Vous êtes sur la page 1sur 19
ALAGARTIQA, (Dacosa esiva) ‘Aum sé tempo indolentee inquieta, a lagartixa, Uma réstia de sol buscando a quese aqueca, ‘Acaricia da luz toda estremece @ espicha ‘Opascogo, empinando a indecisa cabeca, Ela aquecendo a0 sol; masde repentea bicha Desatina a correr, sem que a rumo obedeca, Rapida num rumor de folha que cachicha ‘Ao vento, pelo chao, numa floresia espessa. ‘Traga uma reta, e para; ea cabeca abalando, (bha aqui, olhe ali; corre de novo em frente E outravez, péra, a erguer a cabera, espreitando.. Mal um inseto vé, detém-se de repente, ‘Traigoerae sutil, os insetos cacando, Abater, satisfeita, a papada pendente... ‘QU ISTO QUAQUILO (Ceslia Meireles) (Ou setem chuva eno setem sol ou se tem sol endo setem chuval (Ou se cdga aluva endo se pie 0 andl, ou se péeo and endo secalca aluval ‘Quem sob nos ares no fica no chao, quem fica no ch3o no sobe nos ares. E uma grande pena quengo 2 possa estar 20 mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo dinheirae ndocompro 0 doce, ‘ou compre 0 doce e gasto 0 dnharo. Quisto ou aquilo: ou isto ou aquilo . 2 Vivo excolhende dia intairo! IN3o sei se brinco, no sei se estudo, se saio correndo ou fico trangiilo. ‘Mas no consogui ertender ainds qual Emehhor: se €isto ou aauilo. AFOCA (Vinicius de Moraes) Quer ver 8 foca Ficar feliz? por uma bola No seu nariz. Quer ver 3 foca Bater palminha? Edaraela uma sardinna ues vera foca Fazer uma brige? espeter ela Bema bariga! Chatice “José Paulo Pas Jacaré, larga do meu pé deixa de ser chatol Se voc? temrome, entdo vé se come s6 omen sapato, larga do meu ps. ots pro cou mato card APIPA EO VENTO (Cleonice Rainho) Aprumoa maquina, doulinha a pipa eela sobe alto pela forca do vento. Ovento é feliz porque leva pipa, a pipa é feliz porquetem 0 vento. Se tudo correr bem, pipae vento, num lindo momento, vao chegar ao céu. Passarinho Fofoqueiro Um passarinho me contou que a ostra é muito fechada, que a cobra é muito enrotada, ‘que a arara é uma cabega oca, e que olelio marinho e a foca x0 , passarinhol chega de fotoca O CAVALINHO BRANCO (Cecilia Meireles) A tarde, o cavalinho branco esta muito cansado: mas hd um pedacinho do campo onde é sempre feriado. O cavalo sacode a crina loura e comprida enas verdes ervas atira sua branca Seu relincho estremece as raizes ele ensina aos ventos aalegria de sentir livres seus movimentos. Trabalhou todo o dia, tanto! desde a madrugadal Descansa entre as flores, cavalinho branco, de crina douradal Galo da China José Paulo Paes Era uma vez um gaio chinés ‘que morava em Xangal ‘sem mBe e sem pai ‘que sorta amarelo para o Rio Amarelo, ‘com seu alhos puxados, um pra cade lado. Era um gato mais preto ‘que finha nanquim, de bigodes compndos fetlo mandanim, que quando espirava $6 fazia “chin!” Era um gato esquisito: ccomia cam palilos, e quando tinha fome miava"ming-aul” mas lambia o mingau ‘com sua lingua de pau. No era um bicho mau fesse gato chines, era até legal. ‘Quer que eu conte outra vez? Cemitério José Paulo Paes Aqui jaz um leo chamado Augusto, Deu um urro téo forte, mas um urro téo forte, que morreu de susto. Aquijaz uma pulga ‘chamada Cida. Desgostosa da vida, tomou inseticida: Era uma pulga suiCida. Aqui jaz um morcego que morreu de amor por outro morcego, Desse amor arrenego: amor cego, o de morcego! Neste timulo vazio jazum bicho sem nome. Bicho mais imprépriol tinha tanta fome, que comeu-se a si proprio Nas ruas da cidade Elias José Lanama21, CO pipoqueito solta um pum, Lanamua 22, O portugues diz-pois-pois, Lanana23, Jodo namora a bela Inés. Lanamua24, AAninha tirou retrato. Lananua2s, Caiu um barraco de zinco, Lanama 26, CO sorvetelro quer freguas Lanamua27, Pedro chama a prima Bete. Lanarua28, AVerinha vende biscoito. Lanama29, ‘A molecada s6 se move. Lanama30, Paro, pois a nma ja num pinta, Acasa eo seu dono Essa casa é de caco Quem mora nela € 0 macaco. Essa casa tao bonita Quem mora nela é a cabrita. Essa casa é de cimento Quem mora nela € 0 jumento. Essa casa é de telha Quem mora nela é a abelha. Essa casa é de lata Quem mora nela é a barata. Essa casa é elegante Quem mora nela € 0 elefante E descobri de repente Que nao falei em casa de gente AS A tia Catarina Cata a linha Atia Teresa Botaamesa Atia Ceicéo Amassa 0 pao A tia Lela Espia a janela Atia Cema Teima que teima A tia Maria Dorme de dia Atia Tininha Faz rosquinha A tia Marta Corta batata A tia Salima Fecha arima RARIDADE Aarara éuma ave rara pois o homem no para de ir ao mato cacé-la para a p6r na sala em cima de um poleiro onde ela fica 0 dia inteiro fazendo escarcéu porque jé no pode voar pelo céu seo homem niio para de cacar arara, hoje uma ave rara, ouaararasome ‘ou ento muda seu nome para arrara. SEGREDINHOS DEAMOR Gosto muito de vocés, Muito mesmo, Mas no me pecam explicacdo, Poisndo vai dar pra contar O que vai morrer comigo, O que ja fechei no meu pogo. Vocés sabem como sso Ossegredinhos de amor Todo mundotem os seus Epobre de quem nao tem... Sei, de fato, Entre amigos hd sempre um pacto, Umelo belo, Mas nao vale tao fato Prossegredinhos de amor. Nao, nio 6 medo do ridiculo. Nem é 0 meu segredo um conflito. Pode até ser coisa infantil Eaté meio boba, Massegredo é segredo, Coisa guardada.amedo Praalegria e tortura Soda gente Eum segredo é muito mais segredo Se for um segredinho de amor! [Como fazer pipocas Nenhum de voeés, meninos, Algum dia pode ver | Como se fazem pipocas? Poisentio eu vou lhes dizer? Pegs-ze.0 milho branguinho, Na panela se coloca Por tobre a banha fervente. (Eassim que se faz pipoca!) Quando e milho esté Id dentro, Deve panels ficar ‘Bam fechads, pois senfo, Todo 0 milho vai saltar. Dafa pouco, exeutamos, Na tampa fortes batidas: So at pipecazque pulam, Prontas para serem comidas. Tiradasdacasarola, Sal née vamos polihar, £, depois ~iltima etapa — Sipraoms poten: Entretanto, sequiserem ‘Comer pipoca deum modo Mais cémodo, mais ligeiro, Ed cageenbectzels E .chamem 0 ppoqueira. Tempestade =Menino, vem para dentro, Olha a chuva la na serra, Olha como vem o vento! - Ah! Como a chuva é bonita Ecomo o vento é valente! =Nao sejas doldo, menino, Esse vento te carrega, Essa chuva te derretel ~Eu nao sou feito de acucar Para derreter na chuva. Eu tenho forga nas pernas Para lutar contra o vento! Eenquanto o vento soprava Eenquanto a chuva caia, Que nem um pinto molhado, Teimoso como ele 6: "0 diltimo andar" ‘No dltimo andar é mais bonito: kim andar ze v8 0 mar. Eta queeu queromorar 0 Giltima andar é mais longe: ‘custa muito a lé chegar. Mize é Il que eu quere morar. Todo o eéu fics a neiteinteirs sobre o iltime andar. Eg queeu quero morar. Quando faz lua, no terraco ‘A Pombinha da mata Trés meninos na mata ouviram uma pombinha gemer. “Eu acho que ela esté com fome”, disse o primeiro, “endo tem nada para comer.” ‘Trés meninos na mata ouviram uma pombinha carpir. “Eu acho que ela ficou presa”, disse o segundo, “endo sabe como fugir.” ‘Trés meninos na mata ouviram uma pombinha gemer. “Eu acho que ela esta com saudade”, disse o terceiro, “e com certeza vai morrer”. O pinguim Bom dia, pinguim Onde vai assim Com ar apressado? Eundo sou malvado Nao fique assustado Com medo de mim. Eus6 gostaria De dar um tapinha No seu chapéu jaca Ou bem de levinho Puxaro rabinho Dasua casaca Quando vocé caminha Pareceo Chacrinha Lelé da caixola um velho senhor Que foi meu professor No meu tempo de escola Pingiim, meu amigo Nao zangue comi Nemperca a estribeira No pergunte por qué Mas todos poem voce A Corujinha Coruyjinha, corujinha Que peninha de voce Fica toda encothidinha ‘Sempre olhando néo sel que © teu canto de repente Faza gente estremecer Corujinha, pobrezinna Todo mundo que te vé Diz assim, ah! coitadinna Que feinha que é vocé Quando a noite vem chegando Chega o teu amanhecer Esse o sol vem despontando Vals voando te esconder Hoje em dia andas vaidosa Orguihosa com qué Toda noite tua carinha Aparece na TV Corujinha, corujinha Que feinha é a v6. A formiga As coisas devem serbem grandes Pra formiga pequenina Arosa, um lindo palacio E oespinho, uma espada fina A gota dagua, um manso lago Um pingo de chuva, o mar ‘Onde um pauzinho boiando E navioanavegar Um bico de pao, o corcovado Oarilo, um rinoceronte Uns graos de sal derramados, Ovelhinhas pelo monte. A pulga Um, dois, trés Quatro, cinco, seis Com mais um pulinho Estou na perna do fregués Um, dois, trés Quatro, cinco, seis Com mais uma mordi Coitadinho do fregués Um, dois, trés Quatro, cinco, seis To de barriguinha cheia Tchau Good bye. Agalinha d' Angola Coftada,coftadinha Da galinha-d’Angola Nao anda ultimamente Regulando da bola Ela vende confusdo E compra briga Gosta multo de fofoca adora intriga Fala tanto ‘Que parece que engotiu uma matraca E vive redamando Que esti fraca Tou fraca! Tou fracat Tow fracal Tou fracal Tou fracal Coitada, coitadinha Da galinha-d’Angola Nao anda ultimamente Regulando da bola Come tanto ‘até ter dor de barriga Ela 6 uma bagunceira De uma figa Quando choca, cocoroca Come milho e come caca E vive redamando Que esta fraca Tou fracal Tou fracal Tou fracal Operu Glu! Glu! Glu! Abram alas pro peru! O peru foi a passeio Pensando que era pavo Tico-tico riu-se tanto Que morreu de congestio. 0 peru danca de roda Numa roda de carvao Quando acaba fica tonto De quase cair no chao. O peru se viu um dia Nas éguas do ribeiréo Foi-se olhando, foi dizendo ‘Que beleza de pavio. Foi dormir e teve um sonho Logo que o sol se escondeu ‘Que sua cauda tinha cores Como a desse amigo seu. Oreldgio Passa o tempo tic, tac, tic, tac passa ahora Chega logo tic, tac, tic, tac, vai-te embora, Passa tempo bem depressa Nao atrasa nem demora, Que ja estou muito cansado, Ja perdi toda alegria de fazer meu tic-tac, tic, tac, diae noite, noite e di tic, tac, tic, tac, diae noite, noite edia Tic-tac-tic-tac-tic-tac, tic-tac.. Blom! Orelagio Passa otempotic, tac, tic, tac passaahora Chega logo tic, tao, tic, tao, vai-te embora, Passa tempo bem depressa N&o atrasa nem demora, Que jé estou muito cansado, Japerdi toda alegria de fazer meu tic-tac, tic, tac, diae noite, noite e dia, tic, tac, tic, tac, diae noite, noite e dia Tic-tacctic-tac-tic-tac, tic-tac... Blom! Ogato ‘Com um lindo salto Lesto.e seguro Ogato passa Do cho a0 muro, Logo mudando De opiniio Passa de novo Do muro a0 cho Episa e passa ‘Cuidadoso, de mansinto Pegae corre, silencioso ‘Atrés de um pobre passarinho Elogo para ‘Como assombrado Depois dispara Pula de lado senum novelo Fica enroscado Ouriga 0 pélo Mal humorado Um preguigoso Eo.que ele & gosta muito De-cafuné Olego Leo! Leo! Leo! Rugindo como um trovo Deuum pulo, e era uma vez Umeabritinho montés Lefol Leo! Leo! Es 0 rei da criago Tua goele é uma fornalha Teuselto, uma labareda Tua garra, uma navalha Cortando a presa na queda Leo longe, leéo perto Nasareias do deserto LeB0 alto, sobrenceiro Junto do despenhadeiro Leto! Letot Leto! so reida riagso ‘LeBo na caga diurna Saindo a correr da furna Leo! Leo! Leo! Foi Deus quem te fez ou Leo! Ledio! Leto! és 0 rei da criagaio (salto do tigre é répido Como raio, mas néo ha Tigreno mundo que escape Equando & noite Vema fadliga ‘Toma seu banho Passando a lingua pela barriga. Nao conheco quem defronte Oferor rinoceronte Pois ber, se ele vé 0 led Foge como um furacio Leo! Leo! LeBol Es 0 rei da criago Leo! Leo! Leo! Foi Deus quem te fez ou no. Leo se esgueirando & espera Da passagem de outra fera ‘Vem um tigre, como um dardo Ccai-the em cima o leopardo Eenquento brigam, trangiilo led fica olhando aquilo ‘Quando se cansam, o leo Mata um com cada mao Colar de Carolina Com seu colar de coral, Carolina Corre por entre as colunas Dacolina. O colar de Carolina Colore o colo de cal, Tornacorada amenina. Eo sol, vendo aquela cor Do colar de Carolina, Poe coroas de coral Nas colunas da colina. Cheio de peixes, o mar. Cheiro de peixe pelo ar. E peixes no chao, Chora a espuma pela areia, namaré cheia. ‘Asmaos do mar véme vao, ‘as maos do mar pela areia onde os peixes estao. Asmaos do mar vém e vao, emvao. Nao chegarao aos peixes do chao. Porisso chora, na areia, aespuma da maré cheia. ‘As Duas Velhinhas Duas velhinhas muito bonitas, Mariana e Marina, esto sentadas na varanda: Marina Mariana, Elas usam batas de fitas, Mariana e Marina, epenteados de trancas: Marinae Mariana, ‘Tomam chocolate, as velhinhas, Mariana e Marina, em xicaras de porcelana: Marinae Mariana. ‘Uma diz: “Como a tarde 6 linda, naoé Marina?” Aoutra diz: “Comoas ondas dancamnéo 6,Mariana? “Ontem, eu era pequenina”, dizMarina. “Ontem, nés éramos criangas”, dizMariana, Elevam a bocaas xicrinhas, Marianae Marina, 48 xlerinhas de porcelana: Marinae Mariana, ‘Tomam chocolate, at velhinhas, Mariana e Marina. Efalam de suas lembrancas, Marinae Mariana, © vestido de Laura Ovestido de Laura, de trés babados, todos bordados. ‘O primeiro, todinho, todinho de flores de muitas cores. No segundo, apenas borboletas voando, ‘num fino bando, Oterceiro, estrelas, estrelas de renda ~-talvez de lenda... Ovestido de Laura vamos ver agora, ‘sem mais demoral Que as estrelas passam, borboletas, flores perdem suas cores. Sendo formos depressa, acabou-se o vestido todo bordado e florido! ‘A Chécara do Chico Bolacha Na chacara do Chico Bolacha ‘o que se procura ‘nunea se achal Quando chove muito, © Chico brinca de barco, porque a chacara vira charco, Quando nao chove nada, Chico trabalha com a enxada elogo se machuca fica de mao inchada. Por isso, com Chico Bolacha, ‘o que se procura nunca se acha. Dizem que a chacara do Chico sé tem mesmo chuchu eum cachorrinho coxo que se chama Caxambu, Outras coisas, ninguém procura, porque no acha, Coitado do Chico Bolachal Oviolao ¢ 0 vildo Havia a viola da vila. Aviola e 0 violao. Do vildo era a viola. E da Olivia 0 violao, da vida, da viola e dela. Nao vive Olivia na vila. Na vila nem na viola. ( vildo levou-the a vida, levando 0 violao dela. No vale, a vila de Olivia vela a vida no seu violéo vivida por um vildo levada. Vida de Olivia ~levada por um vildo violento. Violeta violada pela viola do vento, Roda na rua a roda do carro. Roda na rua a roda das dancas. ‘Aroda na rua rodava no barro. Na roda da rua rodavam criangas. O carro, na rua. Enchente Chama o Alexandre! Chama! tha a chuva que chega! Ea enchente. Olha 0 chio que foge com a chuve Olha a chuva que encharea a gente. Poe a chave na fechadura. Fecha a porta por causa da chuva, olha a rua como se enche! Enquanto chove, bota a chaleira no fogo: olha a chama! Olha a chispa! COlha a chuva nos feixes de lenhat ‘Vamos tomar ché, pols a chuva tanta que nem de galocha se pode andar na rua cheia! Chama o Alexandre! ‘Uma flor quebrada Araiz era escrava, descabeladanegrinha que dia e noite ia e vinha eparaa flor trabalhava. Ea arvore foi tao bela! Como um palacio. E 0 vento pediu um casamento agrande flor amarela, Mas a festa foi breve, pois era um vento tao forte que em vez de amor trouxe morte aairosa flor tao leve. Ea raiz suspirava com muito sentimento. ‘Seu trabalho onde estava? Todo perdido como vento. ‘Mas eu bem sei que ele é um anjo escondido, ‘um anjo que troga de mim.) ‘Aavé do menino Aavé vive s6, Nacasa da avé Ogalo tiré faz “cocorocé!” Aavé bate pao-de-15 eanda um vento-t-o-t6 na cortina de filé, Aavo vive s6, Mas se o neto menino mas seo neto Ricardo mas se o neto travess6 vai a casa da avé, 0s dois jogam domi Veco ‘© menino pergunta ao eco onde 6 que ele se esconde. Mas 0 eco sé responde: “Onde? onde?" Omenino também the pede: “Eco, vem passeer comigo!” Mas nao sabe se 0 eco é amigo ou inimigo. Pois 86 Ihe ouve dizer: “Migo!” ‘Asmeninas Arabela abria a janela. Carolina erguia a cortina, E Maria olhava e sorria: Arabela foi sempre a mais bela. Carolina, a mais sabia menina. E Maria apenas sorria: "Bom dial Pensaremos em cada menina ‘que vivia naquela janela; ‘uma que se chamava Arabela, ‘outra que se chamou Carolina. Mas @ nossa profunda saudade Maria, Maria, Maria, ‘que dizia com voz de amizade: ™Bom dia!" Romulo Remo Romulo rema no rio. ‘Aroma dorme no ramo, ‘aroma rubra. (E 0 céu,) ‘O remo abre o rio. rio murmura. ‘Aroma rubra dorme chela de rubis. (E 0 céu.) Romulo rema no rio. Abre-se aroma. ‘Abre-se a manha. Rolam rubis rubros do céu, No rio, Romulo rema, ‘© mosquito escreve (© mosquito pernitongo tranga as pernas, faz um M, depois, treme, treme, treme, faz.um 0 bastante oblongo, fazum S. (© mosquito sobe e desce. Com artes que ninguém va, fazum Q, fazum U, e faz um. Este mosquito esquisito cruza as patas, faz um T. Eai, se arredonda ¢ faz outro 0, mais bonito. ont Ja nao é anaifabeto, esse inseto, pois sabe escrever seu nome. Mas depois vai procurar ‘alguém que possa picar, pols escrever cansa, nao 6, erlanga? E ele esta com muita fome. ‘Sonhos da menina Aflor com que a menina sonha esté no sonho? ouna fronha? ‘Sonho risonho: © vento sozinho no seu carrinho. De que tamanho seria o rebanho? Avizinha apanha asombrinha de teia de aranha ... Na lua hé um ninho de passarinho, Alua com que amenina sonha 60 linho do sonho oua lua da fronha? ‘Omenino azul ‘© menino quer um burrinho Para passear. Um burrinho manso, Que no corra nem pule, Mas que saiba conversar. Omenino quer um burrinho Que saiba dizer Onome dos rios, Das montanhas, das flores, -De tudo 0 que aparecer. © menino quer um burrinho Que saiba inventar histérias bonitas ‘Com pessoas e bichos E.com barquinhos no mar, Eos dols sairao pelo mundo Que é como um jardim ‘Apenas mais largo Etalvez mais comprido E que no tenha fim. (Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a Ruas das Casas, Numero das Portas, a0 Menino Azul que nao sabe ler.) Allua é do Raul Raio de lua. Luar do ar Roda da lua. Aro da roda natua Roda o luar narua Roda 0 aro da lua. alua é tua, lua de tua rua! A lua do aro azul! Abailarina Esta menina tao pequenina quer ser bailarina, Nao conhece nem dé nem ré mas sabe ficar na ponta do pé. Nao conhece nem mi nem fé mas inclina 0 corpo para cé e para Ié. Nao conhece nem la nem si, mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda com os bracinhos no ar nao fica tonta bem sai do lugar. Pe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu, Esta menina tao pequenina quer ser bailarina, Mas depois esquece todas as dancas, também quer dormir como as outras criangas, Leliéo do jardim! Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ‘Ovos verde e azuis nos ninhos? ‘Quem me compra este caracol? Quem compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, ‘Uma estétua da Primavera? ‘Quem me compra este formigueiro? Este sapo, que é jardineiro? Ea cigarra e a sua cangéo? Eo grilinho dentro do chao? (Este 6 0 meu lellao!) Os carneirinhos ‘Todos querem ser pastores, Quando encontram, de manha, ‘0s cameirinhos, enroladinhos ‘Como carretéis de la. Todos querem ser pastores E ter coroas de flores E um cajadinho na mao E tocar uma flautinha E soprar numa palhinha ‘qualquer cangéo, Todos querem ser cantores ‘quando a Estrela da Manha Brilha $6, no céu sombrio, E, pela margem do rio, Vao descendo os carneirinhos ‘como carretéis de la... ‘Olha a bolha que molha a mao do menino: A bolha da chuva da calha! Jogo de bola Abela bola rola: Abela bola do Raul. Bola amarela, Ada Arabela, Ado Raul, azul. Rola a amarela Abola é bela, Ebela e pula, Ebela, rola e pula, Emole, amarela e azul, Ade Raul é de Arabela, Eade Arabela é de Raul. Tanta tinta Ah! Meninatonta, Toda suja de tinta Mal o sol desponta! (Sentou-se na ponte, muito desatenta... E agora se espanta: Quem é que a ponte pinta Com tantatinta?...) Aponte aponta Ese desaponta. Atontinha tenta Limpa a tinta, Ponto por ponto E pinta por pinta... Ah! A menina tontal Nao viu a tinta da ponte! Tanta tinta Ah! Menina tonta, Toda suja de tinta Mal o sol despontal (Sentou-se na ponte, muito desatenta... E agora se espanta: Quem é que a ponte pinta Com tantatinta?...) Aponte aponta E se desaponta. Atontinha tenta Limpaatinta, Ponto por ponto E pinta por pinta... Ah! A menina tonta! Nao viu atinta da ponte! Tanta tinta Ah! Menina tonta, Toda suja de tinta Mal o sol desponta! {Sentou-senaponte, muito desatent E agora se espanta: Quem é que a ponte pinta Com tantatinta?...) Aponte aponta Ese desaponta. Atontinha tenta Limpa atinta, Ponto por ponto E pinta por pinta... Ahl A menina tontal Nao viu a tinta da ponte! Acachorrinha ‘Mas que amor de cachorrinhal Mas que amor de cachorrinhal Pode haver coisa no mundo Mais branca, mais bonitinha Do que a tua barriguinha Crivada de mamiquinha? Pode haver coisa no mundo Mais travessa, mais tontinha Que esse amor de cachorrinha ‘Quando vem fazer festinha Remexendo a traseirinha? Uau,uau,uau,uaul Uau,uau,uau,uau! Mas que amor de cachorrinha! Acachorrinha Mas que amor de cachorrinha! ‘Mas que amor de cachorrinhal Pode haver coisa no mundo Mais branca, mais bonitinha Do que a tua barriguinha Crivada de mamiquinha? Pode haver coisa no mundo Mais travessa, mais tontinha Que esse amor de cachorrinha (Quando vem fazer festinha Remexendo a traseirinha? Uau,uau,uau,uaut Vau,uau,uau,uaul ‘Mas que amor de cachorrinha! Acachorrinha Mas que amor de cachorrinha! Mas que amor de cachorrinhal Pode haver coisa no mundo Mais branca, mais bonitinha Do que a tua barriguinha Crivada de mamiquinha? Pode haver coisa no mundo Mais travessa, mais tontinha Que esse amor de cachorrinha Quando vem fazer festinha Remexendo a traseirinha? Uau,vau,uau,uaut Uau,uau,uau,uau! Mas que amor de cachorrinha! UMJEITO BOM DE BRINCAR ‘Comeu muito? Tove azia? Levou um pito da tia? Tirou nota que nio queria? CCaiu problema que nao sabia? BRINQUE DE POESIA.. ‘Adora o sorrso de Maria? \Viu na praga quem néo queria? A garota fez que nao. via? ‘Amou as férias na Bahia? BRINQUE DE POESIA.. ‘Aroda-gigante 26 tremia? O seu gate £6 roncae mia? Viu um leo loiro na padaria? Riu de um pathagdo que nao ria? BRINQUE DE POESIA.. CCurte « natureza em harmonia? Ouve 0s passaros em cantoria? ‘Ama a vida com muita alegria? BRINQUE DE POESIA. Quer rimar noite © dia? Descobriu das palavras a melodia? Gosta de embarcar na fantasia? ‘Cedo, tarde, note, todo dia: BRINQUE DE POESIA.. UMJEITO BOM DE BRINCAR ‘Comeu muito? Teve azia? Levou um pito da tia? Tirou nota que néo queria? alu problema que nao sabia? BRINQUE DE POESIA.. ‘Adora o sortiso de Maria? \Viu na praga quem néo queria? ‘A garota fez que nao o via? ‘Amou as férias na Bahia? BRINQUE DE POESIA. Aroda-gigante s6 tremia? © seu gato #6 ronca e mia? \Viu um leéo loiro na padaria? ‘Riu de um pathagao que nao ria? BRINQUE DE POESIA.. Curte a natureza em harmonia? uve os passaros em cantoria? ‘Ama a vida com muita alegria? BRINQUE DE POESIA.. Gosta de embarcar na fantasia? ‘Cedo, tarde, noite, todo dia: BRINQUE DE POESIA.. UM JEITOBOMDE BRINCAR Comeu muito? Teve azia? Levou um pito da tia? Tirou nota que néo queria? CCaiu problema que nao sabia? BRINQUE DE POESIA. ‘Adora 0 sorriso de Maria? Viu na praga quem néo querie? ‘A garota fez que nao o via? ‘Amou as férias na Bahia? BRINQUE DE POESIA.. Aroda-gigante 26 tremia? © seu gato s6 ronca e mia? \Viu um edo loiro na padaria? ‘Riu de um pathagao que nao ria? BRINQUE DE POESIA. CCurte @ natureza em harmonis? ‘Ouve os passaros em cantoria? ‘Ama a vida com muita alogria? BRINQUE DE POESIA.. Quer rimar noite ¢ ia? Descobriu das palavras a melodia? Gosta de embarcar na fantasia? edo, tarde, note, todo dia: BRINQUE DE POESIA..

Vous aimerez peut-être aussi