads og sisemas culturais que nos rode (Hall, 1987). ‘defini histoscamente, no biologioamente. O sujet assume identidades diferentes em diferentes ‘momento, identidades que no so uificadas ao redor de umn “ea” coeronte. Dentro de née hi ‘Meniddes conradiiasexpurandn en dierent, Ares, detal modo que none eninge exo Sexo contimnamentedesoraias, Se seta que ‘eros uma identdade nifieada desde onascimen ‘uéamorte apenas parqueenestruins uma eden tstéra sobre nés mesmas ou uma confortadora “namatva do ew” (veje Hal, 1900), A idertidade lenamenteuifcada completa segura cocente tua fantasia. Ao invés dia, 8 medida em que os sistemas de sigiicaioe represeniagaoealtiral ‘multiplicam, somes confrontados por una ‘muliplicidade deseoneertante e cambiante de ‘Mentidades passives, com cada uma das quis Poderiamos' nes identifiear — a0 menos temporatiamente Deve-se ter om mente que as irée concepgies de sujeito acima sto, em alguma ‘medida, simplifeagées, No desenvalvimeato do argumento, elas se tornario mais complenas € ‘qualifcadas: Nao obstante, elas ne prestm como Pontos de apoio para desenvalvero argumento ‘ental dest iv, 3 a © coréter de mudanga na ‘modemidade tarda Um outro aspecto desta quostao da ‘entidade eat relaconad carter da muda ‘na modernidad tarda; em particular, a0 proceso ‘de mudangaconhecide como "plobaliagto” eee impacto sabre idestidade clara, En exadnia, o argumento que a mudanga nna modemidade jardia tom um eariter mito ‘speci, Como Mare dase sobre a moleridade: 4» permanente sevaconar da prod, © ‘har ier dodo cond sin, ‘acess 9 movin tn Toda 9 ‘apes fat «songs co ti coe de erasasropresenagsee'e concep, #86 Sas, on vlSe ect fomade veloc aie de perm eocrae Tudo ‘ea votid se denen Marc Engel 1913,9.70, As tocedades modernas ato, portant, por definigao, sociedades de mudanga constante, "ipidae permanent, Eta &aprinipl distngso fentre as sociedades "wradicionais” ¢ as “modernas". Anthony Giddens argumenta que: sascedade tadcionsi, psad vnc ‘echoes vlan org cnn © farsuen acnpcnen de geogtes A wags if oats dy hdr cm « topo s 9 epee, fnveri gualguerstiviade ov experi [sone st etna de penn ree “ far, genio ves, areas I price soci ecorenes (sen, 1990, 378), A modernidade, em contraste, no & \defnida apenas como a experiacia de comvivenca com a mudanga répida, abrangente e continua, ‘mas 6 uma forma atamenterellexiva de vida, na qua: Ae peer ee eee Sooecae a aoe rere =e Se le 6 ene ca a reaeseneet ‘excalesindefinidas de espagotempo” (bid. p. 21). Veromos todos esses tomas mis adiante ‘uotnto,o pono geral que gostaria de enatizar 60 das decontinuidades Oe moder de vida clocados em seo pola ‘eerie ar ara, de in rma ass infin, de todos cr tps trios deren isl Tas om etm, gan emineniale ‘Stamnes senna ede 8 ‘Sipe de ques mai dat wang Greta dn pron ater No la ‘Teena, pa ote Se reac sel ue ¢ gobo: em term de ieee, dan ser) algnt ‘Ercrancietie misma epemoe not ‘ttc esas (iene, 1990.2, David Harvey fla da modernidade como implicando ndo apenas “um rompimento impiedoso com toda e qualquer condiczo precedente", mas como “earacterizada por um Drooesso eam-fim de rupturas ¢ fragmemagbos Internas no seu pepsio interior” (1989, p. 12). Ernest Laelau (1990) usa 0 conceito de “deslocamento”. Uma estrutura deslocads & aguela eujo eentro € deslocado, nio sendo Subattuid por outro, mas por “uma pluralidade de contro de poder*. Ax soredades moderns, frgumenta Laclas, nfo tém nenbum contro, nenhim principio ariculader ou organizador fnica'e nn se desenvolvem de acordo com 0 ‘ledobramento de uma inica "causa" ou "ei. ‘A sociedad mio 6, come os seiflogos pensaram muita vezes, um todo nical e bem delimit, uma tolalidade, produsindacse alravés de rmudanges evoluciondrias « partir de i mesma, ‘come o desenvalvimento deta lors pate de seu bulbo, Ela esté constantemente sendo “descentrada” ou deslocada por foreas fora de si ‘As sociedades da modernidade tarda, argumenta ele, sho earacterizadas pela "diferenea; elas 50 atrsvesadas por diferentes diviseseentagonismossociais que prodazer um variedade do siferontes “posigses de sujeto™ — isto 6 ientidades ~ para os individuos. Se ais Sociedades no se desinigram totalmente nfo & porque elas 0 urficadas, mas porque seus ‘Bferetes elementos ¢ identiadea podem, sob vertas cireunsténcias, eer conjuntamente artclaos. Mas esa artculacdo@ sempre parcial: ‘sestratur da dentidade permancee aberts, Sem isso, argumenta Laclay, no haveria nenkuma ist, ata uma cancepede de dentidade muito Glifereatee muito mais pertrbadorae proviséria {do que as duar anteriores. Enretant, argument aclu, isso no deveria nos desencorajar: 0 eslocamento tem caractristicas postvas. Ele Cesarticla as identdades estveis do pasado, ‘mas também abre possbilidade de novas ” aniculages: a eriagio de novasidentidades, a [ocho de novos sujelts eo que ele chara de ‘reeomposigso ds eatrtura em torn de ponte rwaais particnlares de artiulagéo” (Lacan, 1990, 0. Giddens, Harvey ¢ Laci ferecem leituras tunlo diferentes da natureaa da mudanga do ‘mundo pés-moderno, mas suas énfases na ‘lescontinidade, nafragmentagio, na ruptura © hho desleeamenta contém uma linha comm. Devemos lero em mente quande sentra o impacto da mudanga contemporines coohecida na questo fdades? ‘x6 aqui os argumentos parecer bastante alguna iia de como eles se iuaglo coneeta odo que eat contestadas definighes de (que ilustra as conseqiténeias pollticas da Iingmentagio oa “pluralizagia” de identades. im 1991, o entio presidente americano, Bush, ansioto por restaurar uma maioria ‘comservadora na Suprema Corte americana, feneaminhou a indieaguo de Clarence Thomas, lu uit negro de visées politics conservadoras. Nojulgamentode Bush, os lites branews (que podiam ter preconcsitos em relagio a um juix negro) provavelmenteapoiaram Thomas porque ‘le era conservador em termns da legisla de igualdade de direitos, e 6 eleitores negro (que apéiem polteas Hberais om quetacs de mga) ‘poiariam Thomas porque ele era negro. Ei inter, o presidente estava“jogando 0 ogo d fdentidades™ Durante ss “audincine” em torno da indieago, no Senado,o jis Thomas foi acusado de assédio sexual por uina mulher negra, Anita Hill uma exealega de Thomas. As sudincias ‘aucaram um esedndalo piblic e plarzaram Sociedade americana, Alguns negro apoiaram ‘Thomas, bmeados na questo da raga; oon se ‘puseram a ele toma como base quent sexual, As mulheres negra eatavam divides, Aependendo de qual identidade prevaleia: ua ‘lenidade como negra ou sia identdade como mulher. Os homens negros também estavam um eforgo mut cordenad, mo alo Perlode imperil na pride worn {End par nicer av des ao longs de ‘iste soca 0 proves com um pnts "tera de enicagao~pereneimento emu tora de najee™, Podese tanner meno aramen areca th pboer. As Henan naomi fo foemerte gneieadss. Os ipiicsds © svlres ainda” (engines) fates mociagesmanclinn. Ax rare cereemum apelsecanicomo gue dlare do ce como mates" do os” {omens da nego. «im eros Iga, a nates cient imederons foram tram on contro de Iimpérioe ou de eafrasnesimperais do Influgaca,exercendo ume hegemonia call sore a ears dos eslonzadsy ‘lgane historisdores argumentam aanimenty ae fl nese proceso ds omparagdo entre as "virtudes” da SSnglesdade” (Eglin) © 0 tags egtvos de otras altars que mits das Caracas disinvs das Menta, ingles foram pinch defini ej Hal, 1992). ‘Aim ex de pensar as clara naionais como wniieadss, Jeverlamos penstlas como a constituindo um disporitivo diseursivo que representa a diferenga como wnidade ou identdae/ Blas sto atravessadas por profindss dlivsbese diferencasinternas, endo "unfcadas” apenas através do exericia de diferentes formas de paderealtsral/Entretano ~ como nas fants ‘docu “into” de que fala aprann ncaniana a5 identidades nacionals continua & sor representadas como wnifeadas ‘Uma forma de wnificlas te sido a de representi-las como a expresedo da cultura subjacente de "um Gni povo™.Aetnia €o terme dqueutilizames para’ nos referirmos is ‘aracterisicaseuluras lingua, eligi, costume, teadicies, sentimento de *higar” — que sto partlhadas por um pov. f tentadar, portato, {entar usar etna desss forma “undacional” ‘Mas essa erengaseaba, no mundo moderno, por ser um mito. fA Europa Ocidental nio tem ‘qualquer nagfo que sea compsta de apenas um, {nico povo, uma nica eultra ou cna. As nade ‘modems to, todas, hibridos cults | mas difleil waificar a idemtidade mal em torno da raga Em primeito lugar, [porque ~ comteaiamente&crengs gonerainda (Aaraga no Suma eateoria biologics on gentica ‘que tenha qualquer validade cientiiea. Ha diferentes tipose variedades, mas eles eto 120 largamenteisperss no interior da que chamsmo dde“racas™ quanto eure uma “raga” © outryy A a ‘lereng genta —okimo refigo dae ideologies racitan = no pple ser ura para dating um povo do outa. raga é uma categoria dcursioag no uma categoria biligca/ Iso 6, ela 6 0 atgoria organizadora daquelas formes de flr, ddaqucles sistemas de representago © pitas sociais (discursos) que ullizam um conjunto roux, frequentomente pouco expeciice, de dliferengas et termos de carzeteesticasfisicas — ‘or da ple textura do eabelo, earacterisicasfsicos {corpora te — como mares inbélicas, fim Ge diferencia cocalmento am grupo de curs. Naturalmente 0 carter aio eesfico do terme “raga no afta 0 modo “como a logica racial ¢ 06 quadros de referénciaraciis sto srticulador acionades, assim come ne anal ‘uae conseqéncias (Donald ¢ Rattan, 1992, 1). Nos ios anos, as noses bialgiassobee ‘entendide como contituida de expécies itis (gies que subjaram a formas eatremas ‘daideclogi edo dears nacionlisa em periods anteriores: © eugenismo vitoriano, as twovias ‘curoptias sobre raga, 0 fascism) tem sida subetiuidas por defnigaes eulturais, as quai fossbiam que a raga desempenke wn papel Important nos deurss sobre nego eidentidade national. Paul Clroy tom analsedo ab ligagbes entre, de um ado, o acismo cultura e idea de aga, de our, as dein de map20,naconalismo fe pertencimento nacional: e bot, da form seit 2 rie ttn eres et oobeide come UL pre ¢ Spar do slinhr "raga com macomaldode, atotins ¢ nace, Um racine aut ‘Sno ams ics sconce doe pss ‘as de osortode esopesordae bape ge, pens ame etn mas devnapuo come uma comendade ealral (esede, Le cot «deed ue igen, (is caltucesaclonal~ brmogtase ta fos Irangtade ombora proc eerumente tolnerivel 20 stague dos imi intros © ‘tems. Exe £m cane ue rego 8 tarbulencie sos pales ds ote ¢ 4 mie dre ars da esr do fran anal nina San sco ‘thos de nan th creda coe cate Patil pope um expel contr eta Saree St an Mas mesmo quando o conceited “aga” & tusado deesa forma discursva mais smpla, a8 rages modernas teimosamente se reeusam determinadas pr dle. Como observou Renan, ‘nages lderes da Europa ado nagies de sage ‘stoncialmente mist: Franga & [a0 mesmo tempo eica, ives germénica. A Aleman & germinica,eélica © esava. A Tia & 0 pals ene gli, crusts, elagans ess, ‘para nlo menciona outros, se intersectam numa Imistura indecifravel. As ilhas britanicas, ‘onsderadas como un todo, apreventam uma tmistura de sangue celia e-germinico, exjes 64 propor sto particularmente dfs de define” Renan, 1990, pp.1415}. FE essss sao mista relatvamente simples se comparadas com as ‘encontradas na Europa Cental e Orient. te brove exame solapa a iia da nseao ‘como uma identidade cultural unificada, AS ‘dentidades nacionai nfo subordinam todas a= ‘uta formas de diferengs eno et ives do J de poder, de divisescconradigoesinternss, Aelealdades ede diferengas sabreposts. Assim, ‘quando vamos disctr se sented nacionais ‘do sendo desloeadas, devemos ter em mente a rma pela qual a caltarasnacionaisconibuem ppara "eosturat” ae diferengas numa Gaica Hlentidade. 6 Growauizagao «apitulo anterior questionow a din de que as Wentidades nacionas tenham Sido alguma vex to unificadas on homagéneas quanto fazem err asrepresentages que delas se fazem, Entretanto, na historia |, modema, as culturas naconais tim dominado a | *movdernidade” ea idemtidades naconasendem se sobrepar a outa fotes, mais partici, ‘le identiicagt eularal 0 que, entdo, ests tdo podorosemente lealocand as identidades eultrais nacionai ‘agora, no fin do séeulo XX? A respoata 6 um omplano de processes forgas de mudangs, que, por conveniéneia, pode sersnteizado sabe terme "plobalisagao". Como argumenta Anthony MeGrew (1992), 4 "plobaliacto” se refere Aiqules process, tuantes numa escala global, (que atzavesum fonteirasnacionis, integrand conectando comunidades e orpanizagdes em novascombinaptes de espago-tompo, ornando 0 runilo, em realdade e-em experifncia, mais intercenctado. A globalizagto implica um movimento de distandament da ida sociolgion clissica da “sociedade™ como um sistema bem o elimitado sua subsinigao por uma perpectva que se concenza na forma como a vida social ‘sti ordenada 0 longo do tempo e do espaco” (Giddens, 199, p. 64. Esssnovas earactorisias temporaiseespicias, que resulta na compressto de dstancias ede excalastempoai, esto ene os aspects mais importantes da gobaliagdo a ter eleito sabre as identidadescultarsis, Eles #80 ‘iseutidos com mais detalhes no que s segue. Lembremos que a glbeliagto nfo € um Senbmenn recone: “A modemidede¢neentemente Alobalzante” (Giddens, 1990, p. 68). Como Sngumentow David Held (1992), nsestads-nagso rca fram to sutOnomos ov toberance quent ‘pretend. E, como no fu lembrar Wallerstein, © capitalism “fi, desde o ini, um elemento ‘ds economia mundial ento dos etadoe-nagto. 0 ‘apital nea permis quests aspires Fosse determinadas por fronteiras macionais” (Wallerstein, 1979, p. 19). Assim, tanto a tendéncia 4 autonomis nacional quanto a tendéncia& globalizagio esto profundamente ‘enraizadas na modernidade (veja Wallerstein, 1991, p, 98) Devemos ter em mente exsas dus tendénciascontraitrias presentes no interior da ‘lobalizacao. Entrtanto,gerlmente se concarda ‘a8, desde os anos 70, ante a aleance quanto ritmo da integragio global snmentaram enormemente, aedlerando os fixes ¢ 08 lagae fee at magdes. Nese na prdsina sgto, enare Aleserever as conseqiéncias dessesaspectos da flobalizacto sobre as idontidades culturais, examinando is posiveis consequéncias: TAs identidades nacionsis est8o se esintegrando, como resultado do ferescimento da homogeneizagdo cultural ‘edo "pde-modemo global”. mtidades nationsis e outrad ientidades “locais” ou particularstas ‘sto send reorgadas pla resistin d ‘loblizagio. + Aides ncinais sto em deci, tues ropes Wnts ~ Midas ~ esto tomande se lug. Compressto oop ientvode Que impacto tom a altima fase da lobalizacto sobre as identidadesnacionais? Uma dle suas caracerstieas prineipais a “compressto tspage-tempo", a aceleracio dos processos tobais, de forma que se sente que 0 mundo & ‘menor © as dintncias mais curt, que o eventos fem um determinade lugar tém um impacto imediatosobte pessoas e lugares stuados a uina rande distineia, David Harvey angumenta que: ° Amoi qu rag sence paseo falda bal” de lsownnegtes © pene lastiri de eerdependncas eae dea paar apenas dt Sans nro tidus media em fcc horses toner coeatanat o ‘sehr de compre de mstos mune ‘Seca © ompone lacy 189, 2 0 que é importante para noso argumento quanto ao impacto da globalizagho sobre a Mlentidade & que o tempo © 0 espago so também fs coordenadas bisieat do todos os ssemas de pment, Todo rea de representing = esr, intra, desenbo, tora, simbolzacaoaravés da nto ou dow sbtomae de tclecomunicagto ~ seve sxe sew objeto em dimensbes espacias © tempore, Assim, « narraiva tad os eventos ‘numa seqénia temporal "comegormeioim" 08 ‘sera inside represntact Waduzem objets tridimensionais enn duas dimensbes, Diferentes Epocas culturais tém diferentes formas de combinar essas coordenadas espago-tempo. Harvey contrasa o ordenamento racional do ‘espago edo temp da Tustragso (com sou senso regular de ordem, simetiae equilio) com as rompicas ¢ fragmentadas coordenadas espaco tempo dos movimentos modernists do final do steula XIX e inkio do sbeulo XX, Podemos ver novasrelagoesexpaco-empo tendo dfinidas em tventes (30 diferentes quanto a teoria da 0 Guomele ‘latividade de Einstein, as pinturas cubits do Picasso e Braque os trabalbos dos surrealisase dos dais, os experimentos com o tempo ea ‘aretiva nos romances de Marcel Poste James Joyee e 0 uso de téenicas de montagem nos primeiros fmes de Vertor e Eisenstein, No copule 3 anguontet que a ientidade ests profundamente envolvida no processo de ‘opresentao. Assi, a maldageme aremaldagem ‘erelaciesespag-tompo no interior do diferentes Sistemas de representa tim aeitosprofundos ‘one aforma como asidentdades so loelizadas ‘eroprecentadas. 0 sujeto maseulina, epresentado ras pintrae do séulo XVIM, no ato ee nape ‘lesa propiedad, stravés das bem-regladas © txesoanle georgiana (Bah) on na residéncia de campo ingless (Blenheim Palace, ou vendo a si prdprio nas vastas e contoladas formas da Natureza de’ um jerdim ou parque formal (Capabiy Brown, tem um sentido mut deren de dentade cull daquele do sujeito que v8 “si proprols™ eapelhado nos fragmentados © Sratsrados “roster” que alkam dos planos © superices partidos de una das pinturas cubits

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